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Santos Futebol Clube, mais conhecido como Santos, é um clube poliesportivo brasileiro com sede na cidade de Santos. Fundado em 14 de abril de 1912, tornou-se no futebol um dos clubes mais populares do Brasil e reconhecidos no mundo.[5][6] O Santos ficou famoso na década de 60 pelos vários títulos internacionais e nacionais conquistados e por ter revelado Pelé, considerado o melhor jogador do século pela FIFA e também o maior artilheiro da história do Santos e da Seleção Brasileira.[7][8]
Suas cores são o branco e o preto e o seu uniforme mais tradicional é todo branco. Manda as suas partidas em seu estádio, a Vila Belmiro, mas costuma também mandar jogos no Pacaembu.[9] Seus maiores rivais no futebol são o Corinthians, o Palmeiras e o São Paulo.[10]
O Santos foi eleito pela FIFA em 2000, o quinto maior clube de futebol do Século XX, sendo o melhor clube das Américas na lista[13] e também recebeu no ano de seu centenário na câmara dos deputados em Brasília pela FIFA, o prêmio de "maior clube sul-americano do Século XX",[14] o Santos também é um dos seis clubes do país, que nunca foram rebaixados para a segunda divisão,[15] além de ser o clube brasileiro que mais enfrentou estrangeiros na história.[16] É também o único clube brasileiro a ser campeão estadual, brasileiro, da Libertadores e intercontinental no mesmo ano, em 1962, e o primeiro e único a conquistar a tríplice artilharia no futebol brasileiro: estadual, brasileiro e Copa do Brasil.[17] Outro feito do clube é ser o que mais marcou gols na história do futebol mundial,[18] tendo sido o primeiro a alcançar a marca de 12 mil gols.[19]
O Santos Futebol Clube foi fundado no dia 14 de abril de 1912, por iniciativa de três esportistas da cidade, Francisco Raymundo Marques, Mário Ferraz de Campos e Argemiro de Souza Júnior, que convocaram uma assembleia na sede do Clube Concórdia para a criação de um time de futebol. Durante a reunião, surgiu a dúvida quanto ao nome que seria dado a essa agremiação, várias sugestões apareceram como, Brasil Atlético, Euterpe e Concórdia, mas os participantes da reunião decidiram por unanimidade a proposta de Edmundo Jorge de Araújo: a denominação Santos Foot-Ball Club.[20]
A primeira diretoria foi composta por:
Presidente – Sizino Patusca
Vice-presidente – George Cox
Secretários – José Martins e Raul Dantas
Tesoureiros – Leonel Silva e Dario Frota
Diretores – Augusto Bulle, João Carlos de Mello, Henrique Cross, Francisco Raymundo Marques, Cícero da Silva e Jomas de Pacheco.
As cores iniciais do Santos FC eram o branco, o azul e o dourado, mas como era difícil na época a confecção de um uniforme nessas cores, ficou decidido no dia 31 de março de 1913 que o clube passaria a ser alvinegro.[21]
A primeira apresentação do time considerada como jogo-treino, ocorreu no dia 23 de junho de 1912, no campo da Vila Macuco, contra um combinado local chamado Thereza Team, o confronto foi vencido pelo Santos pelo placar de 2 a 1, com gols de Anacleto Ferramenta e Geraule Ribeiro. O time entrou em campo com a seguinte formação: Julien Fauvel (goleiro francês); Simon e Ari; Bandeira, Ambrósio e Oscar; Bulle, Geraule, Esteves, Fontes e Anacleto Ferramenta.[22] O primeiro jogo tido como oficial aconteceu apenas em 15 de setembro de 1912, o Santos FC venceu o Santos Athletic Club (time formado por ingleses) por 3 a 2, no campo da Avenida Ana Costa, local onde hoje se encontra a Igreja Coração de Maria. O primeiro gol do confronto foi marcado por Arnaldo Silveira, o tento é considerado o primeiro da história do clube, os outros dois gols foram anotados pelo próprio Arnaldo e por Adolpho Millon Júnior.[22]
No início de 1913, o Santos recebeu um convite da Liga Paulista de Futebol para disputar o campeonato estadual daquele ano, esta foi a primeira competição oficial disputada pelo clube. A estreia aconteceu no dia 1º de junho, diante do Germânia, ainda sem experiência, o time santista foi derrotado por 8 a 1. Devido ao alto custo das viagens na época, o Santos desistiu do campeonato, a única vitória do time foi contra o rival Corinthians (que também estava estreando) pelo placar de 6 a 3.[23] Após desistir de disputar a competição estadual, o Santos conquistaria o seu primeiro título na história, o Campeonato Santista de 1913 invicto.[24]
Em 1915, o Santos voltou a disputar o Campeonato Santista, conseguindo o segundo título embora tenha usado o nome de União FC, devido a APEA (liga no qual permaneceu afiliado) não o ter permitido participar com o nome oficial.[25] Em 1916, o Alvinegro retornaria a disputa do Campeonato Paulista, a competição estadual desse ano ficou marcada na história do clube, pois foi nela que aconteceu a inauguração do estádio da Vila Belmiro.[26]
O Santos foi vice-campeão nas edições do Campeonato Paulista de 1927, 1928 e 1929, sempre tendo como destaque a linha de ataque que tinha Araken Patusca e Feitiço, grandes futebolistas da época. Em 1927, o Santos atingiu a marca de 100 gols no campeonato estadual.[27]
O primeiro título paulista veio em 1935, após o Santos vencer por 2 a 0 a equipe do Corinthians em pleno Parque São Jorge. A escalação santista para a partida foi: Cyro, Neves e Agostinho; Ferreira, Marteletti e Jango; Saci, Mário Pereira, Raul Cabral Guedes, Araken Patusca e Junqueirinha. Raul Cabral Guedes e Araken Patusca foram os autores dos gols da partida.[28]
Após 20 anos do primeiro título paulista, o Santos voltou a ser campeão estadual apenas em 1955. O jogo do título foi contra o Taubaté, vitória santista por 2 a 1, sob o comando do vitorioso técnico Luís Alonso Pérez, a competição ainda terminou com o atacante santista Emmanuele Del Vecchio como artilheiro, 23 gols.[29]
No ano seguinte, chegaria ao clube trazido pelas mãos de Waldemar de Brito, o menino Pelé de 15 anos, que posteriormente se tornaria o maior ídolo da história do clube.[30] O primeiro título oficial de Pelé no Santos, aconteceu em 1958, quando o clube conquistou o seu quarto Campeonato Paulista, ali começava a história do camisa 10 pelo clube praiano.[31] Ao lado de Pepe, Coutinho e Dorval, Pelé formou um ataque poderoso no Santos, com destaque para as duas conquistas da Copa Intercontinental e da Copa Libertadores da América, vencidas nos anos de 1962 e 1963 e também das cinco Taças Brasil conquistadas consecutivamente de 1961 a 1965, a década de 1960 é considerada a mais vitoriosa do Santos, ao todo foram 23 títulos oficiais conquistados nessa época.[32] Ainda nessa década, no ano de 1969, o Santos ficou famoso por ter sido o time que parou a guerra, fato que ocorreu graças a uma excursão do clube no continente africano, em que o time paralisou os conflitos entre República do Congo e República Democrática do Congo e também a Guerra de Biafra, na Nigéria, para que as pessoas pudessem ver o Santos jogar.[33]
Após Pelé sair do Santos em 1974 para jogar no New York Cosmos dos Estados Unidos,[34] o Santos formaria em 1978 um time que era chamado de "Meninos da Vila", devido a juventude dos atletas da equipe, os destaques desse time eram Juary, Pita, Aílton Lira e João Paulo que se sagrariam campeões paulista de 1978.[35]
Em 2002, ano em que o clube completou 90 anos, o Santos conquistou o Campeonato Brasileiro no sistema de mata-mata, vencendo o Corinthians nos dois jogos da decisão, sendo esse o sétimo título nacional do clube. O time campeão foi basicamente formado por jogadores revelados pelo clube, os destaques eram a dupla Diego e Robinho e o técnico responsável pelo título foi Emerson Leão.[41] No ano seguinte, com a base mantida, o Peixe chegou aos vice-campeonatos da Libertadores e do Campeonato Brasileiro.[42]
Nos anos de 2006 e 2007 veio o bicampeonato paulista. O primeiro foi levantado na Vila Belmiro, com a vitória de 2 a 0 contra a Portuguesa.[44] No ano seguinte, a taça foi erguida após decisão de 180 minutos contra o São Caetano, as duas partidas ocorreram no Morumbi, no primeiro jogo 2 a 0 para os adversários, no segundo, o Alvinegro devolveu o placar e ficou com o título por ter tido melhor campanha na competição.[45]
Depois de 48 anos, o Santos voltou a ser campeão da Libertadores, desta vez em 2011 após superar o Penãrol do Uruguai na final, conseguindo assim, o tricampeonato do clube na competição continental.[48] Antes dessa conquista, o Santos ainda seria campeão paulista.[49] Com a conquista da América, o Santos se credenciou a disputar o Mundial de Clubes no Japão, contudo o time não conseguiu segurar a grande equipe do Barcelona na final e ficou com o vice.[50] Em 2012, veio o vigésimo Campeonato Paulista do clube e a primeira Recopa Sul-Americana.[51] Depois de dois vices em 2013 e 2014, o Alvinegro chegou a mais uma final no estadual, a sétima consecutiva, e conquistou o Campeonato Paulista de 2015 após superar o Palmeiras nos pênaltis,[52] o ano de 2015 terminou com o vice-campeonato da Copa do Brasil e o sétimo lugar no Campeonato Brasileiro.
Antes do estádio do Santos ser construído, o clube fazia jogos oficiais onde hoje está localizada a Igreja Coração de Maria, na Avenida Ana Costa. Os treinos eram feitos em um campo distinto, localizado no Bairro do Macuco.[53] Em 1915 os dirigentes passaram a procurar terrenos na cidade. Em 31 de maio de 1916, uma assembleia geral aprovou a compra de uma área de 16.650 metros quadrados, no bairro da Vila Belmiro, aprovado pelo presidente do clube, Agnello Cícero de Oliveira. A compra do terreno foi feita em 16 de junho de 1916.[54]
A construção do Estádio Urbano Caldeira, a Vila Belmiro, foi concluída em 1916 e sua inauguração ocorreu em 12 de outubro do mesmo ano, mas a primeira partida foi realizada somente 10 dias depois, em 22 de outubro de 1916, válido pelo Campeonato Paulista. A partida de estreia foi entre Santos e Ypiranga, onde o Santos venceu por 2 a 1, cujo primeiro gol da partida e da história do estádio foi feito por Adolpho Millon Júnior, da equipe santista.[55]
O primeiro sistema de iluminação foi estreado em 21 de março de 1931, às oito horas da noite, num jogo amistoso entre o Santos FC e uma seleção de futebol que a cidade de Santos possuía na época. O amistoso terminou empatado em 1 a 1, com gol de Manoel Cruz para a Seleção Santista e Camarão para o Santos FC.[56]
Em 1933, com a morte de Urbano Caldeira, que tinha sido jogador, treinador e dirigente do clube, o estádio foi batizado oficialmente de Estádio Urbano Caldeira em sua homenagem.[57]
O recorde de público no estádio foi no dia 20 de setembro de 1964, num clássico contra o Corinthians, 32.986 pessoas estavam presentes para ver o jogo. Entretanto esse dia quase foi trágico, cerca de 10 minutos depois do apito inicial do juiz, uma das arquibancadas do estádio cai e fere 181 pessoas.[58] O jogo foi interrompido para atendimento das vítimas e foi remarcado para 10 dias depois no Estádio do Pacaembu, onde terminou empatado em 1 a 1.[59]
Logo após o término do Campeonato Paulista de 1996, a diretoria do clube decidiu que o gramado da Vila Belmiro passasse por uma ampla reforma. Um moderno sistema de drenagem e irrigação controlado por computador foi instalado, o que proporcionou perfeitas condições de jogo com qualquer tempo.[60] A inauguração aconteceu no dia 27 de março de 1997, quando o Santos venceu o Internacional em jogo válido pela Copa do Brasil. Simultaneamente à reforma do gramado, foi construído o complemento do anel da arquibancada atrás do gol de fundo do estádio, que aumentou a capacidade em 4.000 lugares.[61] Atualmente, a capacidade oficial do estádio é de 16.798 lugares.[62]
No dia 27 de janeiro de 1999, o Santos deu mais um passo para oferecer um estádio mais moderno aos seus torcedores. Neste dia, momentos antes de um clássico contra o Palmeiras, foi inaugurado o novo sistema de iluminação, tornando o estádio uma das praças de esportes mais bem iluminadas do Brasil.[63]
Na Copa do Mundo de 2014, o estádio recebeu a surpresa da Copa, a Costa Rica, que treinou e fez toda a sua preparação na Vila Belmiro.[64] Os "Ticos" (como são chamados os costarriquenhos) fizeram a sua melhor campanha na história, chegando até as quartas de final, quando foram eliminados pela Holanda nos pênaltis.[65]
O Santos realizou reformas na Vila Belmiro entre 2015 e 2016, a novidade foi a padronização nas medidas do campo, mudando de 106 x 70 para 105 x 68, as mesmas medidas usadas em estádios da Copa do Mundo.[66] Paralelamente, há o desejo de ter um novo estádio, mais moderno, para que a Vila Belmiro receba apenas a alguns jogos.[67]
Memorial das Conquistas
Em 17 de novembro de 2003, 1 dia após completar 40 anos da conquista da Copa Intercontinental de 1963, foi inaugurado no estádio o Memorial das Conquistas. Este espaço contem os troféus conquistados pelo Santos em toda sua história, que dentre os mais destacados no memorial, estão as 9 taças conquistadas em competições internacionais de caráter oficial pelo clube, além de contar com fotos, vídeos, ingressos, revistas, livros, flâmulas de times adversários que o Santos enfrentou e também algumas recordações enviadas por clubes do exterior ou de astros do esporte, como a camisa do maior pontuador da NBA, Kareem Abdul-Jabbar, que conheceu a estrutura do clube em 2012.[68] A visita ao museu, inclui também os vestiários dos jogadores, sala de imprensa e a entrada no campo.[69]
No Memorial existem alguns espaços únicos, como de Pelé e Neymar, onde há um acervo pessoal dos dois ídolos santistas. O museu também dispõe de vários equipamentos multimídia, como aparelhos de TV, que permitem a visualização de jogos históricos.[69]
O Centro de Treinamento Rei Pelé foi inaugurado em 1º de outubro de 2005, com a finalidade de oferecer toda a estrutura necessária, para que os atletas e a comissão técnica possam realizar o trabalho físico.[70] Localizado no bairro de Jabaquara em Santos, o CT é considerado um dos melhores do Brasil.[71] A ideia de construir um campo próprio para treinos do clube surgiu em meados da década de 90, na primeira gestão de Marcelo Teixeira na presidência do Santos. Em 1992, o clube havia conseguido tomar posse de um terreno localizado perto da Santa Casa de Santos. Depois disso, iniciou-se a construção do que seria o primeiro centro de treinamentos do time Alvinegro. O nome do local é uma clara homenagem ao maior ídolo santista: Pelé.
No complexo com cerca de 40 mil metros quadrados, há um hotel chamado de Recanto dos Alvinegros, que possui 28 quartos (todos com televisão, internet, ar condicionado e frigobar), restaurante, sala de jogos, cozinha, recepção e um auditório para utilização em preleções e reuniões dos atletas. Com três campos de futebol, o CT é sede de amistosos e jogos oficiais de times amadores, campeonatos de categorias de base, campeonatos juvenis do clube e jogos do time feminino do Santos. O CT ainda conta com a sala de imprensa Peirão de Castro, onde os jornalistas podem ter acesso aos treinos, e os jogadores e membros da comissão técnica concedem entrevista coletiva.[70]
No complexo do Centro de Treinamento Rei Pelé também está localizado o CEPRAF (Centro de Excelência em Prevenção e Recuperação de Atletas de Futebol), para tratar de lesões e recuperações dos atletas do clube.[73]
CT Meninos da Vila
O Santos Futebol Clube sempre teve como um dos pilares de sua trajetória o trabalho desenvolvido nas categorias de base. Para dar sequência ao processo de revelação de novos talentos, o Alvinegro Praiano construiu o Centro de Treinamento Meninos da Vila. Destinado às categorias de base do clube, o CT foi inaugurado no dia 7 de agosto de 2006.[74]
Localizado na Av. Martins Fontes, n° 1277, no bairro do Saboó em Santos, o espaço homenageia os Meninos da Vila (nomenclatura utilizada para jogadores revelados no time da Vila Belmiro). Possui dois campos, em uma área de 25.500 metros, além de vestiários e setores administrativos, para aperfeiçoar o trabalho desenvolvido no local.[74]
Para personalizar a homenagem feita aos Meninos da Vila, o clube nomeou o Campo 1 de Robinho e o Campo 2 eterniza o meia Diego, que foram grandes ídolos da torcida santista, na conquista do Campeonato Brasileiro de 2002.[74]
Chácara Nicolau Moran
A Chácara Nicolau Moran foi o antigo local de concentração do Santos Futebol Clube. Localizada no quilômetro 34 da pista norte da Via Anchieta, em São Bernardo do Campo, a chácara foi fundada em 14 de setembro de 1968 e contava com campos de futebol, cozinha industrial, saguão, amplo espaço de descanso e lazer, alojamentos e uma capela. Com uma área de 60 mil metros quadrados, a chácara recebeu esse nome, em homenagem ao ex-diretor e ex-meia santista, Nicolau Moran Villar.[75]
No início da década de 90, o Santos deixou de se concentrar na chácara e o local foi abandonado, sendo cedido em regime de comodato ao São Bernardo no ano de 2009.[76]
A primeira camisa seguia o padrão das cores oficiais do clube na época, era branca, com listras azuis, e tinha finos frisos dourados, este uniforme foi usado nas três primeiras e únicas apresentações do até então Santos Foot-Ball Club no ano de 1912. Contudo, em 31 de março de 1913, com a dificuldade de confeccionar uma camisa nessas cores, o sócio Paulo Peluccio, sugeriu que o time passasse a utilizar um uniforme diferente com a camisa listrada em preto e branco e calções brancos.[77]
Em 1915, o Santos teve que alterar o seu nome provisoriamente para disputar o Campeonato Santista, devido a APEA (liga no qual era afiliado) não o ter deixado usar seu nome oficial, então o clube adotou a denominação União Foot-Ball Club. O time se tornou campeão santista usando um uniforme branco, com um escudo em forma de losango no peito escrito o nome "União FC" em diagonal.[77]
Em 1925, o time usou um uniforme que era totalmente branco com uma faixa preta na altura da cintura, como um cinto, este modelo foi usado no Campeonato Paulista de 1925, nele havia um escudo bastante semelhante ao usado atualmente pelo clube.[77]
Em meados dos anos 30, o Santos chegou a utilizar talvez o que seja o uniforme mais inusitado de sua história, o calção era branco, porém a camisa era de um tom avermelhado, esse uniforme foi usado apenas em alguns jogos. O uniforme usado na conquista do Campeonato Paulista de 1935, era um totalmente branco, com exceção das meias que tinham detalhes pretos.[77]
No início da década de 40, o Santos usou uma camisa que tinha largas listras horizontais em preto e branco, e o escudo usado era diferente do tradicional, nele o acrônimo SFC era entrelaçado e escrito em preto, dentro de um fundo branco.[77]
O uniforme usado na década de 60, que é considerada a mais vitoriosa do clube, era totalmente branco, com exceção da cintura que tinha o elástico preto, e a gola na camisa era "V", o escudo era grande e ficava a esquerda do peito. Em 1963, o Santos resolveu inovar o uniforme, mas o modelo novo não agradou muito os torcedores que preferiam a camisa branca lisa, neste ano, para disputar o Campeonato Brasileiro, o time usou uma camisa branca com finas listras pretas, os calções e as meias continuavam brancos, usando esse uniforme nos jogos, o Santos conquistaria o seu terceiro título nacional. Em 1968, o Santos adicionou acima do escudo na camisa, as duas estrelas representando os títulos intercontinentais de 1962 e 1963, há ainda registros de uma terceira estrela na camisa após a conquista da Recopa Intercontinental de 1968.[77]
A partir dos anos 70, o uniforme branco (número 1) e o listrado (número 2) sofreram apenas duas grandes modificações. A primeira foi na década de 80, quando os patrocinadores começaram a surgir na camisa dos clubes, e a segunda foi nos anos 90, quando o Santos chegou a utilizar calções que tinham desenhos quadriculados e estrelados.[78]
Em 2008, o Santos lançou um terceiro uniforme, em cor azul-marinho, relembrando as cores de sua fundação, porém foi pouco utilizado.[79] No ano do centenário do clube, em 2012, foi lançado um terceiro uniforme, azul-turquesa, que fazia referência a herança colonial e portuária da cidade de Santos, e as cores da fonte de Itororó, localizada no Monte Serrat, um dos pontos turísticos da cidade.[80]
Para homenagear a Seleção Brasileira, no ano em que a Copa do Mundo foi sediada no país, em 2014, a Nike lançou uniformes amarelos de cinco clubes nacionais incluindo o Santos. A camisa que foi adotada como terceiro uniforme, tinha como cores o amarelo, o preto e o branco.[81]
Não há registros exatos do fabricante de material esportivo antes de 1980, sendo a Umbro, a empresa que ficou mais tempo no Santos, 13 anos. Após 3 anos de contrato com a Nike, o clube rompeu o contrato e acertou com a empresa italiana Kappa. Assinado por três temporadas, o modelo de negócio, prevê que o próprio Santos será responsável por todos os processos de criação dos uniformes, a Kappa será responsável pelo design, a empresa SPR a distribuição, a Netshoes o comércio eletrônico e a Meltex administrará as lojas oficiais.[82]
As cores iniciais do Santos eram azul, branco e dourado. Essas cores foram adotadas pela agremiação do clube logo no seu primeiro ano de existência, em 1912.[83]
Em 1913, o Santos passa a ser alvinegro, e então é criado o primeiro escudo. Era composto por um globo terrestre com os paralelos de latitude a partir de uma linha do equador e dos meridianos de longitude, os continentes eram na cor amarela e os oceanos em azul, tendo ao centro do globo um escudo com nove listras verticais alternadas em preto e branco, com uma bola de futebol no centro, escrito o acrônimo SFBC (Santos Foot-Ball Club), e por cima do escudo ainda havia uma coroa. Mesmo com toda essa elaboração, o escudo nunca foi utilizado na camisa, apenas na sede social do clube.[83]
Em 1915, o clube adotou o pseudônimo de União FC para poder disputar o Campeonato Santista. Com isso, o clube teve que mudar provisoriamente o escudo, usou um em que era predominante preto, com o nome União FC escrito dentro de uma faixa branca.[83]
O atual escudo surgiu em 1925 e foi implantado nos uniformes em 1927. As onze listras presentes em preto e branco simbolizam os jogadores e as estrelas acima do escudo, foram inseridas em 1968 para representar os dois títulos intercontinentais conquistados em 1962 e 1963.[83]
Em 1942, o Santos chegou a adotar um escudo em que as letras SFC eram escritas em preto e ficavam entrelaçadas em um fundo branco, porem o escudo foi utilizado somente em 2 anos, voltando em 1944 para o tradicional.[83]
Bandeira
Com base na frase: “O branco da paz e o preto da nobreza”, foram criadas as primeiras bandeiras da história do Santos. Em assembleia geral realizada no dia 31 de março de 1913, foi criada a primeira bandeira, também sendo definido o branco e o preto como as cores do clube, assim sugerido por Paulo Peluccio, um dos sócios do Santos na época.[84]
Por sugestão de Raymundo Marques, um dos fundadores do Santos, a primeira bandeira tinha uma faixa preta diagonal da esquerda para a direita com as inicias do clube em letras brancas.[84]
Anos mais tarde, foi criada uma bandeira triangular no formato de uma flâmula, que tinha um fundo branco com duas faixas pretas, sendo a horizontal ao centro e a vertical no primeiro terço, com o escudo na confluência das duas faixas. Outras bandeiras foram criadas, mas todas seguiram o mesmo padrão e modelo.[84]
Mascote
O mascote oficial do Santos é a baleia. Tudo começou em 1933, na derrota sofrida pelo Santos por 5 a 1 contra o São Paulo da Floresta. Neste jogo, que foi o primeiro da era profissional do futebol no Brasil, a torcida adversária começou chamar os jogadores santistas de "peixeiros", de uma forma pejorativa, então a torcida santista respondeu dizendo, "somos peixeiros e com muita honra". A partir daí o Santos ganhou a alcunha de "peixe" e a baleia foi adotado como mascote, por ser um animal marinho mais forte e também pela proximidade da cidade com o mar.[85]
Em agosto de 2006, o clube criou a dupla Baleinha e Baleião, que animam a torcida antes do início das partidas e durante os intervalos dos jogos do Santos.[86]
Hino
Há uma grande controvérsia quanto ao hino oficial do Santos Futebol Clube. Nas primeiras décadas de existência, os santistas adotaram como hino do clube uma paródia de uma canção que soldados ingleses entoavam durante a Primeira Guerra Mundial. A situação mudou quando Mangeri Neto e Mangeri Sobrinho resolveram homenagear o Santos, criando a marchinha "Leão do Mar" quando o clube foi campeão paulista de 1955.[87]
Em meio ao sucesso da marchinha "Leão do Mar", Carlos Henrique Paganetto Roma (filho do ex-presidente Modesto Roma) criou em julho de 1957, a música "Sou alvinegro da Vila Belmiro", que se tornaria o hino oficial do Santos. Porém o Conselho Deliberativo do clube só o reconheceu oficialmente em 1996, graças à proposta do conselheiro Júlio Teixeira Nunes.[88]
Valor de mercado
De acordo com a empresa BDO Brasil, o Alvinegro Praiano possui a oitava marca mais valiosa do futebol brasileiro ultrapassando os R$ 404 milhões em 2015.[89] No balanço financeiro publicado pelo clube, o Santos aparece como a nona maior receita do Brasil com um faturamento de R$ 169,9 milhões em 2014.[90]
Em pesquisa realizada pela Pluri Stochos, que ouviu 21.049 pessoas entre novembro de 2012 e fevereiro de 2013, apontou o Santos como a sétima maior torcida do Brasil com 3,4%, sendo esta a pesquisa com a menor margem de erro já divulgada.[91]
Em outra pesquisa feita pela Stochos Sports, mostra que de 2010 a 2012, o Santos aumentou cerca de 20% o número de torcedores, também aponta que a torcida santista ultrapassou os palmeirenses no interior de São Paulo com 14,2% contra 11%, enquanto na capital, o Palmeiras ainda conta com vantagem de 13,5% a 7,4%.[92]
Na região da Baixada Santista, mais de um terço das pessoas torcem para o Santos, segundo a pesquisa Enfoque Comunicação/Boqnews. A pesquisa mostra que no período entre 2010 a 2014, a torcida santista aumentou de 30,8% para 36,4% na região, ficando a frente dos corintianos (23,8%), são-paulinos (10,7%) e palmeirenses (9,6%).[93]
O Santos teve a segunda maior torcida Brasil na década de 60.[94] Com um grande time de futebol liderado por Pelé, o clube lotava os estádios do Brasil, tendo como maior público, a decisão da Copa Intercontinental de 1963 no Maracanã contra o Milan, 132.728 pessoas presenciaram a vitória santista por 4 a 2.[95] O Santos é o clube paulista com a maior média de público de uma edição do Campeonato Brasileiro, levando uma média de 49.306 pagantes por jogo no campeonato de 1983.[96]
Em relação a sócios-torcedores, o Santos possui o programa chamado Sócio Rei, que conta com mais de 60 mil sócios, sendo o sétimo clube com mais associados no Brasil.[97]
O Clássico Alvinegro é o confronto contra o Corinthians e recebe esse nome em referência às cores dos dois clubes. O confronto entre Santos e Corinthians, é considerado um dos clássicos mais antigos do futebol brasileiro.[98] O primeiro jogo entre as duas equipes aconteceu em 22 de junho de 1913, no campo do Parque Antarctica, a partida terminou 6 a 3 para o Santos. Em jogos finais decisivos, os dois se enfrentaram seis vezes no Campeonato Paulista, em três delas o Santos saiu vitorioso, sendo que em 1935, o Santos conquistaria o seu primeiro título paulista no jogo contra o Corinthians. As duas equipes também se enfrentaram na final do Campeonato Brasileiro de 2002, em que o Santos se sagrou campeão.[99]
O fato mais marcante desta rivalidade são os "grandes tabus", longos períodos em que um clube ficou sem vencer o outro. O Corinthians ficou um período de 11 anos sem ganhar do Santos em Campeonatos Paulistas (1957 a 1968), enquanto o Santos ficou 7 anos sem ganhar do rival, considerando o confronto geral.[100] Outra particularidade, é o fato do Corinthians ser o clube que mais sofreu gols de Pelé, foram 50 gols marcados pelo ex-camisa 10 do Santos contra o Alvinegro do Parque São Jorge.[101]
O clássico com o São Paulo é chamado de San-São, foi apelidado em 1956 por Tomás Mazzoni, jornalista de A Gazeta Esportiva.[102] Este é o clássico entre os dois clubes mais vitoriosos do Brasil na Copa Libertadores da América, ambos se sagraram campeões em 3 oportunidades. O primeiro jogo entre as duas equipes, ocorreu no dia 11 de maio na Vila Belmiro, válido pelo Campeonato Paulista de 1930, o jogo terminou empatado em 2 a 2. Os dois times fizeram em 1933, o primeiro jogo de futebol profissional do país.[103] Foi nele em que o apelido do Santos, "peixe", foi dito pela primeira vez. Tratou-se de uma provocação antes do início do jogo, da torcida tricolor com os jogadores do Santos, chamando-os de "peixeiros" de maneira pejorativa, a torcida santista retrucou dizendo "Somos peixeiros e com muita honra!". A partir daí o apelido foi adotado pelo clube santista, e a mascote, a Baleia, foi criada.[85]
Clássico da Saudade é no futebol paulista o confronto entre Santos e Palmeiras.[106] Recebe esse nome, em referência aos dois maiores times do futebol paulista durante o auge do futebol-arte brasileiro, na década de 1960, quando o Palmeiras tinha Ademir da Guia e o Santos tinha Pelé. Os dois clubes foram os que mais conquistaram o Campeonato Brasileiro, oito vezes cada um. A primeira partida aconteceu em 3 de agosto de 1915, no Velódromo de São Paulo, o Santos venceu o Palmeiras, que ainda tinha o nome Palestra Itália, pelo placar de 7 a 0. No dia 6 de março de 1958, Santos e Palmeiras fizeram no Pacaembu aquele que recebeu a alcunha de jogo mais emocionante da história, o primeiro tempo acabou 5 a 2 para o Santos, no segundo tempo, o Palmeiras conseguiu virar o placar para 6 a 5, mas nos minutos finais o Santos venceu o jogo por 7 a 6, com dois gols de Pepe.[107]
Os dois clubes já se enfrentaram quatro vezes em decisões de campeonato, sendo três no Paulista, com vitórias palmeirenses em 1927 e 1959 e santista em 2015, a outra decisão ocorreu pela final da Copa do Brasil de 2015 em que o Palmeiras se sagrou campeão.[108]
O Santos teve como primeiro treinador, o irlandês Harold Cross que dirigiu o time em 1912.[112] Em 1913, o lendário Urbano Caldeira que de 1913 a 1932, em períodos alternados, assumiu a função de treinar a equipe. Urbano que leva nome ao estádio da Vila Belmiro, também foi jogador e vice-presidente do Santos.[113]
De 1916 a 1922, dois estrangeiros ficaram a frente da equipe, os uruguaios Juan Bertone (1916 a 1919) e Ramón Platero (1920 a 1922). No ano de 1923, o diretor geral de esportes, José Caetano Munhoz, era quem comandava a equipe. O primeiro treinador do Santos após a era profissional do futebol no Brasil, foi Joaquim Loureiro em 1933.[112]
O Santos sempre foi ao longo dos tempos uma equipe que cedeu vários atletas para a Seleção Brasileira. Nas 5 Copas do Mundo que o Brasil faturou, em 3 delas, estavam presentes jogadores do Santos, só de campeões mundiais o Peixe cedeu 11 atletas.[120] Na história das Copas o Alvinegro teve 16 de seus jogadores convocados para defender a Seleção, sendo o meia-atacante Araken Patusca o primeiro santista a disputar um mundial, em 1930, no Uruguai.[121] Na época havia uma briga entre a Associação Paulista de Esportes Atléticos (Apea) e a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), pois nenhum paulista estava na comissão técnica, por este motivo a Apea alegou não haver tempo hábil para que chefes de família deixassem tudo organizado e partissem para ficar tanto tempo afastados de casa. Isto fez com que o Brasil embarcasse apenas com jogadores que atuavam no Rio de Janeiro, com exceção de Araken Patusca, único paulista entre os convocados e que estava brigado com a direção santista.[122]
As participações dos jogadores do Santos sempre se notabilizaram pelo número de atletas que foram campeões do mundo. Em 1958, na Suécia, o Alvinegro cedeu o ponta-esquerda Pepe, o volante Zito e o "Rei do Futebol", Pelé, estes dois últimos atletas foram importantíssimos na arrancada brasileira rumo ao título de campeão mundial, pois Pelé e Zito só estrearam na vitória brasileira sobre a União Soviética por 2 a 0, na última partida da primeira fase. Nas quartas, o Brasil venceu um jogo difícil contra País de Gales por 1 a 0, com o único gol marcado por Pelé, na semifinal, Pelé voltou a marcar, desta vez três gols contra a França contribuindo para a vitória brasileira por 5 a 2 e a classificação a decisão do mundial. A consagração do camisa 10 aconteceu na final, marcando mais dois gols, sendo o artilheiro da Seleção na Copa com apenas 17 anos e o Brasil conseguindo o seu primeiro título mundial de futebol com uma vitória novamente por 5 a 2, desta vez sobre os donos da casa.[120]
Em 1962, no Chile, o time da Vila Belmiro cedeu sete jogadores para que a Seleção disputasse essa Copa do Mundo. Além de Pepe, Zito e Pelé, presentes no mundial anterior, o goleiro Gilmar, o zagueiro Mauro, o meia Mengálvio e o atacante Coutinho foram os santistas que brilharam na conquista do bicampeonato. Pelé jogou apenas duas partidas, marcando um gol sobre o México, na vitória por 2 a 0, na estreia brasileira. Mas o Rei não pode continuar ajudando a Seleção, pois uma lesão muscular o impediu de atuar no restante da Copa. Porém a Seleção continuou vencendo sem Pelé. Na final, Zito teve uma participação decisiva na vitória sobre a Tchecoslováquia por 3 a 1, já que o capitão santista fez o segundo gol brasileiro na final. O Peixe também teve uma grande participação com o zagueiro Mauro, que além de ter feito uma bela participação no mundial, foi o capitão do time e teve a honra de erguer a Taça Jules Rimet, com o Brasil sendo coroado bicampeão do mundo.[120]
Em 1970, no México, o lateral-direito Carlos Alberto Torres, o zagueiro Joel Camargo, o volante Clodoaldo e os atacantes Pelé e Edu ajudaram o Brasil a ganhar a terceira estrela. Considerada por muitos como a melhor Seleção que o mundo viu jogar,[123] o time liderado por Carlos Alberto Torres, que era o capitão, e Pelé no auge de sua maturidade futebolística, estiveram entre os principais responsáveis por comandar a equipe que encantou a todos e trouxe a Taça Jules Rimet de forma definitiva para o Brasil, com a conquista inédita na época de tricampeão mundial.[120]
Em 1974, na Alemanha, o zagueiro Marinho Peres e o atacante Edu foram convocados, mas nesta edição a Seleção parou na segunda fase, sendo derrotada pelo Carrossel holandês, na fase que era de grupos.[120]
Em 2002, o Alvinegro cedeu dois membros para a comissão técnica, o preparador de goleiros Carlos Pracidelli e o fisioterapeuta Luis Rosan que foi muito importante para a recuperação do atacante Ronaldo, o artilheiro e principal nome do pentacampeonato mundial.[124]
Na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, Robinho foi convocado e depois de 36 anos, o Santos voltou a ter um jogador de seu elenco convocado para disputar a competição servindo a Seleção Brasileira. O "Rei das Pedaladas" marcou dois gols (contra o Chile e contra a Holanda), quebrando um jejum de gols de jogadores santistas em Copas do Mundo, que permanecia desde o gol de Carlos Alberto Torres, o quarto do Brasil na final de 1970.[120]
O primeiro jogador estrangeiro do Santos a participar de uma Copa do Mundo foi o goleiro Rodolfo Rodríguez. O arqueiro foi convocado para defender a Seleção Uruguaia, que disputou a Copa do Mundo de 1986, no México.[125] O arqueiro santista ficou durante toda a participação uruguaia no banco de reservas, sem ter a chance de jogar uma partida, pois se contundiu em um dos treinamentos durante a Copa. Os uruguaios foram eliminados pela Argentina nas oitavas de final, após serem derrotados por 1 a 0.
Em 2006, na Alemanha, o Peixe foi representado pelo zagueiro Julio Manzur da Seleção Paraguaia.[126] O jogador santista disputou a sua primeira Copa do Mundo, já tendo ajudado a seleção de seu país a conquistar a medalha de prata, nos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas, na Grécia.[127] Nesta edição do mundial o Paraguai não passou da fase de grupos.
Na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, o Santos foi representado pelo lateral esquerdo chileno Eugenio Mena.[128] Mena foi titular nos 4 jogos da Seleção Chilena no mundial. O Chile foi eliminado pelo Brasil nas oitavas de final, nos pênaltis, após empate de 1 a 1 no tempo normal.
Apesar do Santos ter como principal atividade o futebol masculino, a prática de outras modalidades sempre foi valorizada no clube. O Santos forma parcerias com instituições e atletas de outros esportes, assim, levando o seu nome nas modalidades.[129]
Conhecidas como as Sereias da Vila, a história do futebol feminino no Santos começou em 1997, e nesse mesmo ano, a equipe chegou na final do Campeonato Paulista Feminino, mas ficou com o vice-campeonato, após perder para o São Paulo. E foi 3 anos depois, no ano 2000, que veio o primeiro título na modalidade, a equipe conquistou os Jogos Abertos do Interior.
De 2009 a 2012, o Santos foi considerado o time mais forte de futebol feminino do Brasil, jogadoras como Marta e Cristiane passaram pelo Santos e o clube foi a base da Seleção Brasileira de Futebol Feminino, chegando a ter onze atletas convocadas de uma só vez.[130]
O Santos chegou a encerrar as atividades do futebol feminino em 2012,[131] porém em fevereiro de 2015, o clube anunciou o retorno.[132]
Em 2011, com a parceria da Cortiana Plásticos, o Santos formou um grande time para a modalidade, sendo a base da Seleção Brasileira de Futsal, chegando a ter sete convocados de uma só vez.[134] O time foi comandado pelo técnico Fernando Ferretti, tendo o melhor do mundo nas quadras, Falcão, além de grandes jogadores como os alas Pixote, Valdin e Jackson, os fixos Neto e Índio e o pivô Jé.[135]
Em apenas 1 ano, o time conquistou a Liga Futsal e a Copa Gramado, sendo que a Liga Futsal foi vencida nos pênaltis, contra o tradicional Carlos Barbosa na Arena Santos (onde o clube mandou os jogos). E com essa conquista, o Santos foi o primeiro clube paulista a conquistar a Liga Futsal.[136]
Depois de dois títulos e também o vice da Liga Paulista, o Santos encerrou a parceria com a Cortiana Plásticos e fechou o time de futsal, no final de 2011.[137]
Atualmente, o clube disputa torneios de futsal com equipes de base.[138] Para 2016, o clube firmou uma parceria com a cidade de Dracena (interior de São Paulo) para disputar a Liga Paulista de Futsal, enquanto o Santos vai ceder o nome e os uniformes, a cidade será responsável pela estrutura, administração e contratação dos atletas, os jogos da equipe serão na cidade dracenense.[139]
Chamado de Santos Tsunami, o time de futebol americano foi criado em 2009, mas se tornou parceiro do clube em 2010. A equipe tem 90 atletas amadores, que buscam apoio para tornar o esporte mais reconhecido na região e também no país. Em dezembro de 2010, a Vila Belmiro recebeu um jogo da equipe, em que o ex-jogador do Santos, Jamelli, atuou como kicker.[142]
Atualmente, a equipe disputa o Torneio Touchdown, os jogos e treinamentos são realizados no CT Meninos da Vila.[143]
Futebol de Areia
Criado em 2012, o time de beach soccer do Santos foi finalista do Campeonato Brasileiro, perdendo a final para o Corinthians e também chegou as quartas do Mundialito, quando foi superado pelo Flamengo.
Voleibol
Em parceria com a Associação Nacional de Esportes/Andee e da Fundação Pró-Esporte de Santos, o clube mantém um time de vôlei no feminino e no masculino.[144]
Atualmente, as equipes masculinas e femininas disputam torneios estaduais de base.[145][146]
Praticado por ex-jogadores de futebol, o Santos possui um time no showbol. Alguns nomes como Narciso, Robert e Paulo Rink atuam pela equipe. O Santos tornou-se o primeiro campeão brasileiro de showbol, em 2008, após derrotar o Atlético-MG na final.[148]
Em parceria com a Fundação Pró-Esporte de Santos, o clube apoia a prática de tênis de mesa, fornecendo materiais esportivos para equipes masculinas e femininas que defendem a cidade.[149] Um dos principais mesa-tenistas do Brasil, Gustavo Tsuboi, medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2007 e 2011, já foi atleta do clube.[150]
Atualmente, a principal mesa-tenista que representa o clube é Lígia Silva, campeã latino-americana de tênis de mesa em 2006.[151]
Goalball
No início de 2006, o Santos tornou-se o primeiro clube de futebol do Brasil a ter uma equipe neste esporte paraolímpico. O goalball é um jogo praticado por atletas que possuem deficiência visual, cujo objetivo é arremessar uma bola sonora com as mãos no gol do adversário. Desde então, através de uma parceria estabelecida com o Lar das Moças Cegas de Santos (LMC), o clube introduziu o goalball com equipes masculinas e femininas, como um dos esportes do clube.[152]
Surf
Em 2012, o Santos entrou para a modalidade do surf, fechando parceria com o surfista Alejo Muniz.[153] O clube também mantém uma parceria com o surfista Alex Ribeiro.[154]
Skate
Em 2013, foi a vez do skate, o Santos acertou uma parceria com o skatista tricampeão mundial Kelvin Hoefler.[155]
Fórmula Truck
Em 2013, o Santos entrou na Fórmula Truck, acertando uma parceria com a equipe ABF/Mercedes-Benz que foi rebatizada como ABF Santos Desenvolvimento Team. Os pilotos que representam o clube, são o paranaense Wellington Cirino e o brasiliense Geraldo Piquet, cujos caminhões levam as cores e o escudo do Santos.[156]
Santos Run
A Santos Run é a corrida oficial do Santos FC. Realizada desde 2012, o evento conta com duas etapas, sendo a primeira no mês de abril com um percurso de 8K e a segunda em novembro com o percurso de 5K. A largada acontece em frente à Vila Belmiro e a chegada é dentro do estádio. Podem participar da prova 4 mil corredores, entre adultos e crianças.[157]
eSport
Em agosto de 2015, o clube anunciou que vai investir em um time de eSports. Anteriormente chamado de Dexterity Team, o time passou a se chamar Santos Dexterity (ou somente Santos.Dex), que representa o clube em torneios de videogame, como League of Legends, Counter-Strike: Global Offensive, Battlefield 4 e CrossFire, com direito a uso do escudo nas camisas. Essa foi a primeira vez que algo neste sentido ocorre em clubes de futebol do Brasil.[158]
Drift
O clube fechou uma parceria com o piloto Elson Nishimura, o Juba, que participará de provas com o nome do Santos FC.[159]
Clubes de futebol homônimos
Devido a várias excursões que o Santos fez durante a Era Pelé, o clube serviu de inspiração para criação de outros times de futebol com o mesmo nome do alvinegro. Ao todo foram encontrados outros 39 clubes de futebol homônimos, sendo 10 nacionais, 9 na América do Norte e Central, 8 na Europa, 7 na África, 4 na América do Sul e um na Ásia.[160][161]
Em 14 de abril de 2007, a data do aniversário de fundação do clube foi incluída no calendário oficial de comemorações do Calendário Turístico do Estado de São Paulo, onde diversos eventos são realizados em sua homenagem.[162] No dia 4 de novembro de 2008, a Estação Imigrantes foi rebatizada de Estação Santos-Imigrantes, para homenagear o clube e também por estar localizada numa das principais vias de acesso à cidade de Santos.[163]
Uma citação curiosa que o Santos recebeu, é o fato do nome do clube estar presente no hino oficial do Olympiacos da Grécia. Esse fato ocorreu, graças a um jogo do Santos contra o time grego em 1961, em que o Olympiacos saiu vitorioso por 2 a 1 com Pelé em campo, a dimensão da vitória foi tão grande para o clube grego, que o nome do Santos foi adicionado no hino oficial.[164]
Ver também
Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
↑ abcde«Os escudos do Santos». Acervo Santos FC. 14 de setembro de 2014. Consultado em 23 de março de 2015A referência emprega parâmetros obsoletos |língua2= (ajuda)
↑ abc«A Bandeira». Acervo Santos FC. 25 de novembro de 2014. Consultado em 6 de abril de 2015