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Município do Brasil | |||
Vista de Parati a partir do mar. Em destaque, a Igreja de Santa Rita de Cássia. | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | paratiense | ||
Localização | |||
Localização de Parati no Rio de Janeiro | |||
Localização de Parati no Brasil | |||
Mapa de Parati | |||
Coordenadas | 23° 13′ 21″ S, 44° 42′ 50″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Rio de Janeiro | ||
Municípios limítrofes | Angra dos Reis (N), Cunha (O) (SP), Ubatuba (S) (SP) e Oceano Atlântico (L) | ||
Distância até a capital | 258 km | ||
História | |||
Fundação | 28 de fevereiro de 1667 (357 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | José Carlos Porto Neto (PTB) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 928,467 km² | ||
População total (Censo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2010[2]) | 37 575 hab. | ||
Densidade | 40,5 hab./km² | ||
Clima | Tropical com chuvas de verão (Aw) | ||
Altitude | 5 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000[3]) | 0,777 — alto | ||
• Posição | RJ: 30º | ||
PIB (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2008[4]) | R$ 447 788,746 mil | ||
PIB per capita (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2008[4]) | R$ 12 727,78 |
Paraty[5] ou Parati é um município no litoral oeste do estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Abriga tanto o ponto mais meridional (latitude 23º22'08.90"S, Pedra do Índio, na Praia do Cachadaço, em Trindade) quanto o ponto mais ocidental do estado (longitude 44º53'19.93"O, no Parque Nacional da Bocaina, a uma altitude de 1 605 metros). Dista 258 quilômetros da capital do estado, a cidade do Rio de Janeiro.
Em 1667, teve sua emancipação política decretada pelo rei de Portugal, tornando-se uma vila independente de Angra dos Reis.
Junto ao oceano, entre dois rios, Parati está a uma altitude média de apenas cinco metros. Hoje, é o centro de um município com 930,7 km² com uma população de 33 062 habitantes (densidade demográfica: 35,6 h/km²).
A cidade foi, durante o período colonial brasileiro (1530-1815), sede do mais importante porto exportador de ouro do Brasil.
Por estar localizada quase ao nível do mar, a cidade foi projetada levando em conta o fluxo das marés. Como resultado, muitas de suas ruas são periodicamente inundadas pela maré alta, o que lhe valeu o título de "Veneza brasileira"[6].
Topônimo
O nome vem do termo tupi homônimo que significa "peixe branco" (referindo-se a uma espécie de tainha, a Mugil curema, que abunda na região[7]). Ao longo dos anos, a grafia teria mudado de Pira'ty para Paraty e, finalmente, Parati.
Uma hipótese alternativa para a origem do topônimo, no entanto, aponta para as palavras tupis pirá ("peixe") e ty ("água"). Segundo essa hipótese, "Parati" significaria, então, "água de peixe"[8].
O termo tupi pará ty também pode ser traduzido como "água de mar" ou "rio do mar", através da junção de pará ("mar") e ty ("água, rio")[9], numa referência ao Rio Perequê-Açu que banha a cidade e que deságua no mar.
História
Subdivisões
Bairros
Parati possui cerca de cinquenta bairros e localidades. Os mais populosos são o Parque da Mangueira, com cerca de 7 000 moradores e Ilha das Cobras, que tem cerca de 2 000 habitantes.
Os que concentram maior renda são os de Laranjeiras, Mambucaba e Centro Histórico.
Outros bairros importantes que estão próximos ao Centro são: Chácara, Chácara da Saudade, Bairro de Fátima, Patitiba, Parque de Mangueira, Ilha das Cobras, Parque Ipê, Portão de Ferro I, Portão de Ferro II, Portão de Ferro III, Vila Colonial, Parque Imperial, Caborê, Pontal, Jabaquara, Portal das Artes e Dom Pedro.
Alguns bairros que ficam distantes do Centro: Ponte Branca, Caboclo, Cabral, Portão Vermelho, Pantanal, Parque Verde, Condado, Penha, Corisco, Corisquinho, Coriscão, Patrimônio, Vila Oratório, Trindade, Quilombo Campinho da Independência, Córrego dos Micos, Pedras Azuis, Boa Vista, Várzea do Corumbê, Corumbê, Praia Grande, Barra Grande, Graúna, Colônia, Serraria, Taquari, Sertão do Taquari, São Gonçalo, Tarituba e São Roque.
Infraestrutura
Texto feito por: NIcoli Swerdfigther Trihler Jackson
Transporte
A cidade é cortada pela rodovia Rio-Santos BR-101, que é o principal meio de acesso ao resto do estado do Rio de Janeiro e ao litoral norte de São Paulo.
Segurança e criminalidade
- Polícia Militar
O policiamento ostensivo da cidade está a cargo da 3ª Companhia do 33º Batalhão da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (33º BPM/3ª Cia), com sede no Centro do município, responsável pela guarda do fórum municipal, ao qual está subordinado, também, o Destacamento de Policiamento Ostensivo no distrito de Patrimônio, próximo à divisa com o estado de São Paulo.
- Corpo de Bombeiros Militar
O Ações de salvamento e combate a incêndios e sinistros no município ficam por conta do 26º Grupamento do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (26º GBM), cujo quartel fica no bairro Centro, que possui, ainda um destacamento no distrito de Mambucaba.
- Polícia Rodoviária Federal
A BR-101 possui um posto da Polícia Rodoviária Federal, a cerca de dois quilômetros da entrada da cidade, no sentido Santos, subordinado à Delegacia da PRF em Itaguaí.
- Polícia Civil
A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro mantém no município a 167ª Delegacia Policial (167ª DP), subordinada à 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (8ª CRPI), funcionando no Centro do município.
- Defesa Civil e Guarda Municipal
A prefeitura possui uma equipe de defesa civil, para monitoramento e auxílio da população em caso de desastres naturais, e uma Guarda Municipal, responsável pela organização do trânsito.
Turismo
O longo processo de estagnação vivido por Parati ao longo do século XX manteve, paradoxalmente, o casario colonial, conservado no conjunto conhecido como Centro Histórico, tornando a cidade um dos destinos turísticos mais procurados do país.
Pelas ruas de pedra irregular, circulam, a pé – a entrada de veículos é proibida na maior parte do Centro Histórico -, turistas do mundo inteiro, atraídos pela beleza da arquitetura típica do Brasil Colônia. As casas históricas foram requalificadas como pousadas, restaurantes, lojas de artesanato e museus, em meio a apresentações de músicos populares e de estátuas vivas.
Na cidade, o turista pode se deparar com celebridades como a atriz Maria Della Costa, o navegador Amyr Klink ou algum membro da família imperial brasileira, entre tantas personalidades que escolheram Parati para viver.
As praias de Trindade são uma atração à parte: em fevereiro de 2009, o governo federal delimitou a Praia do Meio, em Trindade, como parte integrante do Parque Nacional da Serra da Bocaina.
Outro aspecto de relevo no setor é a prática de mergulho autônomo. As águas calmas, cristalinas e sempre tépidas da Baía da Ilha Grande são ideais para essa prática, atraindo grande número de praticantes. Várias operadoras de mergulho oferecem seus serviços na cidade e nas marinas, atendendo não apenas às escolas de mergulho, mas também a turistas interessados em conhecer a Parati subaquática.
A rede hoteleira é formada de pequenas pousadas, muitas delas situadas no Centro Histórico.
Lugares de interesse
- Chafariz do Pedreira - à entrada da cidade, em mármore, foi iniciado em 1851 e inaugurado em 1853 pelo conselheiro Luis Pedreira do Couto Ferraz, então presidente da província do Rio de Janeiro, que, na ocasião, bebeu, em copo de ouro, as suas primeiras águas.
- Sobrado dos Bonecos e Passos da Paixão - localizado à Rua Tenente Francisco António, nele se destaca o beiral em telhas de louça. O nome dos Bonecos veio das estátuas que encimavam a sua platibanda. No prédio vizinho, existe uma capela dos Passos da Paixão, aberta apenas para as procissões da Semana Santa.
- Antiga Cadeia Pública - atualmente, sedia a Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes do município e o Instituto Histórico e Artístico de Parati.
- Igreja de Santa Rita de Cássia
- Rua do Fogo - é uma das poucas ruas da cidade que conserva o seu primitivo nome. Comunica um dos vértices do Largo de Santa Rita à Rua Maria Jácome de Melo.
- Rua Dona Geralda - Geralda Maria da Silva nasceu em Parati em 1807. Benemérita, herdou de seu pai grande fortuna, que a lenda local associa à descoberta de um tesouro de piratas.
- Mercado do Peixe - localiza-se à beira-mar, comercializando verduras e frutas.
- Rua da Praia - comunica o Mercado do Peixe à beira do rio Perequê-açu. Em determinadas luas, é inundada pelas águas da maré alta, que refletem o seu casario, espetáculo que atrai a atenção dos turistas.
- Rua Fresca - outrora denominada Rua das Dores (por abrigar a Igreja de Nossa Senhora das Dores), Rua Alegre e Rua do Mar, nela, se destaca o Sobrado dos Orleans e Bragança, próximo à Igreja de Nossa Senhora das Dores.
- Igreja de Nossa Senhora das Dores
- Praça do Imperador
- Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios
- Sobrados coloniais
- Santa Casa de Misericórdia de Parati
- Forte Defensor Perpétuo e Casa da Pólvora - o forte abriga o Centro de Artes e Tradições Populares de Parati.
- Capela da Generosa - localiza-se no Beco do Propósito, à margem do Rio Perequê-açu, onde morreu afogado Teodoro, um ex-escravo liberto, que ali se atreveu a pescar em uma sexta-feira santa. Em memória do fato, uma senhora de nome Maria Generosa, aí, fez erguer a capela, sob a invocação da Santa Cruz, que recebeu o nome da benfeitora.
- Igreja de Nossa Senhora do Rosário e prefeitura
- Oratório de Santa Cruz das Almas - também conhecido como Oratório de Santa Cruz dos Enforcados, localiza-se no antigo caminho para o pelourinho.
- Engenho da Muricana
- Engenho da Boa Vista - onde residiram os avós de Heinrich e Thomas Mann. O antigo engenho a vapor adquiriu fama por suas aguardentes, como a Azulina, produzida em alambique de barro e destilada com folhas de tangerina.
- Engenho do Bom Retiro - em 1908, a sua aguardente recebeu medalha de ouro na Exposição Nacional Comemorativa do 1º Centenário da Abertura dos Portos do Brasil.
- Aldeias guaranis de Araponga e Paratimirim - se localizam nos arredores da cidade[10]. Para sua visitação, é necessária uma autorização no posto da Fundação Nacional do Índio que se localiza nessas aldeias.
Eventos culturais e folclóricos
- Festival de Música Sacra
- Festival da Cachaça
- Encontro de Teatro de Rua
- Carnaval
- Festa Literária Internacional de Parati
Eventos religiosos
- Semana Santa
- Festa do Divino Espírito Santo
- Corpus Christi
- Festas em homenagem a São Pedro, Santa Rita, Nossa Senhora dos Remédios, São Benedito e outros santos.
Cultura
Vários eventos culturais têm Parati como sede, sendo o mais concorrido e conceituado a Festa Literária Internacional de Parati (FLIP).
Realizada desde 2003, a FLIP conta com a presença de escritores nacionais e estrangeiros que participam de palestras e debates nos prédios históricos ou em tendas armadas nas ruas. A cada ano, a festa é dedicada à memória de um grande escritor já morto. Em 2003, o homenageado foi Vinícius de Moraes; em 2004, Guimarães Rosa; em 2005, Clarice Lispector; em 2006, Jorge Amado; em 2007, Nelson Rodrigues; em 2008 Machado de Assis; em 2009 Manuel Bandeira e, em 2010, Gilberto Freyre.
Outros eventos importantes que ocorrem na cidade são: Festival da Pinga, Festa do Divino Espírito Santo, Festa de Nossa Senhora dos Remédios, Festa de Santa Rita, Parati em Foco e a Mostra Rio-São Paulo de Teatro de Rua.
Uma outra coisa interessante em Parati é a permanência de alguns membros da família imperial brasileira na cidade, como o príncipe Dom João Henrique de Orléans e Bragança, que é proprietário de um hotel na cidade.
Património edificado
- Forte Defensor Perpétuo
- Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios
- Igreja de Santa Rita de Cássia
- Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito
- Igreja de Nossa Senhora das Dores
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010
- ↑ «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010
- ↑
- ↑ http://www.gazetadascidades.com.br/paraty-noticias/545-a-veneza-brasileira-reina-na-costa-do-sol
- ↑ STADEN, H. Duas viagens ao Brasil. Porto Alegre: L&PM, 2010. pp. 60-61
- ↑ NAVARRO, E. A. Método Moderno de Tupi Antigo. Terceira edição. São Paulo: Global, 2005. p. 183
- ↑ http://www.fflch.usp.br/dlcv/tupi/vocabulario.htm
- ↑ http://www.paraty.tur.br/historia/osindios.php