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Lista de faraós

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Faraó do Antigo Egito

O Pesxente combinava a Coroa Vermelha do Baixo Egito e a Coroa Branca do Alto Egito.
Uma representação típica de um faraó.
Detalhes
Primeiro monarca Narmer ou Menés
Último monarca Nectanebo II
(último nativo)[1]
Cleópatra e Cesarião
(último real)
Maximino Daia
(último a ser referido como Faraó)[2]
Formação 3 100 a.C.
Abolição 343 a.C.
(último faraó nativo)[1]
30 a.C.
(últimos faraós gregos)
313 d.C.
(último imperador romano a ser chamado de Faraó)
Residência Depende de acordo com a época
Nominador Direito divino

Faraó é um título de nobreza, dado aos reis com estatuto de deuses no Antigo Egito, proveniente da versão grega da Bíblia que aparece sob a forma pharâo, que derivou da expressão egípcia per-aá (lit. "a grande casa") que se referia ao palácio real, sede do poder. Os antigos egípcios não usaram per-aá para se referirem ao soberano durante a maior parte da sua história, usando em vez disso termos como nesu (lit. "rei") ou neb (lit. "senhor"). Contudo, a tradição consagrou o uso da palavra faraó para se referir aos reis do Antigo Egito.

Esta é uma lista de faraós organizada cronologicamente e por dinastias, oriunda de diversas fontes e sujeita a discussão, sobretudo no que diz respeito aos períodos históricos mais obscuros. Não existe uma concordância em torno da cronologia correspondente a cada reinado pelo que se optou por apresentar diferentes datas propostas por diversos especialistas.

Período lendário

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# Nome Início do governo Fim do governo Notas
1 Ptá 5 400 a.C. 5 340 a.C. Deus criador e divindade patrona da cidade de Mênfis.
2 5 340 a.C. 5 280 a.C. Deus sol, e criador do mundo.
3 Xu 5 280 a.C. 5 220 a.C. Deus do ar seco, do estado masculino, do calor, da luz e da perfeição.
4 Gebe 5 220 a.C. 5 180 a.C. Deus da terra.
5 Osíris 5 180 a.C. 5 120 a.C. Deus associado à vida no além, ele decidia se as pessoas iriam reencarnar ou perder a vida no além
6 Hórus 5 120 a.C. 5 060 a.C. Deus dos céus.
7 Tote 5 060 a.C. 5 000 a.C. Deus da sabedoria, e da escrita.
8 Maate 5 000 a.C. 4 940 a.C. Deusa da justiça e do equilíbrio.

Período Pré-dinástico

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O Reino do Baixo Egito se localizava no norte, na região do Delta do Nilo. Tinha por capital o nome de Buto e seu soberano cingia a Coroa Vermelha.

Menés - Menés, personagem lendário e apontado como unificador do Egito, se tornou o primeiro faraó. A capital era, segundo alguns autores, Mênfis, e segundo outros, Tinis, nas proximidades de Abidos. Menés é identificado com Narmer, representado, num relevo de Hieracômpolis, com as duas coroas dos reinos unificados. As primeiras dinastias eram denominadas tinitas por terem a capital em Tinis.

Esta dinastia é composta pelos soberanos que governaram a região do Delta do Nilo antes da unificação. Ela não existe na Lista Real de Manetão, apenas na Pedra de Palermo, e possuí alguns vestígios arqueológicos. A seguinte lista pode não estar completa:

Nome Imagem Governo Notas
Hedju-Hor Cerca de 3200 a.C.
Ni-Hor Cerca de 3200 - 3175 a.C.
Hessequiu (Seca) ???? a.C. Existências atestadas apenas pela Pedra de Palermo[3]
Caau ???? a.C.
Tiu (Teieu) ???? a.C.
Texe (Tiexe) ???? a.C.
Neebe ???? a.C.
Uazner c.3100? a.C.
Meque ???? a.C.
???? ???? a.C.
Falcão Duplo ???? a.C. Existência atestada apenas por achados no Sinai e no Baixo Egito. Pode ter governado também no Alto Egito.

O Alto Egito localizava-se ao sul do Delta e tinha por capital o nomo de Nequém. Seu soberano cingia a Coroa Branca.

Nome Imagem Governo Notas
Elefante (Pe-Hor, Penabu)[4][5] Desconhecido
Escorpião I c. 3 250 a.C.?

Provavelmente incompleto, este grupo de faraós, que antecede a I Dinastia, costuma designar-se de Dinastia 0.

Nome Imagem Governo Notas
Iri-Hor c.3150 a.C. Reinou em Hieracômpolis. Foi enterrado na tumba B1-B2 da necrópole de Umel-Caabe, Abidos. A sua posição cronológica é incerta.[6]
Crocodilo (Xendju) c.3150 a.C. A sua identidade e mesmo a sua existência são incertas.[7]
(Sequém) c.3150 a.C. Reinou em Hieracômpolis. Na sua tumba de Abidos, se encontraram jarras cilíndricas de cerâmica donde figura seu nome: Hórus Ka. A sua posição cronológica é incerta.[8]
Escorpião II (Serquete) c.3150 a.C. O seu nome figura na cabeça da maça de Hieracômpolis. Provavelmente a mesma pessoa que Narmer.[9]

Época Arcaica ou Tinita ou Período Protodinástico (3032-2707 a.C.)

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Ver artigo principal: Época Tinita

(Nota: A tradução das listas de faraós pelo grego Manetão levou a que vários dos nomes fossem modificados por este autor para uma forma mais legível para os gregos, listada abaixo sob o nome original. As datas mencionadas correspondem a períodos dentro dos quais podem ter governado.)

Nome Imagem Governo Notas
Hórus-Narmer
(Ḥr-nˁr Mr)
(Aha ou Menés[10])
c.3032-3000 a.C. Unificador do Alto e Baixo Egito. Manteve relações com a Fenícia, fez guerra contra a Líbia e a Núbia, iniciou a construção de Mênfis, canais e barragens no Nilo. Pensa-se ser a mesma pessoa que Menés e/ou Escorpião II.
Atótis
(Ḥr-ˁḥ3)
(Athotís[10])
c.3000-2999 a.C.
Neitotepe
(Nt.-ḥtp)
???? a.C. Tradicionalmente confundida com um governante masculino, terá sido esposa de Narmer e regente em nome de Atótis.[11] Contudo, estudos mais recentes comprovam que poderia ser, ao invés, casada com Atótis e regente do faraó seguinte, Quenquenés. Pode ter sido também rainha por direito próprio. Se assim for, é das primeiras mulheres (senão a primeira[12]) a assumir o poder na História.
Quenquenés (Djer)
(Ḥr-ḏr)
(Kenkénes[10])
54 anos[13]
(2980-2960 a.C.?)
Também chamado Zer ou Sekhty. A forma grega (Uenefés) advém do seu nome dourado, In-nebw. O seu nome e titulatura surgem na Pedra de Palermo. Fez-se enterrar com grande parte de sua corte. A sua tumba viria a ser mais tarde erradamente considerada a lendária tumba de Osíris.
Uenefés
(Ḥr-ḏt)
(Uenéphes[10])
10 anos[13]
(2960-2930 a.C.?)
Foram realizadas expedições ao Mar Vermelho e ao Deserto Oriental.
Merneite
(Mrj.t Nj.t)
c.2950 a.C.[14] Também designada Merite-Neite. Regente ou provavelmente rainha por direito próprio. Se assim for, é das primeiras mulheres a assumir o poder na História.
Usafedo
(Ḥr-dn)
(Ousaphaïdos[10])
42 anos[13]
(2930-2910 a.C.?)
Também designado Udimu ou Dewen. A forma grega (Quenquenés) advém do seu nome de nascimento, Qenqen.[15] É o primeiro faraó que surge representado com as Coroas do Alto e do Baixo Egito.
Miebido
(Ḥr-ˁḏ-jb)
(Miebidós[10])
10 anos
(2910-2890 a.C.?)
Também designado Adjib ou Enezib. Conhecido pelo seu título.[16] Realizou uma expedição militar contra nómadas.
Semempsés
(Ḥr-smr.ẖt)
(Semempsés, Mempsés[10])
8½ anos[13]
(2890-2870 a.C.?)
Considerado por alguns pesquisadores como usurpador, perseguiu a memória de Miebido. A memória do seu governo esta preservada na Pedra do Cairo.
Bienequés
(Ḥr-qˁ3)
(Bienéches, Óubiênthis, Víbenthis[10][17][13])
34 anos
(2870-2850 a.C.?)
Tambem designado Qáa ou Ka'a. Último faraó a fazer-se enterrar com alguns cortesãos.
Hórus-Nefercaés
(Ḥr.-snfr-k3)
c. 2900 a.C. Também designado Seneferka, Neferseka ou Sekanefer. Faraó pertencente à Dinastia I, mas de posição cronológica incerta. Sabe-se que teve um reinado curto.
Hórus-Pássaro c. 2900 a.C. Também designado Hórus Pássaro. Faraó pertencente à Dinastia I, mas de posição cronológica incerta. Sabe-se que teve um reinado curto.

(Nota: A tradução das listas de faraós pelo grego Manetão levou a que vários dos nomes fossem modificados por este autor para uma forma mais legível para os gregos, listada abaixo sob o nome original. As datas mencionadas correspondem a períodos dentro dos quais podem ter governado.)

Nome Imagem Governo Notas
Boco[18]
(Hr.-htp-sxm.wj)
(Boëthos[10])
15 anos
(2890-2861 a.C.? ou c.2840 a.C.?)
Foi datado do seu reinado um sismo que matou várias pessoas. No seu reinado deixam-se de usar as tabuletas epónimas da I Dinastia.
Queco[19]
(Hr-nb-rˁ)
(Kaíechós[10])
14 anos
(c. 2861-2847 a.C.?)
Também designado Raneb. A forma grega (Queco) advém do nome encontrado num cartucho seu, Kakaw. Primeiro faraó a incluir o nome Rá (o nome do sol) na sua onomástica. Pode ser o mesmo que Weneg.
Binótris[20]
(Nj-nṯr)
(Binóthris[10])
43 ou 45 anos
(c.2847-2802 a.C.?)
Terá dividido o Egito entre os seus sucessores, ficando estabelecida a possibilidade de as mulheres poderem exercer o poder real.
Nisute-Biteje-Nebti-Uenegue[20]
(Nsw.t-btj-nb.tj-wng)
(Ougotlas, Tlás[10])
c.2740 a.C.? Pode ser um governante por si só, ou então será o mesmo que Queco, Peribessene ou Sequemibe-Perenmaate.
Setenés[21]
(Snd.j)
(Sethenes[10])
Supostamente 47 anos (c.2802-2782 a.C.?) Provavelmente o mesmo que Peribessene.[22]
Peribessene
(Stš-pr-jb-sn)
17 anos
(c. 2890-2886 a.C.?)
Governa no Alto Egito.[23] Derrota os reis do Baixo Egito. Promoveu o culto solar.
Sequemibe
(Ḥr-Sḫm-jb-pr-n M3ˁt)
???? a.C.? Provavelmente o mesmo que Peribessene.[22] Governa no Alto Egito.
Neferquerés I
(Nfr-k3-r3-3ʼ-k3)
(Néphercherés[10])
???? a.C. Atestado apenas em listas de reis. Não existem provas arqueológicas da sua existência.
Sesócris
(Nfr-k3-skr)
(Sesóchris[10])
???? a.C. Atestado apenas em listas de reis. Não existem provas arqueológicas da sua existência.
"Hudjefa" (I)
(Ḥw-ḏf3)
???? a.C. Atestado apenas em listas de reis. O seu nome na verdade é uma expressão que denuncia que já no tempo da elaboração daquelas listas se desconhecia o nome do faraó (nome equivalente a desconhecido).
Quenerés[24][25]
(Ḫꜥj-sḫm.wj)
(Chenerés[10])
18 anos
(c.2690-2670 a.C.?)
O seu nome de sereque é único, já que combina os nomes de Hórus e Seti, tradicionais e mitológicos adversários. Sufoca outra rebelião de forma sangrenta. Consolidação definitiva da unificação egípcia em c. 2 690 a.C.

Império Antigo Menfita (2686-2175 a.C.)

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Nome Imagem Nascimento Governo Consorte Morte Notas
Nisute-Biti-Nebti-Netejeriquetenebu Djoser[26]
(nsw.t-bty-nb.ty nṯrj-ẖt-nbw ḏsr)
(Tosorthros, Sesorthos[10])
2690-2670 a.C.
Filho de Quenerés e Nimetape
c.2686-2649 a.C. Hetefernebti
um filho
c.2649 a.C.? Ordenou a construção da primeira pirâmide escalonada conhecida no Egito, desenhada pelo arquiteto e escriba Imotepe.
Sequenquete[27]
(Djoserty, dsr r t y)
(Tyreis[10])
2670-2663 a.C.
Filho de Quenerés e Nimetape ou de Djoser e Hetefernebti
c.2648-2640 a.C. Djeseretnebti c.2640 a.C.? Irmão ou filho do anterior, projetou uma pirâmide escalonada em Sacara, e conhece-se ainda uma rocha com inscrições do seu reinado em Uadi Magaré, na Península do Sinai. Na pirâmide referida, inacabada, encontraram-se os restos de uma criança de dois anos.[28]
Hórus-Sanaquete
(Ḥr-S3.nḫt)
(Necheróphes[10])
? c.2650 a.C. Desconhecida c.2650 a.C.? Pode ser identificado com Nebeca, um suposto rei do Império Antigo. Porém, esta ideia ainda é debatida.
Hórus-Caba
(Ḥr-ḫˁj-b3)
(Mesochris[10])
? c.2643-2637 a.C. Desconhecida c.2637 a.C.? Terá construído, provavelmente uma pirâmide inacabada. Possivelmente identificável com Huni. A ele se atribui a pirâmide estratificada inacabada em Zauieteel-Ariã.
Huni
(Hwj)
(Souphis,[10] Áches?)
? a.C. c.2637-2613 a.C. Djefatenebti
dois ou três filhos

Meresanque I?
um filho?
c.2613 a.C.? Desconhece-se a sua ligação aos monarcas anteriores e posteriores. Admite-se que o seu sucessor, Sneferu, fundador da Dinastia IV, seria seu filho, mas na realidade não se consegue atribuir alguma filiação a este faraó. Atribuiu-se a ele, por muito tempo, a construção da pirâmide de Meidum, mas atualmente há consenso no facto que terá sido o seu sucessor, Sneferu, a construir esta pirâmide.
Nome Imagem Nascimento Governo Consorte Morte Notas
Seneferu
(Snfr.w)
(Sóris[10])
? a.C.
Filho de Huni? e Meresanque I
c.2613-2589 a.C. Heteferés I
treze filhos
c.2589 a.C. Construiu as grandes pirâmides de Dachur (designadas Pirâmide Curvada e Pirâmide Vermelha), terminou a de Meidum (obra dele e não do seu antecessor, como se pensava) e várias outras de menor envergadura. Financiou expedições bélicas contra a Núbia e a Líbia. Pensa-se que poderá estar enterrado na Pirâmide Vermelha de Dachur.
Quéops
(Ḫw(j).f w(j))
(Quéops, Suphis[10])
? a.C.
Filho de Seneferu e Heteferés I
c.2589-2566 a.C. Meritités I
pelo menos cinco filhos[29][30][31]

Henutesem
dois filhos

Requetré?
c.2566 a.C. A ele é creditado a construção da Grande Pirâmide de Gizé e do complexo funerário anexo. As fontes contemporâneas descrevem-no como um governante generoso e piedoso, mas os gregos, pelo contrário referem-no como um governante cruel. É o protagonista do célebre Papiro Westcar.
Ratoises
(Sȝ Rˁ ḏd.f Rˁ)
(Ratóises[10])
? a.C.
Filho de Quéops e Meritités I?[29]
c.2566-2558 a.C. Heteferés II
cinco filhos

Quenteteca
um filho?[32]
c.2558 a.C. Alguns egiptólogos acreditam que terá construído a célebre Grande Esfinge de Gizé, monumento em honra ao falecido pai. Terá construído também uma pirâmide em Abu Rauas, embora hoje já não esteja intacta pelo facto de os romanos terem reciclado os materiais da construção para outros fins.
Cafré
(Sȝ Rˁ Ḫʿj-f-Rʿ)
(Quéfren, Suphis II[10])
? a.C.
Filho de Quéops e Meritités I?[30]
c. 2558-2532 a.C. Camerernebeti I
dois filhos

Persenete I
um filho

Hequenuejete
um filho
c.2532 a.C. Atribuem-lhe a segunda maior pirâmide em Gizé. Há egiptólogos que lhe atribuem a construção da Grande Esfinge de Gizé, ao invés do seu antecessor. Os antigos gregos descreveram-no como cruel, como Quéops.
Bacaré
(b3-k3-rˁ)
(Bikhéris[10])
? a.C. c. 2570 a.C.? ? ? a.C. Os indícios sobre este faraó são mínimos, e há quem o considere fictício.[33] Segundo Manetão, antecedeu Mencauré.
Mencauré
(mn-k3.w-Rˁ)
(Miquerinos[10])
? a.C.
Filho de Cafré e Camerernebeti I
c. 2532-2503 a.C. Camerernebeti II
pelo menos um filho
Requetré?
c.2503 a.C. Segundo Manetão, sucedeu a Bakaré, mas é mais provável que tenha sucedido ao seu pai, Cafré. Construiu a terceira e a mais pequena pirâmide em Gizé.
Seberquerés
(špṣṣ-k3.f)
(Seberchéres[10])
? a.C.
Filho de Mencauré e Camerernebeti II (ou Requetré)
c. 2503-2498 a.C. Quentecaus I
dois filhos

Bunefer?
pelo menos um filho?
c.2649 a.C.? Entrou em conflito com os sacerdotes de Rá. Abandonam-se os símbolos solares funerários. Construiu uma grande mastaba no sul de Sacara.
Tanfétis
(Thamphthis[10])
? a.C. c. 2500 a.C.? ? ? a.C. Apesar de presente na lista de Manetão, não se encontraram menções contemporâneas deste faraó.
Nome Imagem Nascimento Governo Consorte Morte Notas
Userquerés
(wsr-k3-f)
(Usercherés[10])
? a.C. 2498-2491 a.C. ou
2498-2487 a.C.[34]
Quentecaus I
sem filhos?

Neferetepés
dois filhos
c.2491 ou 2487 a.C. Chegou ao poder com a ajuda dos sacerdotes de Heliópolis, e ordenou doar muitas terras e bens ao clero. Construiu uma pirâmide em Sacara, e ainda o primeiro templo solar em Abusir. Estabeleceu as primeiras relações com os povos do Mar Egeu.
Sefrés
(S3ḥ w Rˁ)
(Sephrés[10])
? a.C.
Filho de Userquerés e Neferetepés
2491-2477 a.C.[35] ou
2487-2475 a.C.[36]
Meretenebti
seis filhos
c.2477 ou 2475 a.C. Manteve uma ativa relação comercial e diplomática com o Próximo Oriente. Trasladou a necrópole real para Abusir, onde construiu a sua pirâmide.
Neferircaré
(Nfr-jr(.w)-k3-Rˁ)
(Nephercherés[10])
? a.C.
Filho de Sefrés e Meretenebeti
2477-2467 a.C.[35] ou
2475-2455 a.C.[36][37]
Quentecaus II
quatro filhos
c.2467 ou 2455 a.C. Nascido com o nome Ranefer, patrocinou, de forma excludente, o culto solar.
Neferefré
(nfr.f Rˁ)
(Cherés[10])
? a.C.
Filho de Neferircaré e Quentecaus II
2460-2453 a.C.[35] ou
2448-2445 a.C.[36][37]
Quentecaus III
dois ou três filhos
c.2453 ou 2445 a.C. Inicia a colonização do Sinai e da Baixa Núbia.
Quepsescaré
(Špss-k3-Rˁ)
(Sisirés[10])
? a.C.
Filho de Sefrés e Meretenebti ou Neferircaré e Quentecaus II
Poucos meses Desconhecida
sem filhos
? a.C.
Niuserré Ini
(N.wsr Rˁ In.n j)
(Rathurés[10])
? a.C.
Filho de Neferircaré e Quentecaus II
2453-2422 a.C.[35] ou
2445-2421 a.C.[36][37]
Reptinube
quatro filhos
c.2422/21 a.C. O culto solar alcança o seu clímax.
Menquerés
(Mn-k3w-Ḥr Ik3w)
(Mencherés[10])
? a.C.
Filho de Neferefré e Quentecaus III
2422-2414 a.C.[35] ou
2421-2414 a.C.[36][37]
Cuite I

Meresanque IV
c.2414 a.C. Período de descentralização administrativa.Foi o último faraó a edificar um Templo do Sol.
Tanquerés
(Ḏd-k3-Rˁ Izzi)
(Tancherés[10])
? a.C.
2414-2375 a.C.[35][36][37] Meresanque IV
três filhos
c.2375 a.C. Desconhece-se a sua relação com os faraós anteriores. Provavelmente a ligação reside na esposa, que fora mulher do seu antecessor. Reformou a administração. Foi o faraó da dinastia com o reinado mais longo. Criou o cargo de vizir do Sul para o Alto Egito. Foi o seu vizir Ptaotepe o compositor das Máximas de Ptaotepe.
Unas
(Wnjs)
(Onnus[10])
? a.C. 2375-2345 a.C.[35][36][37] Quenute
quatro filhos?
c.2345 a.C. Prosseguiu a política de relações com Biblos e Cuxe. A sua pirâmide contém as primeiras inscrições conhecidas.
Nome Imagem Nascimento Governo Consorte Morte Notas
Teti
(t t i)
(Othoes[10])
? a.C. 2345-2333 a.C. Ipute I
pelo menos um filho

Cuite II
pelo menos dois filhos

Quentecaus IV
c.2333 a.C. Continuou a política de seus antecessores. Os monarcas adquirem prerrogativas próprias do faraó. Segundo Manetão, foi assassinado.
Usercaré
(Wsr-k3-Rˁ)
? a.C.
Filho de Teti? e Cuite II?
2333-2332 a.C. Desconhecida c.2332 a.C. Provavelmente usurpador na sequência do assassinato do antecessor.
Meriré Pepi I
(Mry-Rˁ p p y)
(Phius[10])
? a.C.
Filho de Teti e Ipute I
2332-2287 a.C. Anquessempepi I
um filho

Anquessempepi II

Nubuenete

Meritités IV

Ineneque-Inti

Mea

Nedjeftet
c.2287 a.C. Soberano enérgico e empreendedor, último grande rei do Antigo Reino, eficaz guerreiro e construtor.
Merenré
Mentusufis I
(Mrj-n-Rˁ Nmtj m s3=f)
(Menthusuphis[10])
? a.C.
Filho de Meriré Pepi I e Anquessempepi I
2287-2278 a.C. Anquessempepi II
um filho
c.2287 a.C. Continua a política expansionista na Núbia e realiza expedições em Punte.
Nefercaré Pepi II
(nfr k3 rˁ p p y)
(Phiops[10])
c.2284 a.C.
Filho de Merenré Mentusufis I e Anquessempepi II
2278-2184 a.C. Neite I
um filho

Ipute II

Anquessempepi III

Anquessempepi IV
um filho

Udjebetem
c.2216 ou 2184 a.C. O seu longo reinado viu a decadência do poder real. O seu reinado, provavelmente de 94 anos, foi tradicionalmente visto como o mais longo da História da Humanidade. Contudo, há especialistas que preferem reduzir a extensão para 64 anos.
Neferca
(nfr kˁ )
? a.C.
Filho de Nefercaré Pepi II?
2200-2199 a.C. Desconhecida c.2199 a.C.? Cogovernante de Pepi II, pode ter sido seu filho, e há quem o identifique com Mencaré ou Nefercaré Pepisenebe, faraós do Primeiro Período Intermediário.
Merenré
Mentusufis II
(Mrj-n-Rˁ Nmtj m s3=f)
(Menthusuphis[10])
? a.C.
Filho de Nefercaré Pepi II e Neith I
2184 a.C. Desconhecida c.2287 a.C. Provavelmente ascendeu ao trono com uma idade muito avançada, dado longo reinado do pai comparado ao seu, de pouco mais de um ano.
Netjercaré Siptá
(Nt-iḳrti s3-ptḥ)
(Nitócris[10])
? a.C. 2184-2181 a.C. Desconhecida c.2181 a.C. Segundo fontes mais recentes, o nome de Nitócris (uma suposta rainha-faraó) seria uma forma corrompida de Netjercaré, que seria um faraó masculino. Nasceria assim uma lenda em torno de uma rainha-faraó deste período que provavelmente não existiu.

O Primeiro Período Intermediário consistiu num período de turbulência, cujo início marcou o final do Império Antigo, e após o qual se fundou o designado Império Médio.

O Império colapsou rapidamente após a morte de Pepi II, que reinara entre 64 e 94 anos, provavelmente, neste último caso, mais que qualquer outro monarca na História. A sua idade avançada nos seus últimos anos de reinado e vida levou a uma grande ineficiência administrativa que acabou por ser a causa principal do desabamento da união do Alto e Baixo Egito, que se separariam pela primeira vez neste período de caos: surgiram vários líderes regionais e surgiu uma grande epidemia de fome.

Os reis das dinastias VII e VIII tentaram manter o seu poderio em Mênfis, mas deviam-no muito a poderosos magnates. Após 20 ou 45 anos foram depostos por uma nova linhagem de faraós, sediada em Heracleópolis Magna, que formaram as dinastias IX e X. Pouco tempo após, uma outra linhagem rival ascendia em Tebas, revoltada com os suseranos nortenhos, unindo o Alto Egito, a dinastia XI. Por volta de 2055 a.C., Mentuotepe II, desta última dinastia, derrotou a rival e reuniu as duas Terras, dando início ao Império Médio.

As Dinastias VII e VIII: sede em Mênfis

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Governando por 20 ou 45 anos, estes monarcas detinham um poder muito limitado, dada a divisão dos Reinos e a evolução administrativa para um sistema feudal. Referente à dinastia VII, Manetão refere a existência de setenta reis em setenta dias, o que pretende aludir à instabilidade política. Conhece-se pouco sobre os reis desta dinastia.

O mesmo para a dinastia VIII. Muitos tomam o nome Neferircaré, possivelmente em referência ao rei Pepi II.

Nome Imagem Governo Notas
Mencaré
(Mn k3 Rˁ)
(c.2181 a.C.?) Teve um reinado curto. A sua existência está provada num relevo fragmentado de Netjercaré Siptá.
Nefercaré II
(Nfr-k3 rˁ)
???? a.C. (c.2171 a.C.?) Citado pela Lista Real de Abidos.
Nefercaré III Nebi
(Nfr-k3-rˁ nbjj)
???? a.C. Possivelmente filho de Pepi II (VI Dinastia) e da rainha Anquessempepi III. Atestado e inscrições da tumba da mãe. Iniciou a construção de uma pirâmide em Sacará.
Djedecaré Xemai
(Ḏd k3 rˁ šm3j)
???? a.C. Mencionado na Lista Real de Abidos.
Nefercaré IV Quendu
(nfr k3 rˁ ḫndw)
???? a.C. Mencionado na Lista Real de Abidos.
Merenor
(Mr n Ḥr)
???? a.C.
Nefercamim I
(nfr k3 mnw)
???? a.C. Também designado Seneferca.
Nicaré I
(N-k3-rˁ)
???? a.C. Mencionado na Lista Real de Abidos e num cilindro real.
Nefercaré V Tereru
(nfr k3 rˁ tr(r)rw)
???? a.C. Mencionado na Lista Real de Abidos.
Nefercaor
(Nfr-k3-Ḥr)
???? a.C. Mencionado na Lista Real de Abidos e num cilindro real.
Nome Imagem Governo Notas
Nefercaré VI Pepisenebe
(Nfr-k3-Rˁ pjpj snb)
???? a.C. Mencionado na Lista Real de Abidos e no Cânone de Turim.
Nefercamim II Anu
(Nfr-k3 Mn ˁnw)
?-2169? a.C. Mencionado na Lista Real de Abidos e no Cânone de Turim.
Cacaré Ibi
(Q3j-k3-Rˁ jbj)
2169-2167 a.C. Mencionado na Lista Real de Abidos, no Cânone de Turim e em grafitos na Núbia. Foi enterrado em Sacará, onde construiu uma pirâmide com inscrições, os últimos Textos das Pirâmides conhecidos.
Nefercauré
(Nfr k3.w Rˁ)
2167-2163 a.C. Mencionado na Lista Real de Abidos.
Nefercauor Cuiapi
(Nfr-k3.w Ḥr Ḫw-w-ḥpw)
2163-2161 a.C. A filha mais velha de Nefercauor casa-se com o vizir do Alto Egito, Xemai. Encontra-se atestado na tuba deste vizir e também no templo de Min.
Neferircaré II
(Nfr-jrj k3 Rˁ)
2161-2160 a.C. Se se identificar com Hórus-Demedejibetaui, poderá estar atestado no templo de Mim.

As Dinastias IX e X: sede em Heracleópolis Magna

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Sediadas nesta cidade, a dinastia X foi a herdeira da sede da dinastia IX, uma vez que após a queda da IX, um grupo local tomou o poder e fundou a X. Com 18 reis somados entre as duas, segundo o Papiro de Turim (ao qual faltam, destes 18, 12 nomes), governaram num período que se estendeu de 2160 a.C. a 2040 a.C., tendo a mudança de dinastia ocorrido por volta de 2130 a.C.. Desconhece-se qual o último rei da dinastia X, mas conhece-se o primeiro da dinastia X.

Nome Imagem Governo Notas
Meribré Queti I
(mr.j-j-jb-rˁ ẖtj(j))
(Acthoes I)
???? (c.2160-2150 a.C.?) Segundo Manetão, foi Queti quem fundou a Dinastia IX.
? (Merikaré?) ???? a.C.
Nefercaré VII
(nfr-k3-rˁ)
???? (c.2140 a.C.?)
Setute ???? a.C.
? ???? a.C.
Mery... ???? a.C.
Shed... ???? a.C.
H... ???? a.C.
Queti II
(ẖtj(j))
???? a.C. Faraós mencionados no Papiro de Turim. Posição cronológica incerta e existência ainda não assegurada.
Queti III
(ẖtj(j))
???? a.C.
Queti IV
(ẖtj(j))
???? a.C.
Nome Imagem Governo Notas
Meriator
(mr.j-j-ḥwt-ḥr)
2130-? a.C.
(Queti V?)
(ẖtj(j))
???? a.C. Mencionado no Papiro de Turim. Posição cronológica incerta e existência ainda não assegurada.
Nefercaré VIII
(nfr-k3-rˁ)
???? a.C.
Nebicauré Queti II (VI)
(ẖtj(j))
(Acthoes II)
???? a.C. Pode pertencer tanto à dinastia IX como à X. Posição incerta
Uacaré Queti III (VII)
(ẖtj(j))
(Acthoes III)
?- c.2075 a.C.?
Mericaré (II) (Queti?)[38]
(mr.j-k3-rˁ)
c.2075?-2040 a.C.

Tendo Antefe, o Velho, por fundador, a família constituiu-se na Dinastia XI a partir de 2130 a.C., e eventualmente acabaria por reunir todo o Egito sob Mentuotepe II. Desta forma, a dinastia divide-se entre o fim do Primeiro Período Intermediário e o começo do Império Médio.

Nome Imagem Governo Notas
Iripate Antefe (I) O Velho
(Iry-pˁt ḥ3t in-it.f)
???? a.C. Nomarca (governador) em Tebas, que servia um rei de outra dinastia. Os seus descendentes opor-se-iam à dinastia que serviam.
Mentuotepe I O Grande, Tepia
(mnṯw-ḥtp(w)ˁ3)
?-2134 a.C. Apesar de ser apenas faraó nominalmente, poderia governar com plenos poderes.
Seertaui Antefe I
(Shr-tȝ.wy In-it.f)
2134-2117 a.C. Primeiro governante da família que ostentou o título de faraó.
Uaanque Antefe II
(W3ḥ-ˁnḫ Jnj (j)t.f)
2117-2069 a.C. Conquistou Abidos.
Naquetenebetepenefer
Antefe III
(Nḫt-nb-tp-nfr In-it.f)
2069-2060 a.C. Conquistou Assiute, e expandiu-se para Norte.[39]
Nebepetré
Mentuotepe II
((Nb-ḥ3pt-Rˁ Mn-ṯw-ḥtp))
2060-2040 a.C. Por volta de 2040 a.C. reuniu todo o Egito.

Império Médio Tebano (2060-1803 a.C.)

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Nome Imagem Nascimento Governo Consorte Morte Notas
Nebepetré Mentuotepe II
(Nb-ḥ3pt-Rˁ Mn-ṯw-ḥtp)
? a.C.
Tebas
Filho de Naquetenebetepenefer Antefe III e
c.2040-2010 a.C. Tem
um filho

Neferu II
(em bigamia?)


Axaite

Henenete

Cauite

Quensite

Sadé

2010 a.C.? Reúne o Egito, derrubando as dinastias rivais.
Sancaré
Mentuotepe III
(s ˁnḫ k3 rˁ - Mn-ṯw-ḥtp)
? a.C.
Tebas
Filho de Nebepetré Mentuotepe II e Tem
c.2010-1998 a.C. Imi (?)
um filho
1998 a.C.? Reúne o Egito, derrubando as dinastias rivais.
Nebetauiré Mentuotepe IV
(Nb-t3.w(j)-Rˁ Mn-ṯw-ḥtp)
? a.C.
Tebas
Filho de Sancaré Mentuotepe III? e Imi
c.1998-1991 a.C. Desconhecida 1991 a.C.? Faraó obscuro, do qual pouco se sabe, estando inclusive ausente de várias listas de reis. Desconhece-se a localização da sua tumba. Pode ter sido deposto pelo seu vizir, que fundaria uma nova dinastia.
Nome Imagem Governo Notas
Mencaré Seguerseni[40]
(Mnḫ-k3-Rˁ Sgrsnj)
? a.C.() Faraós obscuros ausentes das listas de reis. Desconhecem-se os locais das suas tumbas. Atestados somente na Baixa Núbia, tratam-se provavalmente de chefes núbios que usurparam o trono egípcio por um período muito curto, que coincidiu com o final da Dinastia XI e/ou o início da Dinastia XII.
Cacaré Ini[40]
(Q3j-k3-rˁ S3-rˁ Jni)
? a.C.
Iibequentré[40]
(Jj jb ḫnt Rˁ)
? a.C.
Nome Imagem Nascimento Governo Consorte Morte Notas
Seetepibré Amenemés I
(S.htp-jb-Rˁ Jmn M-ḥ3.t)
(Ammenemés[10])
? a.C.
Tebas
Filho de Sesóstris e Neferete
1991-1962 a.C. Neferitatenem
quatro filhos
1962 a.C. Vizir de Mentuotepe IV, provavelmente foi o instigador da sua deposição, assumindo de seguida o faraonato. Foi assassinado.
Quepercaré
Sesóstris I
(Ḫpr-k3-Rˁ S(j)-n-Wsrt)
(Sesonchosis[10])
? a.C.
Tebas
Filho de Seetepibré Amenemés I e Neferitatenem
1971-1962 a.C. (sob Amenemés I)

1962-1926 a.C.
Neferu III
seis filhos
1926 a.C.
Nubicauré Amenemés II
(Nbw-k3w-Rˁ Jmn M-ḥ3.t)
(Ammenemés[10])
? a.C.
Tebas
Filho de Sesóstris I e Neferu III
1929-1926 a.C. (sob Sesóstris I)

1926-1895 a.C.
Desconhecida
sete filhos?
1895 a.C.
Caqueperré Sesóstris II
(Ḫˁ-ḫpr-Rˁ[41] S(j)-n-Wsrt)
(Sesóstris[10])
? a.C.
Tebas
Filho de Nubicauré Amenemés II
1897-1895 a.C. (sob Amenemés II)

1895-1878 a.C.
Quenemeteneferejete I
pelo menos um filho

Nofrete II
quatro filhos?

Itauerete (?)

Quenemete (?)
1991 a.C.?
Cacauré
Sesóstris III
(Ḫˁj-k3w-Rˁ S(j)-n-Wsrt)
(Sesóstris[10])
? a.C.
Tebas
Filho de Sesóstris II e Quenemeteneferejete I
1878-1839 a.C. Nefertenute

Quenemeteneferejete II

Itacaite

Mereteseguer

Sitatoriunete
1839 a.C. No seu reinado, o Império Médio egípcio atingiu o zénite.
Nimaetré
Amenemés III
(Nj Mˁ3t-Rˁ Jmn M-ḥ3.t)
(Lamarés[10])
? a.C.
Tebas
Filho de Sesóstris III
1860-1839 a.C. (sob Sesóstris III)

1839-1815 a.C.
Aate

Quenemeteneferejete III
1815 a.C. Foi responsável pela Bar Iussefe, e identificado com o faraó de Gênesis 12.
Maaqueruré Amenemés IV
(M3ˁ-ḫrw-Rˁ Jmn M-ḥ3.t)
(Ammenemés[10])
? a.C.
Tebas
Filho (adotivo?) de Nimaetré Amenemés III e Hetepi (mãe biológica)
1815 a.C. (sob Amenemés III)

1815-1806 a.C.
Desconhecida
dois filhos?
1806 a.C. Teve uma co-regência de um ano, baseada numa inscrição em Cnossos.
Sobecaré Esquemíofris
(sbk ka rˁ- sbk nfr (w) rˁ)
(Skemiophris[10])
? a.C.
Tebas
Filha de Nimaetré Amenemés III
1806-1802 a.C. Desconhecido, provavelmente não casou 1802 a.C. A sua morte encerra o período designado de Império Médio.

Com a queda da Dinastia XII, iniciou-se um novo período de turbulência que levou a mais uma divisão do Egito. A Dinastia XIII, que sucedera após a queda da XII, era muito mais fraca e não soube defender bem o Egito dos numerosos ataques estrangeiros. Devido a isto, de uma família nobre residente em Xois (no Delta do Leste) emergiu a Dinastia XIV, que governou a área em simultâneo com a XIII no resto do país.

Os hicsos apareceram pela primeira vez no reinado de Sebecotepe IV, e por volta de 1720 a.C. tomaram a cidade de Ávaris para si, tomando grande parte das terras da Dinastia XIV. Deste território agora hicso emergiu a Dinastia XV. Em 1650 a.C. estes invasores conquistavam Mênfis e punham fim à XIII dinastia. A confusão política que então se instalou deu azo à subida de uma Dinastia XVI, que declarou a sua independência possuindo algumas terras e instalando a capital em Tebas. Também esta dinastia foi derrubada pelos estrangeiros. Os Hicsos foram derrubados pela recém-proclamada Dinastia XVII, e só Taá II e seus descendentes foram capazes de os afastar até à Ásia. Surgiria assim um novo período de paz e prosperidade sob a Dinastia XVIII.

A ordem dos reis e as datas dos reinados dos faraós deste período variam conforme os especialistas. A maior parte destas datas são desconhecidas e/ou incertas.

Esta dinastia é talvez uma das mais debatidas pelos egiptólogos, já que vários deles apresentam soluções diferentes para a ordem de reinado dos faraós.[42][falta página][43][falta página][44][45][46] A posição dominante tomada nesta lista é a de Kim Ryholt, embora não se descartem outras hipóteses.

Nome Imagem Governo Notas
Sequenré Cutaui Amenemés
Sebecotepe I
1802-1800 a.C.[42][falta página](1)
1724-1718 a.C.[46] (20)
Provavelmente filho de Amenemés IV.[42][falta página] Com um reinado bem documentado, terá sido o fundador da dinastia, segundo estudos mais recentes. Contudo, perante outros egiptólogos, cabia a Ugafe este papel fundador.[46] A primeira hipótese parece ser no entanto a dominante.[44]
Meibitaui Sequencaré Amenemés Sombefe 1800-1796 a.C.[42][falta página][46](2) Provavelmente irmão de Sebecotepe I.[42][falta página] Há quem defenda que seria a mesma pessoa que Amenemés V.[47][48]
Nericaré 1796 a.C.[42][falta página] (3)
 ? [46] (23)
Sequencaré Amenemés V 1796-1793 a.C.[42][falta página][46](4)
1746-1743 a.C.
Sabe-se que governou cerca de três ou quatro anos.[42][falta página]
Ameni Quemau 1795-1792 a.C. (5) Foi sepultado na pirâmide que construiu, em Dachur. Provavelmente, pelas datas, governou com o seu irmão, Amenemés V.
Hotepibré Quemau Siarnedijeritefe 1791-1788 a.C.[42][falta página] (6) Também designado Seetepibré.
Iufini 1788 a.C. (6 (ou 7);[42][falta página] 7[46])
1741 a.C.[47]
Também designado Jeuefini. Atestado apenas pelo Papiro de Turim. Teve um reinado muito curto.
Seanquibré
Amenemés VI
1788-1785 a.C.[42][falta página] (8)
c.1740 a.C.[43][falta página] (7)
Semencaré Nubini 1785-1783 a.C.[42][falta página] (9)
1739 a.C.[47] (8)
Seetepibré II Seuesequetaui 1783-1781 a.C. (10;[42][falta página] 5[43][falta página])
Seaujecaré c.1781-1780 a.C.[42][falta página]
1736 a.C.[43][falta página]
Conhecidos apenas através do Papiro de Turim.
Nejemibré (c. 7 meses)
c.1780 a.C.[42][falta página] ou 1736 a.C.[43][falta página]
Caanqueré
Sebecotepe II
1780-1777 a.C. (13;[42][falta página] 16[46])
Rensenebe Amenemés (c. 4 meses)
1777 a.C.(14;[42][falta página] 13;[47] 16[46])
Também designado Ranisombe.
Auibré Hor I (c. 1 ano e 6 meses)
1777-1775 a.C.[42][falta página] ou uns meses em c.1732 a.C.[43] [falta página]
Famoso pelo seu rico túmulo praticamente intacto.
Sequenrecutaui Cabau 1775-1772 a.C.[42][falta página] (16)
1752-1746 a.C.[43][falta página]
? (3)[46]
Possivelmente filho de Hor I.
Jedequepereu 1772-1770 a.C.[42][falta página]
uns meses em c.1732 a.C.[43][falta página]
Possivelmanete filho de Hor I e irmão de Cabau. Já foi identificado (não com muito sucesso) com Quendijer.
Sebecai ???? a.C. Possivelmente este faraó corresponde a dois: Sebe e o seu filho Cai.
Sedijefacaré Cai Amenemés VII c.1770-1765 a.C.[42][falta página] Um rei bem documentado em estelas e outros documentos.
Cutauiré Ugafe c.1767 a.C.[42][falta página]
c.1794-1757 a.C.[43][falta página] (1)
Também designado Uegafe. Tradicionalmente o fundador da dinastia, estudos recentes demonstram que não o foi.
Usercaré Quenjer c.1764-1759 a.C.[42][falta página]
c.1718-1712 a.C.[43] [falta página]
Provavelmente o primeiro faraó semita.
Semencaré Imiremexau (Menos de 10 anos)
c.1764-1759 a.C.[42][falta página] ou c.1711 a.C.[43] [falta página]
Atestado por dois colossos.
Seetepecaré Antefe IV (Menos de 10 anos)
c.1759-1749 a.C.[42][falta página] ou c.1710 a.C.[43] [falta página]
Sete Meribré ?-1749 a.C.[42][falta página]
?-1710 a.C.[43][falta página]
Sequenreseudijetaui Sebecotepe III (4 anos e 2 meses)
(c.1749-1744 a.C.?)[42][falta página]
Casequenré Neferotepe I (c.11 anos)
1742-1731 a.C.[42][falta página]
1705-1694 a.C.[43][falta página]
Um dos reis mais bem documentados da dinastia.
Menuadijeré Siator 1739 a.C.? Governou com o irmão, Neferotepe I.
Caneferré
Sebecotepe IV
(c. 10 anos)
1732-1720 a.C.[42][falta página]
1694-1685 a.C.[43] [falta página]
Irmão de Neferotepe e Sicator.
Merotepré
Sebecotepe V
(c. 3 anos)
1720-1717 a.C.?[42][falta página] (30;[42][falta página]29[44])
Filho de Sebecotepe IV. Alguns autores consideram que é o mesmo que Merotepré Ini,[46][47] mas não há certezas.
Caotepré
Sebecotepe VI
(4 anos, 8 meses e 29 dias)
c.1719-1715 a.C. (31;[42][falta página]30;[44]25[46][47])
Irmão provável de Sebecotepe V.
Uaibré Ibiau (10 anos, 8 meses e 29 dias)
1712-1701 a.C.[42][falta página] ou 1725-1719 a.C.
Merneferré Ai I (23 anos, 8 meses e 18 dias)
1710-1687 a.C.[42][falta página]
Foi o governante que mais tempo se manteve no trono, em toda a dinastia.
Merotepré Ini (2 anos e 2 meses)
1677-1675 a.C.[42][falta página] ou 1691-1689 a.C.
Possivelmente filho de Ai I.
Sanquenré Seuajetu (3 anos, 2-4 meses)
1675-1672 a.C.[42][falta página] ou 1694/1654 a.C.[43] [falta página]
Governa durante c. 3 anos e 2-4 meses.
Mersequenré Inede (Neferotepe II) (3 anos, 1-4 meses e 1 dia)
1672-1669 a.C.[42][falta página] ou 1651-1648 a.C.[43] [falta página]
Inede e Neferotepe, dois faraós tradicionalmente distintos, podem ser na verdade a mesma pessoa.
Seuadicaré Hor II (5 anos, ? meses e 8 dias)
1669-1664 a.C.[42][falta página] ou 1648-1643 a.C.[43] [falta página]
Mercauré
Sebecotepe VII
(2 anos, ? meses e 3-4 dias, 2 anos e meio[42][falta página])
1664-1663 a.C.[42][falta página] ou 1646-1644 a.C.[43] [falta página]
(sete reis) ???? a.C.
Mer[…]re ???? a.C.
Merqueperré entre 1663 e 1649 a.C.
Mercaré Atestado somente no Papiro de Turim.
??? (nome perdido) ??? a.C.
Seuadijaré Mentuotepe V c.1655 a.C.[42][falta página]
[…]mosré ???? a.C.
Ibi […]maatré ???? a.C.
Hor[…] […]uebenré ???? a.C.
Se...caré ???? a.C.
Seequenré Sanquepitaqui ???? a.C. (54;[44] 55[42][falta página]) Provavelmente filho de Se...caré.
...ré ???? a.C.
Se...enré ?-1649 a.C.[42][falta página]
Djedotepré Dedumés I c.1654 a.C. Posição incerta. Provavelmente pertencentes à Dinastia XVI.[42][falta página]
Djedeneferré Dedumés II ???? a.C.
Seuaenré Senebemiu Depois de 1660 a.C.[42][falta página] Serão provavelmente dos últimos reis da Dinastia XIII, embora se desconheça a sua colocação exata.
Mersepsesré Ini II ???? a.C.
Mencauré Snaibé ???? a.C. Provavelmente um rei da Dinastia de Abidos.

Dinastias XIV e XV: invasores com sede em Ávaris

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A dinastia XIV nasceu por volta de 1805 ou 1710 a.C., como oponente da Dinastia XIII, e teve por capital Ávaris, a leste do Delta. Incluiu vários faraós de origem semita. Tal como a sua concorrente, a dinastia XIV é também muito debatida pelos egiptólogos[42][falta página][43][falta página][44][45][46] A posição dominante tomada nesta lista é a de Kim Ryholt, embora não se descartem outras hipóteses. Segundo este egiptólogo, a dinastia ascendeu ao poder ainda no reinado da rainha Esquemíofris.

Por seu lado, a dinastia XV, de origem hicsa, ascendeu na consequência da sua invasão no Egito e da turbulência política que na época assolava o Império. Estes reis hicsos governaram entre aproximadamente 1650 - 1550 a.C.. Os reis desta dinastia terão ascendido após conquistarem a capital da Dinastia XIV, Ávaris. Mais tarde derrubariam a Dinastia XIII e também a Dinastia XVI. A ordem dos reis apresentada pode não corresponder à real ordem de sucessão, difícil de estabelecer.

Nome Imagem Governo Notas
Secaenré Iaquebim 1805-1780 a.C.[42][falta página] Posições incertas, dadas aqui segundo Ryholt.
Nubuoserré Iaamu 1780-1770 a.C.[42][falta página]
Cauoserré Caré 1770-1760 a.C.[42][falta página]
Aaotepré Amu 1760-1745 a.C.[42][falta página] Provavelmente hicso.[49] Posição incerta, dada aqui segundo Ryholt.
Maaibré Xexi 1745-1705 a.C.[42][falta página] Posição incerta, dada aqui segundo Ryholt. Pode ter sido, em alternativa, um hicso que ascendeu precocemente a rei, ou então pertencente à Dinastia XV.
Aaseré Neesi c.1705 a.C.[42][falta página] Um curto reinado, provavelmente filho de Xexi. É um dos faraós do qual não há duvidas de que tenha pertencido à Dinastia XIV.
Caquereuré ???? a.C.
Nebefauré c.1704 a.C.[42][falta página]
Seebré ???? a.C. Provavelmente poderá ser a mesma pessoa que Uazade ou Xené [42][falta página]
Merjefaré c.1699 a.C.[42][falta página] É um dos faraós do qual não há duvidas de que tenha pertencido à Dinastia XIV.
Seaujecaré III c.1699 a.C.[42][falta página]
Nebejefaré (12-24 meses)
c.1694-1693 a.C.[42][falta página]
É um dos faraós do qual não há duvidas de que tenha pertencido à Dinastia XIV.
Uebenré ???? a.C. (c.1690 a.C.?)
???? (nome perdido) ???? a.C.
Jefaré? ???? a.C.
Nebesenré ???? a.C. Também designado Ranebesem. Está atestado por um vaso onde o seu nome está inscrito.
Sequeperenré (2 meses, entre 1690 e 1649 a.C.) É um dos faraós do qual não há duvidas de que tenha pertencido à Dinastia XIV. Está atestado num selo.
Anati Jedecaré ???? a.C. Atestados apenas pelo Papiro de Turim.
Bebenum ???? a.C.
Apepi ???? a.C. Atestado como filho de rei por cinco selos.
Nuia ???? a.C. Não há certezas sobre a sua posição ou pertença à dinastia. Atestado apenas por um selo de proveniência desconhecida.
Uazade (c.1700) a.C. Também designado Uazede, Uadijede, Uasa ou Uatechede. Poderá ter pertencido à Dinastia XV, ou em caso de ter pertencido à XIV, ser a mesma pessoa que Merdijefaré ou Seebré.[42][falta página]
Xené ???? a.C. Em caso de ter pertencido à dinastia XIV, pode ser a mesma pessoa que Merdijefaré ou Seebré.[42][falta página]
Xenxeque ???? a.C. Atestado por um selo.
Camuré ???? a.C. Atestao como filho de rei por cinco selos.
Iacarebe ???? a.C. Também designado Yak'reb, Yekeb-Baal, Yakba'al, Yekeb-Bor ou Ykb-l.
Meruserré Iacube-Har ???? a.C. Também designado Iacuber, Iacubar, ou Iaque-Baal.[50] Sabe-se que governou durante o Segundo Período Intermediário, embora se desconheça se viveu no século XVII ou XVI a.C., ou se governou na dinastia XIV ou XV. Poder ter sido inclusive vassalo dos hicsos.
Nome Imagem Governo Notas
Secaenré Salitis
(sḫˁ.n rˁ š3 r k)
(Salitis, Saïtês, Silites)
???? a.C. Segundo Manetão, foi o fundador da dinastia.
Hecachasute[nota 1] Senquem
(Ḥq3-ḫ3swt-smqn)
1649-??? a.C. Também designado Samuquenu. Provável fundador da dinastia. Posição cronológica incerta, pois pode ter pertencido também à Dinastia XVI.
Hecachasute Aperanate
(Ḥq3-ḫ3swt ˁpr-ˁnti)
???? a.C. Posição cronológica incerta.
Hecachasute Saquir-Har
(Ḥq3 ḫ3swt Skr Hr)
???? a.C.
Seuserenré Caiã
(s wsr n r՚ ḫj3n )
(Staan, Sethos, Iannas[10])
(30–40 anos)
(1610-1580 a.C.?)
O poder dos hicsos atinge o seu apogeu, com a conquista de Tebas no fim do seu reinado.
Nebequepesré Aquenenré Auserré
Apófis
(Nb-ḫpš-Rˁ ˁ3-qnj-n-Rˁ ˁ3-wsr-Rˁ i-p-p(i))
(Aphophis, Aiofis, Apofis[10])
(c.40 anos)
1575-1544 a.C.[43]
Aaseré Camudi
(ḫ3mwdi)
(Archlés, Assis[10])
1534–1522 a.C.[47][43][falta página]
1541–1540 a.C.[42][falta página])
Foi derrotado e expulso do Egito por Amósis I.

O Segundo Período Intermediário pode-se incluir uma nova dinastia que terá governado a partir de Abidos, entre c.1650 e c.1600 a.C.[51][52][53] Pelo menos quatro monarcas podem ser encaixados nesta dinastia, dado o desconhecimento da sua posição cronológica.

Nome Imagem Governo Notas
Sequenranefercau Upuautensafe ???? a.C. Podem pertencer à Dinastia XVI.[54]
Sequenrecutaui Pantijeni ???? a.C.
Mencauré Snaibé ???? a.C. Pode pertencer à Dinastia XIII.[55][46][56]
Uoseribré Senebecai ???? a.C. Tumba descoberta em 2014.[57][58][59][60] Provavelmente identifcado com um Uoser[...]reno Cânone de Turim.

As Dinastias XVI e XVII: nativos com sede em Tebas

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A dinastia XVI, com origem tebana, ascendeu na consequência do colapso da Dinastia XIII, cuja sede em Mênfis acabaria anexada aos hicsos da Dinastia XV por volta de 1650 a.C.. A Dinastia XVI acabaria também por sucumbir ao então apogeu hicso, por volta de 1580 a.C.

Já a dinastia XVII parece ter reconquistado aos hicsos a capital da dinastia XVI, já que volta a sediar-se em Tebas. Fundada por volta de 1580 a.C., aquando da extinção da dinastia XVI, foi a que de facto expulsou os invasores hicsos, por volta de 1540 a.C.

Nome Imagem Governo Notas
???? (nome perdido)
Sequenresementaui Jeuti (3 anos)
c.1650 a.C.?
Sequenreseusertaui Sebecotepe VIII
(16 anos)
1645-1629 a.C.[42][falta página]
Sequenré Sanquetaui Neferotepe III Iiquerernofrete
(1 ano)
1629-1628 a.C.[42][falta página]
Seanquenré Mentuotepi
(1 ano)
1628-1627 a.C.[42][falta página]
Por vezes numerado Mentuotepe VI ou VII. Pode ser também um rei da dinastia XVII.[46]
Seuadijenré Nebiriau I
(26 anos)
1627-1601 a.C.[42][falta página]
Também designado Nebirerauete I
Nefercaré(?) Nebiriau II c.1600 a.C.[42][falta página] Também designado Nebirierauete II. Um rei de que ainda não se conhecem fontes arqueológicas contemporâneas.
Semenré 1601-1600 a.C.[42][falta página]
Seuserenré Bebianque
(12 anos)
1600-1588 a.C.[42][falta página]ou 1602-1591 a.C.
Sequenré Xedeuaste[42][falta página] ???? a.C.
Seneferanqueré
Pepi III[61]
???? a.C. Pode ter sucedido a Bebianque. Posição incerta.
Jedeotepré Dedumés I c.1654 a.C. Posição incerta. Provavelmente pertencentes à Dinastia XIII.[46]
Jedeneferé Dedumés II ???? a.C.
Jedanqueré Montensafe
c.1590 a.C.[42][falta página]
Meranqueré
Mentuotepe VI
c.1585 a.C.[42][falta página] Pode ter pertencido também à dinastia XIII.[46]
Seneferibré
Sesóstris IV
(Sesóstris)
???? a.C. Pode ter pertencido também à dinastia XIII.[46]
Nebemaetré
???? a.C. Posição incerta.
Nome Imagem Governo Consorte Notas
Sequenreuacau Raotepe
(sḫm-rˁ w3ḥ-ḫaw Rˁ ḥtp)
1580-1576 a.C.[42][falta página]
Desconhecida
Segundo Kim Ryholt, foi o fundador da dinastia.
Sequenré Uadijecau Sobequensafe I
(Sḫm-Rˁ-w3ḏ-ḫˁw
Sbk m s3=f)
(Pelo menos 7 anos)
Desconhecida
Sequenré Xedetaui Sobequensafe II
(Sḫm-Rˁ-šd-t3.w(j)
Sbk m s3=f)
c. 1570 a.C.
Nubkaés
pelo menos dois filhos
Filho de Sobequensafe I. O seu túmulo foi roubado no reinado de Ramessés IX.
Sequenré-Uepemaete Antefe V, O Grande
(Sḫm-Rˁ-wp M3ˁt
Jnj jt=f ˁ3)
1573?-1571 a.C.[42][falta página]
Desconhecida
Filho de Sobequensafe II.
Nubequeperré Antefe VI
(Nbw-ḫpr-R՚ Jnj it=f)
1571-c.1565 a.C.[42][falta página]
Sobequensafe
pelo menos um filho?
Filho de Sobequensafe II, e irmão de Sequenré-Uepmaete Antefe.
Sequemré-Heruhirmaet Antefe VII
(Sḫm-Rˁ-hrw-ḥr M3ˁ.t
Jnj-it.f)q
c.1565-1560? a.C.[42][falta página]
Haanques
pelo menos um filho
-
Senaquetenré Amósis I
(Snḫt.n-Rˁ Jˁḥ Ms)
c.1560-1558 a.C.?[42][falta página]
Tetixeri
cinco filhos
Até 2012 sempre se considerou que este faraó se chamava Taá, O Antigo. Porém, descobertas neste ano revelaram que o verdadeiro nome do faraó era Amósis, como o seu neto fundador da Dinastia XVIII.
Sequenenré Taá
(Sqnj-n-rˁ T3-ˁ3)
1558–1554 a.C.?[42][falta página]
Aotepe I
oito filhos
Faleceu em batalha contra os hicsos.
Uadjequeperré Camés
(W3ḏ-ḫpr-Rˁ Kȝ ms(=w))
1558–1554 a.C.?[42][falta página]
Aotepe II
um filho
Continuou a política paterna de combate aos hicsos, que seriam expulsos definitivamente no reinado do seu irmão e sucessor, Amósis.

Império Novo Tebano (1550-1069 a.C.)

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Nome Imagem Nascimento Governo Consorte Morte Notas
Neebepetiré
Amósis I (II)
(nb phty rˁ - Jˁḥ ms(j.w))
(Iahmés, Amos, Amoses[10])
? a.C.
Tebas
Filho de Taá II e Aotepe I
c.1550-1525 a.C. Amósis-Nefertari
sete filhos?

Amósis-Sitcamés
(em bigamia)

Amósis-Henutameu
(em trigamia)
1525 a.C. Reconquistou o Egito, expulsando os hicsos. Fundou a Dinastia XVIII, que inaugurou o período designado Império Novo.
Djesercaré Amenófis I
(Ḏsr-k3-Rˁ jmn-ḥtp, yamānuḥātap)
(Amenophis, Amenophthis, Amophis[10])
? a.C.
Tebas
Filho de Nehebpetiré Amósis e Amósis-Nefertari
1525-1506/4 a.C. Amósis Meritamom 1506/4 a.C.
Aaquepercaré
Tutemés I
(ˁ3-ḫpr-k3-Rˁ ḏḥwty.ms, Djehutymes)
(Mephrés, Misaphris[10])
? a.C.
Tebas
Filho (ilegítimo?) de Djesercaré Amenófis I (provavelmente) e Sensenebe
1506/4-1493 a.C. Amósis
dois filhos

Mutenofrete
(em bigamia)
três filhos
1493 a.C. No seu reinado o Egito conheceu um período de expansão territorial.
Aequeperenré
Tutemés II
(ˁ3-ḫpr-n-Rˁ ḏḥwty.ms, Djehutymes)
(Chebron, Chebros[10])
c.1510 a.C.
Tebas
Filho de Aaquepercaré Tutemés I e Mutenofrete
1493-1479 a.C. Hatexepsute I
um filho

Isete I
(em bigamia)
três filhos
24 de abril de
1479 a.C.
Tebas
30-31 anos
Iniciou a construção de templos e comandou expedições que se revelaram de reduzida importância.
Maetecaré
Hatexepsute I
(m3ˁt k3 rˁ ḥ3.t-šps.wt)
(Amessis, Amensis[10])
c.1507 a.C.
Tebas
Filha de Aaquepercaré Tutemés I e Amósis
1479-1458 a.C. Aaqueperenré Tutemés II
um filho
16 de janeiro[62]de 1458 a.C.
Tebas
48-49 anos
A segunda mulher-faraó do Egito seguramente atestada (depois de Esquemíofris), governou com o sobrinho-enteado, Tutemés III. Presenciou o zénite do poder egípcio. Célebre pela expedição a Punte, construiu ainda vários templos e monumentos.
Menqueperré
Tutemés III
(mn ḫpr rˁ ḏḥwty.ms, Djehutymes)
(Mephramuthosis, Misphragmuthosis, Mispharmutosis[10])
c.1481 a.C.
Tebas
Filha de Aaquepercaré Tutemés II e Isete I
1479-1425 a.C. Satiá
antes de 1455 a.C.
um filho

Hatexepsute II Meritré

c. 1455 a.C.

seis filhos

Nebetu

Menui

Merti


Menete

Nebesemi

11 de março de
1425 a.C.
Tebas
55-56 anos
Governou em conjunto com a tia Madrasta, Hatexepsute. Após a morte desta, prolongou o zénite do poder egípcio, liderando mais de 17 campanhas que alargaram de forma proeminente o Egito, desde Niya, na Síria do Norte, até à Quarta Catarata do rio Nilo, na Núbia. É possível que tenha tentado apagar o nome de Hatexepsute dos seus monumentos e templos.
Aqueperuré Amenófis II
(՚3 ḫprw r՚ jmn-ḥtp, yamānuḥātap)
(Mephramuthosis, Misphragmuthosis, Mispharmutosis[10])
c.1455? a.C.
Tebas
Filho de Menqueperré Tutemés III e Hatxepsute Meritré
1425-1401 a.C. Tiaa
dez filhos
1401 a.C.
Tebas
53-54 anos
O seu reinado viu uma pacificação do Egito com os reinos Mitani.
Menqueperré
Tutemés IV
(mn ḫpr w r՚ ḏḥwty.ms, Djehutymes)
(Thmosis, Tuthmosis[10])
c.1455? a.C.
Tebas
Filho de Menqueperré Amenófis II e Tiaa
1401-1391 a.C. Nefertari I
sem filhos

Iarete
c.1394 a.C.
sem filhos

Mutemuia
(em bigamia)
um filho
c.1391 a.C.
Tebas
55-56 anos
Nebemaetré
Amenófis III, O Magnífico
(nb m3ˁt rˁ - jmn-ḥtp, yamānuḥātap)
(Amenophis[10])
c.1400 a.C.
Tebas
Filho de Menqueperré Amenófis II e Tiaa
1391-1353 a.C. Tí I
nove filhos

Giluquipa


Taduquipa

Sitamom

Isete II

Nebeteneate

c.1353 a.C.
Malcata
c.46-47 anos?
Presenciou um novo zénite do poder egípcio. Construiu vários palácios e monumentos.
Neferqueperureuaenré
Amenófis IV / Aquenáton
(jmn-ḥtp, yamānuḥātap)
(Orus[10])
Ficheiro:GD-EG-Caire Musée061.JPG c.1375 a.C.
Tebas
Filho de Nebemaetré Amenófis III e
1353-1336 a.C. Nefertiti
seis filhos

Quia (de Mitani?)
um filho

Meritatom

Anquesenamon

Desconhecida
um filho
c.1336 a.C.
Aquetaton
c.38-39 anos
Fundador do Período de Amarna, substituindo o culto egípcio tradicionalmente politeísta pelo atonismo monoteísta, que se baseava na veneração de Atom, o Sol, como único deus. Trasladou a capital do Império para Aquetaton, cidade depois conhecida como Amarna. A alteração na religião oficial chegou ao ponto de o monarca alterar o seu nome de Amenófis (Amom está satisfeito) para Aquenáton (o espírito atuante de Atom).
Anqueperuré
Semencaré
Djeser Kheperu
(ˁnḫ ḫprw rˁ smnḫ k3 rˁ ḏsr ḫprw)
(Acencherés, Acherrés, Achencherés[10])
c.1355 a.C.? 1336-1334 a.C. Meritatom?
um filho?
c.1334 a.C.
Aquetaton
c.20-21 anos?
Faraó misterioso que governou no final do Período de Amarna. O debate é grande: pode ter sido filho ou irmão de Akhenaton, ou mesmo uma mulher. Neste caso poderia tratar-se de Nefertiti ou da sua filha Meritaton.
Anqueperuremeri-Neferqueperuré/ Meriuaenré/ Meriatom
Neferneferuatom
(՚nḫ.t ḫprw r՚ mri w՚ n r՚ nfr nfr w itn)
? 1334-1332 a.C. ? c.1332 a.C.
Aquetaton
Rainha-faraó misteriosa que governou no final do Período de Amarna, sendo provavelmente idêntica a Semencaré, o que consequentemente faria dela idêntica a Nefertiti ou a sua filha Meritaton.
Nebequepruré
Tutancâtom - Tutancâmon
(nb-ḫprw-rꜥ twt-ꜥnḫ-ỉmn ḥqꜣ-ỉwnw-šmꜥ)
(Rathotis[10])
c.1345 a.C.
Aquetaton
Filho de Neferqueperureuaenré Amenófis IV - Aquenáton e Desconhecida
1332-1323 a.C. Anquesenamon
dois filhos
c.1323 a.C.
Tebas
c.21-22 anos
No seu reinado, termina o Período de Amarna, substituindo-se o atonismo monoteísta pelo culto egípcio tradicionalmente politeísta. A capital voltou para Tebas e alterou o seu nome de Tutancâtom (lit. "Imagem viva de Atom") para Tutancâmom (lit. "Imagem viva de Amom").
Queperqueperuré Irimaete

(ḫpr ḫprw rˁ ỉrỉ mȝˁt ỉy)
(Acencherés II, Acherrés, Ocherés[10])
c.1390 a.C.
Panópolis
1323-1320 a.C. Desconhecida
um filho

Teí
um filho

Anquesenamon
c.1320 a.C.
Tebas
c.69-70 anos
Nasceu na nobreza, mas não na realeza. Provavelmente o pai de Nefertiti. Foi grão-vizir de Tutancâmon e sucedeu-o no trono após a sua morte sem descendência.
Djeserqueperuresetepenré
Horemebe Meriamom
(Ḏsr-ḫprw-Rˁ-stp-n-Rˁ Ḥr M-ḥb Mrj-Jmn)
(Harmaïs, Armessis, Armaïs[10])
? 1320-1292 a.C. Amenia

Mutenodjmete
1292 a.C.
Tebas
General no Período de Amarna, quando subiu ao trono em 1320 a.C. (apesar de o herdeiro, vivo, ser um outro militar, Nactemim), vandalizou várias imagens e construções dos faraós do Período de Amarna.
Nome Imagem Nascimento Governo Consorte Morte Notas
Mempetiré Ramessés I
(Mn pḥtj rˁ rˁ ms sw )
(Menophrés[10])
c.1345 a.C.?
Ávaris?
Filho de Seti
1292-1290 a.C. Sitré
pelo menos um filho
junho de 1290 a.C.
Tebas
54-55 anos
Vizir de Horemebe, sucedeu-lhe no trono, inaugurando a Dinastia XIX.
Menmaetré Seti I
(mn m3ˁt rˁ stḫy)
(Sethòs[10])
c.1324 a.C.
Filho de Mempetiré Ramessés I e Sitré
1290-1279 a.C. Tuia
quatro filhos
30 de maio de
1279 a.C.[63][64]
Tebas
44-45 anos
Recuperou uma boa parte do território perdido durante o Período de Amarna.
Usermaetré-setpenré Ramessés II, O Grande
(wsr MAat-ra-stp-n-ra
Ra Ms-sw)
(Ozimandias, Rapsaces[10])
c.1303 a.C.
Filho de Menmaetré Seti I e Tuia
1279-1213 a.C. Nefertari II Meritemute
c.1279 a.C.?
nove filhos

Iseteneferte I
depois de 1255 a.C.
cinco filhos

Maatorneferuré (dos hititas)
fevereiro de 1245 a.C.

Meritamom
c.1245 a.C.
sem filhos

Bintanate I
c.1245 a.C.
um filho

Nebetaui

Henutemiré

julho ou agosto de
1213 a.C.
Pi-Ramessés
c.89-90 anos
Organizou várias expedições ao Levante, reafirmando a supremacia egípcia na região de Canaã, e continuando a expansão do Império Egípcio, que culminou na Batalha de Cades contra os hititas em 1275 a.C., e no consequente Tratado de Cades tratado de paz entre as duas potências.
Banenré Meriamom Merneptá
(b3 n r՚ mri imn mri n pht)
(Ammenephthés[10])
c.1273 a.C.
Filho de Usermaetré-setpenré Ramessés II e Iseteneferte I
1213-1203 a.C. Iseteneferte II
cinco filhos

Tacate
2 de maio de
1203 a.C.
Pi-Ramessés
c.69-70 anos
Defendeu o Império de ataques líbios e dos Povos do Mar.
Menmiré-setpenré Amenemessés
(Mn mj r՚ stp.n r՚ imn ms sw)
(Ammenemnés[10])
?
Filho de Usermaetré-setpenré Ramessés II ou de Banenré Merneptá e Tacate ou Desconhecido
1203-1200 a.C. Tí II
sem filhos
c.1200 a.C.
Tebas?
Identidade incerta. Pode ter sido um usurpador.
Userqueperuré Seti II
(wsr ḫprw r՚ stp.n r՚ sthy)
(Ramessés[10])
Filho de Banenré Merneptá e Iseteneferte II 1203-1193 a.C. Tausserte
sem filhos

Tacate

Tiaa
c.1193 a.C.
Tebas?
Lutou pelo trono com Amenemessés.
Saquenré Meriamom Merneptá Siptá
(sḫ՚.n r՚ mr imn s3 pth)
?
Filho de de Banenré Meriamom Merneptá? e Sutailija
1193-1191 a.C. Não casou c.1191 a.C.
Tebas?
Provavelmente filho de Merneptah, dado que adotou o seu nome quando subiu ao trono, fazendo dele portanto meio-irmão do antecessor.
Sitré Merenamom Tausserte
(s3.t r՚ mry imn t3 wsr.t)
(Thuoris[10])
?
Filha de Banenré Meriamom Merneptá e Tacate
1191-1189 a.C. Userqueperuré Seti II c.1189 a.C.
Tebas?
Meia-irmã e esposa de Seti II, sucede ao também seu meio-irmão, Siptah. Provavelmente incapaz de manter a ordem, foi deposta por uma revolta popular chefiada por Setenaquete.
Nome Imagem Nascimento Governo Consorte Morte Notas
Usercauré setepenré Meriamom Setenaquete
(wsr ḫ՚w r՚ stp.n r՚ mr imn sth nḫt)
? 1189-1186 a.C. Tí Merenisete
um filho
1186 a.C.
Pi-Ramessés?
Apesar de não estar relacionado com Seti II, Siptah ou Tausret, e não reconhecer a legitimidade dos dois últimos, poderá ser descendente de Ramessés II.
Usermaetré Meriamom Ramessés III
(wsr m3՚t r՚ mr imn
r՚ ms sw)
1217 a.C.
Pi-Ramessés?
Filho de Usercauré Setepenré Meriamom Setenaquete e Tí Merenisete
1186-1156 a.C. Titi
quatro filhos

Ísis Taendejerte
um ou dois filhos

Tí III
um filho
7 de abril de 1156 a.C.
Pi-Ramessés?
60-61 anos
Lutou contra os Povos do Mar em 1175 a.C.. Foi provavelmente assasinado na sequência de uma conspiração no seu harém.
Hecamaetré-setepenamom
Ramessés IV
(hq3 m3՚t r՚ stp.n imn
r՚ ms sw)
c.1200 a.C.
Pi-Ramessés?
Filho de Usermaetré Meriamom Ramessés III e Titi
1156-1149 a.C. Duatentopete
um filho
1149 a.C.
Tebas?
c.50-51 anos
No seu reinado começa o declínio do prestígio egípcio.
Usermaetré-sequeperenré Ramessés V
(wsr m3՚t r՚ sḫpr.n r՚
r՚ ms sw)
c.1175 a.C.
Pi-Ramessés?
Filho de Hecamaetré-setepenamom Ramessés IV e Duatentopete
1149-1145 a.C. Henutuati

Taueretenru
1145 a.C.
Tebas?
c.29-30 anos
Não teve descendência.
Nebemaetré Meriamom Ramessés VI
(nb m3՚t r՚ mr imn
r՚ ms sw)
c.1180 a.C.
Pi-Ramessés?
Filho de Filho de Usermaetré Meriamom Ramessés III e Isís Taendejerte
1145-1137 a.C. Nubequesbede
quatro filhos
2 de novembro de 1137 a.C.
Pi-Ramessés?
c.42-43 anos
No seu reinado, apesar de manter o controlo da Núbia, o Egito perdeu a maior parte das suas posses na Síria-Palestina.
Usermaetré-setepenré Meriamom Ramessés VII
(wsr m3՚t r՚ stp.n r՚ mr imn
r՚ ms sw)
?
Pi-Ramessés?
Filho de Nebemaetré Meriamom Ramessés VI e Nubequesbede
1137-1130 a.C. Desconhecida
um filho
1130 a.C.
Pi-Ramessés?
Não deixou descendência.
Usermaetré-akhenamon
Ramessés VIII
(wsr m3՚t r՚ 3ḫ n imn
r՚ ms sw)
Ficheiro:SFEC MEDINETHABU-Sethiherkhepeshef II.jpg c.1180 a.C.?
Pi-Ramessés?
Filho de Usermaetré Meriamom Ramessés III e Isís Taendejerte
1130-1129 a.C. Não casou 1129 a.C.
Pi-Ramessés?
c.48-49 anos
Não deixou descendência.
Nefercaré-setepenré Ramessés IX
(nfr k3 r՚ stp.n r՚
r՚ ms sw)
Antes de 1164 a.C.?
Pi-Ramessés?
Filho de Montuercopexefe e Tacate
1129-1111 a.C. Baquetuernel
três filhos
1111 a.C.
Pi-Ramessés?
mais de 52-53 anos
Neto de Ramessés III. A presença do seu nome em Canaã pode sugerir que o domínio egípcio na região do Levante ainda não tinha terminado completamente.
Quepermaetré-setepenré Ramessés X
(ḫpr m3՚t r՚ stp.n r՚
r՚ ms sw)
?
Pi-Ramessés?
Filho de Nefercaré-setepenré Ramessés IX e Tacate
1111-1107 a.C. Desconhecida
um filho
1107 a.C.
Pi-Ramessés?
Um monarca pouco documentado, é o último monarca com domínio atestado na Núbia.
Menmaetré-setepemptá Ramessés XI
(mn m3՚t r՚ stp.n pth
r՚ ms sw)
?
Pi-Ramessés?
Filho de Quepermaetré-setepemptá Ramessés X e Desconhecida
1107-1077 a.C. Tentamom
três filhos
c.1078 a.C.
Pi-Ramessés?
Durante o seu reinado, o Egito divide-se novamente, dando início a uma nova fase de problemas internos: os sacerdotes de Amom estabelecem e a partir de 1080 a.C. uma capital em Tebas, onde governam como monarcas.

Após novo colapso do Império Egípcio, por volta de 1080 a.C., emergiu em Tânis a nativa dinastia XXI, que fez frente aos sumos sacerdotes de Amom, que, na consequência de uma revolta, haviam ascendido ao poder, fundando uma dinastia sacerdotal em Tebas. Embora não se considerando faraós, foram encontrados os seus nomes em cartuchos e eram enterrados em túmulos reais. Pareciam estar ligados aos faraós da dinastia sua opositora, já que existem alguns faraós da Dinastia XXI que se poderão identificar como sacerdotes ou filhos destes. Esta prerrogativa do clero durou até 943 a.C, coincidindo sensivelmente com a extinção da Dinastia XXI.

Por essa altura o Egito foi invadido pelos líbios, que fundaram duas dinastias: a XXII e a XXIII, que foram marcadas pelo conflito e repletas de usurpações de poder.

Surgiu mais tarde, uma dinastia nativa, a XXIV, no Delta Oeste. Por volta dessa altura, no entanto, o Egito sofre novo impacto: a chegada dos núbios, que haviam fundado um reino a sul, com capital em Napata (656–590 a.C.) (e depois em Meroé (590 a.C. – séc. IV d.C.).). Os ocupantes instalaram-e também em Tebas e fundaram a Dinastia XXV, mas acabariam expulsos pelos saítas da Dinastia XXVI, em 653 a.C.

Nome Imagem Governo Notas
Hedjequeperré-setepenré Esmendes I[65]
1077–1051 a.C. Também designado Nesbanebedejede I. Casou com Tentamon, provável filha de Ramessés XI.
Nefercaré Hecauasete Amenemnesu
1051–1047 a.C. Um reinado obscuro.
Aaqueperré Psusenés I
(40-51 anos)
1047–1001 a.C.
Também designado Pasebaqueniute I. Filho de Pinedjem I, sumo-sacerdote de Amom. É famoso pelo seu túmulo intacto em Tânis, em prata, que o tornou conhecido como O Faraó de Prata. Foi dos faraós mais poderosos da dinastia.
Usermaetré Amenemopé
1001–992 a.C. Filho de Psusenés I.
Aaqueperré Setepenré Osocor, o Velho
992–986 a.C. Também designado Osorcom. Filho de Sisaque, o Velho, grande chefe dos mesuexes, na Líbia.
Netejeriqueperré-setepenamom
Siamom Meriamom
986–967 a.C. De origens desconhecidas, foi no entanto, um dos mais poderosos faraós da dinastia.
Titequeperuré
Psusenés II
967–943 a.C. Também designado Pasebaqueniute II. Filho de Pinedjem II, sacerdote de Amom.

Dinastia Sacerdotal de Amom: sede em Tebas

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Nome Imagem Governo Notas
Herior 1080–1074 a.C. Primeiro Sacerdote a reclamar dignidade régia. Governou a partir de Tebas, ainda nos últimos anos do reinado de Ramessés XI, que governava em Pi-Ramessés.
Pianque
1074–1070 a.C.
Pinedjem I
1070–1032 a.C. Filho de Pianque e pai de Psusenés I.
Masaarta
1054–1045 a.C. Filhos de Pinedjem I.
Djedeconsuefanque 1046–1045 a.C.
Menqueperré
1045–992 a.C.
Esmendes II
992–990 a.C. Também designado Nesbanebedejede II. Filho de Menqueperré.
Pinedjem II
990–976 a.C. Filho de Menqueperré e pai de Psusenés II.
Psusenés III 976–943 a.C. Também designado Pasebacaenuite III. Possivelmente a mesma pessoa que Psusenés II. Ele ou Pinedjem II são considerados os últimos sacerdotes a considerarem-se faraós.

Esta dinastia é de origem líbia, tendo governado o Egipto em paralelo com a XXIII, XXIV e XXV dinastias.

Nome Imagem Governo Notas
Hedejequeperré-setepenré Sisaque I
943–922 a.C. Filho de Ninlote, irmão de Osocor o Velho, e grande chefe dos mesuexes, na Líbia
Sequenqueperré Osocor I
922–887 a.C. Filho de Sisaque I.
Hecaqueperré Sisaque II (a)
887–885 a.C. Provavelmente usurpador.
Tutequeperré
Sisaque II (b)
c.880 a.C.? Faraó de origem desconhecida e posição incerta.
Hedejequeperré Harsiese
880–860 a.C. Rebelde em Tebas
Taquelote I
885–872 a.C. Filho de Osocor I.
Usermaetré-setepenamom Osocor II
872–837 a.C. Filho de Taquelote I.
Usermaetré-setepenré Sisaque III
837–798 a.C.
Sisaque IV 798–785 a.C.
Usermaetré-setepenré Pami
785–778 a.C.
Aaqueperré Sisaque V
- 778–740 a.C.
Usermaetré Osocor IV
- 740–720 a.C.

Também de origem líbia, assentaram-se em Heracleópolis Magna, podendo ter, em algum momento trasladado a sua capital para Hermópolis Magna e/ou Tebas.

Nome Imagem Governo Notas
Hedejequeperré-setepenré Taquelote II
837–813 a.C. Se antes se pensava pertencer à Dinastia XXII, estudos recentes provaram que poderia ser o fundador da Dinastia XXIII.
Usermaetré-setepenamom Pedubaste
826–813 a.C. (como rebelde)
813-801 a.C. (como faraó)
Rebelde, tomou Tebas a Taquelote II, proclamando-se depois faraó.
Usermaetré-setepenamom Iupute 812–811 a.C. Governou com Pedubaste.
Usermaetré
Sisaque VI
801–795 a.C. Sucedeu a Pedubast. Foi derrubado por Osocor III.
Usermaetré-setepenamom
Osocor III
795–767 a.C. Filho de Taquelote II, recuperou Tebas e proclamou-se faraó.
Usermaetré-setepenamom Taquelote III
773–767 a.C. (sob Osocor III)

767-765 a.C.
Associado ao governo do pai nos últimos anos de vida deste.
Usermaetré-setepenamom Rudamom
765–762 a.C. Filho de Osocor III e irmão de Taquelote III.
Menqueperré Ini
.762–? a.C. Sucedeu a Rudamom em Tebas
Nome Imagem Governo Notas
Sepesesré Tefnacte
740–719 a.C.
Uacaré Bócoris
(Bóchoris)
719–714 a.C.

Dinastia de reis de Napata de origem cuxita.

Nome Imagem Governo Notas
Usermaetré Piiê
744–714 a.C.[66] Rei da Núbia, conquistou o Egito no vigésimo ano de reinado.
Jedecauré Xabataca
714–705 a.C.[66] Até à década de 2010 pensava-se que era o sucessor de Xacaba.
Nefercaré Xabaca
705–690 a.C.[66] Até à década de 2010 pensava-se que era o antecessor de Xabataca.
Cuinefertenré Taraca
690–664 a.C.
Bacaré Tanutamom
664–657 a.C. Perdeu o controle do Alto Egito em 656 a.C., quando Psamético I estendeu a sua autoridade a Tebas nesse ano.
Nome Imagem Governo Notas
Tefnacte II
(Stephinates)
685–678 a.C. Dada a origem, pode ser descendente da Dinastia XXIV. Pai de Necao I.
Necauba
(Nechepsos)
678–672 a.C. A sua existência é debatida.
Menqueperré Necao I
672–664 a.C. Morto por uma força invasora cuxita em 664 a.C., liderada por Tanutamom. Pai de Psamético I.
Uaibré Psamético I
664–653 a.C. Reunificou o Egito em 653 a.C. Filho de Necao I e pai de Necao II.

Época Baixa (664-332 a.C.)

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Apesar da expulsão de Líbios e Núbios, que marcaram o final do Terceiro Período Intermediário, o Egito nunca mais se livrou de investidas estrangeiras: por duas vezes ainda se viu ocupado pelo Império Aqueménida antes de se integrar no mundo greco-romano.

Nome Imagem Nascimento Governo Consorte Morte Notas
Uaibré Psamético I
(w3ḥ jb rˤ psmṯ(j)k)
?
Saís?
Filho de Menqueperré Necao I e Istemabete
653-610 a.C. Meitenuesquete
dois filhos
610 a.C.
Saís?
Reuniu o Egito em 653 a.C..
Ueemibré Necao II
(wḥm ib rˁ nk3w)
?
Saís?
Filho de Uaibré Psamético I e Mehytenweskhet
610-595 a.C. Quedebeneitirbinete I
quatro filhos
595 a.C.
Saís?
Provavelmente o faraó egípcio que surge como o mais mencionado na Bíblia, dado que interferiu diversas vezes na política de Judá.
Neferibré Psamético II
(nfr ib ra p s m tj k)
?
Saís?
Filho de Ueemibré Necao II e Quedebeneitirbinete I
595-589 a.C. Tacuite
dois filhos
9 de fevereiro de 589 a.C.
Saís?
Continuou a interferência na política judaica.
Haaibré Apriés
(ḥˀˀ jb Rˀ w3ḥ jb Rˀ)
(Apriés, Waphres, Hophra)
?
Saís?
Filho de Neferibré Psamético II e Tacuite
589-570 a.C. Não casou 567 a.C. Continuou a interferência na política judaica. Fugiu do Egito em 570 a.C., após a proclamação do general Amósis como faraó na sequência de uma guerra civil.
Henemibré Amósis II (III)
(ẖn m jb rˁ jˁḥ ms)
?
Saís
Filho de ? e Tashereniset I
570-526 a.C. Tentequetá
um filho

Naquetubasterau
dois filhos

Ládice de Cirene

Tadiasir?
5826 a.C.
Saís
Usurpador, o seu reinado foi o último de glória egípcia antes da invasão persa.
Anquecaenré Psamético III
(՚nḫ k3 r՚ psmtk)
?
Saís?
Filho de Henemibré Amósis II (III) e Tentequetá
526-525 a.C. Desconhecida
um filho
525 a.C.
Susã
Governou apenas seis meses antes de enfrentar a invasão persa, que culminou na Batalha de Pelúsio, na qual foi capturado por Cambises II da Pérsia, e levado acorrentado para Susã, onde acabou executado.

O Egito foi conquistado pelo Império Persa em 525 a.C., constituindo uma satrapia que integrou o Império até 404 a.C.. Os Xás Aqueménidas do período de dominação foram reconhecidos como faraós, formando-se assim a Dinastia XXVII. A dominação foi pontuada por várias revoltas egípcias.

Nome Imagem Nascimento Governo Consorte Morte Notas
Mesutré Cambises
(𐎣𐎲𐎢𐎪𐎡𐎹)
(mswt-rꜤ… kmbyḏt)
?
Filho de Ciro II da Pérsia e Cassandana
525-522 a.C. Atossa
sem filhos[67]

Upandus
sem filhos[68]

Faidima
sem filhos[69]

Nitétis do Egito
sem filhos[70]
julho de 522 a.C.
Ecbátana
Imperador Persa como Cambises II, conquistou o Egito após derrotar Psamético III na Batalha de Pelúsio (525 a.C.).
Bardia
(𐎲𐎼𐎮𐎡𐎹)
(Esmérdis)
?
Filho de Ciro II da Pérsia e Cassandana
522 a.C. Fedima
sem filhos
522 a.C. Irmão de Cambises, usurpador.
Setutré Dário I O Grande
(, Dārayava(h)uš)
(rꜤ-sttw drjwš)
c.550 a.C.
Filho de Histaspes da Pérsia e Rodogine
522-486 a.C. Atossa
pelo menso três filhos[67]

Artístone
pelo menos um filho

Pármis
sem filhos

Fratagone
sem filhos

Faidime
sem filhos

Filha desconhecida de Gobrias
pelo menos um filho
outubro de 486 a.C.
c.64 anos
Primo de Ciro II da Pérsia, dado que o bisavô de Dário, Ariarâmenes, era irmão de Ciro I, avô de Ciro II. Governou o Império no seu auge, numa extensão que incluía, para além da Pérsia em si (Sudoeste Asiático) e o Egito (Nordeste e outras porções no norte de África), o Cáucaso, partes dos Balcãs (Trácia-Macedónia e Peónia), uma boa parte das costas do Mar Negro, Ásia Central até ao Vale do Indo[71]. Dário organizou e dividiu o seu império em regiões administrativas (ou satrapias), introduziu um sistema monetário uniformizado, reformou estradas, introduziu medidas padrão de pesos e medidas e fez do aramaico a língua oficial do Império, contribuindo para a centralização e unificação do mesmo, que se verificou ainda no seu reinado.[72]
Seeruibré Pedubaste III
(shrw ib r՚ P3-dj-B3stt)
? 522/21-520 a.C. Provavelmente não casou c.520 a.C. Faraós rebeldes do Egito, nativos. Sem relação com os Aqueménidas.
Nebecaenré/Amósis Psamético IV
(Nb-k3-n-Rˁ psmṯ(j)k)
? c.480 a.C. Provavelmente não casou c.480 a.C.
Xerxes I O Grande
(𐎧𐏁𐎹𐎠𐎼𐏁𐎠, Xšayaṛša)
c.519 a.C.
Filho de 'Setutré Dário I e Atossa
486-465 a.C. Amástris
c.486 a.C.
cinco filhos
agosto de 465 a.C.
c.53/54 anos
Governou o Império no seu auge. Apesar de falhar as suas investidas na Grécia, em 480 a.C., conseguiu temporariamente uma pequena porção territorial a norte do Istmo de Corinto.[73][74] Contudo, o ganho foi revertido nas batalhas perdidas de Salamina e Plateia. Esmagou ainda revoltas na Babilónia e no Egito. Foi assassinado pelo chefe da guarda imperial.
Artabano O Hircano ? 465-464 a.C. Provavelmente não casou 464 a.C. Chefe da guarda imperial e assassino de Xerxes I. Provavelmente regente.
Artaxerxes I Braço-Longo
(𐎠𐎼𐎫𐎧𐏁𐏂, Artaxšaça)
?
Filho de Xerxes I e Amástris
464-424 a.C. Damaspia
um filho

Alogina da Babilónia
um filho

Cosmartidena da Babilónia
um filho

Andia da Babilónia
dois filhos
424 a.C. Esmagou mais um revolta no Egito. Para derrotar os atenienses, na Grécia, apoiou os seus inimigos, estratégia que levou a uma nova batalha, e posteriormente à Paz de Cálias (449 a.C.), entre a Pérsia e as cidades gregas de Argos e Atenas.
Xerxes II
(𐎧𐏁𐎹𐎠𐎼𐏁𐎠, Xšayaṛša)
?
Filho de Artaxerxes I e Damaspia
425-424 a.C. Provavelmente não casou 424 a.C. Reivindicou o trono persa.
Soguediano
(Sogdyậna)
?
Filho de Artaxerxes I e Alogina da Babilónia
424-423 a.C. Provavelmente não casou 424 a.C. Filho de Artaxerxes I. Não deixou descendência.
Dário II
(, Dārayava(h)uš)
?
Filho de Artaxerxes I e Cosmartidena da Babilónia
423-404 a.C. Filha desconhecida de Gobrias
pelo menos um filho
quatro filhos

Parisátide
treze filhos
404 a.C. Instruiu os seus sátrapas a fazerem uma aliança com Esparta contra Atenas. Esmagou uma rebelião dos Medos. Após a sua morte, o Egito libertou-se do controlo persa.
Nome Imagem Nascimento Governo Consorte Morte Notas
Amenirdisu
(ỉmn-ỉr-dỉ-s<w>)
(Amirtaeus)
? 404-399 a.C. Não casou outubro de 399 a.C.
Mênfis
Descendente da Dinastia XXVI. Após uma primeira tentativa frustrada em 411 a.C., levou a cabo nova insurreição que libertou o Egito da invasão persa. Contudo não deixou descendência.
Nome Imagem Nascimento Governo Consorte Morte Notas
Baenré Merineteru Neferités I
(b3 n r՚ mr ntrw
n3i.f ՚3w rd )
(Nepherites)
? 399-393 a.C. Desconhecida
pelo menos um filho
393 a.C. Derrotou Amenirdisu, e fundou uma nova dinastia.
Quenmaetré Acoris
(ẖnm M3ˁ.t-Rˁ hkr)
(Acoris)
?
Filho de Baenré Merineteru Neferités I
392-391 a.C.

390-379 a.C.
Desconhecida
pelo menos um filho
393 a.C. Deposto por Psamutes, destronou-o e iniciou um brilhante reinado que constituiu o ponto mais alto da dinastia.
Psamutes
(n3i.f ՚3w rd )
(Psammuthis)
? c.391-390 a.C. Provavelmente não casou c.379 a.C. Provavelmente usurpador, depôs Acoris, mas foi deposto por este, que regressou ao trono.
Neferités II
(n3i.f ՚3w rd )
(Nepherites)
?
Filho de Khenmaetré Hakor
c.379 a.C. Provavelmente não casou c.379 a.C. Após governar por quatro meses, foi deposto e morto por Nectanebo I.
Nome Imagem Nascimento Governo Consorte Morte Notas
Quepercaré Nectanebo I
(Ḫpr-k3-Rˁ Nḫt nb.f)
(Nectanebes)
?
Filho de Theos
379 - 362 a.C. Desconhecida
dois filhos
361/60 a.C. Depôs Neferités II.
Irimaetenré Teos
(Jrj M3ˁt-n-Rˁ Ḏd Ḥr)
(Teos, Tachos)
?
Quepercaré Nectanebo I
364-360 a.C.[75][76] Desconhecida
pelo menos um filho
Depois de 358/59 a.C. Governou provavelmente com o pai por três anos, antes de ascender ao trono. Durante uma campanha contra os Persas, deixou o Egito a cargo do seu irmão, o príncipe Tjaapimu, que, aproveitando-se da impopularidade do irmão, orquestrou a sua deposição, e a aclamação do seu próprio filho, Nectanebo.
Nectanebo II
(n3i.f ՚3w rd )
(Nectanebes)
c.380 a.C.[77]
Filho de Tjahapimu
358/59 - 343 a.C. Provavelmente não casou c.340 a.C
c.39/40 anos?
Neto de Nectanebo I. No seu reinado, o Egito sofreu uma nova invasão persa, durante a qual foi deposto, Faleceu pouco depois. Nectanebof II ficou conhecido por ter sido o último monarca nativo do Egito.

Esta dinastia é constituída por reis persas que governaram o Egipto no segundo período de dominação persa.

Nome Imagem Nascimento Governo Consorte Morte Notas
Artaxerxes II
(𐎠𐎼𐎫𐎧𐏁𐏂, Artaxšaça)
c.425 a.C.
Filho de Artaxerxes II da Pérsia e Estatira
343-338 a.C. Desconhecida
pelo menos dois filhos
entre 26 de agosto e 25 de setembro de 338 a.C
c.87 anos
Imperador Persa como Artaxerxes III, reconquistou o Egito após derrotar Nectanebo II.
Artaxerxes III (Arsés)
(𐎠𐎼𐎫𐎧𐏁𐏂, Artaxšaça)
? a.C.
Filho de Artaxerxes II
338-336 a.C. Provavelmente não casou 336 a.C. Imperador Persa como Artaxerxes IV. Reinado marcado por hostilidades com o Reino da Macedónia.
Dário III
(, Dārayava(h)uš)
c.425 a.C.
Filho de Artaxerxes II da Pérsia e Estatira
336-332 a.C. Estatira
pelo menos dois filhos
julho de 330 a.C. Neto materno de Artaxerxes II da Pérsia. Perdeu o Egito para a Macedónia em 332 a.C.. Acabou derrotado na Batalha de Gaugamela (331 a.C.) da qual conseguiu fugir. Não sobreviveu porém muito mais tempo.
Cababas[78] 338-335 a.C.

Período helenístico (332–30 a.C.)

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Nome Imagem Nascimento Governo Consorte Morte Notas
Setepenré meriamom Alexandre I O Grande
(Ἀλέξανδρος ὁ Μέγας)
(Ꜥlwksjndrs, Aluxsindres)
20 de julho de 356 a.C.
Pela, Macedónia
Filho de Filipe II da Macedónia e Olímpia do Epiro
332-323 a.C. Roxana da Báctria
um filho

Estatira II
324 a.C.
(em bigamia)
sem filhos

Parisátide da Pérsia
324 a.C.
(em trigamia)
sem filhos
10 de junho de 323 a.C.
Babilónia
32 anos
Após conquistar a Pérsia, Alexandre conquistou também o Egito faraónico.
Filipe Arrideus
(Φίλιππος Γ΄ ὁ Ἀρριδαῖος)
(Ꜥplwypwsꜣ, Peluypusa)
359 a.C.
Filho de Filipe II da Macedónia e Filina de Larissa
323-317 a.C. Eurídice da Macedónia
c.320 a.C.?
sem filhos
25 de dezembro de 317 a.C.
Anfípolis
41-42 anos
Meio-irmão de Alexandre O Grande. Proclamado rei após a morte deste, na verdade os vários reinos de Alexandre foram governados por generais.
Caibré setepenamom Alexandre IV
(Ἀλέξανδρος Δ΄)
(Ꜥlwksjndrs, Aluxsindres)
agosto de 323 a.C.
Filho de Alexandre I e Roxana da Báctria
316-304 a.C. Não casou agosto/setembro de 309 a.C.
Macedónia
13-14 anos
Não deixou descendência. Com a sua morte o Império formado pelo pai divide-se pelos seus generais: o Egito coube a Ptolemeu.

(Nota: Numerar os faraós desta dinastia é uma invenção moderna: os gregos distinguiam-nos pelo epíteto ("Filopátor") ou cognome ("Auleta"). A numeração mostrada abaixo é consensual no momento. Contudo, já foi bastante debatida, sobretudo no século XIX, sobre quais dos monarcas deveriam ser contados como reinantes. Como as fontes mais antigas poderem dar numerações mais altas ou mais baixas, os epítetos tornam-se, na verdade, a forma mais confiável para determinar o monarca a que se referem as fontes. Os epítetos gregos estão na sua forma original.)

Nome Imagem Nascimento Governo Consorte Morte Notas
Setepenré meriamom Ptolemeu I Soter
(Πτολεμαῖος Σωτήρ)
(ptwꜢlwmys, Petualumys)
367 a.C.
Macedónia
Filho de Lago (ou Filipe II da Macedónia) e Arsínoe da Macedónia
304-284 a.C. Artacama
324 a.C.
sem filhos

Eurídice da Macedónia
321 a.C.
cinco filhos

Berenice I (da Macedónia)
317 a.C.
(em bigamia?)
três filhos
282 a.C.
Alexandria, Egito
83-84 anos
General de Alexandre O Grande, fundou uma dinastia própria no Egito. Após a morte de Antígono Monoftalmo, reconquistou a Síria e o Chipre. Ficou conhecido como Sóter, ou Salvador
Berenice I
(Βερενίκη A')
(bjrnjkt, Bereniket)
340 a.C.
Macedónia
Filha de Magas da Macedónia e Antígona da Macedónia
Ptolemeu I Soter
317 a.C.
três filhos
c. 270 a.C.
Egito
c.69-70 anos
Governou o Egito em conjunto com o esposo.
Usercaré meriamom Ptolemeu II Filadelfos
(Πτολεμαῖος Φιλάδελφος)
(ptwꜢlwmys, Petualumys)
309 a.C.
Cós[79]
Filho de Ptolemeu I Soter e Berenice I
285-282 a.C. (sob Ptolemeu I e Berenice I)

282-246 a.C.
Arsínoe I (da Trácia)
c.280 a.C.
três filhos

Arsínoe II Filadelfos (do Egito)
c.274 a.C.
sem filhos
29 de janeiro de 246 a.C.[80]
Alexandria, Egito
83-84 anos
Período áureo da dinastia, com a corte de Alexandria no seu esplendor material e literário. Por ter desposado a irmã, ficou conhecido como Filadelfos, Amado pelo(a) Irmã(o).
Arsínoe I
(Αρσινόη Α’)
(ir-si-nꜢt, Irsinat)
305 a.C.
Macedónia
Filha de Magas da Macedónia e Antígona da Macedónia
c.280-274 a.C. Ptolemeu II Filadelfos
c.280 a.C.
três filhos
247 a.C.
Copto
c.69-70 anos
Governou o Egito em conjunto com o esposo. Provavelmente por instigação da cunhada, Arsínoe, foi acusada pelo marido de conspirar contra ele, e acabou exilada.
Quenenmetibenmaete Netejeru
Arsínoe II Filadelfos
(Αρσινόη B’ Φιλάδελφος)
(ir-si-nꜢt, Irsinate)
316 a.C.
Mênfis
Filha de Ptolemeu I Soter e Berenice I
274-268 a.C. Lisímaco I da Trácia
c.300 a.C.
três filhos

Ptolemeu I Cerauno da Trácia
c.281 a.C.
sem filhos

Ptolemeu II Filadelfos
c.274 a.C.
sem filhos
julho de 268 a.C.
Alexandria
c.69-70 anos
Depois de conspirar contra a cunhada, casou com o próprio irmão e governou o Egito com ele. O seu papel como rainha inspirou as suas sucessoras: surgia o irmão em atos públicos, partilhava todos os títulos com ele e contribuía para a política externa. Por ter desposado o irmão, ficou conhecida como Filadelfos, Amado pelo(a) Irmã(o).
Iuaensenuinetejerui setepenré sequemanquenamimPtolemeu III Euergetes
(Πτολεμαῖος Εὐεργέτης)
(ptwꜢlwmys, Petualumys)
284/1 a.C.
Cós[81]
Filho de Ptolemeu II Filadelfos å Arsínoe I
246-222 a.C. Berenice II (de Cirene)
244/3 a.C.
seis filhos
entre ïutubro e dezembro de 222 a.C.[82]
Alexandria, Egéto
83-84 anos
O seu casamento possibilitou a anexação de Cirene. Ficou conhecido como Evérgeta, ou Benfeitor.
Meritenetejerou
Berenice II Euergetes
(Βερενίκη B' Εὐεργέτις)
(bjrnjkt, Bereniket)
267/6 a.C.
Filha de Magas de Cirene e Apama II (da Síria)
244-222 a.C. Demétrio I de Cirene
c.250 a.C.
sem filhos

Ptolemeu III Euergetes
244/3 a.C.
seis filhos
221 a.C.
Egito
c.45-46 anos
Governou o Egito em conjunto com o esposo. Além de uma notável administradora, era conhecida como excelente amazona, tendo mesmo entrado em batalhas. Participou nas Olimpíadas por volta de 243 a.C., onde venceu uma corrida de quadrigas. Foi assassinada pelo filho e sucessor, Ptolemeu IV. Ficou conhecida como Evérgeta, ou Benfeitora.
Iuaenetejeruimenecui Setepemptá Usercaré Sequemancâmom Ptolemeu IV Filopator
(Πτολεμαῖος Φιλοπάτωρ)
(ptwꜢlwmys, Petualumys)
maio ou junho de 244 a.C.
Alexandria
Filho de Ptolemeu III Euergetes e Berenice II Euergetes
222-204 a.C. outubro ou novembro de 220 a.C.
um filho
julho ou agosto de 204 a.C.
Alexandria
40 anos
No seu reinado começou a decadência do Egito Ptolemaico. Assassinou a sua mãe para evitar a sua influência, e diz-se que poderá também ter morto o pai, ficando-lhe o epíteto Filópator (Amado(a) pelo pai) como um sinal irónico do seu ato. Ao longo do seu reinado deixou-se influenciar por vários cortesãos que tomaram as rédeas do poder.
Arsínoe III Téa Filopator
(Ἀρσινόη ἡ Θεά Φιλοπάτωρ)
(ir-si-nꜢt, Irsinat)
246 a.C.
Alexandria
Filha de Ptolemeu III Euergetes e Berenice II Euergetes.
220-204 a.C. 204 a.C.
Alexandria
41-42 anos
Governou o Egito em conjunto com o esposo. Foi a primeira rainha da dinastia a conceber um filho do próprio irmão. Ficou conhecida como Téa Filópator (Deus (a) amado (a) pelo pai).
Agátocles ? 204-202 a.C. Desconhecida 202 a.C. Cortesãos de Ptolemeu IV, assassinaram Arsínoe III para que esta não tomasse a regência. Em 202 a.C. foram expulsos do poder pelo general Tlepólemo.
Sosíbio ? Desconhecida depois de 202 a.C.?
Tlepólemo ? 202-201 a.C. Desconhecida 202 a.C. A sua conduta e gastos frívolos levou a que fosse retirado do poder.
Aristómenes de Alizeia ? 201-197 a.C. Desconhecida depois de 196 a.C. Governou durante o último período de regência do faraó. Permaneceu no poder como chefe dos ministros quando o monarca atingiu a maioridade.
Horwennefer antes de 205 a.C. 205-197 a.C. Desconhecida
pelo menos um filho
depois de 197 a.C. Faraó rebelde a sul.
Iuaenetejeruimer(ui)ite Setepemptá Usercaré Sequemancâmom Ptolemeu V Epifanes Eucaristos[83]
(Πτολεμαῖος Ἐπιφανής)
(ptwꜢlwmys, Petualumys)
9 de outubro de 210 a.C.[nota 2]
Alexandria
Filho de Ptolemeu IV Filopator e Arsínoe III Filopator
197-180 a.C. 193 a.C.
Rafa
três filhos
180 a.C.
Alexandria
29-30 anos
Reinado marcado por guerras externas com a Macedónia e a Síria, e também internas, com faraós rebeldes a contestarem o seu poder no Egito. Conhecido como Epifanes (O Ilustre).
Cleópatra I Téa Epifanes Sira
(Κλεοπάτρα A' Θεά Ἐπιφανής Σύρα)
(Kluapadrat)
204 a.C.
Filha de Antíoco III da Síria e Laódice III (de Ponto)
193-180 a.C. abril ou maio de 176 a.C.[85]
Alexandria
27-28 anos
Governou o Egito em conjunto com o esposo, e depois sozinha, como regente, sendo a primeira rainha a fazê-lo. Parou a preparação de uma invasão à Síria que o seu esposo planeava fazer antes de falecer.
180-176 a.C.
Anqueuenefer antes de 197 a.C.
Filho de Horuenefer
197-185 a.C. Desconhecida depois de 185 a.C. Faraó rebelde a sul.
Iuaenetejeruiperu Setepemptaqueperi Irimaetamonré Ptolemeu VI Filometor
(Πτολεμαῖος Φιλομήτωρ)
(ptwꜢlwmys, Petualumys)
entre 7 de maio e 5 de junho de 186 a.C.
Alexandria
Filho de Ptolemeu V Epifanes Eucaristos e Cleópatra I Téa Epifanes Sira
176-164 a.C.

163-145 a.C.
Cleópatra II Filometor Soteira
173 a.C.
Alexandria
cinco filhos
145 a.C.
Antioquia
40-41 anos
Reinado marcado pelo conflito com a Síria pela posse da Cele-Síria, que o Egito reclamava como sua através de um suposto dote de Cleópatra I. Este conflito impopularizou Ptolemeu, que, durante uma viagem a Roma para pedir auxílio para os seus propósitos, viu o seu trono tomado pelo seu irmão homónimo. Contudo, após depor o irmão e regressar ao trono, e pouco antes de falecer, conseguiu ocupar a Síria, conquistar Selêucia e coroar-se Rei da Ásia. O seu epíteto, Filometor (Amado (a) pela mãe) poderá estar relacionado com a regência da mãe nos primeiros anos de reinado.
Cleópatra II Filometor Soteira
(Κλεοπάτρα Φιλομήτωρ Σωτήιρα)
(Kluapadrat)
185 a.C.
Alexandria
Filha de Ptolemeu V Epifanes Eucaristos e Cleópatra I Téa Epifanes Sira
173-164 a.C.

163-127 a.C.

124-116 a.C.
Ptolemeu VI Filometor
173 a.C.
Alexandria
cinco filhos

Ptolemeu VII Euergetes Fiscon
145 a.C.
Alexandria
um filho
116 a.C.
Alexandria
68-69 anos
Governou o Egito em conjunto com Ptolemeu VI; seguidamente foi regente do filho, Ptolemeu VIII até ao seu assassinato no ano seguinte; e por fim governou com Ptolemeu VII, com quem teve várias divergências: em 131 a.C. depôs o novo esposo (e também irmão), e governou o Egito sozinha. Em 127 foi deposta e em 124 reconciliou-se com o esposo, com quem governou até à morte, em 116 a.C.. Conhecida como Filometor (Amado (a) pela mãe) e Soteira (Salvadora).
Antíoco IV Epifanes da Síria
(Ἀντίοχος Δ΄ ὁ Ἐπιφανής)
215 a.C.
Filho de Antíoco III da Síria e Laódice III (de Ponto)
168 a.C. Laódice IV
c.170 a.C.
cinco filhos
novembro ou dezembro de 164 a.C. Rei da Síria, invadiu o Egito em c. 168 a.C. Conhecido como Epifanes (Ilustre ou Manifestação Divina).
Iuaenetejeruiperui setepemptá irimaetré sequemanquenamom Ptolemeu VII (VIII) Euergetes Fiscon[nota 3]
(Πτολεμαῖος Εὐεργέτης)
(ptwꜢlwmys, Petualumys)
182 a.C.
Alexandria
Filho de Ptolemeu V Epifanes Eucaristos e Cleópatra I Téa Epifanes Sira
164-163 a.C.

145-132 a.C.

126-116 a.C.
Cleópatra II Filometor Soteira
145 a.C.
Alexandria
um filho

Cleópatra III Euergetes Filometor Soteira Kokke
139 a.C.
Alexandria
cinco filhos
26 de junho de 116 a.C.
Alexandria
65-66 anos
Reinado marcado pelo conflito familiar: consegue depor os irmãos, Ptolemeu VI e Cleópatra II, em 164, para ser deposto pelos mesmos no ano seguinte; regressa em 145, após a morte do irmão, para casar com a irmã viúva. Casa-se simultaneamente com a filha desta (e sobrinha), Cleópatra III. Contudo, ambos acabam depostos por Cleópatra II em 132, governando ela o Egito sozinha, até nova investida dele e de Cleópatra III, que recuperam o trono em 126. Em 124 reconcilia-se com Cleópatra II e os três governam novamente em conjunto até 116 a.C., data da sua morte.
Ptolemeu VIII (VII) Neos Filopator[nota 4]
(Πτολεμαῖος Νέος Φιλοπάτωρ)
(ptwꜢlwmys, Petualumys)
152 a.C.
Alexandria
Filho de Ptolemeu VI Filometor e Cleópatra II Filometor Soteira
145-144 a.C. Não casou 144 a.C.
Alexandria
7-8 anos
Proclamado faraó pela mãe, mas é assassinado pelo tio-padrasto, Ptolemeu VII. Conhecido como Neos Filopator (Novo (a) amado (a) pelo pai). Há hipóteses de nem sequer ter acedido ao poder e ter-lhe sido concedida dignidade régia apenas postumamente.
Cleópatra III Euergetes Filometor Soteira Kokke
(Κλεοπάτρα Εὐεργέτις Φιλομήτωρ Σωτήιρα)
(Kluapadrat)
c.160 a.C.
Alexandria
Filha de Ptolemeu VI Filometor e Cleópatra II Filometor Soteira
139-132 a.C.

126-101 a.C.
Ptolemeu VII Euergetes Fiscon
139 a.C.
Alexandria
cinco filhos
101 a.C.
Alexandria
c.58-59 anos
Governou o Egito em conjunto com Ptolemeu VII; deposta pela mãe em 132, recupera, com o esposo e tio, o trono em 127. Em 124 o esposo e a mãe reconciliaram-se, e governaram os três em conjunto até à morte daqueles em 116 a.C.. A partir daí, governando com os filhos, Ptolemeu IX e Ptolemeu X, teve de gerir o seu poder no conflito que cedo minou a relação entre os irmãos. Acabou assassinada pelo filho, Ptolemeu X, em 101 a.C. Conhecida como Euergetes (Benfeitor (a)), Filometor (Amado (a) pela mãe) e Soteira (Salvadora). Também terá usado o epíteto Kokke, segundo Estrabão.
Ptolemeu Menfites
(Πτολεμαῖος Μεμφίτης)
(ptwꜢlwmys, Petualumys)
144 a.C.
Mênfis
Filho de Ptolemeu VII Euergetes Fiscon e Cleópatra II Filometor Soteira
131 a.C. Não casou 131 a.C.
Alexandria
12-13 anos
Proclamado faraó pela mãe, em rebeldia contra o pai, mas é assassinado por este.
Harsiesi antes de 131 a.C. 131-130 a.C. Desconhecida setembro de 130 a.C. Faraó rebelde a sul.
Iuanetejermenequenetejerete Meretemutesnedejete Setepemptá Irimaetré Sequemancâmom Ptolemeu IX Soter Latiros[nota 5]
(Πτολεμαῖος Σωτήρ Λάθυρος)
(ptwꜢlwmys, Petualumys)
18 de fevereiro de 142 a.C.
Alexandria
Filho de Ptolemeu VII Euergetes Fiscon e Cleópatra III Euergetes Filometor Soteira Kokke
116-110 a.C.

110-109 a.C.

88-80 a.C.
Cleópatra IV
c.119/18 a.C.
Alexandria
(anulado em 115 a.C.)
provavelmente dois filhos

Cleópatra Selene I
115 a.C.
Alexandria
(anulado em 107 a.C.)
pelo menos um filho
março de 80 a.C.
Alexandria
62 anos
Reinado marcado pelo conflito familiar: deposto peal mãe e pelo irmão, foge para o Chipre, de onde consegue regressar em 88 a.C..
Cleópatra IV
(Κλεοπάτρα)
(Kluapadrat)
138 a.C.
Alexandria
Filha de Ptolemeu VII Euergetes Fiscon e Cleópatra III Euergetes Filometor Soteira Kokke
116-115 a.C. Ptolemeu IX Soter Latiros
c.119/18 a.C.
Alexandria
(anulado em 115 a.C.)
provavelmente dois filhos

Antíoco IX Eusebes Cisicenos da Síria
113/12 a.C.
Chipre
provavelmente um filho
112 a.C.
Antioquia
25-26 anos
Governou em conjunto com o esposo-irmão, mas cedo acabou expulsa pela mãe, que casou Ptolemeu com outra irmã, Cleópatra Selene. Casando novamente na Síria, acabou por constituir uma ameaça para a sua irmã Trifena, que ordenou o seu assassinato, em Antioquia.
Cleópatra Selene I
(Κλεοπάτρα Σελήνη)
(Kluapadrat)
135 a.C.
Alexandria
Filha de Ptolemeu VII Euergetes Fiscon e Cleópatra III Euergetes Filometor Soteira Kokke
115-110 a.C.

110-109 a.C.

107-103 a.C.
Ptolemeu IX Soter Latiros
115 a.C.
Alexandria
pelo menos um filho

Ptolemeu X Alexandre I
107 a.C.
Alexandria
(anulado em 103 a.C.)
um filho

Antíoco VIII Epifanes Calinicos Filometor Gripos da Síria
102 a.C.
sem filhos

Antíoco IX Eusebes Cisicenos da Síria
96 a.C.
sem filhos

Antíoco X Eusebes Filopator da Síria
95 a.C.
três filhos
69 a.C.
Selêucia
25-26 anos
Favorecida pela mãe em detrimento de Cleópatra IV, acabou um peão no jogo político da mãe, oque explica o seu elevado número de casamentos.Casando com os seus dois irmãos, conseguiu estabelecer por algum tempo o seu poder no Egito. O divórcio de Ptolemeu X, em 103, fez com que a mãe a conduzisse para a Síria, conde desposou mais três monarcas desse reino. Acabaria inclusive por chegar a rainha reinante da Síria, a partir de 82 a.C..
Iuanetejermenequenetejerete Menquetré Setepemptá Irimaetré Senenanquenamom Ptolemeu X Alexandre I
(Πτολεμαίος Αλέξανδρος)
(ptwꜢlwmys Ꜥlksntrs, Petualumys Aleksentres)
140 a.C.
Alexandria
Filho de Ptolemeu VII Euergetes Fiscon e Cleópatra III Euergetes Filometor Soteira Kokke
110 a.C.

109-88 a.C.
Cleópatra Selene I
107 a.C.
Alexandria
(anulado em 103 a.C.)
um filho

Cleópatra Berenice III Téa Filopator
101 a.C.
Alexandria
um filho
março de 88 a.C.
51-52 anos
Reinado marcado pelo conflito familiar: consegue depor o irmão por duas vezes, antes de assassinar a mãe, em 101 a.C.. O povo, revoltado contra ele, força-o a exilar-se, uma primeira vez na Síria e depois no Chipre, e a caminho desta ilha acabou assassinado.
Iripatete Uer(et)esu(te) Cleópatra Berenice III Téa Filopator
(Κλεοπάτρα Βερενίκη Θεά Φιλοπάτωρ)
(bjrnjkt, Kluapadrat Bereniket))
120 a.C.
Alexandria
Filha de Ptolemeu IX Soter Latiros e Cleópatra Selene I
101-88 a.C.

81-80 a.C.
Ptolemeu X Alexandre I
101 a.C.
Alexandria
um filho

Ptolemeu XI Alexandre II
80 a.C.
Alexandria
sem filhos
80 a.C.
Alexandria
39-40 anos
Reinado marcado pelo conflito familiar: casada com o tio, Ptolemeu X, herda o trono do pai, Ptolemeu IX. Contudo, é forçada a casar com o primo, Ptolemeu XI, que 19 dias depois a manda asssassinar.
Ptolemeu XI Alexandre II
(Πτολεμαίος Αλέξανδρος)
(ptwꜢlwmys Ꜥlksntrs, Petualumys Aleksentres)
105 a.C.
Alexandria
Filho de Ptolemeu X Alexandre I e Cleópatra Selene I
80 a.C. Cleópatra Berenice III Téa Filopator
80 a.C.
Alexandria
sem filhos
80 a.C.
Alexandria
24-25 anos
Reinado marcado pelo conflito familiar: ordena o assassinato da sua esposa, Berenice III, 19 dias depois de casarem. O povo de Alexandria, revoltado contra ele, invade o palácio e assassina-o.
Iwa'enpanetjernehem Setepenptah Irimaetenré Sekhemankhimen Pa Netjermery It Senet Usiri Hunu Ptolemeu XII Neos Dionisos Téos Filopator Téos Filadelfos Auletes
(Πτολεμαῖος Νέος Διόνυσος Θεός Φιλοπάτωρ Θεός Φιλάδελφος Αὐλητής)
(ptwꜢlwmys, Petualumys)
117 a.C.
Alexandria
Filho de Ptolemeu IX Soter Latiros e (provavelmente) Cleópatra IV
80-58 a.C.

55-51 a.C.
79 a.C.
Alexandria
seis filhos?
51 a.C.
Alexandria
65-66 anos
Em 58 a.C. foi forçado a exilar-se, e nessa altura as suas filhas mais velhas tomaram o controlo. Consegue expulsar a sua filha Berenice em 55 a.C., regressando então ao trono. Ficou conhecido como Neos Dionisos (O Novo Dioniso), Téos Filopator (Deus amado pelo pai), Téos Filadelfos (Deus amado pelo irmão), e ainda Auletes (O Flautista). A designação alternativa de Nothos (O Bastardo) põe em causa a sua filiação, já que não é certa a sua filiação em Cleópatra IV.
Cleópatra V Trifena
(Κλεοπάτρα Τρύφαινα)
(Kluapadrat)
95 a.C.
Alexandria
Filha de Ptolemeu IX Soter Latiros e de mulher desconhecida (ou Ptolemeu X Alexandre I e Cleópatra Berenice III Téa Filopator)
79-69/57 a.C. 69 (ou 57?) a.C.
Alexandria
26-27 (ou 37-38 anos)
Tradicionalmente terá falecido em 69, ano em que desaparece da documentação. Contudo parece surgir ao lado de Ptolemeu XII, mais tarde, uma Cleópatra Trifena, que não parece ser sua filha, mas ela própria. Para os defensores da teoria que ela continuou a viver após 69, terá sido ela a governar junto a sua filha Berencie IV durante o exílio do marido.
Cleópatra VI Trifena
(Κλεοπάτρα Τρύφαινα)
(Kluapadrat)
75 a.C.
Alexandria
Filha de Ptolemeu XII Neos Dionisos Téos Filopator Téos Filadelfos Auletes e Cleópatra V Trifena)
58-57 a.C. Não casou 57 a.C.
Alexandria
21-22 anos
Tradicionalmente filha mais velha de Ptolemeu XII,[86] governou com a sua irmã Berenice IV, pelo menos por um ano. Surgiu, mais recentemente uma nova teoria, na qual esta Cleópatra seria uma duplicação de Cleópatra V, que teria sobrevivido a 69 a.C., e governado com a sua filha Berenice. A comprovar esta teoria, Estrabão refere que Ptolemeu teve três filhas: Berenice, Cleóptara e Arsínoe, das quais Berenice seria a mais velha e a única legítima, não havendo espaço para uma outra Cleópatra.[87]
Cleópatra Berenice IV Epifaneia
(Κλεοπάτρα Βερενίκη Επιφανεία)
(Kluapadrat)
77 a.C.
Alexandria
Filha de Ptolemeu XII Neos Dionisos Téos Filopator Téos Filadelfos Auletes e Cleópatra V Trifena
58-55 a.C. Seleuco (I) Filometor Cibiosactes
c.58 a.C.
sem filhos

Arquelau
56 a.C.
sem filhos
abril de 55 a.C.
Alexandria
21-22 anos
Provavelmente a filha mais velha e a única legítima, segundo Estrabão.[87] Governou com a irmã, ou com a mãe, sabendo-se que provavelmente terá envenenado esta sua co-governante. Casou por duas vezes: envenenou o primeiro esposo, e o pai assassinou o segundo.
Seleuco Filometor Cibiosactes
(Σέλευκος Φιλομήτωρ Κυβιοσάκτης)
c.95 a.C.
Filho de Antíoco X Eusebes Filopator da Síria e Cleópatra Selene I
58 a.C. Cleópatra Berenice IV Epifaneia
c.57 a.C.
sem filhos
57 a.C.
Alexandria
21-22 anos
Também rei da Síria. Governou com a esposa, até ser assassinado por esta.
Arquelau
(Ἀρχέλαος)
? a.C.
Filho de Arquelau
56-55 a.C. Desconhecida
antes de 56 a.C.
dois filhos

Cleópatra Berenice IV Epifaneia
c.56 a.C.
sem filhos
janeiro ou fevereiro de 55 a.C.
Alexandria
Governou com a segunda esposa, até ser assassinado pelo pai de Berenice, aquando do regresso deste.
Cleópatra VII Filopator
(Κλεοπάτρα Φιλοπάτωρ)
(Kluapadrat)
Ficheiro:Kleopatra-VII.-Altes Museum-Berlin1.jpg 69 a.C.
Alexandria
Filha de Ptolemeu XII Neos Dionisos Téos Filopator Téos Filadelfos Auletes e Cleópatra V Trifena
51-30 a.C. Ptolemeu XIII Téo Filopator
c.51 a.C.
sem filhos

Ptolemeu XIV
c.47 a.C.
sem filhos

Marco António
32 a.C.
três filhos
10/12 de agosto de 30 a.C.
Alexandria
38-39 anos
Ascendeu ao trono após a morte do pai, em 51 a.C.. Governou com os irmãos-esposos, Ptolemeu XIII e Ptolemeu XIV, e mais tarde viria associar o filho, Ptolemeu XV. Conseguiu equilibrar as crescentes influências romanas com as suas alianças com o ditador Júlio César e mais tarde o general Marco António. O seu governo pró-romano contou, no entanto, com a oposição da irmã, Arsínoe IV, que mandaria assassinar em 47 a.C..
Ptolemeu XIII Téo Filopator
(Πτολεμαῖος Θεός Φιλοπάτωρ)
(ptwꜢlwmys, Petualumys)
62 a.C.
Alexandria
Filho de Ptolemeu XII Neos Dionisos Téos Filopator Téos Filadelfos Auletes e Cleópatra V Trifena
51-47 a.C. Cleópatra VII Filopator
c.51 a.C.
sem filhos
13 de janeiro de 47 a.C.
Alexandria
14-15 anos
Ascendeu ao trono após a morte do pai, em 51 a.C.. Governou com a irmã-esposa, Cleópatra VII, mas viria a contestar a sua autoridade.
Arsínoe IV
(Ἀρσινόη)
(ir-si-nꜢt, Irsinat)
c.60 a.C.
Alexandria
Filha de Ptolemeu XII Neos Dionisos Téos Filopator Téos Filadelfos Auletes e Cleópatra V Trifena
48-47 a.C. Não casou 41 a.C.
Éfeso
18-19 anos
Contestou o governo da irmã, que, após a expulsar, viria a ordenar o seu assassinato
Ptolemeu XIV
(Πτολεμαῖος)
(ptwꜢlwmys, Petualumys)
60 a.C.
Alexandria
Filho de Ptolemeu XII Neos Dionisos Téos Filopator Téos Filadelfos Auletes e Cleópatra V Trifena
47-44 a.C. Cleópatra VII Filopator
c.47 a.C.
sem filhos
entre 26 de julho e 2 de setembro de 44 a.C.
Alexandria
15-16 anos
Ascendeu ao trono após casar com a irmã, Cleópatra, que, após a morte de Júlio César, poderá ter ordenado o seu assassinato para associar mais cedo o filho que teve daquele ditador, Ptolemeu XV.
Ptolemeu XV Filopator Filometor Caesarion
(Πτολεμαῖος Φιλοπάτωρ Φιλομήτωρ Καισαρίων)
(ptwꜢlwmys, Petualumys)
23 de junho de 47 a.C.
Alexandria
Filho (ilegítimo) de Júlio César e Cleópatra VII Filopator
44-30 a.C. Não casou 23 de agosto de 30 a.C.
Alexandria
17 anos
Foi associado ao poder pela mãe. Governou sozinho por onze dias, desde a morte da mãe, a 12 de agosto, até 23 de agosto, quando o Imperador Octaviano ordenou a sua morte.

Notas

  1. A forma Hicso, como comummente se designa o povo invasor da Dinastia XV, provém do egípcio Heka-chasut, que somente significa estrangeiro. Assim, Hicso não era o povo invasor em si, mas apenas o nome dado à sua condição externa à sociedade egípcia.
  2. A data de nascimento do monarca está na Pedra de Roseta.[84]
  3. Geralmente numerado VIII, mas segundo as nomenclaturas mais antigas era numerado VII, o que dado a cronologia apresentada parece mais coerente, dado que foi o governante que se seguiu a Ptolemeu VI, mesmo que como usurpador e inicialmente por somente um ano.
  4. Geralmente numerado VII, mas segundo as nomenclaturas mais antigas era numerado VIII, o que dado a cronologia apresentada parece mais coerente, dado que, apesar de ter sucedido ao seu pai Ptolemeu VI, este teve um interregno em 164-163 durante o qual governou um outro Ptolemeu, seu tio, fazendo dele, não o sétimo, mas o oitaao Ptolemeu a ascender ao poder.
  5. Geralmente numerado IX, mas segundo as nomenclaturas mais antigas era numerado VIII, provavelmente não contando o reinado de Ptolemeu Neos Filopator.

Referências

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Ligações externas

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