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Istambul: diferenças entre revisões

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== Toponímia ==
== Toponímia ==
O atual nome da cidade, İstanbul em turco ([[Alfabeto fonético internacional|AFI]]: {{IPA|[is'tambu]}} ou, coloquialmente, {{IPA|[ɨsˈtambul]}}) é usado para nas suas diversas variações desde pelo menos o {{séc|X}}, tendo-se tornado o nome comum da cidade em turco desde a sua integração no Império Otomano depois da [[Queda de Constantinopla]], em [[1453]]. [[Etimologia|Etimologicamente]] o nome é derivado da frase [[Língua grega medieval|grega medieval]] "εἰς τὴν [[Pólis|Πόλιν]]" {{IPA|[istimˈbolin]}} ou, no [[dialeto egeu]], "εἰς τὰν Πόλιν" {{IPA|[istamˈbolin]}} (em [[Língua grega|grego moderno]]: στην Πόλι {{IPA|[stimˈboli]}}), que significa "na cidade", "à cidade" ou "centro da cidade".
O atual nome da cidade, İstanbul em turco ([[Alfabeto fonético internacional|AFI]]: {{IPA|[is'tambu]}} ou, coloquialmente, {{IPA|[ɨsˈtambul]}}) é usado para nas suas diversas variações desde pelo menos o {{séc|X}}, tendo-se tornado o nome comum da cidade em turco desde a sua integração no Império Otomano depois da [[Queda de Constantinopla]], em [[1453]].<ref name=Lewis1963ix /> [[Etimologia|Etimologicamente]] o nome é derivado da frase [[Língua grega medieval|grega medieval]] "εἰς τὴν [[Pólis|Πόλιν]]" {{IPA|[istimˈbolin]}} ou, no [[dialeto egeu]], "εἰς τὰν Πόλιν" {{IPA|[istamˈbolin]}} (em [[Língua grega|grego moderno]]: στην Πόλι {{IPA|[stimˈboli]}}), que significa "na cidade", "à cidade" ou "centro da cidade".<ref name=Room177 /><ref name=Lewis1963ix /><ref name=Browning />


No {{séc|XIX}} eram usados diversos nomes para a cidade. Os europeus em geral usavam principalmente ''Stambul'' e ''Constantinopla'' para se referirem a toda a cidade, embora por vezes se distinguissem ambos os nomes — Constantinopla podia designar apenas a parte mais antiga, a sul do Corno de Ouro (atual Fatih), usando-se "Pera" para designar a zona norte, chamada Beyoğlu pelos turcos, o nome que é usado atualmente. Desde os tempos bizantinos que Pera foi a área onde as comunidades de origem europeia ocidental se concentraram, uma situação que perdurou até ao fim do Império Otomano. Entre os turcos era mais frequente que Istambul designasse apenas a parte mais antiga.<ref name="The Names of Istanbul" /><ref name=AWheatcroft />
No {{séc|XIX}} eram usados diversos nomes para a cidade. Os europeus em geral usavam principalmente ''Stambul'' e ''Constantinopla'' para se referirem a toda a cidade, embora por vezes se distinguissem ambos os nomes — Constantinopla podia designar apenas a parte mais antiga, a sul do Corno de Ouro (atual Fatih), usando-se "Pera" para designar a zona norte, chamada Beyoğlu pelos turcos, o nome que é usado atualmente. Desde os tempos bizantinos que Pera foi a área onde as comunidades de origem europeia ocidental se concentraram, uma situação que perdurou até ao fim do Império Otomano. Entre os turcos era mais frequente que Istambul designasse apenas a parte mais antiga.<ref name="The Names of Istanbul" /><ref>{{Harvnb|Wheatcroft|1995|p=138-19}}</ref>


[[Bizâncio]] foi o primeiro nome da cidade quando foi fundada em {{AC|667}}{{
[[Bizâncio]] foi o primeiro nome da cidade quando foi fundada em {{AC|667}} por [[Colónia Grega|colonos]] [[dóricos]] da [[cidade-estado]] de [[Mégara]] em homenagem ao seu rei [[Bizas]].<ref name=logoi /> Quando o [[imperador romano]] [[Constantino I|Constantino, o Grande]] fez da cidade a nova capital oriental do [[Império Romano|seu império]], em [[11 de maio]] de [[330]], rebatizou-a ''Nova Roma''. No entanto, a cidade acabou por ficar mais conhecida como [[Constantinopla]] ("Cidade de Constantino"). Este nome foi usado pela primeira vez de forma oficial durante o reinado do imperador {{Lknb|Teodósio|II}} (408-450). O nome oficial da cidade permaneceu Constantinopla durante todo [[Império Bizantino|período bizantino]] e foi o nome comumente usado no [[Mundo ocidental|Ocidente]] até o início do {{séc|XX}}.<ref name="The Names of Istanbul"/>
Nota de rodapé|grupo=nt|
1=A data da fundação de Bizâncio é frequentemente colocada em {{AC|667|nl}}, por vezes como se não houvesse dúvidas, principalmente em enciclopédidas e outras fontes terciárias. No entanto, há alguma controvérsia entre os historiadores acerca de qual o ano preciso em que a cidade foi fundada. Uma das fontes mais citadas é a obra do {{DC|século V|nl}} ''Histórias'', de [[Heródoto]], que refere que Bizâncio foi fundada 17 anos depois de [[Calcedônia (cidade)|Calcedónia]].<ref name=HerodotoH /> Tendo esta surgido {{AC|685|nl}}, Bizâncio teria sido fundada em {{AC|667|nl}}.<ref name=ib199 /> No entanto, [[Eusébio de Cesareia]] (século {{DC|III/IV|nl}}), apesar de também referir que Calcedónia foi fundada em {{AC|685|nl}}, aponta {{AC|659|nl}} como o ano da fundação de Bizâncio.<ref name=ib199 /> Entre os historiadors modernos, Carl Roebuck propôs a década de {{AC|640|nl}},<ref name=Roebuck /> enquanto outros sugerem datas ainda mais tardias. Para adensar o debate, a fundação de Calcedónia é também tema de debate; enquanto muitas fontes referem {{AC|685|nl}},<ref name=Lister35 /> outras referem {{AC|675|nl}}<ref>{{Harvnb|Freely|1998|p=10}}</ref> ou mesmo {{AC|639|nl}} (com a fundação de Bizâncio em {{AC|619|nl}}).<ref name=ib199 /> Devido a estas controvérsias, alguns autores optam por colocar a fundação de Bizâncio simplesmente no {{AC|século VI|nl}}


}} por [[Colónia Grega|colonos]] [[dóricos]] da [[cidade-estado]] de [[Mégara]] em homenagem ao seu rei [[Bizas]].<ref name=logoi /><ref name=Evans16 /> Quando o [[imperador romano]] [[Constantino I|Constantino, o Grande]] fez da cidade a nova capital oriental do [[Império Romano|seu império]], em [[11 de maio]] de [[330]], rebatizou-a ''Nova Roma''.<ref name=Gregory /> No entanto, a cidade acabou por ficar mais conhecida como [[Constantinopla]] ("Cidade de Constantino"). Este nome foi usado pela primeira vez de forma oficial durante o reinado do imperador {{Lknb|Teodósio|II}} (408-450).<ref name=Room177 /> O nome oficial da cidade permaneceu Constantinopla durante todo [[Império Bizantino|período bizantino]] e foi o nome comumente usado no [[Mundo ocidental|Ocidente]] até o início do {{séc|XX}}.<ref name="The Names of Istanbul"/>
A cidade foi também apelidada de "Cidade das Sete Colinas", pois o [[Cabo do Serralho]], a [[península]] onde se situa a parte mais antiga da cidade tem sete colinas, como [[Roma]]. Atualmente no cimo de cada uma das colinas há uma grande [[mesquita]] otomana.<ref name=natgeo1 /> As colinas estão representados no emblema da cidade como sete triângulos, sobre os quais se elevam quatro [[minarete]]s. A cidade tem muitas outras alcunhas, como por exemplo, ''Vasilevousa Polis'' ("Rainha das Cidades", em grego), que tem origem na importância e riqueza da cidade durante a [[Idade Média]], e ''Dersaâdet'' (originalmente ''Der-i Saadet'', "Porta para a Felicidade") que foi usado pela primeira vez no fim do {{séc|XIX}} e ainda é utilizado hoje em dia.<ref name="The Names of Istanbul"/>


A cidade foi também apelidada de "Cidade das Sete Colinas", pois o [[Cabo do Serralho]], a [[península]] onde se situa a parte mais antiga da cidade tem sete colinas, como [[Roma]]. Atualmente no cimo de cada uma das colinas há uma grande [[mesquita]] otomana.<ref name=Dwight /><ref name=natgeo1 /> As colinas estão representados no emblema da cidade como sete triângulos, sobre os quais se elevam quatro [[minarete]]s. A cidade tem muitas outras alcunhas, como por exemplo, ''Vasilevousa Polis'' ("Rainha das Cidades", em grego), que tem origem na importância e riqueza da cidade durante a [[Idade Média]], e ''Dersaâdet'' (originalmente ''Der-i Saadet'', "Porta para a Felicidade") que foi usado pela primeira vez no fim do {{séc|XIX}} e ainda é utilizado hoje em dia.<ref name="The Names of Istanbul"/>
Com a Lei do Serviço Postal Turco, de [[28 de março]] de [[1930]], as autoridades turcas pediram oficialmente às nações estrangeiras que adotassem Istambul como o único nome em seus próprios idiomas.<ref name=rrobinson />

Com a Lei do Serviço Postal Turco, de [[28 de março]] de [[1930]], as autoridades turcas pediram oficialmente às nações estrangeiras que adotassem Istambul como o único nome nos seus idiomas.<ref name=rrobinson />


== História ==
== História ==
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O [[Bósforo]] (em turco: ''Boğaziçi'') é um [[estreito]] que divide em duas partes a cidade de Istambul e separa fisicamente a [[Europa]] da [[Ásia]], ligando o [[Mar Negro]], a norte, com o [[Mar de Mármara]], a sul, que por sua vez está ligado ao [[Mar Mediterrâneo]] pelo estreito de [[Dardanelos]].
O [[Bósforo]] (em turco: ''Boğaziçi'') é um [[estreito]] que divide em duas partes a cidade de Istambul e separa fisicamente a [[Europa]] da [[Ásia]], ligando o [[Mar Negro]], a norte, com o [[Mar de Mármara]], a sul, que por sua vez está ligado ao [[Mar Mediterrâneo]] pelo estreito de [[Dardanelos]].


Há duas pontes sobre o [[Bósforo]]. A [[Ponte do Bósforo]] (''Boğaziçi Köprüsü'') de {{fmtn|1510|m}} de comprimento (vão entre os dois pilares: {{fmtn|1074|m}}), foi completada em 1973. A segunda ponte, [[Ponte Fatih Sultão Mehmet]] tem {{fmtn|1510|m}} de comprimento (vão entre os dois pilares: {{fmtn|1014|m}}), foi completada em 1988 e se encontra 5&nbsp;km a norte da primeira. Estas pontes unem a parte europeia de Istambul com o que eram as cidades de [[Üsküdar]] (a antiga ''Crisopólis'') e [[Kadıköy]] (a antiga [[Calcedônia]]), que na segunda metade do {{séc|XX}} se conurbaram com Istambul.
Há duas pontes sobre o [[Bósforo]]. A [[Ponte do Bósforo]] (''Boğaziçi Köprüsü'') de {{fmtn|1510|m}} de comprimento (vão entre os dois pilares: {{fmtn|1074|m}}), foi completada em 1973. A segunda ponte, [[Ponte Fatih Sultão Mehmet]] tem {{fmtn|1510|m}} de comprimento (vão entre os dois pilares: {{fmtn|1014|m}}), foi completada em 1988 e se encontra 5&nbsp;km a norte da primeira. Estas pontes unem a parte europeia de Istambul com o que eram as cidades de [[Üsküdar]] (a antiga ''Crisopólis'') e [[Kadıköy]] (a antiga [[Calcedônia (cidade)|Calcedónia]]), que na segunda metade do {{séc|XX}} se conurbaram com Istambul.


Prevê-se que em 2012 seja inaugurado um túnel ferroviário de {{fmtn|13.5|km}}, com um troço de {{fmtn|1.4|km}} debaixo do estreito, construído usando a técnica da imersão de condutas. Prevê-se que será o túnel mais profundo do mundo executado com esse método, pois a parte mais funda vai passar 56&nbsp;m abaixo do nível da água. O túnel servirá uma linha de [[metropolitano]] com quatro estações, que unirá o centro da metrópole com as suas partes oriental e ocidental.
Prevê-se que em 2012 seja inaugurado um túnel ferroviário de {{fmtn|13.5|km}}, com um troço de {{fmtn|1.4|km}} debaixo do estreito, construído usando a técnica da imersão de condutas. Prevê-se que será o túnel mais profundo do mundo executado com esse método, pois a parte mais funda vai passar 56&nbsp;m abaixo do nível da água. O túnel servirá uma linha de [[metropolitano]] com quatro estações, que unirá o centro da metrópole com as suas partes oriental e ocidental.
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<ref name="The Names of Istanbul">{{cite encyclopedia|title=The Names of Istanbul|encyclopedia=Dünden bugüne İstanbul ansiklopedisi|volume=5|publisher=Ciltli|year=1994|language=inglês}}</ref>
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<ref name=AWheatcroft>{{Citar livro|primeiro=Andrew|ultimo=Wheatcroft|título=The Ottomans: Dissolving Images|editora=Penguin Books|lingua3=en|ano=1995|isbn=0140168796|página=138-139|local=[[Londres]]}}</ref>


<ref name=logoi>{{Citar web|titulo=The Early History of Constantinople|url=http://www.logoi.com/notes/history_of_constantinople.html|lingua2=en|acessodata=12 de julho de 2008}}</ref>
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<ref name=rrobinson>{{cite book|last=Robinson|first=Richard D.|title=The First Turkish Republic: A Case Study in National Development|language=inglês|publisher=Cambridge University Press|year=1965|location=Cambridge}}</ref>
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<ref name=unyildiz>{{Lk|tr|en|de|jp| url=http://www.yildiz.edu.tr| titulo=Sítio oficial da Universidade Técnica de Yıldız}}</ref>
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<ref name=HerodotoH>{{Citar wikisource|es|Los nueve libros de la Historia}} Livro IV, CXLIV.</ref>

<ref name=ib199>{{Harvnb|Isaac|1986|p=199}}</ref>

<ref name=Roebuck>Roebuck, Carl, 1959, p. 114 (citado por {{Harvnb|Isaac|1986}})</ref>

<ref name=Lister35>{{Harvnb|Lister|1979|p=35}}</ref>


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*{{cite book|last=Isaac|first=Benjamin H.|title=The Greek Settlements in Thrace Until the Macedonian Conquest|year=1986|publisher=BRILL|location=Leiden, the Netherlands|isbn=9004069216|edition=illustrated|ref=harv}}

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*{{Cite book|last=Room|first=Adrian|title=Placenames of the World: Origins and Meanings of the Names for 6,600 Countries, Cities, Territories, Natural Features, and Historic Sites|year=2006|publisher=McFarland & Company|location=Jefferson, North Carolina|edition=2nd|isbn=0786422483|ref=harv}}

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*{{Cite book|last=Wheatcroft|first=Andrew|title=The Ottomans: Dissolving Images|year=1995|publisher=Penguin Books|location=London|isbn=0140168796|ref=harv}}

</div>


== {{Ligações externas}} ==
== {{Ligações externas}} ==

Revisão das 01h26min de 12 de julho de 2011

Turquia Istambul

İstanbul, Bizâncio, Constantinopla

 
  Área metropolitana (büyükşehir)  
Topo: Cabo do Serralho visto da embocadura do Corno de Ouro (Palácio de Topkapı, Mesquita Azul e Basílica de Santa Sofia); Centro à esquerda: Avenida İstiklal; Centro:Torre de Gálata; Centro à direita:Torre de Leandro; Baixo:Ponte do Bósforo ligando a Europa à Ásia, com o centro financeiro de Levent ao fundo.
Topo: Cabo do Serralho visto da embocadura do Corno de Ouro (Palácio de Topkapı, Mesquita Azul e Basílica de Santa Sofia); Centro à esquerda: Avenida İstiklal; Centro:Torre de Gálata; Centro à direita:Torre de Leandro; Baixo:Ponte do Bósforo ligando a Europa à Ásia, com o centro financeiro de Levent ao fundo.
Topo: Cabo do Serralho visto da embocadura do Corno de Ouro (Palácio de Topkapı, Mesquita Azul e Basílica de Santa Sofia); Centro à esquerda: Avenida İstiklal; Centro:Torre de Gálata; Centro à direita:Torre de Leandro; Baixo:Ponte do Bósforo ligando a Europa à Ásia, com o centro financeiro de Levent ao fundo.
Símbolos
Selo de Istambul
Selo
Gentílico istambulita ou estambulenho
Localização
Localização da cidade e província de Istambul na Turquia
Localização da cidade e província de Istambul na Turquia
Localização da cidade e província de Istambul na Turquia
Mapa da cidade
Mapa da cidade
Mapa da cidade
Coordenadas 41° 01' N 28° 58' E
País Turquia
Região Mármara
Província Istambul
História
Fundação 660 a.C. (2 683 anos)
Fundador Bizas, rei de Mégara
Administração
Governador (vali) Kadir Topbaş
Prefeito (belediye başkanı) Hüseyin Avni Mutlu
Características geográficas
Área total 1 830,92 km²
População total (2009) [1] 12 782 960 hab.
Densidade 6 981,7 hab./km²
Altitude 40 m
Altitude máxima 537 m
Altitude mínima 0 m
Código postal 34010-34 850 (parte europeia)
80000-81800 (parte asiática)
Prefixo telefónico 212 (parte europeia)
216 (parte asiática)
Sítio Governo distrital: www.ibb.gov.tr
Prefeitura: www.ibb.bel.tr
Vista do Palácio de Topkapı desde o Bósforo, frente à embocadura do Corno de Ouro.
Basílica de Santa Sofia vista do jardim da Praça Sultão Ahmet.

Istambul (em turco: İstanbul), a antiga Bizâncio e Constantinopla (nome ainda usado em várias línguas, como no grego Κωνσταντινούπολις, Konstantinúpolis), é a maior cidade da Turquia, a quinta maior do mundo e a mais populosa da Europa, com 803 468 habitantes no centro da cidade (2005) e 12 782 960 em sua região metropolitana (2009).[1] A grande maioria da população é muçulmana (com grande número de laicos), e uma minoria de cristãos (68 000) e de judeus (20 000).

É a capital da área metropolitana (büyükşehir) e da província de Istambul, a qual faz parte região de Mármara. No passado foi a capital administrativa da Província de Istambul, na chamada Rumélia ou Trácia Oriental. Era denominada Bizâncio até 330 d.C., e Constantinopla até 1453, nome bastante difundido no Ocidente até 1930. Durante o período otomano, os turcos chamavam-na de Istambul, nome oficialmente adotado em 28 de março de 1930.

Foi sucessivamente a capital do Império Romano do Oriente, do Império Otomano e da República da Turquia até 1923. Atualmente, embora a capital do país seja Ancara, Istambul continua sendo o principal polo industrial, comercial, cultural e universitário (abriga mais de uma dezena de universidades). É a sede do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, sede da Igreja Ortodoxa.

A cidade ocupa ambas as margens do Estreito do Bósforo e do norte do Mar de Mármara, os quais separam a Ásia da Europa, o que faz de Istambul a única cidade que ocupa dois continentes. Além do Bósforo, que divide no sentido norte-sul os lados asiático e europeu, este é ainda dividido pelo Corno de Ouro no sentido este-oeste. Usualmente considera-se que a cidade tem dois centros históricos, ambos no lado europeu — o mais antigo, onde se situava o núcleo da antiga Bizâncio e Constantinopla, correpondente ao distrito de Fatih fica a sul, enquanto que Beyoğlu (a antiga Pera e onde se situava o bairro europeu medieval de Gálata) fica a norte.

Algumas zonas históricas de Istambul foram declaradas Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, em 1985. Em 2010 foi a Capital Europeia da Cultura e é candidata à organização dos Jogos Olímpicos de 2020. Devido à sua dimensão e importância, Istambul é considerada uma megacidade e uma cidade global.

Toponímia

O atual nome da cidade, İstanbul em turco (AFI: [is'tambu] ou, coloquialmente, [ɨsˈtambul]) é usado para nas suas diversas variações desde pelo menos o século X, tendo-se tornado o nome comum da cidade em turco desde a sua integração no Império Otomano depois da Queda de Constantinopla, em 1453.[2] Etimologicamente o nome é derivado da frase grega medieval "εἰς τὴν Πόλιν" [istimˈbolin] ou, no dialeto egeu, "εἰς τὰν Πόλιν" [istamˈbolin] (em grego moderno: στην Πόλι [stimˈboli]), que significa "na cidade", "à cidade" ou "centro da cidade".[3][2][4]

No século XIX eram usados diversos nomes para a cidade. Os europeus em geral usavam principalmente Stambul e Constantinopla para se referirem a toda a cidade, embora por vezes se distinguissem ambos os nomes — Constantinopla podia designar apenas a parte mais antiga, a sul do Corno de Ouro (atual Fatih), usando-se "Pera" para designar a zona norte, chamada Beyoğlu pelos turcos, o nome que é usado atualmente. Desde os tempos bizantinos que Pera foi a área onde as comunidades de origem europeia ocidental se concentraram, uma situação que perdurou até ao fim do Império Otomano. Entre os turcos era mais frequente que Istambul designasse apenas a parte mais antiga.[5][6]

Bizâncio foi o primeiro nome da cidade quando foi fundada em 667 a.C.[nt 1] por colonos dóricos da cidade-estado de Mégara em homenagem ao seu rei Bizas.[12][13] Quando o imperador romano Constantino, o Grande fez da cidade a nova capital oriental do seu império, em 11 de maio de 330, rebatizou-a Nova Roma.[14] No entanto, a cidade acabou por ficar mais conhecida como Constantinopla ("Cidade de Constantino"). Este nome foi usado pela primeira vez de forma oficial durante o reinado do imperador Teodósio II (408-450).[3] O nome oficial da cidade permaneceu Constantinopla durante todo período bizantino e foi o nome comumente usado no Ocidente até o início do século XX.[5]

A cidade foi também apelidada de "Cidade das Sete Colinas", pois o Cabo do Serralho, a península onde se situa a parte mais antiga da cidade tem sete colinas, como Roma. Atualmente no cimo de cada uma das colinas há uma grande mesquita otomana.[15][16] As colinas estão representados no emblema da cidade como sete triângulos, sobre os quais se elevam quatro minaretes. A cidade tem muitas outras alcunhas, como por exemplo, Vasilevousa Polis ("Rainha das Cidades", em grego), que tem origem na importância e riqueza da cidade durante a Idade Média, e Dersaâdet (originalmente Der-i Saadet, "Porta para a Felicidade") que foi usado pela primeira vez no fim do século XIX e ainda é utilizado hoje em dia.[5]

Com a Lei do Serviço Postal Turco, de 28 de março de 1930, as autoridades turcas pediram oficialmente às nações estrangeiras que adotassem Istambul como o único nome nos seus idiomas.[17]

História

Ver artigo principal: História de Istambul

Pré-história

Em 2008, durante as obras de construção da estação de Yenikapı, foi descoberto um assentamento neolítico até então desconhecido, datado como de cerca de 6 500 a.C.[18][19][20] O primeiro povoamento no lado anatólio (oriental) é o monte Fikirtepe, que data da Idade do Cobre, onde foram encontrados artefatos que vão de 5 500 a 3 500 a.C.[21]

Na vizinha Chalkedon (Calcedónia), no lado asiático, foi descoberto um povoado que data do período fenício. O cabo de Moda, na Calcedónia, foi o primeiro local onde colonos gregos de Mégara se estabeleceram, em 685 a.C., antes de fundarem Byzantion (Bizâncio) no lado europeu do Bósforo, em 667 a.C.. Byzantion, por sua vez, foi fundada sobre o local de um antigo povoamento portuário chamado Lygos, fundado por tribos trácias entre os séculos XIII e XI a.C., juntamente com a vizinha Semistra,[22] mencionada nos relatos históricos de Plínio, o Velho. Apenas algumas muralhas e estruturas de Lygos sobreviveram até hoje, no Cabo do Serralho (Sarayburnu), onde está atualmente o famoso Palácio Topkapı, que ocupa o lugar onde se erguia a acrópole da cidade de Bizâncio.

Bizâncio

Bizâncio (em grego clássico: Βυζάντιον; pronúncia em grego demótico moderno: /vi.za.ⁿdjo/) recebeu o nome do soberano dos colonos gregos de Mégara, o rei Bizas. A cidade esteve em mãos dos persas aqueménidas, que a ocuparam e a destruíram no século V a.C.. Foi reconstruída pelo general de Esparta, Pausânias, em 479 a.C. Mais tarde Esparta teve que disputar seu controle com os atenienses, que a tomaram em 409 a.C. e a mantiveram até 405 a.C., quando voltou ao domínio espartano, para voltar novamente ao domínio de Atenas em 390 a.C.

Entre 336 e 323 a.C. Bizâncio esteve em mãos dos macedónios, de Alexandre, o Grande. Depois da morte deste, a cidade recuperou alguma independência, mas quando os celtas conquistaram a Trácia em 279 a.C., impuseram um tributo a Bizâncio.

Império Romano

Em 191 a.C. a cidade passou a ser aliada de Roma, que a reconheceu como cidade livre. Posteriormente passou ser governada diretamente pela República (século I a.C.). No ano 194 d.C., Bizâncio viu-se envolta numa disputa entre o imperador romano Septímio Severo e o usurpador Pescênio Níger; após tomar partido pelo último, a cidade foi sitiada pelas forças leais a Septímio em 196 d.C., e sofreu extensos danos. Cinco anos depois o mesmo Septímio Severo ordenou a reconstrução da cidade, que rapidamente alcançou sua antiga prosperidade, chegando a ser renomeada como Augusta Antonina pelo imperador, em homenagem a seu filho.[23]

Império Bizantino

Ilustração de Constantinopla.

A posição estratégica de Bizâncio atraiu o imperador romano Constantino I, o Grande, que no ano 330, refundou a cidade como Nova Roma ou Constantinopolis em sua honra (Constantinopla, em grego: Konstantinoupolis, Κωνσταντινούπολη ou Κωνσταντινούπολις) e converteu-a na capital do Império Romano. Em 395, com a divisão deste, passou a ser a capital do Império Romano do Oriente, que depois se viria a denominar Império Bizantino.

Mapa de Constantinopla.

O estatuto de capital imperial e a posição estratégica, na encruzilhada entre a Europa e a Ásia e entre o Mediterrâneo e o Mar Negro, contribuíram para tornar Bizâncio um importante centro de comércio, cultura e diplomacia. Embora a parte ocidental do Império Romano tivesse entrado numa crise económica, política e demográfica, Constantinopla manteve a sua posição durante séculos, convertendo-se na grande metrópole europeia medieval.

Do primeiro período de esplendor do Império Bizantino destaca-se a Basílica de Santa Sofia, obra-prima da arquitetura bizantina, mandada contruir pelo imperador Justiniano I. Tendo passado por um período de algum declínio nos séculos VII e VIII, o império retomaria o seu esplendor nos séculos IX e X, para o que contribuiu também o Grande Cisma do Oriente.[necessário esclarecer] O século XI marcou o início da decadência do império, com a grande derrota na Batalha de Manzikert frente aos turcos seljúcidas, que precipitou a perda de uma parte signficativa da Anatólia. Um século depois, em 1204, a cidade seria pilhada e conquistada pela Quarta Cruzada, tendo passado a fazer parte do efémero Império Latino durante 55 anos. Em 1261 Miguel VIII Paleólogo reconquista Constantinopla aos cruzados, pondo assim fim ao Império Latino e restaurando o Império Bizantino. Apesar de todas as turbulências e da constante ameaça turca, que perdurou para além do fim dos estados cruzados, a cidade manteve a sua importância como centro cultural e comercial do Mediterrâneo, onde a maior parte das potências comerciais dessa parte do mundo mantiveram consulados e colônias de mercadores. O último imperador bizantino foi Constantino XI, que morreu na defesa da cidade.

Império Otomano

Mehmed II entrando em Constantinopla.

A Queda de Constantinopla, nome por que é conhecida a conquista da cidade pelos turcos otomanos, que muitos consideram a marca do fim da Idade Média, deu-se em 29 de maio de 1453. A cidade capitulou após anos de conflitos com os otomanos, que tinham conquistado o resto do Império Bizantino, inclusivamente em volta da cidade, bem como grande parte do que tinha sido o Império Seljúcida, na Anatólia. Após um longo cerco, as tropas do sultão Mehmet II el-Fatih ("o Conquistador") entraram finalmente na cidade, que rapidamente foi convertida na capital do império em ascensão, situação que se manteria até 1 de novembro de 1922, data oficial da dissolução do Império Otomano.

O domínio otomano trouxe grandes mudanças culturais à cidade, que passou de capital imperial bizantina e cristã ortodoxa para capital do que se tornaria rapidamente o mais poderoso império muçulmano do mundo. Aquela que tinha sido durante quase mil anos a maior igreja do mundo e que continuaria a ser o maior edifício religioso coberto durante mais de um século, a Hagia Sofia foi convertida numa mesquita, o mesmo tendo acontecido a muitas das igrejas mais importantes da cidade, sobretudo aquelas que pertenciam aos bairros que se empenharam mais na defesa da cidade contra os turcos. No entanto, conservaram-se muitas igrejas — a tolerância religiosa foi uma constante no império otomano. Ao longo do tempo, e até ao século XIX, quase todos os sultões construíram mesquitas monumentais para comemorar os seus reinados. Entre as mais magníficas destas mesquitas ditas imperiais, podem citar-se, entre outras, a Mesquita de Bayezid, a Mesquita do Sultão Ahmed, popularmente conhecida como Mesquita Azul, cujo primeiro sermão de sexta-feira foi proferido pelo famoso sufista Aziz Mahmud Hudayi, a Mesquita de Fatih e a Mesquita Süleymaniye, de Solimão, o Magnífico, a maior de Istambul, não considerando Santa Sofia.

As mães dos Sultões, figuras de grande relevância na política otomana, também mandaram construir algumas mesquitas monumentais. Muitas destas mesquitas têm no nome "Valide Sultan", o título da mãe do sultão reinante.

As ordens religiosas sufis, então muito importantes, tanto pelo número de seguidores, como pela influência na sociedade, contavam com inúmeros seguidores que participaram na conquista da cidade, e muitas instalaram as suas sedes na nova capital, que chegou a ter mais de 100 tekkes (locais de reunião sufis, onde se realizavam cerimónias rituais, que frequentemente funcionavam de modo semelhante aos mosteiros cristãos).

Muitos destes tekkes ainda existem atualmente, alguns anexos a mesquitas, outros transformados em mesquitas, outros ainda em museus. Disso são exemplo o Jerrahi Tekke em Fatih, as mesquita de Sünbül Efendi e de Ramazan Efendi, o Beşiktaş Mevlevihanesi, o Galata Mevlevihanesi, o Yahya Efendi Tekke em Beşiktaş e o Bektaşi Tekke em Kadıköy, que atualmente é uma cemevi (espécie de tekke dos alevitas). Um elemento pitoresco da cidade, ainda patente hoje em dia, são as türbes, túmulos característicos do período otomano.[nt 2]

Panorama da cidade nos anos 1870 vista da Torre de Gálata

República da Turquia

Mapa de Istambul em 1923.

Quando a República da Turquia foi oficialmente estabelecida por Mustafá Kemal Atatürk em 29 de Outubro 1923, a capital foi transferida de Istambul para Ancara. Istambul foi adotado como nome oficial em 1930. Nos primeiros anos da república, Istambul foi algo descurada em favor da nova capital, Ancara, mas durante as décadas de 1950 e 1960 Istambul assistiu a grandes mudanças estruturais. A comunidade grega, em tempos numerosa e próspera, diminuiu ainda mais depois dos tumultos que tiveram lugar nos dias 6 e 7 de setembro de 1955, que ficaram conhecidos como o pogrom de Istanbul, durante os quais uma multidão enfurecida atacou e assaltou as comunidades arménia, grega e judia da cidade. Embora não tenha havido muitos danos pessoais, um grande número de gregos abandonaram as suas casas e foram viver para a vizinha Grécia.

Nos anos 1960, o governo de Adnan Menderes procurou desenvolver o país, promovendo uma série de obras como novas estradas e redes rodoviárias, assim como a construção de fábricas por todo o país. Istambul foi dotada de uma rede viária moderna, mas lamentavelmente isso implicou em alguns casos a demolição de edifícios históricos no interior da cidade. Em 1963 foi assinado o Acordo de Ancara, o primeiro passo da Turquia em direção à integração no que é atualmente a União Europeia.

A partir dos anos 1970 a população de Istambul aumentou rapidamente, principalmente devido à imigração de pessoas da Anatólia, que demandaram a cidade procurando emprego nas inúmeras fábricas construídas nos arredores. Este repentino aumento da população provocou uma explosão imobiliária, originando um ritmo de construção de edifícios imparável. A má qualidade de construção de muitos dos edifícios contribui para que os frequentes terramotos que assolam Istambul provoquem muitos estragos materiais e baixas. Calcula-se que cerca de 40% dos habitantes de Istambul tenham ficado desalojados após o terramoto de Agosto de 1999. O crescimento descontrolado fez com que muitas localidades da periferia fossem completamente absorvidas pela grande metrópole. Os habitantes mais velhos de Istambul ainda recordam que bairros urbanos atuais, como Maltepe, Kartal, Pendik e outros eram campos verdes na sua juventude, há cerca de 40 anos. Outras áreas, como Tuzla, mais não eram que pequenas aldeias costeiras.

Vista panorâmica da embocadura do Corno de Ouro desde o cimo da Torre de Gálata. A Ponte de Gálata pode ser vista no centro da imagem. O Sarayburnu, ou Cabo do Serralho, onde está localizado o Palácio Topkapi, é visto na ponta esquerda da península histórica; da esquerda para a direita: a Basílica de Santa Sofia, a Mesquita Azul, a Mesquita Nova (Yeni Cami) próxima a Ponte de Gálata, abaixo da Mesquita Nuruosmaniye, a Mesquita Beyazıt, a Torre Beyazıt erguendo-se ao fundo, e a Mesquita Süleymaniye, entre outros monumentos. No enfiamento da Ponte Gálata, no horizonte, pode ser vista a Coluna de Constantino (que estava sendo restaurada no momento desta foto). O Mar de Mármara e as Ilhas dos Príncipes são vistos no fundo, no horizonte. No extremo esquerdo, pode ser vista a entrada sul do Bósforo e o bairro de Kadıköy (antiga Chalkedon), no lado asiático da cidade.

Geografia

Imagem de satélite de Istambul. Pode ser visto o Mar de Mármara (ao sul), o estreito de Bósforo e o Mar Negro (ao norte), (NASA).

O Bósforo

O Bósforo (em turco: Boğaziçi) é um estreito que divide em duas partes a cidade de Istambul e separa fisicamente a Europa da Ásia, ligando o Mar Negro, a norte, com o Mar de Mármara, a sul, que por sua vez está ligado ao Mar Mediterrâneo pelo estreito de Dardanelos.

Há duas pontes sobre o Bósforo. A Ponte do Bósforo (Boğaziçi Köprüsü) de 1 510 m de comprimento (vão entre os dois pilares: 1 074 m), foi completada em 1973. A segunda ponte, Ponte Fatih Sultão Mehmet tem 1 510 m de comprimento (vão entre os dois pilares: 1 014 m), foi completada em 1988 e se encontra 5 km a norte da primeira. Estas pontes unem a parte europeia de Istambul com o que eram as cidades de Üsküdar (a antiga Crisopólis) e Kadıköy (a antiga Calcedónia), que na segunda metade do século XX se conurbaram com Istambul.

Prevê-se que em 2012 seja inaugurado um túnel ferroviário de 13,5 km, com um troço de 1,4 km debaixo do estreito, construído usando a técnica da imersão de condutas. Prevê-se que será o túnel mais profundo do mundo executado com esse método, pois a parte mais funda vai passar 56 m abaixo do nível da água. O túnel servirá uma linha de metropolitano com quatro estações, que unirá o centro da metrópole com as suas partes oriental e ocidental.

Terramotos

Istambul está situada próximo à Falha Setentrional da Anatólia, uma falha geologicamente ativa responsável por vários terremotos mortais na história da cidade, tanto no passado como em tempos mais recentes. Os estudos demonstram que há um risco elevado de que nas próximas décadas se produza um terremoto devastador aos arredores de Istambul. É provável que devido às dificuldades para estabelecer e impor normas convenientes de segurança na construção dos edifícios se repita o que aconteceu durante o sismo de agosto de 1999, isto é, que haja um número enorme de desmoronamentos, especialmente nas habitações de menor custo de alvenaria dos gecekondu[nt 3] dos subúrbios.

Clima

A neve é comum no inverno.

As pessoas que visitam Istambul podem esperar verões longos, quentes e úmidos e invernos frios, chuvosos, ocasionalmente com neve que pode ser abundante. Segundo a classificação climática de Köppen-Geiger o clima da cidade é de tipo mediterrânico.[24] A média de precipitações anuais para Istambul é 870 mm. As temperaturas médias durante os meses de inverno variam entre 3 aos 8 graus Celsius, e inclusive pode baixar aos 5 °C abaixo de zero. Ao contrário da crença comum, as grandes precipitações em forma de neve são comuns, podendo cair entre os meses de novembro a abril. Os meses de verão de junho a setembro têm temperaturas diurnas médias de 28 °C. Apesar do verão ser a temporada mais seca, a chuva é comum e as inundações semelhantes a uma monção acontecem nesta época do ano.

Dados climatológicos para Istambul  Turquia
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 19 22 28 30 35 37 40,5 38 38 33 27 23 40,5
Temperatura máxima média (°C) 8,7 9,3 11,5 16,7 21,4 26,1 28,2 28,1 25,0 19,8 15,4 11,2 18,4
Temperatura mínima média (°C) 2,9 3,1 4,2 8,0 12,0 16,1 18,4 18,4 15,5 11,9 8,4 5,4 10,4
Temperatura mínima recorde (°C) −10,4 −16,1 −6 −1 3 8 9 11 6 1 −4 −9 −16,1
Precipitação (mm) 98,4 80,2 69,9 45,8 36,1 34,0 38,8 47,8 61,4 96,9 110,7 123,9 843,9
Dias com chuva 20 17 16 14 12 8 5 6 7 12 16 19 152
Horas de sol 3 4 4 6 9 11 12 11 8 6 4 3 6,75
Fonte: Serviço Meteorológico do Estado Turco (DMI),[25][26][27] Worldclimate.com,[28][29] BBC Weather Centre[30]

Administração

Cidades-irmãs

Europa
Ásia
América
África

Subdivisões

Predefinição:Distritos de Istambul

Economia

Relativamente à produção industrial, destacam-se as indústrias de construção naval, destilarias, cimento, tabaco, alimentar, vidro, artigos de papel, couro e cerâmica. Além de ser um importante entreposto comercial, pois possui o porto mais activo de toda a Turquia, Istambul é um nó ferroviário, com linhas que unem a Europa à Ásia.

Ponte do Bósforo e o skyline de Istambul, com o centro financeiro de Levent no centro e o centro financeiro Maslak na esquerda.

Turismo

A Mesquita Azul.

Istambul tem sido e continua a ser um cadinho de culturas e etnias, o que contribuiu para a riqueza cultural, histórica e arquitetónica da cidade, que alberga inúmeras mesquitas, igrejas, sinagogas, palácios e outros edifícios históricos que merecem ser visitados. Por essas razões, em 1985 a UNESCO declarou as Zonas Históricas de Istambul como Patrimônio Mundial.

A parte mais antiga da cidade concentra-se junto ao Corno de Ouro (em turco: Haliç, em grego: em grego: Χρυσοκερας, transl.: Khrysokeras ou Chrysoceras), o estuário de uma ribeira e antigo porto natural de Constantinopla. O Corno de Ouro divide o centro histórico em duas partes: Sultanahmet e Eminönü a sul, onde se situava a parte muralhada de Constantinopla, e Beyoğlu/Taksim, a norte, onde as influências ocidentais são mais acentuadas, pois desde a Idade Média e até ao princípio do século XX foi uma zona tradicionalmente ocupada pelas comunidades ocidentais, nomeadamente a veneziana, a genovesa e a francesa, entre muitas outras.

A cidade moderna cidade é muito extensa, compreendo ambos lados (europeu e asiático) do estreito do Bósforo. Entre os seus encantos turísticos encontram-se, no lado europeu, a Basílica de Santa Sofia (da Divina Sabedoria) os bairros de Beyoğlu, Eyüp e Sariyer (este último mais a norte, prolongando-se até ao Mar Negro). No lado asiático destacam-se os distritos de Beykoz (do lado oposto a Sariyer), Üsküdar, Kadıköy (nomeadamente os bairros de Moda e Bostanci) e as Ilhas dos Príncipes (em turco: Prens Adaları, Kızıl Adalar ou simplesmente Adalar), situadas a sudeste de Kadıköy, no Mar de Mármara.

Como capital que foi de dois dos impérios mais poderosos da Terra, e cidade cosmopolita que, no século XVI, era provavelmente a mais civilizada e multicultural do mundo, Istambul abriga monumentos extraordinários: palácios, igrejas e o hipódromo, que datam do período bizantino; as mesquitas de Sultanahmet e Suleymaniye; o Palácio de Topkapı, sede do império otomano, além de muitos outros.

Infraestruturas

Educação

Universidade de Istambul.

Istambul tem um grande número de universidades, na sua maioria estatais, embora nos últimos anos tenham surgido muitas universidades privadas. A Universidade de Istambul (Istambul Üniversitesi)[31] foi criada oficialmente em 1933, mas é herdeira da Darülfünun ("casa das múltiplas ciências") fundada em 1846, que por sua vez é herdeira de vários madraçais (escolas islâmicas) otomanos, o mais antigo deles fundado em 1321 na Bitínia. O primeiro madraçal de Istambul foi criado pelo sultão Mehmed II em 1453, logo após a conquista turca da cidade.

Além da Universidade de Istambul, entre as universidades públicas mais antigas destacam-se a Universidade Técnica Istambul (İstanbul Teknik Üniversitesi)[32], considerada o primeiro estabelecimento de ensino superior do mundo dedicado ao ensino da engenharia (foi fundada em 1773 como "Escola de Engenheiros Navais" [Mühendishane-i Bahr-i Humayun]), a Universidade do Bósforo (Boğaziçi Üniversitesi),[33] fundada em 1863, a Universidade Mimar Sinan de Belas Artes (Mimar Sinan Güzel Sanatlar Üniversitesi),[34] fundada em 1882, a Universidade de Mármara,[35] criada em 1883, e a Universidade Técnica de Yıldız,[36] criada em 1911.

Outras universidades de Istambul:

  • Bahçeşehir Üniversitesi
  • Beykent Üniversitesi
  • Deniz Harp Okulu (Escola Naval de oficiais)
  • Doğuş Üniversitesi
  • Fatih Üniversitesi
  • Galatasaray Üniversitesi
  • Haliç Üniversitesi
  • Hava Harp Okulu (Academia das Forças Aéreas Turcas)
  • Işık Üniversitesi
  • İstanbul Bilgi Üniversitesi
  • İstanbul Kültür Üniversitesi
  • İstanbul Ticaret Üniversitesi
  • Has Kadir Has Üniversitesi
  • Koç Üniversitesi
  • Maltepe Üniversitesi
  • Okan Üniversitesi
  • Sabancı Üniversitesi
  • Yeditepe Üniversitesi

Transporte

Ver artigo principal: Transportes públicos de Istambul
Mapa da rede ferroviária de Istambul.

Rede urbana de ônibus

A frota de ônibus da prefeitura de Istambul é composta por 2 571 veículos. Os ônibus percorrem aproximadamente 448 000 km diariamente, em 468 linhas e 7 889 paradas. Cerca de 435 milhões de pessoas foram transportadas em 2003, equivalente a 14,2% de todo o transporte em Istambul. Desde 1985, é permitida a atuação de ônibus privados, mas sob estrita vigilância da IETT, entidade municipal encarregada do transporte público em Istambul. Existem 1 366 ônibus públicos em mãos privadas, sendo 89 deles de dois pisos.

Aeroportos

Aeroporto Internacional Atatürk, no lado europeu, é o principal aeroporto da cidade.

Istambul tem dois aeroportos internacionais de grande dimensão, que recebem milhões de turistas todos os anos:

Metropolitano

A construção do Metropolitano de Istambul foi iniciada em 1992. A obra foi elaborada segundo o método de condução[necessário esclarecer] e dotada de coberturas resistentes a eventuais terremotos de escala 9,0. Todas as estações apresentam características similares e foram pintadas em cores diferentes, com os azulejos representando fases da história da Turquia.

A cidade também conta com outros meios de transporte, como balsas, bondes e funiculares, entre outros.

Cultura

Palácio de Topkapı.
Basílica de Santa Sofia.
Ficheiro:Atatürk Olympic Stadium Istanbul Turkey.jpg
Estádio Olímpico Atatürk.
Ficheiro:Bosporus Bridge night.jpg
Ponte do Bósforo.

Istambul é a maior cidade e a mais ocidentalizada da Turquia. Graças à sua localização entre dois continentes (Ásia e Europa), a cidade é culturalmente muito rica, dizendo-se ser a mais rica da Turquia. Isto motivou a decisão do parlamento europeu para ser a Capital Europeia da Cultura, em 2010, juntamente com Pécs (Hungria) e Essen (Alemanha).

Pontos turísticos

Edifícios e monumentos

Mercados, bairros e lugares diversos

Construções emblemáticas

Ver também

Notas

  • Algumas partes do texto foram inicialmente traduzidas do artigo na tradução do artigo «Estambul» na Wikipédia em castelhano (acessado nesta versão).
  1. A data da fundação de Bizâncio é frequentemente colocada em 667 a.C., por vezes como se não houvesse dúvidas, principalmente em enciclopédidas e outras fontes terciárias. No entanto, há alguma controvérsia entre os historiadores acerca de qual o ano preciso em que a cidade foi fundada. Uma das fontes mais citadas é a obra do século V d.C. Histórias, de Heródoto, que refere que Bizâncio foi fundada 17 anos depois de Calcedónia.[7] Tendo esta surgido 685 a.C., Bizâncio teria sido fundada em 667 a.C..[8] No entanto, Eusébio de Cesareia (século III/IV d.C.), apesar de também referir que Calcedónia foi fundada em 685 a.C., aponta 659 a.C. como o ano da fundação de Bizâncio.[8] Entre os historiadors modernos, Carl Roebuck propôs a década de 640 a.C.,[9] enquanto outros sugerem datas ainda mais tardias. Para adensar o debate, a fundação de Calcedónia é também tema de debate; enquanto muitas fontes referem 685 a.C.,[10] outras referem 675 a.C.[11] ou mesmo 639 a.C. (com a fundação de Bizâncio em 619 a.C.).[8] Devido a estas controvérsias, alguns autores optam por colocar a fundação de Bizâncio simplesmente no século VI a.C.
  2. Em muitos contextos, o termo türbe associa-se não só a túmulos otomanos, mas também a mausoléus seljúcidas. .
  3. Gecekondu (plural gecekondular) é um termo turco para designar casas de construção precária, às vezes simples barracas, construídas sem licença, ou casas velhas semi-abandonadas ocupadas indevidamente por gente de poucos recursos. Estão geralmente associados a subúrbios pobres. Os gecekondu bölgesi (bairros de gecekondu) são o equivalente turco das favelas no Brasil, dos bairros de lata em Portugal e dos musseques em Angola. A etimologia do termo é curiosa: gece signfica "noite", kondu significa "colocado" (do verbo konmak, colocar(-se) ou estabelecer), pelo que gecekondu significa algo do tipo "aparecido durante a noite".

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