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O Cravo e a Rosa: diferenças entre revisões

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Será reexibida novemente pela TV Globo a partir do dia 6 de dezembro de 2021, exatamente dois anos após o encerramento de sua última exibição, na faixa após o ''[[Jornal Hoje]]'', como comemoração aos 70 anos da [[telenovela brasileira]], inaugurando uma nova faixa de reprises na emissora.<ref>{{Citar web|url=https://gshow.globo.com/novelas/mundo-de-novela/noticia/o-cravo-e-a-rosa-volta-ao-ar-em-novo-horario-na-grade-da-tv-globo.ghtml|titulo=‘O Cravo e a Rosa’ volta ao ar em novo horário na grade da TV Globo|acessodata=2021-11-24|website=Gshow|lingua=pt-br}}</ref>
Será reexibida novemente pela TV Globo a partir do dia 6 de dezembro de 2021, na estreia do ''Vale A Pena Ver De Novo 1'' exatamente dois anos após o encerramento de sua última exibição, na faixa após o ''[[Jornal Hoje]]'', como comemoração aos 70 anos da [[telenovela brasileira]], inaugurando uma nova faixa de reprises na emissora.<ref>{{Citar web|url=https://gshow.globo.com/novelas/mundo-de-novela/noticia/o-cravo-e-a-rosa-volta-ao-ar-em-novo-horario-na-grade-da-tv-globo.ghtml|titulo=‘O Cravo e a Rosa’ volta ao ar em novo horário na grade da TV Globo|acessodata=2021-11-24|website=Gshow|lingua=pt-br}}</ref>


== Curiosidades ==
== Curiosidades ==

Revisão das 18h45min de 24 de novembro de 2021

O Cravo e a Rosa
The Thorn and the Rose (EN)[1]
El Clavel y La Rosa (ES)
O Cravo e a Rosa
Informação geral
Formato Telenovela
Gênero comédia romântica
Duração 50 minutos
Criador(es) Walcyr Carrasco
Mário Teixeira
Baseado em A Megera Domada, de William Shakespeare
Elenco
País de origem Brasil
Idioma original português
Episódios 221
Produção
Diretor(es) Dennis Carvalho
Walter Avancini
Roteirista(s) Duca Rachid
Tema de abertura "Jura", Zeca Pagodinho
Exibição
Emissora original TV Globo
Formato de exibição 480i (SDTV)
Transmissão original 26 de junho de 2000 – 9 de março de 2001

O Cravo e a Rosa é uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo e exibida no horário das 18 horas, de 26 de junho de 2000 a 9 de março de 2001, em 221 capítulos.[2] Foi a 57ª "novela das seis" exibida pela emissora, substituindo Esplendor e sendo substituída por Estrela-Guia. Escrita por Walcyr Carrasco e Mário Teixeira com a colaboração de Duca Rachid, teve direção de Amora Mautner, Ivan Zettel e Vicente Barcellos. A direção geral foi de Walter Avancini e Mário Márcio Bandarra, com direção de núcleo de Dennis Carvalho.[3] É uma livre adaptação da obra A Megera Domada, de William Shakespeare[4][5] e um remake de O Machão, telenovela de Ivani Ribeiro; exibida com grande sucesso nos anos 70 pela Rede Tupi.

Contou com as participações de Adriana Esteves, Eduardo Moscovis, Leandra Leal, Luís Melo, Suely Franco, Luiz Antônio, Júlio Levy e Vanessa Gerbelli.[2]

Enredo

Catarina Batista (Adriana Esteves) é uma mulher moderna, na rígida sociedade paulista da década de 1920, que recusa o papel feminino de se restringir a lavar ceroulas em um tanque. Julião Petruchio (Eduardo Moscovis) é um homem rude, para quem a mulher deve ser a "rainha do lar". Duas pessoas tão diferentes vivem um romance contraditório. Conhecida como 'a fera', por botar todos os seus pretendentes para correr, Catarina vai esbarrar na teimosia cínica de Petruchio que, inicialmente, decide conquistá-la para, com o dote do casamento, salvar sua fazenda de ser hipotecada. Eles acabam se apaixonando, mas não dão o braço a torcer, vivenciando cenas muito bem-humoradas de discussões e brigas vulcânicas. Ele fingindo-se de 'cordeirinho', e ela cada vez mais furiosa com sua insistência.

Mas há os que são contra e a favor desse improvável romance. A começar pela família de Catarina. Nicanor Batista (Luís Melo), seu pai, quer vê-la casada, livrar-se do constrangimento que passa por causa das atitudes da filha e lançar sua candidatura a prefeito; Bianca (Leandra Leal), a irmã mais nova, é o contraponto de Catarina: quer noivar e casar, mas só terá permissão após a irmã mais velha arrumar um pretendente. Já Cornélio (Ney Latorraca), tio de Petruchio, torce pelo sobrinho; assim como Calixto (Pedro Paulo Rangel), velho empregado da fazenda, que considera Petruchio como um filho. Também apoiam o romance Dinorá e Josefa (Eva Todor), irmã e mãe do vilão mulherengo esportista Heitor (Rodrigo Faro), já que as duas querem vê-lo casado com Bianca, por causa da fortuna dos Batista.

Entre os que não aprovam o casamento, há a ardilosa Lindinha (Vanessa Gerbelli), criada com Petruchio na fazenda, apaixonada por ele e que conta com a ajuda de Januário (Taumaturgo Ferreira) para atrapalhar o namoro dos dois; o jornalista Serafim (João Vitti), que pretende conquistar Catarina para dar o golpe do baú e o bancário Joaquim (Carlos Vereza), homem rico e avarento, cujo objetivo é arruinar Petruchio porque acredita que ele foi o responsável pela perdição de sua única filha, Marcela (Drica Moraes). E para piorar esse cenário, chega Marcela, vinda de Paris, para se apossar dos bens do ingênuo pai e reconquistar de vez Petruchio, batendo de frente com a 'fera' Catarina.

A novela foi ambientada nos anos de 1927 e 1928. Nota-se um fato histórico retratado na novela, o direito ao voto feminino e de igualdade de gênero, direito esse que só veio a existir em 1932; porém, quatro anos antes, em 1928, o estado do Rio Grande do Norte seria um dos primeiros a reconhecer o sufrágio universal para as mulheres.

Elenco

Intérprete Personagem
Adriana Esteves Catarina Batista
Eduardo Moscovis Julião Petruchio
Drica Moraes Marcela de Almeida Leal
Leandra Leal Bianca Batista
Ângelo Antônio Edmundo das Neves
Rodrigo Faro Heitor Lacerda de Moura
Luís Melo Nicanor Batista (Batista)
Tássia Camargo Joana Penaforte
Maria Padilha Dinorá de Moura Valente
Ney Latorraca Cornélio Valente
Suely Franco Mimosa Gomes da Costa
Pedro Paulo Rangel Calixto de Oliveira
Eva Todor Josefa Lacerda de Moura
João Vitti Serafim Amaral Tourinho
Carlos Vereza Joaquim de Almeida Leal
Vanessa Gerbelli Linda de Oliveira (Lindinha)
Taumaturgo Ferreira Januário dos Santos
Murilo Rosa Celso de Lucca
Miriam Freeland Maria Cândida Lacerda Pinto (Candoca)
Carla Daniel Lourdes de Castro
Virgínia Cavendish Bárbara Maciel
Carlos Evelyn Fábio Moreira (Mudinho)
Ana Lúcia Torre Leonor Fernandes (Neca)
Bia Nunnes Dalva Lacerda Pinto
Déo Garcez Ezequiel dos Anjos[2]
Rejane Arruda Maria Quitéria de Andrade (Kiki Duprèe)
Júlio Levy Cosme Granja
Bernadeth Lyzio Berenice
Thais Müller Fátima Penaforte Batista
João Cappelli Jorge Penaforte Batista (Jorginho)
Luiz Antônio do Nascimento Orozimbo de Sousa (Buscapé)
Matheus Petinatti Teodoro Seabra

Participações especiais

Intérprete Personagem
Cláudio Corrêa e Castro Normando Castor
Alexia Dechamps Laura Isabel Batista
Paulo Hesse Delegado Sansão Farias
Roney Villela Jack
Castro Gonzaga Dr. Oswaldir
Murilo Elbas Rufino
Raimundo de Oliveira Inspetor Sigismundo
Paula Picarelli Cássia
Antônio Pitanga Capitão João Manoel[3]
Lúcia Alves Dra. Hildegard Beltrão
Isaac Bardavid Felisberto
Nelson Xavier Dr. Caio
Nizo Neto François
Alexandre Barillari Manoel
Francisco Carvalho Adriano
Sérgio Módena Ignácio
Gláucio Gomes Gerente do hotel
Henrique César Ursulino Montenegro
Jamaica Magalhães Benedita
Rosane Corrêa Etelvina
Nildo Parente Membro do partido de Batista

Produção

O Cravo e a Rosa é uma adaptação da obra A Megera Domada, de William Shakespeare, sendo a terceira versão da obra transformada em telenovela no Brasil, após A Indomável, de Ivani Ribeiro na TV Excelsior em 1965, e O Machão, de Sérgio Jockyman na Rede Tupi em 1974.[4] A abertura de O Cravo e a Rosa era inspirada em fotos e filmes do início do século. Um camafeu dourado girava no ar e, a cada volta, mostrava imagens em preto e branco com aparência de película antiga, típicas do cinema mudo, de vários personagens da novela, em especial Petruchio (Eduardo Moscovis) e Catarina (Adriana Esteves). Em agosto de 2001, a abertura foi escolhida a melhor do ano pelo júri do II Festival Latino-Americano de Cine Vídeo, em Mato Grosso do Sul.[6] A peça teatral Cyrano de Bérgerac, de Edmond Rostand, foi outra referência usada pelos autores.[3]

A novela utilizou dois tipos de filtros de câmera usados pela direção de fotografia com o objetivo de conseguir uma luz mais realista, tendo como referências filmes como Summertime de 1955, conhecido como Quando o Coração Floresce no Brasil, e Passagem para a Índia de 1984, ambos de David Lean; Henry & June de 1990, de Philip Kaufman; e O Grande Gatsby de 1974, de Jack Clayton.[2] Atores figurantes homenagearam personagens reais, o diretor Walter Avancini inseriu nas cenas pequenas aparições de figuras ilustres da época como a artista plástica Tarsila do Amaral, a cantora lírica Bidu Sayão, o poeta Oswald de Andrade e o escritor Monteiro Lobato, este ao lado da esposa, Maria Pureza, a dona Purezinha, as cenas foram exibidas nas primeiras semanas da novela.[2]

Recepção

O Cravo e a Rosa tornou-se uma novela de boa audiência, com uma média geral de 30,6 pontos no horário.[7] Walcyr Carrasco, depois do sucesso da novela Xica da Silva, na extinta Rede Manchete, consolidou-se como um dos autores de maior respeito da TV Globo, com mais duas tramas de época, campeãs de audiência no horário: Chocolate com Pimenta, em 2003 e Alma Gêmea, em 2005. Devido ao sucesso, a novela teve um "esticamento" de cerca de 70 capítulos.[8]

Audiência

Horário # Eps. Estreia Final Posição Temporada Classificação geral
Data Primeiro
capítulo
Data Último
capítulo
Segunda—Sábado
18:00
221
26 de junho de 2000
30
9 de março de 2001
43 #1 2000 - 2001 30

O primeiro capítulo teve média de 30 pontos, com picos de 32.[9]

Em seu último capítulo em 9 de março de 2001] a novela registrou 43 pontos de média e 48 de pico no Ibope.[10]

Teve média final de 30,6 pontos de audiência na primeira exibição.[7]

Reprises

Primeira reprise no Vale a Pena Ver de Novo
Horário # Eps. Estreia Final Posição Temporada Classificação geral
Data Primeiro
capítulo
Data Último
capítulo
Segunda—Sexta
14:30
144
13 de janeiro de 2003
22
1 de agosto de 2003
36 #1 2003 23

Foi reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo de 13 de janeiro a 1.º de agosto de 2003 em 144 capítulos, substituindo Por Amor e antecedendo Anjo Mau [11]. Foi umas das reprises que foi ao ar com menos tempo depois de ser exibida originalmente, apenas 1 ano e 10 meses do seu término, e teve média geral de 23 pontos de audiência.

Durante a exibição desta reprise, o capítulo 108, que seria exibido no dia 11 de junho, não foi ao ar em razão do amistoso Nigéria 0 x 3 Brasil. Sendo assim, a novela que terminaria com 145 capítulos, fechou com 144.[carece de fontes?]

Segunda reprise no Vale a Pena Ver de Novo
Horário # Eps. Estreia Final Posição Temporada Classificação geral
Data Primeiro
capítulo
Data Último
capítulo
Segunda—Sexta
14:35
16:15
120
5 de agosto de 2013
14
17 de janeiro de 2014
19 #1 2013 14

Foi reapresentada novamente no Vale a Pena Ver de Novo de 5 de agosto de 2013 a 17 de janeiro de 2014 em 120 capítulos, substituindo O Profeta e sendo substituída por Caras & Bocas.[12][13][14][15] Foi a última reprise da sessão Vale a Pena Ver de Novo a ser exibida depois do Vídeo Show e antes da Sessão da Tarde.

Em sua segunda reprise de 2013, o primeiro capítulo teve 14 de média e 40% de participação na audiência em São Paulo. O índice é superior a estreia de suas antecessoras, O Profeta e Da Cor do Pecado, que marcaram 13 e 12 pontos, respectivamente.[16]

No Rio de Janeiro, a reprise marcou 17 pontos, um a menos do que o primeiro capítulo da reapresentação de O Profeta em fevereiro de 2013 e dois a menos que Da Cor do Pecado no primeiro capítulo de setembro de 2012.[17]

O último capítulo da sua segunda reprise, marcou altos índices de audiência, saindo de cena com 19 pontos, sua média geral foi de 14 pontos, bons índices, superando suas duas antecessoras, Da Cor do Pecado e O Profeta.

Reprise no Canal Viva

Foi reexibida na íntegra pelo Canal Viva de 25 de março a 6 de dezembro de 2019, substituindo A Indomada e sendo substituída por O Clone às 23h00 com reapresentação á 13h30.[18]

Terceira reprise na TV Globo
Horário # Eps. Estreia Final Posição Temporada Classificação geral
Data Primeiro
capítulo
Data Último
capítulo
Segunda—Sexta
14:15
6 de dezembro de 2021
2021

Será reexibida novemente pela TV Globo a partir do dia 6 de dezembro de 2021, na estreia do Vale A Pena Ver De Novo 1 exatamente dois anos após o encerramento de sua última exibição, na faixa após o Jornal Hoje, como comemoração aos 70 anos da telenovela brasileira, inaugurando uma nova faixa de reprises na emissora.[19]

Curiosidades

  • Uma comédia romântica leve e divertida de grande sucesso que alavancou a audiência no horário das 18 horas como poucas vezes se viu. O diretor Walter Avancini retornava à TV Globo depois de longo afastamento. Com ele, trouxe o autor Walcyr Carrasco - a dupla havia sido responsável pelo sucesso da novela Xica da Silva, da Rede Manchete, em 1996.
  • O Cravo e a Rosa foi inspirada no clássico A Megera Domada, de William Shakespeare, com referências nas novelas A Indomável, de Ivani Ribeiro (TV Excelsior, 1965), e O Machão, de Sérgio Jockyman (Rede Tupi, 1974).
  • O autor contou que manteve alguns núcleos de A Megera Domada. "Há quem diga que o mundo se divide entre antes e depois de Shakespeare, no que se refere ao entendimento do ser humano. A Megera é uma comédia que vai fundo no humor, mostrando a contradição entre homem e mulher, a relação de um casal em meio à paixão e ao amor", afirmou Walcyr Carrasco, ressaltando a atualidade de uma obra que se mantém moderna até os dias de hoje. Muitos personagens da primeira versão de O Machão foram aproveitados, mas com uma diferença de ótica. "Eu atualizei o cerne da novela, colocando uma Catarina (Adriana Esteves) mais simpática em seus ideais, com os quais muitas telespectadoras vão se identificar", acrescentou.
  • O clássico Cyrano de Bérgerac, de Edmond Rostand, foi outra referência usada pelo autor, mas para retratar o conflito de Bianca entre seus dois amores, Heitor (Rodrigo Faro) e Edmundo (Ângelo Antônio). Ela ama o físico de um e a alma de outro. "Tenho paixão por esta história, porque vejo que todos nós, seres humanos, nos dividimos entre o desejo propriamente dito e a complementação que só o amor espiritual pode dar", afirmou Walcyr Carrasco, contando que chegou a escrever um livro infantil usando o mesmo conflito, O Menino Narigudo.
  • Retratar o comportamento de uma época, com referências históricas como a transformação da arte, na literatura e nas artes plásticas; a luta pelo voto feminino e a mudança no papel da mulher foram temas da novela. "Os anos 20 tornam verossímeis discussões que hoje são evitadas, mas que ainda estão presentes no coração das pessoas", afirmou Walcyr Carrasco.
  • A fidelidade na reconstituição de época foi o ponto de partida tomado pela direção para dar uma identidade à novela. Com base em uma pesquisa rigorosa dos anos 20 - apoiada em documentários, fotos, cartões postais e filmes que retratam o período - Walter Avancini optou por um tom realista na linguagem, enfocando personagens cheios de humanidade.
  • Para situar elenco e equipe na década de 20, os diretores promoveram um workshop de duas semanas, antes do início das gravações, que contou com uma palestra do historiador Nicolau Servicenko, professor de História da USP; leituras de texto; e provas de roupa. Também não faltaram orientações de especialistas: Rodrigo Faro teve aulas de remo; os atores do núcleo da fazenda tiveram aulas de equitação e aprenderam a fabricar queijo, ordenhar vaca e pegar galinha; Bia Nunnes aprendeu corte e costura; e Adriana Esteves e Leandra Leal tiveram noções de piano (como mexer o ombro, a hora certa de respirar). Todo o elenco teve assessoria de expressão corporal e dança.
  • O diretor de fotografia Flávio Ferreira optou pela luminosidade para exprimir a euforia e leveza da época. Para se obter uma luz mais realista, foram usados dois tipos de filtro nas câmeras, criando uma textura de glamour e delicadeza e mantendo o tom de pele normal sem interferência no ambiente. Usados também como referenciais os filmes Summertime e Passagem Para a Índia de David Lean; Henry e June de Philip Kaufman; e O Grande Gatsby de Jack Clayton.
  • Ao todo foram 26 cenários de estúdio, entre eles a casa art nouveau de Batista e a casa de estilo art déco de Dinorah. A cidade cenográfica construída na Central Globo de Produção reuniu quatro espaços em um único complexo, com 24 edificações de arquiteturas diversas, como era comum. Neste complexo havia um trecho residencial em que se situava a fachada da casa de Batista, que recebeu um tratamento paisagístico específico; outra área residencial onde se localizava a fachada da casa de Cornélio; a pensão de Dalva; e a parte principal da cidade, cuja referência é uma fotografia do Largo do Tesouro, que realmente existiu em São Paulo. Neste largo encontrava-se a confeitaria Aurora, um colégio, uma igreja, lojas com vitrines, uma barbearia, uma venda, a fachada da Revista Feminina, a pensão onde moravam Kiki e as feministas, e a fachada do dancing, núcleo dos músicos da trama. Um dos destaques foi o bonde elétrico, com capacidade para 20 pessoas e que realmente andava pela cidade (o bonde foi adaptado a um carrinho elétrico). Nas ruas estreitas, postes com fios de telégrafo e lampiões ao lado da iluminação de néon. A periferia da cidade, com as casas simples de lavadeiras, também foi retratada.
  • Já a fazenda de Petruchio estava localizada num sítio em Guaratiba - localizado na zona oeste do Rio - que foi todo cenografado especialmente para a novela, passando a contar com a casa do protagonista, o local de fabricação de queijo, o estábulo e os anexos, como o chiqueiro e o galinheiro. Vacas, galinhas, patos, porcos e cavalos complementaram o cenário. O núcleo de Petruchio lembrava a Família Buscapé.
  • Sete carros Ford modelo T, que vão de 1919 a 1927, circularam na cidade cenográfica. Vendedores de palha, vassouras, verduras, frutas, utensílios de cozinha e tecidos caminhavam pelas ruas da cidade carregando os objetos arrumados pela produção de arte. Para as cenas de fabricação de queijo na fazenda, a equipe recorreu a uma cooperativa para reservar 30 queijos prontos por dia, além de 60 litros de leite líquido e 60 litros de leite coalhado, usados nas várias sequências. Isto sem falar nos vasos, bandejas e bibelôs que Catarina atirava no chão e contra seus pretendentes.
  • O figurino, assinado por Beth Filipecki, contou com aproximadamente 1000 peças, entre roupas masculinas e femininas - sendo que 600 confeccionadas especialmente para a novela. As demais, aproveitadas do acervo da TV Globo, tiveram a modelagem redimensionada. Foram cerca de 200 chapéus femininos e 120 masculinos, além de 140 pares de sapatos, acessórios e sombrinhas.
  • Muitos foram os destaques do elenco, com atores mostrando o seu lado cômico: Adriana Esteves e Eduardo Moscovis, Ney Latorraca e Maria Padilha, Drica Moraes e Luís Melo, Pedro Paulo Rangel e Suely Franco, Eva Todor, Carlos Vereza e Taumaturgo Ferreira.
  • A menina Thaís Müller (a Fátima, filha da lavadeira Joana) é filha dos atores Marcela Muniz e Anderson Müller (irmão de Otávio Müller).
  • A novela foi um dos maiores sucessos e foi reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo, duas vezes, a primeira vez em 2003 e a segunda vez em 2013, dez anos depois .Em 2019 foi reapresentada na íntegra pelo Canal Viva substituindo A Indomada e sendo substituída por O Clone. Será novamente reprisada pela Rede Globo apartir de 06 de Dezembro de 2021 após o Jornal Hoje estreando um novo horário de reprises na emissora dedicados à novelas exibidas originalmente no horário das 18 horas
  • O Machão foi o título provisório da novela.

Exibição internacional

A novela foi reapresentada nos Estados Unidos, no Vale a Pena Ver de Novo, pela Globo Internacional. Em Portugal, foi exibida no canal SIC e, também reprisada, no horário das 14 horas, substituindo a novela Como uma Onda. Foi vendida para países como Canadá, Letônia, Peru, Rússia e entre outros.[2]

Trilha sonora

A canção de abertura, versão de Zeca Pagodinho para Jura, samba de Sinhô em 1929 por Mário Reis. A trilha contava ainda, entre suas 14 faixas, com uma gravação de Ella Fitzgerald e Count Basie para Tea for Two, composta em 1925 por Vincent Youmans e Irwing Caesar.

Nacional

Trilha Sonora
O Cravo e a Rosa
Trilha sonora de Vários artistas
Lançamento Julho de 2000
Gênero(s) Vários
Idioma(s) Português
Formato(s) CD
Gravadora(s) Som Livre

Capa: Leandra Leal

N.º TítuloMúsicaPersonagem Duração
1. "Jura"  Zeca PagodinhoAbertura 02:39
2. "Olha o que o Amor Me Faz"  Sandy & JúniorBianca 03:30
3. "O Cravo e a Rosa"  Jair RodriguesLocação: Fazenda de Petruchio 03:08
4. "Nada Sério"  JoannaCandoca 04:15
5. "Tristeza do Jeca"  Sérgio ReisJanuário 03:25
6. "Mississipi Rag"  Claude Bolling  02:56
7. "Quem Tome Conta de Mim"  Paula TollerKiki 04:01
8. "Lua Branca"  Verônica SabinoLindinha 02:34
9. "Odeon"  Sérgio SaraceniGeral 02:56
10. "Coquette"  Guy LombardoCalixto e Mimosa 01:36
11. "Tua Boca"  BeloPetruchio e Catarina 03:10
12. "Tea For Two"  Ella FitzgeraldCornélio e Dinorá 03:13
13. "Rain"  Sérgio Saraceni  02:13
14. "On The Mississipi"  Claude Bolling  03:00

Prêmios

Melhor Ator: Eduardo Moscovis

  • Festival Latino Americano (2001)

Melhor Atriz: Adriana Esteves

  • TV Press (2000)

Melhor Novela

Referências

  1. «The Thorn and the Rose.». Globo Internacional. Consultado em 4 de janeiro de 2015 
  2. a b c d e f g Memória Globo. «O Cravo e a Rosa - Ficha Técnica». Consultado em 9 de março de 2001 
  3. a b c XAVIER, Nilson. «O Cravo e a Rosa - Teledramaturgia». Consultado em 25 de janeiro de 2014 
  4. a b «Megera das seis tem de ser domada». Folha de S.Paulo. Consultado em 23 de janeiro de 2019 
  5. «'O Cravo e a Rosa' volta ao ar com brigas e amor entre Catarina, a fera, e Petruchio, o machão». F5. 24 de março de 2019. Consultado em 24 de março de 2019 
  6. Memória Globo. «Abertura». Consultado em 4 de agosto de 2013 
  7. a b Ricardo Feltrin. «Ibope de novelas desaba na Globo; veja a queda». Consultado em 7 de agosto de 2013. Arquivado do original em 11 de janeiro de 2012 
  8. SIC. «"O Cravo e a Rosa" regressa à SIC». Consultado em 22 de março de 2009. Arquivado do original em 24 de fevereiro de 2009 
  9. «"O Cravo e a Rosa" estréia com 30 pontos». 27 de junho de 2000. Consultado em 30 de março de 2015 
  10. «"O Cravo e a Rosa", da Globo, tem boa audiência no último capítulo». 9 de março de 2001. Consultado em 30 de março de 2015 
  11. «Globo exibe reprise da novela "O Cravo e a Rosa"». Folha Ilustrada. 19 de dezembro de 2002. Consultado em 27 de julho de 2015 
  12. Novelas, O Cravo e a Rosa (17 de julho de 2013). «O Cravo e a Rosa: novela volta ao Vale a Pena Ver de Novo no dia 5 de agosto». Rede Globo. Consultado em 17 de julho de 2013 
  13. Novelas, O Cravo e a Rosa (17 de julho de 2013). «O Cravo e a Rosa: veja como estão hoje Adriana Esteves, Eduardo Moscovis, Leandra Leal e outros astros e estrelas». Rede Globo. Consultado em 17 de julho de 2013 
  14. Novelas, O Cravo e a Rosa (18 de julho de 2013). «O Cravo e a Rosa: figurino e cenário recriam a São Paulo dos anos 1920». Rede Globo. Consultado em 18 de julho de 2013 
  15. Novelas, O Cravo e a Rosa (24 de julho de 2013). «O Cravo e a Rosa: veja a evolução do estilo de Adriana Esteves desde 1989». Rede Globo. Consultado em 24 de julho de 2013 
  16. Flávio Ricco. «Jornalismo da Cultura passa por processo de reforma». Consultado em 7 de agosto de 2013 
  17. Heloisa Tolipan. «'O cravo e a rosa' volta à Globo com bom Ibope em SP, mas não tão bom no Rio». Consultado em 7 de agosto de 2013 
  18. «Exclusivo: conheça a próxima trinca de novelas que ganham reprise no canal Viva - Telepadi». Telepadi. 10 de agosto de 2018 
  19. «'O Cravo e a Rosa' volta ao ar em novo horário na grade da TV Globo». Gshow. Consultado em 24 de novembro de 2021 

Ligações externas