Nova Direita: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Foram revertidas as edições de 186.228.130.150 para a última revisão de 2804:14C:87C3:CA83:F092:38C7:BF18:BB4, de 19h34min de 9 de julho de 2019 (UTC)
Etiqueta: Reversão
Adicionei novas informações e referências colhidas da wiki-en.
Linha 8: Linha 8:
=== Alemanha ===
=== Alemanha ===


Na [[Alemanha]], o ''Neue Rechte'' (literalmente, Nova Direita) consiste em duas partes: os ''Jungkonservative'' ("jovens conservadores"), que procuram seguidores entre a população mais [[conservador]]a, e os ''Nationalrevolutionäre'' ("revolucionários nacionais"), que procuram seguidores na [[ultra-direita]] alemã, usando a [[retórica]] de políticos [[nazistas]] como [[Strasserismo|Gregor e Otto Strasser]]. Outro grupo notável da Nova Direita na Alemanha é o [[Thule-Seminar]] de [[Pierre Krebs]].
Na [[Alemanha]], o ''[[Neue Rechte]]'' (literalmente, Nova Direita) consiste em duas partes: os ''Jungkonservative'' ("jovens conservadores"), que procuram seguidores entre a população mais [[conservador]]a, e os ''Nationalrevolutionäre'' ("revolucionários nacionais"), que procuram seguidores na [[ultra-direita]] alemã, usando a [[retórica]] de políticos [[nazistas]] como [[Strasserismo|Gregor e Otto Strasser]]. Outro grupo notável da Nova Direita na Alemanha é o [[Thule-Seminar]] de [[Pierre Krebs]].


=== Austrália ===
=== Austrália ===
Linha 22: Linha 22:
{{Principal|Conservadorismo no Brasil}}
{{Principal|Conservadorismo no Brasil}}


[[Imagem:Olavo de Carvalho, 20-09-1998.png|thumb|190px|direita|[[Olavo de Carvalho]], apontado como o "padroeiro" da Nova Direita brasileira, à qual ele também já criticou e diz não fazer parte.<ref>[[BBC]] - [http://www.bbc.com/portuguese/brasil-38282897 ''Olavo de Carvalho, o 'parteiro' da nova direita que diz ter dado à luz flores e lacraias.''] João Fellet, 16 de Dezembro de 2016. Acessado em 15/10/2017.</ref>]]
[[Imagem:Olavo de Carvalho em 2019 (cropped).jpg|thumb|190px|direita|[[Olavo de Carvalho]], apontado como o "padroeiro" da Nova Direita brasileira, à qual ele também já criticou e diz não fazer parte.<ref>[[BBC]] - [http://www.bbc.com/portuguese/brasil-38282897 ''Olavo de Carvalho, o 'parteiro' da nova direita que diz ter dado à luz flores e lacraias.''] João Fellet, 16 de Dezembro de 2016. Acessado em 15/10/2017.</ref>]]


A Nova Direita brasileira cresceu acentuadamente nos últimos anos dentro da população, [[intelectualidade]] e [[academia]]. Isto se deve, principalmente, a um desapontamento generalizado com o governo da [[esquerda (política)|esquerda]] e suas políticas.<ref>[http://www.academia.edu/20310392/Brazil_The_Failure_of_the_PT_and_the_Rise_of_the_New_Right_ Academia.edu] - ''Brazil: The Failure of the PT and the Rise of the ‘New Right’.'' Alfredo Saad-Filho & Armando Boito. Socialist Register, Merlin Press, págs. 213–230. 2016, {{en}} Acessado em 15/10/2017.</ref> Também por causa de uma cultura que veio se formando nos últimos anos no Brasil através do mercado de bens simbólicos, identificado com o politicamente incorreto<ref>{{Citar periódico|ultimo=Di Carlo|primeiro=Josnei|ultimo2=Kamradt|primeiro2=João|data=2018|titulo=Bolsonaro e a cultura do politicamente incorreto na política brasileira|url=https://www.academia.edu/38019872/Bolsonaro_e_a_cultura_do_politicamente_incorreto_na_pol%C3%ADtica_brasileira|jornal=Teoria e Cultura|lingua=pt|acessodata=}}</ref>.
A Nova Direita brasileira cresceu acentuadamente nos últimos anos dentro da população, [[intelectualidade]] e [[academia]]. Isto se deve, principalmente, a um desapontamento generalizado com o governo da [[esquerda (política)|esquerda]] e suas políticas.<ref>[http://www.academia.edu/20310392/Brazil_The_Failure_of_the_PT_and_the_Rise_of_the_New_Right_ Academia.edu] - ''Brazil: The Failure of the PT and the Rise of the ‘New Right’.'' Alfredo Saad-Filho & Armando Boito. Socialist Register, Merlin Press, págs. 213–230. 2016, {{en}} Acessado em 15/10/2017.</ref> Também por causa de uma cultura que veio se formando nos últimos anos no Brasil através do mercado de bens simbólicos, identificado com o [[politicamente incorreto]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=Di Carlo|primeiro=Josnei|ultimo2=Kamradt|primeiro2=João|data=2018|titulo=Bolsonaro e a cultura do politicamente incorreto na política brasileira|url=https://www.academia.edu/38019872/Bolsonaro_e_a_cultura_do_politicamente_incorreto_na_pol%C3%ADtica_brasileira|jornal=Teoria e Cultura|lingua=pt|acessodata=}}</ref>


Este novo movimento distingue-se do que é conhecido no [[Brasil]] como "velha direita", que foi associada ideologicamente ao [[Ditadura militar no Brasil (1964–1985)|governo militar brasileiro]], à [[União Democrática Nacional|UDN]] e ao [[integralismo]].<ref>[http://www.integralismo.org.br/?cont=825&ox=2 Integralismo.org] - ''Manifesto de 7 de Outubro de 1932.'' Acessado em 15/10/2017. </ref> É identificado por pontos de vista positivos sobre [[democracia]], [[liberdade individual]], [[capitalismo]] de [[livre mercado]], redução da [[burocracia]], [[privatização]] de [[empresas estatais]], cortes de [[imposto]]s, [[Reforma política (Brasil)|reformas políticas]] e parlamentares. Ele rejeita o "[[marxismo cultural]]", o [[socialismo do século XXI]] e o [[populismo]].<ref>[[Folha de S.Paulo ]] - [http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2014/10/1526258-liberais-libertarios-e-conservadores-uni-vos.shtml ''Liberais, libertários e conservadores, uni-vos.''] Patrícia Campos Mello, 5 de Outubro de 2014, Acessado em 15/10/2017.</ref>
Este novo movimento distingue-se do que é conhecido no [[Brasil]] como "velha direita", que foi associada ideologicamente ao [[Ditadura militar no Brasil (1964–1985)|governo militar brasileiro]], à [[União Democrática Nacional|UDN]] e ao [[integralismo]].<ref>[http://www.integralismo.org.br/?cont=825&ox=2 Integralismo.org] - ''Manifesto de 7 de Outubro de 1932.'' Acessado em 15/10/2017. </ref> É identificado por pontos de vista positivos sobre [[democracia]], [[liberdade individual]], [[capitalismo]] de [[livre mercado]], redução da [[burocracia]], [[privatização]] de [[empresas estatais]], cortes de [[imposto]]s, [[Reforma política (Brasil)|reformas políticas]] e parlamentares. Ele rejeita o "[[marxismo cultural]]", o [[socialismo do século XXI]], o [[populismo]] <ref>[[Folha de S.Paulo ]] - [http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2014/10/1526258-liberais-libertarios-e-conservadores-uni-vos.shtml ''Liberais, libertários e conservadores, uni-vos.''] Patrícia Campos Mello, 5 de Outubro de 2014, Acessado em 15/10/2017.</ref> e o [[gramscismo]].<ref>Secco, Lincoln (10 de maio de 2019). [https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Leituras/Gramscismo-uma-ideologia-da-extrema-direita/58/44060 «Gramscismo: uma ideologia da extrema-direita»]. <br />(...) "''o escritor Olavo de Carvalho, que viria a se tornar um ideólogo da nova direita, lançou um livro contra Gramsci, em que o descrevia como o “profeta da imbecilidade, o guia de imbecis“''." <br />(...) "''Ele usou várias metáforas sexuais para descrever conceitos de Gramsci: “sedução”, “estupro”, “sacudir as banhas” (sic), “sacanagem”, “suruba ideológica”, “etapa orgiástica”, “Antônio-só-a-cabecinha-Gramsci” e “penetração camuflada”.''"<br />Carta Maior. Consultado em 15 de agosto de 2019</ref>


Houve dois fenômenos principais relacionados ao surgimento do nova direita brasileira: o [[Movimento Brasil Livre]], que conseguiu reunir milhões de pessoas em manifestações contra o governo em março de [[2015]];<ref>''The Politics of the Right: Socialist Register 2016.'' Autores: Leo Panitch & Greg Albo. NYU Press, 2015, pág. 225, {{en}} Adicionado em 15/10/2017.</ref> e a criação do [[Partido Novo]] e [[Libertários]], o primeiro partido liberal desde a [[Primeira República Brasileira]].<ref>[http://interlibertarian.altervista.org/INTERLIBERTARIANS/Brazil.html Interlibertarian] {{en}} Acessado em 15/10/2017.</ref>
Houve dois fenômenos principais relacionados ao surgimento do nova direita brasileira: o [[Movimento Brasil Livre]], que conseguiu reunir milhões de pessoas em manifestações contra o governo em março de [[2015]];<ref>''The Politics of the Right: Socialist Register 2016.'' Autores: Leo Panitch & Greg Albo. NYU Press, 2015, pág. 225, {{en}} Adicionado em 15/10/2017.</ref> e a criação do [[Partido Novo]] e [[Libertários]], o primeiro partido liberal desde a [[Primeira República Brasileira]].<ref>[http://interlibertarian.altervista.org/INTERLIBERTARIANS/Brazil.html Interlibertarian] {{en}} Acessado em 15/10/2017.</ref>


Alguns dos pensadores classificados como da nova direita brasileira são [[Paulo Francis]]<ref>''Waaal: o dicionário da corte de Paulo Francis.'' Autores: Paulo Francis & [[Daniel Piza]]. [[Companhia das Letras]], 1977, pág. 09. ISBN 9788571645714 Adicionado em 15/10/2017.</ref> [[Padre Paulo Ricardo]], e [[Rodrigo Constantino]], segundo eles mesmos, [[Kim Kataguiri]],<ref>[http://diplomatique.org.br/think-tanks-ultraliberais-e-nova-direita-brasileira/.</ref> segundo o site ''Diplomatique'', do ''[[Le Monde]]'', e [[Danilo Gentili]],<ref>[http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,a-maquina-barulhenta-da-direita-na-internet,70001714254.</ref> segundo o ''[[Estadão]]''.
Alguns dos pensadores da nova direita brasileira são: [[Paulo Francis]],<ref>{{citar livro|autor=Paulo Francis, [[Daniel Piza]]|título=Waaal: o dicionário da corte de Paulo Francis, pág. 09|editora=[[Companhia das Letras]]|ano=1977|páginas=|id=ISBN 9788571645714}} Adicionado em 15 de agosto de 2019.</ref> [[Roberto Campos]],<ref>{{citar web|URL=http://www.academia.org.br/academicos/roberto-campos/biografia|título=Biografia|autor=|data=|publicado=Academia.org|acessodata=15 de agosto de 2019}}</ref> [[Padre Paulo Ricardo]], e [[Rodrigo Constantino]] (segundo eles mesmos), [[Olavo de Carvalho]],<ref name="Um gênio conservador">{{citar web|url=http://archive.is/1d2DQ#selection-961.454-961.459|titulo=Um gênio conservador. Saiba mais sobre a trajetória e o pensamento do filósofo e político britânico Edmund Burke, um ícone do conservadorismo|data=|acessodata=15 de agosto de 2019|publicado=[[Archive.is]] {{en}}|ultimo=Nei Lemos Schulz|primeiro=Gerson}}</ref> [[Kim Kataguiri]] <ref>[http://diplomatique.org.br/think-tanks-ultraliberais-e-nova-direita-brasileira/.</ref> (segundo o site ''Diplomatique'', do ''[[Le Monde]]''), [[Danilo Gentili]] <ref>[http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,a-maquina-barulhenta-da-direita-na-internet,70001714254.</ref> (segundo o ''[[Estadão]]''), [[Luiz Felipe Pondé]],<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/1158128-contra-os-comissarios-da-ignorancia.shtml|titulo=Contra os comissários da ignorância|data=24 de setembro de 2012|acessodata=15 de agosto de 2019|publicado=[[Folha de S. Paulo]]|ultimo=Felipe Pondé|primeiro=Luiz}}</ref> [[José Guilherme Merquior]],<ref name="Um gênio conservador"/> [[Bruno Tolentino]] <ref name="Um gênio conservador"/> e [[Miguel Reale]].<ref name="Um gênio conservador"/>

Como resultado desse movimento, na [[eleição presidencial no Brasil em 2018|eleição presidencial de 2018]], [[Jair Bolsonaro]] foi eleito [[presidente do Brasil|presidente]] com 55% dos votos <ref>{{citar web|url=https://www.valor.com.br/politica/5955379/bolsonaro-e-eleito-com-551-dos-votos-e-nulos-batem-recorde|titulo=Bolsonaro é eleito com 55,1% dos votos e nulos batem recorde|data=29 de outubro de 2019|acessodata=15 de agosto de 2019|publicado=[[Valor Econômico]]|ultimo=Cristina Fernandes|primeiro=Maria}}</ref> e seu braço direito em assuntos econômicos, [[Paulo Guedes]], [[doutorado]] pela [[Universidade de Chicago]],<ref>{{citar web|url=https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/economia/paulo-guedes-promete-grandes-reformas-manter-gastos-sociais-e-acabar-com-privil%C3%A9gios-1.319124|titulo=Paulo Guedes promete grandes reformas, manter gastos sociais e acabar com privilégios|data=|acessodata=15 de agosto de 2019|publicado=[[Correio do Povo]]|ultimo=|primeiro=}}</ref> foi nomeado seu [[Ministério da Economia (Brasil)|ministro da economia do Brasil]].<ref>{{citar web|url=https://odia.ig.com.br/brasil/2019/01/5607384-paulo-guedes-toma-posse-no-ministerio-da-economia.html|titulo=Paulo Guedes toma posse no Ministério da Economia|data=2 de janeiro de 2019|acessodata=15 de agosto de 2019|publicado=[[O Dia]]|ultimo=Por O Dia|primeiro=}}</ref>


=== Chile ===
=== Chile ===


O termo ''Nueva Derecha'' entrou no [[discurso]] político principal desde a eleição de [[Sebastián Piñera]] em [[2010]], quando o ministro do interior, [[Rodrigo Hinzpeter]], usou-o para descrever seu governo<ref>{{Citar periódico|ultimo=Mostrador|primeiro=El|titulo=La venganza de Hinzpeter y la resurrección de la Nueva Derecha|url=http://www.elmostrador.cl/noticias/pais/2013/10/02/la-venganza-de-hinzpeter-y-la-resurreccion-de-la-nueva-derecha/|jornal=El Mostrador|lingua=es}}</ref>. A introdução do termo por Hinzpeter repercutiu entre jornais, políticos e analistas. De acordo com uma coluna publicada no [[The Clinic (jornal)|The Clinic]], a Nova Direita é diferente da antiga direita ditatorial de [[Augusto Pinochet]], no sentido de que abraça a [[democracia]]<ref>{{Citar periódico|data=2010-06-04|titulo=Pinochetistas están furia con Piñera - The Clinic Online|url=http://www.theclinic.cl/2010/06/04/pinochetistas-estan-furia-con-pinera/|jornal=The Clinic Online|lingua=es-CL}}</ref>. Também é diferente do partido religioso [[conservador]] [[Unión Demócrata Independiente]], na medida em que é mais aberto a discutir questões como o [[divórcio]]. De acordo com a mesma análise, a Nova Direita está se tornando cada vez mais [[Pragmatismo|pragmática]], como demonstrado pela sua decisão de aumentar os [[imposto]]s após o [[Sismo do Chile de 2010|terremoto no chileno em 2010]].
O termo ''Nueva Derecha'' entrou no [[discurso]] político principal desde a eleição de [[Sebastián Piñera]] em [[2010]], quando o ministro do interior, [[Rodrigo Hinzpeter]], usou-o para descrever seu governo<ref>{{Citar periódico|ultimo=Mostrador|primeiro=El|titulo=La venganza de Hinzpeter y la resurrección de la Nueva Derecha|url=http://www.elmostrador.cl/noticias/pais/2013/10/02/la-venganza-de-hinzpeter-y-la-resurreccion-de-la-nueva-derecha/|jornal=El Mostrador|lingua=es}}</ref>. A introdução do termo por Hinzpeter repercutiu entre jornais, políticos e analistas. De acordo com uma coluna publicada no [[The Clinic (jornal)|The Clinic]], a Nova Direita é diferente da antiga direita ditatorial de [[Augusto Pinochet]], no sentido de que abraça a [[democracia]]<ref>{{Citar periódico|data=2010-06-04|titulo=Pinochetistas están furia con Piñera - The Clinic Online|url=http://www.theclinic.cl/2010/06/04/pinochetistas-estan-furia-con-pinera/|jornal=The Clinic Online|lingua=es-CL}}</ref>. Também é diferente do partido religioso [[conservador]] [[Unión Demócrata Independiente]], na medida em que é mais aberto a discutir questões como o [[divórcio]]. De acordo com a mesma análise, a Nova Direita está se tornando cada vez mais [[Pragmatismo|pragmática]], como demonstrado pela sua decisão de aumentar os [[imposto]]s após o [[Sismo do Chile de 2010|terremoto no Chile em 2010]].


=== Coreia do Sul ===
=== Coreia do Sul ===
Linha 73: Linha 75:
* [[Terry Dolan]] - fundador do [[National Conservative Political Action Committee]].
* [[Terry Dolan]] - fundador do [[National Conservative Political Action Committee]].
* [[Phyllis Schlafly]] - ativista [[Antifeminismo|antifeminista]] e fundadora do [[Eagle Forum]].
* [[Phyllis Schlafly]] - ativista [[Antifeminismo|antifeminista]] e fundadora do [[Eagle Forum]].
* [[Newt Gingrich]] - ex-congressista, ex-[[Presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos|presidente da Câmara]], candidato à presidência na [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 2012|eleição americana de 2012]] e autor.
* [[Paul Weyrich]] - fundador da Heritage Foundation e [[Free Congress Foundation]].
* [[Paul Weyrich]] - fundador do ''[[think tank]]'' [[Heritage Foundation]] e [[Free Congress Foundation]].
* [[Ronald Reagan]] - [[presidente dos Estados Unidos]].
* [[Ronald Reagan]] - [[presidente dos Estados Unidos]].


==== Terceiro movimento ====
==== Terceiro movimento ====


Desde [[2016]], o termo "Nova Direita" foi usado para descrever a ''[[alt-lite]]'', apoiadora do presidente [[Donald Trump]], que compartilha muitos pontos de vista da ''alt-right'' ([[direita alternativa]]), mas rejeitam seu [[racismo]] explícito.<ref>[[The Washington Post]] - [https://www.washingtonpost.com/local/alt-right-and-alt-lite-conservatives-plan-dueling-conservative-rallies-sunday-in-dc/2017/06/22/242d8de2-56bd-11e7-9fb4-fa6b3df7bb8a_story.html?utm_term=.4e160dd00a2e ''Alt-right’ and ‘alt-lite’? Conservatives plan dueling conservative rallies Sunday in D.C.''] Justin Wm. Moyer e Perry Stein, 23 de Junho de 2017, {{en}} Acessado em 15/10/2017.</ref><ref>[[CNN]] - [http://edition.cnn.com/2017/08/18/us/boston-free-speech-rally/index.html ''Boston preps for rally touting free speech in wake of Charlottesville.''] Ray Sanchez e Sarah Jorgensen, 18 de Agosto de 2017, {{en}} Acessado em 15/10/2017.</ref><ref>[[Gizmodo]] - [https://gizmodo.com/the-far-right-alliance-is-over-1796418882 ''The Far-Right Alliance Is Over.''] Bryan Menegus, 26 de Junho de 2017, {{en}} Acessado em 15/10/2017.</ref><ref>[https://www.theatlantic.com/politics/archive/2017/01/the-new-right-and-the-alt-right-party-on-a-fractious-night/514001/ The Atlantic] - ''The 'New Right' and the 'Alt-Right' Party on a Fractious Night.'' Rosie Gray, 20 de Janeiro de 2017, {{en}} Acessado em 15/10/2017.</ref><ref>[[The New Yorker]] - [https://www.newyorker.com/news/news-desk/the-alt-right-branding-war-has-torn-the-movement-in-two ''The Alt-Right Branding War Has Torn the Movement in Two.''] Andrew Marantz, 6 de Julho de 2017, {{en}} Acessado em 15/10/2017.</ref>
Desde [[2014]], o termo "Nova Direita" tem sido usado algumas vezes para descrever um grupo de jovens conservadores, [[libertário]]s de direita, [[Liberalismo clássico|liberais clássicos]], [[nacionalista]]s e apoiadores do presidente, Donald Trump. Esse surgimento veio em reação a um aumento do progressismo social, às políticas da [[Presidência de Barack Obama|presidência Obama]], à cultura [[Politicamente correto|politicamente correta]] e à falta de [[Visões políticas na academia estadounidense|faculdades acadêmicas conservadoras]], [[pós-modernismo]] e valores de [[extrema-esquerda]] na [[cultura popular]], preconceito liberal na mídia ''[[Viés midiático|mainstream]]'' e o surgimento do [[socialismo democrático]] e do [[globalismo]]. Esta terceira onda da nova direita não rejeita nem aceita completamente as visões da [[direita alternativa]], incluindo suas visões [[racista]]s, [[antissemita]]s, [[homofóbica]]s e [[Misoginia|misóginas]]. As crenças compartilhadas por seus membros incluem a [[liberdade de expressão]], a eliminação das [[Política identitária|políticas identitárias]] e do [[tokenismo]], o debate aberto de todos os lados do [[espectro político]], o [[livre mercado]], a defesa dos direitos da [[Constituição dos Estados Unidos|Constituição dos EUA]] e uma firme crença no [[Estado-nação]].<ref>[[The Washington Post]] - [https://www.washingtonpost.com/local/alt-right-and-alt-lite-conservatives-plan-dueling-conservative-rallies-sunday-in-dc/2017/06/22/242d8de2-56bd-11e7-9fb4-fa6b3df7bb8a_story.html?utm_term=.4e160dd00a2e ''Alt-right’ and ‘alt-lite’? Conservatives plan dueling conservative rallies Sunday in D.C.''] Justin Wm. Moyer e Perry Stein, 23 de Junho de 2017, {{en}} Acessado em 15/10/2017.</ref> <ref>{{citar web|url=https://www.newsweek.com/alt-right-or-alt-lite-new-guide-adl-classifies-right-wing-activists-639158|titulo='Alt-Right' or 'Alt-Lite'? New Guide From ADL Classifies Right-Wing Activists|data=19 de julho de 2017|acessodata=15 de agosto de 2019|publicado=[[Newsweek]] {{en}}|ultimo=Ziv|primeiro=Stav}}</ref> <ref>{{citar web|URL=https://edition.cnn.com/2017/08/18/us/boston-free-speech-rally/index.html|título=Boston preps for rally touting free speech in wake of Charlottesville|autor=Ray Sanchez, Sarah Jorgensen|data=18 de agosto de 2017|publicado=[[CNN]] {{en}}|acessodata=15 de agosto de 2019}}</ref> <ref>{{citar web|url=https://gizmodo.com/the-far-right-alliance-is-over-1796418882|titulo=The Far-Right Alliance Is Over|data=26 de junho de 2017|acessodata=15 de agosto de 2019|publicado=[[Gizmodo]] {{en}}|ultimo=Menegus|primeiro=Bryan}}</ref> <ref>{{citar web|url=https://www.theatlantic.com/politics/archive/2017/01/the-new-right-and-the-alt-right-party-on-a-fractious-night/514001/|titulo=The 'New Right' and the 'Alt-Right' Party on a Fractious Night|data=20 de janeiro de 2017|acessodata=15 de agosto de 2019|publicado=[[The Atlantic (revista)|The Atlantic]] {{en}}|ultimo=Gray|primeiro=Rosie}}</ref> <ref>{{citar web|url=https://www.newyorker.com/news/news-desk/the-alt-right-branding-war-has-torn-the-movement-in-two|titulo=The Alt-Right Branding War Has Torn the Movement in Two|data=6 de julho de 2017|acessodata=15 de agosto de 2019|publicado=[[The New Yorker]] {{en}}|ultimo=Marantz|primeiro=Andrew}}</ref>

;Figuras do terceiro movimento:

{{Imagem múltipla
| align = right
| direction = vertical
| width = 190
| image1 = Paul Joseph Watson.jpg
| caption1 = [[Paul Joseph Watson]], conservador [[Ingleses|inglês]] que define-se como parte da Nova Direita.<ref name="Matt Pearce">{{citar web|url=https://www.latimes.com/nation/la-na-alt-right-analysis-20161121-story.html|titulo=The ‘alt-right’ splinters as supporters and critics agree it was white supremacy all along|data=29 de novembro de 2016|acessodata=15 de agosto de 2019|publicado=[[Los Angeles Times]]|ultimo=Pearce|primeiro=Matt}}</ref>
| image2 = Judge Jeanine Pirro 2017.jpg
| caption2 = [[Jeanine Pirro]] em 2017.
| image3 = Jordan Peterson (29055000698).jpg
| caption3 = [[Jordan Peterson]] em 2018.
}}

* [[Andrew Breitbart]] – editor conservador, autor, comentarista fundador do site ''[[Breitbart News]]''. Descrito frequentemente como o fundador da terceira Nova Direita.
* [[Ben Shapiro]] – comentarista político conservador, [[escritor]], [[advogado]], e editor chefe do ''[[The Daily Wire]]''.
* [[Steven Crowder]] – comentarista político conservador americano-canadense, ator e [[comediante]]. Apresentador do ''Louder with Crowder''.
* [[Alex Jones]] – [[radialista]] do [[Texas]] e [[Teoria da conspiração|teórico da conspiração]]. Apresentador do ''The Alex Jones Show'' e criador do ''InfoWars'', ''NewsWars'' e ''PrisonPlanet''.
* [[Gavin McInnes]] – escritor, ator e comediante [[Candenses|canadense]], co-fundador do [[Vice Media]] e da [[revista]] ''[[Vice (revista)|Vice]]'', antigo contribuidor do [[The Rebel Media]] e fundador do [[Proud Boys]].
* [[Jordan Peterson]] – [[Psicologia clínica|psicólogo clínico]] canadense e [[professor]] de [[psicologia]] da [[Universidade de Toronto]].
* [[Milo Yiannopoulos]] – [[Polêmica|polemista]] [[Britânicos|britânico]], comentarista político, [[palestrante]] e escritor. Ex editor sênior do [[Breitbart News]].
* [[Tucker Carlson]] – comentarista político conservador, [[repórter]], autor, [[colunista]] que apresenta o [[talk show]] político noturno ''[[Tucker Carlson Tonight]]'' do [[Fox News Channel]].
* [[Jeanine Pirro]] – personalidade de [[TV]], autora, ex-juíza, [[procurador]]a e política republicana de [[Nova York]]. Atual apresentadora do ''[[Justice with Judge Jeanine]]'' do Fox News Channel.
* [[Mark Levin]] – advogado, autor e personalidade do rádio americano. Apresenta o show de rádio sindical ''[[The Mark Levin Show]]'' e ''[[Life, Liberty & Levin]]'' no Fox News Channel.
* [[Jesse Lee Peterson]] – comentarista político conservador, autor e personalidade da mídia.
* [[Stefan Molyneux]] – [[Lista de personalidades do YouTube|personalidade do YouTube]], [[podcaster]] e autor canadense.
* [[Steve Bannon]] – antigo estrategista chefe da [[Casa Branca]] para Donald Trump, executivo de mídia, figura política, antigo investidor bancário, e antigo executivo chefe do Breitbart News.
* [[Lauren Southern]] – ativista política canadense, personalidade do [[YouTube]] e jornalista.
* [[Mark Dice]] – personalidade do YouTube, teórico da conspiração, e autor.
* [[Ethan Van Sciver]] – [[Lista de autores de banda desenhada|desenhista de histórias em quadrinhos]], e personalidade das [[mídias sociais]].
* [[Paul Joseph Watson]] <ref name="Matt Pearce"/> – personalidade do [[YouTube]], radialista e repórter especial ''[[InfoWars]]''.
* [[Candace Owens]] – comentarista e ativista conservadora americana.
* [[Donald Trump]] – [[presidente dos Estados Unidos]], empresário e antiga [[celebridade]] de TV.
* [[Dave Rubin]] – [[polemista]], apresentador de ''talk show'' e criador/apresentador do ''[[The Rubin Report]]''.
* [[Tomi Lahren]] – comentarista político e personalidade de TV do Fox News Channel.
* [[Steve Hilton]] – antigo conselheiro do ex [[primeiro-ministro do Reino Unido]] [[David Cameron]], apresentador do ''[[The Next Revolution]]'' da Fox News.
* [[Mike Cernovich]] – comentarista e personalidade das mídias sociais.<ref>{{citar web|url=https://observer.com/2018/05/new-right-bitcoin-obsessed/|titulo=Why Is the New Right Obsessed With Bitcoin?|data=23 de maio de 2018|acessodata=15 de agosto de 2019|publicado=Observer {{en}}|ultimo=Richardson|primeiro=Davis}}</ref>
* [[Doug Ford Jr.]] – 26º [[primeiro-ministro de Ontário]].


=== França ===
=== França ===
Linha 85: Linha 127:


Na [[França]], a ''Nouvelle Droite'' tem sido usada como um termo para descrever um grupo de reflexão moderno de filósofos e intelectuais políticos franceses liderados por [[Alain de Benoist]]. Outro intelectual notável, que já faz parte da [[Groupement de recherche et d'études pour la civilisation européenne|GRECE]] de Alain de Benoist, é [[Guillaume Faye]].<ref>{{Citar periódico|data=2014-12-20|titulo=An Introduction To The European New Right|url=https://www.socialmatter.net/2014/12/20/introduction-european-new-right/|jornal=Social Matter|lingua=en-US}}</ref> Apesar de serem acusados por alguns críticos como sendo de "[[extrema direita]]" em suas crenças, eles afirmam que suas idéias transcendem a divisão tradicional [[Esquerda e direita (política)|esquerda-direita]] e encorajam ativamente o livre [[debate]]. A França também possui um grupo identificado com a Nova Direita (relacionado com o [[Thule-Seminar]] da [[Alemanha]]); que é o Terre et Peuple de Pierre Vial, que já foi parte integrante e membro fundador da GRECE de Alain de Benoist.
Na [[França]], a ''Nouvelle Droite'' tem sido usada como um termo para descrever um grupo de reflexão moderno de filósofos e intelectuais políticos franceses liderados por [[Alain de Benoist]]. Outro intelectual notável, que já faz parte da [[Groupement de recherche et d'études pour la civilisation européenne|GRECE]] de Alain de Benoist, é [[Guillaume Faye]].<ref>{{Citar periódico|data=2014-12-20|titulo=An Introduction To The European New Right|url=https://www.socialmatter.net/2014/12/20/introduction-european-new-right/|jornal=Social Matter|lingua=en-US}}</ref> Apesar de serem acusados por alguns críticos como sendo de "[[extrema direita]]" em suas crenças, eles afirmam que suas idéias transcendem a divisão tradicional [[Esquerda e direita (política)|esquerda-direita]] e encorajam ativamente o livre [[debate]]. A França também possui um grupo identificado com a Nova Direita (relacionado com o [[Thule-Seminar]] da [[Alemanha]]); que é o Terre et Peuple de Pierre Vial, que já foi parte integrante e membro fundador da GRECE de Alain de Benoist.

=== Grécia ===

[[Failos Kranidiotis]], um político grego que havia sido expulso do [[Nova Democracia (Grécia)|Nova Democracia]] pelo presidente [[Kyriákos Mitsotákis]], por expressar visões mais semelhantes aos do rival [[Aurora Dourada]] do que as do ex-[[primeiro-ministro da Grécia]], [[Konstantínos Mitsotákis]], cujo legado expressava o princípio mais importante de sua liderança recentemente eleita, incluindo [[Adonis Georgiadis]] que tinha sido membro desde que deixou o [[Concentração Popular Ortodoxa]] de [[extrema direita]] em 2012, em vez daqueles expressos pelos chefes anteriores do partido que tinham amizades próximas com ele, especificamente [[Kostas Karamanlís]], [[Antónis Samarás]] e [[Vangelis Meimarakis]], fundaram o partido [[Nova Direita (Grécia)|Nova Direita]] baseado no [[nacional-liberalismo]] em Maio de 2016.<ref>{{citar web|URL=https://ore.exeter.ac.uk/repository/bitstream/handle/10871/31970/10341-17289-2-PB.pdf?sequence=1&isAllowed=y|título=Economic crisis, social and political impact. The new right-wing extremism in Greece|autor=Vasiliki Georgiadou, Lamprini Rori|data=5 de março de 2018|publicado=[[Universidade de Exeter]] {{en}}|acessodata=13 de agosto de 2019}}</ref>


=== Holanda ===
=== Holanda ===


O [[Nieuw Rechts]] (NR) foi o nome de um partido político de extrema-direita / nacionalista na [[Holanda]] de [[2003]] a [[2007]]. O [[Partij voor de Vrijheid]] (PVV - "partido da liberdade"), fundado em [[2005]] e liderado por [[Geert Wilders]], também é um movimento de Nova Direita.<ref>''Identity, Belonging and Migration.'' Autores: Gerard Delanty, Ruth Wodak & Paul Jones. Oxford University Press, 2008, pág. 262, {{en}} ISBN 9781846314537 Adicionado em 15/10/2017.</ref> Desde Março de 2017, o [[Forum voor Democratie]] (FvD) é outro novo partido de direita no [[Estados Gerais dos Países Baixos|Parlamento]].
O [[Nieuw Rechts]] (NR) foi o nome de um partido político de extrema-direita / nacionalista na [[Holanda]] de [[2003]] a [[2007]]. O [[Partij voor de Vrijheid]] (PVV - "partido da liberdade"), fundado em [[2005]] e liderado por [[Geert Wilders]], também é um movimento de Nova Direita.<ref>''Identity, Belonging and Migration.'' Autores: Gerard Delanty, Ruth Wodak & Paul Jones. Oxford University Press, 2008, pág. 262, {{en}} ISBN 9781846314537 Adicionado em 15/10/2017.</ref> Desde Março de 2017, o [[Forum voor Democratie]] (FvD) é outro novo partido de direita no [[Estados Gerais dos Países Baixos|Parlamento]].

=== Israel ===

[[Nova Direita (Israel)|Nova Direita]] ([[Língua hebraica|hebraico]]: הימין החדש, ''HaYamin HeHadash'') é um partido político de direita em [[Israel]], fundado em 2018 e liderado por [[Ayelet Shaked]] e [[Naftali Bennett]],<ref>{{citar web|url=https://www.timesofisrael.com/bennett-shaked-expected-to-announce-break-from-jewish-home-form-new-party/|titulo=Bennett, Shaked quit Jewish Home, announce formation of 'The New Right'|data=29 de dezembro de 2018|acessodata=13 de agosto de 2019|publicado=[[The Times of Israel]] {{en}}|ultimo=Wootliff|primeiro=Raoul}}</ref> que pretende ser aberto a pessoas seculares e religiosas. O partido defende a preservação de uma direita forte em Israel.


=== Nova Zelândia ===
=== Nova Zelândia ===
Linha 113: Linha 163:


{{Principal|Thatcherismo}}
{{Principal|Thatcherismo}}




No [[Reino Unido]], o termo ''New Right'' refere-se mais especificamente a uma vertente do [[conservadorismo]] influenciado por [[Margaret Thatcher]] e [[Ronald Reagan]]. O estilo de [[ideologia]] New Right de Thatcher, conhecido como "thatcherismo", foi fortemente influenciado pelo trabalho de [[Friedrich Hayek]] (em particular o livro ''[[O Caminho da Servidão]]''). Eles estavam ideologicamente comprometidos com uma versão econômica do [[libertarianismo]], além de serem [[Conservadorismo social|socialmente conservadores]]. As principais políticas incluíram a [[desregulamentação]] dos [[negócio]]s, o desmantelamento do [[Estado de bem-estar social]], a [[privatização]] das [[Empresa estatal|empresas estatais]] e a reestruturação da [[força de trabalho]] nacional, a fim de aumentar a flexibilidade industrial e econômica em um mercado cada vez mais global.<ref>''The Conservatives under David Cameron: Built to Last?'' Autores: S. Lee & M. Beech. Springer, 2009, págs. 23-24, {{en}} ISBN 9780230237025 Adicionado em 15/10/2017.</ref>{{clr}}
No [[Reino Unido]], o termo ''New Right'' refere-se mais especificamente a uma vertente do [[conservadorismo]] influenciado por [[Margaret Thatcher]] e [[Ronald Reagan]]. O estilo de [[ideologia]] New Right de Thatcher, conhecido como "thatcherismo", foi fortemente influenciado pelo trabalho de [[Friedrich Hayek]] (em particular o livro ''[[O Caminho da Servidão]]''). Eles estavam ideologicamente comprometidos com uma versão econômica do [[libertarianismo]], além de serem [[Conservadorismo social|socialmente conservadores]]. As principais políticas incluíram a [[desregulamentação]] dos [[negócio]]s, o desmantelamento do [[Estado de bem-estar social]], a [[privatização]] das [[Empresa estatal|empresas estatais]] e a reestruturação da [[força de trabalho]] nacional, a fim de aumentar a flexibilidade industrial e econômica em um mercado cada vez mais global.<ref>''The Conservatives under David Cameron: Built to Last?'' Autores: S. Lee & M. Beech. Springer, 2009, págs. 23-24, {{en}} ISBN 9780230237025 Adicionado em 15/10/2017.</ref>{{clr}}

Revisão das 00h13min de 15 de agosto de 2019

Nova Direita é usado em vários países como um termo descritivo para várias políticas ou grupos associados à direita política. Também foi usado para descrever o surgimento de partidos da Europa Oriental após o dissolução da União Soviética e da chamada descomunização dos países que a integravam.[1]

Nova Direita por país

Alemanha

Na Alemanha, o Neue Rechte (literalmente, Nova Direita) consiste em duas partes: os Jungkonservative ("jovens conservadores"), que procuram seguidores entre a população mais conservadora, e os Nationalrevolutionäre ("revolucionários nacionais"), que procuram seguidores na ultra-direita alemã, usando a retórica de políticos nazistas como Gregor e Otto Strasser. Outro grupo notável da Nova Direita na Alemanha é o Thule-Seminar de Pierre Krebs.

Austrália

John Howard.

Na Austrália, o "Nova Direita" refere-se a um movimento das décadas de 1970/1980 tanto dentro como fora da Coalizão Liberal / Nacional, que defende políticas economicamente liberais e de políticas socialmente conservadoras (em oposição a "Velha Direita" que defendia políticas economicamente conservadoras e liberais com visões mais socialmente liberais). Ao contrário do Reino Unido e dos Estados Unidos, mas, como a vizinha Nova Zelândia, a década de 1980 viu o Partido Trabalhista Australiano iniciar reformas econômicas de terceira via, que têm alguma familiaridade com a ideologia da "Nova Direita". Depois que a coligação de John Howard foi vitoriosa encerrando 13 anos do governo do trabalhista Bob Hawke nas eleições federais de 1996, as reformas econômicas foram adotadas, alguns exemplos de desregulamentação do mercado de trabalho por (por exemplo, as reformas denominadas WorkChoices), a introdução de um imposto sobre bens e serviços (GST), a privatização do monopólio das telecomunicações (Telstra) e a reforma abrangente na assistência social, incluindo o work for the dole (emprego subsidiado). A H. R. Nicholls Society, um grupo de reflexão que defende a desregulamentação completa do local de trabalho, contém alguns deputados liberais como membros e é classificado como Nova Direita.

O liberalismo econômico, também chamado de racionalismo econômico na Austrália, foi usado pela primeira vez pelo trabalhista Gough Whitlam.[2] É uma filosofia que tende a defender uma economia de mercado livre, uma maior desregulamentação, privatização, menor tributação direta e maior tributação indireta e uma redução do tamanho do estado de bem-estar social. Os políticos que preferem a ideologia da Nova Direita foram chamados de dries ("secos"), enquanto aqueles que defendiam a continuação das políticas econômicas do consenso pós-guerra, tipicamente a economia keynesiana, ou eram mais socialmente liberais, eram chamados de wets ("molhados" - termo que foi similarmente usado na Grã-Bretanha para se referir aos conservadores que opuseram-se às políticas econômicas Thatcheristas, mas "secos" neste contexto era muito mais raro no uso britânico).

Brasil

Ver artigo principal: Conservadorismo no Brasil
Olavo de Carvalho, apontado como o "padroeiro" da Nova Direita brasileira, à qual ele também já criticou e diz não fazer parte.[3]

A Nova Direita brasileira cresceu acentuadamente nos últimos anos dentro da população, intelectualidade e academia. Isto se deve, principalmente, a um desapontamento generalizado com o governo da esquerda e suas políticas.[4] Também por causa de uma cultura que veio se formando nos últimos anos no Brasil através do mercado de bens simbólicos, identificado com o politicamente incorreto.[5]

Este novo movimento distingue-se do que é conhecido no Brasil como "velha direita", que foi associada ideologicamente ao governo militar brasileiro, à UDN e ao integralismo.[6] É identificado por pontos de vista positivos sobre democracia, liberdade individual, capitalismo de livre mercado, redução da burocracia, privatização de empresas estatais, cortes de impostos, reformas políticas e parlamentares. Ele rejeita o "marxismo cultural", o socialismo do século XXI, o populismo [7] e o gramscismo.[8]

Houve dois fenômenos principais relacionados ao surgimento do nova direita brasileira: o Movimento Brasil Livre, que conseguiu reunir milhões de pessoas em manifestações contra o governo em março de 2015;[9] e a criação do Partido Novo e Libertários, o primeiro partido liberal desde a Primeira República Brasileira.[10]

Alguns dos pensadores da nova direita brasileira são: Paulo Francis,[11] Roberto Campos,[12] Padre Paulo Ricardo, e Rodrigo Constantino (segundo eles mesmos), Olavo de Carvalho,[13] Kim Kataguiri [14] (segundo o site Diplomatique, do Le Monde), Danilo Gentili [15] (segundo o Estadão), Luiz Felipe Pondé,[16] José Guilherme Merquior,[13] Bruno Tolentino [13] e Miguel Reale.[13]

Como resultado desse movimento, na eleição presidencial de 2018, Jair Bolsonaro foi eleito presidente com 55% dos votos [17] e seu braço direito em assuntos econômicos, Paulo Guedes, doutorado pela Universidade de Chicago,[18] foi nomeado seu ministro da economia do Brasil.[19]

Chile

O termo Nueva Derecha entrou no discurso político principal desde a eleição de Sebastián Piñera em 2010, quando o ministro do interior, Rodrigo Hinzpeter, usou-o para descrever seu governo[20]. A introdução do termo por Hinzpeter repercutiu entre jornais, políticos e analistas. De acordo com uma coluna publicada no The Clinic, a Nova Direita é diferente da antiga direita ditatorial de Augusto Pinochet, no sentido de que abraça a democracia[21]. Também é diferente do partido religioso conservador Unión Demócrata Independiente, na medida em que é mais aberto a discutir questões como o divórcio. De acordo com a mesma análise, a Nova Direita está se tornando cada vez mais pragmática, como demonstrado pela sua decisão de aumentar os impostos após o terremoto no Chile em 2010.

Coreia do Sul

Na Coreia do Sul, o movimento Nova Direita é uma tentativa coreana de política neoconservadora. O governo de Lee Myung-bak e o conservador Partido Coreia Liberdade, é conhecido por ser um benfeitor do movimento doméstico da Nova Direita.[22]

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, New Right refere-se a três movimentos políticos conservadores historicamente distintos.[23] Estas "novas direitas" americanas são distintas e opostas à tradição mais moderada dos chamados "republicanos Rockefeller". A Nova Direita também difere da Velha Direita (1933-1955) sobre questões relativas à política externa, com os neoconservadores opostos ao não intervencionismo da Velha Direita.[23]

Primeiro movimento

A primeira New Right (1955-1964) foi centrada em torno dos libertários, tradicionalistas e anticomunistas no National Review de William F. Buckley Jr.[23] Sociólogos e jornalistas usaram o termo "Nova Direita" desde a década de 1950; foi usado pela primeira vez como auto-identificação em 1962 pelo grupo ativista estudantil Young Americans for Freedom.[24]

Margaret Thatcher e Ronald Reagan (Camp David, EUA, 1986).

O primeiro movimento New Right abraçou o "fusionismo" (economia liberal clássica, valores sociais tradicionais e um ardente anticomunismo) [23] e reuniu-se através da organização de base nos anos anteriores à campanha presidencial de Barry Goldwater em 1964. A campanha de Goldwater, apesar de não vencer o presidente interino, Lyndon B. Johnson, galvanizou a formação de um novo movimento político.

Figuras do primeiro movimento Nova Direita

Segundo movimento

O segundo New Right (1964 até o presente) foi formado na sequência da campanha Goldwater e teve um tom mais populista do que o primeiro New Right. A segunda Nova Direita tende a se concentrar em questões sociais e soberania nacional (como os tratados Torrijos-Carter) e muitas vezes foi associada com a direita cristã.[25] A segundo New Right formou uma abordagem política e um aparelho eleitoral que levou Ronald Reagan à Casa Branca na eleição presidencial de 1980. A New Right foi organizada no American Enterprise Institute e Heritage Foundation para combater o establishment liberal do EUA. Em Think Tanks de elite e organizações comunitárias locais, novas políticas, estratégias de marketing e estratégias eleitorais foram criadas nas últimas décadas para promover políticas fortemente conservadoras.[26] Foi ignorado pelos estudiosos até o final da década de 1980, mas a formação da Nova Direita é agora uma das áreas de pesquisa histórica em mais rápido crescimento.

Figuras da segunda Nova Direita

Terceiro movimento

Desde 2014, o termo "Nova Direita" tem sido usado algumas vezes para descrever um grupo de jovens conservadores, libertários de direita, liberais clássicos, nacionalistas e apoiadores do presidente, Donald Trump. Esse surgimento veio em reação a um aumento do progressismo social, às políticas da presidência Obama, à cultura politicamente correta e à falta de faculdades acadêmicas conservadoras, pós-modernismo e valores de extrema-esquerda na cultura popular, preconceito liberal na mídia mainstream e o surgimento do socialismo democrático e do globalismo. Esta terceira onda da nova direita não rejeita nem aceita completamente as visões da direita alternativa, incluindo suas visões racistas, antissemitas, homofóbicas e misóginas. As crenças compartilhadas por seus membros incluem a liberdade de expressão, a eliminação das políticas identitárias e do tokenismo, o debate aberto de todos os lados do espectro político, o livre mercado, a defesa dos direitos da Constituição dos EUA e uma firme crença no Estado-nação.[27] [28] [29] [30] [31] [32]

Figuras do terceiro movimento
Paul Joseph Watson, conservador inglês que define-se como parte da Nova Direita.[33]
Jeanine Pirro em 2017.

França

Ver artigo principal: Nouvelle Droite

Na França, a Nouvelle Droite tem sido usada como um termo para descrever um grupo de reflexão moderno de filósofos e intelectuais políticos franceses liderados por Alain de Benoist. Outro intelectual notável, que já faz parte da GRECE de Alain de Benoist, é Guillaume Faye.[35] Apesar de serem acusados por alguns críticos como sendo de "extrema direita" em suas crenças, eles afirmam que suas idéias transcendem a divisão tradicional esquerda-direita e encorajam ativamente o livre debate. A França também possui um grupo identificado com a Nova Direita (relacionado com o Thule-Seminar da Alemanha); que é o Terre et Peuple de Pierre Vial, que já foi parte integrante e membro fundador da GRECE de Alain de Benoist.

Grécia

Failos Kranidiotis, um político grego que havia sido expulso do Nova Democracia pelo presidente Kyriákos Mitsotákis, por expressar visões mais semelhantes aos do rival Aurora Dourada do que as do ex-primeiro-ministro da Grécia, Konstantínos Mitsotákis, cujo legado expressava o princípio mais importante de sua liderança recentemente eleita, incluindo Adonis Georgiadis que tinha sido membro desde que deixou o Concentração Popular Ortodoxa de extrema direita em 2012, em vez daqueles expressos pelos chefes anteriores do partido que tinham amizades próximas com ele, especificamente Kostas Karamanlís, Antónis Samarás e Vangelis Meimarakis, fundaram o partido Nova Direita baseado no nacional-liberalismo em Maio de 2016.[36]

Holanda

O Nieuw Rechts (NR) foi o nome de um partido político de extrema-direita / nacionalista na Holanda de 2003 a 2007. O Partij voor de Vrijheid (PVV - "partido da liberdade"), fundado em 2005 e liderado por Geert Wilders, também é um movimento de Nova Direita.[37] Desde Março de 2017, o Forum voor Democratie (FvD) é outro novo partido de direita no Parlamento.

Israel

Nova Direita (hebraico: הימין החדש, HaYamin HeHadash) é um partido político de direita em Israel, fundado em 2018 e liderado por Ayelet Shaked e Naftali Bennett,[38] que pretende ser aberto a pessoas seculares e religiosas. O partido defende a preservação de uma direita forte em Israel.

Nova Zelândia

Na Nova Zelândia, como na Austrália, foi o Partido Trabalhista que inicialmente adotou as políticas econômicas da "Nova Direita", ao mesmo tempo em que prosseguiu com posições sociais liberais, como a descriminalização da homossexualidade masculina, a igualdade de remuneração para as mulheres e a adoção de uma política sem armas nucleares. Isso significou um realinhamento temporário na política da Nova Zelândia, pois os eleitores da classe média da "Nova Direita" votaram nos trabalhistas nas eleições gerais da Nova Zelândia de 1987, em aprovação por suas políticas econômicas. No início, os trabalhistas incorporaram muitos departamentos governamentais e ativos estatais, emulando o governo conservador de Margaret Thatcher e os privatizou completamente durante o segundo mandato do Partido Trabalhista. No entanto, a recessão e a privatização resultaram em tensões crescentes no Partido Trabalhista, que levaram ao cisma, e a saída de Jim Anderton e a fundação de seu NewLabour Party, que mais tarde fez parte do Alliance com os Verdes e outros opositores da política econômica da Nova Direita.

No entanto, a dissidência e o cisma não se limitaram apenas ao Partido Trabalhista e ao Alliance. Durante o segundo mandato do Partido Trabalhista, o opositor Partido Nacional da Nova Zelândia (popularmente conhecido como "Nacional") selecionou Ruth Richardson como porta-voz de finanças da oposição e, quando o Nacional ganhou as eleições gerais de 1990, Richardson tornou-se ministra das finanças, enquanto Jenny Shipley tornou-se ministro da previdência social. Richardson introduziu a legislação de dessindicalização, conhecida como Lei de Contratos de Emprego, em 1991, enquanto Shipley promoveu cortes de benefícios sociais, destinados a reduzir a "dependência do estado bem-estar" - ambas as principais iniciativas políticas da Nova Direita.

Logotipo do Labour (décadas 1960-1990), como também é conhecido o Partido Trabalhista da Nova Zelândia.

No início dos anos 1990, o deputado nacional rebelde Winston Peters também opôs-se às políticas econômicas da New Right e levou seu antigo bloco de votação para fora do Partido Nacional. Como resultado, seu partido o anti-monetarista Nova Zelândia Primeiro tornou-se um parceiro de coalizão tanto para os governos de coalizão liderados pelo governo nacional (1996-98) como para os trabalhistas (2005-08). Devido à introdução do sistema eleitoral de representação proporcional mista, um novo partido de "associação de consumidores e contribuintes" (ACT Nova Zelândia), foi formado por ex trabalhistas aliados da Nova Direita, como Richard Prebble e outros, e mantendo as iniciativas da política econômica da Nova Direita, tais como o contratos de trabalho, ao mesmo tempo em que introduziram "reformas do bem-estar social" de estilo estadounidense. O ACT aspirou a se tornar o parceiro da coalizão de centro-direita do país, o que foi dificultado pela falta de unidade partidária e liderança populista a quem muitas vezes faltou direção estratégica.

Quanto aos trabalhistas e o "Nacional", seus destinos estavam entrelaçados. Os trabalhistas ficaram sem cargos durante a maior parte dos anos 1990, apenas recuperando o poder quando Helen Clark levou a vitória numa coalizão do Partido Trabalhista / Alliance e do governo de centro-esquerda (1999-2002). No entanto, esta aliança desintegrou-se em 2002.

O Nacional foi derrotado em 1999 devido à ausência de um parceiro de coalizão adequado e estável, desde a desintegração parcial do Nova Zelândia Primeiro, depois que Winston Peters abandonou a coalizão nacional anterior. Quando Bill English assumiu o "Nacional", pensou-se que ele poderia levar a oposição para longe das políticas econômicas e sociais anteriores de linha dura da New Right, mas sua indecisão e falta de direção política firme levaram a ACT Nova Zelândia a ganhar votos dos eleitores classe média de Nova Direita em 2002. Quando Don Brash assumiu o cargo, tais eleitores retornaram ao seio do Nacional, causando seu ressurgimento nas eleições gerais da Nova Zelândia de 2005. No entanto, ao mesmo tempo, o ACT Nova Zelândia criticou fortemente por se desviar das suas primeiras perspectivas de política econômica da New Right, e na mesma eleição, o Nacional fez pouco para permitir a sobrevivência do ACT. Don Brash renunciou como líder do partido nacional, sendo substituído por John Key, visto como mais moderado.

Quanto à centro-esquerda, Helen Clark e sua coalizão liderada pelo Partido Trabalhista foram criticados pelos ex-membros do Alliance e por organizações não governamentais por sua alegada falta de atenção às políticas sociais de centro-esquerda, enquanto a afiliação sindical se recuperou devido a revogação da Lei de Contratos de Emprego de 1991 e desregulamentação do mercado de trabalho e a dessindicalização que a acompanhou nos anos 1990. É plausível que Clark e seu gabinete tenham sido influenciados por Tony Blair e seu governo trabalhista britânico, que prossegue um equilíbrio entre a responsabilidade social e fiscal no governo.

Polônia

Na Polônia, o libertário conservador [39][40][41][42][43][44] e eurocético Kongres Nowej Prawicy ("Congresso da Nova Direita") foi fundado em 25 de Março de 2011 com a fusão dos antigos partidos Wolność i Praworządność ("Liberdade e Legalidade" - WiP) e Unia Polityki Realnej ("União da Política Real" - UPR) por Janusz Korwin-Mikke. É apoiado por eleitores desapontados, alguns conservadores, pessoas que querem legalizar a maconha e os cidadãos que endossam o mercado livre e o capitalismo.

Reino Unido

Ver artigo principal: Thatcherismo

No Reino Unido, o termo New Right refere-se mais especificamente a uma vertente do conservadorismo influenciado por Margaret Thatcher e Ronald Reagan. O estilo de ideologia New Right de Thatcher, conhecido como "thatcherismo", foi fortemente influenciado pelo trabalho de Friedrich Hayek (em particular o livro O Caminho da Servidão). Eles estavam ideologicamente comprometidos com uma versão econômica do libertarianismo, além de serem socialmente conservadores. As principais políticas incluíram a desregulamentação dos negócios, o desmantelamento do Estado de bem-estar social, a privatização das empresas estatais e a reestruturação da força de trabalho nacional, a fim de aumentar a flexibilidade industrial e econômica em um mercado cada vez mais global.[45]

Ver também

Referências

  1. The New Right in the New Europe: Czech Transformation and Right-Wing Politics, 1989–2006. Autor: Seán Hanley. Routledge, 2007, (em inglês) ISBN 9781134295654 Adicionado em 15/10/2017.
  2. Universidade de Queensland - Economic rationalism. John Quiggin, Universidade James Cook, 12 de Maio de 1997, (em inglês) Acessado em 15/10/2017.
  3. BBC - Olavo de Carvalho, o 'parteiro' da nova direita que diz ter dado à luz flores e lacraias. João Fellet, 16 de Dezembro de 2016. Acessado em 15/10/2017.
  4. Academia.edu - Brazil: The Failure of the PT and the Rise of the ‘New Right’. Alfredo Saad-Filho & Armando Boito. Socialist Register, Merlin Press, págs. 213–230. 2016, (em inglês) Acessado em 15/10/2017.
  5. Di Carlo, Josnei; Kamradt, João (2018). «Bolsonaro e a cultura do politicamente incorreto na política brasileira». Teoria e Cultura 
  6. Integralismo.org - Manifesto de 7 de Outubro de 1932. Acessado em 15/10/2017.
  7. Folha de S.Paulo - Liberais, libertários e conservadores, uni-vos. Patrícia Campos Mello, 5 de Outubro de 2014, Acessado em 15/10/2017.
  8. Secco, Lincoln (10 de maio de 2019). «Gramscismo: uma ideologia da extrema-direita».
    (...) "o escritor Olavo de Carvalho, que viria a se tornar um ideólogo da nova direita, lançou um livro contra Gramsci, em que o descrevia como o “profeta da imbecilidade, o guia de imbecis“."
    (...) "Ele usou várias metáforas sexuais para descrever conceitos de Gramsci: “sedução”, “estupro”, “sacudir as banhas” (sic), “sacanagem”, “suruba ideológica”, “etapa orgiástica”, “Antônio-só-a-cabecinha-Gramsci” e “penetração camuflada”."
    Carta Maior. Consultado em 15 de agosto de 2019
  9. The Politics of the Right: Socialist Register 2016. Autores: Leo Panitch & Greg Albo. NYU Press, 2015, pág. 225, (em inglês) Adicionado em 15/10/2017.
  10. Interlibertarian (em inglês) Acessado em 15/10/2017.
  11. Paulo Francis, Daniel Piza (1977). Waaal: o dicionário da corte de Paulo Francis, pág. 09. [S.l.]: Companhia das Letras. ISBN 9788571645714  Adicionado em 15 de agosto de 2019.
  12. «Biografia». Academia.org. Consultado em 15 de agosto de 2019 
  13. a b c d Nei Lemos Schulz, Gerson. «Um gênio conservador. Saiba mais sobre a trajetória e o pensamento do filósofo e político britânico Edmund Burke, um ícone do conservadorismo». Archive.is (em inglês). Consultado em 15 de agosto de 2019 
  14. [http://diplomatique.org.br/think-tanks-ultraliberais-e-nova-direita-brasileira/.
  15. [http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,a-maquina-barulhenta-da-direita-na-internet,70001714254.
  16. Felipe Pondé, Luiz (24 de setembro de 2012). «Contra os comissários da ignorância». Folha de S. Paulo. Consultado em 15 de agosto de 2019 
  17. Cristina Fernandes, Maria (29 de outubro de 2019). «Bolsonaro é eleito com 55,1% dos votos e nulos batem recorde». Valor Econômico. Consultado em 15 de agosto de 2019 
  18. «Paulo Guedes promete grandes reformas, manter gastos sociais e acabar com privilégios». Correio do Povo. Consultado em 15 de agosto de 2019 
  19. Por O Dia (2 de janeiro de 2019). «Paulo Guedes toma posse no Ministério da Economia». O Dia. Consultado em 15 de agosto de 2019 
  20. Mostrador, El. «La venganza de Hinzpeter y la resurrección de la Nueva Derecha». El Mostrador (em espanhol) 
  21. «Pinochetistas están furia con Piñera - The Clinic Online». The Clinic Online (em espanhol). 4 de junho de 2010 
  22. East Asia’s New Democracies: Deepening, Reversal, Non-liberal Alternatives. Autores: Yin-wah Chu & Siu-lun Wong. Routledge, 2010, pág. 199, (em inglês) ISBN 9781136991097 Adicionado em 15/10/2017.
  23. a b c d American Conservatism: An Encyclopedia. Autores: Bruce Frohnen, Jeremy Beer & Jeffrey O. Nelson. ISI Books, 2006, págs. 624, 625, 338, 341, (em inglês) ISBN 9781932236439 Adicionado em 15/10/2017.
  24. The New Right: We're Ready to Lead. Autor: Richard A. Viguerie. Viguerie Company, 1981, pág. 53, (em inglês) ISBN 9780960481422 Adicionado em 15/10/2017.
  25. The conservative movement. Autores: Paul Gottfried & Thomas Fleming. Twayne Publishers, 1988, págs. 77-95, (em inglês) ISBN 9780805797237 Adicionado em 15/10/2017.
  26. Think Tanks: The Brain Trusts of US Foreign Policy. Autor: Kubilay Yado Arin. Springer Science & Business Media, 2013, (em inglês) ISBN 9783658029357 Adicionado em 15/10/2017.
  27. The Washington Post - Alt-right’ and ‘alt-lite’? Conservatives plan dueling conservative rallies Sunday in D.C. Justin Wm. Moyer e Perry Stein, 23 de Junho de 2017, (em inglês) Acessado em 15/10/2017.
  28. Ziv, Stav (19 de julho de 2017). «'Alt-Right' or 'Alt-Lite'? New Guide From ADL Classifies Right-Wing Activists». Newsweek (em inglês). Consultado em 15 de agosto de 2019 
  29. Ray Sanchez, Sarah Jorgensen (18 de agosto de 2017). «Boston preps for rally touting free speech in wake of Charlottesville». CNN (em inglês). Consultado em 15 de agosto de 2019 
  30. Menegus, Bryan (26 de junho de 2017). «The Far-Right Alliance Is Over». Gizmodo (em inglês). Consultado em 15 de agosto de 2019 
  31. Gray, Rosie (20 de janeiro de 2017). «The 'New Right' and the 'Alt-Right' Party on a Fractious Night». The Atlantic (em inglês). Consultado em 15 de agosto de 2019 
  32. Marantz, Andrew (6 de julho de 2017). «The Alt-Right Branding War Has Torn the Movement in Two». The New Yorker (em inglês). Consultado em 15 de agosto de 2019 
  33. a b Pearce, Matt (29 de novembro de 2016). «The 'alt-right' splinters as supporters and critics agree it was white supremacy all along». Los Angeles Times. Consultado em 15 de agosto de 2019 
  34. Richardson, Davis (23 de maio de 2018). «Why Is the New Right Obsessed With Bitcoin?». Observer (em inglês). Consultado em 15 de agosto de 2019 
  35. «An Introduction To The European New Right». Social Matter (em inglês). 20 de dezembro de 2014 
  36. Vasiliki Georgiadou, Lamprini Rori (5 de março de 2018). «Economic crisis, social and political impact. The new right-wing extremism in Greece» (PDF). Universidade de Exeter (em inglês). Consultado em 13 de agosto de 2019 
  37. Identity, Belonging and Migration. Autores: Gerard Delanty, Ruth Wodak & Paul Jones. Oxford University Press, 2008, pág. 262, (em inglês) ISBN 9781846314537 Adicionado em 15/10/2017.
  38. Wootliff, Raoul (29 de dezembro de 2018). «Bennett, Shaked quit Jewish Home, announce formation of 'The New Right'». The Times of Israel (em inglês). Consultado em 13 de agosto de 2019 
  39. SZ-N - Leader of Poland's Euro-sceptic party believes: "Women should not have right to vote." 7 de Abril de 2014, (em inglês) Acessado em 15/10/2017.
  40. The Conversation - EU election: Polish campaign dominated by Ukraine crisis. 23 de Maio de 2014, (em inglês) Acessado em 15/10/2017.
  41. Reuters - UKIP, 5-Star welcome Polish radical to save EU voting bloc. Alastair Macdonald, 20 de Outubro de 2014, (em inglês) Acessado em 15/10/2017.
  42. The Japan Times - Polish MEP’s racial slur sparks anger. 17 de Julho de 2014, (em inglês) Acessado em 15/10/2017.
  43. The Daily Caller - Ron Paul supporters photobomb Mitt Romney’s visit to Poland. Geoffrey Malloy, 30 de Julho de 2012, (em inglês) Acessado em 15/10/2017.
  44. Sputnik News - Polish presidential candidate in this year's elections, Jacek Wilk said that if he comes to power, he will introduce several major reforms in Poland that will free economy from a huge number of legal curbs, including EU restrictions. 24 de Janeiro de 2015, (em inglês) Acessado em 15/10/2017.
  45. The Conservatives under David Cameron: Built to Last? Autores: S. Lee & M. Beech. Springer, 2009, págs. 23-24, (em inglês) ISBN 9780230237025 Adicionado em 15/10/2017.

Literatura adicional

  • New Left, New Right and Beyond: Taking the Sixties Seriously. Autor: G. Andrews, R. Cockett, A. Hooper & M. Williams. Palgrave Macmillan UK, 1999, (em inglês) ISBN 9780333741474 Adicionado em 15/10/2017.
  • Think Tanks: The Brain Trusts of US Foreign Policy. Autor: Kubilay Yado Arin. Springer Science & Business Media, 2013, (em inglês) ISBN 9783658029357 Adicionado em 15/10/2017.
  • Cowboy Conservatism: Texas and the Rise of the Modern Right. Autor: Sean Cunningham. University Press of Kentucky, 2010, (em inglês) ISBN 9780813173719 Adicionado em 15/10/2017.
  • Governance and Public Policy in the United Kingdom. Autores: David Richards & Martin J. Smith. Oxford University Press, 2002. págs. 92–121, (em inglês) ISBN 9780199243921 Adicionado em 15/10/2017.
  • Losing Ground: American Social Policy, 1950–1980. Autor: Charles A. Murray. BasicBooks, 1984, (em inglês) ISBN 9780465042333 Adicionado em 15/10/2017.
  • The Underclass Revisited. Autor: Charles A. Murray. American Enterprise Institute, 1999, (em inglês) ISBN 9780844771311 Adicionado em 15/10/2017.
  • Thinking About Crime. Autor: James Wilson. Basic Books, 2013, (em inglês) ISBN 9780465048847 Adicionado em 15/10/2017.
  • Crime and human nature. Autores: James Q. Wilson & Richard J. Herrnstein. Simon and Schuster, 1985, (em inglês) ISBN 9780671541309 Adicionado em 15/10/2017.

Ligações externas

  • Free Speech Poject - textos diversos da Nova Direita, (em inglês) Acessado em 15/10/2017.
  • Amerika - New Culture, New Right, by Michael O’Meara. Brett Stevens, 15 de Junho de 2011, (em inglês) Acessado em 15/10/2017.