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História da humanidade: diferenças entre revisões

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Há cerca de 35 mil anos surgiu a arte paleolítica na Europa.<ref name=artepaleo>Série de colaboradores, ''LE GRAND LIVRE DE L'HISTOIRE DU MONDE-ATLAS HISTORIQUE'' (título original), Hachete (editora original), 1987, ISBN 972-42-0072-8, pág 22</ref>
Há cerca de 35 mil anos surgiu a arte paleolítica na Europa.<ref name=artepaleo>Série de colaboradores, ''LE GRAND LIVRE DE L'HISTOIRE DU MONDE-ATLAS HISTORIQUE'' (título original), Hachete (editora original), 1987, ISBN 972-42-0072-8, pág 22</ref>
valdir gabriel rocha barbosa


== Surgimento da civilização ==
== Surgimento da civilização ==

Revisão das 21h58min de 6 de junho de 2013

A história do mundo ou história da humanidade são os registros dos feitos do homo sapiens na Terra desde que passou a ter a capacidade necessária para efetuar tais registros através da escrita. Este momento é tomado como o marco da divisão entre a história e a pré-história, período este no qual os homens já existiam porém eram ainda incapazes de manter tais registros dos acontecimentos.

Este período conhecido como história já se estende por aproximadamente mais de cinco mil anos. A história do mundo nos relata descobertas, invenções e os grandes feitos da humanidade. Também estão registrados os costumes de cada época em cada localidade bem como a mudança destes através de revoluções, guerras e catástrofes. Relata também a expansão do conhecimento humano sobre mundo que o cerca e o avanço tecnológico que deste modo foi possível.

Origem da humanidade

Ver artigo principal: Pré-história e Evolução humana

Há certas dúvidas sobre quais foram exatamente os nossos antepassados mais remotos. Os seres humanos modernos só surgiram há 150 mil anos. Os humanos são primatas e surgiram em África, duas espécies que pertenceram aos primórdios da evolução homínidea foram o Sahelanthropus tchadensis com um misto de caraterísticas humanas e símias, e o Orrorin tugenensis já bípede mas que não se sabe o tamanho do cérebro, que no Sahelanthropus era de 320–380 cm cúbicos. Ambos existiam há mais de 6 milhões de anos. [1] Os homínideos da época habitavam a África subsariana e na Etiópia e Tanzânia, ou seja na África Oriental. Seguiram-se a esses primeiros homínideos os Ardipithecus e mais tarde (há 4,3 milhões de anos até há 2,4 milhões) os australopithecus, descedentes dos ardipithecus. Tinham (os australopithecos) maiores cérebros, pernas mais longas, braços menores, e traços faciais mais parecidos aos nossos.[2]

Há 2,5 milhões de anos surge o gênero Homo, Homo habilis na África oriental, com ele começam-se a usar ferramentas de pedra totalmente feitas por eles (começando o Paleolítico) e carne passa a ser mais importante na dieta do Homo Habilis. Eram caçadores e tinham um cérebro maior (590–650 cm cúbicos), mas tinham braços compridos.[3]

Mas os Habilis não eram apenas caçadores, pois também eram necrófagos e herbívoros.[4]

Havia outras espécies como o Homo rudolfensis que tinha um cérebro maior e era bípede e existiu durante a mesma época que o Homo habilis. Há dois milhões de anos surgiu o Homo erectus de constituição forte, com um cérebro muito maior (810–1250 cm cúbicos), rosto largo e foi o primeiro homínideo a sair de África existindo na África, Ásia e Europa, existindo até à 500 mil anos. É o primeiro a usar o fogo.[5] Há 300 mil anos já tinha estratégias elaboradas de caça a mamíferos corpulentos.[4]

A era glacial começou há 1,5 milhões de anos.[6]

Migrações humanas em todo o globo (os números indicam os milênios antes da nossa era).

Há uns 50 000 anos, os seres humanos lançaram-se à conquista do planeta em diferentes rumos desde África. Um rumo alcançou a Austrália. A outra chegou a Ásia Central, para logo se dividir em dois, uma a Europa, e a outra caminhou até cruzar o Estreito de Bering e chegou à América do Norte. As últimas áreas a ser colonizadas foram as ilhas da Polinésia, durante o primeiro milênio d.C..[7]

Os Neanderthais eram robustos, com um cérebro grande, e viviam na Europa e oeste da Ásia. Sobreviveram até 24 mil anos atrás e coexistiram com os modernos Homo sapiens sapiens, apesar de estudos de ADN provarem que não podiam reproduzir-se entre si.[8]

A origem dos Homo Sapiens atuais é bastante discutida, mas a maioria dos cientistas apoia a teoria da Eva Mitocondrial, apoiada por testes genéticos, em vez da teoria evolução multirregional que defende que os seres humanos modernos evoluíram em todo o mundo ao mesmo tempo a partir das espécies Homo lá existentes e que se reproduziram entre si entre as várias migrações que supostamente fizeram. Os primeiros fósseis totalmente humanos foram encontrados na Etiópia há 160 mil anos.[9][10]

Há cerca de 35 mil anos surgiu a arte paleolítica na Europa.[11] valdir gabriel rocha barbosa

Surgimento da civilização

Desenho de um arado puxado por boi encontrado no Egito.

A vida dos homens estava passando por muitas transformações no momento em que ocorre o surgimento da escrita em diversas partes do planeta. A Revolução Agrícola no período Neolítico fazia o homem trocar a vida nômade baseada na caça, na pesca e na coleta pela vida sedentária, ou seja, com residência fixa.

Isso se tornou possível através do desenvolvimento da agricultura e da domesticação dos animais que traziam o alimento necessário para perto da habitação dos homens. As técnicas agrícolas não pararam de se desenvolver levando ao surgimento de técnicas como a irrigação e ferramentas como o arado puxado por animais.

Os homens passam a então se agrupar em terras férteis, propícias a agricultura. Destes agrupamentos surgem vilarejos que seriam os embriões de sociedades mais estruturadas e complexas que iriam se formar: civilizações. A tecnologia avançava e as ferramentas de pedra polida eram substituídas pelos metais maleáveis como o cobre, o estanho, o bronze e posteriormente metais rígidos o ferro no que é chamado de Idade dos Metais.

É nesse cenário que surge a escrita e as primeiras civilizações. Formam-se governos criando os Estados, criam-se relações de troca que dariam origem aos mercados e a possibilidade de impor a força através de exércitos.

Disco celeste de Nebra.

Revolução agrícola

Com o descobrimento da agricultura e a da criação de animais, o ser humano começa a cultivar diversos cereais como o arroz, o trigo e o milho, os tubérculos como a batata, em diversas regiões do globo entre o sexto e o quinto milênio a.C.. Assim, deixa de depender da caça, a pesca e a coleta de frutos, se transforma em auto-suficiente, e adota um modo de vida sedentário (se bem algumas atividades como o pastoreio requereram a prática do nomadismo e do semi-nomandismo). No Japão encontramos um temporão desenvolvido da piscicultura. Também trocavam as práticas alimentícias: inventaram o pão, e também as bebidas alcoólicas.

Ao haver crescido em isolamento as primeiras civilizações, as dietas próprias de cada uma foram diversas, em função de aqueles produtos vegetais e animais que existiram em seu entorno imediato. Assim, o porco, a galinha e o arroz foram próprios da dieta da Sudeste da Ásia e o sul da China; o trigo, a cabra, o ganso e a ovelha, foram próprios do Oriente Médio. No mundo mediterrâneo, a uva, o centeio, a aveia e a azeitona, e a vaca e porco como animais domesticados; e o milho, o tomate, a batata-doce ou o feijão branco, pimenta, entre outros foram próprios da América Précolombiana, os animais domesticados dessa continente foram o peru, o lama, a alpaca, o porquinho da índia.[12] No entanto, estas barreiras alimentícias foram caindo a medida que as distintas civilizações históricas foram entrando em contato umas com as outras e comercializando entre si. Desta maneira, as especiarias (pimenta, noz moscada, etc) chegaram desde o Oriente a Europa graças ao comércio muçulmano durante a Idade Média, e distintos produtos americanos fizeram o próprio depois de que América e Europa entraram em contato durante o passar dos séculos XV a XVI.

Estrutura social

À medida que os assentamentos urbanos foram crescendo, a sociedade ficou cada vez mais complexa. Para os agricultores, surgiu uma classe social de mercadores, que logo enviaram expedições a terras estranhas e fundaram colônias para comercializar. Também se desenvolveu os templos religiosos, que baixaram suas responsabilidades a guia das distintas comunidades. Tempos mais tarde, surge o poder civil separado do poder religioso, comandado pelos reis seculares trabalhando em estreita relação com burocracias sacerdotais, às vezes, bastante extensas: por exemplo, o faraó e os escribas egípcios.

Um antigo barco usado nas expedições antigas (Galé).

Uma consequência de tudo isso foi a invenção da escrita, em vários lugares do planeta ao mesmo tempo e de maneira independente. Pela primeira vez foi possível armazenar o conhecimento de maneira mais segura que pela tradição oral, e também permitiu desenvolver a burocracia governamental. As primeiras escrituras eram ideográficas, mas logo evoluíram para sistemas fonéticos, tendo os fenícios os crédito de criar o antecedente do alfabeto moderno. Exemplos são os hieróglifos ou a escrita cuneiforme. No Império Inca, desenvolveu-se a engenhosa solução dos quipus. Em geral, a maioria dos povos da terra conhecem algum sistema de escrita ou de símbolos desenhados ou escritos em torno do ano 1000 da era cristã.

Ao mesmo tempo, o desenvolvimento na navegação levou às primeiras audácias expedições de exploração. Do Egito Antigo, partiram expedições para o país do Ponto, e navegadores fenícios alcançaram a Inglaterra, e provavelmente deram a volta na África. Por sua parte, os polinésios empreenderam uma marcha lenta e implacável pelo Oceano Pacífico, colonizando lugares tão distantes e de difícil acesso, como o Havaí ou a Ilha da Páscoa.

  • Artígos relacionados: Galé.

Metais

Um machado da Idade dos metais feito de ferro.

Já desde a o fim da Pré-história, quase todas as grandes civilizações aprenderam a trabalhar os metais. O avanço dos trabalhos feitos a pedra aos metais, fez os instrumentos humanos ficarem mais versáteis, significando uma grande revolução. Geralmente, a Idade dos Metais é dividida em três fases sucessivas: Idade do Cobre, Idade do Bronze e Idade do Ferro. Durante a primeira (Calcolítico) trabalhou-se o cobre de maneira pura. Durante a segunda, descobriu-se que a junção de cobre e estanho (bronze) era mais resistente, se bem o estanho era um metal escasso (os fenícios iam buscar o estanho nas Ilhas Britânicas). O manejo do ferro foi mais tardio, porque suas técnicas tiveram que ser aperfeiçoadas. As técnicas descobertas para o trabalhar o ferro foi a fundição, já que o ferro tem um ponto de ebulição mais alto.

Inventou-se a fundição do cobre há cerca de 8000 anos.[14]

As aplicações dos metais foram enormemente variada. Dispensou-se a pedra na elaboração dos machados para cortar árvores, e a madeira nas grades do arado. Também permitiram a elaboração de espadas para as guerras.

Também nesta época apareceu o uso dos metais preciosos, incluindo o ouro e a prata, como o material de ricos enxovais funerários de numerosas tumbas. Estes metais foram utilizados primeiramente para fazer ornatos, e como medida de riqueza depois, incluindo a cunhagem de moedas (foram complementadas com o cobre, para a moeda fracionada). Trabalhou-se também com os artefatos de luxo, as chamadas pedras preciosas e pedras semi-preciosas.

Antigamente se pensava que os povos da Idade dos Metais eram pré-históricos, mas hoje em dia sabemos que muitos deles já eram altamente civilizados. Na Grécia, por exemplo, a Idade do Bronze coincide com os reinos micênicos, e no Oriente Médio, o poderio hitita explica-se em parte pelo monopólio do segredo da fundição do ferro, enquanto que seu inimigos usavam espadas de bronze, mais frágeis.

A metalurgia surgiu na Anatólia e na Mesopotâmia (Turquia e Iraque atuais) em aproximadamente 5000 a.C., e até 4000 a.C. espalhou-se até ao planalto do Irão, Cáucaso e delta do Nilo, até 3000 a.C. dirigiu-se até ao sul da Europa, da Polónia e da Alemanha, França, ilhas britânicas, e depois até 2000 a.C. à Dinamarca, resto da Polónia, parte dos países bálticos e Bielorrúsia.[14]

Cultura e religião

Neter Rá da antiga religião egípcia.

As primeiras manifestações religiosas surgiram em tempos do homem de Neanderthal, há 60 mil anos atrás.[15] Eram cultos vinculados às práticas arcaicas. A primeira grande religião conhecida foi o culto da Grande Deusa Mãe, predominante na Eurásia até bem avançada à história da civilização. Andando o tempo, com o desenvolvimento da vida na sociedade, surgiram os cultos patriarcais. Também, à medida que as culturas e os ritos locais foram cruzando-se, surgiram mitologias complexas e ciclos épicos.

O desenvolvimento da escritura permitiu o surgimento da vida cultural. Assim, nasceu a literatura. As obras mais antigas conservadas são epopeias. Logo mais tarde, surge a literatura sapiencial. O estudo científico da história é mais tardio, e teve que esperar até os gregos como Heródoto ou Tucídides (século V a.C.) para que se separassem definitivamente as tradições religiosa e literária.

A primeira grande revolução filosófica aconteceu no século VI a.C., época em que coincidiram, e provavelmente superam de suas respectivas doutrinas, as figuras de Pitágoras de Samos, Tales de Mileto, o Segundo Isaías, Zaratustra, Buda, Mahavira e Confúcio. Não são os primeiros em suas respectivas tradições, mas acenderam a um mundo mais "globalizado" que seus precedentes.

A ciência foi monopólio da classe alta, frequentemente dos sacerdotes, e o baixo povo não tinha acesso a ela. Neste tempo fizeram-se as primeiras observações astronômicas, desenvolveu-se a medicina, e a necessidade de medir a terra e chegar a contabilidade comercial e tributária levaram ao desenvolvimento da geometria e a aritmética. Os antigos gregos levaram incluso a desenvolver as bases da Álgebra.

Crescente fértil

Mapa da localização da crescente fértil.

A crescente fértil é uma região localizada na Ásia e África, onde se desenvolveram as primeiras civilizações da história. Essa região é um bom lugar para práticas agrícolas. Algumas civilizações como: Antigo Egito, Hebreus, Fenícios, Mesopotâmicos, etc, se desenvolveram na crescente fértil. Os principais rios da crescente fértil são: o rio Eufrates, rio Tigre, rio Nilo, rio Jordão, etc. O crescente fértil recebeu esse nome devido ao formato da região que se parece com uma lua crescente. A região cobre uma superfície de cerca de 400 000 a 500 000 km² e é povoada por 40 a 50 milhões de indivíduos. Ela estende-se das planícies aluviais do Nilo, continuando pela margem leste do Mar Mediterrâneo, em torno do norte do Deserto Sírio e através da Península Arábica e da Mesopotâmia, até o Golfo Pérsico.

Formação dos impérios

Escrita cuneiforme.

As primeiras civilizações surgiram na região da Crescente Fértil e no vale do rio Indo, regiões propícias a agricultura. O desenvolvimento levou a formação de grandes cidades que iriam levar a formação dos Estados. Normalmente essas cidades estavam situadas ao pé de grandes rios.[16] Muitos destes Estados possuíam exércitos para demonstrar a sua força e um grupo de políticos para controlar os interesses.

Mesopotâmia

Ver artigo principal: Mesopotâmia

A Mesopotâmia (o nome "Mesopotâmia" ajuda a entender o lugar. A palavra Mesopotâmia, de origem grega, significa "entre rios") está situada entre os rios Eufrates e Tigre, no sudoeste da Ásia, numa área que é hoje o Iraque, o sudoeste do Irão, o leste da Síria e o sudeste da Turquia, há cerca de 5000 anos.[16]

A agricultura mesopotâmica dependia dos ricos sedimentos que as águas dos rios traziam. Os pântanos davam peixes, aves e juncos que serviam para fazer telhados. Como precisavam de esquemas de irrigação e aproveitamento da terras precisaram do comando organizado de muita gente. Julga-se que isso criou as bases do que se pensa ser a primeira sociedade estratificada.[16]

A civilização mesopotâmica centrava-se nas cidades do sul, numa região chamada Suméria. Na Mesopotâmia existiam várias cidades estado, normalmente ligadas comercialmente e diplomaticamente, às vezes cooperavam e outras competiam entre si. Entre a as grandes cidades contava-se Uruk, Kish, Ur, Acádia, que às vezes ascendiam ao controlo do território.[16]

Mas esta sociedade descentralizada que havia em 3000 a.C., deixou de haver e passou à haver uma hierarquia centralizada, controlada por governantes todo-poderosos, que não costumavam ser considerados divinos. Apareceram também palácios reais sumptuosos. Para suportar tal sociedade era necessária uma classe de burocratas, escribas e mercadores. Era uma sociedade urbana que em os habitantes viviam em casas feitas com tijolos de terra local, gesso de lama e portas de madeira. Era necessária muita mão de obra para gerir os grandes projetos de rega e construção e cultivar a terra.[16]

A religião estava interligada com a política, e algumas cidades eram governadas por sacerdotes.[16]

Eram pobres em recursos naturais, como pedra e metal, e assim tinham a necessidade de estabelecer laços comerciais com uma região que ia até ao vale do Indo e Golfo Pérsico.[16]

O seu sistema númerico era baseado no número 60, e sobrevive ainda na divisão do tempo e no círculo de 360º.[16]

Sumérios

Ver artigo principal: Suméria
Estátua de Gudeia, governador de Lagash, uma das mais belas peças da escultura suméria e de toda a arte mesopotâmica (Museu do Louvre, Paris).

O primeiro povo a criar uma vida urbanizada na Mesopotâmia foram os sumérios. Eles colonizaram os pantanais do Baixo Eufrates que, somando-se ao Tigre, desagua no golfo Pérsico. A origem desse povo é praticamente desconhecida. Sua língua não se assemelha a qualquer outra já conhecida. Um pouco antes do IV milênio a.C., os sumérios chegaram à Mesopotâmia, e, nos mil anos seguintes fundaram cidades e desenvolveram sua escrita cuneiforme, gravada em tabuletas de barro. Eles desapareceram há 4 mil anos.

Acadianos

Ver artigo principal: Acádia
Região conquistada pelos ácades, liderados por Sargão.

Ao norte da Suméria havia uma cidade semita chamada Acádia. Por volta de 2400 a.C., os ácades, liderados por Sargão o Grande, o rei guerreiro, conquistaram as cidades sumérias. Os reis acadianos foram os primeiros a manifestar a ambição de governar o que consideravam ser a terra inteira. Por isso Sargão ficou conhecido como o "soberano dos quatro cantos do mundo". Os acadianos construíram um império que se estendia do golfo Pérsico ao mar Mediterrâneo. Por volta de 2100 a.C., o Império Ácade desmoronou. Invasões conjugadas a disputas internas provocaram sua queda. Após um período de prolongados conflitos, por volta do século XVIII a.C., o rei da Babilônia, Hamurabi, realizou uma série de conquistas criando, na região, o Primeiro Império Babilônico.

Babilônios

Ver artigo principal: Babilônia
Soldados americanos em frente da reconstrução das ruinas da Babilônia (2003).

O Império Babilônico submeteu os sumérios, os acádios e os assírios. Para governar povos tão diferentes, Hamurabi organizou o primeiro código escrito de leis de que se tem notícia, o Código de Hamurabi. O Código defendia basicamente a vida e o direito de propriedade; mas também contemplava a honra, a dignidade e a família. Fundamentava-se sobretudo na Lei do talião "olho por olho, dente por dente". Previa, portanto, que para se punir os crimes, deveriam ser aplicados castigos como o afogamento, a amputação da língua e de outras partes do corpo, por exemplo.

A Torre de Babel, por Pieter Brueghel.

A prosperidade econômica gerada pelas conquistas ajudou a transformar a cidade da Babilônia num dos grandes centros da Antiguidade. Muitos monumentos foram erguidos. O mais famoso deles é o zigurate de Babel, que aparece na Bíblia como a Torre de Babel. Apesar da riqueza desse período, ondas invasoras de hititas e cassitas, revoltas internas e a morte de Hamurabi acabaram favorecendo o colapso do Império Babilônico e sua fragmentação.

A região voltaria a ser dividida entre o sul e o norte, depois que os reis cassitas, procedentes dos montes Zagros, a leste da Mesopotâmia, derrubaram a dinastia de Hamurabi. Os cassitas mantiveram a cultura e as tradições babilônicas, mas transformaram o reino com uma ampla reestruturação administrativa. A dinastia cassita governou até cerca de 1430 a.C., e seu domínio foi marcado por uma significativa produção de textos. Após o período da dinastia cassita, a Babilônia perdeu sua influência política, ao mesmo tempo que o poderio dos assírios crescia consideravelmente.

Assírios

Ver artigo principal: Assíria
O Império assírio em 824 a.C. (verde escuro) e 671 a.C. (verde claro).
Um touro alado assírio.

Os assírios eram um povo semita que existia no norte da Mesopotâmia. O seu império alcançou o auge nos anos 800 a.C. e 700 a.C., esta foi a era neo-assíria, construída sobre as bases do Império Médio Assírio (1350-1000 a.C.). O império médio possuiu muitos recursos e grande riqueza. Melhorou também a rega e a agricultura. Construiu imponentes construções e criou centros administrativos importantes.[17]

Estes neo-assírios eram famosos como guerreiros ferozes, capazes de inovadoras proezas militares. Graças a isso conseguiram expandir o seu território. Possuíam um exército que era a mistura de carros, cavalaria e infantaria e usavam já armas de ferro. O seu exército incluía soldados profissionais, incluindo mercenários estrangeiros mandados pelo rei, e eram pagos com as receitas do impostos locais.[17]

Os assírios usavam horríveis métodos, como a execução em massa, empalação, etc, contra os que se lhes opunham. Patrocinaram também grandes migrações em massa oferecendo terras e assistência. Assim o centro do império tornou-se muito multicultural.[17]

Eles eram uma monarquia, e estavam divididoos em províncias governadas por gente nomeada pelo rei. A maioria da população oferecia ao senhor local serviços e bens em troca de proteção. Havia também um bom sistema de vias de comunicação, que incluíam um sistema de estradas que o futuro império persa também teria.[17]

O seu império incluía o sudeste da Anatólia, a Fenícia e Israel, a Babilónia, e obviamente a Assíria e algumas partes do Irão. O império, após divisões internas, foi derrotado pelos babilónios e os medos, que conquistaram a cidade de Assur em 614 a.C..[17]

Caldeus

Ver artigo principal: Caldeus
Representação dos jardins suspensos da Babilónia, como imaginados por Martin Heemskerck.

Os caudeus também são chamados de: "o segundo Império Babilônio". Após a derrota assíria, a Babilônia voltou a ser a cidade mais importante da Mesopotâmia. O Império seria novamente reconstituído e viveria um novo apogeu sob o governo de Nabucodonosor (século VI a.C.). Durante seu reinado (604-562 a.C.), Nabucodonosor empreedeu várias campanhas militares que lhe renderam muita riqueza. Uma sublevação do reino de Judá obrigou-o a manter uma guerra que durou de 598 a 587 a.C., ano em que destruiu Jerusalém e deportou milhares de judeus (o "cativeiro da Babilônia", mencionado no Antigo Testamento). As riquezas provenientes da expansão territorial permitiam a realização de obras grandiosas como templos, jardins suspensos e grandes palácios. Foram os caldeus que criaram os Jardins Suspensos da Babilônia, no século VI a.C.. Com a morte do imperador, as lutas internas enfraqueceram a região, que acabou ocupada pelos persas em 539 a.C..

Egito Antigo

Ver artigo principal: Antigo Egito

O Antigo Egito (AO 1945: Egipto) foi uma civilização da Antiguidade oriental do Norte de África, concentrada ao longo ao curso inferior do rio Nilo, no que é hoje o país moderno do Egito. Era parte de um complexo de civilizações, as "Civilizações do Vale do Nilo", do qual também faziam parte as regiões ao sul do Egito, atualmente no Sudão, Eritreia, Etiópia e Somália. Tinha como fronteiras o Mar Mediterrâneo, a norte, o Deserto da Líbia, a oeste, o Deserto Oriental Africano a leste, e a primeira catarata do Nilo a sul.[18] O Antigo Egito foi umas das primeiras grandes civilizações da Antiguidade e manteve durante a sua existência uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas, explicável em parte devido aos condicionalismos geográficos, embora as influências culturais e contactos com o estrangeiro tenham sido também uma realidade.[19]

Máscara funerária de Tutankhamon. Museu Egípcio do Cairo.

A civilização egípcia se aglutinou em torno de 3 100 a.C. com a unificação política do Alto e Baixo Egito, sob o primeiro faraó (Narmer),[20] e se desenvolveu ao longo dos três milênios seguintes.[21]

Sociedade egípcia

Desenho egípcio de um faraó.

Abaixo do faraó encontrava-se a nobreza composta pela família real, pelos altos funcionários, e pela casta dos sacerdotes, que detinham muito poder e tinha influência com o faraó. Os sacerdotes administravam todos os bens que os fiéis e o próprio Estado ofereciam aos deuses. As funções da nobreza eram hereditárias, ou seja, passavam de pai para filho. Abaixo da nobreza, estavam os numerosos escribas, funcionários modestos, inúmeros sacerdotes de pequenos templos, oficiais militares, artistas e artesãos especializados a serviço do faraó ou da corte. E, finalmente, sustentando as outras camadas, na base da pirâmide, estavam os trabalhadores, que prestavam serviços sobretudo nas pedreiras, minas, pirâmides, oficinas astesanais, agricultura etc.

Religião egípcia

Representação egípcia do deus Anúbis.

Os antigos egípcios eram politeístas, e o desejo de agradar aos deuses influenciava muito a sua vida. Acreditavam que o deus Osíris julgava a vida depois da morte e fazia a passar junto aos deuses àqueles que tinham levado uma "boa vida". O culto de Osíris desenvolveu-se no império antigo. Após o colapso do império antigo o culto de Osíris continuou. Antes dele Ra era o deus principal.[22]

Antigo Império (3200 a.C. - 2300 a.C.)

Esfinge de Gizé.

A atividade do povo era a agricultura, e as comunas de camponeses que cultivavam a terra chefiadas por conselhos de anciãos, que organizavam a coleta de impostos e o recrutamento obrigatório de trabalhadores para os "projetos reais". Os escravos do Antigo Egito costumavam trabalhar em nas grandes propriedades pertencentes ao templos e cortesãos do Faraó. Os faraós eram os reis de todo o país e o seu conselheiro principal chamava-se vizir e dirigia todos os outros burocratas que administravam o país. As campanhas militares contra o Sinai e a Núbia trouxeram ao país bons despojos de guerra, como escravos e ouro, marfim, etc. No império antigo havia o hábito de os faraós construírem pirâmides para serem enterrados nela, sendo que a maior de todas, a de Keóps, tinha 145 metros de altura.[23]

Quando no final do Império Antigo, o poder centralizado começou a enfraquecer, o país ficou dividido em nomos que guerreavam entre si ocasionalmente. O Egito reunificou-se no início do século XX a.C, com o Império Médio..[23]

Médio Império (2040 a.C. - 1730 a.C.)[24]

Desenho egípcio no papiro.

No século XXII a.C., os governantes de Tebas afirmaram seu poder[25] e fundaram a XI dinastia, dos Mentuhoep, dando início ao Médio Império, com capital em Tebas. Os canais de irrigação e contenção foram ampliados e as áreas de agricultura cresceram. O comércio também se desenvolveu, como vários tipos de artesanato.[26]

No Império Médio, várias comunas de camponeses empobreceram e arruinaram-se. Em meados do século XVIII a.C.. aconteceu uma revolta generalizada de escravos, artesãos e camponeses, a revolta afetou todo o país, os grandes proprietários expulsos dos seus palácios o faraó abdicou. Houve saques aos túmulos e a pirâmides; templos e celeiros conquistados e as riquezas do rei divididas pelo povo. Todos os documentos acerca de impostos foram destruídos. Depois houve uma invasão de Hicsos, que controlaram o Egito durante um século e meio. O Império Novo começou quando um movimento de libertação liberta o Egito.[26]

Novo Império (1580 a.C. - 525 a.C.)

Mapa do Egito Antigo na época do Novo Império.

O sentimento de identidade cultural que crescia entre os egípcios, em meio à luta contra os hicsos, acabou voltando-se contra os hebreus, que findaram dominados e escravizados. Por volta de 1250 a.C., os hebreus, sob liderança de Moisés, conseguiram fugir do Egito, no episódio que ficou conhecido como Êxodo, registrado no Antigo Testamento da Bíblia.

No Novo Império, um Egito militarizado ampliava seus domínios. Alargaram-se as fronteiras, da Núbia até o Eufrates. Ocorre uma aceleração no intercâmbio cultural e comercial com outros povos. Os fenícios, por exemplo, adquiriram os excedentes agrícolas egípcios e os revendiam por toda a bacia do Mediterrâneo. Luxo e poder econômico permitiram as grandes construções desse período. Mais uma vez o faraó se impunha como senhor supremo do Egito.

Época greco-romana

Templo de Edfu dedicado ao deus Hórus, uma obra construída durante a era ptolomeica.

Em 404 a.C. os egípcios conseguiram reconquistar o poder, mas os persas tomam de novo o país em 343 a.C.. Em 332 a.C. Alexandre Magno conquista o Egipto; quando morre, em 323 a.C., Ptolemeu, um dos seus generais, torna-se governador e em 305 a.C. rei. Ptolemeu, de origem macedónia, dá origem à dinastia dos Lágidas que governa o Egipto nos próximos três séculos. A última representante desta dinastia foi a famosa rainha Cleópatra VII, derrotada em 31 a.C. pelos Romanos na Batalha de Áccio. Em 30 a.C. o Egipto transformou-se numa província de Roma, administrada por um prefeito de origem equestre. Enquanto província, o Egipto teve uma importância fundamental para Roma, pois era do seu território que vinha o cereal do império.

Hebreus

Ver artigo principal: Hebreus

A Bíblia é um dos principais documentos de pesquisa sobre os hebreus. Através de sua leitura e de pesquisas arqueológicas, entedemos que eles eram pastores originalmente nômades provenientes das regiões da Mesopotâmia. Posteriormente se fixaram nas terras de Canaã, antiga Palestina, e ali viveram durante cerca de dois séculos, dedicando-se à agricultura e ao pastoreio.

Crescentes dificuldades econômicas provocaram a migração de muitos hebreus para as regiões férteis nas margens do rio Nilo. Por muito tempo os hebreus viveram no Egito. Após a expulsão dos invasores hicsos, eles podem ter sido escravizados, permanecendo em território egípcio até por volta de 1250 a.C., quando foram guiados por Moisés de volta à Palestina.

A volta dos hebreus à Palestina é conhecida como Êxodo, e teria durado cerca de 40 anos. Segundo a Bíblia, foi durante essa viagem que Moisés, no alto do monte Sinai, recebeu de Iavé (Deus) a Tábua dos Dez Mandamentos, que deveria guiar o comportamento dos hebreus. O Líder e comandante do exército de israel Josué, que substituiu Moisés ainda durante a volta à Palestina, liderou a luta pela reconquista do território dos hebreus, que estava ocupado por vários povos organizados em tribos. Essa luta elevou a importância dos juízes, nomeados para comandar a expulsão da tribo dos filisteus da Palestina. Samuel, o último dos juízes, tentou promover a união das 12 tribos que ocupavam a região, mas isso só ocorreria sob a liderança de Saul, considerado o primeiro rei dos hebreus.

Reconstituição do Templo de Jerusalém.

Seu sucessor, Davi, garantiu a consolidação do Estado hebraico, caracterizado pela centralização do poder nas mãos do rei, que ainda exercia as funções de chefe político, militar e religioso. Davi foi substituído pelo rei Salomão, que construiu o Templo de Jerusalém, entre outras obras públicas, fez uma aliança comercial com os fenícios, que dominavam o comércio no Mediterrâneo, e também instituiu inúmeras datas religiosas. Além disso, decretou o trabalho compulsório, explorando sobretudo a população camponesa.

A política social e os altos impostos criados por Salomão geraram um grande descontentamento popular, que explodiu com sua morte (cerca de 930 a.C.) provocando o Cisma, isto é, separação das 12 tribos hebraicas em dois reinos: Israel e Judá. Israel reunia as dez tribos do norte e tinha por capital Samaria, já o Reino de Judá era formado por duas tribos do sul, com capital em Jerusalém. A divisão favoreceu a invasão estrangeira. O rei babilônico Nabucodonosor dominou a região levando os hebreus para a Babilônia, período que ficou conhecido como o Cativeiro da Babilônia.

Em 539 a.C., os persas conquistaram o Império Babilônico e permitiram a volta dos hebreus para a Palestina. Em 333 a.C. a Palestina foi dominada por Alexandre Magno, da Macedônia, e em 70 a.C. pelos romanos, que destruíram o Templo de Jerusalém provocando a revolta dos hebreus. O movimento foi reprimido e os hebreus, expulsos da Palestina, provocando sua dispersão pelo mundo, que ficou conhecida como Diáspora.

Império Persa

Ver artigo principal: Império Persa
Império persa em 490 a.C.

Os persas, povo indo-europeu, originário do sul do Irã, conquistaram, sob o comando de Ciro o Grande, as terras entre os rios Nilo, no Egito, e Indo, na Índia, no período de 550 a.C. a 525 a.C. Fenícios, hebreus e mesopotâmicos foram dominados pelos persas. Eles fundaram num único império todos os povos do Oriente Próximo e sintetizaram as tradições culturais da região. Administrativamente, esse imenso império era dividido em 20 províncias (satrapias) dotadas de relativa autonomia e um surpreendente sistema de comunicação postal. Cada satrapia era administrada por um governador (sátrapa) responsável perante o imperador.

Para se proteger contra a subversão, o rei empregava agentes especiais - "os olhos e os ouvidos do imperador" -, que supervisionavam as atividades dos sátrapas. O império era unificado por uma língua única, o aramaico (a língua dos arameus da Síria), usada pelos funcionários governamentais e pelos comerciantes. Outros elementos unificadores eram a rede de estradas e o sistema comum de pesos e medidas e de cunhagem da moeda, o dárico, válida em todo o território do império.

Religião persa

O Faravahar (ou Ferohar), representação da alma humana antes do nascimento e depois da morte, é um dos símbolos do zoroastrismo.

A civilização persa criou uma nova religião, o masdeísmo, fundada por Zaratustra (em grego, Zoroastro), cuja divindade era Aura Mazda (a luz). Os persas cultuavam, também, Ormuz, o criador de espíritos benéficos, e Arimã, o espírito das trevas, mau e destruidor entre os quais as pessoas tinham liberdade de escolher aquele que iria seguir. A recompensa por ser bom e dizer sempre a verdade era a vida eterna, no Paraíso. O castigo pelo comportamento oposto era ser lançado num reino de trevas e sofrimento.

Fenícios

Ver artigo principal: Fenícia
Uma pequena escultura de origem fenícia.

As transformações das sociedades no Egito e na Mesopotâmia vieram acompanhadas do desenvolvimento de povos vizinhos. É o caso dos fenícios, dos hebreus e, por fim, dos persas. Esses povos, no entanto, não encontraram as mesmas facilidades para desenvolver a agricultura. Seus caminhos foram outros.

Os fenícios eram os povos semitas da costa síria, as suas cidades mais famosas eram Árados, Simira, Berito, Acre, Tiro e Sídon.[27]

Chamou-se Fenícia a antiga região que se estendia pelo território do que mais tarde seria o Líbano, parte da Síria e da Palestina. Habitada por um povo de artesãos, navegadores e comerciantes.

Os fenícios chegaram às costas da Ásia Menor por volta de 3000 a.C. No começo, estiveram divididos em pequenos Estados locais, dominados às vezes pelos impérios da Mesopotâmia e do Egito. Apesar de submetidos, os fenícios conseguiram desenvolver uma florescente atividade econômica que lhes permitiu, com o passar do tempo, transformar-se numa potência comercial do mundo banhado pelo Mediterrâneo.

Foram os gregos que os chamaram de Phoiníke, "país da púrpura". A púrpura, subtância usada para tingir tecidos, era um dos produtos fenícios mais requisitados. Os tecidos vermelhos faziam sucesso naquela época. As elites na Antiguidade gostavam de usá-los como sinal de posição social elevada.

A cidade de Tiro assumiu um papel fundamental na região. Em pouco tempo, muitos de seus habitantes participaram das rotas comerciais do interior, comercializando principalmente madeira de cedro, azeite e perfumes. Mercadores fenícios estavam presentes na península Ibérica, no sul da Palestina, em Cartago e, no norte da África, assim como no Egito, sobretudo na região do delta do Nilo.

O comércio se fez principalmente pelo mar, o que contribuiu para desenvolver a habilidade dos fenícios como construtores navais e navegadores. Sua fama de construtores de barcos se espalhou entre os egípcios. Estes, em suas inscrições nas pirâmides, contam por volta de 2600 a.C. compraram 40 embarcações fenícias, feitas de cedro, um tipo de madeira clara.

Alfabeto fenício e o atual.

A navegação também favoreceu o desenvolvimento da Astronomia, enquanto as necessidades comerciais impulsionaram a Matemática. Ao mesmo tempo desenvolveram sua mais significativa contribuição para a humanidade: um alfabeto fonético simplificado, composto de 22 letras. Todas as palavras poderiam ser representadas pela combinação de letras evitando a necessidade de memorizar milhares de diagramas. Assimilando, por gregos e romanos, serviu de base para o alfabeto ocidental atual.

China Antiga

Ver artigo principal: História da China

A civilização sínica (chinesa) é uma das oito civilizações contemporâneas e uma das mais antigas ainda existentes. Sua principal base é confuciana mas o taoismo e o budismo também possuem papeis relativamente importantes na formação de uma identidade cultural.

A primeira dinastia, Xia é algo mítica. A tradição chinesa diz que os humanos têm a sua origem nos parasitas do corpo do criador, Pangu. A seguir ao seu óbito governantes sábios introduziram as invenções e instituições fundamentais da sociedade humana.[28] Em 1900 a.C. foi o ano das primeiras cidades descobertas na China.[29]

O registo mais antigo do passado da China data da Dinastia Shang, possivelmente no século XIII a.C., na forma de inscrições divinatórias em ossos ou carapaças de animais, segundo a tradição chinesa começou em 1766 e acabou em 1122 a.C.[30]

Segundo a tradição a dinastia Zhou reinou entre 1122 e 256 a.C.. Este período enorme é divido em Zhou Ocidental, de 1122 a 771 a.C., e Zhou Oriental, estando este ainda subdivido nos períodos de Primavera e Outono, de 771 a 481 a.C., e dos Estados Combatentes, de 481 a 221 a.C..[31]

A capital dos Zhou era perto da atual Xi'an. No apogeu do poder dos Zhou a China chegava tão a norte como a Mongólia.[32]

Os historiadores costumam denominar de China Imperial o período entre o início da Dinastia Qin (século III a.C.) e o fim da Dinastia Qing (no começo do século XX). Em 230 a.C, o Estado Quin iniciou as várias campanhas que levaram à unificação da China. Os outros estados formaram alianças para tentarem impedir o seu avanço, e em 227 a.C. houve uma tentativa de assassinato do rei Zheng (Qin Shi Huangdi). Os esforços de resistência fraquejaram e em 221 a.C o rei Zheng do estado Qin assumiu o título de Qin Shi Huangdi, primeiro imperador da Dinastia Qin.[33]

Dinastia Han

Ver artigo principal: Dinastia Han

A dinastia Han durou de 206 a.C. a 220 d.C., fundada por Liu Bang (depois Gaozu) e com um estado centralizado poderoso e bons funcionários públicos,[34] os primeiros imperadores Han aplicaram a pena de morte com menos frequência, os impostos passaram a uma trigésima parte do rendimento individual e o confucionismo tornou-se religião de estado. No 8 d.C. Wang Mang tiraria o poder ao imperador criança e fez várias reformas como declarar que toda a terra era propriedade do estado, e limitando o tamanho destas, sendo que as grandes demais, eram confiscadas, os escravos também se tornaram posse do estado e Wang Mang tentou regular também o preço e monopolizar as matérias primas. Os ricos opuseram-se as reformas feitas. Em 18 d.C. houve uma revolta de camponeses liderados por Fang Chung, "revolta dos sombrolhos vermelhos" que venceria o exército de Wang Mang em 25 d.C.. Mais tarde a dinastia Han seria restaurada pela aristocracia. Em 184 d.C. haveria uma nova revolta de camponeses ("revolta dos fitas amarelas" chefiada graças a Juang Chao e irmãos, que desejava a igualdade para todos, que tinha algumas centenas de milhares de homens. Foi uma luta forte que durou 2 anos, que embora esmagada faria a China desintegrar-se outra vez.[35]

No século I houve um grande progresso tecnológico, durante o qual foi inventado o papel, por Cai Lun.[34]

Índia Antiga

Ver artigo principal: História da Índia

As pinturas da Idade da Pedra nos abrigos na Rocha de Bhimbetka em Madhya Pradesh são as pegadas mais antigas conhecidas da vida humana na Índia. Os primeiros assentamentos humanos permanentes apareceram há mais de nove mil anos atrás e pouco a pouco se desenvolveram no que hoje é conhecido como a civilização do Vale do Indo, a qual teve seu florescimento ao redor de 3 300 a.C, no oeste do atual território indiano.[36] Depois de sua queda, começa a civilização védica, que acolheu as bases do hinduísmo e outros aspectos da sociedade indiana, período que terminou em 500 a.C, onde em todo país se estabeleceram muitos reinos independentes e outros estados conhecidos como "Mahajanapadas".[37]

Os Grandes Templos Vivos de Chola, construídos pelo Império Chola durante os séculos XI e XII.

No século III a.C, a maior parte da Ásia Meridional foi conquistada por Chandragupta Maruya, para uni-los ao Império Máuria, na qual floreceu no comando de Asoka.[38] A partir do século III d.C, a Dinastia Gupta levou o império a um período de prosperidade conhecida como "A Idade do Ouro na Índia".[39][40]

Japão Antigo

Ver artigo principal: História do Japão
O Horyu-ji, um dos mais antigos edifícios de madeira no mundo, é um dos tesouros nacionais e um Património Mundial da UNESCO.

A ocupação humana do Japão remonta ao Paleolítico, e a data mais consensual para a primeira presença humana neste arquipélago é de 35 000 a.C., quando povos caçadores-coletores[41] chegaram às ilhas vindos do continente através de istmos. As primeiras ferramentas japonesas de pedra lascada datam dessa época, e as de pedra polida datam de 30 000 a.C., sendo as mais antigas do mundo. Ainda não se sabe por que essas ferramentas surgiram tão cedo no Japão. Em 1985 mergulhadores fizeram descobertas de estruturas submersas em Yonaguni, em Okinawa, o que atraiu muitos historiadores, arqueólogos e cientistas até ao sítio arqueológico, onde realizaram estudos para a sua datação. Chegaram à conclusão que os monumentos têm mais de 11 000 anos de idade, os mais antigos do mundo. Os cientistas confirmam que esses monumentos encontrados submersos na costa do Japão são a evidência de que pode ter existido uma civilização desconhecida, anterior à Idade da Pedra. A primeira cultura cerâmica e civilização a se desenvolver no Japão foi o povo nômade Jomon[42][43] que não desenvolveu a agricultura nem a criação de animais. Entre 250 a.C. e 250 d.C., a cultura nômade Yayoi, vinda de Kyushu, substituiu a anterior e trouxe o cultivo de arroz,[44] ferramentas em metal e a confecção de roupas.[45]

O Japão foi unificado pela primeira vez no século IV pelo Povo Yamato[43] e logo empreendeu a conquista da península da Coreia no final do século. Nos séculos seguintes a competição por cargos no governo enfraqueceu gradativamente o domínio japonês sobre a Coreia até ao século VI. Em 552, o budismo foi introduzido no país trazido da Coreia e servindo como arma política contra o crescente poder dos sacerdotes.[42] Após a morte do imperador Shotoku em 622 e um período de guerras civis, o Imperador Kōtoku deu início à reforma Taika que criaria um estado com poderes concentrados nas mãos de um imperador rodeado por uma burocracia, à semelhança da Dinastia Tang na China. Em 710 a capital japonesa foi transferida de Asuka para Nara, réplica da capital chinesa da época, dando início a um novo período da história japonesa no qual a cultura e a tecnologia chinesa tiveram maior influência e o budismo se difundiu com a criação de templos por parte do imperador nas principais regiões.[46]

África Antiga

Ver artigo principal: História da África
Mapa das civilizações africanas antes da colonização europeia.

Pode dizer-se que a história recente ou "moderna" da África, no sentido do seu registro escrito, começou quando povos de outros continentes começaram a registrar o seu conhecimento sobre os povos africanos – com excepção do Egito e provavelmente dos antigos reinos de Axum e Meroe, que tiveram fortes relações com o Egito.

Assim, aparentemente, a história da África oriental começa a ser conhecida a partir do século X, quando um estudioso viajante árabe, Al-Masudi, descreveu uma importante atividade comercial entre as nações da região do Golfo Pérsico e os "Zanj" ou negros africanos. No entanto, outras partes do continente já tinham tido início a islamização, que trouxe a estes povos a língua árabe e a sua escrita, a partir do século VII.

As línguas bantu só começaram a ter a sua escrita própria, quando os missionários europeus decidiram publicar a Bíblia e outros documentos religiosos naquelas línguas, ou seja, durante a colonização do continente, pelo menos, da sua parte subsaariana.

As primeiras civilizações surgiram na África na Antiguidade:

Grécia antiga

Ver artigo principal: Grécia Antiga

Grécia Antiga é o termo geralmente usado para descrever o mundo grego e áreas próximas (tais como Chipre, Anatólia, sul da Itália, da França e costa do mar Egeu, além de assentamentos gregos no litoral de outros países, como o Egito). Tradicionalmente, a Grécia Antiga abrange desde 1 100 a.C. (período posterior à invasão dórica) até à dominação romana em 146 a.C., contudo deve-se lembrar que a história da Grécia inicia-se desde o período paleolítico, perpassando a Idade do Bronze com as civilizações cicládica (3000-2 000 a.C.), minoica (3000-1 400 a.C.) e micênica (1600-1 200 a.C.); alguns autores utilizam de outro período, o período pré-homérico (2000-1 200 a.C.), para incorporar mais um trecho histórico a Grécia Antiga.[47]

Mundo minóico

Ver artigo principal: Civilização Minoica
Ruínas do palácio de Cnossos, em Creta.
Afresco do Palácio de Cnossos.

A Civilização Minoica surgiu durante a Idade do Bronze Grega em Creta, a maior ilha do Mar Egeu, e floresceu aproximadamente entre os séculos XXX e XV a.C.[48] Foi redescoberta no começo do século XX durante as expedições arqueológicas do britânico Arthur Evans. O historiador Will Durant refere-se à civilização como "o primeiro elo da cadeia europeia".[49] Os primeiros habitantes de Creta remontam a pelo menos 128 000 a.C., durante o Paleolítico Médio.[50][51] No entanto, os primeiros sinais de práticas agrícolas não surgiram antes de 5 000 a.C., caracterizando então o começo da civilização.

Com a introdução do cobre em torno de 2 700 a.C. foi possível o início da manufatura de bronze.[52] A partir deste marco a civilização desenvolveu-se gradativamente pelos séculos seguintes, irradiando sua cultura para boa parte dos povos do Mediterrâneo oriental. Sua história apresentou períodos de conturbação interna, possivelmente causados por desastres naturais, que culminaram na destruição da maior parte de seus centros urbanos. Por volta de 1 400 a.C., enfraquecidos internamente, os minoicos foram totalmente assimilados pelos habitantes do continente grego, os micênicos, que repovoaram alguns dos principais assentamentos na ilha e fizeram com que esta prosperasse por mais alguns séculos.[53][54]

Com uma economia baseada principalmente no comércio externo, a Civilização Minoica moldou todos os aspectos que a caracterizam de modo a atender a demanda do mercado externo. Por Creta ser pobre em jazidas principalmente de metais, os minoicos produziram excedentes agrícolas e de produtos manufaturados que venderam para obter metais do Chipre, Egito e Cíclades.[55] Para facilitar tais trocas comerciais os minoicos desenvolveram um completo sistema de pesos e medidas que utilizava lingotes de cobre e discos de ouro e prata com pesos pré-determinados.[56]

A arte minoica foi extremamente fértil e engloba elementos adquiridos com os contatos com povos estrangeiros, assim como elementos autóctones. Havia produções utilizando barro (cerâmica), pedras semi-preciosas (arte lítica) e metais. Em todos os casos os artefatos produzidos apresentam gradativa evolução a medida que a civilização ia especializando-se. Os motivos artísticos incorporados nestas produções, assim como nos afrescos, em suma valorizam cenas que representem a natureza e/ou elementos da mesma (animais, plantas), procissões e/ou rituais religiosos, seres mitológicos, etc.[57]

A religião minoica era matriarcal.[58][59][60] Diferente dos micênicos, os minoicos tinham santuários em locais naturais (fontes, cavernas, elevações) ou nos palácios onde havia diversos espaços dedicados a práticas cultuais.[61][62] Os minoicos desenvolveram inicialmente um sistema de escrita hieroglífico, possivelmente originado dos hieróglifos egípcios,[63] que evoluiu para a escrita Linear A, que por sua vez evoluiu para a Linear B, que foi incorporada pelos micênicos para escrever sua forma arcaica de grego.[64]

Na sociedade cretense as mulheres tinham um papel igualmente importante como o homem e participavam em todas as profissões.[65]

Cultura grega

Os remanescentes da cultura da Grécia clássica conservam-se principalmente em Atenas,Esparta, Micenas, Argos e outros sítios, enquanto as esculturas e outros objetos de arte exibidos nos museus gregos (Nacional, de Heracleia, da Acrópole, etc.), e dos principais centros culturais do mundo constituem uma lembrança permanente de copiosa herança cultural helênica, que ainda continua viva na educação dos gregos.

Na Grécia moderna destacaram-se sobretudo os poetas. Adquiriu fama internacional Konstantinos Kaváfis, grego de Alexandria que escreveu cerca de duas centenas de poemas, inéditos até sua morte. Comparado ao português Fernando Pessoa, seu contemporâneo e também marcado por uma nostalgia da antiga glória de seu país, Kaváfis é autor da frase "somos todos gregos". Destacam-se também Georgios Seferis, agraciado com o Prêmio Nobel de literatura de 1963; Angelos Sikelianos; Odysseus Elytis, que obteve o prêmio Nobel em 1979; e Yannis Ritsos. O romancista de maior sucesso é o cretense Níkos Kazantzákis, autor de Zorba, o grego e A última tentação de Cristo.

De entre os músicos gregos com fama internacional destacam-se Manos Hadjidakis e Mikis Theodorakis. A busca e a sistematização do patrimônio musical popular, que é o objetivo básico de famosos músicos e pesquisadores, tem incentivado a criação de grande número de corais que participam de concursos internacionais. Depois da independência política, a arte grega se inspirou inteiramente na arte ocidental. Entre os pintores figurativos destacam-se Iannis Moralis e Nicos Kontopulos; e entre os abstratos, Alexos Kontopulos e Iannis Spyrapulos. Na escultura devem ser mencionados Vassilakis Takis e Alex Mylona.

Foi na Grécia Antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram os Jogos Olímpicos em homenagem aos deuses. Os gregos também desenvolveram uma rica mitologia.

Até os dias de hoje a mitologia grega é referência para estudos e livros.

A filosofia também atingiu um desenvolvimento surpreendente, principalmente em Atenas, no século V a.C. (período clássico da Grécia). Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos deste período.

As regiões naturais da Grécia são: a Macedónia e Trácia, ao norte, montanhosas e com planícies litorâneas de origem aluvial; a Grécia Central, onde se encontram a Tessália e a Ática, com férteis vales; o Peloponeso, zona muito montanhosa mas com vales litorâneos; e Creta, a maior ilha do país, com montanhas que atingem quase 2500m de altitude.

Roma Antiga

Ver artigo principal: Roma Antiga

Roma Antiga é o nome dado à civilização que se desenvolveu a partir da cidade de Roma, fundada na península Itálica durante o século VIII a.C.. Durante os seus doze séculos de existência, a civilização romana transitou da monarquia para uma república oligárquica até se tornar num vasto império que dominou a Europa Ocidental e ao redor de todo o mar Mediterrâneo através da conquista e assimilação cultural. No entanto, um rol de factores sócio-políticos causou o seu declínio, e o império foi dividido em dois. A metade ocidental, onde estavam incluídas a Hispânia, a Gália e a Itália, entrou em colapso definitivo no século V e deu origem a vários reinos independentes; a metade oriental, governada a partir de Constantinopla passou a ser referida, pelos historiadores modernos, como Império Bizantino a partir de 476 d.C., data tradicional da queda de Roma e aproveitada pela historiografia para demarcar o início da Idade Média.

A civilização romana é tipicamente inserida na chamada Antiguidade Clássica, juntamente com a Grécia Antiga, que muito inspirou a cultura deste povo. Roma contribuiu muito para o desenvolvimento no mundo ocidental de várias áreas de estudo, como o direito, teoria militar, arte, literatura, arquitetura, linguística, e a sua história persiste como uma grande influência mundial, mesmo nos dias de hoje.

Monarquia e República romana

Segundo a lenda de Rómulo e Remo, Roma foi fundada em 753 a.C.. Na mesma altura um grupo de aldeias no alto da colina do rio Tibre transformam-se na cidade de Roma. Depois entre 616 e 510 a.C. foi uma monarquia, onde os etruscos detinham o poder sobre as cidades-estado do norte. Tarquínio Prisco foi o primeiro rei da cidade. Em 510 a.C. expulsam o último rei, Tarquínio. Depois Roma torna-se uma república que dura até 31 a.C.. em 451 a.C. é criado o primeiro código da lei romana.Em 340-338 a.C passa a dominar a região do Lácio. Em 264-241 a.C. na primeira guerra púnica, lutada contra os Cartagineses , conquista definitivamente a Sicília. Na segunda guerra púnica, Cipião derrota Aníbal, que invadiu a Itália.[66]

Em 149-146 a.C. acontece a terceira guerra púnica, em que Cartago é totalmente destruída, e Roma torna-se o o país mais poderoso do Mediterrâneo. Em 73-71 a.C., Espártaco chefia uma revolta falhada contra a Roma. Em 60 a.C. Júlio César, Pompeu e Lícino Crasso detêm um triunvirato. Em 55 a.C. Júlio faz as primeiras expedições à Britânia. JúlioCésar torna-se ditador em 49 a.C., até ser assassinado em 44 a.C..[66]

Império Romano

Ver artigo principal: Império Romano

O Império Romano é a fase da história da Roma Antiga caracterizada por uma forma autocrática de governo. O Império Romano sucedeu a República Romana que durou quase 500 anos (510 a.C.27 a.C.) e tinha sido enfraquecida pelo conflito entre Caio Mário e Sulla e pela guerra civil de Júlio César contra Pompeu.[67] Muitas datas são comumente propostas para marcar a transição da República ao Império, incluindo a data da indicação de Júlio César como ditador perpétuo (44 a.C.), a vitória do herdeiro de Otávio na Batalha de Áccio (2 de setembro de 31 a.C.), ou a data em que o senado romano outorgou a Otávio o título honorífico Augusto (16 de janeiro de 27 a.C.).[68]

Assim, Império Romano tornou-se a designação utilizada por convenção para referir ao estado romano nos séculos que se seguiram à reorganização política efectuada pelo primeiro imperador, César Augusto. Embora Roma possuísse colónia e províncias antes desta data, o estado pré-Augusto é conhecido como República Romana.

O Império Romano começou em 27 a.C. com Otaviano, recebendo o título de Augusto (imperador), o império acabaria em 476 a.C., com a conquista de Roma por Odoacro.[69]

Cultura Romana

Ver artigo principal: Cultura romana

Cristianismo

Ver artigo principal: Cristianismo

O cristianismo é uma religião monoteísta baseada na vida e nos ensinamentos de Jesus, que morreria em 30 d.C.,[70] tais como estes se encontram recolhidos nos Evangelhos, parte integrante do Novo Testamento. Os cristãos acreditam que Jesus é o Messias e como tal referem-se a ele como Jesus Cristo.[71]

Com cerca de 2,13 bilhões de adeptos, o cristianismo é hoje a maior religião mundial. É a religião predominante na Europa, América, Oceania e em grande parte de África e partes da Ásia.

O cristianismo começou no século I e seria autorizado no império romano por Constantino no édito de Milão em 313 d.C.[71] como uma seita do judaísmo, partilhando por isso textos sagrados com esta religião, em concreto o Tanakh, que os cristãos denominam de Antigo Testamento. À semelhança do judaísmo e do Islão, o cristianismo é considerado como uma religião abraâmica.

O Cristianismo tornaria-se a religião oficial do Império Romano depois de todos os cultos pagãos serem proibidos por Teodósio em 391-392 d.C..[70]

Segundo o Novo Testamento, os seguidores de Jesus foram chamados pela primeira vez "cristãos" em Antioquia (Actos 11,26).

Queda do Império Romano

Ver artigo principal: Queda do Império Romano

A queda do Império Romano do ocidente ocorreu devido às invasões bárbaras que começaram com uma deslocação dos Hunos, uma tribo nómada das estepes da Ásia Central que à procura de pastagens e novas terras deslocaram-se para as margens do mar Negro e começaram a fazer pressão sobre vários dos povos que lá viviam, como os Visigodos, que pediram ajuda ao império romano e autorização para lá se estabelecerem. Houve guerras entre os Godos e os Romanos, e durante um século V foram saques quase ininterruptos ao império. Em 476 a.C. Roma seria conquistada por Odoacro, e o último imperador Rómulo Augusto deposto. O Império Romano do Oriente duraria até 1453 a.C. quando foi conquistada pelos otomanos.[72]

Islamismo

Ver artigo principal: Islamismo

O Islão ou Islã (do árabe الإسلام, transl. al-Islām) é uma religião monoteísta que surgiu na Península Arábica no século VII, baseada nos ensinamentos religiosos do profeta Maomé (Muhammad) e numa escritura sagrada, o Alcorão. A religião é conhecida ainda por islamismo.[73]

Na visão muçulmana, o Islão surgiu desde a criação do homem, ou seja, desde Adão sendo este o primeiro profeta dentre inúmeros outros, para diversos povos, sendo o último deles Maomé.

Cerca de duzentos anos após Maomé, o Islão já se tinha difundido em todo o Médio Oriente, no Norte de África e na península Ibérica, bem como na direcção da antiga Pérsia e Índia. Mais tarde, o Islão atingiu a Anatólia, os Balcãs e a África subsaariana. Recentes movimentos migratórios de populações muçulmanas no sentido da Europa e do continente americano levaram ao aparecimento de comunidades muçulmanas nestes territórios

A mensagem do Islão caracteriza-se pela sua simplicidade: para atingir a salvação basta acreditar num único Deus, rezar cinco vezes por dia, submeter-se ao jejum anual no mês do Ramadão, pagar dádivas rituais e efectuar, se possível, uma peregrinação à cidade de Meca.

O Islão é visto pelos seus aderentes como um modo de vida que inclui instruções que se relacionam com todos os aspectos da actividade humana, sejam eles políticos, sociais, financeiros, legais, militares ou interpessoais. A distinção ocidental entre o espiritual e temporal é, em teoria, alheia ao Islão.

Dinastia Tang da China

Ver artigo principal: Dinastia Tang

A Dinastia Tang durou de 618 a 907, durante essa dinastia a China expandiu-se a as artes chinesas floresceram, incentivadas pelo imperador Xuanzong. Chang'an era a maior cidade do mundo com mais de um milhão de habitantes.[74] Neste tempo a impresa foi inventada e budismo ascendeu, até ser reprimido no último período Tang.[75]

Império Bizantino

Ver artigo principal: Império Bizantino

O Império Bizantino (ou Bizâncio) foi o Império Romano do Oriente durante a Antiguidade Tardia e a Idade Média, centrado na sua capital, Constantinopla. Conhecido simplesmente como Império Romano (em grego: Βασιλεία Ῥωμαίων, Basileia Rhōmaiōn) ou Romania (Ῥωμανία, Rhōmanía)[76] por seus habitantes e vizinhos, o império foi a continuação direta do antigo Estado Romano.[77] É hoje distinguido da Roma Antiga na medida em que o império era orientado pela cultura grega, caracterizado por uma igreja cristã do Estado, e predominância da língua grega em contraste a língua latina.[78][79]

Como a distinção entre o Império Romano e o Império Bizantino é em grande parte uma convenção moderna, não é possível atribuir uma data de separação, embora um ponto importante é a transferência, em 324 d.C., pelo imperador Constantino I da capital da Nicomédia (na Anatólia) para Bizâncio no Bósforo, que tornou-se Constantinopla, "Cidade de Constantino" (alternativamente "Nova Roma").[80] O Império Romano foi finalmente dividido em 395 d.C., após a morte do imperador Teodósio I (379-395), sendo então esta data muito importante para o Império Bizantino (ou Império Romano do Oriente), vista que tornou-se completamente separado do Ocidente.[81]

O Império Bizantino acabou quando em 29 de maio de 1453 os otomanos conquistaram Constantinopla e a cidade tornaria-se a sua capital.[82]

Dinastia Song da China

Ver artigo principal: Dinastia Song

A dinastia Song começou em 960 d.C. fundada por Zhao Kuangyin. Ele faria de Kaifeng capital. Em 1067-1100 haveria lutas de influência entre os reformadores (Wang Anshi) e os conservadores (Sima Guang). No norte da China apareceria a dinastia Jin, que depois fariam um tratado de paz com os Song. A dinastia Jin seria conquistada pelos mongóis totalmente em 1234, pois os chineses aliaram-se com eles. A dinastia Song seria conquistada em 1279, e o seu último imperador.[83]

Império Mongol

Ver artigo principal: Império Mongol
  Império Mongol
Após 1260 se desintegrou nos reinos:

O Estado Mongol foi fundado em 1206, quando Temujin adota o nome de Ghengis Khan. Em 1215 conquistam a capital do império Jin, Pequim, e progressivamente conquistam a China do Norte. Em 1219-1223 invadem o mundo muçulmano e as estepes russas. Em 1227 Ghengis Khan morre.[84]

Idade Média

Ver artigo principal: Idade Média
Modo de vida no feudalismo.

Os grandes impérios da Antiguidade acabaram sucumbindo por diversos motivos. Dinastias se revezam no poder na China e o Império Romano se divide em duas partes autônomas que mais tarde acabam sendo conquistadas. Na Europa destaca-se o final do Império Romano do Ocidente, coincidindo com a expansão do cristianismo e a invasão das tribos germânicas. Com a queda do império ocidental a Europa mergulha na Idade Média marcada pelo feudalismo levando ao esfriamento do comércio e da expansão do conhecimento.

No oriente médio neste mesmo período pode ser destacado o surgimento do Islamismo liderado pelo profeta Muhammad. Sob a bandeira da religião os árabes se unem para expandir seu território para o norte da África e na direção oriental a região do Iraque e do Irã. Os árabes contribuem significativamente para a ciência no período, com destaques como Avicena, estudioso de medicina.

Cultura Medieval

Ver artigo principal: Cultura Medieval

Grandes mudanças na Idade Média

Os burgueses eram os habitantes dos burgos, que eram pequenas cidades protegidas por muros. Como eram pessoas ricas, que trabalhavam com dinheiro, não eram bem vistas pelos integrantes do clero católico, que era quem, até essa altura era o principal detentor da riqueza. Os mais pobres ficavam fora das muralhas e eram denominados de "extraburgos".

No entanto, os burgueses não sonhavam com enriquecer-se nem, muito menos, com tomar o poder. Desprezados pelos nobres e pelos artesãos, estes burgueses eram herdeiros da classe medieval dos vilões e, por falta de alternativas, dedicaram-se ao comércio, que, alguns séculos mais tarde, serviria de base para o surgimento do capitalismo.

Com a aparição da doutrina marx, a partir do século XIX, a burguesia passou a ser identificada como a classe dominante do modo de produção capitalista e, como tal, lhe foram atribuídos os méritos do progresso tecnológico, mas foi também responsabilizada pelos males da sociedade contemporânea. Os marxistas cunharam também o conceito de "pequena burguesia", que foi como chamaram o setor das camadas médias da sociedade atual, regido por valores e aspirações da burguesia.

As igrejas do Período Medieval, além de dar o conhecimento religioso aos católicos, tomaram conta do ensinamento nas escolas, que ficavam no fundo dos mosteiros, mas a burguesia proibiu a igreja de continuar a dar aulas, quem tomara conta do ensino eram os burgueses que, além do conhecimento religioso, ensinavam o que era preciso para ser um burguês, ou seja, ensinavam o comércio e o conhecimento dos números.

O renascimento comercial-urbano na Europa, deu-se na Baixa Idade Média.

Cidades italianas como Florença e Veneza foram as principais impulsionadoras das atividades comerciais na Europa, principalmente por fornecerem as especiarias vindas do Oriente, já que tinham controle sobre o Mediterrâneo. O desenvolvimento e intensificação das feiras-livres cresceu junto com a produção agrícola. O fluxo das especiarias e as feiras possibilitaram a estruturação e surgimento de rotas de comércio ligando as cidades aos pontos de comércio (esse conjunto de ligações pode ser chamado de entroncamento), que cresciam e se desenvolviam economicamente, com destaque para Champanhe (França) e Flandres (Bélgica).

A retomada do uso da moeda (as principais da época: Florim de Ouro e Ducado de Ouro) auxiliou nas ações financeiras, como as atividades de crédito e bancárias, na retomada do trabalho assalariado e na formação de associações de controle da produção e comércio, em destaque:

  • Hansas/Ligas Hanseáticas: associações de mercadores (monopólio do comércio local, controle da concorrência estrangeira, regulamentação de preços).
  • Corporações de Ofício/Guildas: associações de artesãos (monopólio das atividades artesanais, controle da concorrência, regulamentação de preços, estabelecimento de normas de produção, controle de qualidade e assistência aos membros).

Dinastia Ming

Ver artigo principal: Dinastia Ming

A Dinastia Ming começou na China em 1368 d.C., a dinastia foi proclamada por Zhu Yuanzhang, um ex-camponês que tornara líder da revolta contra os mongóis. Em 1370-1387 o território completo seria libertado dos mongóis. Em 1380 haveria purgas, onde o companheiro de armas de Zhu Yuanzguang, Hu Weiyang seria executado. Em 1395 fariam-se grandes obras. Nos anos de 1405-1433 fariam-se grandes expedições marítimas que passariam pelo mar da China, ao sudeste da Ásia e à costa leste de África, o chefe desta expedição seria o eunuco Zheng He muçulmano. Em 1521 Pequim passaria a ser capital. Em 1449 houve uma incursão dos mongóis e eles fariam o imperador prisioneiro. No século XVI haveria também atauqes de piratas. No século XVI e XVII haveria lutas entre os eunucos e letrados. Em 1644 a dinastia Ming acabaria, após insurreições camponesas em 1627-1630. A rebelião de Li Zicheng é que seria a que acabaria com a dinastia.[85]

Império Otomano

Ver artigo principal: Império Otomano

O Império Otomano foi fundado por um conjunto de guerreiros turcos chefiados por Ertughrul e o seu filho Osmão, no século XIII, chegados à Anatólia, vindos das estepes da Ásia Central. Ertughrul veio para a Anatólia para ajudar o sultão seljúcida Khaihusrev, foi recompensado com terras, que adicionou até que criaram, o Osman-li, ou Império Otomano. Em 29 de maio de 1453, Constatinopla foi finalmente tomada pelo Império Otomano, controlado por Mehmed I, que desde 1451 dirigia o seu exército até essa grande cidade. Os Otomanos conquistaram a Sérvia, em 1458-59, a Bósnia em 1463-64, fariam uma guerra contra Veneza nos 1463 até 1479, conquistariam a Síria e o Egito em 1516-17, em 1529 fariam um primeiro cerco a Viena.[86] O Império Otomano começou a declinar a partir de 1750, tendo acabado oficialmente em 1918.[87]

Renascimento

Ver artigo principal: Renascimento
O homem vitruviano de Leonardo da Vinci sintetiza o ideário renascentista: humanista e clássico.

Renascimento, Renascença ou Renascentismo são os termos usados para identificar o período da História da Europa aproximadamente entre fins do século XIII e meados do século XVII. Os estudiosos, contudo, não chegaram a um consenso sobre essa cronologia, havendo variações consideráveis nas datas conforme o autor.[88] Seja como for, o período foi marcado por transformações em muitas áreas da vida humana, que assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Apesar destas transformações serem bem evidentes na cultura, sociedade, economia, política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e significando uma ruptura com as estruturas medievais, o termo é mais comumente empregado para descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências.[89]

Chamou-se "Renascimento" em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da antigüidade clássica, que nortearam as mudanças deste período em direção a um ideal humanista e naturalista. O termo foi registrado pela primeira vez por Giorgio Vasari já no século XVI, mas a noção de Renascimento como hoje o entendemos surgiu a partir da publicação do livro de Jacob Burckhardt A cultura do Renascimento na Itália (1867), onde ele definia o período como uma época de "descoberta do mundo e do homem".[90]

O Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região italiana da Toscana, tendo como principais centros as cidades de Florença e Siena, de onde se difundiu para o resto da península Itálica e depois para praticamente todos os países da Europa Ocidental, impulsionado pelo desenvolvimento da imprensa por Johannes Gutenberg. A Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento apresentou maior expressão, porém manifestações renascentistas de grande importância também ocorreram na Inglaterra, Alemanha, Países Baixos e, menos intensamente, em Portugal e Espanha, e em suas colônias americanas. Alguns críticos, porém, consideram, por várias razões, que o termo "Renascimento" deve ficar circunscrito à cultura italiana desse período, e que a difusão européia dos ideais clássicos italianos pertence com mais propriedade à esfera do Maneirismo. Além disso, estudos realizados nas últimas décadas têm revisado uma quantidade de opiniões historicamente consagradas a respeito deste período, considerando-as insubstanciais ou estereotipadas, e vendo o Renascimento como uma fase muito mais complexa, contraditória e imprevisível do que se supôs ao longo de gerações.[91]

Renascimento Científico

Ver artigo principal: Revolução científica

Durante o século XIV as Universidades na Europa passaram de 20 para 70. Graças a essas novas universidades, mais estudiosos passaram a poder discutir novas ideias, teorias, antigas ou recentes. Essas universidades recebiam estudantes de outras universidades, assim os conhecimentos e ideias espalhavam-se e criavam-se mais facilmente. Com a impressa surgida na Europa por Gutenberg, os livros tornaram-se mais comuns. Em 1453, um grupo de académicos fugiu de Constantinopla com vários manuscritos, sendo alguns deles textos de grande importância gregos. Em 1543 Copérnico publicou um livro em que explicava a sua teoria heliocêntrica. Já no século XVII, Galileu provou a teoria de Copérnico e fez mais alguns estudos astronómicos. No entanto a Inquisição condenou-o a prisão domiciliária.[92]

Para poder haver um Renascimento Científico, são precisas, citando e resumindo o livro de história do mundo que nesta secção serve de fonte, 6 coisas:

1.Uma sociedade suficientemente rica capaz de sustentar um grupo de tamanho considerável que passam o tempo a ler, a falar e a fazer experiências que podem não levar a nada.

2.Oportunidades para trabalhar em rede (como universidades ou sociedades eruditas).

3.Acesso aos conhecimentos acumulados tanto antigos como recentes, presentes em bibliotecas e livros impressos.

4.Tecnologia apropriada como microscópios e telescópios.

5.Liberdade de investigação, sem censura.

6.Uma cultura na qual a pesquisa seja um hábito e desafiar ideias aceites seja norma.[93]

Reforma Protestante

Ver artigo principal: Reforma Protestante

A Reforma Protestante foi um movimento reformista cristão iniciado no século XVI por Martinho Lutero, que, através da publicação de suas 95 teses,[94] protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica, propondo uma reforma no catolicismo. Os princípios fundamentais da Reforma Protestante são conhecidos como os Cinco solas.

Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus provocando uma revolução religiosa, iniciada na Alemanha, e estendendo-se pela Suíça, França, Países Baixos, Reino Unido, Escandinávia e algumas partes do Leste europeu, principalmente os Países Bálticos e a Hungria. A resposta da Igreja Católica Romana foi o movimento conhecido como Contra-Reforma ou Reforma Católica, iniciada no Concílio de Trento.

O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da chamada Igreja do Ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes, originando o Protestantismo.

Descobertas

Ver artigo principal: Grandes Navegações
Ver artigo principal: Era dos Descobrimentos
Pintura da caravela Santa Maria.

Era dos descobrimentos (ou das Grandes Navegações) é a designação dada ao período da história que decorreu entre o século XV e o início do século XVII, durante o qual os europeus exploraram intensivamente o globo terrestre em busca de novas rotas de comércio. Os historiadores geralmente referem-se à "era dos descobrimentos" como as explorações marítimas pioneiras realizadas por portugueses e espanhóis entre os séculos XV e XVI,[95][96], que foram depois seguidas por outros países europeus, como a França, Inglaterra, Holanda.[87]

Quando começaram os Descobrimentos o conhecimento europeu do mundo era pouco baseando-se em mapas antigos feitos por Ptolomeu, que não incluíam o Novo Mundo e grandes partes do mundo estavam pura simplesmente mal feitas. Quando começaram a aparecer novos instrumentos de navegação os portugueses começaram a navegar pela costa africana com as suas caravelas. Os barcos voltavam cheios de escravos e ouro, o que motivou uma maior exploração dessa linha costeira. O infante D. Henrique foi um impulsionador dos descobrimentos portugueses e morreu em 1460, quando os portugueses já tinham navegado no golfo da Guiné. Em 1486, Diogo Cão, navegador português, chega à atual Namíbia, e em 1488, Bartolomeu Dias, navegador de Portugal, dobra o cabo da Boa Esperança. Em 1492, Cristovão Colombo, navegador genovês, chegaria às Américas. Em 1494 Portugal e Espanha fizeram em conjunto um tratado negociado pelo papa Alexandre VI em que a Espanha ficaria com a parte ocidental de uma linha que atravessa o Atlântico e o Brasil, e Portugal com a zona oriental. Em 1498, Vasco da Gama, também navegador português, chegaria a Calecute, na atual Índia, e em 1519 Fernão de Magalhães iniciaria uma volta ao mundo que acabaria em 1521.[87]

Descobrimento do Brasil

O termo descoberta do Brasil se refere à chegada, em 22 de abril de 1500, da frota comandada por Pedro Álvares Cabral ao território onde hoje se encontra o Brasil, apesar de se refirir também à suposta visita de Duarte Pacheco Pereira em 1498. A palavra "descoberta" é usada nesse caso em uma perspectiva eurocêntrica, referindo-se estritamente à chegada de europeus e desconsiderando a presença dos vários povos indígenas que viviam havia diversos séculos nas terras do atual Brasil.

América Pré-Colombiana

Pré-colombiano é o período da história ocorrido antes do "descobrimento" da América pelo navegador Cristóvão Colombo. O evento da descoberta, entretanto, não é o marco fixo delimitador deste período, já que vastas extensões de terra e muitas populações só vieram a ser atingidas posteriormente. Assim, a expressão "período pré-colombiano" designa a história ou o estado cultural dos habitantes das Américas, antes de seu encontro com os europeus.

Astecas

Ver artigo principal: Astecas

Os astecas (século XIII até 1521; a forma azteca também é usada) foram uma civilização mesoamericana, pré-colombiana, que floresceu principalmente entre os séculos XIV e XVI, no território correspondente ao atual México. A sua capital era Tenochitlán, atual cidade do México.[97]

A sociedade asteca estava divida em classes, com a nobreza no topo e os camponeses em baixo. Supostamente a educação era universal e para ambos os sexos. Os rapazes tinham também treino militar. O seu império estendia-se do golfo do México ao Pacífico em 1520. Eram politeístas, relacionados com o Sol, a criação do Cosmos, a morte, a fertilidade e a guerra; entre outros.[97]

O idioma asteca era o nahuatl.

Os astecas foram derrotados e sua civilização destruída pelos conquistadores espanhóis, comandados por Fernando Cortez, rendendo-se em agosto de 1521.[97]

Incas

Ver artigo principal: Incas
Ver artigo principal: Império Inca

O Império Inca (Tawantinsuyu em quíchua) foi um Estado-nação que existiu na América do Sul de cerca de 1200 até à invasão dos conquistadores espanhóis e a execução do imperador Atahualpa em 1533.

O império incluía regiões desde o extremo norte como o Equador e o sul da Colômbia, todo o Peru e a Bolívia, até o noroeste da Argentina e o norte do Chile. A capital do império era a atual cidade de Cusco (em quíchua, "Umbigo do Mundo"). O império abrangia diversas nações e mais de 700 idiomas diferentes, sendo o mais falado o quíchua.

O Império Inca (Tawantinsuyu em quíchua) foi o maior império da América pré-colombiana.[98] A Administração, Política e Centro de Forças Armadas do Império eram todos localizados em Cusco (em quíchua, "Umbigo do Mundo"), no atual Peru. O Império surgiu nas terras altas do Peru em algum momento do século XIII. De 1438 até 1533, os Incas utilizaram vários métodos, da conquista militar a assimilação pacifica, para incorporar uma grande porção do oeste da América do Sul, centrado na Cordilheira dos Andes, incluindo grande parte do atual Equador e Peru, sul e oeste da Bolívia, noroeste da Argentina, norte do Chile e sul da Colômbia.

A língua oficial do império era o quíchua,embora dezenas se não centenas de línguas e dialetos locais de quechua eram faladas. O nome quéchua para o império era Tawantinsuyu que pode ser traduzido como as quatro regiões ou as quatro Regiões Unidas. Antes da reforma ortográfica era escrita em espanhol como Tahuantinsuyo. Tawantin é um grupo de quatro coisas (tawa significa "quatro", com o sufixo -ntin que nomeia um grupo); Suyu significa "região" ou "província". O império foi dividido em quatro Suyus, cujos cantos faziam fronteira com a capital, Cusco (Qosqo).

Havia muitas formas locais de culto, a maioria delas relativas ao local sagrado "Huacas", mas a liderança Inca incentivou o culto a Apu Inti - o deus do sol - e impôs a sua soberania acima dos outros cultos, como o da Pachamama. Os Incas identificavam o seu rei como "filho do sol".

Maias

Ver artigo principal: Maias

A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, com uma rica história de 3000 anos. Contrariando a crença popular, o povo maia nunca "desapareceu", pois milhões ainda vivem na mesma região e muitos deles ainda falam alguns dialetos da língua original.

Os toltecas tinham dominado as regiões montanhosas do México, depois moveram-se para a península do Yucatán, em cerca de 900 d.C..[99]

O império Maia tardio era constítuido por cidades-estado governadas pelos toltecas. Entre elas houve vários conflitoa, primeiro pela supremacia de Chichén Itzá e mais tarde por Mayapán com a sua clerical nobreza. No século XV, revoltas contra os toltecas começaram e provococaram desintegração política. Os maias conseguiram resistir alguns anos ao controlo espanhol.[99]

Estima-se que no início do século XXI esta região seja habitada por 6 milhões de maias. Alguns encontram-se bastante integrados nas culturas modernas dos países em que residem, outros continuam a seguir um modo de vida mais tradicional e culturalmente distincto, muitas vezes falando uma das línguas maias como primeiro idioma.

As maiores populações de maias contemporâneos encontram-se nos estados mexicanos de Yucatán, Campeche, Quintana Roo e Chiapas, e nos países da América Central Belize, Guatemala, e nas regiões ocidentais de Honduras e El Salvador.

Povos brasileiros

Os povos indígenas no Brasil incluem um grande número de diferentes grupos étnicos que habitaram o país antes da chegada dos europeus em torno de 1500. Diferentemente de Cristovão Colombo, que achava que tinha atingido as Índias Orientais, o português, mais notavelmente por Vasco da Gama, já tinha atingido a Índia através do Oceano Índico, rota pela qual atingiu o Brasil.

A dificuldade em classificar os povos indígenas do Brasil vem do fato de que a violência, durante cinco séculos de colonização em que tiveram tomadas suas terras, destruídos muitos de seus meios de sobrevivência, proibidas suas religiões sendo explícita ou disfarçadamente escravizados, provocou enorme mistura de povos e transferência de áreas.

Ascensão do capitalismo

Com os descobrimentos e o aumento das longas viagens para todo o planeta a economia mundial foi estimulada. Começou a haver um aumento dos investimentos, pois os produtos preciosos vendiam-se a preços altos no Oriente, o que dava grandes lucros aos europeus. Por vezes havia grandes riscos. Na Idade Média a economia não se pode desenvolver muito, pois a Igreja Católica proibia os empréstimos a juros, proibição apenas levantada no século XV.[100]

Iluminismo

Ver artigo principal: Iluminismo

O Iluminismo teve as suas origens no Renascimento e no Humanismo. O Iluminismo foi um movimento intelectual da Europa e arredores no século XVIII que defendia o uso da razão em vez da superstição. Também defendia a substituição da tirania e injustiça, por tolerância e igualdade. Um dos pensadores mais influentes do Iluminismo foi Adam Smith, que no seu livro a Riqueza das Nações criou a ciência da economia. Denis Diderot e Jean d'Alembert foram os coordenadores editorias da Encyclopédie, uma enciclopédia que tinha o objetivo de explicar o conhecimento de forma clara e acessível. No entanto o Iluminismo teve um lado mau, ao ser um incentivo às atrocidades da Revolução Francesa.[101]

Evolução Populacional e Revolução Alimentar

Em 1500 havia cerca 470 milhões de homens e mulheres no mundo. A maioria estava concentrada na Europa (78 milhões), Leste asiático (na China, Turquestão Oriental e Mongólia e Japão 94 milhões), e subcontinente indiano (95 milhões). Nas costas do rio Nilo havia também uma grande densidade humanos, tal como no norte da Nigéria e um pouco a leste. No resto da Ásia subsariana a população esta espalhada, havendo pouca na África austral. No Peru e México 12 milhões cada um. Nos duzentos anos seguintes a população aumentaria bastantte na Europa e Ásia, mantendo-se semelhante na África e diminuindo na América.[102]

Revolução Alimentar

Em meados do século XVIII, a criação de novos métodos agrícolas, introdução de novas espécies de plantas em várias regiões do mundo, melhores métodos de conservação dos alimentos, inovadoras máquinas agrícolas, criaram uma revolução alimentar que diminuiu rapidamente o número de trabalhadores agrícolas, o que libertou mão-de-obra para as cidades e fábricas, o ideal para poder começar a Revolução Industrial. A revolução alimentar conseguiu assim alimentar uma população em crescimento[103]

Revolução Industrial

Ver artigo principal: Revolução Industrial
Um motor a vapor de Watt, o motor a vapor, alimentado principalmente com carvão, impulsionou a Revolução Industrial no Reino Unido e no mundo.

A Revolução Industrial começou graças a uma série de transformações, tecnológicas e sociais que transformaram o mundo ocidental, que passou de rural a urbano, abrindo assim caminho ao atual mundo capitalista. A Revolução começou em Inglaterra porque tinha uma abundância de recursos naturais, capital disponível a juros baixos e uma classe média a enriquecer com vontade de investir cada vez mais dinheiro, por fim possuía um vasto mercado para escoar os seus produtos, o sue império e a sua marinha capaz de se deslocar pelo mundo. A máquina a vapor também foi uma grande vantagem.[104]

O grande investimento em linhas de comboio fez baixar o preço de transporte de mercadorias.[105]

Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente.[104]

Revolução Francesa

Ver artigo principal: Revolução Francesa

Revolução Francesa é o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre 9 de julho de 1789 e 9 de Novembro de 1795, como a França estava em bancarrota, o rei não possuía autoridade, havia impostos pesados e um aumento do preço do pão, e ainda uma burguesia em ascensão, esse descontentamento levou a uma revolta que começou com a formação da assembleia constituinte nacional e a demissão do ministro das finanças. A demissão do ministro das finanças causa três dias de tumulto que duraram de 11 a 14 de julho e levaram à tomada da prisão de bastilha. Depois a revolta estendeu-se à província e os camponeses começaram a atacar os seus senhores.Em 1789 e 1791 houve uma série de reformas políticas, entre elas estava a Declaração dos Direitos Humanos.[106]

A Revolução é considerada como o acontecimento que deu início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité, Fraternité), frase de autoria de Jean-Jacques Rousseau. Para a França, abriu-se em 1789 o longo período de convulsões políticas do século XIX, fazendo-a passar por várias repúblicas, uma ditadura, uma monarquia constitucional e dois impérios.

Guerras Napoleônicas

Ver artigo principal: Guerras Napoleônicas
Ver artigo principal: Napoleão Bonaparte

Guerras Napoleónicas (português europeu) ou Guerras Napoleônicas (português brasileiro) é a designação do conflito armado que se estendeu de 1799 a 1815, opondo a quase totalidade das nações da Europa a Napoleão Bonaparte, herdeiro da Revolução Francesa e ditador militar. Napoleão só teve êxito porque usou o serviço militar obrigatório, serviço que lhe forneceu os 4 milhões de homens que usou nas suas campanhas, dos quais um milhão morreu. Napoleão foi derrotado em 1813 em Leipzig e exilado em seguida. Voltou no ano de 1815 para ser derrotado em Waterloo pela Prússia e pela armada aliada do duque de Wellington.[107] As potências vencedoras organizaram o Congresso de Viena, entre 1 de Outubro de 1814 e 9 de Junho de 1815, objetivando redesenhar o mapa político europeu, restabelecer a ordem na França e equilibrar suas forças, no sentido de garantir a paz na Europa.

Unificação da Alemanha e da Itália e o segundo Reich

Ver artigo principal: Unificação Alemã

A Unificação Alemã foi um processo iniciado em meados do século XIX e finalizado em 1871, para a integração e posterior unificação de diversos estados germânicos em apenas um: a Alemanha. O processo foi liderado pelo primeiro-ministro prussiano Otto von Bismarck, conhecido como chanceler de ferro, e culminou com a formação do Segundo Reich (Império) alemão.[108]

No dia 18 de janeiro de 1871, os príncipes alemães e os seniores comandantes militares proclamaram Guilherme I da Alemanha imperador alemão no Palácio de Versalhes.[109]

A Alemanha conseguiu também formar um vasto império, possuíndo o Togo, os Camarões, a atual Namíbia, a atual Tanzânia, o nordeste da Nova Guiné, e várias outras ilhas.[110]

A Itália tornaria-se independente e unificada em 1871, sendo Roma a sua capital, depois de o exército italiano controlado por Garibaldi conquistar Roma e os territórios adjacentes em 20 de setembro de 1870.[111]

Os Estados Unidos no século XIX

Em 1790, quando os os Estados Unidos são recém independentes, a sua população era de 3,9 milhões. Em 1800 seria de 5,3, em 1810, 7,2, em 1820, 9,6, em 1830, 12,9, em 1840, 17,1, em 1850, 23,2, em 1860, 31,4 milhões, em 1870, em 1880, 50,2 milhões, em 1890, 66,9, em 1900, 76, em 1910, 92, em 1920 105,7 em 1930 122,8 milhões, principalmente graças à emigração de países estrangeiros. Os Estados Unidos no século XIX expandiram-se imenso para oeste, muito à custa dos nativos ameríndios e em 1861-1865 o Norte industrial dos Estados Unidos esteve em guerra com o Sul agrícola (a Confederação), por causa da secessão destes últimos e a sua escravatura. O Norte ganhou a guerra.[112]

Em 1873, aconteceu uma crise devido à especulação nos caminhos-de-ferro. Em 1876, o telefone é inventado. Em 1898 começam uma guerra contra Espanha em Cuba e nas Filipinas. No mesmo ano os Estados Unidos anexariam o Havai.[112]

Urbanização no século XIX

Em 1800 quando o século XIX começou 35% da população mundial vivia em cidades, em 1900, 15%. Em 1800 as 5 mais populosas cidades eram por ordem crescente, Istambul, Edo (atual Tóquio), Guangzhou, Londres e Pequim, a única com mais de um milhão de habitantes. Em 1900 as maiores cidades eram Chicago, com quase 2 milhões de habitantes, Berlim, com quase 3 milhões, Paris com pouco mais de 3, Nova Iorque com pouco mais de 4 e Londres com 6 e meio milhão de habitantes. Este grande aumento da população urbana juntamente com os automóveis pôs a velocidade média do trânsito em 25 km/h em Londres em 1900.[113]

Inovação tecnológica no século XIX

No século XIX, em plena Revolução Industrial, foram inventadas múltiplas invenções de todo o tipo, algumas destas invenções como a câmara fotográfica e posteriormente de filmar, as máquinas de escrever, os gramofones, predecessores dos gira-discos, liam discos estriados, muito baratos, o telégrafo e mais tarde o telefone permitiram ao sere humano gravar informações e disseminá-las com muita facilidade. O que muitas destas invenções têm em comum é o facto de usarem eletricidade. Destas invenções o telégrafo elétrico foi inventado em 1837, o telefone em 1876, a máquina de escrever em 1868.[114]

O avião foi inventado em fins do século XIX, por Clément Ader, e posteriormente aperfeiçoado pelos Irmãos Wright e por Santos Dumont, a metralhadora em 1860, a lâmpada já existia em 1870, o abre-latas em 1860. Em 1906 Guglielmo Marconi fez as primeiras transmissões via rádio. A caixa registadora surgiu em 1879 para acabar com os roubos dos empregados.[114]

História da primeira metade do século XX

O Renascimento acaba por culminar com a formação da monarquia absolutista em diversos países da Europa. Combinado com o desenvolvimento científico e a demanda por uma melhor qualidade de vida, surge a produção em larga escala. Esta necessidade culmina com a Revolução Industrial que coloca novos países em destaque como a Inglaterra por exemplo. Como demanda do próprio desenvolvimento a monarquia absolutista passa a dar lugar a democracia implantada através de movimentos como a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos.

Na direção do crescimento propiciado por estes acontecimentos e antigas rivalidades levam a ocorrência da Primeira Guerra Mundial. Durante o período que se segue, a crise econômica em todo mundo provocada pela crise de 1929 nos Estados Unidos ajuda a fomentar soluções através de ideologias. Neste período ocorre a Revolução Russa que leva o comunismo ao poder. Também surgem ditaduras fascistas em vários países da Europa, notadamente na Espanha, Alemanha e Itália.

Com esta tensão é iniciada a Segunda Guerra Mundial que traz grandes perdas para a Europa. Nelas são utilizadas as duas bombas atômicas, fruto do desenvolvimento técnico e científico da humanidade que não pararia mais até os dias atuais.

O mundo em 1800 e 1900

Mapa-mundi do colonialismo em 1800
Mapa-mundi do colonialismo em 1800
Mapa mundo de 1914, mostrando o controlo pelas grandes potências europeias de vastas zonas do mundo.
Mapa mundo de 1914, mostrando o controlo pelas grandes potências europeias de vastas zonas do mundo.

Em 1900, os vários países europeus, tendo muitos perdido as suas colónias na América, começaram em massa a colonizar África, Ásia, Oceânia. Houve motivos religiosos e ideológicos para conquistar essas terras, mas principalmente foi devida à necessidade de recursos exóticos e mão de obra-barata. Como a Europa estava cada vez mais populosa, muitos europeus emigraram para as novas colónias ou para as Américas. Assim no início do século XX grande parte do mundo era dominada por europeus ou descendentes dos europeus.[110]

Primeira Guerra Mundial

Ver artigo principal: Primeira Guerra Mundial

A Primeira Guerra Mundial (também conhecida como Grande Guerra antes de 1939) foi um conflito mundial ocorrido entre 28 de Julho de 1914 e 11 de Novembro de 1918.[115]

A guerra ocorreu entre a Tríplice Entente - liderada pelo Império Britânico, França, Império Russo (até 1917) e Estados Unidos (a partir de 1917) - que derrotou a Tríplice Aliança (liderada pelo Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Império Turco-Otomano), e causou o colapso de quatro impérios e mudou de forma radical o mapa geo-político da Europa e do Médio Oriente.[115]

No início da guerra (1914), a Itália era aliada dos Impérios Centrais na Tríplice Aliança, mas, considerando que a aliança tinha carácter defensivo (e a guerra havia sido declarada pela Áustria) e a Itália não havia sido preventivamente consultada sobre a declaração de guerra, o governo italiano afirmou não sentir vinculado à aliança e que, portanto, permaneceria neutro. Mais tarde, as pressões diplomáticas da Grã-Bretanha e da França a fizeram firmar em 26 de abril de 1915 um pacto secreto contra o aliado austríaco, chamado Pacto de Londres, no qual a Itália se empenharia a entrar em guerra em um mês em troca de algumas conquistas territoriais que obtivesse ao fim da guerra: o Trentino, o Tirol Meridional, Trieste, Gorizia, Ístria (com exceção da cidade de Fiume), parte da Dalmácia, um protetorado sobre a Albânia, sobre algumas ilhas do Dodecaneso e alguns territórios do Império Turco, além de uma expansão das colônias africanas, às custas da Alemanha (a Itália já possuía na África: a Líbia, a Somália e a Eritreia). O não-cumprimento das promessas feitas à Itália foi um dos fatores que a levaram a aliar-se ao Eixo na Segunda Guerra Mundial.

Em 1917, a Rússia abandonou a guerra em razão do início da Revolução. No mesmo ano, os Estados Unidos, que até então só participavam da guerra como fornecedores, ao ver os seus investimentos em perigo, entram militarmente no conflito, mudando totalmente o destino da guerra e garantindo a vitória da Tríplice Entente.[115]

Dos 65 milhões de militares envolvidos, 8,5 milhões morreram; estima-se também que 6,6 milhões de civis tenham morrido. A guerra acabou em 11 de novembro de 1918.[115]

Revolução Russa

Ver artigo principal: Revolução Russa

A Revolução Russa de 1917 foi uma série de eventos políticos na Rússia, que, após a eliminação da autocracia russa, e depois do Governo Provisório (Duma), resultou no estabelecimento do poder soviético sob o controle do partido bolchevique. O resultado desse processo foi a criação da União Soviética, que durou até 1991.[116]

A Revolução compreendeu duas fases distintas:

  • A Revolução de Fevereiro de 1917(março de 1917, pelo calendário ocidental), que derrubou a autocracia do czar Nicolau II da Rússia, o último a governar, e procurou estabelecer em seu lugar uma república de cunho liberal.
  • A Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calendário ocidental), na qual o Partido Bolchevique, liderado por Vladimir Lênin, derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista soviético.

Crise de 1929

Ver artigo principal: Grande Depressão
Crise de 1929 afeta a economia.

A Grande Depressão, também chamada por vezes de Crise de 1929, foi uma grande depressão econômica que teve início em outubro de 1929, e que persistiu ao longo da década de 1930, terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão é considerada o pior e o mais longo período de recessão econômica do século XX. Este período de depressão econômica causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto de diversos países, bem como quedas drásticas na produção industrial, preços de ações, e em praticamente todo medidor de atividade econômica, em diversos países no mundo.[117]

A crise começou com a a "Quinta-feira negra" de Wall Street em 24 de outubro de 1929. No pico da crise a taxa desemprego da população ativa nos Estados Unidos chegaria a 32%, na Alemanha a 18% e no Reino Unido a 12%, nos anos 1931-1932. Nos Estados Unidos a produção industrial passaria a a apenas 60 porcento do que era em 1928 no ano de 1931. No iníco haveria deflação, depois inflação.[118]

Fascismo

Ver artigo principal: Fascismo

O Fascismo é uma ideologia política nacionalista radical, defensora do autoritarismo do estado, e no valor da raça. Na Europa emergiu no pós-guerra, em vários países como a Alemanha, assolada pelo desemprego e instabilidades, e a vergonha da derrota na Grande Guerra, permitiu a ascensão de Hitler. Na Itália, a os custos da Primeira Guerra Mundial deixaram o governo fraco e permitiram que Benito Mussolini se tornasse o líder.[119]

Segunda Guerra Mundial

Ver artigo principal: Segunda Guerra Mundial
Explosão da bomba atômica sobre Nagasaki.

Segunda Guerra Mundial ou II Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo – incluindo todas as grandes potências – organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados e o Eixo. Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Em estado de "guerra total", os principais envolvidos dedicaram toda sua capacidade econômica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre recursos civis e militares. Marcado por um número significante de ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em que armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da história da humanidade, com mais de setenta milhões de mortos.[120]

Geralmente considera-se o ponto inicial da guerra como sendo a invasão da Polônia pela Alemanha Nazista em 1 de setembro de 1939 e subsequentes declarações de guerra contra a Alemanha pela França e pela maioria dos países do Império Britânico e do Commonwealth. Alguns países já estavam em guerra nesta época, como Etiópia e Reino de Itália na Segunda Guerra Ítalo-Etíope e China e Japão na Segunda Guerra Sino-Japonesa.[121] Muitos dos que não se envolveram inicialmente acabaram aderindo ao conflito em resposta a eventos como a invasão da União Soviética pelos alemães e os ataques japoneses contra as forças dos Estados Unidos no Pacífico em Pearl Harbor e em colônias ultramarítimas britânicas, que resultou em declarações de guerra contra o Japão pelos EUA, Países Baixos e o Commonwealth Britânico.[122][123]

Em 11 de julho, os líderes Aliados se reuniram em Potsdam, na Alemanha. Lá eles confirmam acordos anteriores sobre a Alemanha[124] e reiteram a exigência de rendição incondicional de todas as forças japonesas, especificamente afirmando que "a alternativa para o Japão é a rápida e total destruição."[125] Durante esta conferência, o Reino Unido realizou a sua eleição geral, e Clement Attlee substituí Churchill como primeiro-ministro.[126] Como o Japão continuou a ignorar os termos de Potsdam, os Estados Unidos lançam bombas atômicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em agosto. Entre as duas bombas, os soviéticos, em conformidade com o acordo de Yalta, invadem a Manchúria, dominada pelos japoneses, e rapidamente derrotam o Exército de Guangdong, que era a principal força de combate japonesa.[127][128] O Exército Vermelho também captura a ilha Sacalina e as ilhas Curilas. Em 15 de agosto de 1945 o Japão se rende, com os documentos de rendição finalmente assinados a bordo do convés do navio de guerra americano USS Missouri em 2 de setembro de 1945, pondo fim à guerra.[129]

Guerra Fria

"Buzz" Aldrin na Lua.
Ver artigo principal: Guerra Fria

Seguindo a Segunda Guerra Mundial o mundo se polariza em torno das duas potências vencedoras da guerra com os Estados Unidos e o capitalismo de um lado e a União Soviética com o socialismo de outro. Este período passa a ser conhecido como Guerra Fria no qual as superpotências disputam a influência no mundo sem deflagrarem uma guerra aberta uma contra a outra.[130]

Embora nunca tenha ocorrido um conflito armado direto entre as duas potências elas se enfrentaram indiretamente através da corrida armamentista, da corrida espacial e em discussões ideológicas. A corrida armamentista seguindo a ideia da destruição mútua assegurada levou as potências se armarem até o ponto do "equilíbrio do terror" no qual ambas as potências poderiam se destruir mutuamente e a todo o mundo diversas vezes.[131]

As potências disputaram também em todo o planeta regiões de influência de suas ideologias. Um exemplo disto foi a Europa destruída após a guerra que passou a ser alvo de investimentos de ambos os lados que procuravam garantir sua influência, como por exemplo o Plano Marshall dos Estados Unidos. A maior parte do leste europeu se alinhou com a União Soviética e adotou o socialismo enquanto a Europa ocidental se alinhou com os Estados Unidos e o capitalismo e surge a expressão Cortina de Ferro para denotar a divisão da Europa nestas duas áreas de influência.[130] O Japão e os governos da América do Sul se alinharam com os Estados Unidos.[132]

Queda do muro de Berlim.

Em vários conflitos armados ocorridos durante este período um dos contendores acabava recebendo patrocínio de uma potência de acordo com a ideologia que defendia. Alguns dos conflitos inclusive tiveram o envolvimento das potências, como a guerra da Coreia, a guerra do Vietnã, a guerra do Afeganistão. A crise dos mísseis em Cuba gera o maior impasse entre as potências durante a Guerra Fria.[130]

Porém a União Soviética passava por problemas sociais e econômicos e o desgaste passou a ser evidente após a derrota na corrida espacial quando os Estados Unidos colocaram o homem na Lua e o acidente na usina nuclear de Chernobyl. Dois planos para reformar a União Soviética são lançados por Mikhail Gorbatchov: a Glasnost e a Perestroika. O orçamento militar diminui.[133]

Em consequência destas reformas que permitiram maior abertura e transparência o bloco soviético passa a ruir com a queda dos regimes socialistas na área de influência da União Soviética na Europa. Essa situação leva a queda do muro de Berlim em 1989. Anos depois no final de 1991 a União Soviética iria finalmente ruir sinalizando o fim definitivo da Guerra Fria.[134]

A nova ordem mundial

Ataques de 11 de setembro de 2001.
Soldado americano no Iraque.

Após 1989, teve início o que os presidentes dos Estados Unidos, George H. W. Bush, e da antiga União Soviética, Mikhail Gorbachev, passaram a chamar de "nova ordem mundial". Os Estados Unidos se tornaram a única superpotência econômica e militar do mundo, embora outros países tenham emergido como potências regionais, como a China na Ásia, a Alemanha, agora unificada, na Europa, e mesmo o Brasil na América Latina. Neste ano também teve início a Revolução Digital com a criação da World Wide Web pelo físico britânico Tim Berners-Lee, que mudou completamente as comunicações, o mercado, a economia, os hábitos e a cultura na maior parte do mundo. Os computadores pessoais gradualmente tornaram-se eletrodomésticos onipresentes nos lares dos países desenvolvidos e comuns em lares de países emergentes. Mais tarde emergiria também a computação móvel, com dispositivos ultraportáteis, que passaram a permitir a comunicação em tempo real não importando o lugar onde as pessoas estejam.

A maior parte dos países que compunham o chamado Segundo Mundo fizeram a transição do socialismo para o capitalismo. Anos depois da União Soviética, a Iugoslávia também se esfacelou em vários países (Croácia, Eslovênia, Sérvia, etc.). As tensões militares passaram agora se concentrar entre os Estados Unidos e Israel de um lado e, de outro, o Iraque, o Irã, o Afeganistão e a Palestina. O Iraque, especialmente, foi palco de duas guerras envolvendo o ditador Saddam Hussein, que foi capturado e executado na forca em 2006. Em 2001 os Estados Unidos sofreram o maior atentado terrorista da história, quando, por ordem de Osama bin Laden, pilotos suicidas fizeram chocar aviões contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, que foram destruídas, e o Pentágono. Bin Laden seria ainda capturado e assassinado em 2011.

Na Europa, consolidou-se a União Europeia, com o tratado de Schengen, permitindo a livre circulação de cidadãos de estados-membro, e a adoção do Euro como moeda única. A partir de 2008 irrompeu a crise dos subprimes nos Estados Unidos e alguns países da Europa como Portugal, Espanha e sobretudo Grécia entraram numa profunda crise econômica, em que a taxa de desemprego aumentou dramaticamente.

Na ciência e tecnologia, vale destacar a conclusão do Projeto Genoma, a descoberta do Bóson de Higgs e o descobrimento de vários outros sistemas solares análogos ao nosso pelo universo.

Referências

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  66. Durante estas lutas, centenas de senadores morreram, e o Senado Romano foi renovado com legalistas do Primeiro Triunvirato e depois do Segundo Triunvirato.
  67. Otávio Augusto oficialmente proclamou ter salvo a República Romana e cuidadosamente disfarçou seu poder sob formas republicanas: cônsules continuaram a ser eleitos, tribunos dos plebeus continuaram a servir a justiça, e senadores ainda debatiam na cúria romana. Porém, era Otávio, e cada um de seus sucessores após ele, quem influenciava tudo e controlava as decisões finais e, em última análise, tinha as legiões para garanti-lo, caso fosse necessário.
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Ver também

História por períodos

História por continentes e países

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