Podemos (Brasil): diferenças entre revisões
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Revisão das 00h24min de 27 de janeiro de 2022
Podemos | |
---|---|
Número eleitoral | 19[1] |
Presidente | Renata Abreu[1] |
Fundação | 05 de março de 1995 (29 anos)[2] |
Registro | 2 de outubro de 1997 (26 anos)[1] |
Sede | Lago Sul, Brasília, Distrito Federal[3] |
Ideologia | Atual: Liberalismo social[4] Democracia direta[5] Histórica: (1997 a 2017) Trabalhismo[6][2] Nacionalismo[2] |
Espectro político | Centro a Direita[6][7][8][9] |
Think tank | Fundação Podemos |
Ala de juventude | JPodemos[10] |
Fusão | Incorporou o PHS |
Membros (2021) | 407.915[11] |
Governadores (2022)[12] | 0 / 27 |
Prefeitos (2020)[13] | 104 / 5 568 |
Senadores (2022)[14] | 9 / 81 |
Deputados federais (2022)[15] | 10 / 513 |
Deputados estaduais (2018) | 28 / 1 024 |
Vereadores (2020)[16] | 1 528 / 56 810 |
Cores | Verde Azul |
Slogan | "Podemos mudar o Brasil" |
Página oficial | |
podemos | |
Política do Brasil |
Podemos (PODE), originalmente denominado Partido Trabalhista Nacional (PTN), é um partido político brasileiro.[6] A legenda tem sido comandada pela família Abreu (Dorival de Abreu, José Masci de Abreu e Renata Abreu) desde sua fundação, em 1995. Em 2016, mudou seu nome para "Podemos" inspirado no slogan da campanha de Barack Obama à presidência dos EUA, "sim, nós podemos" (em inglês: "yes, we can")[17][18]; oficializado pelo TSE em maio de 2017.[19] Em dezembro de 2018 o partido incorporou o Partido Humanista da Solidariedade (PHS).[20] Em dezembro de 2021 possuía 407.915 filiados.[11] Apesar de ser, em número de filiados, o décimo terceiro maior partido brasileiro[11], é o terceiro com mais senadores.[14]
História
Fundação
O PTN foi fundado em 25 maio de 1995, ganhando o registro provisório no mesmo ano.[2] Obteve o registro definitivo da legenda em 2 de outubro de 1997,[1] tendo sido dirigido pelo ex-deputado petebista Dorival de Abreu.[2] A agremiação pretendia recriar o PTN, partido que veio a eleger Jânio Quadros, fundado, na origem, por uma dissidência economicamente nacionalista do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) getulista.[2]
1998 a 2016
Nas eleições de 1998, lançou como candidata à presidência sua secretária geral, Thereza Ruiz, obtendo votação superior a 100 mil votos e ficando em 10° lugar.[21]
Em São Paulo, apresentou o candidato a governador Fred Corrêa nas eleições de 2006 mas foi derrotado ao obter apenas 4.523 votos e ficar em 14° lugar.[22] Entretanto, elegeu 6 deputados estaduais no país.[2]
Entre 2008 e 2012, elegeu 28 prefeitos, 748 vereadores e 6 deputados estaduais.[2]
Após o falecimento de Dorival, seu irmão, o ex-deputado federal José de Abreu, dirigiu a legenda até 2013, sendo substituído pela sua filha, a também deputada federal Renata Abreu.
No pleito de 2014, elegeu 4 deputados federais, sendo eles: João Carlos Bacelar Batista (BA), Christiane Yared (PR), Edson Moreira (MG) e Renata Abreu (SP). Na época, também elegeu 14 deputados estaduais mas manteve um desempenho eleitoral pouco significativo.
Devido sua pouca projeção, gradualmente acomodou seu programa às novas preferências políticas, passando a também agremiar nomes mais à direita e adotar uma perspectiva economicamente liberal. Nesse liame, com a janela partidária no início do ano de 2016, vários parlamentares trocaram de legenda e o destino de alguns deles foi o PTN que, à época, passou a ter 13 deputados federais. Ainda como PTN, obteve o maior crescimento proporcional no número de prefeituras nas eleições de 2016.[18]
Troca de nome e história recente
Em maio de 2017, o então "Partido Trabalhista Nacional" foi autorizado a mudar de nome e passou a ser denominado "Podemos".[19] A mudança foi uma tentativa de modernização devido à crise político-econômica de 2014.[23] Baseado em pesquisas e estudos de consultorias, a organização foi renomeada por inspiração no mote "sim, nós podemos" (yes, we can) da campanha de Barack Obama à presidência dos EUA em 2008 e sem qualquer relação com o partido espanhol Podemos. A essa época, a bancada do partido foi caracterizada como de centro-direita com parlamentares conservadores pelo presidente do diretório estadual na Bahia, João Carlos Bacelar Batista, enquanto que a nova organização buscaria o centrismo, segundo seus dirigentes.[24][18][25][26]
Ainda em 2017, passou a ter representatividade no Senado Federal com a filiação de Alvaro Dias (ex-Partido Verde (PV) e de Romário, que havia deixado o Partido Socialista Brasileiro (PSB). Em agosto, o partido recebeu a filiação de José Medeiros (ex-Partido Social Democrático (PSD), senador pelo Mato Grosso.
Em virtude da delação da JBS, em 18 de maio do mesmo ano, foi o primeiro partido a abandonar a base aliada do governo Michel Temer, saindo também do bloco partidário do qual integrava ao lado do Partido Progressista (PP) e do Partido Trabalhista do Brasil (PTdoB, atual Avante), então declarou-se independente em relação ao governo.[27] Posteriormente, fez o mesmo com os deputados estaduais Chiquinho da Mangueira e Jorge Moreira Teodoro, conhecido como Dica, por votarem para livrar os colegas Jorge Picciani, então presidente da Alerj, Paulo Melo e Edson Albertassi da prisão, sendo estes alvos da Operação Cadeia Velha.[28] Por fim, expulsou o deputado Alexandre Baldy após o mesmo aceitar o cargo de Ministro das Cidades do governo Temer.[29]
Como candidato à presidência nas eleições de 2018, lançou Alvaro Dias.[30] Para acompanhá-lo, Paulo Rabello de Castro, um ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi escolhido como candidato a vice-presidente.[31] No pleito da campanha, foi defendido um pacto social para refundar a República, o aumento de investimentos nos setores de educação, além de uma reforma tributária e política do país.[32]
Em 21 de dezembro de 2018, incorporou o Partido Humanista da Solidariedade (PHS).[20]
Nas eleições municipais de 2020, elegeu 1.524 vereadores e 99 prefeitos, entre os quais, seu primeiro prefeito de uma capital: Eduardo Braide em São Luís, Maranhão.[33] Em 2021, o partido passou a filiar importantes nomes, dissidentes do governo de Jair Bolsonaro, como o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro e o general Santos Cruz.[34][35]
Ideologia
Segundo representantes como sua presidente nacional, Renata Abreu, o Podemos não é de esquerda ou de direita, mas "para a frente", defensor de mais participação popular no processo de tomada de decisões.[24][8][7][36]
O partido defende mais mecanismos de democracia direta no Brasil, seja através de plebiscitos e referendos (como proposto na PEC 330/2017, de autoria de Renata Abreu, que propõe que a cada eleição o povo possa votar em mais do que candidatos, mas também em temas importantes de interesse da maioria[37]), veto popular (como defende a PEC 331/2017, também de Renata Abreu, que pretende incluir na constituição o direito do povo de vetar leis já aprovadas[38]) ou direito de revogação (conforme propõem a PEC 37/2016, de Alvaro Dias[39], e a PEC 332/2017, de Renata Abreu[40]).
Na análise clássica das ciências políticas, é definido como de centro a centro-direita por englobar, em sua ideologia, a defesa da distribuição de renda[41][42][43], da política verde[44][45], dos direitos da mulher[46][47][48], da liberdade socioeconômica com devida intervenção estatal[49][50][51][52], do voto facultativo, do desarmamento civil[53][54][55] e de políticas de prevenção ao uso de drogas.[56][57][58] Ademais, por ter adotado uma postura anticorrupção após sua renovação em 2017, é favorável ao fim do Foro Privilegiado, à prisão em segunda instância, à transparência com contas/contratos públicos[59], à Operação Lava-Jato e contra o aumento do fundo eleitoral e partidário.[60]
Organização
Parlamentares atuais
|
Número de filiados
|
Desempenho eleitoral
Legislatura | Bancada | % | ± |
---|---|---|---|
50ª (1995–1999) | 0 / 513 |
0,00 | 0 |
51ª (1999–2003) | 0 / 513 |
0,00 | 0 |
52ª (2003–2007) | 0 / 513 |
0,00 | 0 |
53ª (2007–2011) | 0 / 513 |
0,00 | 0 |
54ª (2011–2015) | 0 / 513 |
0,00 | 0 |
55ª (2015–2019) | 4 / 513 |
0,77 | 4 |
56ª (2019–2023) | 11 / 513 |
2,14 | 7 |
Os números das bancadas representam o início de cada legislatura, desconsiderando, por exemplo, parlamentares que tenham mudado de partido posteriormente.
Eleições estaduais
Participação e desempenho do PODE nas eleições estaduais de 2018[62] | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Candidatos majoritários eleitos (7 governadores e 11 senadores).
Em negrito estão os candidatos filiados ao PODE durante a eleição.
|
Eleições presidenciais
Ano | Imagem | Candidato(a) a Presidente | Candidato a Vice-Presidente | Coligação | Votos | Posição |
---|---|---|---|---|---|---|
1998 | — | Thereza Ruiz
(PTN) |
Eduardo Gomes
(PTN) |
sem coligação | 166.138 (0,23%) | 10ª |
2010 | Dilma Rousseff
(PT) |
Michel Temer
(PMDB) |
Para o Brasil Seguir Mudando | 55.752.529 (56,05%) | 1ª | |
2014 | Aécio Neves
(PSDB) |
Aloysio Nunes
(PSDB) |
Muda Brasil | 51.036.040 (48,36%) | 2ª | |
2018 | Alvaro Dias
(PODE) |
Paulo Rabello de Castro
(PSC) |
Mudança de Verdade | 859.574
(0,8%) |
9ª |
Referências
- ↑ a b c d TSE. «Partidos políticos registrados no TSE». Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ a b c d e f g h «História do Podemos». podemos.org.br. Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ «Pelo Brasil». podemos.org.br. Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑
- «Reforma Tributária, investimentos públicos e pacto entre estado e iniciativa privada: Parlamentares do Podemos apontam saídas para crise provocada pelo coronavírus». podemos.org.br. 6 de maio de 2020. Consultado em 8 de junho de 2021
- Martins, Lasier (5 de novembro de 2020). «ARTIGO - A conta da pandemia». podemos.org.br. Consultado em 8 de junho de 2021
- «Folha I Pré-candidato à Presidência, Alvaro Dias diz que o políticos precisam mudar». podemos.org.br. 22 de novembro de 2017. Consultado em 8 de junho de 2021
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- ↑
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