Timor-Leste, oficialmente República Democrática de Timor-Leste (em tétum: Timor Lorosa'e, oficialmente Repúblika Demokrátika Timór-Leste), é um dos países mais jovens do mundo, e ocupa a parte oriental da ilha de Timor, no Sudeste Asiático, além do exclave de Oe-Cusse Ambeno, na costa norte da parte ocidental de Timor, da ilha de Ataúro, a norte, e do ilhéu de Jaco, ao largo da ponta leste da ilha. As únicas fronteiras terrestres que o país tem ligam-no à Indonésia, a oeste da porção principal do território, e a leste, sul e oeste de Oe-Cusse Ambeno, mas tem também fronteira marítima com a Austrália, no Mar de Timor, a sul. Com 14 874 km² de extensão territorial, Timor-Leste tem superfície equivalente às áreas dos distritos portugueses de Beja e Faro somadas, o que ainda é consideravelmente menor que o menor dos estados brasileiros, Sergipe. Sua capital é Díli, situada na costa norte.
A língua mais falada em Timor-Leste era o indonésio no tempo da ocupação indonésia, sendo hoje o tétum (mais falado na capital). O tétum e o português formam as duas línguas oficiais do país, enquanto o indonésio e a língua inglesa são consideradas línguas de trabalho pela atual constituição de Timor-Leste. Geograficamente, o país enquadra-se no chamado sudeste asiático, enquanto do ponto de vista biológico aproxima-se mais das ilhas vizinhas da Melanésia, o que o colocaria na Oceania e, por conseguinte, faria dele uma nação transcontinental.
A capital Timor Português foi fundada na baía de Díli e começou a ser construída a 10 de outubro de 1769. Nos primeiros anos, a cidade não passava de um pequeno aglomerado de casas de madeira, sumariamente protegidas por trincheiras e baluartes. No ano de 1813, Díli tinha 1 768 habitantes. Os frágeis edifícios de madeira acabaram por ser consumidos por sucessivos incêndios até que, em 1834, sob a orientação do governador José Maria Marques, Díli foi devidamente urbanizada, sendo elevada à categoria de cidade, em janeiro de 1864. No ano de 1879, Díli tinha uma população de 4 114 pessoas.
A História de Timor-Leste está profundamente afetada por 500 anos de domínio colonial português e 24 anos de ocupação indonésia. Quando, em 1512, os mercadoresportugueses primeiro chegaram à ilha, a parte leste que hoje equivale a Timor-Lorosae, era habitada pelo povo Maubere dividido entre duas confederações de reinos, os Serviãos e os Belos. Já a parte Ocidental da ilha, hoje equivalente à província Indonésia de Timor Ocidental era habitada pelo povo Atoni, tradicionais inimigos dos Serviãos e dos Belos. Assim, enquanto estes últimos se aliaram aos Portugueses, os Atoni resistiram a fazer comércio com eles e quando, em 1651, a Companhia Holandesa das Índias Orientais conquistou Kupang, os Atoni decidiram aliar-se aos Holandeses contra os Portugueses e os Mauberes.
A ilha também foi palco da rivalidade luso-holandesa pelo controle do comércio de especiarias no Sudeste Asiático. A disputa foi solucionada através de vários acordos, que culminaram com o tratado de 1859, que consagrava a divisão entre um Timor Ocidental holandês, centrado em Kupang, e um Timor Oriental português, com capital em Díli, a que se juntavam o enclave de Oecussi, a ilha de Ataúro e a ilha de Jaco. Este Tratado de Lisboa, celebrado a 20 de abril de 1859 entre os reinos de Portugal e dos Países Baixos, conduziu à demarcação das possessões portuguesas e neerlandesas em Timor e ilhas adjacentes. Pelos termos desse tratado, Portugal cedeu Larantuca, Sicca e Payas, na ilha das Flores, Wouré, na ilha de Adonara, e Pamung Kaju, na ilha de Solor. Em contrapartida, os Países Baixos cederam o reino de Maubara e renunciaram a Ambeno, na ilha de Timor, assim como renunciaram a Ataúro e pagaram uma compensação de 200 000 florins.
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Gusmão se tornou um alvo do governo indonésio e uma campanha para capturá-lo ocorreu em novembro de 1992. Ele foi preso, submetido à tortura do sono, julgado e condenado a prisão perpétua pelo governo indonésio. Foi-lhe negado o direito de se defender. Passou sete anos na prisão de Cipinang, em Jacarta. Sua libertação ocorreu em fins de 1999. Durante o cativeiro, foi visitado por representantes das Nações Unidas e altos dignitários, como Nelson Mandela.