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Rock no Brasil: diferenças entre revisões

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== Década de 1950==
== Década de 1950==
O "pontapé inicial" do rock no Brasil foi [[Nora Ney]] (conhecida cantora de [[samba-canção]]) quando gravou o considerado primeiro rock, "Rock around the Clock", de [[Bill Haley & His Comets]] (trilha do filme ''[[Blackboard Jungle|Sementes da Violência]]''), em outubro de [[1955]], para a versão brasileira do filme.<ref name="Brock">{{Citar livro|autor=[[Arthur Dapieve]]|título=Brock: o rock brasileiro dos anos 80 - Coleção Ouvido musical|editor=Editora 34 |publicação=1996|páginas=11|isbn= 9788573260083}}</ref> Em uma semana a canção já estava no topo das paradas (mas Nora Ney nunca mais gravou nada no gênero, tirando a irônica ''"Cansei do Rock"'', em [[1961]]). Em dezembro, a mesma canção recebia versão em português, ''"Ronda das Horas"'' (por Heleninha Ferreira) e outra gravada pelo [[acordeão|acordeonista]] Frontera, não tão bem sucedidas quanto a "original".<ref>{{citar livro|autor=José Ramos Tinhorão|título=História social da música popular brasileira|editora=Editorial Caminho|ano=1990|páginas=267|isbn=}}</ref> Em janeiro do ano seguinte, a canção ganho uma versão por [[Marisa Gata Mansa]].<ref>[http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/caderno-3/rock-nacional-um-pais-no-embalo-das-horas-1.1330830 Rock nacional: um país no embalo das "horas"]</ref>
O "pontapé inicial" do rock no Brasil foi [[Nora Ney]] (conhecida cantora de [[samba-canção]]) quando gravou o considerado primeiro rock, "Rock around the Clock", de [[Bill Haley & His Comets]] (trilha do filme ''[[Blackboard Jungle|Sementes da Violência]]''), em outubro de [[1955]], para a versão brasileira do filme.<ref name="Brock">{{Citar livro|autor=[[Arthur Dapieve]]|título=Brock: o rock brasileiro dos anos 80 - Coleção Ouvido musical|editor=Editora 34 |publicação=1996|páginas=11|isbn= 9788573260083}}</ref> Em uma semana a canção já estava no topo das paradas (mas Nora Ney nunca mais gravou nada no gênero, tirando a irônica ''"Cansei do Rock"'', em [[1961]]). Em dezembro, a mesma canção recebia versão em português, ''"Ronda das Horas"'' (por Heleninha Ferreira) e outra gravada pelo [[acordeão|acordeonista]] Frontera, não tão bem sucedidas quanto a "original".<ref>{{citar livro|autor=José Ramos Tinhorão|título=História social da música popular brasileira|editora=Editorial Caminho|ano=1990|páginas=267|isbn=}}</ref> Em janeiro do ano seguinte, a canção ganhou uma versão por [[Marisa Gata Mansa]].<ref>[http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/caderno-3/rock-nacional-um-pais-no-embalo-das-horas-1.1330830 Rock nacional: um país no embalo das "horas"]</ref>


[[Tim Maia]], [[Roberto Carlos]], [[Erasmo Carlos]] e [[Jorge Ben]] foram influenciados pelo ''[[rock and roll]]'' e ''[[rockabilly]]''. Tim, Roberto, Arlênio Silva, Edson Trindade e Wellington integraram o [[grupo vocal]] [[The Sputniks]]. Tanto Tim quanto Jorge eram conhecidos como "Babulina", por conta da pronuncia inusitada de "Bop-A-Lena", interpretado por [[Ronnie Self]]. Ambos também foram influenciados por [[Little Richard]],<ref name="someafuria"/><ref>{{citar web|URL=http://www.rodaviva.fapesp.br/materia/66/entrevistados/jorge_ben_jor_1995.htm|título=Jorge Ben Jor|autor=|data=|publicado=[[Fapesp]], [[Roda Viva (programa de televisão)|Roda Viva]]|acessodata=}}</ref> cujo estilo era fortemente influenciado pelo ''[[boogie woogie]]''. Roberto Carlos aprendeu a batida do ''rock'' no violão ao ver Tim executar ''[[Long Tall Sally]]'', de [[Little Richard]]. O grupo The Sputniks foi desfeito após Tim descobrir que Roberto iria se apresentar como o "[[Elvis Presley]] brasileiro" no programa o Clube do Rock de [[Carlos Imperial]]. Tim convenceu Imperial a se apresentar como o "Little Richard" brasileiro. Conhecendo Tim desde a infância, Erasmo integrou o grupo The Snakes, grupo criado após o fim do The Sputniks, com Arlênio, China e Edson Trindade.<ref name="detalhes"/>
[[Tim Maia]], [[Roberto Carlos]], [[Erasmo Carlos]] e [[Jorge Ben]] foram influenciados pelo ''[[rock and roll]]'' e ''[[rockabilly]]''. Tim, Roberto, Arlênio Silva, Edson Trindade e Wellington integraram o [[grupo vocal]] [[The Sputniks]]. Tanto Tim quanto Jorge eram conhecidos como "Babulina", por conta da pronuncia inusitada de "Bop-A-Lena", interpretado por [[Ronnie Self]]. Ambos também foram influenciados por [[Little Richard]],<ref name="someafuria"/><ref>{{citar web|URL=http://www.rodaviva.fapesp.br/materia/66/entrevistados/jorge_ben_jor_1995.htm|título=Jorge Ben Jor|autor=|data=|publicado=[[Fapesp]], [[Roda Viva (programa de televisão)|Roda Viva]]|acessodata=}}</ref> cujo estilo era fortemente influenciado pelo ''[[boogie woogie]]''. Roberto Carlos aprendeu a batida do ''rock'' no violão ao ver Tim executar ''[[Long Tall Sally]]'', de [[Little Richard]]. O grupo The Sputniks foi desfeito após Tim descobrir que Roberto iria se apresentar como o "[[Elvis Presley]] brasileiro" no programa o Clube do Rock de [[Carlos Imperial]]. Tim convenceu Imperial a se apresentar como o "Little Richard" brasileiro. Conhecendo Tim desde a infância, Erasmo integrou o grupo The Snakes, grupo criado após o fim do The Sputniks, com Arlênio, China e Edson Trindade.<ref name="detalhes"/>

Revisão das 04h34min de 6 de novembro de 2016

Rock brasileiro
Rock no Brasil
Cazuza, um dos principais nomes do rock brasileiro
Origens estilísticas Rock
Contexto cultural Década de 1950
Instrumentos típicos Vocal
Guitarra
Baixo
Bateria
Teclado
Popularidade Década de 1980
Outros tópicos
Bandas

O rock brasileiro (mais conhecido no Brasil como rock nacional) teve início no final da década de 1950, conquistando maior popularidade na década de 1980.

Década de 1950

O "pontapé inicial" do rock no Brasil foi Nora Ney (conhecida cantora de samba-canção) quando gravou o considerado primeiro rock, "Rock around the Clock", de Bill Haley & His Comets (trilha do filme Sementes da Violência), em outubro de 1955, para a versão brasileira do filme.[1] Em uma semana a canção já estava no topo das paradas (mas Nora Ney nunca mais gravou nada no gênero, tirando a irônica "Cansei do Rock", em 1961). Em dezembro, a mesma canção recebia versão em português, "Ronda das Horas" (por Heleninha Ferreira) e outra gravada pelo acordeonista Frontera, não tão bem sucedidas quanto a "original".[2] Em janeiro do ano seguinte, a canção ganhou uma versão por Marisa Gata Mansa.[3]

Tim Maia, Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Jorge Ben foram influenciados pelo rock and roll e rockabilly. Tim, Roberto, Arlênio Silva, Edson Trindade e Wellington integraram o grupo vocal The Sputniks. Tanto Tim quanto Jorge eram conhecidos como "Babulina", por conta da pronuncia inusitada de "Bop-A-Lena", interpretado por Ronnie Self. Ambos também foram influenciados por Little Richard,[4][5] cujo estilo era fortemente influenciado pelo boogie woogie. Roberto Carlos aprendeu a batida do rock no violão ao ver Tim executar Long Tall Sally, de Little Richard. O grupo The Sputniks foi desfeito após Tim descobrir que Roberto iria se apresentar como o "Elvis Presley brasileiro" no programa o Clube do Rock de Carlos Imperial. Tim convenceu Imperial a se apresentar como o "Little Richard" brasileiro. Conhecendo Tim desde a infância, Erasmo integrou o grupo The Snakes, grupo criado após o fim do The Sputniks, com Arlênio, China e Edson Trindade.[6]

Em 1957, foi gravado o primeiro rock original em português, "Rock and Roll em Copacabana", escrito por Miguel Gustavo (futuro autor de "Pra Frente Brasil") e gravada por Cauby Peixoto,[1] o cantor foi acompanhado pelo grupo The Snakes na canção na canção That's Rock, composta por Carlos Imperial no filme "Minha Sogra é da Policia" (1958).[7]

Entre 57 e 58, diversos artistas gravaram versões de músicas americanas, como "Até Logo, Jacaré" ("See You Later, alligator"),"Meu Fingimento" ("The Great Pretender" do grupo de doo-wop The Platters) e "Bata Baby" (Long Tall Sally de Little Richard).[8]

Embora em 57 o grupo Betinho & Seu Conjunto, de "Enrolando o Rock" (também gravada por Cauby Peixoto) tenha alcançado grande fama[8], os primeiros ídolos do rock brasileiro foram os irmãos Tony e Celly Campelo que, em 1958, lançaram o compacto Forgive Me/Handsome Boy, que vendeu 38 mil cópias. Tony gravaria mais dois singles até seu álbum em 1959, e Celly estourou em 1959 com "Estúpido Cupido" (120 mil cópias vendidas), chegando a ter boneca própria (com a qual aparece na capa de seu LP "Celly Campello, A Bonequinha Que Canta").

Erasmo pediu, a Tim, que lhe ensinasse a tocar violão. Ele aprendeu as primeiras notas: mi, lá e ré. Com elas, pôde tocar várias canções de rock. Quando Roberto precisou da letra de Hound Dog, gravada por Little Richard e Elvis, Arlênio o apresentou a Erasmo.

Parecia o fim do rock and roll: o Clube do Rock era cancelado nos Estados Unidos; Chuck Berry era preso por abuso de menor; Jerry Lee Lewis se casava com uma prima menor de idade; Little Richard resolvia abandonar o rock e se tornar pastor evangélico; e Buddy Holly, Ritchie Valens e The Big Bopper morriam em um acidente de avião. Logo, os jovens seriam influenciados pela bossa nova e pelo violão de João Gilberto.

Em 1959, Tim Maia viaja para os Estados Unidos, onde forma o grupo vocal The Ideals.[9]

Os Campello também apresentariam Crush em Hi-Fi na Rede Record, programa totalmente voltado para a juventude, que revelou diversas bandas.Outros programas também surgiram para aproveitar a "febre" como Ritmos para a Juventude (Rádio Nacional-SP)[1], Clube do Rock (Rádio Tupi -RJ) e Alô Brotos! (TV Tupi).

Década de 1960

Ver artigo principal: Iê-iê-iê
Roberto Carlos, líder e principal ídolo da Jovem Guarda.
Álbum de estreia dos Mutantes, lançado em 1968.

Em 1960, surgira até a Revista do Rock,[8] Roberto Carlos chegou a tentar uma carreira como cantor de bossa nova, agenciado por Carlos Imperial, em 1961 lança seu primeiro álbum Louco por Você de 1961, que foi um fracasso, até que dois anos depois, lança um disco de rock, Splish Splash. A faixa-título, versão de uma canção de Bobby Darin, e Parei na Contramão rapidamente tornam-se hits. O álbum traz outras canções dele, Erasmo e Luiz Ayrão.[6]

O começo da década foi marcado pelo surgimento de grupos de rock instrumental e surf music como The Jet Blacks, The Jordans e The Clevers[6] (futuros Os Incríveis), e do cantor Ronnie Cord, que lançaria dois "hinos": a versão Biquíni de Bolinha Amarelinha e a rebelde Rua Augusta.

Roberto Carlos se tornaria o maior ídolo do Rock Brasileiro dos anos 60 e, posteriormente, o maior nome da música brasileira. Em 1964, obteve mais sucessos como É Proibido Fumar (mais tarde regravada pelo Skank) e O Calhambeque Aproveitando o sucesso, a Rede Record lançou o programa Jovem Guarda, apresentado por Roberto ("Rei"), seu amigo Erasmo Carlos ("Tremendão") e Wanderléa ("Ternurinha"). Só nas primeiras semanas, atingira 90% da audiência.

Seguindo o sucesso do programa Jovem Guarda , surgem outros artistas, Renato e seus Blue Caps, Golden Boys, Jerry Adriani, Eduardo Araújo e Dick Danello, que tinham seu som inspirado nos Beatles (o gênero apelidado "iê-iê-iê") e no rock primitivo (rock and roll e rockabilly). A Jovem Guarda também levou a todo tipo de produto e filmes como Roberto Carlos em Ritmo de Adventura (seguindo a trilha de A Hard Day's Night e Help! dos Beatles). O chamado "Som da Jovem Guarda" é marcado pelo uso do Órgão Hammond por Lafayette.[10][11]

Apesar disso, os artistas da MPB "declararam guerra" ao iê-iê-iê da Jovem Guarda, chegando a um protesto de Elis Regina, Jair Rodrigues, entre outros, conhecido "Passeata contra as guitarras elétricas".[12] O programa terminaria em 1968, com a saída de Roberto Carlos.

Então, surgiria a Tropicália, fortemente influenciada pela música psicodélica.[13] Em 1966, surgiram Os Mutantes: Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, com seu deboche e som inovador, o grupo foi revelado no programa de Ronnie Von,[14] que também teve uma fase psicodélica, contudo, o trabalho teve pouco impacto no mercado.[15] Artistas do iê-iê-iê, como Erasmo Carlos e Eduardo Araújo, também experimentariam a psicodelia nos anos seguintes.[16]

Em 1967, a dupla Caetano Veloso e Gilberto Gil faria as canções "Alegria, Alegria" e "Domingo no Parque", apresentadas no III Festival da Rede Record. No ano seguinte, o álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band fascinou a dupla, levando a apresentações vaiadas em festivais de Record e Excelsior, e ao álbum coletivo Tropicália ou Panis et Circensis, com Mutantes, Gal Costa, Tom Zé, Torquato Neto, Capinan, Rogério Duprat e Nara Leão, considerado um dos melhores álbuns brasileiros da história.

Os Mutantes também criariam carreira grandiosa, com álbuns elogiados a partir de 1968 e chegando a influenciar até Kurt Cobain, do Nirvana. O grupo começaria a se desmanchar com a saída de Rita Lee, em 1973.

Também nesse período, canções nos gêneros soul music e funk são encontradas nas trabalhos de Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Eduardo Araújo e Tim Maia (recém-chegado dos Estados Unidos.[17][18][19][4]

Em 1968, o grupo baiano Raulzito e os Panteras, liderado por Raul Seixas lança seu único álbum de mesmo nome, apesar disso, Raul é ajudado por Jerry Adriani, o grupo se torna banda de apoio de cantor, que também grava algumas de suas composições de Raul, além, artistas como Trio Ternura e Renato e Seus Blue Caps (grupo que teve Erasmo Carlos como membro por um curto período),[20] tiveram canções compostas pelo artista.[21]

Década de 1970

Rita Lee.
Raul Seixas.

O endurecimento do Regime militar levou Caetano e Gil ao exílio em Londres, onde viveram de 1969 a 1972. Durante o período, gravaram dois discos considerados dos seus melhores, Transa (Caetano), e Expresso 2222 (Gil).

Após sair dos Mutantes no final de 1972, Rita Lee iniciou uma muito bem sucedida carreira solo, acompanhada do grupo Tutti Frutti. É nesse período, que ela lança o seu mais memorável álbum: o Fruto Proibido de (1975), disco este, que contém os sucessos Agora só falta você, Esse tal de Roque Enrow e Ovelha Negra. Arnaldo Baptista também gravou o aclamado Loki? (1974). Os Mutantes ainda atravessaram a década convertidos ao rock progressivo, passando por várias formações e dissolvendo-se em 1978.

Em 1973, surgiram Secos & Molhados, liderados por João Ricardo, com Ney Matogrosso como vocalista, que faziam a chamada poesia musicada, com canções muito bem elaboradas como Rosa de Hiroshima e "Prece Cósmica, apesar de alguns flertes menos poéticos e mais divertidos como "O Vira". Dois álbuns e um ano depois, em 1974, o grupo com sua formação clássica (João, Ney e Gerson Conrad) se desfez.

No mesmo ano, Raul Seixas inicia uma carreira solo, chegando a vender 600.000 compactos de "Ouro de Tolo" em poucos dias e se tornaria "bardo dos hippies" com músicas debochadas como Mosca na Sopa e Maluco Beleza, esotéricas como Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás e Gita, e as motivacionais Metamorfose Ambulante (composta pelo músico aos 14 anos) e Tente Outra Vez.

Movimentos surgiram em outros locais do Brasil. Em Minas Gerais, o Clube da Esquina, influenciados por Beatles, pelo rock britânico feito na época e liderado por Milton Nascimento e Lô Borges, tendo Beto Guedes com um de seus membros, e no Nordeste, a "nova onda" dos Novos Baianos, além da chamada "Invasão Nordestina", formada por artistas que misturaram a música do nordeste brasileiro ao rock, como Fagner, Zé Ramalho, Belchior e Alceu Valença.

Mesmo com o pouco espaço na mídia, várias bandas, artistas e estilos se destacavam no circuito underground da época, como o progressivo regional de O Terço (que chegou a gravar um álbum em inglês voltado para o mercado italiano), o hard rock do Made in Brazil e da Patrulha do Espaço, o rock rural de Sá, Rodrix e Guarabyra, o rock psicodélico, progressivo e funk do trio Som Nosso de Cada Dia,[22][23] Moto Perpétuo, grupo liderado por Guilherme Arantes, o hard progressivo do Casa das Máquinas, o músico e poeta Walter Franco, os bem humorados do Joelho de Porco, considerados pioneiros do punk rock no Brasil, A Bolha e Som Imaginário, que em meados da década excursionaram com Erasmo Carlos e Milton Nascimento respectivamente. Também influenciados pelo rock progressivo, porém A Bolha fez incursões no Hard Rock[24], enquanto o Som buscava o experimentalismo e um flerte com a MPB, assim como A Barca do Sol, banda formada pelo arranjador Jaques Morelenbaum.

Inspirados no Festival de Woodstock, surge eventos similares no país: Festival de Verão de Guarapari, realizado em 1971 na cidade de Guarapari.[25] Em 1975 surgiram o Festival de Águas Claras, na Fazenda Santa Virgínia, em Iacanga, interior de São Paulo,[26] o festival Banana Progressiva, realizado no Teatro da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo.[24] e o Hollywood Rock, patrocinado pela companhia Souza Cruz, no Rio de Janeiro.Participaram os grupos Vimana, O Peso, Rita Lee & Tutti Frutti, além dos cantores Erasmo Carlos, Celly e Tony Campelo e Raul Seixas. As apresentações foram registradas no documentário Ritmo Alucinante, lançado no mesmo ano.

No final da década, apesar de pouquíssimos representantes jovens na música brasileira, surge uma leva de grupos predecessores da geração seguinte do rock brasileiro, que incorporavam elementos da MPB, do Tropicalismo e do Clube da Esquina, porém com uma nova linguagem. Entre esses conjuntos estão A Cor do Som, apadrinhados por Gil, Caetano e pelos Novos Baianos, 14 Bis, banda de Flávio Venturini, recém saído d'O Terço e acolhidos pelo Clube da Esquina e o Roupa Nova, originados d'Os Famks, banda formada por músicos experientes em bailes desde a década de 1960. Ambos tornaram-se conhecidos nacionalmente entre 1979 e 1980.

Década de 1980

Titãs.
Herbert Vianna, vocalista d'Os Paralamas do Sucesso.

Atribui-se a esta década a popularização e a verdadeira "explosão" do rock no Brasil. Algumas bandas como Titãs e Os Paralamas do Sucesso permanecem ativas até hoje, fazendo apresentações por todo o país. Outros grupos e artistas da época, como Engenheiros do Hawaii e Legião Urbana, foram imortalizados e tocam nas rádios até hoje, devido ao grande sucesso entre o público, principalmente adolescentes e jovens.

Também foram criadas casas de show, como Noites Cariocas e Circo Voador (Rio) e Aeroanta, Napalm e Madame Satã (São Paulo). Importantíssimas para a formação do cenário roqueiro da época.

As primeiras bandas a fazerem sucesso foram os paulistanos Gang 90 e as Absurdettes, com o hit Perdidos na Selva (inscrita no festival MPB Shell 81) e liderados pelo jornalista Júlio Barroso e os cariocas da Blitz, formados em torno do Circo Voador, tornando-se um fenômeno através do sucesso Você Não Soube me Amar. Também já existiam conjuntos formados por músicos experientes, como Radio Taxi, Herva Doce e os cantores Eduardo Dussek e Marina Lima, que vinham destacando-se desde o final da década anterior, porém, começaram a flertar com o rock a partir deste período.

As bandas mais cultuadas da época formam um Quarteto Sagrado[carece de fontes?]. Entre elas estão Os Paralamas do Sucesso, originários do Rio de Janeiro, haviam se conhecido antes em Brasília e começaram a tocar na garagem de um dos integrantes. Os paulistanos dos Titãs, inicialmente formado por nove integrantes e influenciados pela new wave e pela MPB. Os cariocas do Barão Vermelho, surgidos em 1982 e liderados por Cazuza e Roberto Frejat. E a mais influente, Legião Urbana, liderada por Renato Russo e emplacando inúmeros sucessos que chegaram ao topo das rádios. Em pouco tempo, Cazuza e Renato passaram a serem considerados os principais letristas da história do rock brasileiro.

Vários locais do Brasil tinham seus circuitos de rock. No Rio de Janeiro, surgiram os já citados Blitz, Barão Vermelho e Os Paralamas do Sucesso, as bandas Kid Abelha e Biquini Cavadão, o cantor Leo Jaime e o fim do grupo Vímana (cultuadíssimo na década de 1970) revelou Lulu Santos, Lobão (também ex-Blitz) e Ritchie. Surgem também a banda João Penca e Seus Miquinhos Amestrados, que apresentava uma mistura de estilos das década de 1950 e 1960, como rockabilly,[1] surf rock e doo wop[27] e grupos de soul e funk como Conexão Japeri e Brylho, que teve como baixista o músico Arnaldo Brandão (ex-A Bolha e futuro integrante do Hanói-Hanói).[1] Da primeira saiu o cantor Ed Motta e da segunda, Claudio Zoli, [28] que na década de 1990, chegou a integrar o grupo Tigres de Bengala, ao lado de Ritchie e Vinícius Cantuária.[29]

Em São Paulo, além dos Titãs, surgiram as principais bandas paulistas, Ultraje a Rigor, RPM e Ira!. Outro acontecimento importante foi a chamada Vanguarda Paulista, liderada por Arrigo Barnabé e Itamar Assumpção. Houve também o movimento Punk paulistano, auxiliados pelo então radialista Kid Vinil, formado pelas bandas Inocentes, Cólera, Ratos de Porão, Olho Seco, Lixomania e culminando no festival O Começo do Fim do Mundo, realizado no SESC Pompeia em 1982. Posteriormente, outros grupos de temática punk foram formados, como Garotos Podres, 365 e Não Religião. Surgiu uma cena independente que girava em torno dos selos Baratos Afins e Wop Bop Discos, como Fellini, Cabine C, Agentss, Azul 29, Violeta de Outono, Voluntários da Pátria, Smack, Akira S e As Garotas Que Erraram, Gueto, Muzak, Nau, Mercenárias e até mesmo os grupos Korzus e Golpe de Estado, representantes do heavy metal e do hard rock respectivamente. Tal como no Rio de Janeiro, surge uma banda de soul e funk, Skowa e a Máfia.[28]

Em Brasília, o Aborto Elétrico (em que Renato Russo tocara) gerou a Legião Urbana e o Capital Inicial (que acabou se fixando em São Paulo). Outros destaques vindos da capital brasileira são a Plebe Rude com os sucessos Até Quando Esperar e Proteção e grupos que tornaram-se cult, como Finis Africae e Detrito Federal. Na Bahia, chegou ao sucesso o Camisa de Vênus, banda de Marcelo Nova.

No Rio Grande do Sul, os Engenheiros do Hawaii e Nenhum de Nós chegaram ao sucesso nacional. Também surgiram bandas de menor projeção como TNT, Taranatiriça, Cascavelletes, Os Replicantes, Bandaliera, Garotos da Rua e DeFalla.

Tiveram outros grupos que ficaram marcados pelo grande sucesso que fizeram na época, como as bandas Sempre Livre, Hanói Hanói, Metrô, Magazine, Zero, Heróis da Resistência, Picassos Falsos, Uns e Outros, Egotrip, Tokyo, grupo que revelou Supla e Hojerizah, essa última seria desfeita e na década de 1990, o vocalista Toni Platão iniciaria carreira solo, os cantores Kiko Zambianchi, Celso Blues Boy e Fausto Fawcett, entre outros.

Em Minas Gerais, surge o grupo brasileiro de maior sucesso internacional, o Sepultura, que toca o subgênero thrash metal, com letras em inglês. Também em Minas, é formado o Sexo Explícito, banda alternativa com a sonoridade voltada para o pós-punk, tornando-se "embrião" do Pato Fu. Outra banda a conseguir algum destaque no exterior (Japão) foi a paulista Viper, que também escrevia letras em inglês, e que ajudou a desenvolver um estilo que viria a ser chamado de metal melódico no Brasil. O Viper foi também responsável por revelar o vocalista Andre Matos, que participaria de duas grandes bandas brasileiras, o Angra e o Shaman.

Década de 1990

Skank
Charlie Brown Jr.
Fernanda Takai, vocalista do Pato Fu.

Dentre as novidades da década, está o surgimento da MTV Brasil, em 1990. O período ficou marcado pelo enorme crescimento da indústria do videoclipe no Brasil, além da emissora musical oferecer oportunidades de divulgação pra inúmeras bandas que estavam em início de carreira. Com isso, todos os grupos de destaque na época, tiveram seus clipes veiculados no canal.

Surgiram também festivais alternativos importantes para a divulgação do cenário independente, como o Abril pro Rock, em Recife e as grandes gravadoras voltaram a apostar em grupos novos, através de pequenos selos, como Chaos, pertencente à Sony Music e Banguela Records, criado pelos Titãs em parceria com o produtor Carlos Eduardo Miranda e distribuído pela Warner Music.

O primeiro grande grupo da década foram os mineiros Skank, que misturavam rock e reggae[30]. Ao longo dos anos, outros grupos mineiros surgiriam, como Jota Quest, que misturavam pop rock, soul e funk.[31], Pato Fu, Virna Lisi e Tianastacia.

Em Recife despontou o movimento Mangue beat. Liderados por Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A, as bandas misturavam percussão pernambucana com guitarras pesadas, conquistando a crítica.

Surge em São Paulo a rádio Kiss FM.[32]

Entre 1994 e 1995 surgiram dois grupos bem sucedidos pelo humor, os brasilienses Raimundos, com o ritmo forrocore (forró+hardcore)[33][34] e os guarulhenses Mamonas Assassinas, parodiando do heavy metal ao sertanejo, chegando a fazer 3 shows por dia e venderem 1,5 milhão de cópias.

Alguns rappers tiveram ligação íntima com o rock, como Gabriel o Pensador, o Planet Hemp (que defendia a descriminalização da maconha) e o Pavilhão 9 (que falava de violência policial).

O Sepultura teve um crescimento de popularidade nos anos 90, através dos álbuns Arise e Chaos A.D., culminando em Roots, disco que fez da banda uma das principais do heavy metal mundial na época e lhes rendeu razoável exposição no mainstream. Pouco tempo depois, Max Cavalera, membro fundador e front man, saiu da banda, dando lugar a Derrick Green.

Seguindo o caminho do Sepultura, o Angra também gravou músicas em inglês, misturando power metal com ritmos tipicamente brasileiros. A banda alcançou sucesso na cena heavy metal brasileira e reconhecimento mundial, sendo muito bem recebidos na França e principalmente no Japão.

Outros destaques da década são O Rappa e Cidade Negra, representando a ligação do reggae com o rock, Charlie Brown Jr., com influências do skate punk e vocais rap, Cássia Eller, com um repertório de Cazuza, Renato Russo e Nando Reis, e Los Hermanos, que surgiram com Anna Júlia, canção pop que não combinava com a imagem intelectual da banda.

Outro fato da década é que todas as bandas do "quarteto sagrado" do rock da década de 1980 (exceto a Legião) tiveram de se reinventar para reconquistar o grande público. Os Paralamas, depois de uma fase experimental, voltaram às paradas com Vamo Batê Lata (1995), o Barão Vermelho, com o semi-eletrônico Puro Êxtase (1998)[35] e os Titãs, com seu Acústico MTV (1997). Outro grupo que conseguiu se renovar foi o Kid Abelha, com os álbuns Meu Mundo Gira Em Torno de Você (1996), que trouxe a versão de Na Rua, na Chuva, na Fazenda de Hyldon e Remix (1997).[36]

Depois de um tempo, surgiram Wilson Sideral e Flávio Landau (ambos irmãos de Rogério Flausino vocalista do Jota Quest). Sideral emplacou nas rádios brasileiras sucessos como Não Pode Parar e Zero a Zero. Já Landau obteve maior reconhecimento na década seguinte.

O rock gaúcho continuou muito bem representado pela banda Cidadão Quem, pelos cantores Wander Wildner (ex-Replicantes) e Júpiter Maçã (ex-Cascavelletes), entre outros nomes de projeção local.

Também tiveram grupos de carreira mais curta, como Rumbora, Skuba, Virgulóides e O Surto, banda conhecida pelo hit A Cera. Outros alcançaram status de artistas cult, como Little Quail and The Mad Birds, Mulheres Q Dizem Sim, Yo-Ho Delic e Pin Ups. As duas últimas compunham suas músicas em inglês.

A década também ficou marcada pela perda de Cazuza, em 1990 e Renato Russo seis anos depois, dois dos maiores ícones da história do rock brasileiro, além da morte de Chico Science, em 1997 e o trágico acidente de avião que vitimou o grupo Mamonas Assassinas um ano antes.

Década de 2000

CPM 22.
Pitty em uma apresentação.

O ano de 2001 foi um ano "trágico" para o rock brasileiro. Herbert Vianna, dos Paralamas, sofreu acidente de ultra-leve e ficou paraplégico (mas voltou a tocar); Marcelo Fromer, dos Titãs, morreu atropelado, Marcelo Yuka, baterista do O Rappa, foi baleado e ficou paraplégico (saiu da banda) e Cássia Eller faleceu.

Algumas bandas da década de 1990 passaram por muitas mudanças: o líder dos Raimundos, Rodolfo, converteu-se ao protestantismo e saiu da banda para formar o Rodox (que também acabaria algum tempo depois) e atualmente faz carreira solo com músicas gospel. A banda Skank buscou um estilo mais britpop e cheio de experimentalismo nas músicas o que foi visto nos discos Cosmotron (2003) e Carrossel (2006), mas que mais tarde voltaria às origens no álbum Estandarte (2008).

Também surgiram as bandas Detonautas Roque Clube, Reação em Cadeia, CPM 22, Tihuana, Cachorro Grande e a cantora Pitty, que tomaram a atenção da mídia durante toda a década. No cenário underground se destacaram grupos como Autoramas, Matanza, Dead Fish, Hateen, Gram, Moptop, Forgotten Boys, Vanguart, Móveis Coloniais de Acaju, Cidadão Instigado, Mopho, Relespública, Garotas Suecas, Cansei de Ser Sexy, entre outros.

No heavy metal brasileiro, embora permaneçam underground, viu-se o surgimento de novas bandas que conseguiram projeção internacional: Shaman, Hangar, Mindflow, Hibria, Torture Squad, Burning in Hell, Shadowside, entre outras. As bandas consagradas da década passada, como Dr. Sin, permaneceram como grandes nomes na cena metálica, que teve Sepultura e Angra ainda como suas principais figuras. Igor Cavalera deixou o Sepultura em 2006, sendo substituído por Jean Dolabella, que também saiu do grupo e foi substituído por Eloy Casagrande, que era da banda de Heavy Metal católico Iahweh. O Angra também passou por mudanças em sua formação: Andre Matos, Luis Mariutti e Ricardo Confesori saíram, sendo substituídos por Eduardo Falaschi, Felipe Andreoli e Aquiles Priester, respectivamente. Andre Matos, juntamente com os outros ex-membros do Angra, formaram o Shaman, que logo alcançou o status de grande banda. Atualmente, Andre Matos segue em carreira solo.

Ainda nos anos 2000, começaram a surgir bandas de rock com influências do emocore, do hardcore melódico e do pop punk, que ganharam muito destaque graças à internet e as redes sociais, como o Orkut e Fotolog. Entre os maiores destaques estão as bandas Nx Zero, Fresno, Forfun, Strike, Gloria, entre outros, contendo letras simples e que tratam de sentimentos e emoções, altamente populares para o público jovem.

Década de 2010

O Terno em apresentação.
Selvagens à Procura de Lei.
Suricato, destaque na primeira temporada do reality musical Superstar, exibido pela Rede Globo.

Na última década surgiram no cenário alternativo bandas como Vivendo do Ócio, Selvagens à Procura de Lei, Vespas Mandarinas, O Terno, Boogarins, Maglore, Far From Alaska e Apanhador Só, com uma influência no Rock Brasileiro e do Indie Rock.

Surgiram também artistas que vêm se destacando por revisitarem o repertório de alguns nomes da geração 80 do rock brasileiro, como os grupos Nem Liminha Ouviu[37], nome criado em homenagem ao produtor homônimo e interpretando bandas que surgiram no cenário underground da época, e Urbana Legion[38], em referencia à Legião Urbana e formada por integrantes do Tihuana, Charlie Brown Jr., A Banca e Bula. A última citada também faz parte do circuito roqueiro atual.

Outra tendência que entrou em destaque no cenário musical brasileiro foram as chamadas bandas coloridas, especialmente dedicado para o público feminino jovem e tem como suas principais características as roupas coloridas, óculos new wave, uso de sintetizadores e letras agitadas e alegres.[39] No início da década, o movimento rotulado como Happy Rock, dominou as paradas de sucesso através das bandas Restart, Cine e Hori. A moda, criticada por nomes como Dinho Ouro Preto, Lobão e Tico Santa Cruz[40][41], acabou perdendo força pouco tempo depois, sendo que a maior parte desses grupos não permaneceram na grande mídia e encerraram suas atividades.

Talvez o único fenômeno roqueiro recente, Malta, vencedora da primeira temporada do programa Superstar, da Rede Globo, se tornou uma das bandas de maior popularidade do país, tendo seu álbum de estreia, intitulado Supernova, como um dos mais bem sucedidos do ano de 2014, com a certificação de disco de platina triplo, equivalente a 300 mil cópias vendidas. O grupo venceu a atração musical com 74% dos votos[42], mas o sucesso foi efêmero e o vocalista Bruno Boncini deixou a banda em junho de 2016[43].

O talent show também revelou o grupo folk Suricato e as bandas Supercombo, Scalene e Versalle[44][45], que se destacaram nas primeiras edições do programa, realizadas em 2014 e em 2015. Ambas conquistaram prestígio no cenário indie e também no mainstream, participando de grandes festivais, como as últimas edições do Rock in Rio e do Lollapalooza[46][47][48]. Já a terceira temporada foi exibida em 2016, onde os grupos Preto Massa, Playmobille, Pagan John, Powertrip, Valente, e os finalistas Bellamore, Plutão Já Foi Planeta e OutroEu puderam mostrar seus trabalhos[49][50].

Apesar do gênero estar ausente da grande mídia e fora das FMs nacionais, a década também se destacou pela volta das chamadas Rádios Rock, como a 89 FM a Rádio Rock, em São Paulo[51] no final de 2012 e a Rádio Cidade FM, no Rio de Janeiro, que durou de 2014 a 2016. Ao lado do Superstar e da internet, as emissoras de rádio citadas têm sido os principais veículos de divulgação da cena roqueira atual. Contudo, 2015 foi o primeiro ano da história em que o rock brasileiro não esteve entre as 100 canções mais tocadas nas rádios do país, segundo pesquisa da Crowley Broadcast Analysis.[52]

Nos últimos cinco anos, algumas bandas retomaram suas atividades, entre elas RPM, Ira!, Camisa de Vênus[53], Picassos Falsos, Viper e Gram. Outras voltaram para eventuais turnês comemorativas, como Barão Vermelho, Kid Abelha e até mesmo Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, novamente dividindo palcos e celebrando 30 anos do lançamento do primeiro disco da Legião Urbana[54].

A década também teve mortes de figuras notórias, como Redson Pozzi, líder da banda Cólera, o cantor e guitarrista Celso Blues Boy, Chorão e Champignon, vocalista e baixista do Charlie Brown Jr. respectivamente, Renato Rocha, ex-baixista da Legião Urbana, o músico gaúcho Júpiter Maçã e Peninha, percussionista do Barão Vermelho[55].

Ver também

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Referências

Notas


  1. a b c d e Arthur Dapieve. Editora 34, ed. Brock: o rock brasileiro dos anos 80 - Coleção Ouvido musical. 1996. [S.l.: s.n.] 11 páginas. ISBN 9788573260083 
  2. José Ramos Tinhorão (1990). História social da música popular brasileira. [S.l.]: Editorial Caminho. 267 páginas 
  3. Rock nacional: um país no embalo das "horas"
  4. a b Motta, Nelson. Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia Editora Objetivax, 2007. ISBN 9788539000807
  5. «Jorge Ben Jor». Fapesp, Roda Viva 
  6. a b c Paulo Cesar de Araújo. Roberto Carlos em Detalhes [S.l.]: Editora Planeta, 2006. 9788576652281
  7. Rodrigo Faour (2001). Bastidores: Cauby Peixoto, 50 anos da voz e do mito. [S.l.]: Editora Record. 117 páginas. 9788501061119 
  8. a b c Marcelo Fróes. Editora 34, ed. Jovem guarda: em ritmo de aventura. 2005. [S.l.: s.n.] ISBN 9788573261875 
  9. Ricardo Setti. «Um brasileiro chamado Jim». Veja. Consultado em 2 de dezembro de 2012 
  10. Estrela da Jovem Guarda, órgão segue vivo e influente na música brasileira atual
  11. Opinião: Som do órgão da Jovem Guarda foi contribuição ao rock mundial
  12. Especial Guitarra Elétrica - Yes, nós temos guitarra
  13. Tropicália 40 anos: Após a Bossa Nova, movimento foi o mais influente na música brasileira
  14. A volta dos psicodélicos faz sentido?
  15. Ronnie Von: Psicodelia brasileira
  16. Brazilian Nuggets: psicodelia verde e amarela
  17. Especial O Rei dá samba: Da bossa ao iê-iê-iê - O Dia
  18. Pedro Alexandre Sanches (18 de abril de 2011). «A discografia de Roberto Carlos, álbum por álbum». IG 
  19. «"Espero que Roberto Carlos não censure meu livro", disse Eduardo Araújo, convidado ao lado de Sylvinha do Bate-Papo UOL». UOL 
  20. Renato e Seus Blue Caps
  21. Elton Frans (2000). Raul Seixas: a história que não foi contada. [S.l.]: Irmãos Vitale. pp. 99 e 100. ISBN 9788574070872 
  22. Renato Damião (2 de novembro de 2012). «Autor do tema de "Suburbia" diz que soube por amigos que canção de 1976 virou trilha da série». UOL 
  23. «Som Nosso de Cada Dia». Cliquemusic 
  24. a b The Bubbles/A Bolha, uns 'bolhas' que mudaram o rock nacional
  25. Revista Veja, edição 128, 17 de fevereiro de 1971
  26. Revista Veja, edição 680, 16 de setembro de 1981
  27. Hot 20- João Penca e Seus Miquinhos Amestrados
  28. a b Soul Brasil
  29. Claudio Zoli
  30. Skank relembra época em que era "banda de reggae de ex-integrante do Sepultura"
  31. Jota Quest faz show no Recife e Rogério Flausino avalia: 'Somos a resistência do pop rock'
  32. Scalla FM sai para dar lugar à saudosa Kiss FM - Folha de S.Paulo, 08 de dezembro de 2000
  33. Ricardo Schott (Janeiro de 1995). «Raimundos: A corrida do ouro». Super Interessante 
  34. Rótulo de "forró-core" atrapalhava mais que ajudava, diz Raimundos
  35. Barão Vermelho traz tecno e clássicos a SP
  36. Kid Abelha
  37. Nem Liminha Ouviu divide plateia com show de covers brasileiros no Lolla
  38. Urbana Legion: tributo ao Legião invadindo o Brasil e o exterior
  39. Sérgio Martins (9 de junho de 2010). "A alegria dos pais". Revista Veja Edição 2168.
  40. 'Restart faz Fresno parecer Dostoievski', diz Dinho Ouro Preto
  41. Tico Santa Cruz critica a banda Restart
  42. É campeã! Malta conquista 74% dos votos e vence o SuperStar
  43. «Banda Malta anuncia saída do vocalista Bruno Boncini: 'Não é o fim'». Ego. Consultado em 20 de junho de 2016 
  44. Top 12: Supercombo, Kita e Scambo deixam a disputa do SuperStar
  45. Versalle e Scalene colocam o rock na final do Superstar
  46. Scalene, de Brasília, abre Lollapalooza neste domingo, em São Paulo
  47. Versalle|Lollapalooza Brasil
  48. Suricato recebe bem Raul Midón, que rouba a cena no Palco Sunset
  49. «'Top 12': Bandas disputam dez vagas na reta final do 'SuperStar'». tv. Consultado em 20 de junho de 2016 
  50. «Fulô de Mandacaru, Outro Eu, Plutão Já Foi Planeta e Bellamore estão na Final do SuperStar | Superstar | gshow». gshow. Consultado em 20 de junho de 2016 
  51. "Rádio Rock" volta ao ar à 0h desta sexta em SP com o nome UOL 89FM
  52. Ortega, Rodrigo (6 de janeiro de 2016). «Rock nacional some do top 100 anual de rádios do Brasil; sertanejo domina». G1. Grupo Globo. Consultado em 11 de janeiro de 2016 
  53. Camisa de Venus: Marcelo Nova anuncia volta para tour de 35 anos
  54. Legião Urbana faz show de novos talentos em São Paulo
  55. «Percussionista do Barão Vermelho, Peninha morre aos 66 anos no Rio - Últimas Notícias - UOL Música». Consultado em 25 de setembro de 2016 
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