Santa Cruz (bairro do Rio de Janeiro): diferenças entre revisões

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É sede da XIX Região Administrativa (R.A.), compreendendo também o bairro vizinho de [[Paciência (bairro do Rio de Janeiro)|Paciência]]. A XIX R.A., por sua vez, pertence a Área de Planejamento 5 da prefeitura do Rio de Janeiro e está subordinada à [[Subprefeitura da Zona Oeste (Rio de Janeiro)|Subprefeitura da Zona Oeste]].<ref name=subprefeitura>{{Citar web |url=http://www.rio.rj.gov.br/web/szo/exibeconteudo?id=2815935 |título=Regiões Administrativas |autor=Prefeitura do Rio de Janeiro |publicado=Subprefeitura da Zona Oeste |data=27 de janeiro de 2010 |acessadoem=21 de janeiro de 2015}}</ref>
É sede da XIX Região Administrativa (R.A.), compreendendo também o bairro vizinho de [[Paciência (bairro do Rio de Janeiro)|Paciência]]. A XIX R.A., por sua vez, pertence a Área de Planejamento 5 da prefeitura do Rio de Janeiro e está subordinada à [[Subprefeitura da Zona Oeste (Rio de Janeiro)|Subprefeitura da Zona Oeste]].<ref name=subprefeitura>{{Citar web |url=http://www.rio.rj.gov.br/web/szo/exibeconteudo?id=2815935 |título=Regiões Administrativas |autor=Prefeitura do Rio de Janeiro |publicado=Subprefeitura da Zona Oeste |data=27 de janeiro de 2010 |acessadoem=21 de janeiro de 2015}}</ref>


Desde a instalação do [[Porto de Itaguaí]], é uma localidade em franco desenvolvimento.<ref name="Portos&Navios">{{Citar web|url= http://www.portosenavios.com.br/site/noticiario/portos-e-logistica/4257-baia-de-sepetiba-atrai-r-38-bilhoes-em-investimentos |título= Baía de Sepetiba atrai R$ 38 bilhões em investimentos|data=11 de julho de 2010 |publicado= portos&navios }}</ref> É, porém, um local de contrastes, sendo um dos bairros mais populosos, e ao mesmo tempo, devido a sua vasta área territorial, um dos menos densamente povoados; possui um distrito industrial, mas em sua paisagem ainda impera muitas áreas inexploradas.
Desde a instalação do seu distrito industrial e do [[Porto de Itaguaí]], é uma localidade em franco desenvolvimento.<ref name="Portos&Navios">{{Citar web|url= http://www.portosenavios.com.br/site/noticiario/portos-e-logistica/4257-baia-de-sepetiba-atrai-r-38-bilhoes-em-investimentos |título= Baía de Sepetiba atrai R$ 38 bilhões em investimentos|data=11 de julho de 2010 |publicado= portos&navios }}</ref> É, porém, um local de contrastes, sendo um dos bairros mais populosos, e ao mesmo tempo, devido a sua vasta área territorial, um dos menos densamente povoados; possui um distrito industrial, mas em sua paisagem ainda impera muitas áreas inexploradas.


==Etimologia==
==Etimologia==
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[[Pedro I do Brasil|Dom Pedro I]], abdicou do trono, mas os seus filhos continuaram a manter presença constante na ''Fazenda Imperial de Santa Cruz''.<ref name="Oportal – MISTÉRIOS, TESOUROS E CAFUAS">{{Citar web|url= http://www.portalitaguai.com.br/article157.html |título= SANTA CRUZ: MISTÉRIOS, TESOUROS E CAFUAS|data=22 de novembro de 2008 |publicado= oportal }}</ref> Desde cedo, [[Pedro II do Brasil|Dom Pedro II]] e as princesas promoviam concorridos bailes e [[sarau]]s no Palácio Imperial.<ref name="Apoteose" />
[[Pedro I do Brasil|Dom Pedro I]], abdicou do trono, mas os seus filhos continuaram a manter presença constante na ''Fazenda Imperial de Santa Cruz''.<ref name="Oportal – MISTÉRIOS, TESOUROS E CAFUAS">{{Citar web|url= http://www.portalitaguai.com.br/article157.html |título= SANTA CRUZ: MISTÉRIOS, TESOUROS E CAFUAS|data=22 de novembro de 2008 |publicado= oportal }}</ref> Desde cedo, [[Pedro II do Brasil|Dom Pedro II]] e as princesas promoviam concorridos bailes e [[sarau]]s no Palácio Imperial.<ref name="Apoteose" />


Deve-se destacar também que a durante todo o período entre [[1808]] e [[1889]], Santa Cruz foi um dos bairros cariocas com suas paisagens mais retratados por viajantes estrangeiros como o francês [[Jean-Baptiste Debret]], o austríaco [[Thomas Ender]], a inglesa [[Maria Graham]] e outros.{{carece de fontes|data=junho de 2017}} A gravura que serve de ilustração para este texto é um exemplo, sendo de autoria do pintor belga [[Benjamin Mary]], que foi o primeiro embaixador da [[Bélgica]] no Brasil,<ref name="Spiner">{{Citar web|url=http://www.spiner.com.br/JornalSpiner/noticias.php?subaction=showfull&id=1148588097&archive=&start_from=&ucat=6& |título=Diplomata Benjamin Mary é homenageado em exposição |data=18 de novembro de 2008 |publicado= Jornal Spine}}</ref> pintada em novembro de [[1837]]. A figura é prova documental de que o [[Morro do Mirante (Santa Cruz)|Mirante de Santa Cruz]] constituía um local visitando pelos imperadores, na qual é possível ver além do antigo Palácio Imperial, Dom Pedro II com apenas 14 anos de idade apreciando a vista da fazenda.
Deve-se destacar também que a durante todo o período entre [[1808]] e [[1889]], Santa Cruz foi um dos bairros cariocas com suas paisagens mais retratados por viajantes estrangeiros como o francês [[Jean-Baptiste Debret]], o austríaco [[Thomas Ender]], a inglesa [[Maria Graham]] e outros. <ref>{{Citar periódico|data=2016-09-20|titulo=A senhora da Mata de Paciência|url=https://oglobo.globo.com/rio/a-senhora-da-mata-de-paciencia-20143014|jornal=O Globo|lingua=pt-BR}}</ref>A gravura de autoria do pintor belga [[Benjamin Mary]], o primeiro embaixador da [[Bélgica]] no Brasil,<ref name="Spiner">{{Citar web|url=http://www.spiner.com.br/JornalSpiner/noticias.php?subaction=showfull&id=1148588097&archive=&start_from=&ucat=6& |título=Diplomata Benjamin Mary é homenageado em exposição |data=18 de novembro de 2008 |publicado= Jornal Spine}}</ref> pintada em novembro de [[1837]] é prova documental de que o [[Morro do Mirante (Santa Cruz)|Mirante de Santa Cruz]] constituía um local visitando pelos imperadores. Nela é retratado Pedro II com apenas 14 anos de idade apreciando a vista da fazenda.
[[Ficheiro:Palacete Princesa Isabel.jpg|thumb|210px|Palacete Princesa Isabel.]]
[[Ficheiro:Palacete Princesa Isabel.jpg|thumb|210px|Palacete Princesa Isabel.]]
No ano de [[1833]] o [[curato]]<ref group="nota">Termo religioso, derivado de cura, ou padre, que designava aldeias e povoados com as condições necessárias para se tornar uma freguesia, ou seja, tornar-se o distrito de um município</ref> ''[[Fazenda Imperial de Santa Cruz|Fazenda Nacional de Santa Cruz]]'' por decreto foi desligado do termo de [[Itaguaí|Vila de Itaguaí]] e passou a ser do termo da cidade do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]],<ref name="Oportal – Vila Itaguai">{{Citar web|url= http://www.portalitaguai.com.br/article249.html|título= Itaguaí - Origem|data=22 de novembro de 2008 |publicado= oportal }}</ref> atendendo aos anseios da população local.
No ano de [[1833]] o [[curato]]<ref group="nota">Termo religioso, derivado de cura, ou padre, que designava aldeias e povoados com as condições necessárias para se tornar uma freguesia, ou seja, tornar-se o distrito de um município</ref> ''[[Fazenda Imperial de Santa Cruz|Fazenda Nacional de Santa Cruz]]'' por decreto foi desligado do termo de [[Itaguaí|Vila de Itaguaí]] e passou a ser do termo da cidade do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]],<ref name="Oportal – Vila Itaguai">{{Citar web|url= http://www.portalitaguai.com.br/article249.html|título= Itaguaí - Origem|data=22 de novembro de 2008 |publicado= oportal }}</ref> atendendo aos anseios da população local.
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===Atualidade===
===Atualidade===
Santa Cruz hoje é um bairro em franco crescimento.<ref name=querodiscutirmeuestado>{{Citar periódico |url=http://www.querodiscutiromeuestado.rj.gov.br/materia.php?publicacaoId=1299&t=#.VMBj7y7F84Q |título=Santa Cruz ganha unidade Sesi/Senai |data=10 de setembro de 2010 |autor=Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) |jornal=Quero Discutir Meu Estado |acessadoem=22 de janeiro de 2015}}</ref><ref name="ExtraOnLine">{{Citar web|url=http://extra.globo.com/economia/casapropria/posts/2010/08/29/santa-cruz-desperta-interesse-das-construtoras-319785.asp|título=Santa Cruz desperta o interesse das construtoras|data=18 de setembro de 2010 |publicado=ExtraOnLine}}</ref> Possui um comércio bem desenvolvido, várias agências bancárias e inúmeras e diversificadas lojas. Possui um sistema educacional que atende satisfatoriamente à demanda e o [[Hospital Municipal Dom Pedro II]] recentemente modernizado pela prefeitura e especializado no tratamento de [[Queimadura|queimado]]s.<ref name="Pedro II">{{Citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/02/modernizacao-do-hospital-pedro-ii-no-rio-custara-mais-de-r-80-milhoes.html|título=Modernização do Hospital Pedro II, no Rio, custará mais de R$ 80 milhões|data=18 de novembro de 2011 |publicado= G1 }}</ref> Além de duas grandes unidades militares da [[Forças Armadas]]: o [[Batalhão Escola de Engenharia]] e a [[Base Aérea de Santa Cruz]], importante centro de defesa da Aeronáutica e maior complexo de combate da [[Força Aérea Brasileira]];<ref>{{citar web |url=http://www.ordemdebatalha.com/fab/fab_santacruz.htm |publicado=Força Aérea Brasileira |titulo=Base Aérea de Santa Cruz (BASC) |data=25 de setembro de 2006 |acessodata=26 de outubro de 2008}}</ref> a [[Cidade das Crianças Leonel Brizola]], que funciona como [[Parque de diversão|Parque Temático]] da Prefeitura da [[Rio de Janeiro (cidade)|Cidade do Rio de Janeiro]] (possuindo inclusive um [[planetário]]<ref name="planetario">{{Citar web|url= http://www.riotemporada.com.br/2008/planetario-de-santa-cruz-rio-de-janeiro/|título= Planetário de Santa Cruz - Rio de Janeiro |data=19 de novembro de 2008 |publicado= riotemporada }}</ref>), destinado, em especial, às crianças e adolescentes, e importantes monumentos históricos e culturais.
Santa Cruz é um bairro em franco crescimento.<ref name=querodiscutirmeuestado>{{Citar periódico |url=http://www.querodiscutiromeuestado.rj.gov.br/materia.php?publicacaoId=1299&t=#.VMBj7y7F84Q |título=Santa Cruz ganha unidade Sesi/Senai |data=10 de setembro de 2010 |autor=Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) |jornal=Quero Discutir Meu Estado |acessadoem=22 de janeiro de 2015}}</ref><ref name="ExtraOnLine">{{Citar web|url=http://extra.globo.com/economia/casapropria/posts/2010/08/29/santa-cruz-desperta-interesse-das-construtoras-319785.asp|título=Santa Cruz desperta o interesse das construtoras|data=18 de setembro de 2010 |publicado=ExtraOnLine}}</ref> Possui um comércio bem desenvolvido, várias agências bancárias e inúmeras e diversificadas lojas. Possui um sistema educacional que atende satisfatoriamente à demanda e o [[Hospital Municipal Dom Pedro II]] modernizado pela prefeitura e especializado no tratamento de [[Queimadura|queimado]]s.<ref name="Pedro II">{{Citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/02/modernizacao-do-hospital-pedro-ii-no-rio-custara-mais-de-r-80-milhoes.html|título=Modernização do Hospital Pedro II, no Rio, custará mais de R$ 80 milhões|data=18 de novembro de 2011 |publicado= G1 }}</ref> Além de duas grandes unidades militares da [[Forças Armadas]]: o [[Batalhão Escola de Engenharia]] e a [[Base Aérea de Santa Cruz]], importante centro de defesa da Aeronáutica e maior complexo de combate da [[Força Aérea Brasileira]];<ref>{{citar web |url=http://www.ordemdebatalha.com/fab/fab_santacruz.htm |publicado=Força Aérea Brasileira |titulo=Base Aérea de Santa Cruz (BASC) |data=25 de setembro de 2006 |acessodata=26 de outubro de 2008}}</ref> a [[Cidade das Crianças Leonel Brizola]], que funciona como [[Parque de diversão|Parque Temático]] da Prefeitura da [[Rio de Janeiro (cidade)|Cidade do Rio de Janeiro]] (possuindo inclusive um [[planetário]]<ref name="planetario">{{Citar web|url= http://www.riotemporada.com.br/2008/planetario-de-santa-cruz-rio-de-janeiro/|título= Planetário de Santa Cruz - Rio de Janeiro |data=19 de novembro de 2008 |publicado= riotemporada }}</ref>), destinado, em especial, às crianças e adolescentes, e importantes monumentos históricos e culturais.


Foram instalados, especialmente nas proximidades da ''[[Avenida João XXIII (Rio de Janeiro)|Avenida João XXIII]]'', vários empreendimentos industriais de peso,<ref name="CesarMaia">{{Citar web|url= http://diariodorio.com/santa-cruz-capital-do-ao/|título= Santa Cruz - Capital do Aço|data=19 de novembro de 2008 |publicado= diariodorio }}</ref> especialmente a [[Companhia Siderúrgica do Atlântico]] ('''CSA'''), que modificou a [[paisagem]] e dinamizou a [[economia]] do bairro.<ref name="Oportal-CSA" /><ref name="O Globo- 29/09/2006">{{Citar web|url=http://oglobo.globo.com/economia/mat/2006/09/29/285895582.asp |título=ThyssenKrupp Steel lança pedra fundamental da siderúrgica CSA|data=19 de novembro de 2008 |publicado= O Globo- 29/09/2006}}</ref> Até [[2016]] será instalado num terreno de 570 mil m² no distrito industrial o novo centro de processamento de vacinas e biofármacos da [[Fiocruz]], que terá investimentos de R$ 800 milhões, onde serão fabricadas 600 milhões de doses de vacina por ano.<ref name="FIOCRUZ">{{Citar web|url=http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=4390&sid=9|título=Fiocruz vai quadruplicar produção de vacinas|data=25 de novembro de 2011 |publicado=Agência FIOCRUZ de notícias}}</ref><ref name="O Globo- 26/11/2011">{{Citar web|url=http://oglobo.globo.com/saude/fiocruz-vai-ampliar-producao-vacinas-drogas-biologicas-3326254|título=Fiocruz vai ampliar a produção vacinas e drogas biológicas|data=26 de novembro de 2011|publicado=O Globo-26/11/2011}}</ref> Pelo setor de óleo e gás, a multinacional americana Oil States vai investir US$ 70 milhões em uma nova fábrica no distrito industrial gerando 500 novos postos de trabalho.<ref>{{citar web|url = http://www.rj.gov.br/web/imprensa/exibeconteudo?article-id=1380021|título = DISTRITO INDUSTRIAL DE SANTA CRUZ RECEBE NOVOS INVESTIMENTOS|data = 20/12/2012|acessadoem = 25/08/2014|autor = Ascom da Secretaria de Desenvolvimento Econômico|publicado = Imprensa RJ}}</ref>
Foram instalados, especialmente nas proximidades da ''[[Avenida João XXIII (Rio de Janeiro)|Avenida João XXIII]]'', vários empreendimentos industriais de peso,<ref name="CesarMaia">{{Citar web|url= http://diariodorio.com/santa-cruz-capital-do-ao/|título= Santa Cruz - Capital do Aço|data=19 de novembro de 2008 |publicado= diariodorio }}</ref> especialmente a [[Companhia Siderúrgica do Atlântico]] ('''CSA'''), que modificou a [[paisagem]] e dinamizou a [[economia]] do bairro.<ref name="Oportal-CSA" /><ref name="O Globo- 29/09/2006">{{Citar web|url=http://oglobo.globo.com/economia/mat/2006/09/29/285895582.asp |título=ThyssenKrupp Steel lança pedra fundamental da siderúrgica CSA|data=19 de novembro de 2008 |publicado= O Globo- 29/09/2006}}</ref>


Também se caracteriza como um bairro proletário, em que coexistem diversos problemas como dificuldades de transporte,<ref name="O Globo- 16/09/2008">{{Citar web|url=http://oglobo.globo.com/rio/bairros/post.asp?cod_post=126359|título=Tortura é depender do transporte público em Santa Cruz|data=19 de novembro de 2008 |publicado= O Globo- 16/09/2008}}</ref><ref name="O Globo- 11/10/2008">{{Citar web|url=http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2008/mat/2008/10/11/zona_oeste_regiao_disputada_pelos_candidatos_prefeito_concentra_25_do_eleitorado_carencias_mil-551103955.asp| título=Zona Oeste, região disputada pelos candidatos a prefeito, concentra 25% do eleitorado e carências mil|data=19 de novembro de 2008 |publicado= O Globo- 11/10/2008}}</ref> falta de [[saneamento básico|saneamento]] adequado em certos pontos,<ref name="O Globo- 01/11/2008">{{Citar web|url=http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/11/01/santa_cruz_bairro_que_mais_deu_votos_paes_sofre_com_problemas_de_infra-estrutura-586220006.asp| título=Santa Cruz, bairro que mais deu votos a Paes, sofre com problemas de infra-estrutura|data=19 de novembro de 2008 |publicado= O Globo- 01/11/2008}}</ref><ref name="O Globo- 17/06/2008">{{Citar web|url=http://oglobo.globo.com/rio/transito/mat/2008/06/16/detro_apreende_20_kombis_piratas_so_na_manha_desta_terca-feira_em_santa_cruz-546826542.asp| título=Detro apreende 20 kombis piratas só na manhã desta terça-feira em Santa Cruz|data=19 de novembro de 2008 |publicado= O Globo- 17/06/2008}}</ref> ação de [[milícia]]s em comunidades carentes <ref name="UOL- 28/08/2008">{{Citar web|url=http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2008/08/28/ult5772u713.jhtm|título=Milícias conduzem até a vida de moradores no Rio de Janeiro|data=28 de agosto de 2008 |publicado= UOL- 28/08/2008}}</ref> e problemas ambientais sérios.<ref name="Exame.com">{{Citar web|url=http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/noticias/csa-podera-ter-multa-pesada-por-poluicao-em-santa-cruz|título=CSA poderá ter multa pesada por poluição em Santa Cruz|data=22 de novembro de 2008 |publicado=Exame.com}}</ref><ref name="overmundo">{{Citar web|url= http://www.overmundo.com.br/overblog/baia-nem-para-peixe-nem-para-pescador |título= Baía nem para peixe, nem para pescador.|data=23 de novembro de 2008 |publicado= Instituto Overmundo}}</ref>
Também se caracteriza como um bairro proletário, em que coexistem diversos problemas como dificuldades de transporte,<ref name="O Globo- 16/09/2008">{{Citar web|url=http://oglobo.globo.com/rio/bairros/post.asp?cod_post=126359|título=Tortura é depender do transporte público em Santa Cruz|data=19 de novembro de 2008 |publicado= O Globo- 16/09/2008}}</ref><ref name="O Globo- 11/10/2008">{{Citar web|url=http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2008/mat/2008/10/11/zona_oeste_regiao_disputada_pelos_candidatos_prefeito_concentra_25_do_eleitorado_carencias_mil-551103955.asp| título=Zona Oeste, região disputada pelos candidatos a prefeito, concentra 25% do eleitorado e carências mil|data=19 de novembro de 2008 |publicado= O Globo- 11/10/2008}}</ref> falta de [[saneamento básico|saneamento]] adequado em certos pontos,<ref name="O Globo- 01/11/2008">{{Citar web|url=http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/11/01/santa_cruz_bairro_que_mais_deu_votos_paes_sofre_com_problemas_de_infra-estrutura-586220006.asp| título=Santa Cruz, bairro que mais deu votos a Paes, sofre com problemas de infra-estrutura|data=19 de novembro de 2008 |publicado= O Globo- 01/11/2008}}</ref><ref name="O Globo- 17/06/2008">{{Citar web|url=http://oglobo.globo.com/rio/transito/mat/2008/06/16/detro_apreende_20_kombis_piratas_so_na_manha_desta_terca-feira_em_santa_cruz-546826542.asp| título=Detro apreende 20 kombis piratas só na manhã desta terça-feira em Santa Cruz|data=19 de novembro de 2008 |publicado= O Globo- 17/06/2008}}</ref> ação de [[milícia]]s em comunidades carentes <ref name="UOL- 28/08/2008">{{Citar web|url=http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2008/08/28/ult5772u713.jhtm|título=Milícias conduzem até a vida de moradores no Rio de Janeiro|data=28 de agosto de 2008 |publicado= UOL- 28/08/2008}}</ref> e problemas ambientais sérios.<ref name="Exame.com">{{Citar web|url=http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/noticias/csa-podera-ter-multa-pesada-por-poluicao-em-santa-cruz|título=CSA poderá ter multa pesada por poluição em Santa Cruz|data=22 de novembro de 2008 |publicado=Exame.com}}</ref><ref name="overmundo">{{Citar web|url= http://www.overmundo.com.br/overblog/baia-nem-para-peixe-nem-para-pescador |título= Baía nem para peixe, nem para pescador.|data=23 de novembro de 2008 |publicado= Instituto Overmundo}}</ref>
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===Saúde===
===Saúde===
[[Ficheiro:Vista do Hospital Pedro II (Santa Cruz, Rio de Janeiro).jpg|thumb|Vista do Hospital Municipal Pedro II]]
[[Ficheiro:Vista do Hospital Pedro II (Santa Cruz, Rio de Janeiro).jpg|thumb|Vista do Hospital Municipal Pedro II]]
Santa Cruz conta com diversos hospitais e postos de saúde, com destaque ao Hospital Dom Pedro II e a Policlínica Lincoln de Freitas, além de vários hospitais privados, como os hospitais da rede Cemeru e Memorial. Porém, a maior parte dos moradores (70%) depende do sistema público de saúde e sofre com a falta de médicos e leitos da rede de hospitais.<ref name="RJTV">{{Citar web|url=http://rjtv.globo.com/Jornalismo/RJTV/0,,MUL975564-9097,00-PACIENTES+CONTINUAM+SOFRENDO+COM+FALTA+DE+MEDICOS+E+ESPERA+EM+HOSPITAIS.html| título= Pacientes continuam sofrendo com a falta de médicos e espera em hospitais |data=17 de março de 2009 |publicado=RJTV}}</ref><ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/rio/hospital-pedro-ii-reabre-em-marco-reformado-ampliado-4224967|título=Hospital Pedro II reabre em março reformado e ampliado |autor=O Globo|data=05/3/2012|publicado=O Globo|acessodata=08/3/2012}}</ref> O problema é maior quando há casos de epidemia de [[dengue]].<ref name="RJTV">{{Citar web|url=http://rjtv.globo.com/Jornalismo/RJTV/0,,MUL404233-9099,00.html| título= Dengue se alastra na zona oeste |data=17 de março de 2009 |publicado=RJTV}}</ref> A falta de informação e a negligência de moradores fazem com que o bairro tenha um dos mais altos índices de proliferação do mosquito na cidade.<ref name="RJTV" /> Os postos de saúde e hospitais têm sido insuficientes para a demanda.<ref name="RJTV" /> Contudo, a implantação recente das Unidades de Pronto Atendimento - UPA's, e Clínicas da Família nas adjacências do bairro, espera-se amenizar a carência pelo atendimento médico às famílias de baixa renda de Santa Cruz.<ref>{{Citar web|url=http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc/exibeconteudo?article-id=1111278|data=17 de setembro de 2010|acessodata=|publicado=Portal da Prefeitura do Rio de Janeiro|título=Santa Cruz ganha sua quarta Clínica da Família|publicado=}}</ref> O bairro também conta com um Centro de Referência da Pessoa com Deficiência (CRPD) preparado para atender deficientes físicos.<ref>{{citar web|url=http://www.rio.rj.gov.br/web/smpd/exibeconteudo?article-id=3122848|título=Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência inaugura CRPD Santa Cruz|autor=Prefeitura do Rio|data=4 de setembro de 2012|publicado=|acessodata=}}</ref>
Santa Cruz conta com diversos hospitais e postos de saúde, com destaque ao Hospital Dom Pedro II e a Policlínica Lincoln de Freitas, além de vários hospitais privados, como os hospitais da rede Cemeru e Memorial. Porém, a maior parte dos moradores (70%) depende do sistema público de saúde e sofre com a falta de médicos e leitos da rede de hospitais.<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/rio/hospital-pedro-ii-reabre-em-marco-reformado-ampliado-4224967|título=Hospital Pedro II reabre em março reformado e ampliado |autor=O Globo|data=05/3/2012|publicado=O Globo|acessodata=08/3/2012}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Oliveira|primeiro=Flávia|data=2018-01-18|titulo=Pobreza extrema|url=https://oglobo.globo.com/sociedade/pobreza-extrema-22299341|jornal=O Globo|lingua=pt-BR}}</ref> Os postos de saúde e hospitais têm sido insuficientes para a demanda. Contudo, a implantação das Unidades de Pronto Atendimento - UPA's, e Clínicas da Família nas adjacências do bairro, ameniza a carência pelo atendimento médico às famílias de baixa renda de Santa Cruz.<ref>{{Citar web|url=http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc/exibeconteudo?article-id=1111278|data=17 de setembro de 2010|acessodata=|publicado=Portal da Prefeitura do Rio de Janeiro|título=Santa Cruz ganha sua quarta Clínica da Família|publicado=}}</ref> O bairro também conta com um Centro de Referência da Pessoa com Deficiência (CRPD) preparado para atender deficientes físicos.<ref>{{citar web|url=http://www.rio.rj.gov.br/web/smpd/exibeconteudo?article-id=3122848|título=Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência inaugura CRPD Santa Cruz|autor=Prefeitura do Rio|data=4 de setembro de 2012|publicado=|acessodata=}}</ref>


===Água e saneamento===
===Água e saneamento===
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Foi implantado em 2012 o [[BRT TransOeste]] que liga Santa Cruz a Campo Grande e [[Barra da Tijuca]] reduzindo em até a metade do tempo médio a viagem.<ref name="O Globo">{{Citar web|url=http://oglobo.globo.com/rio/transito/mat/2010/07/08/comeca-obra-da-transoeste-corredor-expresso-entre-barra-santa-cruz-917106098.asp|data=8 de julho de 2010|acessodata=|publicado=O Globo|título=Começa obra da TransOeste, corredor expresso entre a Barra e Santa Cruz|publicado=}}</ref>
Foi implantado em 2012 o [[BRT TransOeste]] que liga Santa Cruz a Campo Grande e [[Barra da Tijuca]] reduzindo em até a metade do tempo médio a viagem.<ref name="O Globo">{{Citar web|url=http://oglobo.globo.com/rio/transito/mat/2010/07/08/comeca-obra-da-transoeste-corredor-expresso-entre-barra-santa-cruz-917106098.asp|data=8 de julho de 2010|acessodata=|publicado=O Globo|título=Começa obra da TransOeste, corredor expresso entre a Barra e Santa Cruz|publicado=}}</ref>


===Serviços e comunicações===
===Serviços ===
[[Ficheiro:Jardim da Saudade - Paciência em Santa Cruz.JPG|thumb|210px|Cemitério Jardim da Saudade Paciência, localizado nos limites do bairro.]]
[[Ficheiro:Jardim da Saudade - Paciência em Santa Cruz.JPG|thumb|210px|Cemitério Jardim da Saudade Paciência, localizado nos limites do bairro.]]
O bairro desfruta de diversos serviços públicos, prestados pelas diversas esferas do governo e por particulares, como: hospitais e postos de saúde; o [[Centro de Controle de Zoonoses Paulo Dacorso Filho]], que é referência no município em tratamento de [[zoonose]]s e desenvolvimento de sistemas de vigilância sanitária e epidemiológica; o Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente, uma unidade do [[Departamento Geral de Ações Sócio Educativas|DEGASE]]; diversas agências dos [[Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos|Correios]] e agências bancárias; um destacamento do [[Corpo de Bombeiros]]; a 25ª zona eleitoral do [[Tribunal Regional Eleitoral|TRE-RJ]], a 36ª Delegacia de Polícia e o [[27º Batalhão de Polícia Militar (PMERJ)|27º Batalhão de Polícia Militar]], além do cemitério municipal localizado próximo ao [[Matadouro de Santa Cruz|quarteirão cultural do Matadouro]] e do cemitério Jardim da Saudade na localidade de Venda de Varanda.
O bairro desfruta de diversos serviços públicos, prestados pelas diversas esferas do governo e por particulares, como: hospitais e postos de saúde; o [[Centro de Controle de Zoonoses Paulo Dacorso Filho]], que é referência no município em tratamento de [[zoonose]]s e desenvolvimento de sistemas de vigilância sanitária e epidemiológica; o Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente, uma unidade do [[Departamento Geral de Ações Sócio Educativas|DEGASE]]; diversas agências dos [[Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos|Correios]] e agências bancárias; um destacamento do [[Corpo de Bombeiros]]; a 25ª zona eleitoral do [[Tribunal Regional Eleitoral|TRE-RJ]], a 36ª Delegacia de Polícia e o [[27º Batalhão de Polícia Militar (PMERJ)|27º Batalhão de Polícia Militar]], além do cemitério municipal localizado próximo ao [[Matadouro de Santa Cruz|quarteirão cultural do Matadouro]] e do cemitério Jardim da Saudade na localidade de Venda de Varanda.

O bairro foi o primeiro da cidade a contar com o serviço de sinal de [[Internet banda larga|internet banda larga livre]], o Ilumina Rio.<ref>{{Citar web|url=http://www.rio.rj.gov.br/web/sect/exibeconteudo?article-id=1399112|data=5 de dezembro de 2010|acessodata=|publicado=Prefeitura do Rio de Janeiro|título=ILUMINA RIO COMEÇA POR SANTA CRUZ|publicado=}}</ref>


==Religião==
==Religião==
[[Imagem:Igreja Nossa Senhora da Conceição Sta Cruz.jpg |thumb |small |left |A [[Igreja Nossa Senhora da Conceição (Santa Cruz)|Igreja da Paróquia Nossa Senhora da Conceição]], um dos maiores templos religiosos do Rio de Janeiro.]]
[[Imagem:Igreja Nossa Senhora da Conceição Sta Cruz.jpg |thumb |left |A Igreja da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, um dos maiores templos religiosos do Rio de Janeiro.]]
A partir de microdados do Censo 2000, o Centro de Políticas Sociais da [[Fundação Getúlio Vargas]] aponta que o percentual de [[católico]]s no bairro encontra-se na faixa de 40 a 60%. Santa Cruz ainda está entre os três bairros mais [[evangélico]]s do Rio com 28,64% de praticantes. No ranking dos [[sem religião]], Santa Cruz aparece na segunda posição com 19,86%.<ref name="Fundação Getúlio Vargas">{{Citar web|url=http://www.fgv.br/cps/religioes/Apresenta%C3%A7%C3%A3o/REL_Apresenta_Rio.pdf |título=Retrato das Religiões Zoom Rio de Janeiro|data=19 de maio de 2009 |publicado=FGV}}</ref>
A partir de microdados do Censo 2000, o Centro de Políticas Sociais da [[Fundação Getúlio Vargas]] aponta que o percentual de [[católico]]s no bairro encontra-se na faixa de 40 a 60%. Santa Cruz ainda está entre os três bairros mais [[evangélico]]s do Rio com 28,64% de praticantes. No ranking dos [[sem religião]], Santa Cruz aparece na segunda posição com 19,86%.<ref name="Fundação Getúlio Vargas">{{Citar web|url=http://www.fgv.br/cps/religioes/Apresenta%C3%A7%C3%A3o/REL_Apresenta_Rio.pdf |título=Retrato das Religiões Zoom Rio de Janeiro|data=19 de maio de 2009 |publicado=FGV}}</ref>



Revisão das 20h35min de 16 de fevereiro de 2018

Santa Cruz
  Bairro do Brasil  
Do alto, da esquerda para a direita: Hangar do Zeppelin, Palacete de Matadouro, Solar dos Araújos e Fonte Wallace
Do alto, da esquerda para a direita: Hangar do Zeppelin, Palacete de Matadouro, Solar dos Araújos e Fonte Wallace
Do alto, da esquerda para a direita: Hangar do Zeppelin, Palacete de Matadouro, Solar dos Araújos e Fonte Wallace
Localização
Distrito Região Administrativa Santa Cruz[1]
História
Criado em 30 de dezembro de 1567 (extra-oficial)[2]
23 de julho de 1981 (oficial)[1]
Características geográficas
Área total 12 504,43 ha (125 km²) (2003)[3]
População total 217 333 (2010)[3] hab.
Densidade 3 123,8 hab./km²
 • IDH 0,742 (2000)[4]alto
Outras informações
Domicílios 66 087 (2010)[5]
Subprefeitura Subprefeitura da Zona Oeste

Santa Cruz é um extenso e populoso bairro da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, o mais distante da região central da cidade. Cortado pelo ramal Santa Cruz da malha ferroviária urbana de passageiros da região metropolitana do Rio de Janeiro, possui uma paisagem bastante diversificada, com áreas comerciais, residenciais e industriais.

É sede da XIX Região Administrativa (R.A.), compreendendo também o bairro vizinho de Paciência. A XIX R.A., por sua vez, pertence a Área de Planejamento 5 da prefeitura do Rio de Janeiro e está subordinada à Subprefeitura da Zona Oeste.[6]

Desde a instalação do seu distrito industrial e do Porto de Itaguaí, é uma localidade em franco desenvolvimento.[7] É, porém, um local de contrastes, sendo um dos bairros mais populosos, e ao mesmo tempo, devido a sua vasta área territorial, um dos menos densamente povoados; possui um distrito industrial, mas em sua paisagem ainda impera muitas áreas inexploradas.

Etimologia

Conforme consta na obra rara intitulada História da Imperial fazenda de Santa Cruz publicada pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, de autoria de José de Saldanha da Gama que foi um dos superintendentes da fazenda, em 1860, os jesuítas colocaram uma grande cruz de madeira, pintada de preto, encaixada em uma base de pedra sustentada por um pilar de granito.[8] Este cruzeiro deu nome a Santa Cruz em 30 de dezembro de 1567.[2]

Mais tarde, já durante o Império, o cruzeiro foi substituído por outro de dimensões menores e atualmente existe uma cruz no mesmo local, porém esta é uma réplica erigida pelo Exército Brasileiro.[9]

História

Antecedentes

Antes da chegada dos europeus à América, a região conhecida hoje como Santa Cruz era povoada por aldeias de povos da família linguística Tupi-guarani, que chamavam o local de Piracema (muito peixe).[10]

Após o Descobrimento do Brasil, com a chegada dos colonizadores portugueses à baía da Guanabara, a vasta região da baixada de Santa Cruz e montanhas vizinhas, foi doada a Cristóvão Monteiro, da Capitania de São Vicente por Martim Afonso de Sousa em janeiro de 1567, como recompensa aos serviços prestados durante a expedição militar que expulsou definitivamente os franceses da Guanabara. O mesmo mandou construir logo em seguida um engenho de açúcar e uma capela no local conhecido como Curral Falso, iniciando o povoamento das terras pelos portugueses.[11]

A Companhia de Jesus

Sede da Antiga Fazenda de Santa Cruz, Palácio Real e Imperial.
Ficheiro:Ponte dos Jesuítas.jpg
A Ponte dos Jesuítas.

Com o falecimento do titular das terras, a sua esposa, dona Marquesa Ferreira, doou aos padres da Companhia de Jesus a parte das terras de Cristóvão que lhe tocava.[12]

Estes religiosos, ao agregarem estas terras a outras sesmarias, constituíram um imenso latifúndio assinalado por uma grande cruz de madeira: a Santa Cruz. Em poucas décadas, a região compreendida entre a barra de Guaratiba, o atual município de Mangaratiba, até Vassouras, no sul do atual estado do Rio de Janeiro, integrava a poderosa Fazenda de Santa Cruz, a mais desenvolvida da Capitania do Rio de Janeiro nesta época,[10] contando com milhares de escravos, cabeças de gado, e diversos tipos de cultivos, manejados com técnicas avançadas para a época.[12]

Entre as edificações, hoje com valor histórico, contam-se igrejas e um convento, ambos ricamente decorados. Uma dessas obras remanescentes é a chamada Ponte do Guandu ou Ponte dos Jesuítas. Na verdade uma ponte-represa, que foi erguida em 1752, com a finalidade de regular o volume das águas das enchentes do rio Guandu. Atualmente, esse monumento permanece com a sua estrutura original quase inalterada, sendo um patrimônio histórico, artístico e arquitetônico tombado pelo IPHAN.[13]

Outra iniciativa dos dirigentes da Fazenda de Santa Cruz, no plano da cultura, foi a fundação de uma escola de música, de uma orquestra e de coral, integrados por escravos, que tocavam e cantavam nas missas e nas festividades, quer na fazenda, quer na capital da Capitania. Considera-se, por essa razão, que Santa Cruz foi o berço da organização instrumental e coral do primeiro conservatório de música no Brasil.[14]

Passa pelas terras da Fazenda de Santa Cruz a trilha que no período colonial ligava a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro ao sertão: o Caminho dos Jesuítas, posteriormente denominado Caminho das Minas, e posteriormente ainda, Estrada Real de Santa Cruz. O seu percurso estendia-se até o porto de Sepetiba, onde se embarcava com destino à cidade de Parati, de onde partia a antiga Estrada Real.[12]

Diante da expulsão dos jesuítas dos domínios de Portugal e suas colônias, em 1759 por ação do Marquês de Pombal, o patrimônio da Companhia de Jesus (e a Fazenda de Santa Cruz) reverteu para a Coroa.[12]

A Família Real

Imperador no mirante, observando a paisagem da Fazenda de Santa Cruz.

Com o banimento dos jesuítas do Brasil, o patrimônio da Fazenda de Santa Cruz passou a se subordinar aos Vice-reis. Após um período de dificuldades administrativas, sob o governo do Vice-rei Luís de Vasconcelos e Sousa, a fazenda voltou a conhecer um período de prosperidade.

No início do século XIX, com a Chegada da Família Real ao Brasil (1808) e o seu estabelecimento no Rio de Janeiro, a fazenda foi escolhida como local de veraneio. Desse modo, o antigo convento foi adaptado às funções de paço real - Palácio Real de Santa Cruz.

Sentindo-se confortável na Real Fazenda de Santa Cruz,[15] o Príncipe Regente prolongava a sua estada por vários meses, despachando, promovendo audiências públicas e recepções a partir da mesma.[14] Nela cresceram e foram educados os príncipes Dom Pedro e Dom Miguel.

Por iniciativa do soberano português foram trazidos da China cerca de cem homens encarregados de cultivar chá, no sítio hoje conhecido como Morro do Chá. Durante quase um século essa atividade foi produtiva e atraiu o interesse de técnicos e visitantes, tal o pioneirismo de sua implantação no Brasil. O chá colhido em Santa Cruz era de excelente qualidade e, por isso, a sua produção era integralmente comercializada.[14]

Em 15 de julho de 1818 foi fundada a Vila de São Francisco Xavier de Itaguaí, da qual Santa Cruz se torna termo. D. João VI despediu-se de Santa Cruz em 1820, para retornar à metrópole portuguesa.

O Primeiro Reinado

Marco Imperial.

Após o regresso de Dom João VI a Portugal, o Príncipe-Regente D. Pedro continuou constantemente a presente em Santa Cruz, passando sua lua-de-mel com a Imperatriz Leopoldina (1818) nesta fazenda,[14] transformando o Palácio Real em Palácio Imperial.

No contexto da Independência do Brasil, antes de iniciar a histórica viagem da Independência, o príncipe-regente deteve-se em Santa Cruz, onde aconteceu uma reunião no dia 15 de agosto de 1822, com a presença de José Bonifácio, para estabelecer as suas bases.[14] Ao regressar, antes de seguir até a cidade, comemorou a Independência do Brasil na fazenda.[14]

O Segundo Reinado

Dom Pedro I, abdicou do trono, mas os seus filhos continuaram a manter presença constante na Fazenda Imperial de Santa Cruz.[16] Desde cedo, Dom Pedro II e as princesas promoviam concorridos bailes e saraus no Palácio Imperial.[14]

Deve-se destacar também que a durante todo o período entre 1808 e 1889, Santa Cruz foi um dos bairros cariocas com suas paisagens mais retratados por viajantes estrangeiros como o francês Jean-Baptiste Debret, o austríaco Thomas Ender, a inglesa Maria Graham e outros. [17]A gravura de autoria do pintor belga Benjamin Mary, o primeiro embaixador da Bélgica no Brasil,[18] pintada em novembro de 1837 é prova documental de que o Mirante de Santa Cruz constituía um local visitando pelos imperadores. Nela é retratado Pedro II com apenas 14 anos de idade apreciando a vista da fazenda.

Palacete Princesa Isabel.

No ano de 1833 o curato[nota 1] Fazenda Nacional de Santa Cruz por decreto foi desligado do termo de Vila de Itaguaí e passou a ser do termo da cidade do Rio de Janeiro,[19] atendendo aos anseios da população local.

Em Santa Cruz foi assinada a lei, pela Princesa Isabel que dava alforria a todos os escravos do Governo Imperial.[14] A promulgação da lei foi assistida por ilustres convidados como o Visconde do Rio Branco e o Conde d'Eu.

Santa Cruz, por sua posição político-econômica e, sobretudo estratégica (frente para o mar e fundos para os caminhos dos sertões de Minas) foi uma das primeiras localidades do país a se beneficiar com o sistema de entrega em domicílio de cartas pelo correio. Em 22 de novembro de 1842 foi inaugurada a primeira agência dos Correios do Brasil a adotar este serviço. Também foi o local escolhido pelo imperador para a instalação da primeira linha telefônica da América do Sul, entre o Paço de São Cristóvão e o de Santa Cruz.[20]

Em 1878 foi inaugurada a estação de trem e no final de 1881, D. Pedro II inaugurou o Matadouro de Santa Cruz, tido como o mais moderno do mundo à época, que era servido por um ramal da estrada de ferro e abastecia de carne toda a cidade do Rio de Janeiro. Também, devido ao gerador que atendia ao matadouro, Santa Cruz foi o primeiro bairro do subúrbio a ter iluminação elétrica.[21] D. Pedro II também inaugurou o primeiro telefone da Fazenda.[22]

Pouco a pouco, Santa Cruz foi se transformando, com palacetes, solares, estabelecimentos comerciais, ruas e logradouros. Resistindo ao tempo e à ação criminosa dos homens,[23] muitos desses locais ainda se mantêm de pé, atestando a importância histórica deste bairro. O Palacete Princesa Isabel, o Marco Onze,[24][25] a Fonte Wallace,[26] o Hangar do Zeppelin[27] e tantos outros, são exemplos.

A República

Depois da Proclamação da República, Santa Cruz perdeu muito do seu prestígio. Mas, sanados alguns problemas, logo atraiu imigrantes estrangeiros, que muito contribuíram com a economia do bairro. Os árabes e os italianos foram os responsáveis pela expansão do comércio local,[14] e os japoneses pelo desenvolvimento da agricultura.

Durante o governo Getúlio Vargas, na década de 1930, a região de Santa Cruz passou por profundas transformações, com obras de saneamento que objetivavam a valorização das terras, com a recuperação da salubridade e do dinamismo econômico, a partir da criação das Colônias Agrícolas. Em 1938 vieram as primeiras famílias japonesas, não diretamente do Japão, mas sim de Mogi das Cruzes (SP), para ocuparem os lotes do recém criado Núcleo Colonial e implementarem novas experiências na agricultura. Os lotes eram distribuídos pelas estradas Reta do Rio Grande e Reta de São Fernando, e eles, logo que chegaram, puseram de imediato mãos nas terras, já tendo produzido naquele mesmo ano após apenas três meses de trabalho, quantidade significativa de alimentos.[11] A produção era tão grande que abastecia toda a cidade do Rio de Janeiro, conferindo a Santa Cruz o título de "celeiro" do Distrito Federal.[28]

Hangar do Zeppelin na Base Aérea de Santa Cruz (BASC): um dos últimos hangares para zeppelins existentes no mundo.

À época foi construído ainda, na região, um hangar para os dirigíveis Zeppelin, o Hangar do Zeppelin. A construção encontra-se tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), desde 1998, recebendo a inscrição de tombamento no 550.[29]

Com o intenso desenvolvimento do Rio de Janeiro, ocorrendo em todas as direções, foi inaugurada, em 1975, a Zona Industrial, fomentando fortemente a urbanização do bairro. Nela estão localizados os três importantes distritos industriais de Santa Cruz, Paciência e Palmares, onde se encontram em pleno funcionamento a Rolls Royce, Casa da Moeda do Brasil, Cosigua (Grupo Gerdau), Valesul, White Martins, Glasurit e a Usina de Santa Cruz, uma das maiores termelétricas a óleo combustível da América Latina, com capacidade instalada de 950 MW.[30]

No começo da década de 1980, foram construídos diversos conjuntos habitacionais pela Companhia Estadual de Habitação (CEHAB) que aumentaram consideravelmente a população do bairro, dando-lhe características de bairro dormitório.[31]

O bairro foi oficialmente fundado em 23 de julho de 1981[nota 2] com a seguinte delimitação territorial:

Do entroncamento da Estrada dos Palmares com a Rua Agaí; por esta (incluída) até a Avenida Brasil; por esta (incluído apenas o lado par) até a Estrada do Aterro do Leme; por esta (incluída) até a Estrada da Boa Esperança; por esta (incluída) até o Caminho de Goulart (N.R.); por este (excluído) até a Rua Engenheiro Moacir Barbosa; por esta (excluída) até o Ramal Principal da RFFSA; pelo leito deste, até a Rua Pistóia; por esta (excluída) até o Rio Cação Vermelho; pelo leito deste, até a Rua Ecoporanga por esta (excluída) e pela Rua Iconha (excluída) até o entroncamento da Estrada de Santa Eugênia; daí, subindo a vertente do Morro de Santa Eugênia, até seu ponto culminante (cota 274m) na Serra de Inhoaíba; deste ponto, pela cumeada em direção leste, até o ponto de cota 249m; deste ponto, em direção sul, passando pelos pontos de cota 153m, 157m, 194m e 178m, até o ponto de cota 203m, na Serra do Cantagalo; deste ponto, pela cumeada em direção sudoeste, até o ponto de cota 157m; deste ponto descendo o espigão em direção ao entroncamento da Rua General Alexandre Barreto (incluída) com a Estrada da Pedra; por esta (excluída) até o Rio do Ponto ou Piaí; pelo leito deste, até encontrar o final da Avenida Canal do PAL 19.375 (excluído); pelo prolongamento de seu alinhamento, até a Travessa da Estiva (N.R.); por esta e pela Estrada da Estiva (N.R.) (excluídas) até a Estrada de Sepetiba; por esta (excluída) até a Estrada São Domingos Sávio por esta (incluída) até a Rua General Pedro de Almeida; daí pelo prolongamento de seu alinhamento, até a Vala da Goiaba; pelo leito desta, até o Canal do Pau da Flexa; pelo leito deste até a Baía de Sepetiba; por sua orla, até a Foz do Rio Itaguaí ou Rio da Guarda; daí, pelo leito deste e do Rio Guandu Mirim (ou Tinguí) na Divisa do Município, até encontrar o prolongamento da Estrada do Gambá (N.R.); por esta (incluída) até a Estrada de Mangaratiba (N.R.); por esta (incluída) até a Estrada da Lama Preta; por esta (incluída) até a Estrada dos Palmares; por esta (incluída) ao ponto de partida.
 
Decreto municipal nº 3.158/81,[1] pág. 53.

Atualidade

Santa Cruz é um bairro em franco crescimento.[32][33] Possui um comércio bem desenvolvido, várias agências bancárias e inúmeras e diversificadas lojas. Possui um sistema educacional que atende satisfatoriamente à demanda e o Hospital Municipal Dom Pedro II modernizado pela prefeitura e especializado no tratamento de queimados.[34] Além de duas grandes unidades militares da Forças Armadas: o Batalhão Escola de Engenharia e a Base Aérea de Santa Cruz, importante centro de defesa da Aeronáutica e maior complexo de combate da Força Aérea Brasileira;[35] a Cidade das Crianças Leonel Brizola, que funciona como Parque Temático da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (possuindo inclusive um planetário[36]), destinado, em especial, às crianças e adolescentes, e importantes monumentos históricos e culturais.

Foram instalados, especialmente nas proximidades da Avenida João XXIII, vários empreendimentos industriais de peso,[37] especialmente a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), que modificou a paisagem e dinamizou a economia do bairro.[28][38]

Também se caracteriza como um bairro proletário, em que coexistem diversos problemas como dificuldades de transporte,[39][40] falta de saneamento adequado em certos pontos,[41][42] ação de milícias em comunidades carentes [43] e problemas ambientais sérios.[44][45]

Com o aumento da população, a violência no bairro tem preocupado as autoridades.[46] A ação da polícia é no combate ao tráfico de entorpecentes nas favelas do entorno do bairro,[47] bem como na ação de milicianos.[48] Estes são responsáveis pelo controle do transporte alternativo, e exploração de serviços ilegais de eletricidade, gás e televisão a cabo.[49]

Cultura

Entre as manifestações culturais mais populares do bairro está a festa de São Jorge, realizada no Largo do Bodegão. A festa é uma tradição iniciada em 1963 e a quantidade de devotos só tem aumentado[50]

O carnaval em Santa Cruz é festejado com os tradicionais blocos carnavalescos, bailes a fantasia, além do concurso de coretos promovido pela prefeitura.[51] Ainda é possível ver nas ruas a figura folclórica do clóvis, tão característico da região.

O G.R.E.S. Acadêmicos de Santa Cruz desfila na Marquês de Sapucaí durante o carnaval de 2006.

Demografia

De acordo com o Censo Demográfico 2010 do IBGE, em 2010 a população de Santa Cruz era de 217 333 habitantes:[52] 52% do sexo feminino e 48% do sexo masculino.[nota 3] O Censo de 2010 também contabilizou um total de 66 087 residências particulares[5] e uma renda média domiciliar de 2,4 salários mínimos.[53]

Índices de Desenvolvimento Humano Municipal

Fruto de uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD), o Atlas do Desenvolvimento Humano[54] setorizou regiões geograficamente muito amplas, de modo que os Índices de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) informados sejam mais precisos. Por esta razão, diferentemente do Censo IBGE de 2010, que calculou um IDHM para todo o bairro de Santa Cruz, no Atlas do Desenvolvimento Humano o bairro encontra-se subdividido em mais de 30 setores denominados Unidades de Desenvolvimento Humano (UDH). Cada uma das UDH do bairro possui seu próprio IDHM.

A lista a seguir apresenta informações a respeito das UDH de Santa Cruz que possuem as maiores áreas territoriais em cada faixa de IDHM:[nota 4]

Nome do setor Localização geográfica IDHM Faixa de IDHM
«Rua Sales / Jardim Santa Cruz». www.atlasbrasil.org.br  centro-norte 0,8 Muito Alto
«Santa Cruz / Centro». www.atlasbrasil.org.br  centro 0,861 Muito Alto
«Condomínio da Aeronáutica». www.atlasbrasil.org.br  centro 0,809 Muito Alto
«Parque das Mangueiras». www.atlasbrasil.org.br  centro-leste 0,8 Muito Alto
«Jesuítas». www.atlasbrasil.org.br  norte 0,747 Alto
«Báse Aérea de Santa Cruz». www.atlasbrasil.org.br  sudoeste 0,752 Alto
«Santa Eugênia». www.atlasbrasil.org.br  sudeste 0,719 Alto
«Vila Nova Sepetiba / Vila Universal». www.atlasbrasil.org.br  sul 0,712 Alto
«João XXIII / Conjunto Miécimo da Silva / Conjunto Novo Mundo». www.atlasbrasil.org.br  oeste 0,666 Médio
«Paciência / Jardim Sagrado Coração / Morada Verde / Brisamar dos Jesuítas». www.atlasbrasil.org.br  norte 0,653 Médio
«Canal da Ponte Branca». www.atlasbrasil.org.br  centro 0,604 Médio
«Bairro Rollas». www.atlasbrasil.org.br  leste 0,667 Médio
«Três Pontes / Vila Paciência». www.atlasbrasil.org.br  leste 0,604 Médio
«Estrada Velha do Piaí». www.atlasbrasil.org.br  sudeste 0,623 Médio
«Canal do Pau Flecha». www.atlasbrasil.org.br  sul 0,691 Médio
Felipe Cardoso oeste 0,681 Médio

Economia

Santa Cruz possui uma economia bastante diversificada, com áreas rurais, uma zona industrial importante para a cidade e um comércio que tem experimentado crescimento significativo nos últimos anos.[55]

Agricultura

Durante o governo Getúlio Vargas, na década de 1930, a região de Santa Cruz, passou por grandes obras de saneamento e a criação das Colônias Agrícolas.[11]

Em 1938 chegaram as primeiras famílias japonesas de Mogi das Cruzes, estado de São Paulo, para ocuparem os lotes do recém criado Núcleo Colonial e implementarem novas experiências na agricultura.

Ainda hoje existem colônias agrícolas, que produzem aipim, frutas e legumes nos campos da Base Aérea de Santa Cruz e coco nos Campos São Miguel e São Marcos às margens da Rodovia Rio-Santos.[11] Na região de Jesuítas também há diversas plantações e pequenos rebanhos bovinos.[11] O aipim de Santa Cruz e tido como o melhor do estado, conhecido pela coloração preta das terras férteis da região.[56]

A usina siderúrgica Ternium Brasil se destaca na paisagem.

Indústria

No ano de 1960, o Rio de Janeiro deixou de ser a capital do país, deixando de se sediar no antigo Distrito Federal que se tornou o estado da Guanabara. Vendo-se sem os recursos da administração federal, houve a necessidade de buscar alternativas para o desenvolvimento econômico do estado. Em 1975, foi inaugurada a Zona Industrial de Santa Cruz.[11]

Nela estão instalados diversos estabelecimentos industriais, como: Rolls-Royce Energy, Casa da Moeda do Brasil, Cosigua (Grupo Gerdau), Valesul, White Martins, Glasurit, a Usina de Santa Cruz, Linde S/A, Ecolab Química Ltda, Latas de Alumínio S/A – LATASA, Fábrica Carioca de Catalisadores – FCC , Pan-Americana S/A Indústrias Químicas, Hermes - Compra Fácil (catalógo e vendas pela internet), entre outras.[11][57] As mesmas são representadas pela AEDIN – Associação das Empresas do Distrito Industrial de Santa Cruz.

A Zona Industrial localiza-se na divisa entre o município do Rio de Janeiro e o de Itaguaí, e faz parte da retroárea do Porto de Itaguaí. A Ternium Brasil, inaugurada em 2010, é a maior usina siderúrgica da América do Sul, ocupando uma área de nove milhões de metros quadrados[28] incluindo um porto privado, usina termoelétrica, siderúrgica de chapas planas para exportação e coqueria.[37]

Comércio

Santa Cruz Shopping.

Santa Cruz nos últimos anos tem apresentado grande crescimento do seu comércio e do setor de serviços visando o mercado local, devido ao crescimento e aumento de renda da população.[55]

O mesmo apresenta um centro comercial e de entretenimento, chamado Santa Cruz Shopping, com praça de alimentação, lojas de diversos gêneros e agências bancárias;[58] supermercados de grande porte como Guanabara, Prezunic e Extra Hipermercados além de pequenas redes de supermercados de bairro, restaurantes fast-food como McDonald's, Bob's, Subway, Habib's e um grande número de lojas de vestuário, calçados, materiais de construção, papelarias e bazares, fortemente concentrados na Rua Felipe Cardoso e no seu entorno.[58]

Atrações turísticas, históricas e culturais

São reconhecidas por lei como de relativo interesse turístico, social, cultural da cidade do Rio de Janeiro, as eleitas sete maravilhas de Santa Cruz: o Hangar do Zeppelin localizado na Base Aérea, a sede do Batalhão Escola de Engenharia (Villagran Cabrita), as Ruínas do Matadouro, a Ponte dos Jesuítas no sub-bairro dos Jesuítas, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, a Cidade das Crianças e a Catedral das Assembleias de Deus.[59]

Esportes

Santa Cruz Futebol Clube em 2009.

A prática esportiva é muito comum em Santa Cruz, principalmente nos colégios da região, que são famosos pelas conquistas nas mais diversas modalidades das competições intercolegiais.[60] Uma das grandes aquisições do bairro nos últimos anos foi a Vila Olímpica Oscar Schmidt, um complexo desportivo que oferece diversas modalidades esportivas gratuitas especialmente para crianças e jovens carentes.[61]

Fundado a 7 de setembro de 1941, o Esporte Clube Guanabara, das cores vermelho e branco, possui sede e estádio próprio. É notadamente reconhecido pelo título de Supercampeão do IV Centenário. Em 2007 foi fundado o Santa Cruz Futebol Clube, filiado a FFERJ, que participa de torneios estaduais e interestaduais e possui diversas categorias.[62] Dentre os eventos esportivos que acontecem no bairro está o já tradicional passeio ciclístico que envolve mais de duzentos ciclistas percorrendo os principais pontos históricos de Santa Cruz.[63]

Parceria entre empresas e ONGs em atividade no bairro integram centenas de crianças e adolescentes entorno de programas socioesportivos ressaltando a importância de valores como auto-estima, trabalho em equipe, qualidade de vida e cidadania.[64]

O Tour do Rio, evento ciclístico internacional da cidade do Rio de Janeiro, com largada na Barra da Tijuca tem no seu trajeto o bairro de Santa Cruz na sua primeira etapa rumo a Angra dos Reis.[65][66]

Lazer

Quadra da escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz.

Por ser um dos bairros com poucas opções de lazer da zona oeste, Santa Cruz teve especial atenção ao receber da prefeitura as instalações do parque temático Cidade das Crianças, que oferece aos visitantes quadras esportivas, parque aquático, biblioteca, planetário digital, além de atividades ao ar livre.[67]

Estão entre as principais áreas de lazer do bairro o polo gastronômico da rua do Império, a quadra de ensaios do GRES Acadêmicos de Santa Cruz, o Santa Cruz Shopping, a Vila Olímpica Oscar Schmidt, a Lona Cultural Sandra de Sá e a Cidade das Crianças Leonel Brizola.

Geografia

Ver artigo principal: Sub-bairros de Santa Cruz
Imagem de satélite do bairro.
Vista do bairro de Santa Cruz (Rio de Janeiro-RJ)

Localizado no extremo oeste da cidade, seu território estende-se por 12 504,43 ha (125 km²).[3] Faz fronteira com os municípios fluminenses de Itaguaí (a oeste), Seropédica (ao norte) e Nova Iguaçu (a nordeste), e também com os bairros cariocas de Sepetiba (ao sul), Paciência e Cosmos (a leste) e Guaratiba (ao sudeste).[68] No sudoeste seu território é banhado pela baía de Sepetiba.[69]

Relevo e hidrografia

Por encontrar-se na baixada de Santa Cruz, a maior parte do seu território é plano, com altitudes próximas ao nível do mar, onde predominam áreas descampadas como o Campo do Itongo, Campo de Sapicu, Campo de São Luiz, Campo de Roma e outros.[69] A exceção é o centro que se encontra em uma área um pouco acidentada, cujo ponto mais alto é o morro do Mirante com cerca de 65 metros de altitude. Ainda se destacam na paisagem o Morro da Bandeira, o Morro da Joaquina e o Morro do Leme com cerca de 94 metros de altitude.[69]

Seu litoral, pouco recortado, é banhado pela baía de Sepetiba por pouco mais de 10 km, incluso a ilha dos Urubus na foz do Canal de São Francisco.[69]

A baixada de Santa Cruz é drenada por vários rios e canais, dentre os principais estão: o Rio da Guarda, limite ocidental da cidade do Rio de Janeiro; o Rio Cação Vermelho, Rio Guandu (Canal de São Francisco), Rio Guandu-Mirim e Canal do Itá. Todos pertencentes a bacia hidrográfica da baía de Sepetiba.[69] O canal de São Francisco serve ao abastecimento do distrito industrial. Já o canal da Irrigação e o canal de São Fernando irrigam as culturas no Núcleo Colonial.[69]

Clima

O clima é classificado como tropical atlântico (Aw), segundo o modelo de Köppen. A temperatura média anual é superior aos 22 °C (mínima de 20 °C e máxima de 27 °C) e a média pluviométrica ultrapassa 1 200 mm.[70] Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1994 e a partir de 1998, a menor temperatura registrada em Santa Cruz foi de 6 °C em 28 de maio de 1975,[71] e a maior atingiu 43,2 °C em 26 de dezembro de 2012,[72] sendo esta a temperatura mais alta registrada na cidade do Rio de Janeiro, superando os 43,1 °C registrados na estação meteorológica de Bangu em 14 de janeiro de 1984.[73] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 180,6 mm em 20 de fevereiro de 1967. Outros grandes acumulados foram 165,6 mm em 6 de abril de 2010, 155,4 mm em 20 de janeiro de 1965, 136,4 mm em 24 de dezembro de 2001, 130,6 mm em 18 de dezembro de 1964, 126,2 mm em 24 de janeiro de 1985, 121,7 mm em 3 de janeiro de 2013, 118,9 mm em 18 de janeiro de 1966, 118,6 mm em 27 de fevereiro de 1971, 115,2 mm em 13 de dezembro de 2007, 115 mm em 9 de junho de 1994, 106,2 mm em 14 de janeiro de 1971, 103,8 mm em 24 de março de 1973 e 103 mm em 12 de outubro de 1971.[74]

Dados climatológicos para Santa Cruz
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 42,5 41,5 40,1 38,5 36 35,2 36 39,1 41,2 41,2 40,5 43,2 43,2
Temperatura máxima média (°C) 32,7 33,6 32,3 30,8 28,2 27,6 26,7 27,7 27,4 28,7 30 31,2 29,7
Temperatura mínima média (°C) 22,9 23,1 22,6 21,4 19,1 18 17,3 17,8 18,5 19,7 20,9 22 20,3
Temperatura mínima recorde (°C) 16,9 17,8 16,4 13,2 12 9 9,7 11,6 11,3 13,3 14,6 16,1 9
Precipitação (mm) 143,8 100,1 110,6 101,3 67,7 48 52,2 36,7 71,4 76,7 92,8 138,9 1 040,2
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 11 8 9 7 7 5 6 6 8 8 9 11 95
Fonte: INMET (normal climatológica de 1981-2010;[75] recordes de temperatura: 01/01/1963 a 16/10/1994 e 05/04/1998-presente)[71][72]

Vegetação

Com 2 003 ha (20,0 km²) de Mata Atlântica, o bairro de Santa Cruz é o sexto entre os bairros do Rio com maior cobertura vegetal. A maior parte dessa vegetação se encontra em terrenos da Força Aérea.[76] Segundo dados do Censo 2000 realizado pelo IBGE, 4,18 % da área natural de Santa Cruz é coberta por manguezais, 3,66% por floresta alterada, 1,63% por vegetação de áreas alagadiças como brejos e charcos e 0,66% por florestas.[77]

Infraestrutura

Educação

Conforme dados da Secretaria Municipal de Educação (SME) da capital fluminense, até janeiro de 2015 o bairro de Santa Cruz possuía 84 escolas públicas, entre creches e escolas de ensino fundamental e médio.[78] Dentro dessa rede pública de ensino, de acordo com dados censitários do IBGE de 2010, 87,22% das crianças de Santa Cruz entre 7 e 14 anos de idade encontravam-se frequentando o ensino fundamental.[79] Contudo, a população com mais de 14 anos de idade que ainda se encontra cursando o ensino fundamental é 115,39% maior que a população de crianças entre 7 e 14 anos,[79] o que representa um alto percentual de retenção escolar.[nota 5]

Há também uma grande carência de ensino médio. As escolas da rede estadual são em número insuficiente para atender a demanda, especialmente de ensino técnico e profissionalizante. Apesar disso, está localizado no largo do Bodegão um CETEP (Centro de Educação Tecnológica e Profissionalizante) que oferece vários cursos profissionalizantes e cursos técnicos através da ETE Santa Cruz. A transferência para Santa Cruz da instituição SESI/SENAI de ensino profissionalizante também contribui para suprir a demanda por profissionais qualificados nos novos empreendimentos industriais que têm aportado na região.[32]

O ensino superior possui histórico bem recente e é ministrado somente por instituições particulares. A FAMA (Faculdade Machado de Assis) foi a pioneira, sendo uma instituição local mantida pela Associação Educacional Machado de Assis e surgida em meados da década de 1990, ministrando cursos de graduação, pós-graduação, semipresenciais e de extensão.[57] Após ela, surgiram campi de várias outras instituições, como da Universidade Castelo Branco, da Universidade Cândido Mendes, da UniverCidade, e Universidade Estácio de Sá (esta com amplo prédio próprio).

Fica em Santa Cruz a primeira escola sustentável do país. A escola estadual Erich Walter Heine é a primeira da América Latina a receber um certificado que confere status verde a construção.[81] As instituições de ensino do bairro são famosas em revelar talentos do esporte e da música para todo o país. As bandas marciais dos colégios Apollo XII e Dom Oton Mota estão entre as melhores e se apresentam em todo o Brasil.[82] Também é destaque na educação o CIEP 1º de Maio, localizado na favela de Antares que, apesar da violência vem obtendo os melhores índices na alfabetização da rede municipal de ensino.[83]

Saúde

Vista do Hospital Municipal Pedro II

Santa Cruz conta com diversos hospitais e postos de saúde, com destaque ao Hospital Dom Pedro II e a Policlínica Lincoln de Freitas, além de vários hospitais privados, como os hospitais da rede Cemeru e Memorial. Porém, a maior parte dos moradores (70%) depende do sistema público de saúde e sofre com a falta de médicos e leitos da rede de hospitais.[84] [85] Os postos de saúde e hospitais têm sido insuficientes para a demanda. Contudo, a implantação das Unidades de Pronto Atendimento - UPA's, e Clínicas da Família nas adjacências do bairro, ameniza a carência pelo atendimento médico às famílias de baixa renda de Santa Cruz.[86] O bairro também conta com um Centro de Referência da Pessoa com Deficiência (CRPD) preparado para atender deficientes físicos.[87]

Água e saneamento

O abastecimento de água em Santa Cruz é feito pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE). Esta possui uma unidade no morro do Mirante. Ali foi construída, no século XX uma grande caixa d'água para suprir toda a região, mas hoje se encontra desativada.[88]

A falta de água encanada e rede coletora de esgoto é crítico em áreas carentes do bairro.[67] Além da falta de abastecimento de água e de rede coletora de esgoto em certos pontos, a incidência de ligações hidráulicas clandestinas é outro problema presente no bairro.[89][90]

Transportes

Estação Santa Cruz.

Santa Cruz possui a estação final do segundo mais importante ramal de trens urbanos da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o Ramal de Santa Cruz. O mesmo é operado pela Supervia. Há serviços de integração com ônibus utilizando o RioCard e o Bilhete único.[91] Existe um projeto de integração do ramal Santa Cruz com a Linha Itaguaí da Supervia, que está em fase de estudos para ser reativada.[92]

Santa Cruz possui um Terminal Rodoviário Urbano na Rua Álvaro Alberto e conta com importantes acessos rodoviários para a capital fluminense. O principal é a Avenida Brasil, que liga Santa Cruz ao Centro do Rio de Janeiro. A Avenida Cesário de Melo (antigo Caminho Imperial) interliga o bairro a Campo Grande. A Rodovia BR-101 (Rio-Santos) se inicia no bairro e liga o Rio de Janeiro aos municípios da Costa Verde e segue rumo ao litoral paulista. A Estrada da Pedra faz ligação com o bairro de Pedra de Guaratiba. A Estrada de Sepetiba interliga Santa Cruz ao bairro de Sepetiba.

Possui outros logradouros importantes, que cruzam o bairro como a Avenida Antares, Avenida Areia Branca, Avenida Isabel, Avenida João XXIII, Estrada da Urucânia, Rua Álvaro Alberto, Rua Felipe Cardoso, Rua Padre Guilherme Decaminada, Rua Senador Camará, dentre outras.

Santa Cruz é o bairro do Rio de Janeiro que possui o maior índice de usuários de bicicleta. O veículo é utilizado por 12% da população, enquanto a média em toda a cidade é de 2%.[93]

Foi implantado em 2012 o BRT TransOeste que liga Santa Cruz a Campo Grande e Barra da Tijuca reduzindo em até a metade do tempo médio a viagem.[94]

Serviços

Cemitério Jardim da Saudade Paciência, localizado nos limites do bairro.

O bairro desfruta de diversos serviços públicos, prestados pelas diversas esferas do governo e por particulares, como: hospitais e postos de saúde; o Centro de Controle de Zoonoses Paulo Dacorso Filho, que é referência no município em tratamento de zoonoses e desenvolvimento de sistemas de vigilância sanitária e epidemiológica; o Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente, uma unidade do DEGASE; diversas agências dos Correios e agências bancárias; um destacamento do Corpo de Bombeiros; a 25ª zona eleitoral do TRE-RJ, a 36ª Delegacia de Polícia e o 27º Batalhão de Polícia Militar, além do cemitério municipal localizado próximo ao quarteirão cultural do Matadouro e do cemitério Jardim da Saudade na localidade de Venda de Varanda.

Religião

A Igreja da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, um dos maiores templos religiosos do Rio de Janeiro.

A partir de microdados do Censo 2000, o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas aponta que o percentual de católicos no bairro encontra-se na faixa de 40 a 60%. Santa Cruz ainda está entre os três bairros mais evangélicos do Rio com 28,64% de praticantes. No ranking dos sem religião, Santa Cruz aparece na segunda posição com 19,86%.[95]

A Igreja Católica está presente com cinco paróquias e seus 46 templos cristãos, dentre igrejas e capelas, espalhados por todo o bairro.[96] Tem crescido bastante o número de templos evangélicos na região, que também possui centros espíritas e igrejas de outros credos.[8]

Símbolos oficiais

Ver artigo principal: Símbolos oficiais de Santa Cruz
Brasão de Santa Cruz.

Apesar de incomum nas cidades brasileiras, algumas divisões da cidade do Rio de Janeiro possuem brasões, bandeiras e hinos, adquiridos à época em que seu território era compreendido no antigo estado da Guanabara. Santa Cruz possui um hino e também um brasão, lançado por ocasião das comemorações do IV Centenário do bairro (1567-1967).[97]

Notas

  1. Termo religioso, derivado de cura, ou padre, que designava aldeias e povoados com as condições necessárias para se tornar uma freguesia, ou seja, tornar-se o distrito de um município
  2. Conforme consta na pág. 6 do Decreto municipal que definiu seu perímetro territorial,[1] o bairro está situado na XIX Região Administrativa (RA), cuja denominação também é Santa Cruz. Em relação ao município do Rio de Janeiro, o código do bairro é 519149: 519 identifica a RA e 149 é o código específico do bairro (pág. 53 do Decreto).
  3. Valores percentuais obtidos a partir da divisão respectivamente do total de mulheres e de homens em 2010 pela soma desses dois totais.
  4. Para visualizar todas as UDH do município do Rio de Janeiro, acesse o «menu de consultas do atlas». www.atlasbrasil.org.br  e então execute a seguinte sequência de cliques com o mouse: Espacialidade / Selecionar; UDHs e Regionais; Rio de Janeiro; Filtrar UDHs por município; Rio de Janeiro; Todas as UDHs - Rio de Janeiro; Ok; Indicadores / Selecionar; Dimensão / IDHM; Temas / IDHM; Indicadores / IDHM; Selecionados / 2010; Ok. Em seguida, clique no botão “Ver no mapa” (ícone do mapa do Brasil) e amplie o mapa até a região desejada. Quando se clica sobre uma UDH, seu contorno é destacado no mapa e surge um pequeno balão informativo exibindo o nome da UDH, seu respectivo IDHM e um link para o perfil completo dessa UDH.
  5. Popularmente conhecida como "reprovação", a retenção escolar é a prática de se impedir que um estudante progrida para a próxima série ou etapa do curso educacional que se encontre cursando. Essa medida administrativa do sistema escolar é executada após uma análise de desempenho desse aluno concluir que sua aprendizagem foi insuficiente em relação aos mínimos estabelecidos necessários à sua progressão acadêmica.[80]

Referências

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Bibliografia

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  • SOUSA, Sinvaldo do Nascimento. Potencialidades da Zona Oeste: projeto sociocultural. In: Anais do I Encontro Internacional de Ecomuseus. Rio de Janeiro, Printel: 1992

Leituras complementares

  • A experiência brasileira do Ecomuseu do Quarteirão Cultural do Matadouro- Santa Cruz/Rio de Janeiro. In: Actas das X Jornadas sobre a Função Social do Museu. Ecomuseologia como forma de desenvolvimento integrado. Braga, Câmara Municipal de Póvoa de Lanhoso, Portugal: 1998
  • Ecomuseu do Quarteirão Cultural do Matadouro: território de memória e instrumento da comunidade. Dissertação de Mestrado, Rio de Janeiro, UNIRIO, Mestrado em Memória Social e Documento, 2000.
  • Ecomuseu do Quarteirão Cultural do Matadouro: território de memória e instrumento da comunidade. In : Atas do II Encontro Internacional de Ecomuseus "Comunidade, Patrimônio e Desenvolvimento sustentável"/ IX ICOFOM LAM "Museologia e Desenvolvimento Sustentável" - NOPH, MINOM e ICOFOM LAM, Rio de Janeiro: 2000 (CD ROM)
  • O Ecomuseu de Santa Cruz: gestão comunitária do patrimônio. In: Atas do Seminário "Visões Contemporâneas de Sítios e Centros Históricos" – UFRJ/ FAU/PROARQ/LABLET, Rio de Janeiro: 2002 (CD ROM).
  • O Ecomuseu de Santa Cruz: fragmentos de uma experiência urbana para o desenvolvimento responsável. Texto apresentado na Mesa Redonda "Ecomuseologia" do 8 °Fórum Estadual de Museus/VII Encontro Estadual de Museus de Ciências Naturais "Museus e Globalização"- Sistema Estadual de Museus do RS, Rio Grande: 2002

Ligações externas

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  • Estudos Cariocas. Coletânea de publicações eletrônicas que apresentam estudos e pesquisas a respeito do município do Rio de Janeiro. Visitado em 22 de janeiro de 2015.
  • Subprefeitura da Zona Oeste. Página oficial. Visitado em 13 de janeiro de 2015.
  • Ecomuseu do Quarteirão Cultural do Matadouro. Website do Núcleo de Orientação e Pesquisa Histórica (Noph), mantenedor do Ecomuseu Comunitário de Santa Cruz. Visitado em 13 de janeiro de 2015.
  • Prefeitura do Rio de Janeiro. Website oficial. Visitado em 13 de janeiro de 2015.
  • Bairros Cariocas. Aplicativo desenvolvido pelo Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), da Prefeitura do Rio de Janeiro. Fornece dados do município, seus bairros e regiões administrativas. Visitado em 13 de janeiro de 2015.
  • Santa Cruz (Rio de Janeiro). Santa Cruz no WikiMapia. Visitado em 13 de janeiro de 2015.