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Linha 8 do Trem Metropolitano de São Paulo

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     Linha 8 do Trem Metropolitano de São Paulo

Diagrama das estações
Dados gerais
Nome antigo Linha Oeste da Fepasa
(1971-1996)
Linha B - Cinza da CPTM (1996-2008)
Tipo Trem suburbano
Sistema Trem Metropolitano de São Paulo
Local de operação Grande São Paulo, Brasil
Terminais Início: Júlio Prestes
Fim: Amador Bueno
Linhas ligadas
Estações 22[1]
Operação
Proprietário Governo do Estado de São Paulo
Operador ViaMobilidade Linhas 8 e 9
Armazém(ns) / pátios
  • Pátio Presidente Altino
Material circulante
Histórico
Abertura oficial 1875 (149 anos)
Operadoras Anteriores EFS (1875-1971)
FEPASA (1971–1996)
CPTM (1996-2022)
Dados técnicos
Comprimento da linha 41,6 km (25,8 mi)[1]
Bitola 1 600 mm (5 ft 3 in)
Eletrificação 3 kV DC catenária
Velocidade de operação 90 km/h (56 mph)
Tipo de sinalização ATO
Mapa

Júlio Prestes
R. Silva Pinto
Viad. Eng°. Orlando Drummond Murgel
Viad. Pacaembu
sentido Estudantes
Palmeiras–Barra Funda
Viad. Antarctica
Viad. Pompeia
Lapa
Pátio Lapa
sentido Jundiaí
Domingos de Moraes
Viad. Domingos de Moraes
Imperatriz Leopoldina
Viad. Miguel Mofarrej
Viad. Único Galfrio
Presidente Altino
Pátio Presidente Altino
Viad. Guerino Spitaletti
Viad. Dona Ignês Coutinho
Osasco
Viad. Pres. Tancredo Neves
Comandante Sampaio
Quitaúna
General Miguel Costa
Carapicuíba
Viad. Ver. Jorge Julian
Pátio Santa Terezinha
Santa Terezinha
Rio Cotia
Viad. Gen. Pedro R. Silva
Antônio João
Viad. dos Trabalhadores
Barueri
Viad. Ver. Isaís Pereira Souto
Jardim Belval
Jardim Silveira
Viad. Rev. José Manuel da Conceição
Jandira
Sagrado Coração
Viad. Ameríndia
R. Rosângela Mariana Limas
Engenheiro Cardoso
Viad. José dos Santos Novaes
Itapevi
Santa Rita
Cimenrita
Ambuitá
Estr. do Prado
Amador Bueno
Parada 46
São João Novo
Parada 50
Mailasqui
Cinzano
Gabriel Piza
Vila Amaral
São Roque
Marmeleiro
Mairinque
  1. A Linha é atendida pela Estação Palmeiras-Barra Funda através do serviço Expresso Aeroporto


A Linha 8–Diamante é uma linha de trens metropolitanos, que compreende o trecho definido entre as estações Júlio Prestes e Itapevi, com extensão operacional entre as estações Itapevi e Amador Bueno. Até março de 2008, denominava-se Linha B–Cinza.[2]

Antes operada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), foi concedida em 20 de abril de 2021 para o consórcio ViaMobilidade Linhas 8 e 9, por um período de trinta anos. O contrato de concessão foi assinado e a transferência da linha foi realizada em 27 de janeiro de 2022.[3]

Estação Júlio Prestes, em São Paulo: marco zero da linha
TUE Série 5000 alinhando na Estação Comandante Sampaio, em Osasco

A Linha 8 tem 35,28 quilômetros de extensão de Júlio Prestes a Itapevi e vinte estações, servindo a sub-região oeste da Região Metropolitana de São Paulo, composta pelos municípios de Itapevi, Jandira, Barueri, Carapicuíba e Osasco, além de bairros a oeste da capital até a estação Júlio Prestes, no centro. Além de Itapevi, há um trecho de extensão operacional até a Estação Amador Bueno, com 6,3 quilômetros. A linha foi inaugurada em 1875, com o primeiro trecho da antiga linha tronco da Estrada de Ferro Sorocabana, que ligava a atual Estação Júlio Prestes (ao lado da Estação da Luz, em São Paulo) a Sorocaba. Esta linha teve uma importância histórica muito grande, principalmente para o nascimento de cidades que margeavam a ferrovia, como Itapevi, Jandira, Mairinque e Osasco.

Em 1934 foram criados oficialmente os serviços de transporte suburbanos, nascidos "da expansão urbana experimentada por municípios como Osasco, Itapevi [e] Carapicuíba", segundo análise do jornal Folha de S.Paulo mais de quarenta anos depois.[4] A linha seria eletrificada entre 1944 e 1945, época em que os serviços suburbanos já atingiam Amador Bueno. Entre as décadas de 1950 e 1960, a linha sofreu sua primeira reforma, tendo sido adquiridos em 1958 os TUEs Kawasaki-Toshiba (atual Série 4800). Esses trens, entretanto, sofreram um desgaste "fora do comum", e apenas sete anos depois o sistema já demandava ampliação.[4] Enquanto em 1959 as linhas de subúrbio da Sorocabana transportaram cerca de dezesseis milhões de passageiros, doze anos depois esse número dobrou, com o sistema permanecendo praticamente igual.[4]

Em 1971, a ferrovia passou a ser administrada pela nova estatal Ferrovia Paulista S/A (Fepasa), que no final daquela década e início da década de 1980 renomeou a linha como Linha Oeste, promovendo uma completa reforma nos seus serviços de trens metropolitanos, reconstruindo todas as estações da linha (exceto Júlio Prestes) e ampliando a bitola métrica (um metro) para bitola larga (1,60 metro) entre Júlio Prestes e Itapevi, adquirindo os TUEs Francorail-Cobrasma (atual Série 5000) e reformando os TUEs Toshiba (padrão denominado "Rio Claro"), usados na extensão entre Itapevi e Amador Bueno. Até agosto de 1998, os trens metropolitanos atenderam também as estações entre Amador Bueno e Mairinque, cruzando todo o município de São Roque, já fora da Região Metropolitana de São Paulo. Em 1996, os serviços passaram às mãos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que unificou os serviços de trens metropolitanos da Grande São Paulo.

Características

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Trilhos da Linha 8 no bairro da Água Branca

Das estações Júlio Prestes e Barra Funda, na capital, até Itapevi, com extensão operacional até Amador Bueno, nesse mesmo município; atende ainda Osasco, Carapicuíba, Barueri e Jandira. Santa Rita, Cimenrita, Ambuitá e Amador Bueno eram consideradas "paradas" e não "estações", pois não possuíam qualquer infraestrutura interna, tais como agência de estação, bilheterias e outros serviços. Após a modernização, Amador Bueno passou a ser considerada "estação", mesmo sendo basicamente igual a Santa Rita, e ambas não possuem infraestrutura interna, como agência de estação, bilheterias etc.; apenas banheiros (Cimenrita e Ambuitá foram desativadas). O embarque nestas paradas é gratuito, sendo que os passageiros só pagam o valor da passagem se efetuarem a transferência para os trens que seguem para Júlio Prestes, em Itapevi.

A Linha 8, em sua articulação com a Linha 9, é estratégica na montagem de um bom sistema de transferência e integração modal. De Lapa a Barra Funda, as linhas 8 e 7 (que atende à sub-região noroeste da Região Metropolitana) seguem em faixas independentes, separadas por uma área ocupada em alguns trechos por edificações e equipamentos urbanos. Neste ponto, há a proposta de deslocar a Linha 8 para a atual faixa de domínio da linha 7, resultando na utilização, pelas duas linhas, de uma única estação na Lapa e na Água Branca, proporcionando melhor inserção urbana e liberando áreas para outros investimentos.

Júlio Prestes ↔ Itapevi Itapevi ↔ Amador Bueno
Extensão 35,28 km 6,33 km
Média de passageiros transportados/dia[5] 432 178 -
Intervalo entre trens (pico)[6] 6 min 30 min
Quantidade de estações 22 3
Trens (hora pico) 18 2
Tempo de percurso 58 min 12 min
Distância média entre estações 1 857 metros 1 585 metros
Oferta de lugares no pico 23 580 -
Velocidade média operacional 80 km/h 50 km/h
Passagens em nível 2 3
Mapa da linha 8
Mapa da linha antes da concessão
O novo trem da Via Mobilidade
Interior da série 8900
Sigla Estação Município Observações MDU (8/2018)[5]
JPR Júlio Prestes São Paulo 7 677
BFU Palmeiras–Barra Funda Integração gratuita com as linhas 3-Vermelha, 7-Rubi, 13-Jade (Expresso Aeroporto) e acesso ao Terminal Rodoviário Barra Funda. Futuramente fará integração com a Linha 11-Coral 145 732
LAP Lapa Esta estação será reconstruída, de forma que faça integração com a Linha 7-Rubi 22 929
DMO Domingos de Moraes 16 814
ILE Imperatriz Leopoldina 15 428
PAL Presidente Altino Osasco Integração gratuita com a Linha 9-Esmeralda 11 401
OSA Osasco Integração gratuita com a Linha 9-Esmeralda
Acesso ao Terminal Rodoviário de Osasco
54 182
CSA Comandante Sampaio 11 686
QTU Quitaúna 5 002
GMC General Miguel Costa Se chamava KM 21 até 1987 17 416
CPB Carapicuíba Carapicuíba 35 703
STE Santa Terezinha 1 828
AJO Antônio João Barueri 12 023
BRU Barueri 22 926
JBE Jardim Belval 3 152
JSI Jardim Silveira 6 807
JDI Jandira Jandira 13 775
SCO Sagrado Coração 2 074
ECD Engenheiro Cardoso Itapevi 5 522
IPV Itapevi Integração gratuita com a Extensão Operacional para Amador Bueno e o ônibus (que faz o mesmo trajeto que o trem) 28 101

MDU = média de passageiros embarcados por dia útil em cada estação, desde o início do ano. Nas estações com duas ou mais linhas, o MDU representa a totalidade de passageiros embarcados na estação, sem levar em conta qual linha será utilizada pelo usuário.

Extensão operacional

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O trecho da extensão operacional esteve desativado para processo de modernização. A CPTM voltou a prestar serviço entre Itapevi e Amador Bueno em 3 de abril de 2014, dando início à operação assistida no trecho.[7] Em 23 de abril de 2014, a extensão foi entregue oficialmente pelo governador Geraldo Alckmin. Na ocasião, foi anunciado que as estações Cimenrita e Ambuitá, hoje demolidas, seriam reconstruídas.[8] Nessa extensão são utilizados os TUEs Série 5000 (atual Série 5400), compostos por quatro carros (dois motores e dois reboques) que sofreram sua primeira reforma em 1999 e a segunda entre 2013 e 2014, para serem utilizados nesse trecho. No projeto inicial, previa-se a utilização do TUE Série 4400 nesse trecho.

Sigla Estação Município Observações MDU
(outubro 2016)[9]
IPV Itapevi Itapevi Integração tarifada com o trecho principal da Linha 8-Diamante
Modernização entregue em 1 de outubro de 2010
1 163
SRT Santa Rita 1 470
AMB Ambuitá Desativada e demolida em 2010. Está sendo reconstruída[10]
ABU Amador Bueno Modernização entregue em 3 de abril de 2014 1 940

Trecho Amador Bueno–Mairinque

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Com o abandono do trecho pela CPTM, a rede elétrica foi saqueada. Vista da via férrea nas proximidades da estação São João Novo.

Desde o estabelecimento dos trens de subúrbio, no final dos anos 1920, seus serviços ligavam São Paulo à cidade de Mairinque. Com a criação da Fepasa, em 1971, o trecho de subúrbio foi transferido para a Unidade Regional dos Subúrbios. Essa unidade regional foi ampliada na década de 1970 e transformada em Divisão Regional Metropolitana (DRM).

Na década de 1980, o serviço sofreu algumas reformulações, com a introdução dos trens Toshiba reformados em Rio Claro e a construção ou reforma das paradas existentes entre Mairinque e Amador Bueno, dotadas somente de abrigos e "corcovas" para fácil embarque dos passageiros.[11] O serviço era conhecido oficialmente como "Trem de Mairinque" e apelidado de "Mairinquinho". Em 1987, a prefeitura de São Roque chegou a cogitar convênio com a Fepasa para a integração dos trens com a rede de ônibus da então empresa pública SanTC (São-Roquense de Transportes Coletivos), mas a proposta não seguiu adiante.[12]

Em 1996, a DRM foi incorporada à CPTM, incluindo o trecho entre Amador Bueno e Mairinque[13], que acabaria não incluído no processo de concessão da malha paulista da RFFSA (vencido pela Ferroban, atual Rumo Logística). Após três anos de operação, o trecho foi desativado, embora sua concessão ainda pertença à CPTM.[14][15][16]

Estação Município Observações
Amador Bueno Itapevi Modernização entregue em 3 de abril de 2014.
Parada 46 São Roque Parada simples - desativada desde 1999.[17]
São João Novo Desativada desde 1999.
Parada 50 Parada simples - desativada desde 1999.[18]
Mailasqui Desativada desde 1999.
Parada Cinzano Parada simples - desativada desde 1999.[19]
Gabriel Piza Desativada desde 1999. Demolida por saqueadores em 2010.[20]
Vila Amaral Parada simples - desativada desde 1999.[21]
São Roque Desativada desde 1999.[22] Atual sede da Guarda Municipal local.
Marmeleiro Parada simples - desativada desde 1999.[23]
Mairinque Mairinque Desativada desde 1999. Atual centro cultural.

A CPTM realizou uma audiência pública, em julho de 2013, para apresentar o projeto que ligará Sorocaba e São Paulo por meio de trens da CPTM. Em Sorocaba, serão duas estações: uma na região central e outra no bairro Brigadeiro Tobias. O investimento na linha de Sorocaba a São Paulo será de 4,3 bilhões de reais. O início das obras estava previsto para 2015, com previsão de conclusão em 2020, mas em 2019 ainda não tinha saído do papel.

Ele também prevê conexão futura com uma nova extensão de trem da Linha 8 até Alphaville. A chegada dos trens ao bairro vinha sendo cogitada desde a gestão de José Serra no governo estadual, mas nunca saiu da fase de estudos.

Referências

  1. a b «Investimentos - ViaMobilidade». ViaMobilidade Linhas 8 e 9. 3 de abril de 2023. Consultado em 19 de setembro de 2023 
  2. «Linhas da CPTM ganham novos nomes». Governo do Estado de São Paulo. 3 de abril de 2008. Consultado em 26 de junho de 2018 
  3. «Resolução da STM autoriza a ViaMobilidade a assumir controle total da operação das Linhas 8 e 9 da CPTM a partir de 27 de janeiro.». Diário do Transporte. Consultado em 25 de janeiro de 2022 
  4. a b c «Vinte anos sem renovações». Folha de S.Paulo (17 924). São Paulo: Empresa Folha da Manhã S.A. 30 de abril de 1978. 18 páginas. ISSN 1414-5723 
  5. a b «Tabela Novos Negocios Agosto 2018» (PDF). CPTM. Consultado em 8 de agosto de 2018. Cópia arquivada (PDF) em 18 de julho de 2018 
  6. «Faixas horárias e intervalos programados entre trens - Linha 8-Diamante» (PDF). SICSP - Sistema de Informações ao Cidadão do Governo do Estado de São Paulo. 28 de março de 2022. Consultado em 28 de março de 2022 
  7. «Estações Amador Bueno e Santa Rita da CPTM são entregues em Itapevi». Governo do Estado de São Paulo. 23 de abril de 2014. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  8. «CPTM investe R$ 83 mi na Linha 8-Diamante» (PDF). Imprensa Oficial de São Paulo. 15 de maio de 2014. Consultado em 22 de julho de 2019 
  9. Consenge (2018). Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Itapevi. [S.l.]: Prefeitura de Itapevi. 107 páginas 
  10. «Linha 8-Diamante: ViaMobilidade dá início à reconstrução da estação Ambuitá». Metrô CPTM. 4 de abril de 2024. Consultado em 4 de abril de 2024 
  11. «Trem Rio Claro -- Trens de passageiros do Brasil» 
  12. «Municipalização, uma boa saída». Editora TM Ltda. Revista Transporte Moderno (283) Agosto de 1987. Consultado em 15 de Abril de 2020 
  13. Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (18 de abril de 1996). «Ofício PR 0162/1996» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo,caderno Legislativo, página 3. Consultado em 10 de julho de 2020 
  14. Ralph Mennucci Giesbrecht (2001). «Mairinque». Estações Ferroviárias do Brasil. Consultado em 26 de abril de 2019 
  15. Folha da Tarde (28 de agosto de 1993). «Metrô sobe amanhã para Cr$ 53,00». Folha de S.Paulo, ano 73, edição 23523, caderno 3-São Paulo, página 8. Consultado em 26 de abril de 2019 
  16. «Mapa da Malha Paulista da Rumo Logística». ANTT. Consultado em 26 de abril de 2019 
  17. «Parada 46 -- Estações Ferroviárias do estado de São Paulo» 
  18. «Parada 50 -- Estações Ferroviárias do estado de São Paulo» 
  19. «Parada Cinzano -- Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo» 
  20. Ralph Mennucci Giesbrecht (2001). «Gabriel Piza». Estações Ferroviárias do Brasil. Consultado em 26 de abril de 2019 
  21. «Parada Amaral -- Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo» 
  22. Ralph Mennucci Giesbrecht (2001). «São Roque». Estações Ferroviárias do Brasil. Consultado em 26 de abril de 2019 
  23. «Parada Marmeleiro -- Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo» 

Ligações externas

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