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José Cândido de Carvalho: diferenças entre revisões

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'''José Cândido de Carvalho''' ([[Campos dos Goytacazes]], {{dtlink|lang=br|5|8|1914}} — [[Niterói]], {{dtlink|lang=br|1|8|1989}}) foi um [[advogado]], [[jornalista]] e [[escritor]] [[brasil]]eiro, mais conhecido como o autor da obra ''[[O Coronel e o Lobisomem (romance)|O coronel e o lobisomem]]''.
'''José Cândido de Carvalho''' ([[Campos dos Goytacazes]], {{dtlink|lang=br|5|8|1914}} — [[Niterói]], {{dtlink|lang=br|1|8|1989}}) foi um [[jornalista]] e [[escritor]] [[brasil]]eiro, mais conhecido como o autor do romance ''[[O Coronel e o Lobisomem (romance)|O coronel e o lobisomem]]''.


==Biografia==
==Biografia==
Filho de lavradores portugueses, Bonifácio de Carvalho e Maria Cândido de Carvalho. Nas férias escolares, chegou a trabalhar como ajudante de farmacêutico, cobrador e trabalhador em uma refinaria de açúcar.
Filho dos imigrantes portugueses, Bonifácio de Carvalho e Maria Cândida de Carvalho. Conta o autor em seus escritos e reminiscencias que nas férias escolares, costumava trabalhar como ajudante de farmacêutico, cobrador e empregado em negócio de refino de açúcar.


Iniciou suas atividades de jornalista como revisor no jornal “O Liberal”, durante a Revolução de 1930. Foi posteriormente redator, tendo colaborado em vários jornais, entre eles “O Dia”, “Gazeta do Povo” e “Monitor Campista”, todos estabelecidos em Campos.
Iniciou suas atividades de jornalista como revisor no jornal “O Liberal”, nos tempos da Revolução de 1930. Foi posteriormente redator, tendo colaborado em vários jornais, entre eles “O Dia”, “Gazeta do Povo” e “Monitor Campista”, todos estabelecidos em Campos.


Formou-se em Direito pela [[Faculdade de Direito do Rio de Janeiro]], em 1937, mas abandonou a profissão no primeiro caso.
Formou-se pela [[Faculdade de Direito do Rio de Janeiro|Faculdade de Direito de Campos, Estado do Rio de Janeiro]], em 1937, mas não exerceu a profissão de advogado.


Muda-se para a cidade do Rio de Janeiro, em 1939, ano da publicação de seu primeiro romance ''Olha para o céu, Frederico!'' pela Editora Vecchi. Na então capital da República, o autor morou por vários anos no bairro de Santa Teresa. Passou a trabalhar no jornal “A Noite” que mantinha quatro edições diárias, um fenômeno para a época.
Seu primeiro romance foi ''Olha para o céu, Frederico!'', publicado em 1939 pela Editora Vecchi. <br />
Mudando-se para a cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Santa Teresa, passou a trabalhar no jornal “A Noite”.<br />
Foi redator no Departamento Nacional do Café, onde ficou até 1942, quando a convite de [[Amaral Peixoto]] (interventor no Estado do Rio) foi dirigir o jornal “O Estado” e passou a residir em Niterói.


Como funcionário público foi redator no Departamento Nacional do Café, onde ficou até 1942, quando, a convite de [[Amaral Peixoto]] (interventor no Estado do Rio), passou a dirigir o jornal “O Estado”, editado em Niterói, um dos mais influentes periódicos do antigo Estado do Rio de Janeiro.
A partir de 1957 foi trabalhar em “O Cruzeiro”, por cuja editora publicou em 1964 seu segundo romance, ''O coronel e o lobisomem'', verdadeiro ''best seller'' com mais de cinquenta e cinco edições até hoje. Considerado um dos grandes romances da literatura brasileira, foi posteriormente publicado em [[Portugal]] e traduzido para [[Língua inglesa|inglês]], [[Língua espanhola|espanhol]], [[Língua francesa|francês]] e [[Língua alemã|alemão]]. O livro obteve ainda o [[Prêmio Jabuti]], o Prêmio Coelho Neto e o Prêmio Luísa Cláudio de Sousa.


A partir de 1957, trabalha na revista “O Cruzeiro.” Pela editora que essa empresa mantinha, publicou em 1964 seu segundo romance, ''O coronel e o lobisomem.'' O livro teve excelente acolhida da crítica e do público.Tornou-se ''best seller'' e conta hoje com cinquenta e oito edições, grande parte destas pela Editora Jose Olympio, até 2013 (57a edição) e, desde então, pela Companhia das Letras, 2014 (58a edição). Considerado um dos grandes romances da literatura brasileira, o livro foi publicado em [[Portugal]] ( 1971), Argentina (1976), França (1978) e Alemanha (1979).
Em 1970 assumiu como diretor da Rádio Roquette-Pinto, tendo passado em 1974 a diretor do Serviço de Radiodifusão Educativa do MEC. Entre 1976 a 1981 foi presidente da Funarte.<br />
Também escreveu obras infanto-juvenis, sendo a mais famosa delas ''Gil no Cosmos''.


O Coronel e o Lobisomem obteve vários os prêmios literários,entre esses: [[Prêmio Jabuti|Prêmio Jabuti (Câmara Brasileira do Livro), em 1965;]] Prêmio Coelho Neto ( da Academial Brasileira de Letras) e Prêmio Luísa Cláudio de Sousa (do Pen Clube do Brasil).
Continuou colaborando em diversos jornais até poucos dias antes de sua morte, quatro dias antes de completar 75 anos. Quando morreu trabalhava em seu terceiro romance, ''O Rei Baltazar'', que deixou inconcluso.


De 1970 a 1983, Jose Cândido de Carvalho exerceu as seguintes funções públicas:
===Obras===

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Diretor da Rádio Roquette-Pinto (1970 a 1974);
* 1939 - ''Olha para o céu, Frederico!'' (romance)

* 1964 - ''[[O Coronel e o Lobisomem (romance)|O coronel e o lobisomem]]'' (romance)
Diretor do Serviço de Radiodifusão Educativa do MEC (Radio do MEC) (1974 a 1975;
* 1970 - ''Porque Lulu Bergantim não atravessou o Rubicon'' (contos)

* 1972 - ''Um ninho de mafagafos cheio de mafagafinhos'' (contos)
Presidente do Conselho Estadual de Cultura do Estado do Rio de Janeiro (1975)
* 1972 - ''Ninguém mata o arco-íris'' (crônicas)

* 1974 - ''Manequinho e o anjo de procissão''
Presidente da Fundação Nacional da Arte Funarte (1976 a 1981);
* 1983 - ''Notas de viagem ao Rio Negro''

* 1979 - ''Se eu morrer, telefone para o céu'' (contos)
Presidente do Instituto Municipal de Cultura do Rio de Janeiro (RioArte) (1982 a 1983).
* 1984 - ''Os mágicos municipais''

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Em 1974, foi eleito para a cadeira de número 31 da Academia Brasileira de Letras (ABL).

JCC tem vasta produção literária. É autor de numerosos contos e outros textos, publicados (maiormente pela Editora José Olympio e, em ano recente, 2019, pela Companhia das Letras) em coletâneas com os títulos de : ´Porque Lulu Bergantin não atravessou o Rubicon (contos) 1970`; Um ninho de Mafagafes Cheio de Mafagafinhos (contos) 1972; Ninguém mata o Arco Iris (perfis baseados em entrevistas com artistas, políticos e intelectuais brasileiros) 1972; Manequinho e o Anjo de Procissão (contos) 1974; Se eu morrer telefone para o Céu (minicontos) 1979; Os mágicos Municipais (contos) 1984; Porque Lulu Bergantin nâo atravessou o Rubicon & Um Ninho de Mafagafes Cheio de Mafagafinhos (contos, em edição conjunta das duas coletâneas de 1970 e 1972).

O ´Coronel e o Lobisomem´ teve duas versões para o cinema e duas para televisão. Em todas, o título do livro foi integralmente mantido:

Em 1978, filme foi dirigido por Alcino Diniz;

Em 2005, filme dirigido por Maurício Farias.

Em 1982, a TV Cultura de São Paulo exibiu, em 30 capítulos, a telenovela o Coronel e o Lobisomem, baseada no romance de José Cândido de Carvalho, com adaptação de Chico de Assis, e direção de Arlindo Pereira. Em 1994, a TV Globo produziu e exibiu um Especial do Coronel, tendo Guel Arraes como diretor. <br /> O romancista escreveu também sob o mal disfarçado ´nom de plume´ de Cândido de Carvalho um único livro infanto-juvenil de título ´Pinóquio em procura de Branca de Neve´(Editora Getúlio Costa, Rio de Janeiro, sem data de publicação). A obra, provavelmente do final dos anos 1930, ou início dos 1940, é descrita na folha de rosto da edição (única) como `História adaptada de conto de Pietro Peluggi` e ilustrada com desenhos de Solon Botelho.

José Cândido de Carvalho manteve sempre atividade na imprensa. Morreu em 1989, a poucos dias de completar 75 anos. Na ocasião trabalhava em seu terceiro romance, ''O Rei Baltazar'', que deixou inacabado. O texto dessa obra foi publicado postumamente, em 2016, pela Academia Brasileira de Letras (ABL), na Coleção Afranio Peixoto e conta com prefácio do Acadêmico Marco Lucchesi, presidente da instituição.


==[[Imagem:Lorbeerkranz.png|40px]] Academia Brasileira de Letras==
==[[Imagem:Lorbeerkranz.png|40px]] Academia Brasileira de Letras==

Revisão das 19h06min de 26 de outubro de 2021

José Cândido de Carvalho
José Cândido de Carvalho
Nascimento 5 de agosto de 1914
Campos dos Goytacazes,  Rio de Janeiro
Morte 1 de agosto de 1989 (74 anos)
Niterói,  Rio de Janeiro
Nacionalidade Brasil Brasileiro
Ocupação Escritor, jornalista
Prêmios Prémio Jabuti 1965
Magnum opus O coronel e o lobisomem

José Cândido de Carvalho (Campos dos Goytacazes, 5 de agosto de 1914Niterói, 1 de agosto de 1989) foi um jornalista e escritor brasileiro, mais conhecido como o autor do romance O coronel e o lobisomem.

Biografia

Filho dos imigrantes portugueses, Bonifácio de Carvalho e Maria Cândida de Carvalho. Conta o autor em seus escritos e reminiscencias que nas férias escolares, costumava trabalhar como ajudante de farmacêutico, cobrador e empregado em negócio de refino de açúcar.

Iniciou suas atividades de jornalista como revisor no jornal “O Liberal”, nos tempos da Revolução de 1930. Foi posteriormente redator, tendo colaborado em vários jornais, entre eles “O Dia”, “Gazeta do Povo” e “Monitor Campista”, todos estabelecidos em Campos.

Formou-se pela Faculdade de Direito de Campos, Estado do Rio de Janeiro, em 1937, mas não exerceu a profissão de advogado.

Muda-se para a cidade do Rio de Janeiro, em 1939, ano da publicação de seu primeiro romance Olha para o céu, Frederico! pela Editora Vecchi. Na então capital da República, o autor morou por vários anos no bairro de Santa Teresa. Passou a trabalhar no jornal “A Noite” que mantinha quatro edições diárias, um fenômeno para a época.

Como funcionário público foi redator no Departamento Nacional do Café, onde ficou até 1942, quando, a convite de Amaral Peixoto (interventor no Estado do Rio), passou a dirigir o jornal “O Estado”, editado em Niterói, um dos mais influentes periódicos do antigo Estado do Rio de Janeiro.

A partir de 1957, trabalha na revista “O Cruzeiro.” Pela editora que essa empresa mantinha, publicou em 1964 seu segundo romance, O coronel e o lobisomem. O livro teve excelente acolhida da crítica e do público.Tornou-se best seller e conta hoje com cinquenta e oito edições, grande parte destas pela Editora Jose Olympio, até 2013 (57a edição) e, desde então, pela Companhia das Letras, 2014 (58a edição). Considerado um dos grandes romances da literatura brasileira, o livro foi publicado em Portugal ( 1971), Argentina (1976), França (1978) e Alemanha (1979).

O Coronel e o Lobisomem obteve vários os prêmios literários,entre esses: Prêmio Jabuti (Câmara Brasileira do Livro), em 1965; Prêmio Coelho Neto ( da Academial Brasileira de Letras) e Prêmio Luísa Cláudio de Sousa (do Pen Clube do Brasil).

De 1970 a 1983, Jose Cândido de Carvalho exerceu as seguintes funções públicas:

Diretor da Rádio Roquette-Pinto (1970 a 1974);

Diretor do Serviço de Radiodifusão Educativa do MEC (Radio do MEC) (1974 a 1975;

Presidente do Conselho Estadual de Cultura do Estado do Rio de Janeiro (1975)

Presidente da Fundação Nacional da Arte Funarte (1976 a 1981);

Presidente do Instituto Municipal de Cultura do Rio de Janeiro (RioArte) (1982 a 1983).

Em 1974, foi eleito para a cadeira de número 31 da Academia Brasileira de Letras (ABL).

JCC tem vasta produção literária. É autor de numerosos contos e outros textos, publicados (maiormente pela Editora José Olympio e, em ano recente, 2019, pela Companhia das Letras) em coletâneas com os títulos de : ´Porque Lulu Bergantin não atravessou o Rubicon (contos) 1970`; Um ninho de Mafagafes Cheio de Mafagafinhos (contos) 1972; Ninguém mata o Arco Iris (perfis baseados em entrevistas com artistas, políticos e intelectuais brasileiros) 1972; Manequinho e o Anjo de Procissão (contos) 1974; Se eu morrer telefone para o Céu (minicontos) 1979; Os mágicos Municipais (contos) 1984; Porque Lulu Bergantin nâo atravessou o Rubicon & Um Ninho de Mafagafes Cheio de Mafagafinhos (contos, em edição conjunta das duas coletâneas de 1970 e 1972).

O ´Coronel e o Lobisomem´ teve duas versões para o cinema e duas para televisão. Em todas, o título do livro foi integralmente mantido:

Em 1978, filme foi dirigido por Alcino Diniz;

Em 2005, filme dirigido por Maurício Farias.

Em 1982, a TV Cultura de São Paulo exibiu, em 30 capítulos, a telenovela o Coronel e o Lobisomem, baseada no romance de José Cândido de Carvalho, com adaptação de Chico de Assis, e direção de Arlindo Pereira. Em 1994, a TV Globo produziu e exibiu um Especial do Coronel, tendo Guel Arraes como diretor.
O romancista escreveu também sob o mal disfarçado ´nom de plume´ de Cândido de Carvalho um único livro infanto-juvenil de título ´Pinóquio em procura de Branca de Neve´(Editora Getúlio Costa, Rio de Janeiro, sem data de publicação). A obra, provavelmente do final dos anos 1930, ou início dos 1940, é descrita na folha de rosto da edição (única) como `História adaptada de conto de Pietro Peluggi` e ilustrada com desenhos de Solon Botelho.

José Cândido de Carvalho manteve sempre atividade na imprensa. Morreu em 1989, a poucos dias de completar 75 anos. Na ocasião trabalhava em seu terceiro romance, O Rei Baltazar, que deixou inacabado. O texto dessa obra foi publicado postumamente, em 2016, pela Academia Brasileira de Letras (ABL), na Coleção Afranio Peixoto e conta com prefácio do Acadêmico Marco Lucchesi, presidente da instituição.

Academia Brasileira de Letras

Em 1974 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 31.

Ligações externas

Precedido por
Cassiano Ricardo
ABL - quinto acadêmico da cadeira 31
1974 — 1989
Sucedido por
Geraldo França de Lima
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