Patriota (Brasil)
Patriota | |
---|---|
"Brasil acima de tudo." | |
Número eleitoral | 51 |
Presidente | Adilson Barroso |
Fundação | 9 de agosto de 2011 (9 anos) |
Registro | 19 de julho de 2012 (8 anos)[1] |
Sede | Brasília, Distrito Federal (Brasil) |
Ideologia | |
Espectro político | Centro-direita a Direita a Extrema-direita[5][6][7] |
Religião | Cristianismo[3] |
Ala jovem | Juventude Patriota[8] |
Membros (2021) | 337 031 filiados[9] |
Governadores (2020) | 0 / 27 |
Prefeitos (2020) | 49 / 5 568 |
Senadores (2020) | 0 / 81 |
Deputados federais (2020) | 6 / 513 |
Deputados estaduais (2018) | 12 / 1 024 |
Vereadores (2020) | 719 / 56 810 |
Cores | |
Página oficial | |
patriota51 | |
Política do Brasil |
O Patriota[nota 1] é um partido político brasileiro. Obteve seu registro definitivo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 19 de junho de 2012. Seu código eleitoral é o 51.[11] Em 2017, após enquete eletrônica, o comando nacional do partido deixou a designação de fundação Partido Ecológico Nacional (PEN),[12][13][14] renomeação esta autorizada pelo TSE em 26 de abril de 2018.[15] Em janeiro de 2021 possuía 337.031 filiados.[9]
História[editar | editar código-fonte]
O partido foi fundado em 9 de agosto de 2011. O presidente do partido está ligado à Assembleia de Deus,[16] mas o Partido acolhe filiados de todos os credos. Para a eleição presidencial de 2014, o partido tinha interesse em atrair a candidatura de Marina Silva, caso o registro do partido Rede Sustentabilidade (REDE) não obtivesse sucesso. Entretanto, a política optou pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Consequentemente o partido acabou entrando para a coalizão Muda Brasil, liderada pelo PSDB, partido do então candidato a presidência Aécio Neves e naquele ano o PEN só conseguiu eleger dois parlamentares; além disto, Adilson Barroso, presidente e fundador do partido, não conseguiu o número necessário de votos para se eleger ao cargo de deputado federal.[17]
Em 2016, o Partido Ecológico Nacional protocolou ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a prisão em segunda instância,[carece de fontes] como também fez a Ordem dos Advogados do Brasil. O entendimento favorável à possibilidade de prisão obtido em fevereiro foi mantido em outubro, ou seja, foi aprovado em duas ocasiões por maioria dos ministros.[18] A sentença foi vista pela sociedade como uma aliada na luta contra a impunidade,[19][20] tendo apoio da Associação dos Juízes Federais do Brasil, Associação Nacional dos Procuradores da República, Associação dos Magistrados do Brasil, Procuradoria-Geral da República, juiz federal Sergio Moro e procuradores da Operação Lava Jato.[21][22]
Mudança de nome[editar | editar código-fonte]
No segundo semestre de 2017, após o Partido Social Democrata Cristão (PSDC) negar interesse em filiar o político Jair Bolsonaro, este e o partido anunciaram a filiação dele ao PEN. Somado a isso, foi posta no perfil do partido no Facebook uma enquete para sugerir um novo nome para o PEN. Dentre as cinco opções dadas, havia a continuação do nome, a homenagem ao Partido de Reedificação da Ordem Nacional (PRONA) e outras três novas denominações: Pátria Amada Brasil (PAB), Patriotas e Republicanos.[23][24]
Em 10 de agosto o comando nacional optou pela nova denominação Patriota.[25] Em 26 de setembro de 2017, no contexto da crise político-econômica de 2014,[26] o PEN entrou com pedido de alteração de nome e sigla junto ao TSE, visando se descolar da crise política.[27][28] A autorização pelo TSE foi obtida em 26 de abril de 2018, sendo rejeitada a contestação da organização política Patriotas (de sigla PATRI também) que buscava registrar-se como partido político no tribunal.[29][30][31]
Após um conflito interno, em janeiro de 2018, Jair Bolsonaro desistiu da filiação ao Patriota e optou por se filiar ao Partido Social Liberal (PSL). Entretanto, o partido manteve a proposta de mudança de nome e estatuto. Adilson Barroso, presidente do partido, também falou na possibilidade de duas outras opções se candidatarem a presidência da república, como o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa e o cirurgião plástico Dr. Rey,[32] que era filiado ao partido desde 2014. Em 2018, o partido anunciou a pré-candidatura do ex-bombeiro e deputado Cabo Daciolo à presidência.[33] Daciolo recebeu 1.348.323 votos (1,26%), terminando no sexto lugar.[34]
Logo após a instituição do novo estatuto partidário do Patriota, muitos políticos e militantes não concordaram com alguns preceitos. O deputado Walney Rocha (PATRI-RJ) e o deputado Júnior Marreca (PATRI-MA), este último aliado do governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB), atacou a regra que proibia que candidatos do partido se aliassem com partidos de extrema-esquerda, e chegaram a protocolar uma ação judicial que barrava a instituição do novo estatuto.[35] O novo nome do partido também gerou controvérsias, principalmente porque já existia um partido em formação chamado "Patriotas" no plural, o que levou muitos internautas a acessarem o site do Patriotas achando que era do Patriota. Essa confusão levou o fundador do partido em formação a entrar com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral para tentar impedir a renomeação do partido.[36]
Devido a não superarem a cláusula de barreira nas eleições de 2018, ficando sem acesso ao fundo partidário, o Partido Republicano Progressista (PRP) e o Patriota (PATRI) decidiram se fundir, para juntos alcançarem o limiar mínimo exigido para acesso ao fundo partidário.[37] Em 28 de março de 2019, o plenário do TSE aprovou a incorporação do PRP ao Patriota e a solicitação para deixar de usar a sigla "PATRI".[38]
Eleições 2020[editar | editar código-fonte]
Nas eleições municipais de 2020, o partido elege 49 prefeituras e 719 vereadores.
Programa partidário[editar | editar código-fonte]
O partido defende o aumento no investimento das forças armadas e a segurança publica e a adoção do modelo econômico Liberal para ajudar no desenvolvimento econômico do país.[39]
Com a candidatura de Cabo Daciolo, deputado que se tornou conhecido após os debates por sua personalidade distinta e falas polêmicas, o partido adotou uma nova agenda religiosa e militarista.[40]
Participação e desempenho eleitorais[editar | editar código-fonte]
Nas eleições estaduais de 2014, o PEN participou de várias coligações amplas, ajudando a eleger onze governadores e nove senadores de diversos partidos, que compõem o governo federal ou que fazem oposição a ele.
Candidatos majoritários apoiados pelo PEN em 2014[41] | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Legenda: em azul estão os candidatos eleitos.
|
Participação do partido em eleições presidenciais[editar | editar código-fonte]
O partido apoiou a coligação "Muda Brasil", liderada por Aécio Neves nas eleições presidenciais de 2014, ficando em segundo lugar junto com os demais partidos. Em 2018, após a filiação de Jair Bolsonaro ao partido não acontecer, o Patriota anunciou Cabo Daciolo como seu primeiro candidato à Presidência da República próprio, não se coligando com nenhum partido.[42] Daciolo ficou em 6º lugar com 1.3 milhão de votos, ficando a frente de candidatos fortes como Marina Silva, Álvaro Dias e Henrique Meirelles.[43][44]
Ano | imagem | Candidato a Presidente | Candidato a Vice-Presidente | Coligação | Votos | % | Colocação |
---|---|---|---|---|---|---|---|
2014 | Aécio Neves (PSDB) |
Aloysio Nunes (PSDB) |
Muda Brasil (PSDB, SD, PMN, PEN, PTN, PTC, DEM, PTdoB e PTB) |
51 036 040 | 48,36 | 2.º | |
2018 | Cabo Daciolo (PATRI) |
Suelene Balduino Nascimento (PATRI) |
sem coligação | 1 348 323 | 1,26 | 6.° |
Notas e referências
Notas
Referências
- ↑ Tribunal Superior Eleitoral (TSE). «TSE - Partidos políticos registrados no TSE». Consultado em 7 de novembro de 2015
- ↑ O que é o PEN, partido que quer lançar Bolsonaro à Presidência
- ↑ a b c d e f Proposta Patriota
- ↑ a b Estatuto Patriota
- ↑ «Maioria dos partidos se identifica como de centro». Estadão Conteúdo. Istoé. 25 de dezembro de 2019. Consultado em 19 de novembro de 2020. Cópia arquivada em 19 de novembro de 2020«O que significa esquerda, direita e centro na política? - Política». Estadão. Consultado em 15 de dezembro de 2018
- ↑ Direita cresce e engole o centro no Congresso mais fragmentado da história
- ↑
- «A divertida confusão no grupo do partido de direita que tentou livrar Lula da prisão». João Frey. 6 de abril de 2018. Consultado em 15 de dezembro de 2018
- «Filiação 'pré-datada' de Bolsonaro ao Patriota irrita integrantes do partido - Brasil - BOL BOL». noticias.bol.uol.com.br. Consultado em 15 de dezembro de 2018
- «O que é o PEN, partido que quer lançar Bolsonaro à Presidência». Nexo Jornal. Consultado em 15 de dezembro de 2018
- «"Somos o único partido de direita do Brasil"». O Antagonista. 25 de fevereiro de 2018. Consultado em 15 de dezembro de 2018
- ↑ Juventude Patriota
- ↑ a b «Estatísticas do eleitorado – Eleitores filiados». www.tse.jus.br. Consultado em 9 de fevereiro de 2021
- ↑ https://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partidos-registrados-no-tse/partido-patriota
- ↑ «TSE aprova a criação do 30º partido político do Brasil, o PEN - 19/06/2012 - Poder». Folha de S.Paulo. Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ Minas, Estado de; Minas, Estado de (10 de agosto de 2017). «Partido de Bolsonaro vira Patriotas e faz 'live' para anunciar filiação». Estado de Minas. Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ «Bolsonaro escolhe o PEN para se lançar à Presidência em 2018 - 31/07/2017 - Poder». Folha de S.Paulo. Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ Página 3, Jornal (31 de julho de 2017). «Bolsonaro escolhe o PEN para se lançar à Presidência em 2018». Jornal Página 3 - Notícias de Balneário Camboriú. Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ «Aprovada alteração do nome do Partido Ecológico Nacional (PEN)». www.tse.jus.br. Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ Siuda-Ambroziak, Renata (2014). «A religião e política no Brasil contemporâneo – o caso das eleições presidenciais de 2010». Revista del CESLA. International Latin American Studies Review (17): 101–115. ISSN 1641-4713
- ↑ «O que é o PEN, partido que quer lançar Bolsonaro à Presidência». Nexo Jornal. Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ G1, Renan RamalhoDo; Brasília, em (5 de outubro de 2016). «Supremo mantém possibilidade de prisão a condenados em 2ª instância». Política. Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ «Contra impunidade, STF mantém prisão na 2ª instância». VEJA.com. Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ «Julgamento no STF é decisivo para conter a impunidade». O Globo. 5 de outubro de 2016. Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ «Prisão após condenação em segunda instância recebe elogios». Jornal Nacional. 6 de outubro de 2016. Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ Minas, Estado de; Minas, Estado de (18 de fevereiro de 2016). «STF libera prisão após 2ª instância e condenado será preso mais cedo». Estado de Minas. Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ «O que é o PEN, partido que quer lançar Bolsonaro à Presidência». Nexo Jornal. Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ «Depois de anunciar Bolsonaro, PEN lança enquete para mudar de nome». Poder360. 31 de julho de 2017. Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ Minas, Estado de; Minas, Estado de (10 de agosto de 2017). «Partido de Bolsonaro vira Patriotas e faz 'live' para anunciar filiação». Estado de Minas. Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ «Diante de crise política, partidos mudam de nome para atrair eleitores em 2018». G1. Consultado em 18 de novembro de 2020
- ↑ «PEN, futuro partido de Bolsonaro, pede para mudar nome para Patriota». Valor Econômico. 26 de setembro de 2017. Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ Minas, Estado de; Minas, Estado de (26 de setembro de 2017). «Em busca da filiação de Bolsonaro, PEN formaliza no TSE pedido para virar Patriota». Estado de Minas. Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ «Aprovada alteração do nome do Partido Ecológico Nacional (PEN)». www.tse.jus.br. Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ Redação. «PEN tem pedido de mudança de nome aprovado pelo TSE e passa a se chamar Patriota». Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ «Patriotas acusa Bolsonaro de 'usurpador' - Política». Estadão. Consultado em 26 de agosto de 2019
- ↑ «Sem Bolsonaro, Patriota avalia convite a Joaquim Barbosa e Dr. Rey». Gazeta do Povo. Consultado em 26 de agosto de 2019
- ↑ «Patriota lança Cabo Daciolo como candidato à Presidência». Terra. Consultado em 26 de agosto de 2019
- ↑ «Cabo Daciolo 51 - Eleições 2018». Eleições 2018. Consultado em 16 de fevereiro de 2019
- ↑ «Partido acusa Bolsonaro e PEN de roubar nome de sigla - Rádio Jornal». web.archive.org. 26 de dezembro de 2017. Consultado em 26 de agosto de 2019
- ↑ «Partido acusa Bolsonaro e PEN de roubar nome de sigla - Rádio Jornal». web.archive.org. 26 de dezembro de 2017. Consultado em 26 de agosto de 2019
- ↑ «Sai fusão do Patriota com o PRP. Fica o nome Patriota e Adilson Barroso será o presidente». Jornal Opção. 17 de dezembro de 2018. Consultado em 26 de agosto de 2019
- ↑ Venturini, Lilian (1 de agosto de 2017). «O que é o PEN, partido que quer lançar Bolsonaro à Presidência». Nexo Jornal. Consultado em 1 de agosto de 2017
- ↑ «Proposta Patriota – PATRIOTA 51». Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ Paulo, iG São (10 de agosto de 2018). «Quem é Cabo Daciolo, o candidato que roubou a cena durante debate - Política - iG». Último Segundo. Consultado em 26 de agosto de 2019
- ↑ «Estatísticas eleitorais 2014». www.tse.jus.br. Consultado em 1 de agosto de 2017
- ↑ Paulo, iG São (10 de agosto de 2018). «Quem é Cabo Daciolo, o candidato que roubou a cena durante debate - Política - iG». Último Segundo. Consultado em 26 de agosto de 2019
- ↑ «Cabo Daciolo, do Patriota, fica em 6º na corrida presidencial». G1. Consultado em 26 de agosto de 2019
- ↑ «"Candidato meme", Daciolo fica em 6º, à frente de Meirelles e Marina». UOL Eleições 2018. Consultado em 26 de agosto de 2019