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O Brasil disputa a Copa Libertadores da América desde a sua primeira edição, ocorrida em 1960. Um total de 28 times já disputaram a competição, sendo que 13 deles alcançaram as finais e 10 conquistaram ao menos um título, fazendo do Brasil o segundo maior campeão da competição, com 22 títulos, e o país com a maior quantidade de clubes campeões e finalistas.

Atualmente, o São Paulo, Santos, Grêmio, Palmeiras e Flamengo são os times que detêm mais títulos de Libertadores pelo país sul-americano, obtendo no total de 3 títulos para cada equipe. Cruzeiro e o Internacional se encontram com 2 títulos, enquanto Fluminense, Corinthians, Atlético Mineiro e Vasco da Gama possuem apenas uma taça. Por fim, os clubes que chegaram perto de ergue-la foram o Athletico Paranaense e São Caetano.

História[editar | editar código-fonte]

1960: Primeiro time brasileiro a participar da Libertadores[editar | editar código-fonte]

No ano de 1960, ano que iniciou a Copa dos Campeões da América (posteriormente renomeada para Libertadores da América), coube ao Esporte Clube Bahia a honra de ser o primeiro representante brasileiro na maior competição de futebol das Américas, justamente por ter sido campeão da Taça Brasil de 1959, a qual mais tarde seria reconhecido como o primeiro Campeonato Brasileiro de Futebol. Ao se classificar para a primeira fase, que equivalia a uma fase de quartas de final, o Tricolor do Aço encarou o Club Atlético San Lorenzo de Almagro, que estava embalado após a conquista do Campeonato Argentino de 1959 e o encerramento de um jejum de 13 anos.[1]

O Bahia embarcou à Buenos Aires e tiveram um obstáculo pela frente, pois a delegação do clube foi retida no aeroporto, já que nenhum membro tinha o visto consular ou o certificado de turismo para entrar no país; a situação foi resolvida com a intervenção do presidente do clube baiano, Osório Villas-Boas. Enquanto isso, San Lorenzo não mandou os jogos da Copa dos Campeões em sua casa, o Estádio Viejo Gasómetro, e foram redirecionados ao Estádio El Palácio, pertencente ao seu rival Huracán. A partida resultou numa goleada mínima por 3 a 0, e todos esses gols foram feitos no segundo tempo. Aos 15 minutos, Óscar Rossi abriu o placar para os azulgranas, enquanto Miguel Ángel Ruiz amplia aos 36 e o voraz José Sanfilippo fecha aos 44 minutos.[1]

Em desvantagem, o Bahia precisava de quatro gols para se classificar, e, então, o técnico Carlos Volante fez alterações para solucionar isso, incluindo o expulso Vicente e o lesionado Alencar. Pelo primeiro tempo, Sanfilippo abre o marcador nos primeiros minutos, mas Carlito, maior artilheiro da história do Bahia, teve a honra de marcar o gol de empate e o primeiro de um clube brasileiro na história da competição de cabeça, e, em seguida, Flávio virou com um chute da intermediária. Além de virar, o Tricolor do Aço teve imensas oportunidades de ampliar o placar. No segundo tempo, Sanfilippo fez uma cobrança de falta e marcou mais uma vez com a falha do goleiro Nadinho. Faltando dois minutos para a partida terminar, Marito converteu uma cobrança de pênalti, mas que não foi o suficiente para os baianos avançarem para a próxima fase, terminando em 3 a 2. Mesmo com a eliminação, conforme o relato dos jornais, o presidente Osório Villas-Boas ressaltou que a curta campanha do Bahia na competição continental foi "missão cumprida", afirmou que foi eliminado por uma equipe realmente superior e, por fim, declarou que haveria esperanças se o saldo de gols não fosse considerado como critério de desempate (aguardando, portanto, uma terceira partida decisiva em campo neutro).[1]

1961: Primeiro brasileiro na final da Libertadores[editar | editar código-fonte]

A Sociedade Esportiva Palmeiras, que havia se sagrado campeão da Taça Brasil no ano anterior, foi o primeiro clube brasileiro e paulista a chegar numa final de Libertadores. Como campeão nacional e representando o Brasil na 2ª edição da competição sul-americana, o Palmeiras se classificou diretamente às quartas de final, onde enfrentou o Club Atlético Independiente, marcando 2 a 0 com gols do ponta-esquerda Gildo e Zequinha no Estádio El Cilindro, casa do adversário, e vencendo por 1 a 0 em casa com gol de Scotto. Nas semis, o Verdão enfrentou o Independiente Santa Fe, empatando fora de casa por 2 a 2, com gols de Gildo e Chinesinho para o alviverde, e vencendo por 4 a 1 em casa, com dois gols marcados por Romeiro, um de Humberto e um de Gildo, eliminando os colombianos e garantindo sua vaga à final.[2]

Na final, Palmeiras teve como adversário o Club Atlético Peñarol, time esse que acabou levando a vantagem com Alberto Spencer marcando aos 89 do segundo tempo no jogo de ida por 1 a 0. Na volta, o clube uruguaio ampliou o placar agregado com gol de Sasía aos 5 minutos do primeiro tempo, enquanto Nardo empatou a partida para os alviverdes ao 69 minutos. Com isso, no placar total de 2 a 1, o Peñarol sagrou-se campeão das Américas enquanto o Palmeiras ficou com o vice.[2]

1962–63: Primeiro título e bicampeonato brasileiro[editar | editar código-fonte]

1962[editar | editar código-fonte]

Elenco de Santos, campeão da edição de 1962.
Lula, treinador do Santos.

Embalado após a conquista da Taça Brasil de 1961, o Santos Futebol Clube foi promovido para disputar a 3ª edição da Copa dos Campeões da América, cuja edição possuia nove equipes campeões nacionais que representavam seus países, com exceção da Venezuela. Conforme o regulamento da época, a primeira fase consistia em três grupos onde três times cada as participavam, e somente o líder de cada chave avançava para a semifinal.[3]

Representando o Brasil, o Santos entrou para o Grupo 1, que incluia o Club Cerro Porteño e o Club Deportivo Municipal, e nesse grupo o time paulista foi avassalador. O Peixe obteve 3 vitórias e apenas um empate, derrotando o clube paraguaio (empatando fora de casa por 1 a 1 e goleando por 9 a 1 em casa) e os bolivianos (vencendo como visitante por 4 a 3 e com mais uma goleada: dessa vez por 6 a 1), adquirindo 7 pontos com um saldo de gols totalmente superior comparado ao seus adversários.[3][4]

Após passar a primeira fase, os santistas enfrentaram o chileno Club Deportivo Universidad Católica e tiveram um sufoco que quase custou a classificação para a final. Na ida pelo Estádio Nacional do Chile, os brasileiros até chegaram a marcar um gol aos 15 minutos iniciais feito por Lima, mas levaram o empate aos 30 minutos do segundo tempo graças a Nawacki. Na Vila Belmiro, com cerca de 15 000 torcedores presentes, Zito garantiu a classificação dos alvinegros aos 36 minutos do segundo tempo, levando a alegria e esperança da torcida para a conquista do título.[3][4]

Na final, o Santos encarou um time que era considerado a maior força das Américas e que viria a ser um desafio para o técnico Lula: o uruguaio Peñarol. Os Manyas haviam conquistado duas taças da Copa dos Campeões anteriormente, e, como venceram a edição anterior, classificaram-se automaticamente para as semifinais. Para essa final, o regulamento afirmava que caso um clube vença uma partida e outro triunfe na segunda, o título seria decidido em uma terceira partida em campo neutro. No dia 28 de julho de 1962, ocorreu o primeiro encontro entre os times brasileiro e uruguaio, e o Peixe levou a melhor por 2 a 1 de virada em pleno Estádio Centenario, com Alberto Spencer marcando aos 18 minutos para o Peñarol, enquanto Coutinho virava para os santistas aos 28 minutos e aos 15 do segundo tempo.[3][4]

O Rei Pelé, ídolo do Santos, e Alberto Spencer, ídolo do Peñarol, durante a segunda partida da final da Copa dos Campeões de 1962.
Juiz chileno Carlos Robles sendo amparado pela polícia após o jogo de volta.

Em vantagem, o título parecia estar perto para os brasileiros, mas houve uma surpresa. Com 30 000 presentes, no jogo em que ficou conhecido com a "Noite das Garrafadas", houve polêmicas, torcida santista revoltada, gols e volta olímpicas impedidas e um confronto que durou apenas 51 minutos no total. Aos 15 minutos do primeiro tempo, Spencer abriu o marcador para os uruguaios, e os alvinegros, empurrados pela torcida, reagiram e viraram com Dorval, aos 18 minutos, e Mengálvio, aos 35. Tudo estava encaminhado para que o Santos erguesse pela primeira vez a Copa dos Campeões, mas o inesperado aconteceu. Logo nos minutos iniciais, houve dois pênaltis não marcados para o Santos (um de Coutinho e outro de Pepe) e Spencer novamente marcou e deu vida aos Aurinegros, contudo deu começo a uma grande polêmica. Depois de Joya cobrar o escanteio, o goleiro Gylmar afirmou que Sasía jogou terra em seus olhos, interferindo na defesa. A partir então, foi armada uma confusão na Vila Belmiro. O bandeirinha chileno Massaro foi atingido após uma garrafa ser arremessada das arquibancadas e recebeu atendimento médico, mas se recuperou e voltou ao campo. A partida em 2 a 2 era o suficiente para dar o título aos santistas, mas não durou por muito tempo. No segundo tempo, Sasía revirou para o Peñarol, e outra vez houve reclamações. Os jogadores brasileiros disseram que Calvet havia sofrido uma falta durante o lance do gol, mas a falta não foi dada e prosseguiu com o 3 a 2. Para não precisar decidir no terceiro jogo, o Santos lutou pelo empate, até que chegou aos pés de Pagão aos 22 minutos. Tudo estava igualado após o apito final, e isso foi motivo de festa tanto para a torcida quanto para os jogadores, que fizeram uma volta olímpica em comemoração ao primeiro título brasileiro, mas de nada adiantou. O juiz Carlos Robles afirmou que o jogo havia terminado antes do empate, e só terminou em tempo regulamentar para não sofrer uma retaliação por parte da torcida alvinegra, anulando então o gol do título.[a] Aos 40 minutos, já valendo como um amistoso, Mauro derrubou um atacante fora da área, e o juiz chileno até tinha dado pênalti, mas voltou atrás e declarou como falta.[3][4]

Na terceira e última partida, para não repetir o mesmo feito de seu rival no ano anterior, o Santos teve que dar o seu melhor do início ao fim, o que realmente aconteceu. No Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, o Peixe deu o melhor de si e derrotou o Peñarol com uma goleada por 3 a 0. Pelé, o Rei do Futebol, abriu aos 3 minutos, e o placar aumentou a favor do Peixe aos 9 minutos após um gol contra de Omar Caetano. E mais uma vez Pelé foi decisivo e finalizou aos 44 minutos do segundo tempo, dando alegria e emoção à torcida que almejava o título desde o início da competição. Essa foi a primeira vez em que um time brasileiro vence a competição disputada por toda a América do Sul.[3][4]

1963[editar | editar código-fonte]

No ano seguinte, Santos, campeão da Taça Brasil de 1962, classificou-se diretamente para as semifinais da Copa dos Campeões, tendo em vista que já havia conquistado a edição do ano anterior. Nas semifinais, o Peixe enfrentou um adversário na qual havia derrotado na final da Taça Brasil: o Botafogo. O Botafogo de Futebol e Regatas, apesar de perder o campeonato nacional, foi classificado para competição continental, superando o Club Alianza Lima e o Millonarios Fútbol Club na fase de grupos.[5][6]

No Estádio do Pacaembu, Santos empatou com o Botafogo por 1 a 1, com Jairzinho marcando para o time visitante enquanto Pelé arranca o empate aos 45 minutos do segundo tempo. Na volta pelo Maracanã, os santistas do Rei Pelé golearam os botafoguenses por 4 a 0, com hat-trick do Rei e um gol de Lima.[5][6]

Pelé (no centro) na revista El Gráfico com os jogadores José Sanfilippo (na esquerda) e Rojas (na direita)

Pela final, o Peixão teve de encarar o Club Atlético Boca Juniors, que havia superado o Club Olimpia e o Club Universidad de Chile na fase de grupos e o Peñarol nas semis, contudo, seu mando de campo no jogo de ida teve que ser alterado. Originalmente por obter um palco maior, a partida seria realizada no Pacaembu, mas como o estádio estava ocupado devido ao jogo previsto entre Palmeiras e Portuguesa pelo Campeonato Paulista, ela, por sugestão da CDB, foi realocada para o Maracanã. No duelo da final, com o time da casa com força máxima e os argentinos com desfalques, o Santos trouxe facilidade no primeiro tempo com os dois gols de Coutinho aos 2 e 21 minutos, sendo esse último uma jogada ensaiada por Pelé acionando Lima, que havia lançado para Dorval na direita e o ponta cruzando rasteiro para a marcação do gol, e aos 28 com gol do próprio Lima. O Boca havia finalizou uma vez somente aos 40 minutos e Sanfilippo encontrou uma brecha para diminuir o placar; entretanto, no segundo tempo, a história mudou de lado. O alvinegro da Vila se desgastou, aumentando o domínio dos xeneizes no campo, e Sanfilippo marcou logo aos 44 minutos, terminando em 3 a 2.[5][6]

Pelé durante o segundo jogo da final da Copa dos Campeões de 1963
Pelé ao lado de Ernesto Grillo, jogador do Boca Juniors

Na partida de volta pela La Bombonera, Boca Juniors optou por mudar o horário de noite para a tarde sem explicações, enquanto Santos se atrasava durante o desembarque a Buenos Aires e tentou pedir adiamento da partida para o dia seguinte, que acabou não realizando. No primeiro tempo, com bastante domínio dos xeneizes, Sanfilippo havia desperdiçado uma chance de gol e Gylmar defendeu o chute de Rojas para os santistas. O artilheiro do Boca marcou o gol aos 46 minutos, porém, com uma jogada incrível do Rei, entregou a Coutinho para marcar o gol de empate. Por fim, para poupar o cansaço de Zito e Lima, Pelé recuou para armar o time, mas, em seguida, com a defesa do goleiro Errea e com rebote, fez gol da virada e do título aos 82 minutos. Portanto, o Santos foi campeão invicto e garantiu o seu bicampeonato, o primeiro de um time brasileiro na Libertadores.[5][6]

1968: Segunda tentativa do Palestra[editar | editar código-fonte]

Sete anos após o vice de 1961, o Palmeiras retorna à Libertadores por ter vencido o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (conhecido como Robertão) e a Taça Brasil de 1967 sobre o Clube Náutico Capibaribe, que também foi classificado. Ambos os times brasileiros iniciaram a competição na fase de grupos, juntamente no grupo 5, em que continha os venezuelanos Fútbol Club Deportivo Galicia e o Club Deportivo Portugués. O time alviverde passou a fase invicto com cinco vitórias e um empate adquirindo 11 pontos, enquanto o clube pernambucano ficou para trás com 5 pontos,[7][8] visto que perdeu pontos por irregularidade na substituição no jogo contra o Deportivo Portugués, onde era permitido apenas uma vez na época.[9]

Na segunda fase, Palmeiras encarou o Club Guaraní e o Universidad Católica, onde havia perdido por 2 a 0 fora de casa e venceu como mandante por 2 a 1 contra os paraguaios, graças aos gols marcados por Júlio Amaral e Tupãzinho, e vencendo os chilenos por 1 a 0 como visitante com gol de Dudu e goleando por 4 a 1 em casa, finalizando como líder do grupo.[7][8]

Pelas semifinais, o Verdão teve que enfrentar o Peñarol, algoz de 1961. No Pacaembu, o resultado do jogo foi por 1 a 0 para os alviverdes, enquanto na volta, em Montevidéu, venceram novamente os uruguaios por 2 a 1 de virada, com todos os gols feitos por Tupãzinho. Na decisão do título, o Palmeiras encarou o Club Estudiantes de La Plata, e o jogo não facilitou ao time paulista. No primeiro jogo, o El León derrotou o Palestra de virada por 2 a 1. Apesar do susto na ida, mostrou a sua força e venceu os argentinos por 3 a 1, com os dois gols de Tupãzinho e um de Rinaldo. Durante o terceiro jogo, na disputa por desempate, no Estádio Centenario, o Estudiantes derrotou o Palmeiras por 2 a 0 e garantiu seu título. Apesar da perda do título da Libertadores, o Verdão teve Tupãzinho como o maior artilheiro daquela edição com 11 gols.[7][8]

1974: São Paulo pela primeira vez numa final[editar | editar código-fonte]

Pablo Forlán em lance duvidoso de toque de mão na área, na qual provocaria o pênalti para o Independiente

Como vice-campeão do Campeonato Brasileiro de 1974, São Paulo Futebol Clube foi promovido a disputar a Copa Libertadores juntamente com seu rival Palmeiras, que levou a taça nacional. Os paulistas entraram no Grupo 2, incluindo os times bolivianos Club Deportivo Municipal e o Club Deportivo Jorge Wilstermann. Quem levou a melhor foi o tricolor paulista, avançando para a próxima fase com 10 pontos invictamente, obtendo 4 vitórias e 2 empates, despachando seu rival Palmeiras (2 a 0 como mandante e 2 a 1 como visitante), com 6 pontos, e o Municipal (1 a 1 dentro e 3 a 3 fora de casa) e Jorge Wilstermann (5 a 0 em casa e 1 a 0 fora), ambos com 4 pontos.[10]

Chegando nas semifinais, o São Paulo enfrentou o Millonarios e o Defensor Lima no Grupo 2. O Tricolor do Morumbi empatou na ida por 0 a 0 em Bogotá e goleou os colombianos por 4 a 0 em São Paulo, e derrotou os peruanos por 1 a 0 fora de casa e goleou também por 4 a 0, classificando-se em primeiro com 7 pontos adquiridos.[10]

Os paulistas chegaram na final para enfrentar o Independiente, que possuia 4 títulos naquela época. No Estádio Pacaembu, os argentinos abriram o placar com o gol de Saggioratto, mas os donos da casa viraram com Pedro Rocha marcando aos 48 minutos e com Mirandinha dois minutos depois. O São Paulo precisava de apenas um empate no Estádio La Doble Visera para ganhar o seu primeiro título, mas acabou não saindo como o esperado. Apesar da vantagem no primeiro jogo, os tricolores paulistas perderam para os rojos por 2 a 0, gols de Bochini e Balbuena, levando a disputa para o terceiro jogo. Para a infelicidade dos brasileiros, o Independiente venceu por 1 a 0 com gol de Pavoni aos 37 minutos do primeiro tempo no Estádio Nacional. O São Paulo ainda teve a chance de empate numa cobrança de pênalti aos pés de Zé Carlos, mas acabou parando na defesa do goleiro Carlos Gay. Com isso, os paulistas ficaram com seu vice-campeonato.[10]

1976–77: Primeiro título mineiro e finais contra os argentinos[editar | editar código-fonte]

1976[editar | editar código-fonte]

Cruzeiro Esporte Clube, vice-campeão do Campeonato Brasileiro de 1975, chegou à Copa Libertadores pela segunda vez em sua história entrando no Grupo 3 com o clube gaúcho Sport Club Internacional, a qual havia vencido o torneio nacional do ano anterior. Na primeira partida, a Raposa encarou o seu rival, e essa foi uma espécie de revanche para os mineiros. O clube venceu por 5 a 4 no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, com gols de Palhinha (aos 3 e 10 minutos do primeiro tempo), Joãozinho (aos 21 minutos e 18 minutos do segundo tempo) e Nelinho (40 minutos) para garantir a vitória, enquanto Lula (14 minutos do primeiro tempo), Valdomiro (39 minutos), Zé Carlos (6 minutos do segundo tempo)[b] e Ramón (25 minutos) marcaram para o Colorado.[11] Inclusive, além do primeiro jogo, o Cruzeiro obteve a melhor campanha na primeira fase com 5 vitórias e apenas um empate, superando o próprio Internacional (2 a 0 fora de casa), o Olimpia (4 a 1 em casa e 2 a 2 fora) e o Club Sportivo Luqueño (4 a 1 em casa e 3 a 1 fora), ficando em primeiro com 11 pontos.[12]

Na segunda fase, o Cruzeiro caiu no Grupo 1, enfrentando as equipes equatoriana e peruana Liga Deportiva Universitaria de Quito e o Alianza Lima. Como visitante, a Raposa venceu os equatorianos por 3 a 1 e os peruanos por 2 a 0. Ao chegar em Belo Horizonte, houve uma trágica perda para o clube: Roberto Batata, um dos jogadores que integravam o elenco cruzeirense, havia sofrido um acidente de carro na rodovia Fernão Dias, no município de Três Corações, sendo a primeira vez em que o Mineirão foi usada como velório. Embora a perda, aquilo não abalou o time de Zezé Moreira, revigorando os jogadores para conquistar o título da América. Os mineiros golearam a LDU Quito por 4 a 1, enquanto massacravam o Alianza Lima por 7 a 1. Com isso, classificou-se para a final novamente invicto com quatro vitórias.[12]

Chegando à final, a Raposa encarou o Club Atlético River Plate, clube esse que havia chegado numa final há uma década. Em casa, garantiu a vantagem por 4 a 1, com um gol de Nelinho (22 minutos do primeiro tempo), dois de Palhinha (29 e 40 minutos) e um de Valdo (35 do segundo tempo). Já na volta, os Millonarios obtiveram sua vantagem por 2 a 1 com gols marcados por Juán López aos 9 minutos do primeiro tempo e González aos 30 minutos do segundo tempo, enquanto Palhinha marca para os cruzeirenses. Como não havia decisão por saldo de gols neste ano, ocorreu uma terceira partida em campo neutro através do Estádio Nacional, em Santiago, no Chile, para o jogo decisivo. Durante a partida, o Cruzeiro saiu pressionado inicialmente, mas conseguiu marcar dois gols a partir de Nelinho de pênalti e Eduardo com bela jogada coletiva, porém sofreu o empate dos argentinos graças a Oscar Más e Urquiza. O gol do título saiu aos 46 minutos do segundo tempo, quando Palhinha sofreu a falta nas proximidades da área. Enquanto todos esperavam por Nelinho, Joãozinho surpreendentemente apareceu para cobrar a falta e, não esperando a autorização do árbitro, fez seu gol no ângulo, e o Cruzeiro, pela primeira vez, ergueu a taça da Libertadores.[12][13]

1977[editar | editar código-fonte]

Após a conquista na edição passada, o Cruzeiro teve a honra de se classificar diretamente às semifinais, e entrou para o Grupo B reencontrando seu rival Internacional e conhecendo o clube venezuelano Portuguesa Fútbol Club. No triangular, a Raposa conseguiu eliminar ambos com 7 pontos, superando o Inter com 3 pontos (vencendo fora por 1 a 0 e empatando por 0 a 0 em casa) e a Portuguesa com 2 pontos (ganhando por goleada por 4 a 0 fora de casa e 2 a 0 como mandante), e chegou a sua segunda final consecutiva.[14]

Ao entrar para final, o Cruzeiro enfrentou mais um argentino, mas dessa vez foi o Boca Juniors, arquirrival do vice-campeão River Plate. No dia 6 de setembro, no Estádio La Bombonera, foi derrotado com o gol de Carlos Veglio aos 3 minutos do primeiro tempo. Já em 11 de setembro, em desvantagem, a Raposa revidou e também marcou 1 a 0 com um golaço de Nelinho aos 33 minutos do segundo tempo. No terceiro jogo, ambas as equipes empataram em 0 a 0, e pela primeira vez a CONMEBOL veio a utilizar os pênaltis. Pelo Estádio Centenario, com quase 60 000 torcedores, a disputa nos pênaltis se tornou mais acirrada. Mouzo, Tesare, Zanabria, Pernía e Felman marcaram para os xeneizes, enquanto Menezes, Neca, Morais e Livio para os brasileiros. A decisão não foi prolongada com o chute de Vanderley que parou nas mãos do goleiro Hugo Gatti, e com isso o Boca Juniors sagrou-se campeão da América pela primeira vez de sua história, enquanto o Cruzeiro fica com o vice-campeonato.[14][15]

1980: Inter versus Nacional[editar | editar código-fonte]

Com a conquista do Campeonato Brasileiro de 1979 pelo Internacional sobre o Club de Regatas Vasco da Gama, ambos os clubes tiveram o direito de disputar a Copa Libertadores em um mesmo grupo. No Grupo 3, o Inter se saiu melhor com 9 pontos, conseguindo 4 vitórias, 1 empate e apenas 1 derrota, sendo três partidas como visitante e as últimas três como mandante, deixando para atrás o freguês Vasco da Gama (0 a 0 fora de casa e 2 a 1 dentro), o Fútbol Club Deportivo Galicia (1 a 2 como visitante e 2 a 0 como mandante) e o Deportivo Táchira Fútbol Club (1 a 0 fora e 4 a 0 em casa), e carimbou sua vaga para as semifinais.[16]

Na segunda fase, o Colorado encarou o argentino Club Atlético Vélez Sarsfield e o colombiano Corporación Deportiva América, conhecido também como América de Cali, alocados no Grupo A. Naquele grupo, o time alvirrubro superou ambos os times (com o Vélez Sarsfield: 1 a 0 fora de casa e 3 a 1 dentro; com o América de Cali: dois empates com 0 a 0) com 6 pontos, adquirindo 2 vitórias e 2 empates, avançando para sua primeira final de Libertadores.[16]

Chegando na grande final, o Internacional teve de enfrentar um adversário formidável: o uruguaio Club Nacional de Football, que possuia uma Libertadores naquele momento. Contudo, houve um acontecimento que abalou a torcida colorada antes mesmo do jogo de ida. O Falcão, o maior ídolo do Inter, tinha acertado sua ida ao Roma, e que os dois jogos da decisão seriam os últimos pela camisa vermelha. No Beira-Rio, mais de 60 000 torcedores vaiaram o craque, mas também lamentavam pela sua despedida, e o jogo terminou em 0 a 0. Já no Centenario, o Colorado não suportou o ímpeto de Rodolfo Rodríguez, De León, Espárrago e Waldemar Victorino, sendo este aquele que marcou o polêmico e decisivo gol para os Bolsos aos 35 minutos do primeiro tempo, e perdeu o título para os uruguaios.[16]

1981: Primeiro título carioca e o brilho de Zico[editar | editar código-fonte]

Trófeu da Libertadores da América vencida pelo Flamengo no Estádio da Gávea

No ano seguinte, outro clube brasileiro veio a lutar pelo título das Américas. O Clube de Regatas do Flamengo, campeão do Campeonato Brasileiro de 1980, caiu no Grupo 3 junto com o Clube Atlético Mineiro, vice-campeão do Campeonato Brasileiro, e os paraguaios Olimpia e Cerro Porteño. Contra o Galo, foram dois empates por 2 a 2 tanto no Mineirão quanto no Maracanã; já com os paraguaios, os rubro-negros empataram 1 a 1 em casa e 0 a 0 fora contra o Olimpia e goleou o Cerro Porteño por 5 a 2 no Maracanã e venceu por 4 a 2 no Paraguai, somando 8 pontos com 2 vitórias e 4 empates. Porém, como o Atlético Mineiro também marcou 8 pontos, com vitórias e empates semelhantes ao Flamengo, foi marcado uma partida em campo neutro para decidir a classificação. Na partida de desempate, que ocorreu no Estádio Serra Dourada em Goiânia, houve polêmicas acerca das expulsões dos jogadores do clube mineiro. Reinaldo, aos 32 minutos, deu um carrinho em Zico e foi expulso pelo árbitro José Wright. Em seguida, Éder reclamou com o juiz e logo foi expulso também, ocorrendo uma confusão. Reservas do Atlético Mineiro invadiram o campo e o jogo teve que ser paralisado por 30 minutos e, antes de voltar, Chicão e Palhinha receberam cartões vermelhos. A partida ainda estava 0 a 0, mas como não é permitido um time seguir em campo com seis jogadores, Flamengo avançou por W.O..[17][18]

Na semifinal, o Mais Querido enfrentou o Jorge Wilstermann, da Bolívia, e Deportivo Cali, da Colômbia, em casa e fora de casa. No primeiro jogo, contra o Deportivo Cali, Nunes abriu o placar aos 10 minutos, sendo o único gol da partida, com 1 a 0 na Colômbia. No segundo, novamente fora de casa, contra o Jorge Wilstermann de Jairzinho, os rubro-negros saíram na frente com o gol de Baroninho, mas levou empate no segundo tempo, e, para desempatar, Adílio marcou o gol da vitória, terminando em 2 a 1. Disputando os dois últimos jogos em casa com vantagem, o Flamengo jogou contra o Deportivo Cali, e, com 2 gols de Zico e um de Chiquinho, goleou por 3 a 0, totalizando 6 pontos. Já classificado para a final e para largar de vez na vantagem, o Time do Povo finalizou a partida e a semifinal com os gols de Nunes, Adílio, Anselmo e Chiquinho, fechando com mais uma goleada por 4 a 1.[18]

Zico, decisivo na edição de 1981. Foto publicada pelo El Gráfico

No dia 13 de novembro, com quase 100 000 pagantes, o Flamengo se sentiu confortável e fez fluir seus talentos naturalmente, pressionando o Club de Deportes Cobreloa todo o primeiro tempo. O ídolo Zico recebeu uma assistência de Adílio e marca o primeiro gol na rede adversária aos 12 minutos do primeiro tempo, e, aos 30 minutos, Lico sofreu falta na área e o jogador apareceu mais uma vez para marcar o pênalti, deslocando o goleiro para um lado e jogando a bola para o outro. Entretanto, no segundo tempo, a situação foi diferente. Era a vez dos chilenos pressionarem e chegaram a fazer um gol de pênalti aos 20 minutos, marcado por Merello.[17][18]

Já no dia 20 de novembro, no Estádio Nacional, ambos os times entraram em campo para decidir quem ficaria com a taça. A tensão da vantagem rubro-negra e o momento político em que o Chile vivia, o Cobreloa foi de jogo à hostilidade. A partida foi marcada por passes agressivos, socos e faltas pesadas provocadas pelo time chileno, que não recebia punições. Mario Soto era o destaque daquilo e causou a saída de Lico, que foi levado urgentemente ao hospital. Adílio também foi outro alvo do jogador chileno e levou pontos na cabeça. Enquanto isso, Zico, Júnior e Nunes buscaram marcar um gol, mas não conseguiram e levaram outro gol de Merello aos 39 minutos do segundo tempo, terminando em 1 a 0 e levando a partida para o jogo de desempate.[17][18]

Três dias depois, ocorreu a grande decisão localizada no Estádio Centenario. Com a vontade incessante de ganhar o título inédito e superar os chilenos, o gol saiu aos 13 minutos do primeiro tempo, com um bate-rebate dentro da área, de Andrade passando a bola para o Zico, e de Zico para o gol. O Flamengo continuou pressionando o Cobreloa, ganhando boas chances e muitos ataques, e os Zorros del Deserto quase empataram. Os chilenos jogaram novamente de forma pesada, acontecendo a então expulsão de Armando Alarcón. Depois disso, Júnior sofreu uma falta feia e Andrade revidou pelo companheiro, sendo expulso também. Foram 10 jogadores para cada lado. Aos 32 minutos, Zico fez um golaço de pênalti, chutando rapidamente a bola para o canto esquerdo sem o goleiro Óscar Wirth reagir. Faltando 5 minutos para acabar a partida, Anselmo chega em direção a Soto e agride o chileno com um soco, causando uma confusão que resultou em sua expulsão e de mais dois jogadores do Cobreloa. Apesar daquela situação, não mudou o fato do Flamengo ganhar seu primeiro título das Américas e ser o primeiro clube do Rio de Janeiro a vencer uma Libertadores da América.[17][18]

1983–84: Primeiro título gaúcho e a tentativa de um bicampeonato[editar | editar código-fonte]

1983[editar | editar código-fonte]

Elenco do Grêmio, campeão da Libertadores de 1983, na primeira partida contra o Peñarol em Montevidéu, do jornal El Gráfico.

Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense entrou para a Copa Libertadores ao ser vice-campeão no Campeonato Brasileiro de 1982 contra o Flamengo, e coincidentemente ambos entram em um mesmo grupo, que inclui os times bolivianos Club Bolívar e Club Blooming. Pela primeira fase, no Grupo 2, o tricolor gaúcho teve um início fraco, mas a situação mudou diante dos bolivianos. Portanto, o Grêmio se classificou para a próxima fase com 11 pontos, resultado de 5 vitórias e 1 empate, deixando para trás o segundo colocado Flamengo (empatando 1 a 1 em casa e vencendo por 3 a 1 fora de casa), o Bolívar (vencendo por 2 a 1 fora e 3 a 1 em casa) e o Blooming (vencendo por 2 a 0 tanto fora quanto em casa), além de ter sido a melhor campanha da primeira fase.[19][20][21]



Partida entre Estudiantes de La Plata e Grêmio, na Batalha de La Plata pelo Estádio Jorge Luis Hirschi. Foto publicada pelo El Gráfico, com o título "Incríble!"

Em seguida, o Grêmio teve pela frente o América de Cali e o Estudiantes pelo triangular Grupo 1 através da segunda fase. O Imortal encarou primeiramente os argentinos de La Plata no Olímpico, e venceu por 2 a 1, com gols de Osvaldo aos 4 minutos do primeiro tempo, de Gerieri, do Estudiantes, aos 11 minutos, e Tarciso aos 40 minutos do segundo tempo. Indo para a Colômbia, no Estádio Pascual Guerrero, os gaúchos foram derrotados pelos Diablos Rojos por 1 a 0 com o gol de González aos 24 minutos do segundo tempo, mas em casa venceram por 2 a 1, sendo os gols de Caio aos 23 minutos do primeiro tempo, Battaglia para os colombianos aos 15 minutos do segundo tempo e Osvaldo no minuto seguinte. Chegando no Estádio Jorge Luis Hirschi para encerrar de vez as semifinais, o Grêmio enfrentou novamente o Estudiantes de La Plata, que possuiu um ar violento e hostil. O El León abriu o placar aos 39 minutos do primeiro tempo com gol de Gurrieri, mas o Tricolor dos Pampas mostrou sua garra e alavancou 3 gols em seguida (Osvaldo aos 45 minutos, César aos 5 minutos do segundo tempo e Renato Gaúcho aos 18 minutos), que cedeu o empate para os argentinos. Gurrieli marcou novamente aos 31 minutos e Gugnali fechou o placar aos 42 minutos. Aquele evento eletrizante ficou conhecido como a Batalha de La Plata. Com o empate por 3 a 3, o Grêmio precisava torcer para que o Estudiantes tropeçasse diante do América de Cali, e graças ao empate o Imortal avançou para a sua primeira final.[19][20][21]

Entrando para a final, o Grêmio enfrentou o uruguaio Peñarol, que havia eliminado seu rival Nacional e o venezuelano Atlético San Cristóbal. No jogo de ida, pelo Centenario, Tita abriu o placar aos 15 minutos do primeiro tempo, mas Morena empatou aos 25 minutos do primeiro tempo. Já na volta, o clube uruguaio passou a apelar nas faltas logo no início da partida. Nos primeiros minutos, Olivera deu cotovelada em Renato Gaúcho e as tensões continuavam subindo. No entanto, Grêmio abriu o placar aos 10 minutos do primeiro tempo com gol de Caio, mas o Peñarol empatou aos 25 minutos, quando Ramos cruzou para Morena fazer o gol. Logo, César, aos 31 minutos, fez o gol 'redentor' que decidia o placar. Já desesperados e nos minutos finais, os uruguaios apelaram para a violência, e o jogo teve que ser paralisado por diversos momentos, mas não impediu que o Grêmio fosse campeão da Libertadores, que marcou na história do clube gaúcho.[20]

1984[editar | editar código-fonte]

Jogo entre Grêmio e Independiente no Estádio Olímpico, no momento em que o time da casa sofre o ataque dos argentinos com o chute de Marangoni

Por ter faturado a taça da Libertadores de 1983, o Grêmio teve o direito de disputar o bicampeonato diretamente das semifinais, conforme o regulamento da competição. Pelo Grupo B, reencontrou o seu rival Flamengo, vencedor do Grupo 3 na primeira fase, e jogou com o venezuelano Universidad de Los Andes, vencedor do Grupo 5. No total, o Tricolor Gaúcho obteve 6 pontos, sendo 3 vitórias e uma derrota, ficando em primeiro lugar juntamente com o time rubro-negro (vitória por 5 a 1 em casa e derrota por 3 a 1 fora de casa), deixando para trás os venezuelanos (vencendo por 2 a 0 fora e 6 a 1 dentro de casa), que ficaram com nenhum ponto. Como ambos os times brasileiros tiveram um mesmo ponto, foi decidido uma partida de desempate em campo neutro, no caso, o Pacaembu, em São Paulo. Diante de 40 000 pessoas presentes no estádio, o Grêmio necessitava de apenas um empate para avançar na final, visto que tinha um saldo de gols superior ao time da Gávea, e foi assim que aconteceu. Os gremistas seguraram o jogo durante os 90 minutos, incluindo as prorrogações, e por esse motivo a partida terminou em 0 a 0, chegando em sua segunda final consecutiva.[22]

Jorge Burruchaga marcou o gol decisivo para os Rojos. A partida terminou em Grêmio 0–1 Independiente no Estádio Olímpico Monumental

Nessa final, o Grêmio confrontou o argentino Independiente, um adversário bastante formidável e o maior campeão das Américas com seis títulos. No dia 27 de julho de 1984, em pleno Olímpico, perante a 75 000 torcedores presentes no estádio, o mandante não conseguiu controlar o jogo e deu chances ao Rey de Copas, aos 24 minutos, fazer o único gol da partida, após Jorge Burruchaga ser lançado na ponta-direita a toda velocidade por Ricardo Bochini enquanto estava marcado por Hugo de Léon e tocar na saída do goleiro João Marcos. Na segunda partida, no Estádio La Doble Visera, em Avellaneda, precisando reverter, o Tricolor Gáucho tinha que, no mínimo, fazer dois gols de diferença para alcançar o bicampeonato. Entretanto, os argentinos seguraram a partida para permanecer com a vantagem e, assim, terminando em 0 a 0, tornando-se, de fato, o maior campeão da Libertadores naquele momento.[22][23]

1992–94: Era Telê − o primeiro clube brasileiro a estar em três finais consecutivas[editar | editar código-fonte]

Telê Santana levou o time são-paulino às três finais, faturando duas taças consecutivamente e alcançando somente um vice-campeonato.

1992[editar | editar código-fonte]

O São Paulo, campeão do Campeonato Brasileiro de 1991, chegou ao Grupo 2 da Libertadores juntamente com Criciúma, que venceu Copa do Brasil de 1991, iniciando a fase de grupos derrotado pelo time catarinense por 3 a 0 fora de casa. O técnico Telê Santana não apreciava pela Copa Libertadores pelo fato do torneio conter violência e doping, escalando um time misto. Portanto, a CONMEBOL adotou o controle de dopagem durante os jogos do São Paulo. A partir daquele momento, os tricolores obtiveram resultados positivos, terminando em segundo lugar com 8 pontos, tendo 3 vitórias, 2 empates e somente uma derrota, prevaleceu os bolivianos San José (vencendo fora de casa por 3 a 0 e empatando no Morumbi por 1 a 1) e o Bolívar (empatando por 1 a 1 como visitante e superando-o por 2 a 0 na volta), ficando atrás do Criciúma (goleando por 4 a 0 dentro de casa), com 9 pontos.[24]

Classificado para a fase mata-mata, o São Paulo enfrentou o Nacional nas oitavas de final e derrotou-o na ida em Montevidéu com um placar magro por 1 a 0, gol marcado por Elivélton aos 18 minutos do primeiro tempo.[25] Em casa, o time paulista ampliou o placar agregado, com gols de Ronaldão aos 4 minutos e Zago aos 53, terminando em 2 a 0.[26] Já nas quartas de final, o Tricolor Paulista teve pela frente novamente o Criciúma, e o duelo não foi simples. No Estádio do Morumbi, os paulistas venceram com um placar apertado, sendo o único gol da partida marcado por Macedo aos 82 minutos.[27] Na volta, Soares abriu o marcador para os catarinenses aos 10 minutos, mas Palhinha igualou para os são-paulinos aos 55 minutos, e terminou com São Paulo promovido às semifinais.[28] Seu próximo adversário foi o equatoriano Barcelona de Guayaquil, vice-campeão da edição de 1991, goleando o mesmo em casa por 3 a 0, gols marcados inclusive por Müller aos 5 minutos, Palhinha aos 10 e Rinaldo aos 43 logo como mandante.[29] Já como visitante, perdeu por 2 gols de diferença, contudo não alterou o agregado, totalizando por 3 a 2, garantindo, portanto, a sua segunda final.[24]

Faltando um passo para o título inédito, o Tricolor do Morumbi enfrentou um argentino embalado na competição: o Newell's Old Boys. Viajando para a cidade de Rosário, os brasileiros receberam um pênalti aos 39 minutos do primeiro tempo, e Berizzo marcou o único gol da primeira partida para os Leprosos. Mesmo estando em desvantagem, o resultado não interferiu na confiança fervorosa do time paulista para o segundo jogo. Em pleno Morumbi, o São Paulo pressionou os argentinos, que por sua vez procuravam a assegurar a vantagem mínima. Porém, aos 22 minutos do segundo tempo, Gamboa cometeu um pênalti ao derrubar Macedo, que entrou no lugar de Müller, dentro da grande área, e Raí efetuou a cobrança. Com 1 a 1 no agregado, a disputa pelo título foi levada para as penalidades máximas. A cobrança, contudo, foi desigual, pois o time comandado por Marcelo Bielsa, com alcunha de "El Loco", estavam com todos os seus jogadores em campo, enquanto os são-paulinos tiveram mais dois. Antes da disputa começar, Valdir de Moraes, o preparador de goleiros, estudou o modo de cobrar de cada jogador adversário, e Alexandre, goleiro reserva, repassou as informações para o goleiro titular Zetti. Após iniciar a cobrança das penalidades, o mesmo defendeu a cobrança de Berizzo, e Raí marcou novamente para os brasileiros. Zamora igualou para os argentinos, mas Ivan pôs o time novamente na frente. A situação se reverteu quando Llop converte para o fundo da rede e Ronaldão erra o chute. Cafu deixou novamente os são-paulinos na frente da disputa após Mendoza perder a oportunidade de fazer o mesmo pelos visitantes. A decisão do título estaria nas mãos de Zetti caso defendesse a cobrança de Gamboa, e foi exatamente o que ocorreu. O goleiro saltou para o lado esquerdo e espalmou a bola para fora de mão trocada. Graças a isso, o São Paulo venceu o torneio continental, encerrando o jejum de 9 anos sem a conquista das Américas nas mãos dos brasileiros.[24][30]

1993[editar | editar código-fonte]

Após vencer a Copa Libertadores do ano anterior, o São Paulo iniciou a temporada de 1993 disputando quatro partidas por semana, a exemplo de abril, quando o time paulista jogou 16 vezes em 30 dias, chegando inclusive a abster-se do Torneio Rio-São Paulo por falta de datas. Porém, o regulamento criado pela CONMEBOL desde 1989 afirmava que o campeão da edição predecessora se classificava automaticamente para as oitavas de final, o que aliviou o calendário do clube.[31]

No primeiro confronto, o Tricolor do Morumbi coincidentemente encarou o Newell's Old Boys, onde o duelo não foi fácil. Antes da partida ser realizada, os paulistas não tiveram o Raí, que estava lesionado, escalando três volantes — Pintado, Dinho e Válber — a escolha do técnico Telê Santana. Contudo, a escolha não surtiu efeito, e o time foi derrotado pelos argentinos por 2 a 0 na Argentina, marcados por Gozzoni e Mendoza, jogo que paralisou aos 37 minutos devido a uma queda de energia no estádio. Precisando reverter o resultado no Morumbi, o São Paulo contou com a presença do meia Raí, que veio com pulso quebrado e uma faixa. Na partida, Dinho aos 29 minutos abriu o marcador com um desvio do chute de fora da área. O segundo gol veio nos pés do próprio Raí através da cobrança de falta aos 38 minutos. Empatado no agregado, o Tricolor Paulista precisava de somente um gol para avançar às quartas, e esse gol veio parar aos 75 minutos novamente em Raí, resultado de uma jogada trabalhada entre Palhinha e Cafu. Para terminar a goleada, nos minutos finais, Palhinha, em troca da jogada, deixou Cafu em frente ao gol, o qual não foi desperdiçado. O reencontro entre os times resultou em 4 a 2 no agregado para os são-paulinos.[31]

1994[editar | editar código-fonte]

1995: Segundo título gremista[editar | editar código-fonte]

1997: O bicampeonato da Raposa[editar | editar código-fonte]

1998: Título cruzmaltino[editar | editar código-fonte]

O C. R. Vasco da Gama, que vinha de uma conquista do Campeonato Brasileiro de 1997, iniciou sua campanha bem complicada. Na primeira partida da fase de grupos, o Gigante da Colina foi derrotado por 1 a 0 pelo Grêmio e Chivas Guadalajara fora de casa, mas reagiu contra o América do México por 1 a 1, também fora de casa. Já em casa foi diferente. Vasco venceu o Grêmio por 3 a 0, 2 a 0 contra o Chivas Guadalajara e novamente 1 a 1 contra o América do México, e o Cruzmaltino ficou em segundo, apenas atrás do Grêmio, em 1º lugar, e avançou para as oitavas.[32]

No mata-mata, o Vasco venceu o Cruzeiro, nas oitavas (2 a 1 na ida e empate sem gols na volta), e o Grêmio, nas quartas (1 a 1 na ida e 1 a 0 na volta), avançando para as semifinais contra o River Plate, que havia sido considerado um dos times mais fortes da América. Em São Januário, Donizete marcou o gol da vitória por 1 a 0. Já na Argentina, o River abriu o placar com gol de Sorín, porém Juninho, que saiu do banco de reservas, empatou aos 37 minutos do segundo tempo, decretando a vaga para as finais do torneio, desta vez contra o modesto Barcelona de Guayaquil. Na ida, o Vasco da Gama se deu bem com vitória por 2 a 0, gols de Luizão e Donizete. Os equatorianos tentaram criar um clima bem hostil em Guayaquil devido a sua fragilidade técnica, mas os vascaínos superaram na volta por 2 a 1, novamente com gols de Luizão e Donizete, e ergueram a Libertadores pela primeira vez.[32]

1999–2000: A conquista alviverde e o bi na trave[editar | editar código-fonte]

1999[editar | editar código-fonte]

Sob o comando de Felipão, a S. E. Palmeiras, campeão da Copa do Brasil de 1998, caiu no grupo do rival Corinthians (1 a 0 na ida e derrota por 2 a 1 na volta), Cerro Porteño (5 a 2 na ida e 2 a 1 na volta) e o Olimpia (4 a 2 na ida e empate por 1 a 1 na volta), e ficou em segundo lugar, com dois pontos atrás do Timão. Nas oitavas, o Verdão enfrentou o Vasco da Gama, o atual campeão da Libertadores naquela época, e na ida empatou por 1 a 1 no Estádio Palestra Itália, e venceu com uma goleada por 4 a 2 na volta com gols de Paulo Nunes, dois de Alex e Arce. Nas quartas, o alviverde venceu na ida por 2 a 0, com gols de Oséas e Rogério, mas o alvinegro derrotou no segundo jogo também por 2 a 0, levando a disputa aos pênaltis. Após Dinei chutar para fora, o goleiro Marcos defendeu o chute de Vampeta, e deixou o clube sonhar com o título. Desta vez, o Palmeiras enfrentou nas semifinais contra o River Plate, e perdeu na ida por 1 a 0, porém ganhou na volta por 3 a 0, com dois gols de Alex e um de Roque Júnior, chegando às finais da competição continental.

O adversário do Verdão era o Deportivo Cali, que derrotou o Cerro Porteño nas 'semis', e o time colombiano venceu na ida por 1 a 0, mas o time alviverde venceu na volta por 2 a 1, com gols de Evair (de pênalti) e Oséas, levando a partida à penalidade máxima. Zinho chutou na trave, mas o Palmeiras superou com gols de Júnior Baiano, Roque Júnior, Rogério e Euller, contando com os erros de Bedoya e Zapata, e houve festa no 'chiqueiro', com o Palmeiras sendo o terceiro clube paulista a ganhar a Libertadores.[33]

2000[editar | editar código-fonte]

2002: Final no Pacaembu[editar | editar código-fonte]

Vice-campeão do Campeonato Brasileiro de 2001, a A. D. São Caetano entrou no grupo com Cobreloa (venceu por 3 a 0 na ida e perdeu de 2 a 1 na volta), Cerro Porteño (perdeu na ida e venceu por 3 a 1 na volta) e Alianza Lima (vencendo de 3 a 0 na ida e 4 a 0 na volta), ficando em primeiro lugar com 12 pontos, mesmo ponto que o Cobreloa, mas perdeu nos saldos de gols. Nas oitavas de final, o Azulão teve dificuldades, empatando por 1 a 1 na ida e volta contra o Universidad Católica, levando a disputa aos pênaltis. O São Caetano venceu a partida por 4 a 2, e teve como adversário nas quartas o Peñarol. O clube paulista perdeu em Montevidéu por 1 a 0, mas reagiu na volta por 2 a 1, que levou a partida novamente aos pênaltis, já que não havia critério de gols. Os brasileiros levaram a melhor por 3 a 1 e avançaram para as semis. Lá, eles enfrentaram o América, do México, que era respeitado pelos times na América do Sul, porém o Azulão levou a melhor vencendo por 2 a 0 na ida, e assegurando a vantagem por 1 a 1 na volta.[34]

Nas finais, São Caetano enfrentou o Olimpia (que havia eliminado o Grêmio nas semifinais também nos pênaltis, só que por 5 a 4), e venceu na ida por 1 a 0 com gol de Aílton em Assunção. Como só podia ter no mínimo 40 mil torcedores no estádio, a equipe azul se mudou do Estádio Anacleto Campanella para o Pacaembu. O Azulão abriu o marcador com o gol de Aílton, mas o Olimpia virou o placar por 2 a 1, levando a disputa à penalidade máxima. Os 'paulistas azuis' ficaram próximos de erguer a Copa Libertadores pela primeira vez, mas acabou dando 'zebra', e o Olimpia levou a melhor nos pênaltis por 4 a 2, contando com as falhas de Marlon e Serginho, ganhando seu terceiro título.[34]

2003: A busca pelo terceiro título santista e a revanche dos xeneizes[editar | editar código-fonte]

2005: Primeira final entre brasileiros[editar | editar código-fonte]

A Copa Libertadores da América ganhou sua primeira final de brasileiros, e desta vez foi de diferentes estados, como de São Paulo contra o Atlético Paranaense. Antes disso, o clube paranaense, vice-campeão do Campeonato Brasileiro de 2004, entrou no grupo do Independiente Medellín (perdendo de 4 a 0 na ida e empatando por 2 a 2 na volta), o América de Cali (vencendo por 2 a 1 e perdendo por 3 a 1), e o Libertad (perdendo de 2 a 1 na ida e vencendo também por 2 a 1 na volta), ficando em 2º lugar com 10 pontos, empatando com Independiente Medellín, mas perdeu nos gols marcados. Já a situação do São Paulo foi diferente. O tricolor paulista entrou no grupo de Universidad de Chile (empatando na ida por 1 a 1 e vencendo por 4 a 2 na volta), Quilmes (empatando por 2 a 2 na ida e vencendo por 3 a 1 na volta) e The Strongest (empatando na ida por 3 a 3 e vencendo por 3 a 0 na volta), ficando em 1º lugar com 12 pontos.[35]

No mata-mata, o Atlético Paranaense teve dificuldades ao enfrentar o Cerro Porteño nas oitavas. Ele venceu o clube paraguaio por 2 a 1 na Arena da Baixada, mas na volta perdeu também por 2 a 1, levando a disputa aos pênaltis, aonde o rubro-negro paranaense levou a melhor por 5 a 4. Nas quartas de final, o Atlético enfrentou o Santos, e levou dificuldade na ida, mas venceu por 3 a 2 e na volta não teve a façanha de perder, que no caso foi 2 a 0 o placar, e o Furacão foi para as semis. Lá, teve como adversário o Chivas Guadalajara, que venceu o Boca Juniors por 4 a 0 nas quartas de final. Em casa, o Atlético Paranaense venceu o time mexicano por 3 a 0 e assegurou o empate por 2 a 2 fora de casa, chegando em sua primeira final, aonde foi enfrentar o São Paulo.

Já o São Paulo, eliminou o rival Palmeiras por 2 a 0 fora de casa e por 1 a 0 no Morumbi, depois goleou o Tigres UANL nas quartas por 4 a 0 em casa e ainda venceu por 2 a 1 na volta. Já nas semifinais da competição, o tricolor paulista enfrentou o River Plate, que havia eliminado o Banfield nas quartas de final, e levou a melhor, ganhando por 2 a 0 em casa e por 3 a 2 no Estádio Monumental de Nuñez e chegou em sua quinta final (que não disputava desde 1994).[35]

Partida entre São Paulo e Atlético Paranaense no Morumbi.

Nas finais da competição continental, Atlético Paranaense abriu o placar no Beira Rio (já que a Arena da Baixada não possuia capacidade o suficiente para caber muitos torcedores naquela época) com gol de Aloísio aos 14 minutos do 1º tempo, mas sofreu o empate com gol contra de Durval aos 7 minutos do 2º tempo. Já no Morumbi, o Furacão esteve perto de sonhar com o título, mas não se realizou. O São Paulo goleou o rubro-negro paranaense por 4 a 0, com gols de Amoroso (aos 16 minutos), Fabão (aos 52 minutos), Luizão (aos 71 minutos) e Tardelli (aos 89 minutos), ganhando seu terceiro título após 12 anos.[35]

2006: Título colorado[editar | editar código-fonte]

O S. C. Internacional, que havia sido vice-campeão do Campeonato Brasileiro de 2005, garantiu sua vaga na Copa Libertadores da América, e foi no grupo do Nacional (empatou sem gols na ida e venceu na volta por 3 a 0), o Unión Maracaibo (empatou por 1 a 1 na ida e venceu por 4 a 0) e o Pumas (vencendo por 2 a 1 na ida e 3 a 2 na volta), ficando 1º lugar isolado com 14 pontos.[36] O São Paulo, atual campeão da Libertadores naquela época, foi diretamente para o grupo 1, onde continha o Chivas Guadalajara (perdeu por 2 a 1 na ida e também na volta), o Caracas (venceu por 2 a 1 na ida e 2 a 0 na volta) e o Cienciano (venceu por 2 a 0 na ida e 4 a 1 na volta), ficando em 1º lugar com 12 pontos, o mesmo do Chivas, que perdeu no número de vitórias.[37]

Nas oitavas, o Internacional venceu o mesmo Nacional por 2 a 1 fora de casa, e assegurou a vaga para as quartas em casa com um empate sem gols. Nas quartas de final, o colorado enfrentou a LDU Quito, que goleou o Tigres UANL por 4 a 0, e teve dificuldades devido à altitude em Quito, aonde perdeu na ida por 2 a 1, mas superou o clube equatoriano ganhando por 2 a 0 em Porto Alegre, avançando para as semifinais. Lá, o Inter teve como adversário o Libertad (que venceu o River Plate por 5 a 3 no placar agregado), e empatou sem gols no Estádio Dr. Nicolás Leoz, no Paraguai. No jogo de volta, o colorado venceu o time paraguaio e avançou para as finais pela segunda vez.[36]

Na situação do São Paulo, eliminou novamente o Palmeiras nas oitavas de final com empate por 1 a 1 e vitória por 2 a 1 no Estádio do Morumbi, passou o Estudiantes com derrota por 1 a 0 fora de casa e vitória por 1 a 0, levando a disputa às penalidades máximas por 4 a 3. Nas semifinais da competição, o tricolor paulista venceu o Chivas Guadalajara, que estava em seu grupo, por 1 a 0 fora de casa e 3 a 0 em casa, chegando em sua sexta final.[37]

No torneio, foi a segunda final entre clubes brasileiros seguido (já que teve a final na edição anterior entre São Paulo e Atlético Paranaense). No Morumbi, Rafael Sóbis abriu o placar aos 53 minutos e ampliou aos 61, enquanto Edcarlos diminui aos 75 minutos da partida. No jogo de volta, o Internacional de Abel Braga assegurou a vantagem com um empate de 2 a 2 (gols de Fernandão e Tinga para o colorado; Fabão e Lenílson para o tricolor paulista) e bateu o São Paulo de Muricy Ramalho, conquistando o segundo título gaúcho (já que Grêmio, rival do Inter, havia ganhado dois títulos da Libertadores).[36][37]

2007: A expectativa pelo tri e a frustração do Grêmio contra o Boca Juniors[editar | editar código-fonte]

2008: Final no Maracanã[editar | editar código-fonte]

O Fluminense F. C. se classificou para a Copa Libertadores depois de ganhar a Copa do Brasil de 2007, mesmo estando em 4º lugar no Campeonato Brasileiro, e foi para o grupo de LDU Quito (empatando sem gols na ida e vencendo por 1 a 0 na volta), Arsenal de Sarandí (perdendo por 2 a 0 e vencendo por 6 a 0 na volta) e Libertad (vencendo por 2 a 1 na ida e 2 a 0 na volta), ficando em 1º lugar com 13 pontos.[38]

Na disputa do mata-mata, o Tricolor das Laranjeiras bateu o Atlético Nacional por 2 a 1 fora de casa e ampliou na volta por 1 a 0. Nas quartas de final, o Fluminense encarou o time fortíssimo: o São Paulo. Lá no Morumbi, o tricolor carioca tomou sufoco do tricolor paulista e acabou perdendo por 1 a 0, com gol de Adriano Imperador, mas no Maracanã, o Fluminense teve uma arrancada espetacular por 3 a 1 (2 gols de Washington e 1 de Dodô; gol de Adriano), classificando o time para às semifinais da competição. O tricolor teve que enfrentar o time duríssimo também: o Boca Juniors (que havia sido campeão da edição anterior). O Flu teve dificuldades na ida e empatou por 2 a 2 na La Bombonera (gols de Thiago Silva e Thiago Neves; 2 gols de Riquelme), porém, na volta o tricolor superou o Xeneize por 3 a 1 de virada (2 gols de Washington e 1 de Dodô; gol de Palermo), o que ficou marcado na história do clube e onde se tornaram rivais continentais.[38]

Washington, atacante do Fluminense, momentos antes do início da final da Copa Libertadores da América de 2008, ocorrida em 2 de julho de 2008.

O Fluminense enfrentou o clube que já havia participado da Copa Libertadores várias vezes e que esteve em seu grupo: a LDU Quito. O Tricolor das Laranjeiras passou vexame na ida, tomando goleada por 4 a 2, em Quito, mas apesar disto o Fluminense superou no Maracanã e virou o jogo por 3 a 1, levando a disputa aos pênaltis. Nas penalidades, o Flu passou vexame, com defesas de Cevallios sobre Conca, Thiago Neves e Washington, ganhando o título.[38] Vale ressaltar que foi a primeira final no Maracanã, apesar de terem o Flamengo e Vasco da Gama como campeões da competição.

2009: A tentativa do Cruzeiro pelo terceiro título[editar | editar código-fonte]

2010: Vitória contra os mexicanos e segundo título colorado[editar | editar código-fonte]

2011: A conquista do tricampeonato do Santos de Neymar[editar | editar código-fonte]

2012: Corinthians – o primeiro brasileiro invicto a ganhar a América[editar | editar código-fonte]

Sob comando de Tite, o S. C. Corinthians, campeão do Campeonato Brasileiro de 2011, garantiu-se na fase de grupos da Libertadores da América, estando no grupo de Cruz Azul (empatou sem gols na ida e venceu por 1 a 0 na volta), Nacional (venceu por 3 a 1 na ida e por 2 a 0 na volta) e o Deportivo Táchira (empatou por 1 a 1 na ida e venceu por 6 a 0 na volta) e ficou em 1º lugar com 14 pontos.

No mata-mata, o Timão enfrentou o Emelec, e logo empatou na ida sem gols e venceu por 3 a 0, avançando para as quartas de final. Depois, teve que enfrentar o Vasco da Gama (que venceu o Lanús nos pênaltis por 5 a 4), e na ida empatou sem gols, porém na volta Paulinho marcou e garantiu a classificação do alvinegro paulista para as semifinais. Logo, teve pela frente o rival Santos (que havia sido campeão da Libertadores de 2011 e havia batido o Vélez Sarsfield nos pênaltis por 4 a 2). Na Vila Belmiro, o Corinthians venceu com gol de Emerson Sheik aos 28 minutos do primeiro tempo, e assegurou a vantagem no jogo de volta por 1 a 1, eliminando o rival e avançando para as finais.

Nas finais da competição, o Timão encarou o Boca Juniors (que havia vencido o Universidad de Chile por 2 a 0), porém empatou na ida no sufoco por 1 a 1 na La Bombonera (com gol de Roncaglia para os argentinos; gol de Romarinho para os paulistas), mas reagiu na volta vencendo o clube argentino por 2 a 0 (gols de Emerson), onde o Corinthians sagrou-se campeão da Libertadores pela primeira vez.

2013: Título atleticano[editar | editar código-fonte]

Apesar de ter sido vice-campeão do Campeonato Brasileiro de 2012, o Clube Atlético Mineiro garantiu sua vaga na Copa Libertadores e entrou para o grupo de São Paulo (perdendo por 2 a 0 na ida e vencendo 2 a 1 na volta), Arsenal de Sarandí (vencendo por 5 a 2 na ida e na volta) e o The Strongest (vencendo por 2 a 1 na ida e na volta), ficando em 1º lugar isolado com 15 pontos. Na disputa do mata-mata, o Galo enfrentou o São Paulo, o mesmo que estava em seu grupo, e venceu o tricolor paulista por 2 a 1 no Estádio do Morumbi, e ampliou a vantagem logo no jogo de volta por 4 a 1, eliminando o clube paulista. Nas quartas de final, o alvinegro mineiro enfrentou o Tijuana, onde teve dificuldade. No jogo de ida, o Atlético empatou com o time mexicano por 2 a 2, com empate logo no fim, e o Ronaldinho Gaúcho jogou com um olho só após levar uma bolada no rosto, porém continuou jogando. Na volta, o Galo empatou novamente, dessa vez por 1 a 1, e logo avançou devido aos gols fora de casa.[39]

Festa da torcida do Atlético Mineiro na entrega da taça da Libertadores da América de 2013.

Nas semifinais, o Atlético Mineiro enfrentou o Newell's Old Boys (que eliminou o Boca Juniors nos pênaltis por 10 a 9), e teve também dificuldade. O time perdeu fora de casa por 2 a 0, mas empatou no placar agregado também por 2 a 0 no jogo de volta, levando a decisão aos pênaltis. Com um milagre, o Galo venceu a disputa por 3 a 2 com a defesa do goleiro Victor Bagy sobre Maxi Rodríguez, garantindo a vaga pra a final. O adversário do Atlético na final era o Olimpia (que havia batido o Santa Fe por 2 a 1 no placar agregado), aconteceu novamente o sufoco. Na ida, o Olimpia bateu o Galo por 2 a 0 (gols de Alejandro Silva e Wilson Pittoni), mas o Atlético venceu também por 2 a 0 no Mineirão, levando o jogo às penalidades. Lá, o goleiro Victor brilhou e o Giménez mandou a bola na trave, ficando 4 a 3 para o Galo, declarando-se campeão da América.[39]

2017: Retorno do título da América aos brasileiros e o tri gaúcho[editar | editar código-fonte]

Comemoração do elenco do Grêmio com a conquista da Libertadores da América

O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense se classificou para a Copa Libertadores depois de ganhar a Copa do Brasil de 2007. Na edição de 2017, o clube ficou na primeira colocação do grupo 8, onde disputou juntamente com Deportes Iquique, Guaraní e Zamora, onde conquistou quatro vitórias, um empate e uma derrota, com quinze gols marcados e seis gols sofridos, acumulando um saldo de nove gols. Na fase final, após sorteio, enfrentou o Godoy Cruz nas oitavas de final, vencendo no jogo de ida por 1 a 0 e no jogo de volta por 2 a 1, classificando-se para as quartas de final com um placar agregado de 3 a 1. Nas quartas de final, em confronto brasileiro, enfrentou o Botafogo, onde no jogo de ida empatou pelo placar de 0 a 0 e venceu o jogo da volta por 1 a 0, classificando-se para as semifinais. Jogou com o Barcelona de Guayaquil pela semifinal, onde venceu o jogo de ida pelo placar de 3 a 0, mas perdeu o jogo de volta por 0 a 1, mesmo assim classificou-se para a final com um placar agregado de 3 a 1.

Partida do Grêmio contra o Lanús, no momento em que o gol foi marcado.

O primeiro jogo, na Arena do Grêmio em Porto Alegre, foi disputado no dia 22 de novembro, onde a equipe do Grêmio saiu vitoriosa pelo placar de 1 a 0, com gol de Cícero aos 82 minutos. O primeiro jogo foi marcado por reclamações da equipe brasileira sobre a atuação da arbitragem, principalmente na aplicação de cartão amarelo ao jogador Kannemann aos 40 minutos, o que impediu o jogador de disputar o segundo jogo, e no momento que o jogador Jael foi empurrado na grande área aos 90+5 minutos, lance que não foi visto nem pelo árbitro de vídeo, instalado na partida.

Na segunda partida, disputada no Estádio Ciudad de Lanús em Lanús, no dia 29 de novembro, a equipe do Grêmio venceu novamente, desta vez pelo placar de 2 a 1, com gols de Fernandinho, aos 27 minutos, e Luan, aos 41 minutos, para o Grêmio, e Sand, de pênalti aos 71 minutos, para o Lanús. Com o placar agregado de 3 a 1, a equipe do Grêmio sagrou-se campeã da Copa Libertadores da América de 2017, vencendo pela terceira vez esta competição.

Com o título, o Grêmio igualou as equipes do Santos, São Paulo e Palmeiras como maiores vencedores da competição no Brasil, com três títulos cada. O Grêmio também equiparou o feito do Santos em 1963, ao serem os únicos clubes brasileiros a vencer uma edição da competição em território argentino. O treinador gremista Renato Portaluppi também consagrou-se como o único brasileiro a vencer a competição como jogador e como treinador, após vencer em 1983, quando era atacante da equipe do Grêmio.

2019: O primeiro brasileiro a estar numa final única[editar | editar código-fonte]

Em 2017, a Conmebol propôs que a final da Copa Libertadores fosse disputada em uma partida única, ao invés dos dois jogos na casa de cada um dos finalistas. Em 23 de fevereiro de 2018, a confederação confirmou, que a partir da edição de 2019, a final seria disputada em jogo único em um local previamente escolhido.[40] Ficou definido que a final seria no Estádio Nacional, em Santiago, porém, devido aos protestos que ocorreram no Chile, a confederação em comum acordo com as equipes finalistas decidiram mudar o palco da final para o Estádio Monumental, em Lima.[41]

Pela primeira vez na história, foi disputada em jogo único, com Flamengo e River Plate chegando até a decisão. Artistas sul-americanos foram convidados para um show de abertura da final, entre eles estavam Anitta, Sebastián Yatra e TINI.

O River Plate conquistou uma vantagem inicial, quando o colombiano Rafael Borré marcou aos 14 minutos, após um cruzamento de Ignacio Fernández. A equipe argentina teve inúmeras chances de marcar um segundo gol ainda no primeiro tempo: Borré perdeu uma oportunidade por centímetros, Nicolás De La Cruz perdeu uma boa chance aos 21 minutos, e Exequiel Palacios teve dois chutes de longa distância que quase entraram. Completamente dominado pelas ações defensivas do River Plate, a equipe carioca só conseguiu dar um chute a gol no primeiro tempo. Assim, ao final dos primeiros 45 minutos, o placar permaneceu 1 a 0 para os argentinos.

O segundo tempo continuou com domínio do River Plate. No entanto, o Flamengo começou a se afirmar no contra-ataque, com Gabriel Barbosa e Éverton Ribeiro quase marcando enquanto Borré saiu lesionado. A partida começou a mudar de figura após a entrada de Diego Ribas, que substituiu Gerson aos 66 minutos. Diego passou a ser a melhor opção para o Flamengo atacar. Todos os ataques passavam por ele, que escolhia entre voltar para a defesa, ou acelerar o jogo. O Flamengo foi assim, aos poucos, ganhando terreno. O placar, porém, permaneceu inalterado até os 43 minutos do segundo tempo, quando Diego e Giorgian De Arrascaeta interceptaram um passe de Lucas Pratto, com o uruguaio iniciado um contra-ataque, que passou ainda por Bruno Henrique, que devolveu a Arrascaeta já dentro da área chutar cruzado para Gabriel empatar o placar.

Três minutos depois, Diego fez um lançamento em profundidade para Gabriel, que disputou a bola com os dois zagueiros do River Plate, que bateram cabeça, e a bola sobrou a feição para o atacante colocar a equipe carioca em vantagem no placar.

Dois minutos após o gol, Palacios chutou Bruno Henrique e recebeu um cartão vermelho. Ainda no minuto 95, Gabriel fez gestos obscenos para a torcida e para o banco adversário, e também foi expulso. A partida terminou pouco depois, com o 2 a 1, o Flamengo sagrou-se campeão numa virada em três minutos para conquistar seu segundo título da Copa Libertadores.

Pela forma dramática como o Flamengo conseguiu chegar a vitória, este jogo foi chamado por alguns jornalistas e veículos da imprensa como "milagre" e "milagre de Jesus", em alusão ao sobrenome do técnico português Jorge Jesus, o técnico tornou-se o segundo técnico europeu campeão da competição, sendo o primeiro português.

2020–2022: Três finais brasileiras consecutivas[editar | editar código-fonte]

2020[editar | editar código-fonte]

Breno Lopes marcando o gol do título, na Libertadores de 2020.

Por conta da pandemia de coronavírus, a Copa Libertadores de 2020, foi suspensa após a conclusão da segunda rodada da fase de grupos, inicialmente até 21 de março e posteriormente estendida até 5 de maio.[42] Em 17 de abril, a Conmebol anunciou a suspensão da competição por tempo indefinido. Em 10 de julho, a confederação anunciou o novo calendário para o restante da competição.[43]

Pela segunda vez na sua história foi disputada em jogo único, no dia 30 de janeiro de 2021, no Maracanã, no Rio de Janeiro. A partida foi a primeira final brasileira entre equipes do mesmo estado, Palmeiras e Santos, ambos de São Paulo. Em 22 de janeiro, o governador do Rio de Janeiro, decretou que seria permitido no Maracanã 10% de sua capacidade (por volta de 7.800 lugares) liberada para convidados credenciados e estafes dos clubes, dos patrocinadores, e da Conmebol para assistir à partida. Não houve venda de ingressos ao público, apenas convidados. Devido à pandemia de COVID-19 no Brasil, todos deveriam apresentar um exame PCR negativo para a doença, datado de no máximo cinco dias antes do jogo.[44]

As duas equipes iniciaram a partida no Maracanã num ritmo lento e se estudando. Debaixo de um sol forte na capital carioca, as equipe preferiram não se desgastar. O Santos inibiu as ações ofensivas dos meio-campistas palmeirenses Zé Rafael e Raphael Veiga, o que fez o time palestrino requerer a Rony para desenvolver a maior parte das jogadas. Com isso, a primeira etapa foi marcada por poucas chances criadas e muitas faltas marcadas. As equipes não conseguiram finalizar no primeiro tempo.[45]

A segunda etapa iniciou com o clima mais ameno, e a partida tomou ares melhores, porém o placar não mudou até os minutos finais, apesar de tentativas das duas equipes durante a segunda etapa, o árbitro Patricio Loustau deu oito minutos de acréscimo.

Aos 49 minutos, o técnico Cuca protagonizou uma confusão com o lateral-direito palmeirense Marcos Rocha. O técnico pegou a bola que estava saindo pela lateral, o jogador chegou para reiniciar o jogo rapidamente, e houve uma altercação entre os dois. O árbitro argentino prontamente expulsou o técnico santista, e amarelou o lateral palmeirense. O jogo ficou parado por alguns minutos devido confusão generalizada, e com a expulsão, Cuca foi para as arquibancadas do estádio.[45]

Quando o jogo tomava ares de que iria para a prorrogação, aos 53 minutos (98 minutos totais de partida), o Palmeiras iniciou uma jogada no meio-de-campo, com o volante Danilo invertendo a bola para o atacante Rony na direita. O ponta cruzou na segunda trave para o atacante Breno Lopes, que se projetou por trás do lateral-direito santista Pará e cabeceou no canto superior oposto do goleiro John, abrindo o placar para a equipe alviverde.[45][46]

O Santos foi inteiramente ao ataque mas a defesa palestrina foi precisa e o Palmeiras manteve a bola longe da sua área durante os últimos minutos. Após chute alto do lateral-esquerdo palmeirense Matías Viña no meio de campo para afastar a bola do campo de defesa, o árbitro encerrou o jogo aos 59 minutos.[45] A Sociedade Esportiva Palmeiras saiu campeão da Copa Libertadores de 2020, ao vencer por 1 a 0, o Alviverde conquistou o torneio pela segunda vez na história, 21 anos após a conquista de 1999.

2021[editar | editar código-fonte]

Em 13 de maio de 2021, o conselho da Conmebol de maneira virtual definiu a cidade de Montevidéu, no Uruguai, como sede das finais da Libertadores e da Copa Sul-Americana.[47] Com isso, o Estádio Centenario passou por um processo de modernização pela confederação e contou com a presença de público, já que a maioria da população do Brasil e do Uruguai estava vacinada contra a COVID-19.[48]

Assim como na decisão da temporada anterior, a partida foi protagonizada por um clássico entre duas equipes brasileiras, que também eram os dois últimos campeões da América, Flamengo (2019) e Palmeiras (2020). Os dois finalistas passaram para o mata-mata como líderes de seus grupos: os paulistas, com quinze pontos, e os cariocas, com doze. Nas fases eliminatórias, o Palmeiras enfrentou e venceu Universidad Católica, do Chile, São Paulo e Atlético Mineiro; já o Flamengo passou por Defensa y Justicia, Olimpia, e Barcelona de Guayaquil.

Em 25 de outubro, o governo do Uruguai anunciou que, em acordo com o Ministério de Saúde do país, decidiu ampliar a presença de público para a final, que estava prevista inicialmente em 50%, para 75%. Devido à pandemia de COVID-19 no Uruguai, as autoridades do país informaram que seria obrigatória a apresentação de comprovante de vacinação completa contra o vírus, além de um intervalo de no mínimo catorze dias após a segunda dose e de um exame tipo PCR negativo com um intervalo de no máximo 72 horas, o uso de máscaras e o distanciamento social também foram uma regra imposta pelas autoridades. Nem os clubes e nem a Conmebol divulgaram o exato número de ingressos que foram postos à venda, mas, de acordo com o portal GE, as estimativas eram de treze mil para cada clube.[49]

O Palmeiras fez o primeiro gol da partida aos 5 minutos do primeiro tempo, quando o zagueiro Gustavo Gómez lançou bola aérea em direção ao ala Mayke, que disparou pelo lado direito e tocou para o meio, onde o meio-campista Raphael Veiga veio em velocidade e tocou de pé esquerdo, por baixo do goleiro rubro negro Diego Alves, abrindo o placar para a equipe palestrina.[50]

Com 27 minutos do segundo tempo, o Flamengo chegou ao empate. Em jogada iniciada pela esquerda, Gabriel tabelou com Arrascaeta, superou a cobertura de Mayke, invadiu a área e chutou forte, rasteiro, entre a trave direita do gol palmeirense e o goleiro Weverton. O tempo regular seguiu sem gols, e a partida terminou empatada em 1 a 1, levando a decisão para a prorrogação.[50]

No intervalo entra Deyverson no lugar de Raphael Veiga, no lado do Palmeiras, e Kenedy no lugar de Bruno Henrique, no lado do Flamengo. Logo aos quatro minutos, o Flamengo trocava passes no campo de defesa quando o meia Andreas Pereira, ao tentar dar um passe, acabou chutando o chão com o pé direito e perdendo o equilíbrio; Deyverson roubou a bola, avançou sozinho até a área, e, na saída de Diego Alves, chutou para o gol; o arqueiro chegou a desviar a bola levemente com o pé esquerdo, mas ela foi parar nas redes, colocando o time alviverde novamente em vantagem na partida.[50]

O Flamengo passou a rondar área palmeirense e arriscando lançamentos longos para a área palmeirense e chutes de fora, mas sem sucesso. O jogo ia chegando ao seu final; o árbitro Néstor Pitana deu três minutos de acréscimo. Aos dezoito, no último lance de perigo da partida, o Flamengo teve escanteio pela direita; o lateral Matheuzinho alçou na área, e a zaga palmeirense afastou. Quando o lateral-esquerdo Renê deu lançamento do campo de defesa flamenguista tentando recolocar a bola na área palmeirense, o árbitro argentino encerrou a partida aos dezoito minutos, e a Sociedade Esportiva Palmeiras venceu seu terceiro título da Libertadores, ao vencer o Flamengo por 2 a 1.

2022[editar | editar código-fonte]

Em 13 de maio de 2021, o conselho da Conmebol definiu, de maneira virtual, o Estádio Monumental, em Guaiaquil, como sede da final.[51]

Sorteado como cabeça de chave do grupo H, o Clube de Regatas do Flamengo teve como adversários: Talleres, Universidad Católica e Sporting Cristal. O time classificou-se em primeiro lugar do grupo, com 16 pontos. Na fase de mata-mata a equipe rubro negra eliminou Deportes Tolima, Corinthians e Vélez Sarsfield, até chegar a final da competição, contra o Athletico Paranaense.[52]

O técnico Dorival Júnior colocou em campo o chamado "time das Copas" do Flamengo, a equipe teve dificuldades no início do jogo para achar espaços no campo de ataque. Ainda cedo, Filipe Luís sentiu e Ayrton Lucas entrou na vaga, pelo setor, o Flamengo conseguiu ter avanços, e com a expulsão do zagueiro Pedro Henrique o jogo mudou. Pouco depois, após tabela pela direita, Everton Ribeiro achou Gabriel nas costas da defesa e o atacante abriu o placar aos 45+4 minutos. No segundo tempo, o time soube controlar as emoções e ditou o ritmo, conseguindo criar boas chances, e sofrendo poucos sustos.[53]

No jogo final, o time carioca venceu o Athletico Paranaense pelo placar de 1 a 0, com o gol marcado por Gabriel Barbosa, que também foi eleito o melhor jogador em campo na partida.[54]

O Flamengo chegou a final de forma invicta, com o melhor aproveitamento no formato atual. Sendo a terceira conquista da Libertadores, depois de ter vencido em 1981 e 2019, juntando-se ao Santos, ao São Paulo, ao Grêmio e ao Palmeiras como os maiores campeões brasileiros da competição.

2023: Terceira final no Maracanã[editar | editar código-fonte]

Em 8 de março, a CONMEBOL anunciou que a partida final da competição será disputada no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.[55] Inicialmente marcada para ocorrer em 11 de novembro, foi antecipada em uma semana, passando para 4 de novembro.[56]

Sorteado no pote 2, o Fluminense Football Club caiu no grupo D, e teve como adversários: River Plate, The Strongest e Sporting Cristal. O time classificou-se em primeiro lugar do grupo, com 10 pontos. Na fase de mata-mata a equipe tricolor eliminou: o Argentinos Juniors, empatando em Buenos Aires por 1 a 1, numa difícil partida, em que o lateral-esquerdo Marcelo foi expulso no início do segundo tempo, quando o Flu perdia por 1 a 0, aos 31' o goleiro adversário também é expulso, e Samuel Xavier faz o gol de empate aos 42' do segundo tempo, no jogo do Maracanã o Flu se impõe e com gols de Samuel Xavier e John Kennedy, ganha por 2 a 0;[57] o Olimpia, vencendo no Maracanã por 2 a 0, e no Defensores del Chaco por 3 a 1, com Germán Cano marcando três gols contra o time paraguaio;[58] e o Internacional, empatando num duro jogo no Maracanã por 2 a 2, em que Samuel Xavier foi expulso e Cano marcou dois gols, e vencendo no Beira-Rio por 2 a 1, com gol de Mercado aos 10 minutos para o Inter, e a virada feita com os gols de John Kennedy, aos 36', e Cano, aos 42', ambos no segundo tempo.[59][60]

A decisão é o sétimo confronto entre Boca Juniors e Fluminense pela Libertadores.

Notas e referências

Notas

  1. Depois desse evento, a Conmebol validou a súmula pelo árbitro chileno, e assim a partida entre Santos e Peñarol terminou por 2 a 3.
  2. Marcou gol contra

Referências

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