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Eugênio Aragão

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Eugênio Aragão
Eugênio Aragão
Ministro da Justiça do Brasil Brasil
Período 14 de março de 2016
até 12 de maio de 2016
Presidente Dilma Rousseff
Antecessor(a) Wellington César Lima e Silva
Sucessor(a) Alexandre de Moraes
Dados pessoais
Nascimento 7 de maio de 1959 (65 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade de Brasília

Eugênio José Guilherme de Aragão (Rio de Janeiro, 7 de maio de 1959)[1] é um jurista brasileiro. Membro do Ministério Público Federal desde 1987, foi Ministro da Justiça em 2016.[2]

Carreira

Eugênio Aragão formou-se em direito pela Universidade de Brasília (UnB) em 1982. Tornou-se mestre em direito internacional dos direitos humanos pela Universidade de Essex, Inglaterra, em 1994, e doutor em direito pela Ruhr-Universität Bochum, Alemanha, em 2007, com menção summa cum laude.[3]

É professor adjunto da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília desde 1997.[3]

Ingressou no Ministério Público Federal como procurador da República em 1987. Atuou no Supremo Tribunal Federal em matéria criminal, assistindo o procurador-geral da República, entre 1987 e 1989. Entre 1991 e 1993, foi diretor da Associação Nacional dos Procuradores da República. Na extinta Secretaria de Coordenação da Defesa dos Interesses Difusos e Direitos Coletivos da Procuradoria Geral da República, Aragão atuou na defesa dos direitos dos povos indígenas entre 1989 e 1991 e foi coordenador da defesa do patrimônio público entre 1991 e 1993.[1]

Em 1995, foi promovido a procurador regional da República, atuando principalmente em matéria criminal e em causas de desapropriação para reforma agrária, e em 2004 recebeu promoção a subprocurador-geral da República.[1]

Foi vice-procurador geral eleitoral de 2013 a 2015.[4]

Foi cotado para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.[5][6]

Ministério da Justiça

Em março de 2016, Aragão foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para o cargo de Ministro da Justiça, em substituição ao procurador Wellington César Lima e Silva, que decidiu deixar o governo após decisão do STF determinando que seria inconstitucional um membro do Ministério Público assumir cargo político sem se desligar do parquet. Esse impedimento, porém, não se aplicaria a Aragão, por ele haver ingressado no MP antes da vigência da Constituição brasileira de 1988.[7]

Em 12 de abril de 2016, uma decisão proferida pela juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura da 7ª Vara Federal, todavia, suspendeu a nomeação do ministro.[8] A decisão atendeu ao pedido de uma ação popular, argumentando que ele não poderia ser ministro por integrar o Ministério Público.[9][10] Em 13 de abril, a Advocacia Geral da União (AGU) recorreu e derrubou a decisão da juíza de suspender a nomeação.[11]

Em 12 de maio de 2016, o Senado afastou a presidente Dilma Rousseff do cargo, sendo exonerados quase todos os ministros, entre os quais Aragão.[12]

Referências

  1. a b c «Biografia de Eugênio José G. de Aragão». Ministério Público Federal. S/d. Consultado em 14 de março de 2016 
  2. «Subprocurador-geral da República é escolhido como ministro da Justiça». 14 de março de 2016. Consultado em 14 de março de 2016 
  3. a b «Eugênio José Guilherme de Aragão». Ministério Público Federal. S/d. Consultado em 15 de março de 2016 
  4. «Procurador-Geral e Vice-Procurador-Geral». Ministério Público Federal. S/d. Consultado em 22 de março de 2016. Vice-Procurador-Geral Eleitoral Nome:Eugênio José Guilherme de Aragão Mandato: 17/09/2013 a 17/09/2015 
  5. «Cotados para o STF são recebidos no Planalto». O Povo. 22 de fevereiro de 2013. Consultado em 15 de março de 2016 
  6. Talita Abrantes (30 de março de 2015). «Quem são os cotados para substituir Joaquim Barbosa no STF». Exame. Consultado em 15 de março de 2016 
  7. «Governo anuncia Eugênio Aragão como novo ministro da Justiça». G1. 14 de março de 2016. Consultado em 14 de março de 2016 
  8. «SUSPENSA A NOMEAÇÃO DE ARAGÃO». O Antagonista. Consultado em 12 de abril de 2016 
  9. «Procurados não pode ser ministro». O Antagonista. 12 de abril de 2016. Consultado em 12 de abril de 2016 
  10. Renan Ramalho (12 de abril de 2016). «Justiça federal suspende nomeação do ministro Eugênio Aragão». G1. Consultado em 12 de abril de 2016 
  11. «AGU recorre da decisão que suspendeu posse de Eugênio Aragão». G1. 13 de abril de 2016. Consultado em 13 de abril de 2016 
  12. «Lula e mais 27 ministros são exonerados». O Povo Online. 12 de maio de 2016. Consultado em 12 de maio de 2016 


Precedido por
Wellington César Lima e Silva
Ministro da Justiça do Brasil
2016
Sucedido por
Alexandre de Moraes


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