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Espanha: diferenças entre revisões

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Revisão das 19h23min de 11 de maio de 2009

Reino de Espanha
Reino de España
Espainiako Erresuma
Regne d'Espanya
Bandeira da Espanha
Bandeira da Espanha
Brasão de Armas
Brasão de Armas
Bandeira Brasão de armas
Lema: Plus Ultra
(Latim: ‘‘Mais Além’‘)
Hino nacional: Marcha Real (também chamado de Marcha Granadera)
Gentílico: Espanhol(a)

Localização de Espanha
Localização de Espanha

Localização da Espanha (em verde escuro)
No continente europeu (em cinza escuro)
Na União Europeia (em verde claro)
Capital Madrid
40° 26′N 3° 42′E
Cidade mais populosa Madrid
Língua oficial castelhano (ou espanhol)

Com estatuto co-oficial:
basco,
catalão/valenciano
galego. 1

Governo Monarquia Constitucional Parlamentar
• Chefe de Estado Juan Carlos I
• Presidente do Governo José Luis Rodríguez Zapatero
Formação
• Unificação 1469
• União Dinástica 1516
• De facto 1716
• De jure 1812
Entrada na UE 1 de Janeiro de 1986
Área
  • Total 504.030 km² (51.º)
 • Água (%) 1.04
 Fronteira Andorra, França, Gibraltar, Marrocos e Portugal
População
 • Estimativa para 2008 46.063.511 hab. (27.º)
 • Densidade 90 hab./km² (106.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2007[1]
 • Total US$ 1,438 trilhões(11.º)
 • Per capita US$ 33.700 (27.º)
IDH (2006) Estável 0.949 (16.º) – alto
Moeda Euro2 (EUR)
Fuso horário CET3 (UTC+1)
 • Verão (DST) CEST (UTC+2)
Cód. ISO ESP
Cód. Internet .es
Cód. telef. +34
Website governamental Página do Senado Espanhol
1 Os idioms co-oficiais são oficiais nas seguintes Comunidades autónomas: o basco no País Basco e parte de Navarra, o catalão/valenciano na Catalunha, Comunidade Valenciana e Ilhas Baleares e o galego na Galiza.

2 Antes da adoção do Euro, a moeda era a Peseta.
3 Nas Ilhas Canárias, o fuso horário é 0 UTC.

A Espanha (em castelhano e galego España, em catalão Espanya e em basco Espainia) é um país da Europa meridional localizado na península Ibérica. Tem a norte o golfo da Biscaia, a França e Andorra, a leste e a sul o mar Mediterrâneo, a sul o território britânico de Gibraltar, a oeste Portugal e a sul e oeste o Oceano Atlântico. Além da porção ibérica, a Espanha possui também os arquipélagos das Baleares no Mediterrâneo e das Canárias no Atlântico e as cidades de Ceuta e Melilla (além de várias ilhotas e rochedos junto à costa africana), e o enclave de Llívia, rodeado por França.

O país está dividido em comunidades autônomas. Algumas destas comunidades, como a Galiza, o País Basco (País Vasco, em castelhano, ou Euskadi em basco), a Comunidade Valenciana (Comunidad Valenciana, em castelhano, ou Comunitat Valenciana em valenciano) e a Catalunha (Catalunya em catalão e Cataluña em castelhano), têm línguas próprias. Desde a sua adesão à União Européia em 1986, a Espanha tornou-se um país altamente industrializado e a 8ª maior economia mundial.

Etimologia

O nome Espanha só começou a ser utilizado para designar o país depois da revolta portuguesa de 1640. Até aí o termo não se aplicava ao país Leão e Castela mas sim a toda a península. Esta designação deriva de Hispania, nome com o qual os romanos designavam geograficamente a Península Ibérica, nome que por sua vez provém do nome Ibéria. Fato do termo Hispania não ter uma raiz latina resultou na formulação de diversas teorias sobre a sua origem, algumas doas controversas. A opção mais aceitada seria a de que o nome Hispania provém do fenício i-spn-ea. [2]. Os romanos tomaram essa denominação dos vencidos cartaginenses, interpretando o prefixo i como costa, ilha ou terra, e o sufixo ea com o significado de região. O lexema spn foi traduzido como Coelhos (na realidade Dassies, animais comuns no norte da África). Os romanos, por tanto, deram ao nome Hispania o significado de terra de coelhos abundantes.

História

Ver artigo principal: História da Espanha
Aqueduto de Segóvia, construído pelos romanos no Século I.

A Historia da Espanha é a própria de uma nação européia, que compreende o período entre a pré-história e a época atual, passando pela formação e queda do primeiro Império espanhol. Os primeiros humanos chegaram à Península Ibérica no território da atual Espanha há 35 mil anos. Durante os milênios seguintes o território foi invadido e colonizado por cotas, fenícios, cartagineses, gregos e pelo ano 200 a. C. a maior parte da Península Ibérica começou a formar parte do Império Romano. Após a queda de Roma, a península foi dominada pelo Reino visigodo, o embrião da atual Espanha. Tal reino foi estabelecido no século V e se manteve até os começos do século VIII. No ano 711 aconteceu a primeira invasão de muçulmanos, vindos desde o Norte da África, e que em poucos anos dominaram grande parte da Península Ibérica. Durante os 750 anos seguintes, se estabeleceram pequenos reinos independentes, chamados ‘‘Taifas’‘, ainda que a área total de controle muçulmano se conhecia com o nome de Al-Andalus. Enquanto o resto da Europa permanecia na Idade das Trevas, Al-Andalus florescia cultural, científica e artisticamente. As contínuas disputas entre muçulmanos e cristãos tiveram como conseqüência a Reconquista, começando no século VIII com a resistência cristã no norte da Espanha e através dos seguintes séculos com o avanço dos reinos cristãos ao o sul, culminando com a conquista de Granada e com a expulsão dos últimos mouros em 1492. Durante este período os reinos e principados cristãos se desenvolveram notavelmente, incluídos os mais importantes, o Reino de Castela e o Reino de Aragão. A união destes dois reinos através do casamento em 1469 da Rainha Isabel I de Castela e o Rei Fernando II de Aragão levou à criação do Reino da Espanha.

O ano 1492 é também lembrado como o ano em que os reis católicos enviaram o explorador Cristóvão Colombo através do oceano Atlântico em busca de uma nova rota comercial com a Ásia. A chegada de Colombo ao Novo Mundo e o posterior desenvolvimento do Império espanhol levaram a Espanha a uma era dourada. Durante os seguintes séculos, a Espanha como uma potência colonial se alçou como a mais importante nação européia no cenário mundial, assim como ator principal nos assuntos europeus. A literatura e as belas artes na Espanha floresceram de maneira muito significativa durante este período, conhecido pela expulsão dos judeus e dos muçulmanos e pelo estabelecimento da Inquisição. Durante os seguintes trezentos anos, o império colonial espanhol cobriu a maior parte de América do Sul, grandes porções de América do Norte, as Filipinas na Ásia, assim como porções de costa na África, convertendo-se em um dos maiores impérios da historia. Financiado sobremaneira pelas riquezas obtidas em suas colônias, a Espanha entrou em guerras e intrigas na Europa continental, incluindo, por exemplo, a obtenção e perda de posses nos atuais Países Baixos e Itália, e mantendo guerras com Inglaterra (incluindo o famoso fracasso da conhecida como Armada Invencível) e França. Com a morte de Carlos II a dinastia de Habsburgo se extinguiu para deixar lugar aos Borbões, após a Guerra de Sucessão. Como conseqüência desta guerra a Espanha perdeu sua preponderância militar e após sucessivas bancarrotas o país foi reduzindo paulatinamente seu poder convertendo-se, no final do século XVIII, em uma potência menor.

Três de Maio de 1808 em Madrid, pintura de Goya mostrando os fuzilamentos da resistência espanhola a mãos das tropas de Napoleão

O século XIX foi testemunha de grandes mudanças na Europa, acompanhadas pela Espanha. Na primeira parte desse século, a Espanha sofreu a independência da maioria de suas colônias no Novo Mundo. O século também esteve marcado pelas intervenções estrangeiras e os conflitos internos. Napoleão chegou a colocar seu irmão José Bonaparte no governo da Espanha. Após a expulsão dos franceses, a Espanha entrou em um extenso período de instabilidade: se sucederam continuas lutas entre liberais, republicanos e partidários do Antigo Regime.

A chegada da Revolução Industrial nas últimas décadas do século, levou algo de riqueza a uma classe média que se ampliava em alguns centros principais, porém a Guerra Hispano-Americana, em 1898 levou à perda de quase todas as colônias restantes, restando apenas os territórios na África. Apesar de um nível de vida crescente e uma integração maior com o resto de Europa, no primeiro terço do século XX, seguiu a instabilidade política. Espanha permaneceu neutral durante a Primeira guerra mundial. Em 1936 Espanha se submergiu em uma terrível guerra civil. A guerra deu lugar a uma ditadura fascista, conduzida por Francisco Franco que controlou o país com mão de ferro até 1975. A Espanha foi oficialmente neutral durante a Segunda Guerra Mundial; as décadas seguintes à guerra foram relativamente estáveis a pesar da tremenda pobreza e destruição, e ainda que durante as décadas dos 60 e os 70 o país experimentou um crescimento econômico assombroso permaneceu culturalmente e politicamente reprimido. Após a morte de Franco em 1975, a quem sucedeu o Rei Juan Carlos I, e a aprovação da Constituição de 1978, no transcurso do que historicamente se é conhecido como a Transição, foi realizada uma transformação sem precedentes do país. Essa transformação levou a Espanha a ser atualmente uma democracia consolidada e uma das maiores potencias econômicas do mundo (a pesar de graves problemas como podem ser o terrorismo do ETA e a crescente pressão da imigração). Nesta época, além disso, a Espanha entrou na Comunidade Econômica Européia e organizou a Copa do Mundo de Futebol. Em 1992 foram celebrados os Jogos Olímpicos em Barcelona e a Exposição Universal em Sevilha, ao mesmo tempo em que se celebrava o 5º Centenário do Descobrimento da América por Cristóvão Colombo. Em 2002 foi adotado o Euro como moeda oficial. Em 2004, nas vésperas das eleições, ocorreram os Atentados de Madri. Nestes atentados, bombas colocadas pela Al-Qaeda em vários trens da cidade e região de Madri vitimaram 192 pessoas e deixaram centenas de feridos. [3] Em conseqüência deste acontecimento, o PSOE venceu as eleições, governando o país desde então. [4] Em 2005 a Espanha permitiu aos homossexuais o casamento civil e o direito de adoção. Em 2008 aconteceu em Saragoça mais uma Exposição Universal, cujo tema foi a água.

Política

Ver artigo principal: Política da Espanha

A Espanha é uma monarquia parlamentaria, com um monarca hereditário que exerce como Chefe de Estado – o Rei da Espanha, e um parlamento bi-cameral, as Cortes Generales.

Divisão de poderes

Ficheiro:José Luis Rodríguez Zapatero (para tabla).png
José Luis Rodríguez Zapatero, Presidente do Governo da Espanha.

O poder executivo é formado por um Conselho de Ministros presidido pelo Presidente do Governo, que exerce como Chefe de Governo, e o poder judicial está formado pelo conjunto de Juizados e Tribunais, integrado por Juízes e Magistrados, que têm a potestade de administrar justiça em nome do Rei.

O poder legislativo se estabelece nas Cortes Gerais, que são o órgão supremo de representação do povo espanhol. As Cortes Gerais são compostas de uma câmara baixa, o Congresso dos Deputados, e uma câmara alta, o Senado. O Congresso dos Deputados é formado por 350 membros eleitos por votação popular, em listas fechadas e através de representação proporcional mediante circunscrições provinciais, para servir em legislaturas de quatro anos. O sistema não é absolutamente proporcional, já que existe um número mínimo de cadeiras por circunscrição (3) e se usa um sistema proporcional levemente corrigido para favorecer as listas majoritárias (o Sistema d'Hondt). O Senado possui 259 membros, dos quais 208 são eleitos diretamente mediante voto popular, por circunscrições provinciais, em cada uma das quais se elegem 4 senadores, seguindo um sistema majoritário (3 para a lista majoritária, 1 para a seguinte), exceto nas Ilhas Baleares e nas Ilhas Canárias, onde cada circunscrição é uma ilha. Os outros 51 são designados pelos órgãos regionais para servir, também, por períodos de quatro anos.

Na Espanha o sistema de votação é diferente de países como o Brasil: não se vota no candidato, mas sim no partido, que já tem listas provinciais predefinidas. À medida que cada partido recebe seus votos, os integrantes da lista vão sendo eleitos.

Subdivisões

Desde a Constituição de 1978 que a Espanha está dividida em 17 Comunidades Autônomas e as duas cidades autônomas de Ceuta e Melilla, gozando estas de estatuto intermediário entre o município e a Comunidade. Das 17 comunidades autônomas, quatro delas (Galiza, País Basco, Andaluzia e Catalunha) possuem condição de "Nacionalidades Históricas" reconhecidas na Constituição, juntamente com um "Estatuto de autonomia", o que reverte num maior poder e capacidade de decisão e soberania com respeito às outras comunidades. As Comunidades dividem-se ainda em cinqüenta províncias.

Eis uma lista das comunidades e cidades autônomas:


Estado das Autonomias

Congreso de los Diputados, parte das Cortes Españolas.

A Espanha é na atualidade o que se denomina um “Estado de Autonomias”, um país formalmente unitário, mas que funciona como uma federação descentralizada de comunidades autônomas, cada uma delas com diferentes níveis de autonomia. As diferenças dentro deste sistema são provocadas pelo processo de transferência de responsabilidades do governo central para as regiões foi pensado em um principio como um processo, que garantisse um maior grau de autonomia somente àquelas comunidades que buscavam um tipo de relação mais federalista com o resto da Espanha (as chamadas comunidades autônomas de regime especial: Andaluzia, Catalunha, Galiza, Navarra e País Basco). Por outro lado, o resto de comunidades autônomas (comunidades autônomas de regime comum) teria uma menor autonomia. Porém, estava previsto que ao longo dos anos, estas comunidades fossem adquirindo gradativamente maior autonomia.

Hoje em dia, a Espanha está considerada como um dos países europeus mais descentralizados, pois todos os seus diferentes territórios administram de forma local seus sistemas de saúde e educativos, assim como alguns aspectos do orçamento público; alguns deles, como o País Basco e Navarra, administram seu orçamento sem praticamente contar, excetuado em alguns aspectos, com a supervisão do governo central espanhol. Catalunha, Navarra e o País Vasco possuem suas próprias policias totalmente operativas e completamente autônomas. Excetuando Navarra (cuja policia se chama Policía Foral de Navarra), tanto a policia da Catalunha (Mossos d'Esquadra) como a policia do País Basco (Ertzaintza) substituem as funções da Policia Nacional da Espanha em seus respectivos territórios. Navarra ainda está em processo de transferência de funções.

Separatismos

Existem na Espanha diversos movimentos políticos de posição separatista, ligados a nacionalismos periféricos, como o nacionalismo basco, o nacionalismo galego, o nacionalismo catalão, que reclamam a independência da Espanha dos territórios em que são ativos. Estes movimentos acontecem na Catalunha, Galiza, Navarra e no País Vasco, onde existem partidos explicitamente separatistas como a ‘‘União do Povo Galego’‘ (UPG), ‘‘Esquerda Republicana de Catalunya’‘, ‘‘Aralar’‘, o ‘‘Eusko Alkartasuna’‘, assim como os seguidores da chamada ‘‘abertzale’‘ que não se desvinculam do ETA (sua última denominação formal é Batasuna, partido ilegalizado em Espanha, mas legal em França). Por outro lado, partidos como o ‘‘Bloque Nacionalista Galego’‘ (BNG), ‘‘Partido Nacionalista Vasco’‘ (PNV) e ‘‘Convergència i Unió’‘ (CiU) oscilam entre posturas autonomistas e abertamente separatistas.

Geografia

Ver artigo principal: Geografia da Espanha
Relevo da Espanha peninsular e Baleares.

A Espanha ocupa a maior parte da península Ibérica. Limita-se ao norte com o golfo de Biscaia, a nordeste com a França e Andorra, a leste e a sul com o mar Mediterrâneo, a oeste com Portugal e o oceano Atlântico. Mais da metade do país é constituída de planaltos, a chamada ‘‘Meseta Central’‘, onde está situada Castela e La Mancha (de onde é Dom Quixote) - possui altura média de 600 m, onde se destaca a Cordilheira Central. O clima é continental no interior, mediterrânico na costa leste, sul, ilhas Baleares, Ceuta e Melilla, e oceânico no norte. Os principais rios são: Tejo (Tajo), Ebro, Douro (Duero), Guadiana, Guadalquivir e Minho (Minho). Tem uma extensão de 504.645 km², sendo o quarto país mais extenso do continente, atrás de Rússia, Ucrânia e França (Cazaquistão e Turquia são maiores que a Espanha, porém aqui só se tem em conta a parte europeia de seus territórios) com uma altitude média de 650 metros sobre o nível do mar, é o segundo país mais montanhoso da Europa, atrás da Suíça. Sua população é de 46.063.511 habitantes, baseado nos dados do ‘‘Padrón municipal de 2008’‘.

Meio ambiente

Emissões de CO2 durante a década de 1994 a 2004
FONTE: Ministério do Meio Ambiente.

Desde o ano 1996 o índice de emissões de CO2 subiu notavelmente na Espanha, descumprindo os objetivos do Protocolo de Kioto sobre emissões geradoras do efeito estufa e contribuintes da mudança climática. Ban Ki-moon, secretário geral da ONU, pediu à Espanha uma ‘‘liderança mais ativa’‘ na luta contra a mudança climática. [5]

A Espanha é um país especialmente afetado pelo fenômeno da seca: durante o período 1880-2000, mais da metade dos anos foram classificados como secos ou muito secos. Sete anos da década dos 80 e cinco da década de 90 foram considerados secos ou muito secos. A mudança climática prevê para a Espanha gravíssimos problemas meio ambientais, agravando as características mais extremas. [6]

Segundo Al Gore, a Espanha é o país europeu mais vulnerável ao efeito estufa.[7]

Demografia

Ver artigo principal: Demografia da Espanha
Principais áreas metropolitanas.

Os movimentos migratórios, tanto internos quanto externos, foram determinantes na composição demográfica moderna da Espanha. Entre o final do século XIX e início do século XX, houve uma significativa corrente imigratória da Espanha para países ibero-americanos. Entre os principais destinos estavam Cuba, Porto Rico, Argentina e Venezuela. A densidade populacional da Espanha é menor que a da maioria dos países europeus. As populações rurais estão se movendo para as cidades. Nos últimos anos a Espanha apresenta uma considerável diminuição na taxa de imigração neta, deixando de possuir a maior taxa de imigração de Europa (em 2005 de 1,5% anual somente superado na UE pelo Chipre) [8] atualmente sua taxa de imigração neta chega a 0,99%, ocupando a 15ª posição na União Europeia.[9] além disso, o 9° país com maior porcentagem de imigrantes dentro da UE, abaixo de países como Luxemburgo, Irlanda, Áustria o Alemanha. [10]

Em 2005 a Espanha recebeu 38,6% da migração para a União Européia, principalmente de cidadãos de origem latino-americano, de outros países de Europa Ocidental, de Europa Oriental e do Magrebe. A população estrangeira na Espanha em 2007 cifrava-se em 4.144.166, um incremento de 11,1% em reação ao ano anterior. Este valor representa 9,3% dos 44.708.964 habitantes na Espanha. [11] A comunidade marroquina, com 563 mil residentes, é a mais numerosa, seguindo-se os equatorianos (461 mil), romenos (407 mil) e britânicos (274 mil).

A Espanha somente possui duas cidades que superam o milhão de habitantes: Madri (3.232.463) e Barcelona (1.595.110), porém existem 24 áreas metropolitanas, das quais cinco superam o milhão de habitantes: Madri (5.952.153), Barcelona (4.481.559), Valência (1.671.189), Sevilha (1.341.844) e Málaga (1.100.082), além da área metropolitana de Bilbau, que possui 950.155 habitantes.

Economia

Ver artigo principal: Economia da Espanha
Gran Vía de Madri.

Espanha está entre os 10 países com maior PIB (nominal), e entre os 15 com maior PIB (PPC). Tradicionalmente, a Espanha sempre foi um país agrícola e ainda é um dos maiores produtores da Europa ocidental, mas desde meados da década de 1950 o crescimento industrial foi rápido e logo alcançou um maior peso que a agricultura na economia do país. Uma série de planos de desenvolvimento que começaram em 1964, ajudou a expandir a economia, mas nos últimos anos da década de 1970 começou um período de recessão econômica a causa da subida dos preços do petróleo, e um aumento das importações com a chegada da democracia e a apertura de fronteiras. Posteriormente, aumentou o desenvolvimento das industrias do aço, construção de navios, têxteis e mineiras. Na atualidade, a terceirização da economia e da sociedade espanhola fica clara tanto no produto interno bruto (contribuição em 2005: 67%) como na taxa de emprego por setores (65%). Os ingressos obtidos pelo turismo permitem equilibrar a balança de gastos. Desde que a Espanha se tornou membro de pleno direito na União Européia, as políticas econômicas evoluíram em função desta grande organização supranacional (PAC, IFOP, ...).

A Espanha é a décima primeira nação com maior produto interno bruto por paridade do poder de compra (segundo o Fundo Monetário Internacional 2007) atrás apenas dos Estados Unidos, da China, do Japão, da Índia, da Alemanha, do Reino Unido, da Rússia, da França, do Brasil e da Itália. Com respeito ao produto interno bruto (nominal) a Espanha está no oitavo lugar. Espanha é a quinta economia mais forte da Europa com um PIB de mais de $ 1,400 trilhão. A Espanha também é um dos principais países exportadores de automóveis. Contam-se o calçado, construção naval, siderúrgica, as indústrias químicas e o têxtil. O cultivo é de 54%. Os principais produtos agrícolas são as uvas e as toranjas; a produção de vinho e de azeite têm muita importância, assim como a pesca – o país afirma possuir a maior frota pesqueira do mundo. A indústria do turismo também tem um peso considerável na economia espanhola.

Cultura

Ver artigo principal: Cultura da Espanha

Idiomas

O idioma oficial e o mais falado no conjunto da Espanha, por 99% da população, é o espanhol, língua materna de 89% dos espanhóis, [12] que pode receber a denominação alternativa de castelhano. [13] [14] a estimação do número de falantes em todo o mundo vai desde os 450 [15] aos 500 milhões [16] [17] [18] de pessoas, sendo a segunda língua materna mais falada depois do Chinês. [19] [20] [21] Se prevê que se torne a segunda língua de comunicação internacional depois do inglês no futuro, e é a segunda língua mais estudada após o mesmo. [22]

Ficheiro:Dialectos y Lenguas en España.png
Idiomas e principais dialectos de Espanha.

Além disso, se falam outras línguas que podem ser oficiais em suas regiões, de acordo com a Constituição e os Estatutos de Autonomia de cada Comunidade Autônoma, e co-oficiais para o resto do país. Ordenadas por número de falantes, estas Línguas são:

Também se falam uma série de línguas ou dialetos románicos que não tem status de língua oficial: o asturiano, falado em Astúrias [24] (chamado Bable), Leão, Zamora (chamado “leonés”), Salamanca e Extremadura [25] (chamado “extremenho”) e o “aragonês” no norte de Huesca.

O aranês, variante do occitano, é considerada co-oficial na Catalunha, [26] onde é e falada nos municípios do Vale de Arán (Lérida).

Igualmente, o português é falado em algumas localidades fronteiriças extremenhas, principalmente por portugueses ali residentes.

A Espanha ratificou em 9 de abril de 2001 a Carta Européia das Línguas Minoritárias ou Regionais [27] do Conselho Europeu.[28]

Religião

O artigo 16.3 da Constituição Espanhola vigente define o país como um Estado sem confissão: ‘‘Nenhuma confissão terá caráter estatal‘‘. Porém, é garantida a liberdade religiosa e de culto dos indivíduos e é assegurada uma relação de cooperação entre os poderes públicos e todas as confissões religiosas. O catolicismo é a religião predominante no país. A Igreja Católica é a única mencionada expressamente na Constituição, no mesmo artigo 16.3: ‘‘... e manterão as conseguintes religiões de cooperação com a Igreja Católica e as demais confissões‘‘. 77,3% dos espanhóis se consideravam católicos, segundo um estudo do Centro de Investigações Sociológicas realizado em 2007. Seguindo a os católicos, o ateísmo e o agnosticismo supõe 18,9% e outras religiões minoritárias 1,7%. [29] não obstante, o porcentagem de praticantes é muito menor. Segundo o mesmo estudo, somente 18,5% vai a missa de forma regular: 2,3 vão à missa varias vezes na semana, e 16,2% nos domingos e dias festivos. Este grupo cumpre as disposições da própria Igreja Católica sobre fluência. Também existem 11,3% que vão alguma vez ao mês, o que indica o declive da religiosidade da população.

Em quanto a membros, a segunda religião em importância é a muçulmana. Calcula-se que há uns 800.000 fiéis, vindos fundamentalmente das recentes ondas de imigração. Há também um número crescente de igrejas protestantes, que somam cerca de 400.000 fiéis (a estatística própria dos protestantes em Espanha indica 1.200.000, dos quais 400.000 são espanhóis e o resto são estrangeiros que residem na Espanha durante pelo menos seis meses ao ano), [30]. Em terceiro lugar vêm os Testemunhas de Jeová com 103.784 fiéis e logo após, com cerca de 20.000 fiéis, o mormonismo. A comunidade judia na Espanha não supera os 15.000 fiéis.

Desporto

Ver artigo principal: Esporte na Espanha

O desporto em Espanha é dominado, principalmente, pelo futebol (desde o século XX), o basquete, o ciclismo, o tênis, o andebol, e pelos esportes de motor, principalmente o Motociclismo. A partir dos Jogos Olímpicos de 1992, disputados na cidade de Barcelona, o país entrou na elite mundial em diversos esportes. Na Espanha se celebra anualmente no verão a ‘‘Volta ciclística da Espanha’‘ (La Vuelta), que junto ao ‘‘Giro d’Italia’’ e o Tour de France, é uma das três competições ciclísticas mais importantes da Europa. A Seleção Espanhola de Futebol é a atual líder do ranking da FIFA (Federação Internacional de Futebol).

Tauromaquia

Plaza de toros de Málaga.

Na Espanha se conserva a tradição de realizar diversos espetáculos taurinos, tais como os ‘‘encierros’‘ (corridas nas quais as pessoas correm junto aos touros pelas ruas) e as ‘‘corridas de toros’‘ (touradas), que fazem parte da identidade de numerosas festas populares. As ‘‘plazas de toros’‘ com maior transcendência na temporada taurina são a de ‘‘Las Ventas’‘ em Madrid, a Plaza Monumental em Pamplona, a Plaza de la Maestranza em Sevilha e a Plaza de Valência.

Meios de comunicação

a televisão é o principal meio de comunicação do país, com seis emissoras nacionais e varias de caráter autonômico. As principais emissoras do país são a La 1, La 2, Antena 3, Cuatro, Telecinco e La Sexta. A imprensa está concentrada principalmente em dois consórcios jornalísticos cujos principais periódicos de circulação nacional são El País e El Mundo, além do ABC, La Razón e La Vanguardia. Na imprensa esportiva destacam o Marca e As.

Feriados

Feriados
1 de Janeiro Ano Novo Año Nuevo -
6 de Janeiro Epifania Epifanía Festa dos Reis Magos
19 de Março São José San José Exceto em Andaluzia, Baleares, Canárias, Catalunha bhbygbn766tgfbf7lkpe La Rioja
festa móvel Quinta-Feira Santa Jueves Santo Exceto na Catalunha e Valência
festa móvel Sexta-Feira Santa Viernes Santo -
1 de Maio Dia do Trabalho Día del Trabajo -
25 de Julho Apóstolo Santiago Santiago Apóstol Exceto em Andaluzia, Catalunha, Ceuta, Melilha e Navarra.
15 de Agosto Assunção Asunción -
12 de Outubro Dia da Hispanidade
Festa da Virgem do Pilar
Día de la Hispanidad
Virgen del Pilar
Festa Nacional e Dia das Forças Armadas
1 de Novembro Dia de Todos-os-Santos Día de Todos los Santos -
6 de Dezembro Dia da Constituição Día de la Constitución -
8 de Dezembro Imaculada Conceição Inmaculada Concepción -
25 de Dezembro Natal Navidad -

Referências

  1. «IMF (2007)». Consultado em World Economic Outlook Database, April 2008  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  2. http://www.opais.com/articulo/cultura/Hallado/Cadiz/muro/3000/anos/opepucul/20070930opepicul_7/Tes/ Sobre inscrição encontrada em Cádiz
  3. El Mundo
  4. [http://www.elpais.com/articulo/espana/Zapatero/repite/victoria/fuerza/elpepuesp/20080310elpepunac_1/Tes El País]
  5. http://www.ecoticias.com/detalle_noticia.asp?id=27582 Ecoticias] Notícia sobre Ban Ki-Moon.
  6. Ministerio de Medio Ambiente da Espanha
  7. Ecoticias Notícias Al Gore.
  8. Eurostat: População na Europa - 2005, População na Europa - 2004 (disponível em francês, inglês e alemão)
  9. Index Mundi: Taxa de imigração neta, comparação países
  10. ‘‘International Migration 2006’‘, United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division. United Nattions Publications, No. E.06.XIII.6, March 2006.
  11. ‘‘Mais de 80 mil portugueses vivem em Espanha’‘ - diariodigital (visitado em 27-7-2008)
  12. Eurobarômetro 243: os europeus e suas línguas
  13. de castelhano no Dicionário da Real Academia Espanhola: Língua espanhola, especialmente quando se quer uma distinção de outras línguas faladas também como próprias na Espanha
  14. Título sobre idiomas na Constituição Espanhola
  15. I Acta Internacional da Língua Espanhola
  16. Instituto Cervantes Noticias do ‘‘El País’‘
  17. Universidad de México
  18. educar.org
  19. Ethnologue, 1996
  20. [1]
  21. CIA Factbook (ver dados de ‘‘World’‘ na coluna de ‘‘Country’‘)
  22. Instituto Cervantes em noticias de ‘‘O Universal’‘
  23. Artigo 7 do Título I do Estatuto da Comunidade Valenciana
  24. Língua Asturiana
  25. Língua Extremenha
  26. Artigo 6 do Estatuto de Autonomia de Catalunha
  27. Carta Europea de las Lenguas Minoritarias o Regionales
  28. Monitorização da aplicação da Carta. Os informes sobre a Espanha estão em castelhano.
  29. Barômetro do CIS. Abril 2007
  30. Federação de Entidades Religiosas Evangélicas da Espanha - FEREDE

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