Linha do Alentejo
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153 000
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155,200
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SAPEC(des.)
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Coop. Ag. Beja(des.)
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155,600
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Beja-EPAC(des.)
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161,822
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Represas(des.)
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A Linha do Alentejo é um lanço ferroviário que liga as localidades do Barreiro e Beja, em Portugal. Na sua extensão máxima, prolongava-se até à Funcheira. Sucede ao Caminho de Ferro do Sul, cujo primeiro troço, entre o Barreiro e Bombel, foi aberto à exploração em 1857.[1] A ligação entre o Barreiro, Beja e Tunes foi classificada como Linha do Sul nos inícios do século XX, e em 1992 o lanço entre o Barreiro, Beja e a Funcheira foi designado como Linha do Alentejo.[2]
Em 2018, os únicos serviços de passageiros que transitam pela linha são os urbanos da CP Lisboa entre Barreiro e Praias do Sado,[3] os comboios Intercidades entre Lisboa-Oriente e Évora e entre Casa Branca e Beja e os regionais entre Vila Nova da Baronia e Beja.[4]
No passado também circularam serviços regionais,[5] e existiu, desde 1960, um serviço de automotoras entre o Barreiro e Sines.[6]
A Linha do Alentejo afirmou-se, desde a sua origem, como um importante eixo de escoamento de minério, assim como mais tarde, durante as grandes campanhas do trigo, o foi para os cereais.[7] Desde 1991, quando entrou ao serviço o Ramal de Neves-Corvo, passaram a transitar, pela Linha do Alentejo, serviços de minério provenientes da Mina de Neves-Corvo, com destino a Praias-Sado.[6] No ano seguinte, principiaram os transportes de carvão entre o Porto de Sines e a Central do Pego, cujo percurso passava pelo troço entre o Poceirão e Bombel.[6]
No passado circularam por esta linha locomotivas das séries 1200, que rebocavam serviços regionais,[5] e 1520, que nos princípios da década de 1990 rebocavam comboios urbanos.[8]
Os primeiros planos para construir uma ligação ferroviária entre a Margem Sul do Rio Tejo e a região do Alentejo datam de meados do século XIX, tendo neste sido sido instituídas as Companhias Nacional dos Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo, responsável pelo lanço do Barreiro a Vendas Novas, e dos Caminhos de Ferro do Sueste, que deveria construir a linha desde aquela localidade até Beja e Évora.[9] O primeiro tramo do Caminho de Ferro do Sul, entre o Barreiro e Bombel, abriu em 15 de Junho de 1857,[1] e a linha chegou a Beja em 15 de Fevereiro de 1864.[9] O lanço até Casével entrou ao serviço em 20 de Dezembro de 1870, até Amoreiras-Odemira em 3 de Junho de 1888, e até Faro em 1 de Julho de 1889.[9]
A Linha do Alentejo foi oficialmente criada pelo Decreto-Lei 116/92, de 20 de Junho de 1992, que estabeleceu o seu traçado entre o Barreiro e a Funcheira, passando pelo Pinhal Novo e por Vendas Novas.[2]
Em 2010, o lanço entre Bombel e Casa Branca foi encerrado para a realização de obras de modernização,[10] tendo a circulação sido retomada em 24 de Julho de 2011.[11] Em Janeiro de 2012 foram encerrados os serviços de passageiros entre Beja e Funcheira.[12]
Referências
- ↑ a b SANTOS, 1995:109
- ↑ a b PORTUGAL. Decreto-Lei n.º 116/92, de 20 de Junho de 1992. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, publicado na Série I-A do Diário da República n.º 140, de 20 de Junho de 1992.
- ↑ «Horários comboios urbanos Barreiro-Praias do Sado» (PDF)
- ↑ «Horários CP Intercidades Alentejo» (PDF)
- ↑ a b BRASÃO, Carlos (1995). «Las "Flausinas" en HO o la transformación del modelo ROCO». Maquetren (em espanhol). Ano 4 (36). Madrid: A. G. B., s. l. p. 27–28. ISSN 1132-2063
- ↑ a b c CONCEIÇÃO, Marcos A. (2002). «Línea de Sines». Maquetren (em espanhol). Ano 11 (106). Madrid: Revistas Profesionales. p. 64–65
- ↑ Catarina Oliveira (10 de agosto de 2005). «Entrocamentos de Minas, Caminhos de Ferro e Escola» (PDF). Consultado em 9 de Novembro de 2009 [ligação inativa]
- ↑ «Concurso Fotografico». Maquetren (em espanhol). Ano 3 (21). 1994. p. 26
- ↑ a b c TORRES, Carlos Manitto (1 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1683). Lisboa. p. 76–78. Consultado em 27 de Maio de 2017 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ CIPRIANO, Carlos (17 de Outubro de 2009). «Beja também fica sem comboios durante um ano devido às novas obras de requalificação da Linha do Alentejo». Público. Consultado em 18 de Agosto de 2024
- ↑ NORONHA, Alexandra (17 de Agosto de 2011). «Fotogaleria: O comboio voltou ao Alentejo profundo». Negócios Online. Consultado em 18 de Agosto de 2024
- ↑ CIPRIANO, Carlos (4 de Setembro de 2017). «Nestes 130 km de linha não há transporte de passageiros». Público. Consultado em 18 de Agosto de 2024
- MARQUES, Maria da Graça Maia; et al. (1999). O Algarve da Antiguidade aos Nossos Dias. Elementos para a sua História. Lisboa: Edições Colibri. 750 páginas. ISBN 972-772-064-1
- SANTOS, Luís Filipe Rosa (1995). Os Acessos a Faro e aos Concelhos Limítrofes na Segunda Metade do Séc. XIX. Faro: Câmara Municipal de Faro. 213 páginas
- VIEGAS, Francisco José (1988). Comboios Portugueses. Um Guia Sentimental. Lisboa: Círculo de Editores. 185 páginas
- Fotobiografia dos Caminhos de Ferro Portugueses - 150 Anos. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses E. P. 2006
- Vias de Ferro - A Gestão da Infra-estrutura Ferroviária em Portugal. Lisboa: Rede Ferroviária Nacional E. P. 2006
- ANTUNES, J. A. Aranha; et al. (2010). 1910-2010: o caminho de ferro em Portugal. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e REFER - Rede Ferroviária Nacional. 233 páginas. ISBN 978-989-97035-0-6
- CERVEIRA, Augusto; CASTRO, Francisco Almeida e (2006). Material e tracção: os caminhos de ferro portugueses nos anos 1940-70. Col: Para a História do Caminho de Ferro em Portugal. 5. Lisboa: CP-Comboios de Portugal. 270 páginas. ISBN 989-95182-0-4
- VILLAS-BOAS, Alfredo Vieira Peixoto de (2010) [1905]. Caminhos de Ferro Portuguezes. Lisboa e Valladollid: Livraria Clássica Editora e Editorial Maxtor. 583 páginas. ISBN 8497618556
- PEREIRA, Alfredo Marvão (2016). Os Investimentos Públicos em Portugal. Lisboa: Fundação Francisco Manuel Dos Santos. 120 páginas. ISBN 9898819758