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Alemanha: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Olympicstadium2.jpg|thumb|250px|O [[Estádio Olímpico de Berlim]] é a casa do clube de futebol [[Hertha BSC Berlin]], e foi uma das sedes para a [[Copa do Mundo de 2006]].]]
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A Alemanha é um dos países líderes em corridas no mundo. Carros, equipes e pilotos vencedores de corridas surgiram da Alemanha. O mais bem sucedido piloto da [[Fórmula 1]] na história, [[Michael Schumacher]], estabeleceu os mais significantes recordes de sua modalidade durante sua carreira e venceu mais campeonatos e corridas da Fórmula 1 do que qualquer outro piloto desde sua primeira temporada na Fórmula 1 em [[1946]]. Ele é um dos mais bem pagos esportistas na história e se tornou um atleta bilionário<ref>{{citar web| url=http://sport.guardian.co.uk/formulaone/story/0,,1929091,00.html |titulo=What we will miss about Michael Schumacher |publicado=Guardian Unlimited |acessodata=27 de março de 2009 |lingua=inglês}}</ref>. Construtores como [[BMW]] e [[Mercedes-Benz|Mercedes]] estão entre as principais equipes no patrocínio de corridas. [[Porsche]] venceu as [[24 Horas de Le Mans]], uma corrida anual de prestígio que acontece na França, em 16 ocasiões. A [[Deutsche Tourenwagen Masters]] é uma série popular na Alemanha.
A Alemanha é um dos países líderes em corridas no mundo. Carros, equipes e pilotos vencedores de corridas surgiram da Alemanha. O mais bem sucedido piloto de paus na história, [[Michael Schumacher]], estabeleceu os mais significantes recordes de sua modalidade durante sua carreira e venceu mais campeonatos de masturbação do que qualquer outro punheteiro desde sua primeira goza em [[1946]]. Ele é um dos mais bem pagos esportistas na história e se tornou um atleta bilionário<ref>{{citar web| url=http://sport.guardian.co.uk/formulaone/story/0,,1929091,00.html |titulo=What we will miss about Michael Schumacher |publicado=Guardian Unlimited |acessodata=27 de março de 2009 |lingua=inglês}}</ref>. Construtores como [[BMW]] e [[Mercedes-Benz|Mercedes]] estão entre as principais equipes no patrocínio de corridas. [[Porsche]] venceu as [[24 Horas de Le Mans]], uma corrida anual de prestígio que acontece na França, em 16 ocasiões. A [[Deutsche Tourenwagen Masters]] é uma série popular na Alemanha.


Historicamente, desportistas alemães têm sido alguns dos mais bem sucedidos participantes dos [[Jogos Olímpicos]], classificado na terceira posição em um quadro de medalhas de todos os tempos dos Jogos Olímpicos, combinando as medalhas das Alemanhas Ocidental e Oriental. Nos [[Jogos Olímpicos de Verão de 2008]], a Alemanha terminou em quinto no quadro de medalhas<ref>{{citar web|url=http://results.beijing2008.cn/WRM/ENG/INF/GL/95A/GL0000000.shtml |titulo=Beijing 2008 Medal Table |publicado=The Official Website of the Beijing 2008 Olympic Games |acessodata=27 de março de 2009 |lingua=inglês}}</ref>, enquanto nos [[Jogos Olímpicos de Inverno de 2006]], eles terminaram em primeiro<ref>{{citar web|url=http://www.olympic.org/uk/games/past/table_uk.asp?OLGT=2&OLGY=2006 |titulo=Quadro de Medalhas de Turim 2006 |publicado=[[Comitê Olímpico Internacional]] |acessodata=27 de março de 2009 |lingua=inglês}}</ref>. O país organizou os [[Jogos Olímpicos de Verão]] duas vezes, em [[Berlim]] em [[Jogos Olímpicos de Verão de 1936|1936]] e em [[Munique]] em [[Jogos Olímpicos de Verão de 1972|1972]]. Os [[Jogos Olímpicos de Inverno]] aconteceram na Alemanha em uma ocasião, em [[Jogos Olímpicos de Inverno de 1936|1936]] quando eles foram sediados nas cidades-irmãs de [[Garmisch]] e [[Partenkirchen]], na [[Baviera]].
Historicamente, desportistas alemães têm sido alguns dos mais bem sucedidos participantes dos [[Jogos Olímpicos]], classificado na terceira posição em um quadro de medalhas de todos os tempos dos Jogos Olímpicos, combinando as medalhas das Alemanhas Ocidental e Oriental. Nos [[Jogos Olímpicos de Verão de 2008]], a Alemanha terminou em quinto no quadro de medalhas<ref>{{citar web|url=http://results.beijing2008.cn/WRM/ENG/INF/GL/95A/GL0000000.shtml |titulo=Beijing 2008 Medal Table |publicado=The Official Website of the Beijing 2008 Olympic Games |acessodata=27 de março de 2009 |lingua=inglês}}</ref>, enquanto nos [[Jogos Olímpicos de Inverno de 2006]], eles terminaram em primeiro<ref>{{citar web|url=http://www.olympic.org/uk/games/past/table_uk.asp?OLGT=2&OLGY=2006 |titulo=Quadro de Medalhas de Turim 2006 |publicado=[[Comitê Olímpico Internacional]] |acessodata=27 de março de 2009 |lingua=inglês}}</ref>. O país organizou os [[Jogos Olímpicos de Verão]] duas vezes, em [[Berlim]] em [[Jogos Olímpicos de Verão de 1936|1936]] e em [[Munique]] em [[Jogos Olímpicos de Verão de 1972|1972]]. Os [[Jogos Olímpicos de Inverno]] aconteceram na Alemanha em uma ocasião, em [[Jogos Olímpicos de Inverno de 1936|1936]] quando eles foram sediados nas cidades-irmãs de [[Garmisch]] e [[Partenkirchen]], na [[Baviera]].

Revisão das 21h32min de 27 de agosto de 2009

República Federal da Alemanha
Bundesrepublik Deutschland
Bandeira da Alemanha
Bandeira da Alemanha
Brasão das Armas
Brasão das Armas
Bandeira Brasão de Armas
Lema: Einigkeit und Recht und Freiheit
(Alemão: "União e Justiça e Liberdade")
Hino nacional: Das Lied der Deutschen
(
Canção dos alemães, terceira estrofe)
Gentílico: alemão

Localização da Alemanha
Localização da Alemanha

Localização da Alemanha (em verde escuro)
No continente europeu (em cinza escuro)
Na União Européia (em verde claro)
Capital Berlim
52° 31' N 13° 24' E
Cidade mais populosa Berlim

Língua oficial Alemão[1]
Governo República Federal
• Chefe de Estado Presidente Horst Köhler
• Chefe de Governo Chanceler Angela Merkel
Formação
• Sacro Império Romano Germânico 843 d.C. (Tratado de Verdun)
• Unificação 18 de Janeiro de 1871
• República Federal 23 de Maio de 1949 (RFA)
7 de Outubro de 1949 (RDA)
• Reunificação alemã 3 de Outubro de 1990
Entrada na UE 25 de Março de 1957
Área
  • Total 357.050 km² (63.º)
 • Água (%) 2,416
 Fronteira França, Bélgica, Luxemburgo, Países Baixos, Dinamarca, Polônia, Rep. Tcheca, Áustria e Suíça
População
 • Estimativa para 2008 82.046.000[2] hab. (14.º)
 • Densidade 230,9 hab./km² (50.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2007
 • Total US$ 3,26 trilhões USD(3.º)
 • Per capita US$ 39.650 USD (19.º)
PIB (nominal) Estimativa de 2007
IDH (2006) 0,940 (23.º) – alto[3]
Moeda Euro (EUR)
Fuso horário CET (UTC+1)
 • Verão (DST) CEST (UTC+2)
Cód. ISO DE
Cód. Internet .de
Cód. telef. +49

A Alemanha (nome oficial: República Federal da Alemanha, em alemão: Bundesrepublik Deutschland, AFI[ˈbʊndəsʁepuˌbliːk ˈdɔʏtʃlant])[4], é um país localizado na Europa central, membro fundador da União Européia, membro da NATO e do Grupo dos Oito. O país é limitado a norte pelo Mar do Norte, pela Dinamarca e pelo Mar Báltico, a leste pela Polónia e pela República Checa, a sul pela Áustria e pela Suíça e a oeste pela França, Luxemburgo, Bélgica e os Países Baixos.

A região conhecida como Germânia, historicamente habitada por vários povos germânicos, foi conhecida e documentada antes de 100 d.C.. Desde o século X, os territórios alemães formaram a parte central do Sacro Império Romano, que durou até 1806. Durante o período, no século XVI, as regiões do norte da Alemanha tornaram-se o centro da Reforma Protestante. A definição de Estado-nação para a Alemanha é recente, o país foi unificado pela primeira vez durante a Guerra Franco-prussiana em 1871. Após a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida em dois estados, nas linhas de ocupação dos aliados em 1949[5].

Desde a Reunificação em 1990, o estado alemão é uma república federal parlamentarista com 16 estados federais (Bundesländer) e cerca de 82 milhões de habitantes. É um dos países com a maior densidade populacional da Europa e a principal potência econômica do continente. Desde 1995 a Alemanha participa do Acordo de Schengen. Sua capital é Berlim e a língua nacional oficial é o alemão.

Etimologia

O termo "Alemanha" deriva do francês Allemagne — terra dos alamanos — em referência a um povo bárbaro de nome homônimo, que vivia na atual região fronteiriça entre a França e a Alemanha, o qual cruzou o Rio Reno e invadiu a Gália Romana durante o século V[6]. O país também é conhecido pelo gentílico Germânia, que deriva do latim Germania — terra dos germanos (em inglês: Germany).

Durante a maior parte da sua história, a área atual da Alemanha foi o território de vários pequenos reinos, dos quais a maioria pertencera ao Sacro Império Romano Germânico. Foi apenas a partir de 1871, com a supremacia do reino da Prússia e a criação do Império Alemão, que o país veio a tornar-se, de fato, uma nação unificada. Logo após o término da Primeira Guerra Mundial, uma república foi instalada e o nome do país passou a designar-se República de Weimar. A designação Terceiro Reich surgiu com a ditadura de Adolf Hitler e a ascensão do Nazismo em 1933. Logo após a rendição na Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida em 4 setores de ocupação pelos Aliados e, em 1949, dividida em dois diferentes países: Alemanha Ocidental (Bundesrepublik Deutschland), de cunho capitalista, e Alemanha Oriental (Deutsche Demokratische Republik), esta socialista. A reunificação aconteceu em 3 de outubro de 1990.

História

Ver artigo principal: História da Alemanha

Tribos germânicas

Ver artigo principal: Povos germânicos e Germânia

A etnogênese das tribos germânicas assume-se que ocorreu durante a Idade do Bronze Nórdico ou, ao mais tardar, durante a Idade do Ferro pré-romana[7][8]. A partir do sul da Escandinávia e do norte da Alemanha, as tribos começaram a expandir-se para o sul, leste e oeste no século I a.C., e entraram em contato com as tribos celtas da Gália, assim como tribos iranianas, bálticas, e tribos eslavas na Europa Oriental. Pouco se sabe sobre história germânica antes disso, exceto através das suas interações com o Império Romano, pesquisas etimológicas e achados arqueológicos[9].

Expansão das tribos germânicas 750 a.C. - 1 d.C.

Por ordens do imperador Augusto, o general romano Públio Quintílio Varo começou a invadir a Germânia (um termo usado pelos romanos para definir um território que começava no rio Reno e ia até os Urais), e foi neste período que as tribos germânicas se tornaram familiarizadas com as táticas de guerra romana, mantendo no entanto a sua identidade tribal. Em 9 d.C., três legiões romanas lideradas por Varo foram derrotadas pelo líder Querusco Armínio na Batalha da Floresta de Teutoburgo. O território da atual Alemanha, assim como os vales dos rios Reno e Danúbio, permaneceram fora do Império Romano. Em 100 d.C., na época do livro Germania de Tácito, as tribos germânicas assentadas ao longo do Reno e do Danúbio (a Limes Germanicus) ocupavam a maior parte da área da atual Alemanha[10]. O século III viu o surgimento de um grande número de tribos germânicas ocidentais: Alamanos, Francos, Catos, Saxões, Frísios, Francos sicambrianos, e Turíngios. Por volta de 260, os povos germânicos romperam as suas fronteiras do Danúbio e expandiram a Limes para as terras romanas[11].

Sacro Império Romano-Germânico (962-1806)

Ver artigo principal: Sacro Império Romano-Germânico

O império medieval foi criado com a divisão do Império Carolíngio em 843, fundado por Carlos Magno em 25 de Dezembro de 800, e em diferentes formas existiu até 1806, se estendendo desde o Rio Eider no norte do país até o Mediterrâneo, no litoral sul. Muitas vezes referida como o Sacro Império Romano (ou o Antigo Império)[12], foi oficialmente chamado de o Sacro Império Romano da Nação Alemã ("Sacro Romanum Imperium Nationis Germanicæ" em latim) a partir de 1448, para ajustar o nome para o seu território de então[12].

Príncipe-eleitores do Sacro Império Romano (pergaminho de 1341).

Sob o reinado dos imperadores Otonianos (919-1024), os ducados da Lorena e da Saxônia, a Francônia, a Suábia, a Turíngia, e a Baviera foram consolidadas, e o rei alemão, Oto I, foi coroado Sacro Imperador Romano dessas regiões, em 962[13]. Sob o reinado dos imperadores Salianos (1024-1125), o Sacro Império Romano absorveu o norte da Itália e a Borgonha, embora o imperador tenha perdido parte do poder através da Questão das investiduras com a Igreja Católica Romana. Sob os imperadores Hohenstaufen (1138-1254), os príncipes alemães aumentaram a sua influência para o sul e para o leste e extremo leste(Ostsiedlung), territórios habitados por povos eslavos, bálticos e estonianos antes da ocupação alemã na região.

Martinho Lutero, (1483-1546) deu início à Reforma Protestante.

Com o colapso do poder imperial em 1250, devido à constante briga com a Igreja de Roma, fez-se necessário a criação de um novo sistema de escolha do imperador[14]. Criou-se, com a edição da Bula Dourada o conselho dos 7 príncipes-eleitores, que tinham o poder de escolher o comandante do Sacro Império. Durante esse período conturbado, as cidades comerciais se uniram para proteger seus interesses comuns[13]; a mais conhecida delas foi a Liga Hanseática, que reunia poderosas cidades do norte alemão como Hamburgo e Bremen. A partir do século XV, os imperadores foram eleitos quase exclusivamente a partir da dinastia Habsburgo da Áustria.

O monge Martinho Lutero publicou suas 95 Teses em 1517, desafiando as práticas da Igreja Católica Romana, e dando início à Reforma Protestante. A igreja Luterana tornou-se a religião oficial de muitos estados alemães após 1530 o que levou a conflitos religiosos resultantes da divisão religiosa no império, que geraram a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), que devastou os territórios alemães[15]. A população dos Estados Alemães foi reduzida em cerca de 30%[16]. A Paz de Vestfália (1648) acabou com a guerra religiosa entre os estados alemães, mas o império estava de facto dividido em inúmeros principados independentes. De 1740 em diante, o dualismo entre a Monarquia austríaca dos Habsburgo e o Reino da Prússia dominou a história alemã. Em 1806, o Imperium foi dissolvido com o resultado das Guerras Napoleônicas[17].

Restauração e a revolução (1814-1871)

Ver artigo principal: Confederação Germânica
O Parlamento de Frankfurt (1848).

Depois da queda de Napoleão Bonaparte, o Congresso de Viena reuniu-se em 1814 e sua resolução fundou a Confederação germânica (Deutscher Bund em alemão), a união de 39 estados soberanos.

Desentendimentos com a restauração política proposta pelo Congresso de Viena, parcialmente levou ao surgimento de movimentos liberais, exigindo unidade e a liberdade[18]. Estes, porém, foram reprimidas com novas medidas de repressão por parte do estadista austríaco Metternich. O Zollverein, uma união tarifária, profundamente buscava uma unidade econômica dos estados alemães[18].Durante esta época, muitos alemães tinham sido agitados com os ideais da Revolução Francesa[18], e o nacionalismo passou a ser uma força mais significativa, especialmente entre os jovens intelectuais. Pela primeira vez, o preto, o vermelho e o dourado foram escolhidos para representar o movimento, e mais tarde se tornaram as cores da bandeira da Alemanha[19].

Em função da série de movimentos revolucionários na Europa, que estabeleceram com êxito uma república na França, intelectuais e burgueses começaram a Revolução de 1848 nos Estados alemães. Os monarcas inicialmente aceitaram as exigências dos revolucionários liberais para conter a movimentação popular. Ao Rei Frederico Guilherme IV da Prússia foi oferecido o título de Imperador, mas sem poder absoluto. Ele rejeitou a coroa e a proposta de Constituição, o que conduziu a um revés temporário no movimento[20].

O conflito entre o rei Guilherme I da Prússia e o parlamento cada vez mais liberal foi rompido durante a reforma militar em 1862, quando o rei nomeou Otto von Bismarck o novo Primeiro-ministro da Prússia. Bismarck travou com sucesso uma guerra com a Dinamarca, em 1864. A vitória prussiana na Guerra Austro-prussiana de 1866 permitiu criar a Confederação Norte-Germânica (Norddeutscher Bund), que excluía a Áustria, ex-líder dos estados alemães, dos assuntos dos Estados alemães restantes.

Império alemão (1871-1918)

Ver artigo principal: Império Alemão
Fundação da moderna Alemanha, em Versalhes, França, em 1871. Bismarck aparece no centro com um uniforme branco.

O estado conhecido como Alemanha foi unificado como um moderno Estado-nação, em 1871, quando o Império alemão foi criado, com o Reino da Prússia sendo o seu maior constituinte. Após a derrota francesa na guerra franco-prussiana, o Império alemão foi proclamada no Versalhes em 18 de Janeiro de 1871. A Dinastia de Hohenzollern da Prússia declarou o novo império, cuja capital era Berlim, a capital prussiana. O império era uma unificação de todas as partes da Alemanha com exceção da Áustria (Kleindeutschland, ou "Alemanha Menor"). A partir do início de 1884, a Alemanha começou a estabelecer diversas colônias fora da Europa[21]. Durante o esse período, a Alemanha passou por um grande crescimento econômico, com uma forte industrialização, especialmente das indústrias de mineração, metalúrgica, e derivadas das engenharias elétrica, mecânica e química[18].

No período Gründerzeit, seguinte à unificação da Alemanha, a política externa do Imperador Guilherme I garantiu a posição do Império Alemão como uma grande nação européia por fazer alianças comerciais e políticas com outros países europeus, isolando a França por meios diplomáticos, e evitando assim a continuação da guerra. Mas o Imperador Guilherme II, no entanto, como outras potências européias, tomou um curso imperialista devido ao atrito com os países vizinhos. A maior parte das alianças que a Alemanha tinha feito não foram renovadas, e as novas alianças excluíam o país. Especificamente, a França estabeleceu novas relações com a assinatura da entente cordiale com o Reino Unido e garantiu os laços com o Império russo. Além de seus contatos com a Áustria-Hungria, a Alemanha se tornou cada vez mais isolada[22].

A Alemanha Imperial (1871-1918), com o líder Reino da Prússia em azul.

O Imperialismo Alemão ultrapassou as fronteiras do seu próprio país e juntou-se a muitos outros poderes na Europa, que reivindicavam a sua quota na África. A Conferência de Berlim dividiu a África entre as potências européias. A Alemanha obteve vários pedaços da África, incluindo a África Oriental Alemã, o Sudoeste Africano Alemão, a Togolândia e Camarões. A partilha da África causou tensão entre as grandes potências, que contribuiu para as condições que levaram à I Guerra Mundial.

O assassinato do príncipe da Áustria em 28 de Junho de 1914 desencadeou a I Guerra Mundial. A Alemanha, como parte dos Impérios Centrais foi derrotado pelos Aliados num dos mais sangrentos conflitos de todos os tempos. A revolução alemã eclodiu em novembro de 1918, e o imperador alemão William II e todos os príncipes concordaram em abdicar. Um armistício que pôs fim à guerra foi assinado em 11 de Novembro e a Alemanha foi forçada a assinar o Tratado de Versalhes em junho de 1919[23]. A sua negociação, ao contrário da diplomacia tradicional de pós-guerra, excluiu os derrotados Poderes Centrais. O tratado foi tratado na Alemanha como uma humilhante continuação da guerra por outros meios, e sua dureza é freqüentemente citada como tendo mais tarde facilitado a ascensão do nazismo no país[23].

República de Weimar (1919-1933)

Ver artigo principal: República de Weimar

Após o sucesso da Revolução alemã em novembro de 1918, uma república foi proclamada. A Constituição de Weimar entrou em vigor com a sua assinatura pelo Presidente Friedrich Ebert em 11 de Agosto de 1919. O Partido Comunista Alemão foi criado por Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, em 1918, e o Partido dos Trabalhadores Alemão, mais tarde conhecido como Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores ou Partido Nazista, foi fundado em janeiro de 1919.

Sofrendo as conseqüências da Grande Depressão, as duras condições ditadas pelo Tratado de Versalhes, e uma longa sucessão de governos mais ou menos instáveis, cada vez mais faltava identificação às massas políticas na Alemanha com seu sistema político de democracia parlamentar. Isso foi agravado por uma ampla disseminação de um mito político pela direita (monarquistas,völkischs, e nazis), a Dolchstoßlegende, que alegava que a Alemanha tinha perdido a Primeira Guerra Mundial devido à Revolução alemã, não por causa da derrota militar. Por outro lado, os radicais de esquerda comunistas, tais como a Liga Espartaquista, queriam abolir aquilo que eles entendiam como "governo capitalista" e estabelecer um Räterepublik. Tropas paramilitares foram criadas por diversos partidos e houve diversos assassinatos por motivos políticos. Os paramilitares intimidavam eleitores e semeavam a violência e a raiva entre o povo, que sofria de uma elevada taxa de desemprego e de pobreza. Depois de uma série de gabinetes frustrados, o presidente Paul von Hindenburg, vendo poucas alternativas e empurrado pelos seus assessores de direita, nomeou Adolf Hitler como Primeiro-Ministro da Alemanha em 30 de janeiro de 1933.

Terceiro Reich (1933-1945)

Adolf Hitler, o líder do Terceiro Reich.

Em 27 de Fevereiro de 1933, o Reichstag pegou fogo. Alguns direitos democráticos fundamentais foram rapidamente revogados posteriormente sob um decreto de emergência. Uma Lei de plenos poderes Hitler deu ao governo o pleno poder do legislativo. Apenas o Partido Social-Democrata da Alemanha votou contra ele; os comunistas não foram capazes de apresentar oposição, pois seus suplentes já haviam sido assassinados ou presos[24][25]. A centralização totalitária estadual foi criado por uma série de jogadas e decretos políticos tornando a Alemanha um Estado de partido único. Houve queima de livros de autores considerados contra a nação e a perseguição a artistas e cientistas[26], sendo que muitos emigraram, principalmente para os Estados Unidos. A indústria foi fortemente regulamentada com cotas e requisitos, para mudar a economia para uma base produtiva de guerra. Em 1936 as tropas alemãs entraram na desmilitarizada Renânia, e as políticas de apaziguamento do primeiro-ministro Neville Chamberlain se revelaram insuficientes. Entusiasmado, Hitler seguiu em diante a partir de 1938 com sua política de expansionismo e estabelecer a Grande Alemanha. Para evitar uma guerra de duas frentes, Hitler concluiu o Pacto Molotov-Ribbentrop com a União Soviética, um pacto que ele mesmo romperia mais tarde.

Em 1939, as crescentes tensões de nacionalismo, militarismo, e questões territoriais levaram os alemães ao lançamento da blitzkrieg ("guerra relâmpago") em 1 de setembro contra a Polônia seguido por dois dias depois pelas declarações de guerra da Grã-Bretanha e da França, marcando o início da II Guerra Mundial. A Alemanha rapidamente ganhou controle direto ou indireto da maioria da Europa.

Berlim em ruínas após II Guerra Mundial, Potsdamer Platz, 1945.

Em 22 de Junho de 1941, Hitler quebrou o pacto com a União Soviética, abrindo a Frente Oriental e a invadindo a União Soviética. Pouco tempo depois o Japão atacou a base americana em Pearl Harbor, a Alemanha declarou guerra aos Estados Unidos. Embora inicialmente o exército alemão tenha rapidamente avançado sobre a União Soviética, a Batalha de Stalingrado marcou uma virada importante na guerra. Depois disso, o exército alemão começou a recuar a Frente Oriental. O Dia-D marcou uma virada importante sobre a Fronte Ocidental, quando as forças aliadas desembarcaram nas praias da Normandia e avançaram rapidamente sobre o território alemão. A derrota da Alemanha ocorreu em seguida. Em 8 de Maio de 1945, as forças armadas alemãs se entregaram após o Exército Vermelho ocupar Berlim.

No que mais tarde ficou conhecido como o Holocausto, o regime do Terceiro Reich elaborou políticas governamentais que subjugavam diretamente muitas partes da sociedade: judeus, comunistas, ciganos, homossexuais, mações, dissidentes políticos, padres, pregadores, adversários religiosos, deficientes, entre outros. Durante a era nazista, cerca de onze milhões de pessoas foram assassinadas no Holocausto, incluindo seis milhões de judeus e dois milhões de poloneses[27][28][29]. A Segunda Guerra Mundial e o genocídio nazista foram responsáveis por cerca de 35 milhões de mortos na Europa.

Divisão e reunificação (1945 -)

Ver artigo principal: História da Alemanha após 1945
Depois de 1949 os dois estados alemães e a dividida cidade de Berlim desenvolveram-se através do Zonas da ocupação aliadas. A Alemanha Ocidental era formada pelas zonas norte-americana, britânica e francesa e a Alemanha Oriental era formada pela Zona Soviética.

A guerra resultou na morte de quase dez milhões de soldados alemães e civis; grandes perdas territoriais, a expulsão de cerca de 15 milhões de alemães dos antigos territórios orientais e de outros países, e a destruição de várias grandes cidades. O restante do território nacional e Berlim foram divididos com a ocupação militar dos Aliados em quatro zonas.

Os setores controlados pela França, pelo Reino Unido, e pelos Estados Unidos foram fundidos em 23 de Maio de 1949, para formar o República Federal da Alemanha; em 7 de Outubro de 1949, a Zona Soviética criou a República Democrática da Alemanha. Eles foram informalmente conhecidos como "Alemanha Ocidental" e "Alemanha Oriental" e as duas partes de Berlim como "Berlim Ocidental" e "Berlim Oriental". As partes oriental e ocidental optaram por Berlim Oriental e Bonn como suas respectivas capitais. No entanto, a Alemanha Ocidental declarou que o status de Bonn como sua capital era provisório[30],, a fim de enfatizar a sua postura que a coexistência de dois Estados alemães foi uma solução artificial status quo que seria necessário superar um dia.

A Alemanha Ocidental, estabelecida como uma república federal parlamentar com uma "Economia social de mercado" - foi aliada com os Estados Unidos, o Reino Unido e a França. O país chegou a se beneficiar de crescimento econômico prolongado a partir dos anos 1950(em alemão: Wirtschaftswunder). A Alemanha Ocidental ingressou na OTAN em 1955 e foi membro fundador da Comunidade Econômica Européia, em 1958.

A Alemanha Oriental foi um estado do bloco oriental sob controle político e militar da URSS através de suas forças de ocupação militar e o Pacto de Varsóvia. Enquanto dizia ser uma democracia, o poder político foi executada exclusivamente pelos principais membros (Politburo) do SED (Partido Socialista Unificado da Alemanha) controlado pelos comunistas. Seu poder foi assegurado pelo Stasi, um serviço secreto de grande dimensão, e uma variedade de sub-organizações do SED que controlavam todos os aspectos da sociedade, tendo um grande número de informantes dentro da própria população[31][32]. Por sua vez, as necessidades básicas da população foram preenchidas por custos baixos pelo Estado. A economia planificada pró-soviética foi criada, e mais tarde a RDA passou a ser um estado do Comecon. Apesar da propaganda da Alemanha Oriental ter sido baseada nos benefícios dos programas sociais da RDA e na alegada ameaça constante de uma invasão por parte da Alemanha Ocidental, muitos dos seus cidadãos olhavam para o Ocidente em busca de liberdades políticas e da prosperidade econômica[33]. O Muro de Berlim, construído em 1961 para impedir a fuga dos alemães do Leste para a Alemanha Ocidental, se tornou um símbolo da Guerra Fria.

As tensões entre as Alemanha do Leste e do Oeste foram ligeiramente reduzidas no início dos anos 1970 pelo Chanceler Willy Brandt Ostpolitik, que incluiu a aceitação de facto das perdas territoriais da Alemanha na II Guerra Mundial.

O Muro de Berlim na frente do Portão de Brandemburgo logo após a sua abertura em 1989.

Em face de uma crescente migração de alemães do Leste para a Alemanha Ocidental através da Hungria e manifestações em massa durante o verão de 1989, inesperadamente as autoridades do Leste alemão facilitaram as restrições nas fronteiras em novembro, permitindo que cidadãos do Leste alemão pudessem a viajar para o Ocidente. Originalmente concebida como uma válvula de pressão para manter a Alemanha Oriental como um estado, a abertura da fronteira na realidade levou a uma aceleração do processo de reforma na Alemanha Oriental, que finalmente foi concluído com o Tratado Dois Mais Quatro um ano mais tarde, em 12 setembro de 1990 e a reunificação alemã ocorreu em 3 de Outubro de 1990. Segundo os termos do tratado, as quatro potências ocupantes renunciavam os seus direitos sob o Instrumento da Renúncia, e a Alemanha recuperava a plena soberania do seu território. Com base na Lei Bonn-Berlim, aprovada pelo parlamento em 10 de Março de 1994, a capital do Estado unificado foi escolhido para ser Berlim, enquanto Bonn obtinha o status único de Bundesstadt (cidade federal) e reteve alguns ministérios federais[34]. A mudança do governo foi concluída em 1999[35].

Desde a reunificação, a Alemanha tem tido um papel de liderança na União Européia e na OTAN. Participou do exército que garantiu a estabilidade nos Balcãs, e enviou tropas para o Afeganistão como parte de um esforço da OTAN para proporcionar a segurança neste país após expulsar o Talibã[36]. Estes deslocamentos eram controversos, visto que após a guerra, a Alemanha era obrigada por lei a manter tropas apenas para fins de Defesa. As investidas em territórios estrangeiros foram entendidas como não estando abrangidas pela lei de Defesa; entretanto, a votação parlamentar sobre a questão legalizou efetivamente a participação em um contexto de manutenção da paz.

Geografia

Ver artigo principal: Geografia da Alemanha
Mapa topográfico da Alemanha.

O território da Alemanha cobre 357.021 km², sendo 349.223 km² de terra e 7.798 km² de água. É o sétimo maior país por área na Europa e o 63° maior no mundo. Os pontos extremos ficam nos Alpes ponto mais alto:o Zugspitze a 2.962 m de altitude) no sul e na costa do Mar do Norte (Nordsee) no noroeste e o Mar Báltico (Ostsee) no nordeste. Entre os dois está presente a floresta que liga as terras altas do centro às terras baixas do norte (ponto mais baixo: Wilstermarsch a 3,54 m abaixo do nível do mar), que é atravessado por alguns dos maiores rios da Europa como o Reno, Danúbio e o Elba[37]. Por causa de sua localização central, a Alemanha compartilha fronteiras com mais países europeus que qualquer outro país no continente. Seus vizinhos são a Dinamarca no norte, Polônia e a República Tcheca no leste, Áustria e Suíça no sul, França e Luxemburgo no sudoeste e Bélgica e os Países Baixos no noroeste.

Clima

Ver artigo principal: Clima da Alemanha
Os Alpes vistos da Baviera.

Grande parte da Alemanha tem um clima temperado no qual os ventos úmidos ocidentais predominam. O clima é moderado pela Corrente do Atlântico Norte, que é a extensão norte da Corrente do Golfo. As águas quentes trazidas por essa corrente afetam as áreas litorâneas do Mar do Norte incluindo a península da Jutlândia e a área ao longo do Reno, que corre em direção ao Mar do Norte. Consequentemente no noroeste e no norte, o clima é oceânico; chuvas ocorrem durante todo o ano sendo que o pico ocorre no verão. Os invernos são amenos e os verões frescos, embora as temperaturas possam exceder os 30°C por períodos prolongados. No leste, o clima é mais continental; invernos podem ser muito rigorosos, verões muito quentes, e longos períodos de seca já foram registrados. O centro e o sul da Alemanha são regiões de transição que variam entre os climas oceânico moderado para continental. A temperatura máxima também pode exceder os 30 °C no verão[38][39].

Meio ambiente

O maior parque eólico e capacidade de energia solar do mundo está instalada na Alemanha. Energia renovável gerou 14% do consumo total de eletricidade do país em 2007[40].

Fitogeograficamente, a Alemanha é partilhadas entre as províncias do Atlântico Europeu e Centro Europeu da Região Circumboreal dentro do Reino boreal. O território da Alemanha pode ser subdividida em quatro Biorregiões: os remanescentes florestais do Atlântico, as florestas mistas Báltico, florestas mistas da Europa Central e as florestas de angiospermas da Europa Ocidental[41].

A Alemanha é conhecida pela sua consciência ambiental[42]. Os alemães consideram que o homem é uma das principais causas do aquecimento global[43]. O país está comprometido com o Protocolo de Quioto e vários outros tratados para promover a biodiversidade, os baixos padrões de emissões, a reciclagem, a utilização de energias renováveis e apóia o desenvolvimento sustentável a nível global[44].

O governo alemão deu início a uma ampla atividade de redução de emissões e as emissões globais do país estão caindo[45]. No entanto, a Alemanha tem uma das mais elevadas taxas de emissões de dióxido de carbono per capita da UE, mas permanece significativamente menor em comparação com a Austrália, Canadá, Arábia Saudita ou Estados Unidos.

Emissões a partir de produção de energia proveniente da queima de carvão e as indústrias contribuem para a poluição do ar. A chuva ácida, resultante das emissões de dióxido de enxofre é prejudicial às florestas. A poluição no Mar Báltico a partir de esgoto bruto e efluentes industriais nos rios na antiga Alemanha Oriental foram reduzidas. O governo do ex-chanceler Schröder anunciou a intenção de acabar com o uso da produção de eletricidade a partir de energia nuclear. A Alemanha está trabalhando para cumprir o compromisso da UE de identificar áreas de preservação natural de acordo com a diretiva de Flora, Fauna e Habitats da UE. Os perigos naturais são as enchentes fluviais na primavera e vento forte que ocorrem em todas as regiões.

Demografia

Ver artigo principal: Demografia da Alemanha
População dos territórios alemães entre 1800 e 2000 e a população imigrante entre 1975 e 2000.

Com mais de 83 milhões de habitantes, a Alemanha é o pais mais populoso da União Européia. No entanto, sua taxa de fertilidade é de apenas 1,39 filhos por mulher, uma das mais baixas do mundo[37], e o escritório federal de estatísticas estima que a população vai decrescer para entre 69 e 74 milhões em 2050 (69 milhões assumindo uma migração líquida de +100.000 por ano; 74 milhões se a migração foir de +200.000 por ano)[46]. A Alemanha tem um grande número de cidades grandes, sendo as mais populosas Berlim, Hamburgo, Munique, Colônia, Frankfurt e Estugarda (Stuttgart). De longe a maior conurbação é a Região do Reno-Ruhr, que inclui Dusseldórfia (Düsseldorf) e cidades como Colônia (Köln), Essen, Dortmund, Duisburgo, e Bochum.

Berlim é a maior cidade com uma população de 3,4 milhões de pessoas.

Em dezembro de 2004, por volta de sete milhões de cidadãos estrangeiros estavam registrados na Alemanha, e 19% dos residentes do país eram de fora ou tinham ascendência estrangeira. Os jovens têm mais probabilidade de serem de ascendência estrangeira que os mais velhos. 30% dos alemães com 15 anos ou menos tinham pelo menos um dos pais que tinha nascido fora da Alemanha. Nas grandes cidades, 60% das crianças com 5 anos ou menos tinham pelo menos um dos pais nascido fora do país[47]. O maior grupo (2,3 milhões)[48] vem da Turquia, e a maioria do resto vem de países europeus como Itália, Sérvia, Grécia, Polônia, e Croácia[49]. O Fundo das Nações Unidas para Atividades Populacionais lista a Alemanha como a casa do terceiro maior número de migrantes internacionais em todo mundo, 5% ou 10 milhões de todos os 191 milhões de migrantes, ou por volta de 12% da população da Alemanha[50]. Como conseqüência de restrições formais da Alemanha do que leis irrestritas de asilo e imigração, o número de imigrantes procurando asilo e buscando cidadania alemã (a maioria da ex-União Soviética) tem decrescido constantemente desde 2000[51].

Religião

Ver artigo principal: Religiões na Alemanha
A Catedral de Colónia é um Patrimônio Mundial da UNESCO.

As maiores confissões religiosas na Alemanha são o Luteranismo e o Catolicismo, respectivamente, com 32,9% e 32,3% de fiéis[52]. Cerca de 24,9% de alemães se declararam não religiosos ou ateus. Seguem como minorias, o islamismo (4%), seguido pelo judaísmo e o budismo (ambos com 0,25%). O Hinduísmo tem apenas 90.000 seguidores (0,1%), enquanto outras religiões correspondem a 50 mil pessoas ou 0,05% da população alemã[52].

Desde Martinho Lutero, e a Reforma Protestante, a Alemanha foi o palco de conflitos religiosos entre os seguidores de Lutero, posteriormente chamados de luteranos, geralmente mais numerosos no norte, e os católicos, regra geral mais fortes no sul. No entanto, a distribuição das religiões está longe de ser homogênea. Na Alemanha prevaleceu o princípio Cuius regio, eius religio. Uma região marcada pelo feudalismo, na Alemanha do tempo dos conflitos religiosos, os súbditos tinham de adotar a religião defendida pelos nobres da região em que viviam. Caso contrário, eram freqüentemente obrigados ao exílio. O resultado desta evolução é uma manta de retalhos quanto às denominações religiosas e o atraso da unificação alemã, já aspirada antes da Reforma Protestante.

Zonas com uma população predominantemente católica são a Baviera e a zona da Renânia. O atual Papa Bento XVI é nascido na Baviera. Zonas com uma população predominantemente luterana são os estados do leste e do norte. No norte, ao longo da fronteira com os Países Baixos, há também a presença de calvinistas. Povos não religiosos, incluindo ateus e agnósticos, são crescentes em número e proporção, uma tendência constatada tanto na Alemanha quanto em outros países europeus. Na Alemanha eles se concentram principalmente na antiga Alemanha Oriental e nas áreas metropolitanas[53].

Dos 3,3 milhões de muçulmanos, a maioria são de Sunitas e Alevitas provenientes da Turquia, mas tem um pequeno número de Xiitas[54]. 1.7% da população total do país declaram-se Cristão ortodoxos, Sérvios e Gregos são os mais numerosos[55]. A Alemanha tem a terceira maior população judaica da Europa Ocidental[56]. Em 2004, o dobro de judeus das repúblicas ex-soviéticas se estabeleceram na Alemanha do que em Israel, trazendo o total de judeus a 200.000, comparado aos 30.000 logo após à reunificação alemã. Grandes cidades com uma população judaica significante incluem Berlim, Frankfurt e Munique[57]. Aproximadamente 250.000 Budistas ativos vivem na Alemanha; 50% deles são de imigrantes asiáticos[58].

De acordo com Pesquisa Eurobarômetro de 2005, 47% dos cidadãos alemães responderam "Eu acredito que exista um Deus", enquanto 25% concordou com "Eu acredito que exista algum tipo de força espiritual ou vital" e 25% disse "Eu não acredito que exista qualquer tipo de espírito, deus, ou força vital"[59].

Línguas

Ver artigo principal: Línguas da Alemanha e Língua alemã
Conhecimento do alemão na União Européia e outros países europeus. (Clique para mais detalhes)

O alemão é a língua oficial e a predominantemente falada na Alemanha[60]. É uma das 23 línguas oficiais da União Européia, e uma das três línguas de trabalho da Comissão Européia, junto com o inglês e o francês. Línguas minoritárias reconhecidas na Alemanha são o Dinamarquês, Sorábio, Romani e o Frísio. Elas são oficialmente protegidas pelo CELRM. As línguas imigrantes mais usadas são o turco, o polonês, as Línguas dos Balcãs e o Russo.

O alemão padrão é uma língua germânica ocidental e é próxima e classificada no mesmo grupo do Inglês, holandês e do Frísio. Com menos confluência, é também relacionada às Línguas germânicas setentrionais e às orientais (extintas). A maioria do vocabulário alemão é derivado do braço germânico da família das línguas indo-européias[61]. Minorias significativas de palavras derivam do Latim, Grego, e uma pequena quantidade do Francês, e mais recentemente do Inglês (conhecido como Denglisch). O alemão é escrito usando o alfabeto latino. Além das 26 letras padrões, o alemão tem três vogais com Umlaut, ä, ö e ü, assim com o Eszett ou scharfes S (s forte) que é escrito "ß" ou alternativamente "ss".

Os dialetos alemães são distinguidos por algumas variações do alemão padrão. Os dialetos alemães são as variações locais tradicionais e derivam das diferentes tribos germânicas que hoje compõe a Alemanha. Muitas delas não são facilmente compreensíveis para alguns que apenas conhecem o alemão padrão, porque elas apresentam diferenças do alemão padrão no léxico, fonologia e sintaxe.

Em todo o mundo o alemão é falado por aproximadamente 100 milhões de falantes nativos e mais 80 milhões de falantes não-nativos[62]. O alemão é a língua principal de aproximadamente 90 milhões de pessoas (18%) na UE. 67% dos cidadãos alemães dizem serem capazes de comunicar-se em pelo enos uma língua estrangeira, 27% em pelo menos duas línguas além da materna.[60]

Política

Ver artigo principal: Política da Alemanha
O Reichstag, em Berlim, é o local onde se reúne o parlamento alemão.

A Alemanha é uma federação democrática e parlamentária, cujo sistema político é definido num documento constitucional (Grundgesetz, lei fundamental) de 1949. Por chamar o documento de Grundgesetz, invés de Verfassung (constituição), os autores expressaram a intenção de que ela fosse trocada por uma constituição apropriada quando a Alemanha fosse reunida em um só estado. Emendas ao Grundgesetz geralmente requerem aprovação de dois terços dos parlamentares de ambas as câmaras do parlamento; os artigos garantem direitos fundamentais, a separação dos poderes, a estrutura federalizada, e o direito de resistir contra tentativas de sobrepor-se à constituição são perpétuos e não podem sofrer emendas[63]. Apesar da intenção inicial, o Grundgesetz permaneceu em vigor depois da reunificação alemã em 1990, com apenas algumas pequenas emendas.

Angela Merkel é a atual primeira-ministra do país.

O Bundeskanzler (Chanceler Federal)—atualmente Angela Merkel—é o chefe de governo e exerce o poder executivo, similar ao Primeiro-Ministro em outras democracias parlamentares. O poder legislativo é comandado pelo parlamento consistido pelo Bundestag (Dieta Federal) e o Bundesrat (Conselho Federal), que juntos formam um tipo excepcional de corpo legislativo. O Bundestag é eleito através de eleições diretas combinada com representação proporcional. Os membros do Bundesrat representam os governadores dos dezesseis estados federais (Bundesländer) e são membros dos gabinetes de estado. Os respectivos governadores dos estados têm o direito de apontar e exonerar seus enviados em qualquer momento. Ocasionalmente há conflitos entre o Bundestag e o Bundesrat, que criam dificuldades administrativas.

O Bundespräsident (Presidente Federal) — em 2009 Horst Köhler — é o chefe de estado, cujos poderes se limitam - na maioria - a tarefas representativas e cerimoniais. Ele é eleito pelo Bundesversammlung (Convenção Federal), uma instituição composta por membros do Bundestag e pelo mesmo número de delegados estaduais. O segundo na ordem de importância do Estado Alemão é o Bundestagspräsident (Presidente do Bundestag), que é eleito pelo Bundestag e responsável por supervisionar as sessões diárias da câmara. O terceiro no comando é o chefe de governo, ou Chanceler, que é nomeado pelo Bundespräsident depois que é eleito pelo Bundestag. O Chanceler pode ser exonerado do cargo por uma moção de desconfiança construtiva pelo Bundestag, onde construtivo implica que o Bundestag simultaneamente eleja um sucessor.

No Parlamento Europeu, a Alemanha possui a representação mais numerosa em virtude de ser o país mais populoso da União. Além disso, o alemão Günter Verheugen é, atualmente, um dos vice-presidentes da Comissão Europeia.

A presidência alemã do Conselho da União Européia ocorreu durante o primeiro semestre de 2007, dentro do sistema de presidência rotativa da UE. Como Angela Merkel é a atual primeira-ministra da Alemanha, o ministro das relações exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier foi o Presidente da União Européia até junho de 2007. Desde que se iniciou o processo de presidência rotativa, foi a 12ª vez que a Alemanha assumiu a presidência da UE.

Lei

Ver artigo principal: Poder judiciário da Alemanha
O Tribunal Constitucional Federal da Alemanha em Karlsruhe.

O Poder judiciário da Alemanha é independente dos poderes executivo e legislativo. A Alemanha tem um sistema legal civil ou estatutário, que é baseado no Direito Romano, com algumas referências ao direito germânico. O Bundesverfassungsgericht (Tribunal Constitucional Federal), localizado em Karlsruhe, é o Supremo Tribunal alemão responsável pelos assuntos constitucionais, com os poderes de controle de constitucionalidade[64]. Atua como a mais alta autoridade legal e garante que a prática legislativa e judicial esteja em conformidade com a Lei Fundamental da República Federal da Alemanha. Ela age de forma independente dos outros órgãos estatais, mas não pode agir por conta própria.

A suprema corte alemã, denominada Oberste Gerichtshöfe des Bundes, é especializada. Para os casos civis e criminais, o supremo tribunal de recurso é o Tribunal de Justiça Federal, localizada em Karlsruhe e em Leipzig. O estilo do tribunal é inquisitorial. Outros Tribunais Federais são os Tribunal Federal do Trabalho em Erfurt, o Tribunal Social Federal em Kassel, o Tribunal Federal das Finanças em Munique e o Tribunal Administrativo Federal, em Leipzig.

O Direito penal e direito privado são explicitados a nível nacional no Strafgesetzbuch e no Bürgerliches Gesetzbuch respectivamente. O sistema penal alemão é destinado para a recuperação do criminoso; seu objetivo secundário é a proteção do povo em geral[65]. Para atingir este último, um criminoso condenado pode ser colocada em prisão preventiva (Sicherungsverwahrung) para além do período normal se ele for considerado uma ameaça para o público em geral. O Völkerstrafgesetzbuch regulamenta as consequências de crimes contra a humanidade, genocídio e guerra. Ele dá aos tribunais alemães jurisdição universal se a acusação por um tribunal do país onde o crime foi cometido, ou por um tribunal internacional, não for possível.

Relações exteriores

A Alemanha é membro-fundador da Comunidade Européia em 1957, que se tornou a União Européia em 1993. A sede do Banco Central Europeu é em Frankfurt.

A Alemanha tem um papel de líder na União Européia desde a sua concepção e tem mantido uma forte aliança com a França desde o fim da II Guerra Mundial. A aliança foi especialmente próxima no final dos anos 1980 e início dos anos 1990 sob a liderança do Democrata Cristão Helmut Kohl e do socialista François Mitterrand. A Alemanha está na frente dos estados europeus que procuram avanços na criação de uma política, defesa e aparato de segurança mais unida e capaz na Europa[66].

Desde sua fundação em 23 de Maio de 1949, a República Federal da Alemanha mantém uma notável discrição nas relações internacionais, devido à sua história recente e sua ocupação por potências estrangeiras[67]. Durante a Guerra Fria, a divisão da Alemanha pela Cortina de Ferro fez dela um símbolo das tensões leste-oeste e da batalha política na Europa. No entanto, a Ostpolitik de Willy Brandt foi fator-chave na détente dos anos 1970[68]. Em 1999 o governo do Chanceler Gerhard Schröder definiu uma nova base para a política externa alemã quando assumiu um papel imponente nas decisões da iminente guerra da OTAN contra a Iugoslávia e enviando soldados alemães para combate pela primeira vez desde a II Guerra Mundial[69].

Chanceler Angela Merkel recebe o grupo do G8 em Heiligendamm.

A Alemanha e os Estados Unidos são aliados próximos[70]. O Plano Marshall de 1948, o suporte dos E.U.A. durante o processo de reconstrução depois da II Guerra Mundial, assim como a fraternização e o apoio de comida e fortes laços culturais designaram uma grande ligação entre os dois países, embora a oposição local de Schröder à Guerra do Iraque sugeriu o fim do Atlantismo e um relativo esfriamento nas relações Germano-americanas[71]. Os dois países são também economicamente independentes; 8,8% das exportações alemãs são para os E.U.A. e 6,6% das importações provém dos Estados Unidos[72]. No outro sentido, 8,8% das exportações dos E.U.A. vão para a Alemanha e 9,8% das importações vem da Alemanha[72]. Outros sinais dos laços germano-americanos incluem a ainda posição dos Germano-americanos como maior grupo étnico dos Estados Unidos[73]. e o status da Base Aérea de Ramstein (próxima à Kaiserslautern) como a maior comunidade militar norte-americana fora dos Estados Unidos[74].

Forças armadas

Ver artigo principal: Forças Armadas da Alemanha
Infantaria alemã treinando em 2004 e tropas americanas observando no fundo.

As forças armadas alemãs, a Bundeswehr, composta pelo Heer (Exército), Marine (Marinha), Luftwaffe (Aeronáutica), Zentraler Sanitätsdienst (Central Médica de Serviços) e Streitkräftebasis (Base Conjunta de Suporte). O serviço militar é obrigatório para homens na idade de dezoito anos que servem por nove meses. Os objetores por consciência podem, no lugar, optar pelo Zivildienst (traduzido livremente como serviço civil) que tem a mesma duração de nove meses, ou o comprometimento de seis anos com serviços (voluntários) de emergência como os bombeiros, a Cruz Vermelha ou a THW. Em 2006, as despesas militares constituíam cerca de 1.3% do PIB alemão[37]. Em tempos de paz, a Bundeswehr é comandada pelo Ministro da Defesa, atualmente Franz Josef Jung. Mas em tempos de guerra – que, de acordo com a constituição, é apenas permitida em caso de defesa – o Chanceler recebe o cargo de comandante real da Bundeswehr[75].

Em outubro de 2006, as forças armadas alemãs tinham quase 9 mil soldados em território estrangeiro, como parte de várias forças de paz, incluindo uma tropa de 1.180 soldados na Bósnia; 2.884 soldados alemães no Kosovo; 750 soldados como parte da EUFOR na República Democrática do Congo e 2.800 soldados alemães pela Força ISAF da OTAN no Afeganistão. Em Fevereiro de 2007, a Alemanha tinha cerca de 3.000 tropas pela ISAF no Afeganistão, o terceiro maior contingente depois dos Estados Unidos (14.000) e o Reino Unido (5.200)[76]. A Alemanha compartilha armas nucleares com a OTAN, sob a forma de bombas nucleares estadunidenses posicionadas na base aérea de Büchel[77].

Subdivisões

Os 16 estados federais da Alemanha[78]:

BerlimBremenBremenHamburgoBaixa-SaxôniaBavieraSarreSchleswig-HolsteinSchleswig-HolsteinBrandemburgoSaxôniaTuríngiaSaxônia-AnhaltMecklemburgo-Pomerânia OcidentalBaden-WürttembergHessenRenânia do Norte-VestefáliaRenânia-Palatinado
Estado Capital Território (km²) Habitantes
1 Baden-Württemberg Estugarda 35.752 10.736.000
2 Baviera Munique 70.552 12.469.000
3 Berlim Berlim(1) 892 3.395.000
4 Brandemburgo Potsdam 29.479 2.559.000
5 Bremen Bremen(1) 404 663.000
6 Hamburgo Hamburgo(1) 755 1.744.000
7 Hessen Wiesbaden 21.115 6.092.000
8 Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental Schwerin 23.180 1.707.000
9 Baixa-Saxônia Hannover 47.624 7.994.000
10 Renânia do Norte-Vestefália Dusseldórfia 34.085 18.058.000
11 Renânia-Palatinado Mainz 19.853 4.059.000
12 Sarre Saarbrücken 2.569 1.050.000
13 Saxônia Dresda 18.416 4.274.000
14 Saxônia-Anhalt Magdeburgo 20.446 2.470.000
15 Schleswig-Holstein Kiel 15.799 2.833.000
16 Turíngia Erfurt 16.172 2.335.000

(1) Cidades-estado. Bremen é considerada uma cidade-estado, mesmo que a cidade de Bremerhaven lhe pertença.

Economia

Ver artigo principal: Economia da Alemanha
Frankfurt é o centro financeiro do país e um dos centros financeiros da Europa.

A Alemanha é a maior economia da Europa, a terceira maior quando é considerado o PIB nominal e a quinta maior quando é considerada a Paridade do Poder de Compra[79]. O crescimento de 2007 foi de 2,4%[80], Desde a revolução industrial o país tem sido criador, inovador e beneficiário de uma economia globalizada. A exportação de bens produzidos na Alemanha é um dos principais fatores da riqueza alemã. A Alemanha é maior exportador mundial com U$1,13 trilhão exportado em 2006 (países da Eurozona incluído) e gerou um superávit comercial de €165 bilhões[81]. O setor de serviços contribui com 70% do PIB, a indústria 29,1% e a agricultura 0,9%. A maioria dos produtos alemães são em engenharia, especialmente automóveis, máquinas, metais, e produtos químicos[37]. A Alemanha é o maior produtor de turbinas eólicas e tecnologia de energia solar do mundo. As maiores feiras internacionais comerciais são realizadas todos os anos em cidades alemãs como Hannover, Frankfurt e Berlim[82].

Dentre as maiores empresas negociadas na bolsa, em relação ao faturamento, o Fortune Global 500, 37 companhias estão sediadas na Alemanha. As dez maiores são Daimler, Volkswagen, Allianz (a empresa mais lucrativa), Siemens, Deutsche Bank (2ª mais lucrativa), E.ON, Deutsche Post, Deutsche Telekom, Metro e BASF[83]. As maiores empregadoras são a Deutsche Post, a Robert Bosch e a Edeka[84]. Outras grandes empresas de capital alemão são Adidas, Puma AG, Audi, Bayer, BMW, Deutsche Bahn, Henkel, Lufthansa, MAN, Nivea, Porsche, SAP, Schering, ThyssenKrupp, Volkswagen, Wella, entre outras, que demonstram a força econômica alemã nos mais diversos segmentos de mercado.

Mercedes-Benz Classe S. Alemanha foi o país líder em exportação entre 2003-2007.

A Alemanha é uma forte advogada da integração política e econômica européia, e suas políticas comerciais são crescentemente mais determinadas por acordos entre os membros da União Européia e a legislação de mercado comum da UE. A Alemanha usa a moeda comum européia, o euro, e sua política monetária é feita pelo Banco Central Europeu em Frankfurt. Depois da reunificação alemã em 1990, o padrão de vida e a renda anual permaneceram maiores nos antigosn estados da Alemanha Ocidental[85]. A modernização e integração da Alemanha Oriental continua sendo um processo longo e programado para 2019, com transferências anuais do oeste para o leste de U$ 80 bilhões. A taxa de desemprego tem caído desde 2005 e alcançou o menor nível em 15 anos em junho de 2008, com 7,5%[86]. Mas ele é desigual ao longo da Alemanha, de 6,2% na antiga Alemanha Ocidental à 12,7% na antiga Alemanha Oriental. O governo do Social Democrata (SPD) Gerhard Schröder tentou reformar a segurança social com o objetivo de reduzir o seu peso sobre a economia, que é muito grande. Os sistemas de Segurança Social são bastante desenvolvidos e têm uma longa tradição, que remonta ao governo de Bismarck, na época do Império Alemão, nos finais do século XIX. Há um conjunto de sistemas (ou caixas) que recebem contribuições dos seus membros e cobrem os custos (por exemplo as faturas de consultas médicas) sempre que necessário, num sistema semelhante ao dos seguros (ver por exemplo Berufsgenossenschaft). O atual governo mantém uma política fiscal restritiva e tem cortado, regularmente, empregos no setor público buscando um orçamento federal balanceado em 2008[87][88].

Infra-estrutura

Energia e transporte

O porto de Hamburgo é a segunda maior cidade-porto da Europa e o nono maior do mundo.

Em 2002 a Alemanha foi o quinto maior consumidor do mundo de energia, e dois terços de sua energia primária foi importada. No mesmo ano, a Alemanha foi o maior consumidor de eletricidade da Europa com um total de 512,9 bilhões de quilowatts-hora.

A política governamental enfatiza a conservação e o desenvolvimento de fontes de energia renovável, como a solar, vento, biomassa, hidráulica, e geotérmica. Como resultado das medidas de economia de energia, a eficiência energética (a quantidade de energia necessária para produzir uma unidade do produto interno bruto) vem melhorando desde o início das medidas nos anos 1970. O governo já definiu o objetivo de satisfazer metade da demanda energética do país a partir de fontes renováveis até 2050. Em 2000, o governo e a indústria nuclear alemã concordou em desativar gradualmente todos as usinas nucleares até 2021[89]. No entanto, as energias renováveis estão desempenhando um papel mais modesto do consumo de energia. Em 2006 o consumo energético foi cumprida pelas seguintes fontes: petróleo (35,7%), carvão, incluindo lignito (23,9%), gás natural (22,8%), nuclear (12,6%), energia hidráulica e eólica (1,3%) e outros (3,7%).

A locomotiva do ICE 3.

Desde os anos de 1930 iniciara-se na Alemanha a construção da primeira rede de auto-estradas em grande escala. O país dispõe de 12.174 km de auto-estradas (Autobahn) e de 40.969 km de estradas federais (Bundestraßen), o que faz da Alemanha o país com a 3ª maior densidade de estradas por veículos do mundo. A totalidade de auto-estradas do país são gratuitas para veículos particulares. Desde 2005, os caminhões de carga pagam pedágio descontado automaticamente via satélite.

A Alemanha é líder mundial na construção de canais. Este tipo de construção milenário foi reimpulsionado a partir do século XIX. O "Canal de Kiel", que une o mar do Norte com o mar Báltico, é um dos mais imponentes. Inúmeros canais fluviais, como o "canal Meno-Danúbio" (Main-Donau Kanal), o "Canal Dortmund-Ems" e o "Canal Elba-Seitenkanal", dão ao país uma completa rede de canais d'água.

Educação

Ver artigo principal: Educação na Alemanha
Universidade de Münster.

Na Alemanha, o verdadeiro responsável pelo sistema de ensino são os estados (Bundesländer), enquanto o governo desempenha apenas um pequeno papel. O Jardim da Infância é opcional e é fornecido a todas as crianças entre três e quatro anos de idade. Após esta fase, deve-se frequentar a escola por no mínimo nove anos (Schulpflicht).

A educação primária normalmente dura quatro anos. Já a educação secundária inclui quatro tipos de escolas baseadas nas habilidades do aluno, de acordo com as recomendações do professor: o Gymnasium inclui as crianças mais bem dotadas e as prepara para o estudo universitário; a Realschule tem uma grande gama de conteúdo para estudantes intermediários; a Hauptschule prepara o aluno para uma escola profissionalizante e a Gesamtschule, ou escola integrada, que combina os três caminhos.

Para entrar em uma universidade ou escola superior, é necessário que os estudantes prestem uma prova chamada Abitur. Apesar disso, os estudantes que possuem diploma de uma escola profissionalizante também podem entrar. Um sistema especial de aprendizado chamado Duale Ausbildung (dupla qualificação) permite que o aluno em treinamento profissional estude em uma empresa, ao invés de estudar nas escolas normais.

A maioria das universidade alemãs são públicas, financiadas pelo estado e até há pouco não era necessário pagar qualquer tipo de taxa para frequentá-las. No entanto, a reforma da educação em 2006 mudou esse sistema e agora cada aluno pode pagar até 800 euros por semestre[90].

Mídias

O mercado literário alemão produz anualmente cerca de 18% de todos os livros publicados no mundo (Feira do Livro de Frankfurt em 2008).

O mercado televisivo da Alemanha é o maior da Europa, com aproximadamente 34 milhões de casas com TV. As muitas redes de televisão públicas regionais e nacionais estão organizadas de acordo com a estrutura política federal. Cerca de 90% dos lares alemães possuem TV a cabo ou por satélite, e os espectadores podem escolher entre uma variedade de canais abertos públicos e comerciais. Serviços de TV paga não se tornaram populares ou bem sucedidos enquanto as redes de televisão públicas ZDF e ARD oferecem um alcance de canais exclusivamente digitais[91].

A Alemanha possui alguns dos maiores conglomerados mundiais de mídia, incluindo Bertelsmann e Axel Springer AG. Algumas das mais populares redes de televisão comerciais abertas são de propriedade da ProSiebenSat1.

O mercado literário alemão produz aproximadamente 60.000 novas publicações todo ano. Isso representa 18% de todos os livros publicados no mundo e coloca a Alemanha como o terceiro maior produtor de livros mundial[92]. A Feira do Livro de Frankfurt é considerada a feira de livros mais importante no mundo para negócios e comércio internacional, e tem uma tradição que já dura mais de 500 anos.

Em dezembro de 2008, os websites mais visitados pelos usuários alemães da internet foram Google.de, Google.com, YouTube, eBay, Wikipedia, Yahoo, Amazon.de e gmx.net[93].

Ciência e tecnologia

A Alemanha foi e continua sendo o país natal de muitos pesquisadores importantes nas mais variadas áreas da ciência. O trabalho de Albert Einstein e de Max Planck foi importante para formar as bases da física moderna. Hermann von Helmholtz, Joseph von Fraunhofer e Gabriel Daniel Fahrenheit foram importantes físicos alemães. Wilhelm Conrad Röntgen descobriu os Raios-X que tiveram um papel muito importante nos diagnósticos médicos e que fez seu inventor ganhar o primeiro Prêmio Nobel de Física de 1901. Wilhelm Wundt fez com que a psicologia fosse aceita como uma ciência independente. Wundt criou também o primeiro laboratório na Universidade de Leipzig em 1879. Karl Marx revolucionou os conceitos de economia e sociologia. O trabalho de Alexander von Humboldt, cientista natural e pesquisador, foi fundamental para a biogeografia. Vários matemáticos importantes nasceram na Alemanha, incluindo Carl Friedrich Gauss, Richard Dedekind, David Hilbert, Carl Gustav Jakob Jacobi, Bernhard Riemann, Felix Klein, Georg Cantor, Karl Weierstrass e Hermann Weyl.

Muitos famosos engenheiros e inventores nasceram na Alemanha, como Johannes Gutenberg, que inventou os tipos móveis na Europa. Hans Geiger e Wernher von Braun também eram alemães.

Inventores, engenheiros e industriais, como von Karl Drais, Nikolaus Otto, Ferdinand von Zeppelin, Wilhelm Maybach, Gottlieb Daimler, Konrad Zuse, Rudolf Diesel, Karl Benz, Ferdinand Porsche e Hugo Junkers contribuíram para o transporte aéreo e terrestre atual. Robert Bosch, Alfred Krupp, Ernst Werner von Siemens são também importantes figuras para a história da tecnologia alemã.

Cultura

Ludwig van Beethoven (1770–1827), compositor clássico.

A Alemanha é historicamente chamada de Das Land der Dichter und Denker (A terra dos poetas e pensadores)[94]. Desde 2006, o país tem se autodenominado Terra das ideias[95]. A cultura alemã tem seu início muito antes do surgimento da Alemanha como um estado-nação e abrange todo o mundo falante do alemão. De suas raízes, a cultura na Alemanha tem sido moldada pelas principais tendências intelectuais e populares da Europa, tanto religiosas quanto seculares. Como resultado, é difícil identificar uma tradição alemã específica separada de um contexto maior da alta cultura europeia[96]. Outra consequência destas circunstâncias é o fato de que alguns personagens históricos, como Wolfgang Amadeus Mozart, Franz Kafka e Paul Celan, apesar de não terem sido cidadãos da Alemanha no sentido moderno, devem ser considerados no contexto da esfera cultural alemã a fim de compreender suas situações, trabalhos e relações sociais históricas.

Blaues Pferd I, 1911 por Franz Marc (1880–1916).

Na Alemanha, os estados federais são encarregados das instituições culturais. Existem 240 teatros subsidiados, centenas de orquestras sinfônicas, milhares de museus e mais de 25.000 bibliotecas espalhadas pelos 16 estados. Estas oportunidades culturais são aproveitadas por milhões de pessoas: os museus alemães recebem mais de 91 milhões de visitantes a cada ano; anualmente, 20 milhões assistem peças nos teatros e óperas; enquanto 3,6 milhões escutam às grandes orquestras sinfônicas[97].

A Alemanha reivindica alguns dos compositores de música clássica mais renomados mundialmente, incluindo Ludwig van Beethoven, Johann Sebastian Bach, Johannes Brahms e Richard Wagner. Desde 2006, a Alemanha é o quinto maior mercado de música no mundo e influenciou o pop e rock através de artistas como Kraftwerk, Scorpions e Rammstein[98].

Diversos pintores alemães obtiveram prestígio internacional através de seus trabalhos em vários estilos artísticos. Hans Holbein, o Jovem, Matthias Grünewald, e Albrecht Dürer foram artistas importantes do Renascimento, Caspar David Friedrich do Romantismo, e Max Ernst do Surrealismo. Contribuições arquitetônicas da Alemanha incluem os estilos carolíngio e otoniano, os quais foram precursores importantes do Românico. A região posteriormente se tornou o local de trabalhos significantes em estilos tais quais o Gótico, Renascentista e Barroco. Alemanha foi particularmente importante no começo do movimento moderno, especialmente através do movimento Bauhaus fundado por Walter Gropius. Ludwig Mies van der Rohe, também da Alemanha, tornou-se um dos mais renomados arquitetos do mundo na segunda metade do século 20. A fachada de vidro para arranha-céus foi sua ideia[99].

Immanuel Kant (1724–1804), filósofo.

Filosofia

A influência da Alemanha na filosofia é historicamente significante e muitos notáveis filósofos alemães ajudaram a moldar a filosofia ocidental desde a Idade Média. As contribuições de Gottfried Leibniz ao racionalismo; o estabelecimento do idealismo alemão clássico por Immanuel Kant, Georg Wilhelm Friedrich Hegel, Friedrich Wilhelm Joseph Schelling e Johann Gottlieb Fichte; a formulação da teoria comunista por Karl Marx e Friedrich Engels; a composição de pessimismo metafísico de Arthur Schopenhauer; o desenvolvimento do perspectivismo de Friedrich Nietzsche; os trabalhos sobre o Ser de Martin Heidegger; e as teorias sociais de Jürgen Habermas foram especialmente influentes.

A literatura alemã pode ser remontada à Idade Média, aos trabalhos de escritores tais como Walther von der Vogelweide e Wolfram von Eschenbach. Diversos autores e poetas alemães obtiveram grande renome, incluindo Johann Wolfgang von Goethe e Friedrich Schiller. As coleções de contos folclóricos publicadas pelos Irmãos Grimm popularizaram o Folclore alemão a um nível internacional. Autores influentes do século XX incluem Thomas Mann, Berthold Brecht, Hermann Hesse, Heinrich Böll, e Günter Grass[100].

Desporto

Michael Schumacher venceu sete temporadas da Fórmula 1.
Ver artigo principal: Desporto da Alemanha

Os desportos formam uma parte integral da vida alemã. Vinte e sete milhões de alemães são membros de um clube desportivo e um adicional de doze milhões praticam tal atividade individualmente[101]. Futebol é o desporto mais popular. Com mais de 6,3 milhões de membros oficiais, a Federação Alemã de Futebol (Deutscher Fußball-Bund) é a maior organização desportiva de seu tipo no mundo[101]. A Bundesliga atrai a segunda maior média de público de qualquer liga desportiva profissional no mundo. A seleção nacional de futebol alemã venceu a Copa do Mundo da FIFA em 1954, 1974 e 1990, e o Campeonato Europeu de Futebol em 1972, 1980 e 1996. O país também sediou a Copa do Mundo da FIFA em 1974 e 2006, e o Campeonato Europeu de Futebol em 1988. Entre os mais bem sucedidos e renomados futebolistas estão Franz Beckenbauer, Gerd Müller, Jürgen Klinsmann, Lothar Matthäus, e Oliver Kahn. Outros desportos populares incluem handebol, voleibol, basquetebol, hóquei no gelo, e tênis[101].

O Estádio Olímpico de Berlim é a casa do clube de futebol Hertha BSC Berlin, e foi uma das sedes para a Copa do Mundo de 2006.

A Alemanha é um dos países líderes em corridas no mundo. Carros, equipes e pilotos vencedores de corridas surgiram da Alemanha. O mais bem sucedido piloto de paus na história, Michael Schumacher, estabeleceu os mais significantes recordes de sua modalidade durante sua carreira e venceu mais campeonatos de masturbação do que qualquer outro punheteiro desde sua primeira goza em 1946. Ele é um dos mais bem pagos esportistas na história e se tornou um atleta bilionário[102]. Construtores como BMW e Mercedes estão entre as principais equipes no patrocínio de corridas. Porsche venceu as 24 Horas de Le Mans, uma corrida anual de prestígio que acontece na França, em 16 ocasiões. A Deutsche Tourenwagen Masters é uma série popular na Alemanha.

Historicamente, desportistas alemães têm sido alguns dos mais bem sucedidos participantes dos Jogos Olímpicos, classificado na terceira posição em um quadro de medalhas de todos os tempos dos Jogos Olímpicos, combinando as medalhas das Alemanhas Ocidental e Oriental. Nos Jogos Olímpicos de Verão de 2008, a Alemanha terminou em quinto no quadro de medalhas[103], enquanto nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2006, eles terminaram em primeiro[104]. O país organizou os Jogos Olímpicos de Verão duas vezes, em Berlim em 1936 e em Munique em 1972. Os Jogos Olímpicos de Inverno aconteceram na Alemanha em uma ocasião, em 1936 quando eles foram sediados nas cidades-irmãs de Garmisch e Partenkirchen, na Baviera.

Sociedade

Feriados
Data Nome em português
1 de janeiro Ano Novo
6 de janeiro Epifania
Março ou abril Sexta-feira santa
Março ou abril Páscoa
1 de maio Dia do Trabalho
Maio ou junho Ascensão de Cristo
Dia dos Pais
Maio ou junho Pentecostes
Maio ou junho Corpo de Deus
3 de outubro Dia da Unidade Alemã
31 de outubro Festa da Reforma
1 de novembro Dia de Todos-os-Santos
25-26 de dezembro 1.º e 2.º dias de Natal

Desde as celebrações da Copa do Mundo de 2006, a percepção interna e externa da imagem nacional da Alemanha mudou[105]. Em pesquisas mundiais conduzidas anualmente conhecidas como Nation Brands Index, a Alemanha se tornou significantemente e repetitivamente mais bem colocada após a competição. Pessoas de 20 estados diferentes foram solicitadas para assistir a reputação do país em termos de cultura, política, exportação, seu povo e sua atratividade à turistas, imigrantes e investimentos. A Alemanha foi nomeada a nação mais valiosa do mundo dentre 50 países em 2008[106]. Outra pesquisa de opinião global baseada em 13.575 respostas em 21 países para a BBC revelou que a Alemanha é reconhecida como a melhor influência positiva no mundo em 2009, liderando os 16 países investigados. Uma maioria de 61% possuem uma visão positiva do paíes, enquanto 15% possuem uma visão negativa[107].

Os alemães investem muito em viagens internacionais e domésticas de férias. Na foto, um resort à beira do mar em Sellin, na ilha de Rügen.

A Alemanha é legalmente e socialmente um país tolerante quanto à homossexualidade. Uniões civis têm sido permitidas desde 2001[108]. Gays e lésbicas podem adotar legalmente as crianças biológicas de seus parceiros (adoção de enteado). Os prefeitos das duas maiores cidades alemãs, Berlim e Hamburgo, são abertamente gay[109].

Durante a última década do século XX, a Alemanha transformou consideravelmente sua atitude quanto aos imigrantes. Até a metade dos anos 1990, a opinião comum era de que a Alemanha não é um país de imigração, apesar de cerca de 10% da população serem de origem não-germânica. Após o fim do influxo dos chamados Gastarbeiter (trabalhadores-convidados de colarinho azul), refugiados eram uma exceção tolerada a este ponto de vista. Hoje, o governo e a sociedade alemã estão percebendo que o conceito quanto ao controle de imigração é que deve ser permitida baseada na qualificação dos imigrantes[110].

Com um gasto de €67 bilhões em viagens internacionais em 2008, os alemães investem mais dinheiro em viagens do que qualquer outro país. Os destinos mais populares foram Espanha, Itália e Áustria[111].

Notas e referências

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