Luanda

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 Nota: Para outros significados, veja Luanda (desambiguação).
Luanda
Localidade de Angola Angola
(Cidade capital e município)


Panorama de Luanda em 2008
Dados gerais
Fundada em 25 de janeiro de 1576 [1]
Orago São Paulo
Gentílico luandense
Província Luanda
Município(s) Luanda
Características geográficas
População 4 799 432 hab. (2007)

Luanda está localizado em: Angola
Luanda
Localização de Luanda em Angola
8° 50' 00" S 13° 14' 00" E{{{latG}}}° {{{latM}}}' {{{latS}}}" {{{latP}}} {{{lonG}}}° {{{lonM}}}' {{{lonS}}}
Sítio Governo da Província de Luanda
Projecto Angola  • Portal de Angola

Luanda é a capital e maior cidade de Angola. Localizada na costa do Oceano Atlântico, é também o principal porto e centro económico do país. Constitui um município subdividido em 13 distritos urbanos[2] e é também a capital da província homónima.

Fundada em 25 de janeiro de 1576 pelo fidalgo e explorador português Paulo Dias de Novais, sob o nome de São Paulo da Assunção de Loanda,[3][4] conta com uma população de aproximadamente 5 milhões de habitantes,[nota 1] o que a torna a terceira maior cidade lusófona do mundo, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro.

As indústrias presentes na cidade incluem a transformação de produtos agrícolas, produção de bebidas, têxteis, cimento e outros materiais de construção, plásticos, metalurgia, cigarros, e sapatos. O petróleo, extraído nas imediações, é refinado na cidade, embora a refinaria tenha sido várias vezes danificada durante a guerra civil que assolou o país entre 1975 e 2002. Luanda possui um excelente porto natural, sendo as principais exportações o café, algodão, açúcar, diamantes, ferro e sal.

Os habitantes de Luanda são, na sua grande maioria, membros de grupos étnicos africanos, principalmente ambundu, e a seguir ovimbundu e bakongo. Existe uma minoria significativa de origem europeia, constituída principalmente por portugueses, e uma importante comunidade chinesa. A língua oficial e a mais falada é o português, sendo também faladas várias línguas do grupo bantu, principalmente o kimbundu.

Luanda foi a principal cidade a acolher os jogos do Campeonato Africano das Nações 2010.

História

Origem do nome

A cidade ganha o nome através da sua ilha (Ilha de Luanda), local onde os primeiros colonos portugueses se radicaram [5].

Etimologia

O topónimo Luanda provém do étimo lu-ndandu. O prefixo lu, primitivamente uma das formas do plural nas línguas bantu, é comum nos nomes de zonas do litoral, de bacias de rios ou de regiões alagadas (exemplos: Luena, Lucala, Lobito) e, neste caso, refere-se à restinga rodeada pelo mar. Ndandu significa valor ou objecto de comércio e alude à exploração dos pequenos búzios colhidos na ilha de Luanda e que constituíam a moeda corrente no antigo Reino do Kongo e em grande parte da costa ocidental africana, conhecidos por zimbo ou njimbo [6].

Como os povos ambundos moldavam a pronúncia da toponímia das várias regiões ao seu modo de falar, eliminando alguns sons quando estes não alteravam o significado do vocábulo, de Lu-ndandu passou-se a Lu-andu. O vocábulo, no processo de aportuguesamento, passou a ser feminino, uma vez que se referia a uma ilha, e resultou em Luanda [6].

Outra das versão para a origem do nome refere que o mesmo deriva de "Axiluandas" (homens do mar), nome dado pelos portugueses aos habitantes da Ilha, porque quando ai chegaram e lhes perguntavam o que estavam a fazer, estes responderam "uwanda", um vocábulo que em kikongo, designava trabalhar com redes de pesca [7].

Da fundação à dominação holandesa

Paulo Dias de Novais
A Ilha de Luanda num mapa de Gerardo Mercator.
A História Geral das Guerras Angolanas de Cadornega, escrito em Luanda em 1680.

Quando os portugueses chegaram à região onde hoje se localiza a cidade de Luanda, esta era parte integrante do reino do Ndongo, vassalo do reino do Kongo, e era especialmente importante por ser uma zona produtora de zimbo, uma pequena concha com valor fiduciário [8].

Respondendo a um pedido de envio de missionários feito aos portugueses pelo rei Ndambi a Ngola do Ndongo em 1557, no dia 22 de dezembro de 1559 zarparam de Lisboa três navios com um emissário do rei de Portugal, Paulo Dias de Novais, e dois padres jesuítas, Francisco de Gouveia e Agostinho de Lacerda. Chegados à barra do Kwanza no dia 3 de Maio de 1560, a missão portuguesa foi recebida com hostilidade e desconfiança pelo novo rei do Ndongo, Ngola Kiluanje kia Ndambi, que os encarou como agentes do rei do Kongo, mandando-os aprisionar. Mais tarde, com a promessa de conseguir apoio diplomático e militar português, Paulo Dias de Novais teve permissão para regressar a Portugal [9].

Na sua segunda viagem a esta região, Paulo Dias de Novais partiu de Lisboa no dia 23 de setembro de 1574, acompanhado por mais dois padres da Companhia de Jesus, tendo chegado à Ilha de Luanda em fevereiro de 1575 [9], aportando com dois galeões, duas caravelas, dois patachos e uma galeota [10]. Aí estabeleceu o primeiro núcleo de colonos portugueses: cerca de 700 pessoas, onde se encontravam, religiosos, mercadores e funcionários, bem como 350 homens de armas [1].

A Ngola Kiluanje kia Ndambi tinha entretanto sucedido Njinga Ngola Kilombo kia Kasenda, discípulo do padre Francisco de Gouveia que, na sua estadia forçada de dezena e meia de anos, tinha aproveitado para fazer a sua acção evangelizadora entre os angolanos. No dia 29 de junho de 1575, Paulo Dias de Novais recebeu uma comitiva enviada pelo ngola para o saudar [9].

Reconhecendo não ser a ilha de Luanda o lugar mais adequado, avançou para terra firme e fundou a vila de São Paulo de Loanda em 25 de janeiro de 1576, tendo lançado a primeira pedra para a edificação da igreja dedicada a São Sebastião — santo de grande devoção dos portugueses e patrono onomástico do rei de Portugal [9] —, no lugar onde é hoje o Museu das Forças Armadas [1].

A escolha do novo local para a vila foi influenciada sobremaneira pela existência de um magnífico porto natural, situado numa baía protegida por uma ilha; de uma fonte de água potável, as águas do poço da Maianga na (então) lagoa dos Elefantes [11]; e das excelentes condições de defesa oferecidas pelo morro de São Paulo, após a reconquista do lugar aos holandeses designado por morro de São Miguel, após a dedicação do forte que aí existe a São Miguel, santo da devoção de Salvador Correia de Sá [12]. A sua população constituída pela comitiva de Paulo Dias de Novais, composta por sapateiros, alfaiates, pedreiros, cabouqueiros, taipeiros, um físico e um barbeiro, tiveram dificuldades de adaptação à inclemência do clima e à carência de condições para a fixação [8]. No entanto, a vila expandiu-se para a "Cidade Alta", na continuação do morro de São Paulo, onde se construíram as instalações para a administração civil e religiosa. Os soldados e os mercadores de escravos viviam na "Cidade Baixa", na área actual dos Coqueiros [11].

Em 1580, chegaram a Luanda dois missionários jesuítas, em 1584 outros dois e, em 1593, mais quatro. Apesar das naturais dificuldades encontradas, as primeiras tentativas da evangelização deram resultados apreciáveis, ao ponto de, em 1590, já se dizer que haver aqui cerca de vinte mil cristãos [9].

No dia 1 de Agosto de 1594, chegou a Luanda um novo governador, João Furtado de Mendonça, que vinha substituir D. Francisco de Almeida e seu irmão D. Jerónimo. Fazia-se acompanhar por doze raparigas órfãs, educadas em Lisboa no recolhimento sustentado pela Misericórdia. A maior parte dos autores vê nestas raparigas as primeiras mulheres brancas que vieram para Luanda. Todas elas casaram com colonos aqui radicados [9].

Durante este tempo, a economia da cidade assentava exclusivamente no comércio de escravos, proporcionando avultados lucros e um elevado nível de vida. Esta abundância reflecte-se em muitos aspectos da vida da cidade, por exemplo, nas festas levadas a efeito em 1620 para comemorar a beatificação de São Francisco Xavier. O custo da comédia pastoril representada e do fogo-de-artifício que se queimou, atingiu a soma de 3 mil cruzados, uma verba considerada exorbitante na época [8].

No entanto, nem tudo foram gastos sumptuários nesta época. Em 1605, com o aumento da população europeia e do número de edificações, que se estendiam já de São Miguel ao largo fronteiro do actual Hospital Josina Machel [1], a vila de São Paulo de Luanda recebeu foral de cidade, sendo constituída a primeira vereação municipal [11]. Nesta época ergueram-se, na parte alta, as igrejas da Misericórdia, em 1576; a Sé Episcopal, em 1583, no local onde actualmente funciona Casa Militar da Presidência da República [13]; bem como a igreja dos Jesuítas, em 1593; o Convento de São José, em 1604, no local onde hoje se ergue o hospital; o palácio do governador, em 1607; e da Casa da Câmara, em 1623, onde, mais tarde, funcionou o Tribunal da Relação de Luanda [8].

Luanda tornou-se a partir de 1627 o centro administrativo da região - que se começou a chamar de Angola, mas cuja dimensão era muito limitada. Para a defender foi construída a Fortaleza de São Pedro da Barra, em 1618, e a Fortaleza de São Miguel de Luanda, em 1634. Isto, no entanto, não evitou a sua conquista pelos holandeses e o domínio da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, entre 1641 e 1648 [1].

Da reconquista à abolição do tráfico de escravos

Ver artigo principal: Reconquista de Angola
Salvador Correia de Sá e Benevides
Vista actual da Fortaleza de São Miguel de Luanda.
Planta de São Paulo da Assunção de Luanda no século XVII.

A tomada de Luanda pelos holandeses a 25 de Agosto de 1641 teve como consequência a brusca interrupção do fornecimento de escravos ao Brasil. A braços com uma longa guerra com a Espanha, a metrópole portuguesa era incapaz de pôr cobro à situação. Coube, pois, aos próprios governantes locais brasileiros, apoiados pela coroa portuguesa, a organização de uma expedição a Angola [14].

Uma primeira tentativa de reconquistar Angola foi chefiada pelo governador do Rio de Janeiro Francisco de Souto-Maior à frente de uma expedição constituída por oito navios e 500 soldados, incluindo dezenas de índios. Apesar de a expedição não ter alcançado o resultado esperado — tendo perecido o próprio Souto-Maior, bem como parte significativa dos soldados, esquartejados e devorados pelos jagas, tribo canibal aliada dos holandeses — o facto de terem logrado trazer para o Rio dois mil escravos, deu novo alento aos donos de engenho, que se entusiasmaram com uma nova expedição [14].

Dois anos mais tarde, nova esquadra de 15 navios atravessou o Atlântico Sul rumo a Luanda. A expedição, capitaneada pelo novo governador do Rio, Salvador Correia de Sá e Benevides, deixou a Baía de Guanabara no dia 12 de Maio de 1648, reunindo entre 1400 e 1500 homens, segundo o historiador Charles Ralph Boxer, entre portugueses, brasileiros e angolanos refugiados [15]. A esquadra aproximou-se da capital angolana no dia 12 de Agosto, tendo encontrado a cidade protegida por apenas 250 holandeses nos Forte do Morro e da Guia, já que o grosso da guarnição, comandada pelo holandês Symon Pieterszoon, se encontrava em Massangano, combatendo os portugueses com os jagas [14].

Apesar de nos recontros de Luanda terem perecido 150 portugueses, contra apenas três mortos e oito feridos do lado holandês, a expedição logrou infligir um golpe fatal aos holandeses, destruindo as suas peças de artilharia, vitais para a sustentação da defesa. Perante isso, o administrador holandês Cornelis Hendrikszoon Ouman pediu a paz. Nos termos da rendição ficou acordado que deixariam Luanda e os postos avançados no Kwanza e em Benguela, mas levando consigo os escravos que eram propriedade da companhia holandesa. Regressado de Massangano, Pieterszoon aceitou a rendição, mas não sem antes distribuir amplamente armas entre os jagas, para que pudessem oferecer resistência aos colonizadores [14].

Na sequência da vitória, Salvador de Sá assumiu o governo da Angola, rebaptizando o Forte do Morro de Forte de São Miguel, em homenagem ao patrono da expedição vinda do Brasil. A cidade de São Paulo de Luanda foi rebaptizada para São Paulo de Nossa Senhora da Assunção, alegadamente por "Luanda" fazer lembrar "Holanda", sendo por isso mal visto. A escolha da invocação deveu-se à cidade ter sido conquistada no dia da festa de Nossa Senhora da Assunção [16]. Imediatamente os navios negreiros embarcaram em direcção ao Brasil com sete mil escravos apinhados nos porões. Estava restabelecido assim o tráfico de escravos para o Brasil [14].

Quando os holandeses foram expulsos por Salvador Correia de Sá e Benevides, Luanda encontrava-se, segundo António de Oliveira de Cadornega, praticamente destruída, com igrejas e casas sem tectos e sem portas, tendo a maioria dos seus antigos habitantes sido dizimada ou se posto em fuga. Em carta que o Senado da Câmara dirigiu ao rei nos princípios de 1665, informava-se que a população branca de Luanda se resumia a 132 almas [8].

Para aumentar a população, a Provisão Real de 23 de Outubro de 1660 isentava os moradores de Luanda de comparticiparem nas guerras do sertão e, em 4 de Maio de 1675, foi proposta ao Conselho Ultramarino a vinda de pessoas sob a alçada da lei, com exclusão apenas daquelas sobre as quais recaíssem penas capitais [8].

Houve, no entanto, tentativas para reanimar a cidade. Logo em 1651 foi construída a actual Sé Arquiepiscopado e, em 1664, a Igreja da Nazaré, começando-se também a delinear a parte baixa da cidade, na zona onde já existia um mercado, conhecido por Quitanda Pequena, no local mais tarde ocupado pela Rua de Salvador Correia, hoje Rua da Rainha Ginga. Na parte alta, foi construído o hospício de Santo António, em 1668 – onde presentemente se encontra o jardim público, em frente ao Palácio do Governo – e a Igreja do Carmo, em 1661, marcando o início da urbanização da Ingombota [8].

Vista de Luanda em 1755

Mas a cidade e a província permaneceram num estado de quase letargia por cerca de um século, só se alterando claramente em 1764, quando ascendeu à suprema magistratura de Angola um dos mais qualificados representantes da administração pombalina: D. Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho [8].

De 1836 aos nossos dias

Luanda em 1883.

Enquanto apenas um quinto de suas importações eram originadas de Portugal, os outros quatro quintos eram com o Brasil. O equilíbrio na balança comercial era mantido com o intenso contrabando de escravos [17].

A cidade limitava-se a funções militares, administrativas e de redistribuição. A indústria era praticamente inexistente e a instrução pública pouco evoluída [17].

Em 1847, incluindo os edifícios públicos, a cidade contava com 144 casas com primeiro andar, 275 casas térreas e 1058 cubatas (cabanas de indígenas). Cidade de degredados, com cerca de cinco mil habitantes, possuía perto de cem tabernas, pelo que os viajantes a qualificavam como de moralidade duvidosa [17].

Em 1889, o governador Brito Capelo inaugurou um aqueduto que forneceu a cidade de água potável, anteriormente escassa, abrindo caminho para o grande crescimento de Luanda. Em 1872 Luanda recebeu o etnónimo de "Paris da África".

A partir de 1928, com o regime de excepção em Portugal, Luanda passa a ser mais utilizada como colónia penal. Nos primeiros anos do salazarismo, a população europeia da cidade era composta por condenados de delito comum e outros, utilizando uniformes de sarja azul escura com a inscrição D.D.A. em branco no peito e nas costas (Depósitos dos Degredados de Angola era como se chamavam as prisões e fortalezas de São Miguel e da Barra, onde permaneciam depositados os deportados e presos políticos em Luanda) [18].

Luanda é a maior e a mais densamente habitada cidade de Angola. Inicialmente projectada para uma população a rondar nos 500 mil habitantes, é hoje uma cidade sobre-habitada. Segundo os últimos estudos, vivem actualmente em Luanda mais de 5 milhões de habitantes.

Cronologia [19]

Geografia

Cidade de Luanda vista de satélite.

A cidade de Luanda é constituída por seis municípios: Cazenga, Ingombota, Kilamba Kiaxi, Maianga, Rangel e Sambizanga. Cacuaco, Samba e Viana fazem parte da província de Luanda, mas encontram-se já fora do perímetro urbano luandense.

A zona central de Luanda está dividida em duas partes, a Baixa de Luanda (a cidade antiga) e a Cidade Alta (conhecida pela "nova cidade"). A Baixa de Luanda está situada próxima do porto e tem ruas estreitas e antigos edifícios dos tempos coloniais. O litoral é marcado pela Baía de Luanda, formada pela protecção do litoral continental por meio da Ilha de Luanda e a Baía do Mussulo, ao sul do núcleo urbano principal, formada pela restinga do Mussulo [nota 2].

Não existem rios grandes que desemboquem no litoral da cidade, mas vários cursos de água formam o sistema de bacias pluviais de Luanda. Os rios mais próximos são o Kwanza, o maior rio de Angola que faz o limite sul entre a província de Luanda e a província do Bengo, e o rio Bengo que faz o limite norte com a mesma província.

Clima

Gráfico climático para Luanda
JFMAMJJASOND
 
 
25
 
29
24
 
 
36
 
30
25
 
 
76
 
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25
 
 
117
 
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13
 
28
23
 
 
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25
20
 
 
0
 
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19
 
 
0
 
24
19
 
 
3
 
25
20
 
 
5
 
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22
 
 
28
 
28
23
 
 
20
 
29
23
Temperaturas em °CPrecipitações em mm

O clima é quente e húmido, mas surpreendentemente seco, devido à corrente fria de Benguela que impede a condensação da humidade para gerar chuva. Frequentemente, o nevoeiro impede a queda das temperaturas durante a noite, mesmo durante o mês de Junho, que costuma causar secas completas até Outubro.

Luanda possui uma precipitação anual de 323 milímetros, mas a variabilidade está entre as mais altas do mundo, com um coeficiente de variação superior a 40%. O curto período de chuvas nos meses de Março e Abril depende de uma contra-corrente de norte que traz humidade à cidade.

Demografia e estrutura social

População de Luanda (1750-2007)

Crescimento populacional

Globalmente, a população de Luanda aumentou nas duas últimas décadas, como consequência da fuga de vastos contingentes populacionais das zonas rurais para a capital durante a Guerra Civil Angolana [20]. O resultado foi um crescimento muito acentuado, não controlado, que não deixou de provocar uma série de problemas sérios - desde a escassez de habitações, de saneamento básico e de empregos até um aumento da criminalidade [21], passando pelo desajustamento do sistema viário a um volume vertiginoso de trânsito.

        Ano         População
1815 18.000
1880 16.000
1900 20.000
1909 16.000
1921 20.000
1927 20.000
1934 17.900
1940 61.208
1950 137.000
1954 159.000
        Ano         População
1960 189.500
1964 224.540
1970 475.328
1974 600.000
1983 898.000
1987 1.136.000
1991 2.000.000
1995 2.080.000
2000 2.571.600
2008 2.524.459

Composição étnica e estrutura social

Os habitantes de Luanda são na sua grande maioria membros de grupos étnicos bantus. A população original da região são os Ambundu, em particular os do grupo (Axi)Luanda (Lwanda) de cujo nome deriva o da cidade. Aos Ambundu juntaram-se no século XX, na vigência do regime colonial, grupos bastante numerosos de Ovimbundu e de Bakongo, especialmente nas últimas décadas coloniais e durante a Guerra Anti-Colonial; esta imigração reforçou-se novamente em consequência da Guerra Civil Angolana, que também desencadeou a passagem de muitos Ambundu rurais para a capital. Esta alberga entretanto também minorias oriundas de todos os grandes grupos étnicos do país, dos Côkwe aos Ovambo.

Para além dos habitantes de origem bantu, Luanda teve durante o período colonial uma forte minoria de portugueses; no fim deste período foram mais de 50,000, entre já nascidos no país e recentemente imigrados. No momento do acesso de Angola à independência, a maior parte deste grupo deixou o país, entretanto, a população de portugueses, brasileiros e outros caucasianos voltou a ser tão numerosa como no início dos anos 1970. Convém salientar que em Luanda é particularmente alta a proporção da população mestiça, ou seja, de descendência negra e caucasiana.

Ao mesmo tempo, a estrutura da sociedade está a evoluir de acordo com uma dinâmica ainda mal estudada mas que, de qualquer modo, aponta no sentido de um processo cada vez mais acelerado de formação de classes e de desigualdades sociais [22].

Religião

Luanda tem, desde a sua fundação, uma população maioritariamente católica romana, embora actualmente a proporção dos católicos não praticantes esteja a aumentar. A cidade é a sede de um arcebispo católico, da Universidade Católica de Angola e de várias outras instituições católicas bem como de diferentes ordens religiosas. Ao mesmo tempo, tem vindo a crescer o segmento dos cristãos protestantes. A igreja protestante de implantação mais antiga em Luanda, e provavelmente até hoje com o número maior de fiéis, é a Igreja Metodista cujo bispado principal em Angola se encontra também na cidade. O forte afluxo de populações oriundas de outras partes do país, em razão da Guerra de Independência de Angola e da Guerra Civil Angolana, reforçou muito significativamente presença em Luanda da Igreja Batista, cuja principal base social se encontra entre os Bakongo, e da Igreja Evangélica Congregacional em Angola, principalmente enraizada entre os Ovimbundu. Das igrejas protestantes fundadas antes da independência, possuem em Luanda comunidades mais reduzidas a Igreja Luterana, a Igreja reformada e a Igreja Adventista. Desde fins da era colonial, mas especialmente a partir da independência, fundaram-se em Luanda numerosas igrejas pentecostais, actualmente várias centenas; em muitas verifica-se uma forte influência brasileira, em particular na Igreja Universal do Reino de Deus. A comunidade islâmica é ínfima e quase exclusivamente composta por imigrantes vindos de países da África Ocidental. Em Luanda já não há, praticamente, pessoas que professem religiões tradicionais africanas, embora elementos destas religiões possam ainda ser encontradas em pessoas pertencentes a igrejas cristãs [23].

Política e administração

Divisão administrativa

Fundada em 1576, a vila de São Paulo de Luanda recebeu foral em 1605, ascendendo à categoria de cidade, sendo constituída a primeira vereação municipal nesse mesmo ano[11].

Após a independência de Angola, em 1975, o município de Luanda foi extinto, dividindo-se o território da cidade, primeiro, em três municípios e, depois, em nove: Cazenga, Ingombota, Kilamba Kiaxi, Maianga, Rangel, Sambizanga, Samba, Viana e Cacuaco.[24] Pela Lei n.º 29/11, de 1 de Setembro,[25] foi restaurado o município de Luanda, perdendo a categoria municipal Ingombota, Kilamba Kiaxi, Maianga, Rangel, Samba e Sambizanga.[24]

O novo município de Luanda está dividido em 13 distritos urbanos: Golfe, Ilha do Cabo, Ingombota, Kilamba Kiaxi, Maianga, Neves Bendinha, Ngola Kiluanje, Palanca, Prenda, Rangel, Samba, Sambizanga, Vila Alice. [26] Viana e Cacuaco mantêm-se como municípios da Província de Luanda.

Relações internacionais (geminações)

Economia

Vista parcial da região central de Luanda

Luanda é o principal centro financeiro, comercial e economico da Angola. O que melhor ilustra esta posição da cidade é a presença das sedes das principais empresas do país: Angola Telecom, Unitel, Endiama, Sonangol, Linhas Aéreas de Angola e Odebrecht Angola, dentre outras[30]. Uma das consequências desta constelação é que Luanda foi classificada, em 2011, como a cidade mais cara do mundo, e que uma camada extremamente rica da população vive ao lado de uma maioria pobre ou remediada[31].

Sectores em destaque

A indústria transformadora (principal actividade de Luanda) inclui alimentos processados, bebidas, têxteis, cimento e outros materiais de construção, produtos plásticos, metais, cigarros, e sapatos. O petróleo (encontrado em depósitos off-shore próximos) é refinado na cidade, em instalações que foram várias vezes atacadas durante a guerra civil angolana (1975-2002). Luanda possui um excelente porto natural, de onde exporta principalmente café, algodão, açúcar, diamantes, ferro e sal. A cidade também possui uma próspera indústria da construção civil, um efeito económico bom para o país, que experimentou, desde 2002, um retornou à estabilidade política com o fim da guerra civil. A cidade é a mais desenvolvida de Angola e o único grande centro económico do país. Vale a pena mencionar, no entanto, os musseques que prolongam Luanda muitos quilómetros para além da antiga cidade, como resultado de várias décadas de conflitos armados, agravadas pelo aumento das desigualdades sociais e pela corrupção generalizada.

Em 2007 foi inaugurado em Luanda o primeiro centro comercial de Angola, o Belas Shopping, totalmente climatizado, com oito salas de cinema e zona de alimentação, área de lazer e uma centena de lojas [32].

Reconstrução e obras públicas

Prédios em construção na Maianga, Luanda.

Após o final da guerra civil em 2002, Angola tem vivido um período de grande prosperidade económica, sendo hoje uma das economias de maior crescimento a nível mundial [33]. Nos últimos anos, o governo central tem vindo a desenvolver um ambicioso plano de reconstrução nacional que, embora abranja todas as regiões do país, tem privilegiado a zona da capital.

Em Luanda a reconstrução é evidente em quase todos os aspectos da sociedade. A reabilitação de estradas, incluindo o seu alargamento e a aplicação de novos tapetes de asfalto, está a ser feita por toda a cidade. A construtora brasileira Odebrecht está actualmente a ultimar a construção de duas auto-estradas de seis faixas de rodagem: uma das vias — chamada Auto-Estrada Periférica de Luanda — permite agora o acesso rápido ao Cacuaco, Viana, Samba, Kilamba Kiaxi, ao Estádio Nacional 11 de Novembro (construído para o CAN 2010) e ao futuro aeroporto de Luanda; a outra via liga o centro da cidade de Luanda a Viana, estando prevista a sua conclusão até ao final de 2009 [34].

As construtoras portuguesas Mota Engil e Soares da Costa ganharam um concurso de 136 milhões de dólares para a renovação da Baía de Luanda. O projecto envolve a despoluição da baía, o alargamento para 6 faixas de rodagem dos 5 km da Avenida 4 de Fevereiro, ligando o porto de Luanda à Ilha de Luanda, a construção de 12 parques de estacionamento, zonas verdes e áreas de lazer. O projecto deverá estar concluído em finais de 2011 [35].

Está também a ser feito um grande investimento na habitação social para abrigar muitos dos que actualmente habitam nos musseques que dominam a paisagem de Luanda. Uma grande empresa chinesa ganhou um contrato do governo para construir a maior parte dessas casas [36]. O adjunto do primeiro-ministro declarou em 2008 que a pobreza em Angola seria combatida "com programas de diversificação da economia, criação de empregos e construção de habitações sociais" [37]. Em 2009, o primeiro-ministro António Paulo Kassoma anunciou que o programa de urbanismo e habitação lançado pelo Governo previa a construção de mais de um milhão de fogos até 2012, grande parte deles em Luanda [38].

Turismo

Um dos mais belos cartões-postais de Luanda, a Avenida 4 de Fevereiro, conhecida simplesmente como Marginal, exibe o contraste entre a beleza natural da Baía de Luanda e os edifícios modernos ao seu redor.

A ilha de Luanda, à entrada da baía de Luanda, possui belíssimas praias de areias brancas e águas claras, ornadas por coqueiros. Na ilha existe uma excelente estrutura de entretenimento, com muitos bares e restaurantes.

O carnaval da cidade, tem sido cada vez mais procurado pelos visitantes [39].

A Marginal é sobejamente conhecida pelos inúmeros transeuntes que se passeiam e aí fazem desporto diariamente. Mais recentemente, algumas personagens do mundo dos media e publicidade têm tentado promover a marginal como um local hippie chique, se bem que duramente criticados pela população que sente repulsa por estas novas tendências, que são desajustadas ao significado da marginal. "Hippie chiques é para casamentos" dizia um frequentador da marginal em off e em tom de desabafo.

Pontos de interesse turístico nos arredores de Luanda:

Estrutura urbana

Devido ao grande crescimento populacional vivido pela cidade, o preço da terra/terreno aumentou e os musseques da cidade estenderam-se até próximo da fronteira de cidades como Viana. Apenas 20% da cidade tem água e saneamento básico e apenas 30% das casas têm água corrente. No entanto, existem projectos inovadores, como a urbanização de Luanda Sul que visa melhorar esta situação.

Educação

Luanda abriga um número considerável de universidades sendo o principal pólo universitário do país. Em 2008 foi lançado o projecto da Cidade Universitária que abrigará o primeiro Parque Científico e Tecnológico de Angola [40]. O projecto do parque é voltado para o sector da Tecnologia da Informação.

Existem ainda outras universidades privadas, de fundação recente, a Universidade de Belas, a Universidade Lusófona, a Universidade Metropolitana de Angola, a Universidade Independente de Angola, e a Universidade Metodista de Angola. O elenco é completado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais de Angola. Foi ainda anunciada pele Arábia Saudita a intenção de constituir uma Universidade Islâmica.

Saúde

Luanda conta com vários hospitais como o Hospital Josina Machel, ex-Hospital Maria Pia (Maianga), o Hospital Américo Boavida (Rangel), o Hospital Militar (Maculusso), o Hospital de Queimados Neves Bendinha, a Clínica Girassol (Maianga, propriedade da petrolífera Sonangol), a Clínica Multiperfil (Morro Bento), a Clínica Sagrada Esperança (Ingombota e Talatona, propriedade da Empresa Nacional de Diamantes).

Nos últimos anos, os principais hospitais públicos da capital têm vindo a ser reformados e reequipados, tendo sido construídos mais de 50 postos de saúde em bairros da periferia.

Transportes

Luanda é o ponto de partida de uma linha de caminho-de-ferro que serve o interior a leste da cidade, sem no entanto atingir a fronteira da República Democrática do Congo. A cidade é servida pelo Aeroporto 4 de Fevereiro. O principal sistema de transporte no interior da cidade são os táxis, também chamados de candongueiros, nome popular dado aos veículos de transporte de passageiros em Angola (no Brasil são chamados de vans ou lotações). Geralmente são carrinhas pintadas de branco e azul informais que percorrem toda a cidade, realizando também viagens para várias províncias do país.

Cultura

Cinema e teatro

Tem destaque na cultura da cidade, diversos teatros tais como: Teatro Municipal de Luanda, Teatro Elinga e Teatro Avenida.

Património edificado

A Biblioteca Nacional de Angola e Biblioteca do Governo Provincial de Luanda são as mais importantes da cidade bem como o Arquivo Histórico de Angola.

Museus

Monumento a Agostinho Neto

Luanda abriga os mais importantes museus do país, tais como:

Desporto

O futebol é o desporto mais seguido em Luanda, sendo o Petro Luanda o clube com mais apoio. Outros clubes importantes são, Clube Desportivo Primeiro de Agosto, Grupo Desportivo Interclube e Atlético Sport Aviação. O Estádio da Cidadela é o maior da cidade [47]. Outros estádios importantes são o Estádio dos Coqueiros, o segundo maior e o Estádio Joaquim Dinis [47]. No Campeonato do mundo de futebol de 2006 a Selecção Angolana de Futebol era composta por mais da metade de jogadores naturais de Luanda. O Campeonato Africano das Nações 2010 teve a sua abertura, jogo inicial e final, realizados no Estádio Cidade Universitária.

Outro destaque do desporto é o automobilismo devido ao facto de ficar situado na cidade o Autódromo de Luanda, inaugurado em 1972. O Clube Naval de Luanda também tem grande importância para o desporto da cidade por ser um dos clubes mais antigos da cidade e um dos mais antigos clubes náuticos de África [48], fundado a 23 de maio de 1883, bem como o antigo Clube Desportivo Nun'Alvares (actual Clube Náutico da Ilha de Luanda), fundado a 28 de fevereiro de 1924 que ainda hoje continua a ser o clube náutico mais representativo da cidade [49]. Por ser a capital do país é sede de diversas organizações desportivas nacionais de Angola, como o Comité Olímpico Angolano e várias federações.

Notas

  1. Segundo uma estimativa da ONU em 2004 eram 4,5 milhões; 4,8 de acordo com uma estimativa de 2007; em 2010 terão seguramente já ultrapassado os 5 milhões, não contando com a área urbana chamada de "Grande Luanda" que inclui zonas não incluídas nos limites do município.
  2. O estudo de referência para a situação alcançada na última fase colonial é Ilídio do Amaral (1968). Luanda: Estudo de geografia urbana. Lisboa: Junta de Investigações do Ultramar .
  3. Uma descrição detalhada e análise crítica encontra-se em Paulo de Carvalho, Víctor Kajibanga, Franz-Wilhelm Heimer, “Angola”, in: D. Teferra & P. Altbach (orgs.), African Higher Education: An International Reference Handbook, Bloomington & Indianapolis: Indiana University Press, 2003, pp. 162-175

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Ligações externas

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