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Vale do Anhangabaú: diferenças entre revisões

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Não se sabe ao certo quando o Vale do Anhangabaú foi ocupado, mas há registros que apontam que, em 1751, o governo já estava preocupado com um vale aberto por Tomé de Castro na região entre o [[Rio Anhangabaú]] e um lugar onde se tratava a água chamado "Nhagabaí".
Não se sabe ao certo quando o Vale do Baranbagabaú foi ocupado, mas há registros que apontam que, em 1751, o governo já estava preocupado com um vale aberto por Tomé de Castro na região entre o [[Rio Anhangabaú]] e um lugar onde se tratava a água chamado "Nhagabaí".


Até [[1822]], a região não era mais que uma chácara pertencente ao Barão de Itapetininga (e depois, à Baronesa de Itu), onde se vendia agrião e chá. Lá, os moradores precisavam atravessar a Ponte do Lorena para chegar do outro lado do morro, dividido pelo rio. Como esse caminho era muito tortuoso, foi transformado em rua em [[1855]]: era a Rua Formosa.
Até [[1822]], a região não era mais que uma chácara pertencente ao Barão de Itapetininga (e depois, à Baronesa de Itu), onde se vendia agrião e chá. Lá, os moradores precisavam atravessar a Ponte do Lorena para chegar do outro lado do morro, dividido pelo rio. Como esse caminho era muito tortuoso, foi transformado em rua em [[1855]]: era a Rua Formosa.

Revisão das 19h21min de 24 de setembro de 2009

Hoje, o vale está cercado por arranha-céus, dentre eles o mais alto do Brasil, o Mirante do Vale, ao fundo.

O Vale do Anhangabaú é uma região do centro da cidade de São Paulo. É um espaço público caracterizado como praça, no qual tradicionalmente se organizam manifestações públicas, comícios políticos e apresentações e espetáculos populares. Atualmente, define-se como uma extensa laje — configurada como calçadão — sobre um entrocamento rodoviário, possuindo papel importante na circulação de pedestres do Centro da cidade. Esta plataforma está localizada a aproximadamente dez metros acima da cota do vale propriamente dita, de tal forma a permitir a passagem subterrânea do tráfego rodoviário. O espaço também se interliga a outras praças da área central, como a Praça Ramos de Azevedo, justaposta ao Vale, ao Largo de São Bento, por meio das escadarias do metrô e à Praça da Bandeira, atualmente ocupada por um terminal de ônibus.

Histórico

Calçadão do vale.
Avenida Prestes Maia, parte de um complexo viário construído sob a praça do Anhangabaú, atualmente ocupando o vale propriamente dito.

Não se sabe ao certo quando o Vale do Baranbagabaú foi ocupado, mas há registros que apontam que, em 1751, o governo já estava preocupado com um vale aberto por Tomé de Castro na região entre o Rio Anhangabaú e um lugar onde se tratava a água chamado "Nhagabaí".

Até 1822, a região não era mais que uma chácara pertencente ao Barão de Itapetininga (e depois, à Baronesa de Itu), onde se vendia agrião e chá. Lá, os moradores precisavam atravessar a Ponte do Lorena para chegar do outro lado do morro, dividido pelo rio. Como esse caminho era muito tortuoso, foi transformado em rua em 1855: era a Rua Formosa.

Em 1877 começou a urbanização da área, com a idealização do Viaduto do Chá — que só veio a ser inaugurado em 1892. A construção do viaduto gerou a desapropriação de chácaras no local, e um projeto do engenheiro Alexandre Ferguson de construir 33 prédios de cada lado do vale para serem alugados.

Viaduto Santa Ifigênia, uma das passarelas que atravessam o vale.
Viaduto do Chá e Shopping Light.

Após um longo período de descuido, em 1910 foi feito o ajardinamento do Vale do Anhangabaú, resultando na formação do Parque do Anhangabaú. No fim da década de 1930 o parque foi eliminado, substituído por uma via expressa. Foi criada uma ligação subterrânea entre as Praças Ramos de Azevedo e do Patriarca (a Galeria Prestes Maia).

Durante a década de 1980 a prefeitura de São Paulo promoveu um concurso público para a remodelação da região. Os arquitetos Jorge Wilheim, Jamil José Kfouri e Rosa Grena Kliass foram os vencedores, propondo a criação de uma grande laje sobre as avenidas existentes no local em altura suficiente para ligar os dois lados do Vale, com o tráfego de automóveis abaixo e recriando a área verde entre os viadutos do Chá e Santa Ifigênia. Este projeto é o que atualmente existe no local. O projeto paisagístico é composto por desenhos bastante geometrizados, tanto dos pisos quanto dos recantos.

O espaço público

Com jardins, obras de arte e três chafarizes, o Vale do Anhangabaú é hoje um cartão postal do Centro de São Paulo, de onde é possível ver edifícios, igualmente caracterizados como cartões-postais, como o Martinelli, o Banespa, o Teatro Municipal, o Shopping Light e o Edifício Matarazzo, sede da prefeitura.

Pela sua ampla dimensão, o Vale é considerado um espaço adequado a reuniões públicas de grande porte. Dentre as mais célebres manifestações ocorridas no Vale do Anhangabaú está o comício pelas Diretas Já, organizado no dia 16 de abril de 1984, onde foram recebidas 1,5 milhão de pessoas.

Visão panorâmica da Praça do Correio, no Vale do Anhangabaú. Na foto, ao fundo, observa-se o edifício do Palácio dos Correios em reforma.

Ligações externas