Niterói
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Município do Brasil | |||
Em primeiro plano, à esquerda, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Ao fundo, a Praia de Icaraí. | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | niteroiense | ||
Localização | |||
Localização de Niterói no Rio de Janeiro | |||
Localização de Niterói no Brasil | |||
Mapa de Niterói | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Rio de Janeiro | ||
Região metropolitana | Rio de Janeiro | ||
Municípios limítrofes | São Gonçalo (Rio de Janeiro),Maricá e Rio de Janeiro | ||
Distância até a capital | 15 km | ||
História | |||
Fundação | 22 de novembro de 1573 (450 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Rodrigo Neves (PT, 2013 – 2016) | ||
Características geográficas | |||
Área total [3] | 129,3 km² | ||
População total (Estimativa IBGE/2014[4]) | 495 470 hab. | ||
Densidade | 3 831,9 hab./km² | ||
Clima | Tropical[1][2] | ||
Altitude | 2 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010 [5]) | 0,837 — muito alto | ||
• Posição | RJ: 1º | ||
PIB (IBGE/2010 [6]) | R$ 11 214 103,000 mil | ||
• Posição | BR: 45º | ||
PIB per capita (IBGE/2010) | R$ 23 026,90 | ||
Sítio | www.niteroi.rj.gov.br (Prefeitura) |
Niterói é um município do estado do Rio de Janeiro, na Região Sudeste do Brasil. Com população estimada em 495.470 habitantes segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2014,[4] e uma área de 129,3 km², integra a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) e ostenta o mais elevado Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Rio de Janeiro[7] e o sétimo maior entre os municípios do Brasil em 2010,[8] no valor de 0.837 naquele período, considerado "muito elevado" segundo dados das Nações Unidas. Individualmente, é o segundo município com maior média de renda domiciliar per capita mensal do Brasil[9] e aparece na 13ª posição entre os municípios do país segundo os indicadores sociais referentes à educação.
Foi capital estadual fluminense até a fusão entre os estados do Rio de Janeiro e da Guanabara em 1975. Dista 10,9 km da cidade do Rio de Janeiro e possui como acessos a Ponte Rio–Niterói e Avenida do Contorno, ambas trechos da BR-101, a Alameda São Boaventura, trecho urbano da RJ-104, a Avenida Everton Xavier, trecho urbano da RJ-108. Também se pode chegar à cidade por meio das linhas de ferry conhecidas como barcas. A cidade é um dos principais centros financeiros, comerciais e industriais do estado do Rio de Janeiro, sendo a 12ª entre as 100 melhores cidades brasileiras para se fazer negócios.[10] Niterói vem registrando um alto índice de investimentos na cidade, principalmente imobiliários e comerciários, advindos tanto da herança de ter sido a capital estadual, como por sua proximidade geográfica com a cidade do Rio de Janeiro. Absorve um intenso desenvolvimento das atividades de exploração de petróleo offshore na Bacia de Santos e da Bacia de Campos.[11] Escritórios de serviços especializados, hospitais, universidades, museus e shopping-centers proporcionam opções de entretenimento às famílias e pessoas. Ao mesmo tempo, o município está absorvendo uma série de investimentos industriais importantes nos setores ligados à cadeia produtiva de petróleo e gás. Destaca-se a reinauguração de estaleiros, com a reforma e a manutenção de plataformas e estruturas offshore, além da construção de embarcações para o transporte de passageiros.[12]
Segundo dados do IBGE de 2010, o produto interno bruto nominal de Niterói foi de 11,2 bilhões de reais,[13] figurando como o quinto município com maior produto interno bruto do estado, depois da capital (a cidade do Rio de Janeiro), de Duque de Caxias, Campos dos Goytacazes e Macaé, além de ser o 45º município mais rico do Brasil. Somente no setor de petróleo, a região responde por 70 por cento do parque instalado estadual do setor,[14], concentrando desde empresas de offshore a estaleiros. A cidade é o segundo maior empregador formal do Estado do Rio de Janeiro, embora ocupe o 5º lugar quanto ao número de habitantes, que correspondem a 4,11 por cento do total da população da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Niterói possui o melhor índice de desenvolvimento humano do Estado e o terceiro do país de acordo com estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas em junho de 2011,[15] que também classificou Niterói como "a cidade com população mais rica do Brasil", por possuir 30,7 por cento dela inserida na classe A. Considerando as classes A e B, Niterói também aparece em primeiro lugar, com 42,9% de sua população inserida nessas classes. Está entre as cidades mais alfabetizadas do Brasil, além de apresentar a menor incidência de pobreza, a população com maior renda mensal per capita e o maior índice de longevidade municipal do Estado do Rio de Janeiro.
Topônimo
"Niterói" (anteriormente escrito "Nictheroy" ou "Nitheroy") era o nome indígena do porto da cidade do Rio de Janeiro por volta de 1554.[16][17] Em 1834, o antigo topônimo indígena "Niterói" foi adotado como novo nome da até então "Vila Real da Praia Grande", quando esta se tornou a capital da Província do Rio de Janeiro. Existem várias explicações sobre o significado do termo na língua tupi:
- "água que se esconde"[18];
- "porto sinuoso"[19][20];
- "rio verdadeiro frio", pela junção dos termos 'y (rio), eté (verdadeiro) e ro'y (frio)[21]
História
França Antártica
No ano de 1555, o navegador francês Nicolas Durand de Villegaignon se aliou aos índios tupinambás que dominavam a Baía de Guanabara e instituiu uma colônia francesa na região, a França Antártica. A região era evitada pelos portugueses por causa da hostilidade dos tupinambás. A região desenvolveu-se sob o comando de Villegaignon, que planejou construir uma cidade na região. Passado algum tempo, calvinistas que haviam imigrado da França para a colônia regressaram à França, onde acusaram Villegaignon de preconceito contra os protestantes e de má administração. O navegador francês teve de voltar à França para explicar-se.
Na ausência do governador francês, em 1560, Mem de Sá atacou e destruiu o forte francês que se localizava na Baía de Guanabara, o Forte Coligny, sem, contudo, conseguir expulsar definitivamente os franceses da região. Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá, que continuaria com o comando da guerra, recorreu à ajuda do chefe dos índios temiminós, Arariboia (que é o termo tupi para cobra-papagaio).[22] Arariboia havia sido expulso pelos franceses de sua terra natal, a ilha de Paranapuã (hoje Ilha do Governador) e se refugiara na Capitania do Espírito Santo, onde se aliou aos portugueses e os ajudou a expulsar invasores neerlandeses. Arariboia aceitou o pedido do governador para ajudar os portugueses a expulsar os franceses da Baía de Guanabara, na esperança de reconquistar a ilha-mãe.
Com o fim da guerra, em 1567, Arariboia recebeu o nome cristão de Martim Afonso. Mas Estácio de Sá resolveu ocupar a ilha de Paranapuã, tornando-a a Ilha do Governador. Para manter a segurança na Baía de Guanabara, Estácio de Sá insistiu com Arariboia para não voltar para a Capitania do Espírito Santo e convenceu-o a ocupar o lado direito da entrada da Baía de Guanabara, no lado oposto à cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro fundada por Estácio em 1565. Dessa forma, a entrada da baía ficaria totalmente protegida contra invasões. O local a ser ocupado por Arariboia era conhecido como Banda d’Além e foi para lá que Arariboia levou sua tribo, fundando a vila de São Lourenço dos Índios.
Elevação a capital
No início, as atividades navais foram as maiores responsáveis pelo progresso da região, que se desenvolveu e adquiriu importância até tornar-se a Vila Real da Praia Grande, em 1819, quando foi reconhecida pelo Reino de Portugal, que estava sediado naquele momento na cidade do Rio de Janeiro. Em 1834, o Ato Adicional à Constituição de 1824 fez, da Vila Real da Praia Grande, a capital da província do Rio de Janeiro, e transformou a cidade do Rio de Janeiro, então capital do império, em um município neutro.
No ano seguinte, 1835, a cidade passou a se chamar Nictheroy. A condição de capital trouxe uma série de desenvolvimentos urbanos como a barca a vapor, iluminação pública a óleo de baleia, abastecimento de água e novos meios de transporte para ligar a cidade ao interior da província. Nove anos depois, o imperador dom Pedro II concedeu à cidade de Niterói o título de Imperial Cidade. A nomeação era dada às cidades mais importantes, conferindo-lhes certa autonomia e poder regional.
No fim do século XIX, por volta de 1885, foram fundados alguns sistemas de bonde, o que possibilitou a expansão da cidade para bairros como Icaraí, Ponta d’Areia e Itaipu. A Revolta da Armada, em 1893, prejudicou as atividades produtivas e forçou a transferência da sede da capital para Petrópolis. Em 1903, Niterói voltou a ser a capital do estado fluminense. Isso ocasionou um novo impulso de modernização na cidade com construção de praças, deques, parques, estação hidroviária e rede de esgotos, além de alargamentos das ruas e avenidas principais.
História Recente
Os anos seguintes foram considerados os anos do desenvolvimento que resultaria na atual Niterói, que tem o melhor índice de desenvolvimento humano do estado. Isso se deu por intermédio do trabalho de alguns prefeitos. Paulo Pereira Alves, defensor do meio ambiente e incentivador do potencial turístico da Região Oceânica, foi idealizador da avenida na Praia de Icaraí. João Pereira Ferraz teve gestão marcada pela urbanização e Feliciano Sodré continuou o trabalho com objetivo de embelezar e também foi responsável pela implantação da rede de saneamento em alguns bairros. Ernani do Amaral Peixoto era o governador do estado quando houve o aterro da Praia Grande, os parcelamentos de áreas na Região Oceânica e a construção de avenida que ganhou seu nome.
O aterro da Praia Grande possibilitou grandes obras de potencialidades econômicas e turísticas, como o Caminho Niemeyer, a Praça Juscelino Kubitschek e a Estação das Barcas. Mas o maior marco para o crescimento econômico da cidade viria em plena ditadura militar (1964-1985), quando foi inaugurada a Ponte Presidente Costa e Silva, mais conhecida como Ponte Rio - Niterói, em 1974. Foi o sinal para o redirecionamento de investimentos públicos, da especulação imobiliária, da infraestrutura e ocupação de bairros da Região Oceânica.
Com a fusão do estado da Guanabara com o estado do Rio de Janeiro, em 1975, Niterói deixou de ser a capital, transferindo o título para o Rio de Janeiro. Hoje, a cidade apresenta o terceiro melhor índice de desenvolvimento humano do Brasil[23]. Em abril de 2010, houve uma grande tragédia na cidade, no Morro do Bumba, onde 267 pessoas morreram após as chuvas que causaram o desabamento de encostas. As casas do local foram construídas em cima de um lixão desativado, num terreno fragilizado e que não suportou a quantidade de chuvas de verão. Inclusive, os bairros próximos são bairros com o menor índice de desenvolvimento humano da cidade.
Após o deslizamento do Morro do Bumba, a cidade passou a esbarrar em outro problema: o crescimento acelerado e desordenado iniciado na década dos anos 2000, principalmente impulsionado pela chegada de novos moradores, provenientes da cidade do Rio de Janeiro. Eles emigraram para Niterói com o objetivo de fugir da violência urbana, que tinha níveis elevados. Com isso, bairros como Icaraí passaram a registrar um aumento exponencial de construções de prédios de condomínios ao mesmo tempo em que o crescimento populacional passou a atingir também bairros afastados como a Região Oceânica como um todo, além da região da Pendotiba.
De modo a tentar resolver esses problemas, a última administração do prefeito Jorge Roberto Silveira (2009-2012) tomou algumas medidas para tentar melhorar o fluxo de veículos nos horários de pico, como a conversão da Avenida Roberto Silveira em via de mão única e a construção de um mergulhão ligando as avenidas Jansen de Melo e Marquês de Paraná, sendo esta cercada de muitas controvérsias e cuja conclusão foi no governo do atual prefeito Rodrigo Neves. Há, ainda, a construção do Corredor Metropolitano da Alameda São Boaventura, que consiste em uma pista exclusiva para ônibus, de forma a desafogar esta via.
Na eleição municipal de 2012, Jorge Roberto Silveira abdicou da candidatura à reeleição, alegando estar tratando um câncer de garganta, e lançou Felipe Peixoto, jovem deputado estadual pelo Partido Democrático Trabalhista, que teve, como concorrentes, Rodrigo Neves, Flávio Serafini e Sergio Zveiter. Em uma disputa acirrada, Rodrigo Neves, do Partido dos Trabalhadores, venceu, com 52,55 por cento dos votos válidos, o pedetista Felipe Peixoto.
Política
Subdivisões
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Janeiro de 2012) |
O município é dividido em 52 bairros que são agrupados em cinco regiões de planejamento.
Região | População (*) | Nº de bairros | Bairros |
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Praias da Baía | 191 464 | 17 | Bairro de Fátima, Boa Viagem, Cachoeiras, Centro, Charitas, Gragoatá, Icaraí, Ingá, Jurujuba, Morro do Estado, Pé Pequeno, Ponta d'Areia, Santa Rosa, São Domingos, São Francisco, Viradouro e Vital Brazil |
Norte | 156 996 | 12 | Baldeador, Barreto, Caramujo, Cubango, Engenhoca, Fonseca, Ilha da Conceição, Santa Bárbara, Santana, São Lourenço, Tenente Jardim e Viçoso Jardim |
Região Oceânica | 55 790 | 11 | Cafubá, Camboinhas, Engenho do Mato, Itacoatiara, Itaipu, Jacaré, Jardim Imbuí, Maravista, Piratininga, Santo Antônio e Serra Grande |
Pendotiba | 49 620 | 9 | Badu, Cantagalo, Ititioca, Largo da Batalha, Maceió, Maria Paula, Matapaca, Sapê e Vila Progresso |
Leste | 5 581 | 3 | Muriqui, Rio do Ouro e Várzea das Moças |
Total | 459 451 | 52 |
(*) Dados populacionais conforme Censo 2010 do IBGE
- Regiões Administrativas
A prefeitura costuma trabalhar com a divisão do município em doze regiões administrativas, porém essa divisão existe apenas para efeito técnico e estatístico, não sendo usada nem conhecida pela população. O nome da região normalmente é o mesmo do maior bairro inserido nela. As doze regiões administrativas são: Barreto, Centro, Engenhoca, Fonseca, Icaraí, Ingá, Pendotiba, Região Oceânica, Rio do Ouro, Santa Bárbara, Santa Rosa e São Francisco.
Geografia
A Região Oceânica é o grande ponto de belezas naturais, pois conta com as melhores praias - Praia de Fora e Praia do Imbuí, com seus valores históricos; Praia de Piratininga, Praia de Camboinhas, Praia de Itaipu e Praia de Itacoatiara, as mais famosas e visitadas; Praia do Sossego, Praia Adão e Eva e Prainha, locais calmos e paradisíacos; além da Lagoa de Piratininga e da Lagoa de Itaipu.
Niterói tem uma área de 129,375 quilômetros quadrados localizada entre a Baía de Guanabara (oeste), o Oceano Atlântico (sul), Maricá (leste) e São Gonçalo (norte).
Relevo
O relevo é constituído por terrenos cristalinos, divididos em maciços e colinas costeiras. Os maciços predominam no sul e formam as serras do Malheiro, do Calaboca e da Tiririca, onde está a Pedra do Elefante, ponto mais alto do município, a 412 m de altura .
As planícies costeiras são constituídas de sedimentos localizadas, obviamente, próximas ao mar. A mais extensa abrange toda área das lagoas de Piratininga e Itaipu.
Fauna e Flora
À época do descobrimento, predominava a Mata Atlântica e a mata de araucaria, que, hoje, só está preservada em poucos locais, como, por exemplo, na Serra da Tiririca. Há, também, áreas de restinga e de mangue.
- Horto Botânico de Niterói
O Horto Botânico de Niterói (Também conhecido por Jardim Botânico de Niterói), no bairro do Fonseca, foi criado, por decreto do governador Nilo Peçanha, em maio de 1906, com a finalidade de cultivar e distribuir aos lavradores sementes e mudas de frutíferas e plantas medicinais. Sua história é marcada por sucessivas fases de prestígio e declínio e sofreu duas grandes reformas, em 1950 e 1975.
Com mais de um século de existência, o horto conta com espécies de plantas e árvores como jatobás, jequitibás, jacarandás e sapucaias e também com espécies raras, como o pau-mulato, só encontrado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e na Amazônia.
Com área de 258 000 metros quadrados, recebe, diariamente, cerca de trezentas pessoas em busca de ar puro, contato com a natureza e tranquilidade para práticas esportivas e de lazer.
Funciona no local, também, o Jardim Zoológico de Niterói, onde animais machucados são tratados e, depois, muitas vezes, devolvidos à natureza.
- Parque da Serra da Tiririca
- Parque Darcy Ribeiro
- Parque da Cidade
Reserva biológica e florestal do município numa altitude de 400 metros, ocupando uma área de 149 388,90 metros quadrados, que possui um mirante da onde pode-se ter uma visão panorâmica da Região Oceânica e Icaraí, da Baía de Guanabara e do mar aberto.
Hidrografia
- Praia de Itaipu
- Praia do Sossego
- Praia de Icaraí
- Praia da Boa Viagem
- Praia de Camboinhas
- Praia de São Francisco
- Praia Adão e Eva
- Praia da Maçã
- Praia da Várzea
- Praia da Areia Grossa
- Praia de Fora
- Praia de Imbuí
- Praia de Piratininga
- Praia da Charitas
- Praia de Itacoatiara
- Praia de Caximbau - Ilha da Conceição
Clima
Gráfico climático para Niterói[24] | |||||||||||
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J | F | M | A | M | J | J | A | S | O | N | D |
114
29
23
|
104
30
23
|
104
29
23
|
137
28
22
|
86
27
21
|
81
25
19
|
56
26
18
|
51
26
19
|
86
25
19
|
89
26
20
|
97
27
22
|
170
29
22
|
Temperaturas em °C • Precipitações em mm |
O clima de Niterói é tropical do tipo Aw[1][2], com verões quentes e invernos moderados. Sua temperatura média é de 22,6°C, sendo 20,2°C a temperatura média do mês mais frio (julho) e 25,6°C do mês mais quente (fevereiro).[25] A pluviosidade tem média de 1 093 mm anuais.[25] Não há estação seca no município, apenas uma redução no regime de chuvas durante o inverno.
No inverno, compreendido entre junho, julho, agosto e setembro, a presença de frentes frias oriundas do avanço de massas polares ocasionam quedas bruscas de temperatura, amenizadas pela maritimidade. Neste período a estiagem é bastante comum, podendo ficar semanas sem chover devido a essa presença de massas secas de origem polar e seus centros de alta pressão atmosférica que, por sua vez, divergem os ventos e dificultam a formação de nuvens de chuva. Outro evento bastante comum é a formação de nevoeiro durante a madrugada pelo resfriamento atmosférico e ausência de ventos, muita das vezes ocasionando o fenômeno da inversão térmica. Algumas madrugadas, porém, podem não ser tão geladas para os padrões niteroienses. Isso ocorre quando há uma frente fria estacionada no local, suas nuvens funcionam como um cobertor impedindo que o calor absorvido durante o dia possa retornar à atmosfera durante a noite. Um exemplo de temperatura baixa recentemente registrada foi de 11,2°C durante o inverno de 2010.[26] Entretanto, a temperatura mais baixa registrada recentemente foi de 1°C nas redondezas de Niterói em 2000. [27]
Há áreas mais elevadas como pendotiba onde no inverno as temperaturas chegam a 10°C. Em picos é possível observar temperaturas abaixo de 5°C consequentemente gerando geadas. O clima é muito diferenciado devido a altitude, no verão é quente e húmido e há chuvas regulares, o outono tem temperaturas amenas durante o dia todo e noites frias. O inverno é frio e seco, nesta época é possível ver arvores em estado de caduciformidade.
No verão, compreendido entre dezembro, janeiro, fevereiro e março, a influência de massas equatoriais e dos ventos provenientes da Amazônia formam um canal de umidade entre o Norte e o Sudeste, determinando o clima quente e úmido desta época do ano com suas típicas tempestades vespertinas. As manhãs costumam ser calorosas e abafadas, durante a tarde costuma-se ter formação de tempestades com ventos fortes e pela noite o tempo volta a abrir. Há picos comuns de trinta graus centígrados e, devido à alta umidade, sensações térmicas superiores.
O outono, entre março e junho, é marcado por dias limpos de céus azuis e temperaturas frescas, principalmente pela manhã. As massas polares começam a atingir a região com significância e as temperaturas caem progressivamente. Algo curioso de se ressaltar é quando o intervalo entre essas frentes frias é muito grande e, já que formam contínuos centros de alta pressão divergindo as nuvens, sua umidade despenca e a temperatura pode atingir picos de até trinta graus centígrados em pleno outono, caracterizando o fenômeno conhecido como veranico.
A primavera, compreendida entre os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, é chuvosa, pois ainda são sentidas frentes frias tardias deixadas pelo inverno, a temperatura não sobe muito, até se aproximar dezembro (verão). As massas úmidas equatoriais oriundas da amazônia também começam a agir, causando uma forte instabilidade atmosférica, sendo o tempo modificado várias vezes em um mesmo dia.
As duas estações acima são meramente de transição, sentidas apenas pelos habitantes (queda de temperatura no outono e aumento térmico na primavera), porém raramente pelas plantas. É comum ver algumas plantas perderam folhas ou florescerem em todas as estações do ano. Importante ressaltar, também, que as vegetações dominantes em Niterói (floresta ombrofila mista e floresta ombrofila densa) são florestas com características tropicais e subtropicais, ou seja, são perenifólia (não costumaõ perder suas folhas)exeto em regioes especificas do rio do ouro e muriqui.
Outro ponto importante é a demora do aquecimento térmico até o verão e a lentidão da queda de temperatura até chegar o inverno, como mostra o gráfico climático. Isso se deve ao fato de Niterói se localizar no hemisfério sul com presença de grandes oceanos e massas de água. A água, por sua vez, tem um calor específico alto, cerca de 1 cal/g.°C, o que conserva energia térmica e então demora na absorção e perda de calor. Por isso, pode-se observar queda de temperatura com frentes frias ainda durante o verão e dias de calor abafado ainda durante o inverno.[28]
Demografia
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O município possui uma população de 487 327 habitantes,[29] segundo dados de 2010.
Em um relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, no ano 2000, Niterói apresentou um índice de desenvolvimento humano entre os mais elevados do país (o quinto lugar dentre os 5 700 municípios brasileiros),[30] de acordo com os padrões da Organização das Nações Unidas. No relatório pulicado em 2010, Niterói perdeu duas posições, aparecendo agora em sétimo lugar [5].
Economia
Niterói é um dos principais centros financeiros e comerciais do estado do Rio de Janeiro. O município vem acompanhando um alto índice de investimentos na Região Metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, com quem é altamente conurbada, como investimentos no setor imobiliário, atividades financeiras e comerciário. Segundo os dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2010, a cidade é a que possui a maior renda per capita domiciliar do Brasil, com média de R$3.037,30 por pessoa, fazendo com que seja considerada a "cidade com a população mais rica do Brasil"[31].
Em 2009, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Produto Interno Bruto (PIB) nominal de Niterói foi de R$10,8 bilhões[32], figurando como o terceiro município com maior PIB do Rio de Janeiro, depois da cidade do Rio de Janeiro e de Duque de Caxias[33] e o 41º município mais rico do Brasil. Em 2009, o setor que mais predominou na economia da cidade, e que foi o responsável por 90,1% do PIB é o de setor de comércio e serviços, seguido do setor industrial, com cerca de 9,9% e do setor agrícola, com menos de 0,001%.
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Transporte
Ônibus
O serviço de ônibus urbanos consiste no único meio de transporte público da cidade de Niterói. Há pouco menos de cinquenta linhas em atividade, todas operadas por empresas particulares. A maior parte das linhas de ônibus municipais têm ponto final no Centro de Niterói (no Terminal Rodoviário João Goulart), ou passam pelo Centro de Niterói.
Transporte marítimo
A travessia marítima entre Niterói e o município do Rio de Janeiro é feita por duas rotas, ambas tendo como destino a estação carioca da Praça 15 de Novembro. As estações, em Niterói, localizam-se na Praça Araribóia, no Centro e no bairro das Charitas.
A travessia entre a Praça Araribóia e a Praça 15 de Novembro é feita por barcas de grande porte, com capacidade para até 2 000 passageiros, num trajeto que dura cerca de vinte minutos.
Desde 2006, as barcas vêm sendo, gradativamente, substituídas por catamarãs de grande porte, com capacidade inferior (até 1 200 passageiros), porém perfazendo um tempo de travessia menor, entre doze e quinze minutos.
A travessia entre a estação de Charitas e a da Praça 15 de Novembro é feita por catamarãs de pequeno porte, sendo esse serviço considerado transporte seletivo.
Transporte ferroviário
Existe um ramal ferroviário para transporte de passageiros, com 33 km de extensão, ligando Niterói ao município de Itaboraí, passando por São Gonçalo. O ramal, operado pela empresa estatal Central (sucessora do espólio da Flumitrens que não foi privatizado) encontra-se em decadência. São realizadas apenas duas viagens diárias, uma em cada sentido, utilizando um trem obsoleto dos anos 1950.
sendo que no futuro utilizar o leito desse ramal para a implantação de parte da projetada Linha 3 do Metrô.
Turismo
Niterói é a terceira cidade que mais recebe turistas do Estado do Rio de Janeiro, atrás apenas da capital e de Búzios. A cidade atrai basicamente pelos seus centros culturais e históricos e pelas sua praias oceânicas. Paralelamente, a rede de hotelaria da cidade é bem restrita. Isso se dá pelo fato de que a maioria dos turistas vem a Niterói como uma extensão ao passeio pela cidade do Rio, ou seja, passam apenas um ou dois dias na cidade, mas se hospedam na capital.
Entre suas atrações mais visitadas, estão a Praia de Icaraí, principal bairro de Niterói, com as pedras de Itapuca e do Índio; o Caminho Niemeyer, conjunto arquitetônico que contém, como centros culturais, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, a Praça Juscelino Kubitschek, o Teatro Popular de Niterói, a Estação Hidroviária de Charitas, a Fundação Oscar Niemeyer e outros quatro projetos em andamento e o Complexo dos Fortes de Niterói.
Principais pontos turísticos
- Icaraí
Principal bairro de Niterói, possui belo urbanismo e contém dois monumentos naturais famosos, as pedras de Itapuca e do Índio, pontos para pescadores locais e apreciadores da Praia de Icaraí e do resto da Baía de Guanabara. Ostenta o título de ser um dos mais belos, cosmopolitas e pujantes bairros da cidade.
- Caminho Niemeyer
Um complexo arquitetônico e um corredor de aparelhos culturais sob o projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer, concentrado no Centro da cidade mas com alguns edifícios em outros bairros, especialmente pela orla. É composto pelo Museu de Arte Contemporânea de Niterói (o prédio mais famoso), o Memorial Roberto Silveira, a Fundação Oscar Niemeyer, o Teatro Popular de Niterói, a Praça Juscelino Kubitschek, o Museu Petrobras do Cinema Brasileiro (em construção) e a futurista Estação de Barcas de Charitas.
- Cantareira
A Cantareira é como popular e festivamente é chamada a Praça Leoni Ramos e seus arredores, no histórico bairro de São Domingos. Também é chamada de "Lapa de Niterói", em comparação ao bairro da Lapa na cidade do Rio de Janeiro, reduto da boêmia, à medida que em volta da Praça Leoni Ramos há vários bares, pubs e restaurantes em construções históricas, frequentados por jovens e estudantes universitários. Ainda nas nas casas da vizinhança abrigam dezenas de ateliers de artes plásticas, formando um corredor cultural e artístico, que lembra o bairro carioca de Santa Teresa. Abriga o espaço cultural Estação Cantareira - em um edifício histórico que deu apelido ao lugar - restaurado e adaptado a esse fim.
- Fortaleza de Santa Cruz
A Fortaleza de Santa Cruz, com seu complexo arquitetônico imponente e grandioso, causa ao observador o impacto do susto e o apaziguamento da beleza. As celas de prisioneiros, a lembrança das câmaras de tortura, as grades impenetráveis que miram a antiga forca vigiada por guarita interna, as marcas de fuzilamento no paredão; a capela de Santa Bárbara, em estilo colonial, são elementos que constituem a Fortaleza.
- Forte do Pico e Forte São Luís
As construções do pico ainda preservam com imponência e grandiosidade guaritas e muros de pedra já cobertos de vegetação, dois imponentes portões de acesso, corredores, galerias e túneis carregados de mistério e largos pátios rochosos.
- Costão de Itacoatiara
Este monolito rochoso adentra o oceano, formando a Ponta de Itacoatiara. Com aproximadamente 250m de altura, esta rocha pertence ao Parque Estadual da Serra da Tiririca e possui uma vegetação predominantemente rupícola, com muitas bromélias e orquídeas, além de dois "oásis" de Mata Atlântica, um em seu cume e outro em sua encosta leste.
- Morro do Santo Inácio
- Pedra do Elefante
- Morro do Cantagalo
- Campo de São Bento
O parque, grande área verde do bairro Icaraí, é frequentado assiduamente pela população. Abriga um pequeno parque de diversões e, nos fins de semana, uma feira de artesanato. oferece inúmeras atrações, como retrata, encontros do Clube do Curió, exposições, lançamentos de livros, shows, cursos e apresentação de filmes e vídeos.
- Enseada de Jurujuba
Possui trezentos metros de extensão, margeada por estreita calçada. Jurujuba é uma colônia de pescadores, que é cenário da Festa de São Pedro dos Pescadores, realizada anualmente em 29 de Junho. Além da Igreja de São Pedro dos Pescadores, na orla há vários restaurantes típicos de frutos do mar.
- Jardim São João
- Basílica Nossa Senhora Auxiliadora
- Forte Imbuí e Barão do Rio Branco
- Jardim de Icaraí
- Forte Gragoatá
- Casa Oliveira Viana
- Solar do Jambeiro
- Praça Juscelino Kubitschek
- Torre de Niterói
- Estátua de Araribóia
- Praça da República
- Paço Municipal de Niterói
- Palácio Araribóia
- Palácio da Justiça
- Campus do Gragoatá
- São Domingos
- Horto Botânico do Fonseca
Educação
Niterói tem o melhor nível de alfabetização do estado do Rio de Janeiro.[34] É nessa cidade que se encontram as principais estruturas da Universidade Federal Fluminense, bem como a maioria de seus cursos.
A educação no município é marcada pela presença do Colégio Pedro II - UNED, única escola secundarista federal da cidade e pela Faetec Henrique Laje, que, por sua vez, são os melhores colégios públicos da região. De resto, também há a Fundação Municipal de Educação, que atua em noventa unidades escolares da Rede Municipal de Educação; 36 creches comunitárias; dezoito Unidades de Educação Infantil; 36 unidades com ensino Fundamental; na Educação de Jovens e Adultos (EJA), atendida em quinze Unidades de Ensino fundamental; no Programa de Educação; na Leitura e Escrita –PELE, em cinquenta Instituições e/ou escolas (875 alunos), (dados de julho 2007) e cem por cento das unidades escolares possuem alunos com necessidades especiais (cerca de setecentos alunos).
Em 2007, foi concluído o projeto municipal para erradicar o analfabetismo, que apesar da redução do índice, não atingiu o objetivo. Niterói conta com 3,55% de analfabetos[35](pessoas com mais de quinze anos), enquanto que a estarrecedora média nacional é de 13,63% (que obviamente não pode ser usada para uma boa referência comparativa).[34]
Cultura
Niterói é um dos maiores centros histórico-culturais do Brasil, pois tem sua cultura caracterizada por vilas de pescadores (Jurujuba), fortalezas, museus e monumentos futuristas, como o Museu de Arte Contemporânea, o símbolo do município, construído pelo arquiteto modernista Oscar Niemeyer e o Teatro Popular de Niterói.
A arquitetura de Niterói é caracterizada por um contraste entre o passado e o presente. Edifícios históricos, como a Biblioteca Pública Estadual de Niterói, o Fórum, os Correios, o Teatro Municipal de Niterói, a Estação Cantareira, o Palácio do Ingá, o Solar do Jambeiro e a Câmara Municipal de Niterói, ficam lado a lado com obras de vínculo futurista, como, por exemplo, o Museu de Arte Contemporânea, o Teatro Popular de Niterói e o resto do Caminho Niemeyer e a Praça Juscelino Kubitschek.
As igrejas católicas também expressam bastante a cultura niteroiense. A Igreja de São Lourenço dos Índios, o marco de fundação do município, a Igreja de São Sebastião de Itaipu, a Igreja da Boa Viagem e a Basílica Nossa Senhora da Auxiliadora embelezam as ruas com suas arquiteturas barrocas, clássicas e coloniais.
A cultura social se baseia numa população muito hospitaleira, que resultou no apelido de Niterói: "cidade-sorriso".
- Centro de Artes Universidade Federal Fluminense
O Centro de Artes UFF é um centro cultural, organizado e mantido pela Universidade Federal Fluminense, localizado no prédio da Reitoria da UFF, bairro de Icaraí, reunindo a Orquestra Sinfônica Nacional (OSN-UFF), a Galeria de Arte UFF, o Espaço UFF de Fotografia, o Espaço Aberto UFF, o Cine Arte UFF e o Teatro da UFF.
- Cantareira
A Cantareira (ou Catarreira) é como é chamada a Praça Leoni Ramos e seus arredores, no histórico bairro de São Domingos. Seu nome se deve à Estação Cantareira, um centro cultural e casa de show (com funcionamento intermitente) construído nas ruínas da antiga estação de barcas e estaleiro possuído pela empresa Cantareira e Viação Fluminense. Também é chamada de "Lapa de Niterói", em comparação ao bairro carioca da Lapa, pois em volta da praça há vários bares, pubs, prostíbulos e restaurantes em casarões históricos que reúnem muitos jovens. Nas casas pelas vizinhanças do bairro de São Domingos, atualmente, funcionam vários ateliês de artes plásticas, formando um plano cultural e artístico. Ainda pode-se encontrar trilhos de bonde em trechos de ruas em suas cercanias, recentemente redescobertos pela Prefeitura, e um casario antigo com grande valor arquitetônico.
Religião
É uma pequena comunidade judaica da cidade, integrada à Federação Israelita do Rio de Janeiro.
- Matriz São Lourenço da Várzea
Igreja do século XIX, destaca-se por sua grande volumetria. O seu interior é amplamente decorado. O altar-mor tem colunas salomônicas ladeando o nicho, onde se encontra a imagem de São Lourenço vinda de Portugal em 1897.
- Igreja de São Lourenço dos Índios
É considerado o monumento de fundação da cidade de Niterói. Sua arquitetura jesuíta é do século XVII. No altar-mor, encontra-se um retábulo que é um precioso exemplar da arte barroca do fim do século16, assim como outras peças históricas totalmente restauradas,localizada no Morro de São Lourenço, Bairro São Lourenço.
- Centro Evangelístico Internacional
Uma das principais igrejas evangélicas da cidade, presidida pelo pastor Custódio Rangel Pires, que também é o líder mundial da Associação de Homens de Negócios do Evangelho Pleno[36].
- Igreja Presbiteriana
Foi uma das primeiras igrejas protestantes a se instalarem na cidade, fruto do trabalho missionário da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro. Sua organização deu-se em 1 de fevereiro de 1899. Seu primeiro templo estava situado na Rua São Sebastião com Rua General Andrade Neves. Segundo historiadores, o templo foi vendido para uma empresa do setor hoteleiro. Seu templo atual, situado a Rua 15 de Novembro, é de estilo moderno. Seu primeiro pastor foi o reverendo Erasmo Braga, sendo o atual, em 2009, o reverendo Fernando Cabral. A Igreja Presbiteriana de Niterói é uma igreja histórica. Possui, para acompanhar seus cultos, um órgão Hammond. É de linha tradicional, ligada ao Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, sínodo Leste fluminense, presbitério de Niterói.
- Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora
Com data de lançamento da Primeira Pedra em 8 de dezembro de 1901, um ano após a inauguração do Monumento de Maria Auxiliadora. Foi inaugurada no dia 24 de dezembro de 1918. Seus quatro sinos da torre pesam 2 220, 1 160, 685 e 480 quilos, com tonalidades dó, mi, sol e lá, que é o início da antiga melodia gregoriana Salve, Regina.
- Capela Nossa Senhora da Conceição
Lançamento da Pedra Fundamental no dia 30 de setembro de 2000.Está situada no alto de uma ladeira na Estrada Matapaca, em Pendotiba. A origem desta Capela está num grupo de católicos do Rio, reunidos em torno da pessoa de um grande escritor e jornalista, falecido em 1978, chamado Gustavo Corção. A obra deste escritor foi relegada ao esquecimento, devido à sua posição católica tradicional, defensor de tudo o que se relaciona com o nome católico, combativo polemista contra os progressistas que conseguiram desfigurar completamente a Igreja, espalhando pelo mundo uma doutrina contrária ao que a Igreja ensinou ao longo de dois mil anos.[37] Com a Missa tradicional tridentina (em latim)e canto gregoriano, a Capela Nossa Senhora da Conceição destaca-se pela vivência católica familiar tradicional e ensino do catecismo.
- Comunidade Evangélica Deus é Fiel do Badú
- Igreja Plena de Icaraí
- Igreja Presbiteriana de Pendotiba
- Igreja Batista da Lagoinha de Niterói
- Ministério Apostólico Nova Unção
- Igreja de Nova Vida de Niterói
- Primeira Igreja Batista em Jurujuba
- Primeira Igreja Evangélica e Congregacional de Niterói
- Centro Evangelístico Vida Nova de Itaipu
- Igreja Cristã Maranata
- Primeira Igreja Batista de Niterói
- Igreja Batista Betânia em Icaraí
- Igreja Metodista Central de Niterói
- Igreja Metodista Wesleyana
- Igreja Messiânica Mundial do Brasil - Johrei Center Niterói
- Museu de Arte Sacra de Niterói
- Igreja Universal do Reino de Deus
- Igreja Nova Vida Ministério É de Deus
- Centro Israelita De Niterói
- Igreja Adventista do Sétimo Dia
- Igreja Santo Cristo dos Milagres
- A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Gastronomia
A gastronomia de Niterói é bem marcante, pois atravessa gostos diversos, desde frutos do mar e cozinha mineira até as cozinhas portuguesa e australiana.
A orla de São Francisco e Charitas são dominadas por restaurantes e bares, servindo de ponto noturno, o mesmo acontecendo nas ruas do Jardim Icaraí[38], nos bairros de Icaraí e Santa Rosa, que transformaram-se num polo gastronômico. Por sua vez, nos arredores da Cantareira, no bairro de São Domingos, há um intensa atividade boêmia, com vários restaurantes e bares.
Os restaurantes de frutos do mar em Jurujuba, são símbolos do intenso sistema pesqueiro da vila de Jurujuba. Outra dica gastronômica é o Mercado de São Pedro[39], um mercado público de peixe e frutos do mar de dois andares, com 39 boxes do segmento e mais sete ambientes divididos em restaurantes, mercearias, quiosques e lojas de conveniência. No andar de baixo, bancas de temperos e frutos do mar dos mais diversos. No andar de cima, você come tudo o que vê nas bancadas inferiores e pode, inclusive, mandar fazer o seu prato com sua própria compra.
No Centro e na Ponta d'Areia (no trecho conhecido como "Portugal Pequeno"), há vários restaurantes e bares de cozinha portuguesa e de cozinha de boteco.
Teatro
- Teatro Popular de Niterói
O Teatro Popular de Niterói é um moderno teatro pertencente ao Caminho Niemeyer.
Teatro antigo totalmente restaurado e modernizado. Joia da história do teatro brasileiro.
Teatro pertencente ao Centro de Artes UFF.
Museus
- Museu de Arquelogia de Itaipu
Inaugurado em 1977, o Museu de Arqueologia de Itaipu desenvolve um programa educativo-cultural voltado para as escolas e para a comunidade local, tendo como tema central a arqueologia pré-histórica e histórica. O seu acervo, composto por objetos dos povos indígenas que viveram no litoral fluminense antes de 1500, tem como destaques blocos-testemunho (entre os quais o do Sambaqui de Camboinhas, datado de 6000 a.C.), machados de pedra e material lítico em geral, pontas de ossos, lascas de quartzo, polidores, peças de cerâmica e conchas. O museu organiza cursos e exposições, recebe visitas guiadas e promove diversos eventos culturais. As visitas podem ser feitas de quarta-feira a domingo, das 13h às 17h.
- Museu de Arte Contemporânea de Niterói
Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, construído no Mirante da Boa Viagem, local privilegiado que se debruça sobre as águas da Baía de Guanabara e que leva o olhar do visitante até o outro lado, onde estão o Corcovado e o Pão de Açúcar. Niemeyer afirmava que, ao visitar o local, "imaginou o museu como qualquer coisa solta na paisagem, um pássaro branco a se lançar sobre o céu e o mar de Niterói".
- Museu Antônio Parreiras
O Museu Antônio Parreiras conta com o maior acervo do pintor Antônio Parreiras, instalado em seu antiga residência.
- Museu do Ingá ou Palácio Nilo Peçanha ou Palácio do Ingá
Palácio neoclássico no bairro do Ingá, que abriga acervo histórico, belas-artes e artes populares, instalado na antiga sede do governo do estado do Rio de Janeiro (Palácio do Ingá), antes da fusão com o estado da Guanabara e transferência da capital para a cidade do Rio de Janeiro.
- Museu de Arte Sacra de Niterói
Mantido com o acervo da Arquidiocese de Niterói, o museu é situado no salão nobre da Igreja Nossa Senhora da Conceição[40], Rua da Conceição, 216, no centro de Niterói[41]. Possui rico acervo de valor histórico e religioso, como uma Pia Batismal em mármore do século XVIII, pratarias do século XIX, imagens de arte imaginaria dos santos esculpidas em madeira do século XIX, entre outros, incluindo, a peça de maior importância, um Relicário do século XVIII, com fragmentos da Cruz de Cristo, que na Sexta-Feira da Paixão, sai para veneração[42]. Funciona no primeiro domingo de cada mês, das 9h às 11h, com entrada franca.
A cidade de Niterói também marca sua presença na história do esporte e do carnaval carioca.
No esporte, além de ser cidade natal de craques como Edmundo e Gérson, a cidade é também terra natal do Canto do Rio Football Club, fundado em 1913 e que era o único clube de fora da cidade do Rio de Janeiro a participar do Campeonato Carioca nos anos 1940. O clube teve, inclusive, seu hino composto por Lamartine Babo, compositor dos hinos de Vasco, Flamengo, Botafogo, Fluminense e América, além de outros cinco clubes. Lamartine compôs hinos para os onze participantes do campeonato carioca de 1941 devido a uma campanha de uma rádio. O alvi-anil de Niterói está afastado da elite do campeonato estadual desde 1964, quando um incidente no Estádio Caio Martins num jogo contra o Fluminense resultou no afastamento do clube niteroiense da primeira divisão. A última participação do "Cantusca" no campeonato estadual foi em 2008, na terceira divisão. O clube foi impedido de participar da terceira divisão de 2009 pela FFERJ devido a uma confusão no jogo contra o La Coruña.
Outros clubes de futebol da cidade são o Fonseca Atlético Clube, que, recentemente, anunciou o seu retorno ao futebol profissional e o Rio Cricket and Athletic Association, que participou do primeiro campeonato carioca, ficando em terceiro e tendo o campeonato definido em seu estádio. O Rio Cricket participou, também, da (possivelmente) primeira rivalidade do futebol fluminense, com o Paissandu Atlético Clube, clube da cidade do Rio de Janeiro que foi fundado por fundadores do Rio Cricket e que possui um título carioca de futebol.
A cidade possui também o Estádio Caio Martins, situado no bairro de Santa Rosa e que foi, por anos, a casa do Canto do Rio e, mais recentemente, do Botafogo nos anos 2000. Em 2007, o ginásio do estádio foi palco da final da Superliga Feminina de Vôlei, que terminou com vitória da equipe do Rio de Janeiro. Hoje em dia, o estádio é usado para treinos do Botafogo e em jogos marcados pela FFERJ. Em sua maioria, em campeonatos de divisões inferiores.
No carnaval, a cidade marca presença com seus blocos e com escolas de samba, principalmente a Unidos do Viradouro.
A Viradouro foi fundada em 1946 mas começou a participar dos desfiles na elite do samba carioca apenas em 1991, depois de ser dezoito vezes campeã em Niterói e campeã do grupo de acesso carioca. Apenas seis anos depois de estrear na Passarela Darcy Ribeiro como escola do grupo especial, a vermelho-e-branco de Niterói foi campeã do carnaval carioca com o enredo "Trevas! Luz! A Explosão do Universo!" com desfile assinado pelo carnavalesco Joãozinho Trinta e com uma paradinha de funk na bateria comandada por Mestre Jorjão[43], algo inovador e surpreendente na época e que é muito copiado até hoje. Pela escola passaram, além de Joãozinho Trinta, Dominguinhos do Estácio, Juliana Paes, Mestre Ciça e o grande nome da nova geração de carnavalescos, Paulo Barros, que inovou na escola, colocando a bateria em um carro alegórico pela primeira vez.
A escola participou dez vezes do desfile das campeãs, sendo oito seguidas, de 1997 a 2004. A partir de 2008, a escola começou uma reformulação, demitindo Paulo Barros e Dominguinhos do Estácio. Em 2009, perdeu Mestre Ciça. Todas essas mudanças foram ruins para a Viradouro, visto que, em 2010, a escola foi rebaixada ao grupo de acesso com o enredo "México, o Paraíso das Cores, sob o Signo do Sol", depois de dezenove anos no grupo especial.
A Acadêmicos do Cubango é outra escola de destaque na cidade. A escola foi quinze vezes campeã em Niterói até que, nos anos 1980, passou a desfilar no Rio de Janeiro. Esse ano, se manteve no grupo de acesso e, em 2011, estará nesse mesmo grupo com a Viradouro.
Feriados municipais
- 24 de junho - Dia de São João (Padroeiro da Cidade)
- 22 de novembro - Aniversário da Cidade
Números
- Cerca de 100% do município tem água tratada.
- 97% do território de Niterói é coberto pelo tratamento de esgoto, enquanto a média nacional é inferior a 20%;
- 97,45% da população acima de quinze anos é alfabetizada; censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2010.
Grande Niterói ou Leste Metropolitano do Rio de Janeiro
A Região Metropolitana do Rio de Janeiro é vasta e agrupa uma variedade de municípios com trajetórias históricas e urbanas distintas. Além da capital, da Baixada Fluminense, também agrupa um conjunto de municípios chamados de Leste Metropolitano do Rio de Janeiro, como também é chamado a sub-região da Região Metropolitana II, ou simplesmente Leste Metropolitano Fluminense, reunindo os municípios da porção leste da região e margem oriental da Baía de Guanabara.
Esta sub-região corresponde a antiga região da Grande Niterói, região que durante o extinto Estado do Rio de Janeiro (antes da fusão em 1975 com o Estado da Guanabara para formar o atual Estado do Rio de Janeiro) reunia a cidade de Niterói, sua então capital, e as cidades vizinhas. Era, portanto, composta além de Niterói, pelos municípios de São Gonçalo, Maricá, Itaboraí e Rio Bonito. A Grande Niterói, contrapunha-se a região do Grande Rio Fluminense, isto é, aos municípios do extinto Estado do Rio de Janeiro (os municípios da Baixada Fluminense) que conformavam uma aglomeração metropolitana com a cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal (até 1960) e depois Estado da Guanabara (1960-1975).
De certa maneira, Niterói continua polarizando os municípios vizinhos, e tenha uma dinâmica econômica e urbana própria, fazendo com que a porção leste da Região Metropolitana do Rio de Janeiro seja identificada como parte distinta[44] ou demande planejamento urbano ou políticas públicas próprias e que frequentemente tal sub-região seja mesmo hoje em dia chamada de Grande Niterói.
Por sua vez, esses municípios possuem relações com os da Região dos Lagos e Mesorregião das Baixadas Litorâneas, conformando a chamada região do Leste Fluminense.
Ver também
- Naturais de Niterói
- Niteroiense
- Araribóia
- Villegagnon
- França Antártica
- MAC
- Orquestra Sinfônica Nacional (OSN-UFF)
- Fortaleza de Santa Cruz
- Câmara Municipal de Niterói
Referências
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- ↑ a b «Koppen's classification map». Consultado em 13 de março de 2011
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- ↑ Divisão Regional do Rio de Janeiro - Fundação CEPERJ http://www.ceperj.rj.gov.br/ceep/info_territorios/divis_regional.html
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- ↑ Nikiti Guia
- ↑ Niteroi Turismo
- ↑ Jornal O Fluminense
- ↑ Lívia Torres (23 de dezembro de 2009). «Inventor da 'paradinha' funk da Viradouro promete surpresa na Sapucaí». Portal G1
- ↑ http://extra.globo.com/casos-de-policia/ana-paula-miranda/grande-niteroi-399274.html
Ligações externas
- «Página da prefeitura»
- «Página da câmara»
- Niterói no WikiMapia
- «Página da Fundação Municipal de Educação de Niterói»
- «Secretaria de Cultura de Niterói»
- «Coordenação de Documentação e Pesquisa»
- «Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia de Niterói»
- «Museu de Arte Contemporânea»
- «Teatro Municipal de Niterói»
- Site sobre turismo em Niterói / Explore Niterói (em português)
- «Telecentro de Niterói»
- «PIB - IBGE 2005»
- Artigo sobre o abastecimento de água na Região Metropolitana do Rio de Janeiro
- Artigo sobre a Água para a Região Leste
Referências