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Antônio Houaiss

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Se procura pelo dicionário que carrega o sobrenome do lexicógrafo, veja Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
Antônio Houaiss
Antônio Houaiss
Nascimento 15 de outubro de 1915
Rio de Janeiro, Ficheiro:Rio de Janeiro1908.gif Distrito Federal
Morte 7 de março de 1999 (83 anos)
Rio de Janeiro,  Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Lexicógrafo, escritor, tradutor, diplomata
Assinatura

Antônio Houaiss (Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1915 — Rio de Janeiro, 7 de março de 1999) foi um destacado intelectual brasileirofilólogo, crítico literário, tradutor, diplomata, enciclopedista e ministro da cultura do Brasil no governo Itamar Franco.[1]

Houaiss era o quinto de sete filhos de um casal de imigrantes libaneses, Habib Assad Houaiss e Malvina Farjalla, radicados no Rio de Janeiro. Com dezesseis anos, começou a leccionar português, atividade que exerceu durante toda sua vida.

Ocupou diversos cargos importantes como presidente da Academia Brasileira de Letras, ministro da Cultura no governo do presidente Itamar Franco e membro da Academia das Ciências de Lisboa. A revista Veja chegou a defini-lo como o "maior estudioso das palavras da língua portuguesa nos tempos modernos".

Autor de dezenove livros, Houaiss organizou e elaborou duas das enciclopédias mais importantes já feitas no Brasil, a Delta-Larousse e a Mirador Internacional. Publicou dois dicionários bilíngues inglês-português, organizou a primeira edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), da Academia Brasileira de Letras. Entre seus trabalhos de tradução está o romance Ulisses, de James Joyce.

Em 1986, Houaiss iniciou o mais ambicioso projeto de sua vida — o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa —, assumindo o desafio de publicar o mais completo dicionário da língua, só concluído após a sua morte.[2] Logo após sua morte, foi fundado o Instituto Antônio Houaiss, com sede no Rio de Janeiro, que tem como contraparte lusitana a Sociedade Houaiss Edições Culturais, sediada em Lisboa.

Pronúncia do nome Houaiss

Segundo fontes brasileiras[3] e portuguesas,[4] o sobrenome Houaiss é pronunciado, em português, "uáiss" - ou, em representação técnica, [/ 'wajs /] ou [/ u'ajs /], no Alfabeto Fonético Internacional, em que o símbolo [w] corresponde ao som 'u' de 'quase' e o símbolo [u] ao 'u' da palavra 'nua', enquanto [aj] se assemelha ao 'ai' de 'caixa' e o símbolo [s] ao 'ss' de 'massa'. O símbolo [‘] precede o fonema tônico da palavra.

Academia Brasileira de Letras

Houaiss foi o quinto ocupante da cadeira nº 17 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 1 de abril de 1971 na sucessão de Álvaro Lins. Foi recebido pelo acadêmico Afonso Arinos de Melo Franco em 27 de agosto de 1971, e recebeu os acadêmicos Antonio Callado e Sérgio Paulo Rouanet.

Obra

O maior feito alcançado por Houaiss foi o Acordo ortográfico de 1990 da língua portuguesa,[5] em que combinou suas duas carreiras - a de diplomata, membro do serviço exterior brasileiro, e a de linguista -, e o qual abordou seu ponto de vista internacional-esquerdista, criticado entre outros por Paulo Francis.[6]

Referências

  1. Enciclopédia Itaú Cultural: Antônio Houaiss.
  2. «Maior ideólogo da reforma ortográfica, Houaiss morreu sem ver resultado da obra - BOL Notícias». noticias.bol.uol.com.br. Consultado em 17 de abril de 2016 
  3. «Observatorio da Imprensa - Materias - 29/08/2001». www.observatoriodaimprensa.com.br. Consultado em 17 de abril de 2016 
  4. «FLiP - Dúvida Linguística». www.flip.pt. Consultado em 17 de abril de 2016 
  5. «Maior ideólogo da reforma ortográfica, Houaiss morreu sem ver resultado da obra», Folha da Manhã, Folha Online, 7 de março de 2009 .
  6. Mendes de Almeida, Napoleão (24 de fevereiro de 1993), «Chega de asnices!», in: dos Santos, Armando Alexandre, Veja (entrevista), Amigos do Livro, Faço minhas as palavras do jornalista Paulo Francis, num artigo recente. O bom dessa rusga diplomática que está ocorrendo entre Brasil e Portugal é que ela matou o acordo ortográfico de Antônio Houaiss  |contribution= e |chapter= redundantes (ajuda).

Ligações externas


Precedido por
Beni Carvalho
ABRAFIL - cadeira 14
1960 — 1999
Sucedido por
Mauro de Salles Vilar
Precedido por
Álvaro Lins
ABL - quinto acadêmico da cadeira 17
1971 — 1999
Sucedido por
Affonso Arinos de Mello Franco Filho
Precedido por
Sérgio Paulo Rouanet
Ministro da Cultura do Brasil
1992 — 1993
Sucedido por
José Jerônimo Moscardo de Sousa