Saltar para o conteúdo

Amazonas: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
bot: revertidas edições de 189.74.154.212 ( modificação suspeita : -46), para a edição 24034530 de Marcos Elias de Oliveira Júnior
Linha 86: Linha 86:
Com o objetivo de catequizar os indígenas, vários leigos e religiosos [[jesuíta]]s espanhóis fundaram várias missões no território amazonense. Essas missões, cuja [[economia]] tinha como atividade a dependência do [[extrativismo]] e da [[silvicultura]], foram os locais de origem dos primeiros mestiços da região. Sofreram posteriormente seguidas invasões de outros [[indígenas]] inconformados com a invasão ao seu território e de conquistadores brancos. Brancos, acompanhados por nativos, aprisionavam índios rivais para vendê-los como [[Escravatura|escravos]]. A destruição das [[Missões jesuíticas|missões]] espalhou o desmatamento pelo território.
Com o objetivo de catequizar os indígenas, vários leigos e religiosos [[jesuíta]]s espanhóis fundaram várias missões no território amazonense. Essas missões, cuja [[economia]] tinha como atividade a dependência do [[extrativismo]] e da [[silvicultura]], foram os locais de origem dos primeiros mestiços da região. Sofreram posteriormente seguidas invasões de outros [[indígenas]] inconformados com a invasão ao seu território e de conquistadores brancos. Brancos, acompanhados por nativos, aprisionavam índios rivais para vendê-los como [[Escravatura|escravos]]. A destruição das [[Missões jesuíticas|missões]] espalhou o desmatamento pelo território.


A partir do [[século XVIII]], o Amazonas passou a ser disputado por [[Portugal|portugueses]] e espanhóis que habitavam a bacia do rio Amazonas. Essa luta desencadeou a disputa pela posse da terra, o que motivou a formação de grandes [[latifúndio]]s. A região do alto rio Amazonas foi considerada estratégica tanto para a diplomacia espanhola - por representar via de acesso ao [[Vice-reino do Peru]] -, quanto para a diplomacia portuguesa, especialmente a partir da descoberta de [[ouro]] nos sertões de [[Mato Grosso]] e de [[Goiás]], escoado com rapidez pela bacia do rio Amazonas. É nesse contexto que se inserem as instruções secretas passadas por Sua Majestade ao Governador e Capitão General da [[Capitania do Grão-Pará]], [[João Pereira Caldas]], para que fossem fundadas sete feitorias pelo curso dos rios amazônicos, de Belém até Vila Bela do Mato Grosso e à capital da [[Capitania do rio Negro]], para apoiar o [[comércio]] ([[contrabando]]), com as províncias espanholas do Orinoco ([[Venezuela]]), de Quito (Equador), e do [[Peru]], comércio esse que antes se fazia com a [[Colônia do Sacramento]] (Instrução Secretíssima, c. [[1773]]. [[Museu Conde de Linhares]], Rio de Janeiro). A assinatura do [[Tratado de Madrid]] ([[1750]]) ratificou essa visão, tendo a Coroa portuguesa feito valer também na região o princípio do "uti possidetis", apoiado por uma linha de posições defensivas que, mesmo virtualmente abandonadas após o [[Marquês de Pombal|Consulado Pombalino]] (1750-1777) e durante o [[século XIX]], legariam à diplomacia da nascente República brasileira os seus atuais contornos fronteiriços.
A partir do [[século XVIII]], o Amazonas passou a ser disputado por [[Portugal|Portuguese]] e espanhóis que habitavam a bacia do rio Amazonas. Essa luta desencadeou a disputa pela posse da terra, o que motivou a formação de grandes [[latifúndio]]s. A região do alto rio Amazonas foi considerada estratégica tanto para a diplomacia espanhola - por representar via de acesso ao [[Vice-reino do Peru]] -, quanto para a diplomacia portuguesa, especialmente a partir da descoberta de [[ouro]] nos sertões de [[Mato Grosso]] e de [[Goiás]], escoado com rapidez pela bacia do rio Amazonas. É nesse contexto que se inserem as instruções secretas passadas por Sua Majestade ao Governador e Capitão General da [[Capitania do Grão-Pará]], [[João Pereira Caldas]], para que fossem fundadas sete feitorias pelo curso dos rios amazônicos, de Belém até Vila Bela do Mato Grosso e à capital da [[Capitania do rio Negro]], para apoiar o [[comércio]] ([[contrabando]]), com as províncias espanholas do Orinoco ([[Venezuela]]), de Quito (Equador), e do [[Peru]], comércio esse que antes se fazia com a [[Colônia do Sacramento]] (Instrução Secretíssima, c. [[1773]]. [[Museu Conde de Linhares]], Rio de Janeiro). A assinatura do [[Tratado de Madrid]] ([[1750]]) ratificou essa visão, tendo a Coroa portuguesa feito valer também na região o princípio do "uti possidetis", apoiado por uma linha de posições defensivas que, mesmo virtualmente abandonadas após o [[Marquês de Pombal|Consulado Pombalino]] (1750-1777) e durante o [[século XIX]], legariam à diplomacia da nascente República brasileira os seus atuais contornos fronteiriços.


Dentro do projeto de ocupação do sertão amazônico, constituiu-se a [[Capitania Real de São José do Rio Negro]] pela Carta-régia de [[3 de março]] de [[1755]], com sede na aldeia de Mariuá, elevada a vila de [[Barcelos (Amazonas)|Barcelos]] em [[1790]]. No início do século XIX, a sede do governo da Capitania foi transferida para a povoação da barra do Rio Negro, elevada a ''Vila da Barra do Rio Negro'' para esse fim, em [[29 de março]] de [[1808]].
Dentro do projeto de ocupação do sertão amazônico, constituiu-se a [[Capitania Real de São José do Rio Negro]] pela Carta-régia de [[3 de março]] de [[1755]], com sede na aldeia de Mariuá, elevada a vila de [[Barcelos (Amazonas)|Barcelos]] em [[1790]]. No início do século XIX, a sede do governo da Capitania foi transferida para a povoação da barra do Rio Negro, elevada a ''Vila da Barra do Rio Negro'' para esse fim, em [[29 de março]] de [[1808]].
Linha 102: Linha 102:
Em [[1772]], a capitania passou a se chamar Grão-Pará e Rio Negro e o Maranhão foi desmembrado. Com a mudança da Família Real para o Brasil, foi permitida a instalação de manufaturas e o Amazonas começou a produzir [[algodão]], [[cordoalha]]s, manteiga de tartaruga, [[cerâmica]] e [[vela]]s. Os governadores que mais trabalharam pelo desenvolvimento até então foram [[Manuel da Gama Lobo D'Almada|Manuel da Gama Lobo d'Almada]] e [[João Pereira Caldas]]. Em [[1821]], Grão Pará e Rio Negro viraram a província unificada do Grão-Pará. No ano seguinte, o Brasil proclamou a Independência.
Em [[1772]], a capitania passou a se chamar Grão-Pará e Rio Negro e o Maranhão foi desmembrado. Com a mudança da Família Real para o Brasil, foi permitida a instalação de manufaturas e o Amazonas começou a produzir [[algodão]], [[cordoalha]]s, manteiga de tartaruga, [[cerâmica]] e [[vela]]s. Os governadores que mais trabalharam pelo desenvolvimento até então foram [[Manuel da Gama Lobo D'Almada|Manuel da Gama Lobo d'Almada]] e [[João Pereira Caldas]]. Em [[1821]], Grão Pará e Rio Negro viraram a província unificada do Grão-Pará. No ano seguinte, o Brasil proclamou a Independência.


Em meados do [[século XIX]] foram fundados os primeiros núcleos que deram origem às atuais cidades de [[Itacoatiara]], [[Parintins]], [[Manacapuru]] e [[Careiro]] e [[Moura]]. A capital foi situada em [[Barcelos (Amazonas)|Mariuá]] (entre 1755-1791 e 1799-1808), e em São José da Barra do Rio Negro (1791-1799 e 1808-1821). Uma revolta em [[1832]] exigiu a autonomia do Amazonas como província separada do Pará. A rebelião foi sufocada, mas os amazonenses conseguiram enviar um representante à Corte Imperial, Frei [[José dos Santos Inocentes]], que obteve no máximo a criação da Comarca do Alto Amazonas. Com a [[Cabanagem]], em [[1835]]-[[1840]], o Amazonas manteve-se fiel ao governo imperial e não aderiu à revolta. Como espécie de recompensa, o Amazonas se tornou uma província autônoma em [[1850]], separando-se definitivamente do Pará. Com a autonomia, a capital voltou para esta última, renomeada como "Manaus" em [[1856]].
Em meados do [[século XIX]] foram fundados os primeiros núcleos que deram origem às atuais cidades de [[Itacoatiara]], [[Parintins]], [[Manacapuru]] e [[Careiro]] e [[Moura]]. A capital foi situada em [[Barcelos (Amazonas)|Mariuá]] (entre 1755-1791 e 1799-1808), e em São José da Barra do Rio Negro (1791-1799 e 1808-1821). Uma revolta em [[1832]] exigiu a autonomia do Amazonas como província tatyelle santos passou por akii *--*thuguerdes – — ‘’ “” ° ″ ′ ≈ ≠ ≤ ≥ ± − × ÷ √ ← → · § [[Especial:Contribuições/189.74.154.212|189.74.154.212]] ([[Usuário Discussão:189.74.154.212|discussão]]) 13h35min de 23 de fevereiro de 2011 (UTC) <ref>inserir fonte aqui</ref> separada do Pará. A rebelião foi sufocada, mas os amazonenses conseguiram enviar um representante à Corte Imperial, Frei [[José dos Santos Inocentes]], que obteve no máximo a criação da Comarca do Alto Amazonas. Com a [[Cabanagem]], em [[1835]]-[[1840]], o Amazonas manteve-se fiel ao governo imperial e não aderiu à revolta. Como espécie de recompensa, o Amazonas se tornou uma província autônoma em [[1850]], separando-se definitivamente do Pará. Com a autonomia, a capital voltou para esta última, renomeada como "Manaus" em [[1856]].


== Geografia ==
== Geografia ==

Revisão das 13h35min de 23 de fevereiro de 2011

 Nota: Para outros significados de Amazonas, veja Amazonas (desambiguação).
Estado do Amazonas
Bandeira do Amazonas
Brasão do Amazonas
Brasão do Amazonas
Bandeira Brasão
Hino: Hino do Amazonas
Gentílico: amazonense

Localização do Amazonas no Brasil
Localização do Amazonas no Brasil

Localização
 - Região Norte
 - Estados limítrofes Norte: Roraima; Leste: Pará; Sul: Mato Grosso e Rondônia; Sudoeste: Acre e ainda a Venezuela (N) e Colômbia e Peru (O)
 - Municípios 62
Capital  Manaus
Governo
 - Governador(a) Omar Aziz (PMN)
 - Vice-governador(a) José Melo de Oliveira (PMDB)
 - Deputados federais 8
 - Deputados estaduais 24
 - Senadores Eduardo Braga (PMDB)
João Pedro Gonçalves (PT)
Vanessa Grazziotin (PC do B)
Área
 - Total 1 570 745,680 km² () [1]
População 2010
 - Estimativa 3 480 937 hab. (18º)[2]
 - Densidade 2,22 hab./km² (26º)
Economia 2007
 - PIB R$ 42,023 bilhões (15º)
 - PIB per capita R$ 13.043 ()
Indicadores 2009[3].
 - Esperança de vida ({{{esp_vida_ano}}}) 72,2 anos (14º)
 - Mortalidade infantil ({{{mort_infantil_ano}}}) 24,2‰ nasc. (16º)
 - IDH (2005) 0,780 (13º) – alto [4]
Fuso horário UTC-4
Clima Equatorial Am, Af
Cód. ISO 3166-2 BR-AM
Site governamental http://www.amazonas.am.gov.br/

Mapa do Amazonas
Mapa do Amazonas

O Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo a mais extensa delas[5], com uma área de 1.570.745,680 km², se constitui na nona maior subdivisão mundial, sendo maior que as áreas da França (547.030,0 km²), Espanha (504.782,0 km²), Suécia (357.021,0 km²) e Grécia (131.940,0 km²) somadas. Seria o décimo oitavo maior país do mundo em área territorial, pouco maior que a Mongólia, com seus 1,564,116 km². É maior que a área da Região Nordeste brasileira, com seus nove estados; e equivale a 2,25 vezes a área do Texas (696.200,0 km²), segundo maior estado dos Estados Unidos.

É a segunda unidade federativa mais populosa da região Norte, com seus 3,4 milhões de habitantes, sendo superado pelo Pará.[6] No entanto, apenas duas de suas cidades possuem acima de 100 mil habitantes: Manaus, a capital, e Parintins.[7][2] O estado é oficialmente subdividido ainda em 13 microrregiões, além de 4 mesorregiões.[8] Faz fronteiras com o Pará (Leste); Rondônia e Mato Grosso (Sul); Acre (Sudoeste); Roraima (Norte); além da Venezuela, Colômbia e Peru. [9]

A área média dos 62 municípios do estado do Amazonas é de 25.335 km², superior à área do estado de Sergipe. O maior deles é Barcelos, com 122.476 km² e o menor é Iranduba, com 2.215 km² e não estão às margens de rios como alguns afirmam, mas, isto sim, são cortados por grandes rios amazônicos, em cujas margens estão as localidades, as propriedades rurais e as habitações dos ribeirinhos.

O Amazonas é também o 2º estado mais rico da região Norte, responsável por 32% do PIB da região.Possui o maior Índice de Desenvolvimento Humano (empatado com o Amapá), o maior PIB per capita, a 4ª menor taxa de mortalidade infantil, além 3ª menor taxa de analfabetismo entre todos os estados das regiões Norte do Brasil.

Etimologia

O nome Amazonas foi originalmente dado ao rio que banha o estado pelo capitão espanhol Francisco de Orellana, quando o desceu em todo o seu comprimento, em 1541. Afirmando ter encontrado uma tribo de índias guerreiras, com a qual teria lutado, e associando-as às Amazonas da mitologia grega, deu-lhes o mesmo nome.[10] Segundo etimologia alternativa defendida pelo historiador Karl Lokotsch, o nome Amazonas é de origem indígena, da palavra amassunu, que quer dizer "ruído de águas, água que retumba".[11]

História

Ver artigo principal: História do Amazonas
A conquista do Amazonas, 1907, Museu Histórico do Pará.

Pelo Tratado de Tordesilhas (1494), todo o vale amazônico se encontrava nos domínios da Coroa espanhola. A foz do grande rio só foi descoberta por Vicente Yáñez Pinzón, que a alcançou em fevereiro de 1500, seguido por seu primo Diego de Lepe, em abril do mesmo ano.

Em 1541, outros espanhóis, Gonzalo Pizarro e Francisco de Orellana, partindo de Quito, no atual Equador, atravessaram a cordilheira dos Andes e exploraram o curso do rio até ao Oceano Atlântico. A viagem, que durou de 1540 a 1542, foi relatada pelo dominicano frei Gaspar de Carvajal, que afirmou que os espanhóis lutaram com mulheres guerreiras, as icamiabas, que, das margens do rio Marañón, disparavam-lhes flechas e dardos de zarabatanas.[12] O mito mulheres guerreiras às margens do rio difundiu-se nos relatos e livros, sem escopo popular algum,[13] mesmo assim fazendo com que aquelas regiões viessem a receber o nome das guerreiras da mitologia grega, as amazonas - entre eles o maior rio da região, que passou a ser conhecido como rio das Amazonas.

Ainda no século XVI, registraram-se a expedição de Pedro de Ursua e Lope de Aguirre (1508-1561) em busca do lendário Eldorado (1559-1561).

Sem ocupação efetiva, além de algumas feitorias inglesas e holandesas explorando as chamadas "drogas do sertão", somente durante a Dinastia Filipina (1580-1640) a Coroa hispano-portuguesa se interessou pela região, com a fundação de Santa Maria das Graças de Belém do Grão-Pará (1616), sendo dignas de registro a expedição do Capitão-mor da Capitania do Grão-Pará e Cabo, Pedro Teixeira, que percorreu o grande rio do Oceano Atlântico até Quito, com 70 soldados e 1.200 indígenas, em quarenta e sete canoas grandes (1637-1639), e logo em seguida a de Antônio Raposo Tavares, cuja bandeira, saindo da Capitania de São Vicente, atingiu os Andes, retornando pelo rio Amazonas até Belém, percorrendo um total de cerca de 12.000 quilômetros, entre 1648 e 1651.

Com o objetivo de catequizar os indígenas, vários leigos e religiosos jesuítas espanhóis fundaram várias missões no território amazonense. Essas missões, cuja economia tinha como atividade a dependência do extrativismo e da silvicultura, foram os locais de origem dos primeiros mestiços da região. Sofreram posteriormente seguidas invasões de outros indígenas inconformados com a invasão ao seu território e de conquistadores brancos. Brancos, acompanhados por nativos, aprisionavam índios rivais para vendê-los como escravos. A destruição das missões espalhou o desmatamento pelo território.

A partir do século XVIII, o Amazonas passou a ser disputado por Portuguese e espanhóis que habitavam a bacia do rio Amazonas. Essa luta desencadeou a disputa pela posse da terra, o que motivou a formação de grandes latifúndios. A região do alto rio Amazonas foi considerada estratégica tanto para a diplomacia espanhola - por representar via de acesso ao Vice-reino do Peru -, quanto para a diplomacia portuguesa, especialmente a partir da descoberta de ouro nos sertões de Mato Grosso e de Goiás, escoado com rapidez pela bacia do rio Amazonas. É nesse contexto que se inserem as instruções secretas passadas por Sua Majestade ao Governador e Capitão General da Capitania do Grão-Pará, João Pereira Caldas, para que fossem fundadas sete feitorias pelo curso dos rios amazônicos, de Belém até Vila Bela do Mato Grosso e à capital da Capitania do rio Negro, para apoiar o comércio (contrabando), com as províncias espanholas do Orinoco (Venezuela), de Quito (Equador), e do Peru, comércio esse que antes se fazia com a Colônia do Sacramento (Instrução Secretíssima, c. 1773. Museu Conde de Linhares, Rio de Janeiro). A assinatura do Tratado de Madrid (1750) ratificou essa visão, tendo a Coroa portuguesa feito valer também na região o princípio do "uti possidetis", apoiado por uma linha de posições defensivas que, mesmo virtualmente abandonadas após o Consulado Pombalino (1750-1777) e durante o século XIX, legariam à diplomacia da nascente República brasileira os seus atuais contornos fronteiriços.

Dentro do projeto de ocupação do sertão amazônico, constituiu-se a Capitania Real de São José do Rio Negro pela Carta-régia de 3 de março de 1755, com sede na aldeia de Mariuá, elevada a vila de Barcelos em 1790. No início do século XIX, a sede do governo da Capitania foi transferida para a povoação da barra do Rio Negro, elevada a Vila da Barra do Rio Negro para esse fim, em 29 de março de 1808.

À época da Independência do Brasil em 1822, os moradores da vila proclamaram-se independentes, estabelecendo um Governo Provisório. A região foi incorporada ao Império do Brasil, na Província do Pará, como Comarca do Alto Amazonas em 1824.

Ganhou a condição de Província do Amazonas pela Lei n° 582, de 5 de setembro de 1850, sendo a Vila da Barra do Rio Negro elevada a cidade com o nome de Manaus pela Lei Provincial de 24 de outubro de 1848 e capital em 5 de janeiro de 1851.

A partir do século XIX, o território começou a receber migrantes nordestinos que buscavam melhores condições de vida na maior província brasileira. Atraídos pelo ciclo da borracha, os nordestinos se instalaram em importantes cidades amazonenses, como Manaus, Tabatinga, Parintins, Itacoatiara e Barcelos, a primeira capital do Amazonas.

Capitania junto com Grão-Pará

A ocupação do Amazonas se deu em povoamento esparso, por causa da floresta densa.

O Estado do Maranhão virou "Grão-Pará e Maranhão" em 1737 e sua sede foi transferida de São Luís para Belém do Pará. O tratado de Madri de 1750 confirmou a posse portuguesa sobre a área. Para estudar e demarcar os limites, o governador do Estado, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, instituiu uma comissão com base em Mariuá em 1754. Em 1755 foi criada a Capitania de São José do Rio Negro, no atual Amazonas, subordinada ao Grão-Pará. As fronteiras, então, eram bem diferentes das linhas retas atuais: o Amazonas incluía Roraima, parte do Acre e se expandia para sul com parte do que hoje é o Mato Grosso. O governo colonial concedeu privilégios e liberdades para quem se dispusesse a emigrar para a região, como isenção de impostos por 16 anos seguidos. No mesmo ano, foi criada a Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão para estimular a economia local. Em 1757 tomou posse o primeiro governador da capitania, Joaquim de Melo e Póvoas, e recebeu do Marquês de Pombal a determinação de expulsar à força todos os jesuítas (acusados de voltar os índios contra a metrópole e não lhes ensinar a língua portuguesa).

Em 1772, a capitania passou a se chamar Grão-Pará e Rio Negro e o Maranhão foi desmembrado. Com a mudança da Família Real para o Brasil, foi permitida a instalação de manufaturas e o Amazonas começou a produzir algodão, cordoalhas, manteiga de tartaruga, cerâmica e velas. Os governadores que mais trabalharam pelo desenvolvimento até então foram Manuel da Gama Lobo d'Almada e João Pereira Caldas. Em 1821, Grão Pará e Rio Negro viraram a província unificada do Grão-Pará. No ano seguinte, o Brasil proclamou a Independência.

Em meados do século XIX foram fundados os primeiros núcleos que deram origem às atuais cidades de Itacoatiara, Parintins, Manacapuru e Careiro e Moura. A capital foi situada em Mariuá (entre 1755-1791 e 1799-1808), e em São José da Barra do Rio Negro (1791-1799 e 1808-1821). Uma revolta em 1832 exigiu a autonomia do Amazonas como província tatyelle santos passou por akii *--*thuguerdes – — ‘’ “” ° ″ ′ ≈ ≠ ≤ ≥ ± − × ÷ √ ← → · § 189.74.154.212 (discussão) 13h35min de 23 de fevereiro de 2011 (UTC) [14] separada do Pará. A rebelião foi sufocada, mas os amazonenses conseguiram enviar um representante à Corte Imperial, Frei José dos Santos Inocentes, que obteve no máximo a criação da Comarca do Alto Amazonas. Com a Cabanagem, em 1835-1840, o Amazonas manteve-se fiel ao governo imperial e não aderiu à revolta. Como espécie de recompensa, o Amazonas se tornou uma província autônoma em 1850, separando-se definitivamente do Pará. Com a autonomia, a capital voltou para esta última, renomeada como "Manaus" em 1856.

Geografia

Pico da Neblina, o ponto mais elevado do país, localizado em Santa Isabel do Rio Negro.

O estado do Amazonas caracteriza-se por ser o maior do Brasil, com uma superfície atual de 1.570.745 km². Grande parte dele é ocupado por reserva florística e a outra é representada pela água.[15] O acesso à região é feito principalmente por via fluvial ou aérea. O clima é equatorial úmido e a temperatura média é de 26,7 °C.[15] O menor clima já registrado no estado foi de 23,3º C. Apenas o inverno e o verão são bem definidos e a umidade relativa do ar fica em torno de 80%, tendo em vista que a região é cortada pela linha do equador, ao norte.[15]. Seu fuso horário é de -4 horas em relação à hora mundial GMT. No Brasil, o estado faz parte da Região Norte, fazendo fronteira com os estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre ao sul, Pará ao leste e Roraima ao norte, além das repúblicas do Peru, Colômbia e Venezuela ao sudoeste, oeste e norte, respectivamente.

Relevo

Apresenta um relevo relativamente baixo, já que 85% de sua superfície está abaixo de cem metros de altitude. Tem ao mesmo tempo as terras mais altas, como o pico da Neblina, seu ponto mais alto, com 3.014m, e o pico 31 de Março, com 2.992m de altitude, e uma grande porcentagem de terras baixas, comparado aos outros estados do Brasil. Amazonas, Negro, Solimões, Purus, Madeira, Juruá, Içá, Uaupés e Japurá são seus rios principais.

O estado do Amazonas está situado sobre uma ampla depressão, com cerca de 600 km de extensão no sentido sudeste-noroeste, orlado a leste por uma estreita planície litorânea de aproximadamente quarenta quilômetros de largura média. O planalto desce suavemente para o interior e se divide em três seções: o planalto, a depressão interior e o planalto ocidental, que formam, ao lado da planície, as cinco unidades morfológicas do estado.

Geologia

De um modo geral, os solos amazonenses são relativamente pobres. Os solos mais propícios à utilização agrícola encontram-se em Humaitá, Apuí, Lábrea e em outros municípios do sul do estado.

Clima

A imagem mostra o complexo da Região Hidrográfica do Amazonas, a maior bacia hidrográfica do mundo (clique para ampliar e ver detalhes).

No Brasil, país caracteristicamente tropical, o Amazonas é dominado pelo clima equatorial, predominante na Amazônia. As estações do ano apresentam-se bastante diferenciadas e a amplitude térmica anual é relativamente alta, variando de 28 °C no litoral do Pará até 40 °C no oeste amazonense. As chuvas, em quase toda a região, distribuem-se com relativa regularidade pelo ano inteiro mas podem-se encontrar também características de tropicalidade no Sul do estado.

Os ventos também afetam as temperaturas. No verão, sopram os ventos alísios vindos do Sudeste, que por serem quentes e úmidos, provocam altas temperaturas, seguidas de fortes chuvas; no inverno, as frentes frias são geralmente seguidas de massas de ar vindas da Linha do Equador e que trazem um vento quente.

Vegetação

A onça-pintada é um mamífero típico da Amazônia brasileira.

Sobressaem matas de terra firme, várzea e igapós. Toda essa vegetação faz parte da extensa e maior floresta tropical úmida do mundo: a Hileia Amazônica. Os solos são de terra firme - do tipo lateríticos: solos vermelhos das zonas úmidas e quentes, cujos elementos químicos principais são hidróxido de alumínio e ferro, propícios à formação de bauxita e, portanto, pobres para agricultura. Solos de várzea são os mais férteis da região. São solos jovens, que periodicamente são enriquecidos de material orgânico e inorgânico, depositados durante a cheia dos rios. A flora do estado apresenta uma grande variedade de vegetais medicinais, dos quais se destacam andiroba, copaíba e aroeira. São inúmeras as frutas regionais e entre as mais consumidas e comercializadas estão: guaraná, açaí, cupuaçu, castanha-do-brasil (castanha-do-pará), camu-camu, pupunha, tucumã, buriti e taperebá.

O Amazonas tem 98% da sua área florestal intacta, pois sua vocação econômica foi desviada para outras atividades a partir da reorganização e ampliação da Zona Franca de Manaus em 1967. Os governos têm procurado incentivar o chamado desenvolvimento sustentável, voltando-se para a preservação do legado ecológico. Existe um esforço para manter os projetos agropecuários dentro dos limites da preservação ambiental, enquanto que a valorização do manejo da floresta como fonte de renda contribuiu para que o Amazonas enfrentasse o desafio de reduzir o desmatamento em 21% em 2003, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE.

Hidrografia

O Amazonas é banhado pela bacia hidrográfica Amazônica. Os principais rios são: rio Negro (que banha a cidade de Manaus), rio Amazonas, rio Solimões, rio Madeira, rio Juruá, rio Purus, Içá, Uaupés e Japurá todos integrantes da bacia hidrográfica.

No estado encontram-se os dois maiores arquipélagos fluviais do mundo em quantidade de ilhas, Mariuá, com 1200, e Anavilhanas,[16] com 400, situados no rio Negro.

O rio Amazonas está entre os 14 finalistas de uma votação global feita pela internet que pretende eleger as sete maravilhas naturais do mundo. No Brasil, além do rio Amazonas, concorrem também as Cataratas do Iguaçu.[17]

Encontro das águas
Ficheiro:149228main image feature 577 amazonas.jpg
O encontro do Rio Solimões com o Rio Negro, visto do espaço.
Diferentes densidades e temperaturas criam uma "fronteira" por quilômetros rio Amazonas abaixo.

A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água barrenta, resulta em um fenômeno popularmente conhecido como Encontro das Águas, que é uma das principais atrações turísticas das cidades de Manaus e Parintins.

Há dezenas de agências de turismo que oferecem passeios regionais, em roteiros que costumam incluir uma volta pelos igarapés da região. Se o passeio for feito em um barco pequeno, o visitante pode pôr a mão na água, durante as travessias, e sentir que, além de cores, os rios têm temperaturas diferentes.


Em Manaus, em frente ao Encontro das Águas, está em construção uma estrutura turística projetada por Oscar Niemeyer, que contém mirantes destinados à contemplação desse magnífico fenômeno natural.

Ecologia

O Amazonas possui uma grande Reserva Biológica inundada, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.[18]

A vasta fauna possui felinos, como as onças, grandes roedores, como as capivaras, aves, quelônios, répteis e primatas. O maior desses animais é a anta e todos constituem fonte de alimento para as populações rurais. Alguns encontram-se ameaçados de extinção e são protegidos por órgãos especiais dos governos.

Das milhares de espécies de peixes da Amazônia, com algumas ainda desconhecidas ou sob estudo, as mais exploradas são: tambaqui, jaraqui, curimatã, pacu, tucunaré, pescada, dourado, surubim, sardinha e pirarucu (bacalhau da Amazônia).

Parques nacionais

Parques estaduais

Demografia

Demografia do Amazonas
Ficha técnica
Área 1.570.745,680 km².[19]
População 3.341.096 hab. (2007).[20]
Densidade 2,05 hab/km² (2007).
Crescimento demográfico 2,7% ao ano (1991-2000).
População urbana 78,4% (2000).
Domicílios 708.105.627 (2000).
Carência habitacional 50.015 (est. 2000).
Acesso à água 83,05%;
Acesso à rede de esgoto 58% (2005).
IDH 0,780 (2008).
Número de Municípios 62.[19]

Segundo estimativas do IBGE, em 2008 o estado do Amazonas possuía 3.341.096 habitantes[21] e uma densidade populacional de 2,05 hab./Km². Essa população representa 1,8% da população brasileira.

As cidades-polo são: Benjamin Constant, Tefé, Lábrea, Eirunepé, Manicoré, Barcelos, Manacapuru, Itacoatiara, e Parintins, além da capital Manaus.[22].

O estado alcançou um grandíssimo crescimento populacional no início do século XX, devido ao período da áurea da borracha, e após a instalação do Polo Industrial de Manaus, na década de 1960. O estado ainda mantém taxas populacionais superiores à média nacional. Na década de 1950 o estado teve um crescimento populacional de 3,6% ao ano, enquanto o Brasil manteve um crescimento de 3,2%. No período compreendido entre os anos de 1991 e 2000, o Amazonas cresceu 2,7% ao ano enquanto a média nacional manteve-se em 1,6%. Para 2010, a estimativa é de 3.473.856 habitantes.

De acordo com o censo de 2000, dos 3,3 milhões de habitantes do estado 78,4% vivem em cidades, enquanto 17,3% da população vivem no campo. A composição da população amazonense por sexo mostra que para cada 100 mulheres residentes no estado existem 96 homens; esse pequeno desequilíbrio entre os dois sexos ocorre porque as mulheres possuem uma expectativa de vida oito anos mais elevada que a dos homens. Porém, o fluxo migratório para o estado é de maioria masculina.

A capital, Manaus, é a maior cidade da Região Norte, com cerca de 1,7 milhão de habitantes,[21] seguida por Belém com 1,4 milhão de habitantes. Manaus, uma das que mais recebem migrantes no Brasil, cresce desordenadamente com muitas áreas ocupadas de forma ilegal por invasões.

O Amazonas é o segundo maior colégio eleitoral do norte brasileiro, com 2.030.549 eleitores [23], segundo o Tribunal Superior Eleitoral.


Ano Habitantes[21]
1872 57.610
1890 147.915
1900 249.756
1920 363.166
1940 438.008
1950 514.099
1960 708.459
1970 955.235
1980 1.430.089
1991 2.103.243
1996 2.389.279
2000 2.813.085
2006 3.311.026
2007 3.221.940
2008 3.341.096
2009 3.393.369
2010 3.480.937

Etnias

A forte imigração no final do século XIX e início do século XX trouxe ao estado pessoas de todas as partes do mundo. Dos mais de cinco milhões de imigrantes que desembarcaram no Brasil, alguns milhares se fixaram no estado do Amazonas.

A população descende principalmente de imigrantes europeus (sobretudo portugueses, italianos e espanhóis). Também há comunidades de povos do Oriente Médio (árabes e judeus) e Ásia Oriental (japoneses), além de uma pequena comunidade de afrodescendente.

Muitas pessoas de outros estados brasileiros também migram para o Amazonas em busca de trabalho ou melhores condições de vida. Em sua maior parte são pessoas oriundas do Nordeste, nas cidades do interior, e migrantes vindos de São Paulo e do Sul, na região metropolitana.

Cor/Raça Porc. (%)[25]
Parda 70.3%
Branca 21.0%
Preta 4.3%
Amarela ou indígena 4.2%

Indígenas

Segundo dados apresentados pela Funai o Amazonas possui cerca de 103.066 indígenas, divididos em 65 etnias, que correspondem a 4,0% da população total do estado. O município amazonense que possui o maior número de indígenas é São Gabriel da Cachoeira, onde existem 23 mil índios, e é onde encontramos o segundo idioma mais falado no Brasil, o dos Tucanos.

Pardos

No estado do Amazonas os pardos são numerosos, constituindo 70% da população. O mais característico é o caboclo. Inicialmente nascido da mestiçagem entre indígenas e europeus, a partir do século XIX, também miscigenou-se com nordestinos. Os imigrantes sulistas, predominantemente brancos, que chegaram ao estado no final do século XX, têm sido também mestiçados com a população cabocla. O Dia do Mestiço (27 de junho)[26] e o Dia do Caboclo (24 de junho) são datas oficiais no estado.[27]

Afrodescendentes

Segundo dados do Censo 2000 do IBGE,[28] (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 70,3% dos amazonenses se declararam pardos, 21% brancos, 4,3% negros e apenas 4,2% se avaliaram amarelos ou indígenas. Os afrodescendentes no estado vivem em sua maioria em Manaus.

Imigrantes

Portugueses

Os portugueses e seus descendentes formam os principais colonizadores do Amazonas, por serem os únicos que não sofrem restrições numéricas de entrada no Brasil. Aos portugueses, a população deve a nossa língua, a religião, a base de nossa organização política, a cultura e a base de nossas instituições jurídicas. Estão presentes em todo o Amazonas.

Espanhóis

No estado do Amazonas, além de se concentrarem na região de Manaus e de Presidente Figueiredo, descendentes de espanhóis são encontrados na fronteira com a Colômbia e a Venezuela, principalmente na região de Tabatinga.

Árabes e judeus

A formação da comunidade árabe e judaica nesta região começou impulsionada pela pobreza e perseguição sofrida pelos judeus e árabes no Marrocos e Oriente Médio. Devido a uma confluência de condições políticas que facilitaram suas saídas para o Brasil, muitos imigraram rumo ao Amazonas, em busca de riquezas e liberdade religiosa. Durante cem anos, de 1810 a 1910, esses imigrantes espalharam-se por diversas cidades da Amazônia, principalmente Belém e Manaus. Ajudaram e participaram da construção da história da região, marcada na época pelo ciclo da borracha. Cerca de 280 mil pessoas possuem origens árabes ou judaicas no estado.[29]

Japoneses

Os japoneses começaram a se instalar no Amazonas a partir de 1923. Com o fim do ciclo da borracha, eram necessárias uma nova técnica de cultivo e a introdução de produtos agrícolas que se estabelecessem como fonte para o desenvolvimento econômico do estado. Assim, o Governo do Amazonas na época cedeu 1,030 milhão de hectares a serem divididas entre os imigrantes japoneses que desejassem fazer cultivo do solo.[30]

Chegaram ao Amazonas os primeiros imigrantes, dirigindo-se a cidades como Maués, Parintins, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Novo Airão e Manaus. Maués era então a cidade com o maior fluxo de imigração japonesa e onde eles iniciaram o cultivo do guaraná, porém, em 1941, houve uma epidemia de malária matando várias famílias. Outras famílias imigraram para Parintins, onde dividiram vários hectares de terra com os "koutakusseis", jovens europeus estudantes de agronomia, provenientes de famílias de classe alta que imigraram para o Amazonas no intuito de se fixarem para sempre.

Estima-se que existam no Amazonas 160.000 descendentes e imigrantes japoneses.[31]

Chineses

Os chineses, em menor número, concentraram-se mais nas cidades e têm chegado principalmente de Taiwan. Atualmente é difícil encontrar chineses "puros" no Amazonas. A maioria deles já miscigenou-se com brancos, negros e indígenas e tornaram-se mestiços brasileiros.

Africanos

A imigração africana na Região Norte do Brasil foi praticamente inexistente. Alguns milhares de escravos africanos foram levados ao Amazonas, muitos eram mulatos miscigenados nos diversos estados por onde passavam.

Migrantes

Nordestinos

Os nordestinos têm sido, desde o século XIX, o mais numeroso grupo de migrantes nacionais para o Amazonas. Foram decisivos na economia (borracha, juta e comércio) e na constituição da identidade amazonense, mestiçando-se com a população local, além de fundamentais na participação do Amazonas na conquista do Acre. O boi-bumbá é uma marca da influência nordestina no folclore do estado.

Os maranhenses e paraenses são a maioria dos migrantes que vão para o Amazonas em busca de emprego.[32]

Sulistas

Os sulistas estabeleceram-se principalmente em Manaus e na região Sul do estado. Os gaúchos residentes no estado são em sua maioria moradores da Região Metropolitana de Manaus. No sul do estado, também vive um grande número de migrantes gaúchos e paranaenses. Em Apuí, encontram-se fortes traços culturais gaúchos, que para lá migraram na década de 1990 e ainda migram nos dias de hoje. A ocupação do estado por sulistas foi grande, da mesma forma que a migração para os estados de Mato Grosso e Rondônia.

Religião

Igreja de São Sebastião, em Manaus.

Tal qual a variedade cultural verificável no Amazonas, são diversas as manifestações religiosas presentes no estado. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração - e ainda hoje a maioria dos amazonenses se declara católica -, é possível encontrar atualmente no estado dezenas de denominações protestantes diferentes, assim como a prática do judaísmo, islamismo, espiritismo (o espiritismo tem tido grande avanço em número de adeptos nos últimos anos), entre outras. Nos últimos anos, o budismo, o mormonismo e as religiões orientais tem crescido bastante no Amazonas. Estima-se que se encontram mais de mil seguidores budistas, seichonoitas e hinduístas pelo território. Também é visível que o estado possua uma enorme quantidade de evangélicos e cristãos.

Protestantes

A predominância do catolicismo romano tende a decrescer quando se leva em conta a recente ascensão do protestantismo.

O estado possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Igreja Presbiteriana, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil Para Cristo,Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja Assembleia de Deus, Igreja de Deus Pentecostal do Brasil, Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Metodista, Igreja Adventista do Sétimo Dia, Igreja Episcopal Anglicana e o Ministério Internacional da Restauração.

Além dessas, grande parte declara-se seguidores de outras religiões, tais como: os santos dos Últimos Dias ou mórmons; as testemunhas de Jeová; os messiânicos; os judeus; os esotéricos; os muçulmanos e os espiritualistas. Há um considerável avanço dessas religiões. Em Manaus, está sendo construído o sexto templo mórmon no Brasil.[33]

Economia

Ver artigo principal: Economia do Amazonas
Economia do Amazonas
Ficha técnica
Participação no PIB nacional 01.60%% (2007).
PIB per capita R$ 13.043(2007).
Composição do PIB
Agropecuária 6,1% (1999).
Indústria 56,7% (1999).
Serviços 37,2% (1999).
Telecomunicações
Telefonia fixa 1,4 milhão de linhas (est. 2008).
Celulares 700 mil (est. 2008).

Em 2007, posicionou-se como a 15ª unidade mais rica do Brasil em PIB, com 42, 023 bilhões de reais. Atualmente, o Amazonas lidera o crescimento e a alta industrial no Brasil[34]

A economia baseia-se na indústria, no extrativismo, inclusive de petróleo e gás natural, mineração e pesca. Com relação ao extrativismo, grande impulso na vida econômica e na colonização da região amazônica foi dado com a exploração do látex, durante o ciclo da borracha.

Na atualidade, através do calendário de feiras nacionais e internacionais da Amazônia, sob a sigla - FIAM - na Suframa, atrai diferentes investidores, brasileiros e de outras nacionalidades, a investir nos diferentes polos tecnológicos existentes na região e, principalmente, no Pólo Industrial de Manaus (PIM), em franco desenvolvimento, e os estrangeiros podem conhecer grandes oportunidades de negócios que o potencial econômico da Amazônia proporciona e é capaz de oferecer, como sua infra-estrutura, mão-de-obra qualificada e várias outras vantagens competitivas.

Pesquisa promovida pela Federação da Indústria de São Paulo (Fiesp) e publicada no jornal Folha de São Paulo, revela que o Amazonas é o segundo melhor lugar do Brasil para a instalação de um novo empreendimento. De acordo com a pesquisa, o estado só fica atrás do Distrito Federal no ranking geral de melhor ambiente para negócios e desponta na frente de estados como Minas Gerais (3º), Rio Grande do Sul (6º), Rio de Janeiro (8º), Santa Catarina (9º) e São Paulo (10º) .[35]

Foi e estado que mais cresceu econômicamente no primeiro trimestre de 2010.[36].

Evolução do PIB e do PIB per capita do Amazonas
Anos PIB
(em reais)
PIB per capita
(em reais)
2002 21.791.162 7.253
2003 24.977.170 8.100
2004 30.313.735 9.658
2005 33.359.086 10.320
2006 39.766.086 11.829
2007 42.023.218 13.043

As feiras promovem o potencial econômico da região, inclusive produtos industrializados de ponta e regionais, feitos com base em matérias-primas locais, assim como atrativos turísticos, visando ao desenvolvimento sustentável, estimulando o intercâmbio comercial, cultural, científico e tecnológico.

PIB dos municípios

Esta lista se refere aos 7 municípios do estado do Amazonas com PIB superior a R$ 300 milhões de reais. Os valores referem-se ao ano de 2007, segundo o IBGE,[37] e os dados demográficos, a 2010.

Posição Cidade PIB em reais População Base da economia
1 Manaus 34.403.671 1.802.525 Indústria, comércio e turismo
2 Coari 1.114.177 75.909 Indústria farmoquímica, petróleo e gás natural
3 Itacoatiara 610.608 86.840 Indústria, comércio, prestação de serviços, turismo e agropecuária
4 Manacapuru 378.165 85.144 Agropecuária, comércio e prestação de serviços
5 Parintins 358.968 102.066 Agropecuária, turismo e indústria
6 Tefé 319.494 61.399 Indústrias.
7 Presidente Figueiredo 317.023 27.121 Prestação de serviços e turismo.

Manaus é o sexto município com maior PIB no Brasil.[37]

Turismo

O Festival Folclórico de Parintins é um exemplo de turismo cultural. É um dos principais atrativos turísticos da região norte brasileira.[38]

O Amazonas recebeu o prêmio de melhor destino verde da América Latina, prêmio este concedido em votação feita pelo mercado mundial de turismo, durante a World Travel Market, ocorrido em Londres em 2009.[39] Em 2010, em uma pesquisa feita entre os turistas, o turismo foi avaliado como satisfatório, com 92,4% entre os turistas nacionais e 94% entre os turistas estrangeiros.[40]

A capital do estado, Manaus é o maior destino de turistas da Amazônia, oferecendo uma ampla rede hoteleira, assim como restaurantes variados.[7] Conta também com diversos hotéis de selva em sua região metropolitana.[7] Um dos principais pontos turísticos da cidade é o Teatro Amazonas, inaugurado em 31 de dezembro de 1896, sendo o principal Patrimônio Artístico Cultural do estado do Amazonas e a obra mais significativa da época áurea da borracha.[41]

Transportes

No Amazonas, os rios são as estradas e as enormes distâncias são medidas em horas ou em dias de viagem de barco.

Aeroportos

Todos os municípios possuem pistas para operações de aeronaves, sendo que a maioria é servida por aeroportos, havendo em Manaus e Tabatinga os únicos aeroportos internacionais no Amazonas.Existem também aeroportos regionais, que servem para servir mais de um municípios, estes são ao todo são os de :Coari, Eirunepé, Lábrea, Tefé e o de Parintins.

Manaus conta com o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, nos moldes dos construídos na década de 1980. É o segundo maior aeroporto da região Norte e o terceiro em movimentação de cargas do Brasil (atrás apenas de Guarulhos e Viracopos).[42]

Rodovias

Política

Política do Amazonas
Ficha técnica
Governador Omar Aziz (PMN).
Vice-Governador [José Melo]
Senadores Eduardo Braga (PMDB)

Alfredo Nascimento (PR)

Vanessa Grazziontin (PC do B)

Deputados federais 08
Deputados estaduais 24
Eleitores 1.911.593 (2008).
Sede do governo
Nome Palácio do Governo
Página governamental
Endereço http://www.amazonas.am.gov.br

A história da política no Amazonas confunde-se, muitas vezes, com a política do país, uma vez que o estado pertenceu ao Grão-Pará e a região onde se encontra o Amazonas foi anexada ao Brasil logo após a independência.

Contando sempre com expoentes no cenário político nacional, o Amazonas conta com a menor representatividade comparando aos demais estados da Federação.[carece de fontes?]

Durante o regime militar, o estado ganhou um grandíssimo avanço populacional e econômico, principalmente após a instalação da Zona Franca de Manaus.

Poder Executivo

O poder executivo é exercido pelo governador OmarJosé Abdel Aziz, no cargo desde 1 de abril de 2010 sucedendo a Eduardo Braga, de quem era vice-governador, que renunciou, conforme determina a legislação eleitoral brasileira, para concorrer em 3 de outubro a uma vaga no senado. O Palácio do Governo, situado no bairro da Compensa, é a sede do governo.

Poder Legislativo

Ver artigo principal: Assembleia Legislativa do Amazonas.

O poder legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, constituída pelos representantes do povo (deputados estaduais) eleitos em votação direta para o mandato de quatro anos. A Assembleia Legislativa do Amazonas possui vinte e quatro deputados estaduais.

Assembleia Legislativa

Cabe à Assembleia Legislativa, com a sanção (aprovação) do governador do estado, dispor sobre todas as matérias de competência do estado e especificamente sobre:

  • Tributos, arrecadação e distribuição de rendas;
  • Planos e programas estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
  • Criação, transformação, extinção de cargos, empregos e funções públicas na administração direta, autárquica e fundacional e fixação da renumeração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
  • Organização judiciária do Ministério Público, da Procuradoria-Geral do Estado, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas, da Polícia Militar, da Polícia Civil e demais órgãos da administração pública;
  • Normas suplementares de direito urbanístico, bem como de planejamento e execução de políticas urbanas.

Tribunal de Contas

O Tribunal de Contas, através de seus Conselheiros, auxilia a Assembleia Legislativa na apreciação das contas prestadas anualmente pelo governador do estado, no julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis (fundações, empresas etc.) por dinheiro, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público estadual, e as contas que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. Havia, ainda, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que auxiliava as Câmaras municipais na apreciação das contas dos respectivos executivos. Com a extinção do TCM há alguns anos, o Tribunal de Contas do Estado passou a exercer também a sua função.

Poder Judiciário

O Tribunal de Justiça possui sede na capital, em um novo prédio chamado "Arnoldo Campelo Carpinteiro Péres", localizado na Avenida André Araújo, substituindo assim a antiga sede, que se localizava em um prédio histórico denominado Palácio da Justiça, situado na Avenida Eduardo Ribeiro, no Centro Histórico de Manaus. O prédio da antiga sede hoje abriga o "Centro Cultural do Palácio da Justiça".

Por sua vez, a Justiça do Trabalho está ligada a 11ª região, que compreende todo o estado do Amazonas e também o Estado de Roraima, e possui sede na capital amazonense.

A Justiça Federal está vinculada à primeira região com sede em Brasília.

Governadores recentes

Subdivisões

O Amazonas possui em sua divisão política sessenta e dois municípios, agrupados geograficamente pelo IBGE em seis mesorregiões e treze microrregiões. O Governo do Amazonas divide o estado economicamente em seis regiões: Região Metropolitana de Manaus, Baixo Amazonas, Alto Solimões, Alto Rio Negro, Calha do Juruá e Purus.Os municípios,são os seguintes:

Mapa do Amazonas com subdivisões oficiais..

Os municípios do Amazonas são as subdivisões oficiais do estado brasileiro do Amazonas, localizado na região Norte do país. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o estado possui 62 municípios, desde a última alteração feita em 1988, criando o município de Alvarães.[44] O Amazonas é a segunda unidade federativa mais populosa da região Norte, com seus 3,4 milhões de habitantes, sendo superado pelo Pará.[6] No entanto, apenas duas de suas cidades possuem acima de 100 mil habitantes: Manaus, a capital, e Parintins.[7][2] O estado é oficialmente subdividido ainda em 13 microrregiões, além de 6 mesorregiões.[8] Faz fronteiras com o Pará (Leste); Rondônia e Mato Grosso (Sul); Acre (Sudoeste); Roraima (Norte); além da Venezuela, Colômbia e Peru. [45]

Possui uma área de 1.570.745 km², sendo a mais extensa do país.[46] Se constitui na 9ª maior subdivisão mundial – é maior que as áreas somadas de França (547.030,0 km²), Espanha (504.782,0 km²), Suécia (357.021,0 km²) e Grécia (131.940,0 km²); seria o 18º maior país do mundo em área territorial, pouco maior que a Mongólia, com seus 1,564,116 km²; é maior que a área da região Nordeste brasileira, com seus nove estados; e equivale a 2,25 vezes a área do Texas (696.200,0 km²), segundo maior estado americano. O município com a maior área é Barcelos, localizado na mesorregião do Norte Amazonense e microrregião de Rio Negro, com 122.476 km² de extensão[47] sendo o segundo maior município brasileiro em área geográfica, atrás apenas de Altamira (PA).[47] O menor é Iranduba, com 2.215 km², localizado na mesorregião do Centro Amazonense e microrregião de Manaus.[48] Grande parte dos municípios do Amazonas possuem grandes àreas territoriais. Em média, um município do estado possui 22.050 km² de área territorial, o equivalente a àrea do estado de Sergipe.[49]

Em São Gabriel da Cachoeira, município no norte do estado e no extremo norte do país, localiza-se o Pico da Neblina com 3.014 metros de altitude, o ponto mais elevado do Brasil, situado na fronteira brasileira com a Venezuela. Ainda neste município está situado o Pico 31 de Março, o segundo ponto mais elevado do território federal com 2.992 metros de altitude. São Gabriel da Cachoeira também é o único município brasileiro a possuir mais de um idioma oficial: Além do português, as línguas tucano, nhengatu e baníua são reconhecidas como idiomas oficiais do município[nota 1] São Gabriel da Cachoeira também se destaca por sua população: 99 % dos habitantes do município são indígenas, representando 9 % da população ameríndia do Brasil.[50]

Cultura e sociedade

Artes

O Teatro Amazonas, mandado construir pelo governador Eduardo Ribeiro, cafuzo natural do Maranhão, é um perfeito exemplo da opulência existente no apogeu do ciclo da borracha. Manaus e Parintins possuem fortes traços da imigração japonesa em sua cultura. O Festival Folclórico de Parintins também é um destaque na cultura amazonense, sendo uma grandiosa referência nacional.

Artesanato

O artesanato do Amazonas é variado e de destaque, com muita influência da cultura indígena. Em geral usam-se elementos da floresta como contas, sementes e cipós. Atualmente o artesanato da região vem se aprimorando com vários elementos da floresta sendo incorporados a jóias, as chamadas biojóias.

Educação

Resultados no ENEM
Ano Português Redação
2006[51]
Média
30,85 (26º)
36,90
49,73 (18º)
52,08
2007[52]
Média
42,87 (26º)
51,52
54,09 (20º)
55,99
2008[53]
Média
34,56 (27º)
41,69
58,50 (14º)
59,35

O Amazonas possui várias instituições educacionais, sendo as mais renomadas delas localizadas principalmente na Região Metropolitana de Manaus e em outras cidades de médio porte. A educação do Amazonas é considerada a quarta melhor do país, comparado à dos demais estados brasileiros. Na lista de estados brasileiros por IDH em educação, com dados de 2005, o Amazonas aparece em quarto lugar, com 0,925 de índice, um aumento de mais de 14% em relação à 2000, quando o estado atingia 0,813. É superado apenas por Distrito Federal (0,962), Rio de Janeiro (0,945) e Santa Catarina (0,934). Em relação ao analfabetismo, na lista de estados brasileiros por taxa de alfabetismo, o Amazonas aparece em nono lugar, com 7,0% de sua população analfabeta[54]. O estado superou-se significativamente nesse ranking na última década. Em 2001, aparecia em décimo quinto lugar, com 15,5% de sua população analfabeta.[55]

A Escola Estadual José Bernardino Lindoso é a maior escola do estado.[carece de fontes?]

Ensino superior

O estado do Amazonas conta, entre outras, com as seguintes entidades de ensino superior:

Públicas
Privadas
  • Centro Universitário do Norte (Uninorte)
  • Universidade Paulista (UNIP)
  • Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO)
  • Centro Integrado de Ensino Superior do Amazonas (CIESA)
  • Uni Nilton Lins
  • Faculdades Salesianas Dom Bosco
  • Faculdades La Salle
  • Faculdades Marta Falcão
  • [Escola Superior Batista do Amazonas (ESBAM)
  • ULBRA

Centro de Ensino Superior Fucapi (CESF)

  • Faculdade de Odontologia de Manaus (FOM-CEPEGRAM )
  • Faculdade Tahirí
  • Faculdades Boas Novas
  • Faculdade CIEC-IAES
  • Faculdade UNIMATERDEI
  • Faculdades Literatus
  • Fundação Getúlio Vargas (ISAE - FGV)
  • IDAAM - GAMA FILHO
  • Faculdade Batista Ida Nelson (FABIN)

Culinária

Tem sua base na mandioca, influência indígena que trouxe as técnicas de plantio e cultivo.

A mandioca acaba transformando-se em farinha-d'água, beijus, pirões e mingaus.

Outros pratos típicos amazonenses são:

Frutas

O Amazonas apresenta mais de uma centena de espécies comestíveis, as denominadas frutas regionais, e em muitas vezes apresentando um exótico sabor para as suas sobremesas. É no Amazonas que se encontra a maior diversidade de frutas do mundo.[carece de fontes?] O Araçá-boi, fruta nativa do Amazonas e da Amazônia Legal, tornou-se bastante apreciada pelo mercado internacional, servindo para se transformar em um alimento probiótico chamado de Streptococcus salivares subsp. Thermophilus e Lactobacillus delbrueckii subsp. Bulgaricus.[56]

A seguir, algumas das frutas nativas:

Centros urbanos

Presidente Figueiredo,conhecida pelas belas paisagens.
Cidades mais populosas (Censo 2010)
Manaus 1.802.525
Parintins 102.066
Itacoatiara 86.840
Manacapuru 85.144
Coari 75.909
Tefé 61.399
Tabatinga 52.279
Maués 51.847
Manicoré 47.011
Humaitá 44.116

Problemas atuais

Os problemas que atualmente assolam o Amazonas estão interligados. Em primeiro lugar, grande parte da população não teve acesso à educação básica, que lhe permitisse ingressar no mercado de trabalho ou desenvolver adequadamente seus negócios próprios. O pouco esclarecimento dos chefes de família, a falta de recursos financeiros e a não organização do estado para dar educação a todos fizaram que grande contingente da população não alcançasse o nível de educação desejado.

Esse contingente populacional se obrigou a buscar trabalho mal remunerado, muitas vezes trabalhos como autônomos, o que não dá garantias trabalhistas nem previdenciais e sociais.

Também há o abandono da infraestrutura de estradas que interligariam o estado ao restante do país, como por exemplo, a BR-319. Na capital, Manaus, vários bairros surgiram de invasões de terra causadas por famílias sem moradia e a cidade cresceu, em grande parte, desordenadamente, principalmente nas regiões leste e norte da cidade, agravando os problemas pela concentração da pobreza em bairros de posseiros, onde grassam os problemas com alcoolismo, criminalidade e consumo de tóxicos.

Cabe ao estado reinvestir de forma adequada os recursos provenientes dos tributos, reduzindo a distância entre ricos e pobres. Oferecendo boas condições de educação, saúde e habitação aos menos favorecidos, corrige-se aos poucos a injustiça que ocorre com a predominância de poucos detentores do capital sobre muitos que pouco têm.

Para corrigir os problemas oriundos da pobreza o Estado tem que intervir, fazendo chegar aos menos favorecidos os insumos do desenvolvimento, que são a educação básica e o acesso ao ensino superior gratuito.

Ver também

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikcionário Definições no Wikcionário
Wikilivros Livros e manuais no Wikilivros
Wikisource Textos originais no Wikisource
Wikisource Categoria no Wikisource
Commons Imagens e media no Commons
Commons Categoria no Commons
Wikinotícias Categoria no Wikinotícias


Ligações externas

Notas

  1. A língua oficial da República Federativa do Brasil é o português (Art. 13 da Constituição da República Federativa do Brasil). É ainda reconhecida e protegida oficialmente e a linguagem brasileira de sinais (lei n° 10.436 de 24 de abril de 2002). Além disso, as línguas tucano, nhengatu e baniua são reconhecidas oficialmente no município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.
  1. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Área Territorial Oficial - Consulta por Unidade da Federação». Consultado em 29 de agosto de 2021 
  2. a b c «Estimativas do IBGE para 1º de julho de 2009» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de agosto de 2009  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda) Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "IBGE_Pop_2009" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  3. «Síntese dos Indicadores Sociais 2010» (PDF). Tabela 1.4 - Taxa de fecundidade total, taxa bruta de natalidade, taxa bruta de mortalidade, taxa de mortalidade infantil e esperança de vida ao nascer, por sexo,segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação - 2009. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 18 de setembro de 2010 
  4. «Ranking do IDH dos estados do Brasil em 2005». Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 15 de setembro de 2008. Consultado em 17 de setembro de 2008 
  5. NIEDERAUER, Juliano Zambom. «Estados Brasileiros». Só Geografia. Consultado em 4 de maio de 2010 
  6. a b Brasil Chanel. «Região Norte do Brasil». Consultado em 27 de agosto de 2010 
  7. a b c d «Estimativas da população para 1º de julho de 2009» (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de agosto de 2009. Consultado em 16 de agosto de 2009  Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "Manaus" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  8. a b «Divisão Territorial do Brasil». Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1º de julho de 2008. Consultado em 27 de agosto de 2010 
  9. Isto é Amazônia. «Fronteiras do Brasil». Consultado em 28 de agosto de 2010 
  10. «Amazonas: O portal de entrada da Amazônia». Turismo Amazônico. 06 de novembro de 2008  Verifique data em: |data= (ajuda) [ligação inativa]
  11. N.R.E. Ponta Grossa. 21 de setembro de 2010 http://www.nre.seed.pr.gov.br/pontagrossa/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=38  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  12. Prinz, U. "As irmãs selvagens de Pentesileia" - Instituto Goethe (acessado em 25-07-2008)
  13. CASCUDO, Câmara, Dicionário do Folclore Brasileiro, 10ª ed., Ediouro, Rio de Janeiro, s/d, ISBN 85-00-80007-0
  14. inserir fonte aqui
  15. a b c Portal Amazônia. «Amazonas, Geografia». Consultado em outubro de 2010  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  16. Arquipélago de Anavilhanas
  17. «Amazonas e Cataratas do Iguaçu concorrem a 7 maravilhas naturais». Estadão 
  18. A reserva de desenvolvimento sustentável Mamirauá
  19. a b http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=am
  20. IBGE-Contagem da População do Amazonas em 2007
  21. a b c «Estimativas / Contagem da População 2007». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de novembro de 2007  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda)
  22. «SEPLAN» (PDF). Consultado em 21 de setembro de 2010 
  23. «Eleitorado do Amazonas». TRE-AM 
  24. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Panorama do estado do Amazonas». Consultado em 9 de maio de 2020 
  25. IBGE 2006 - Dados de auto-declaração
  26. " «Amazonas vence o racismo e reconhece a identidade mestiça» Verifique valor |url= (ajuda). Fórum Mestiço de Políticas Públicas. 3 de dezembro de 2008 
  27. " «Amazonas institui Dia do Caboclo». Nação Mestiça. 13 de novembro de 2008 
  28. [1]
  29. «Imigração no Brasil». Imigração no Brasil 
  30. «Conflito de terras envolve projeto da Alcoa». Valor Econômico. 10 de outubro de 2007 
  31. «Imigração no Brasil». Imigração no Brasil 
  32. «Maranhenses e paraenses são a maioria dos migrantes no Amazonas». Portal Amazônia.com 
  33. «Templo Mórmon em Manaus». Missão Brasil Manaus 
  34. " «Amazonas lidera alta industrial». Globo.com 
  35. «Amazonas é o segundo melhor lugar do Brasil para abrir um negócio». Rede Notícia 
  36. «PRODUTO INTERNO BRUTO TRIMESTRAL DO AMAZONAS» (PDF). SEPLAN. DEPI/SEPLAN/AM. Consultado em 21 de setembro de 2010 
  37. a b Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome IBGE_PIB
  38. «Parintins». Ministério do Turismo - Destinos turísticos. 2011 
  39. «Amazonas recebe prêmio de melhor destino verde da america latina». Mercados e eventos. 2009 
  40. «39,7% dos turistas desaprovam transporte público de Manaus». Portal Amazonia. 6 de maio de 2010 
  41. " «Teatro Amazonas, em Manaus». Os lugares do mundo. 24 de Dezembro de 2008 
  42. Infraero - Movimento nos Aeroportos
  43. Portal Amazônia. "BR 317 ligará Amazonas ao Pacífico"
  44. Instituto Brasileiro de Geografia e Esatística. «Município de Alvarães - Amazonas» (PDF). Consultado em 27 de agosto de 2010 
  45. Isto é Amazônia. «Fronteiras do Brasil». Consultado em 28 de agosto de 2010 
  46. NIEDERAUER, Juliano Zambom. «Estados Brasileiros». Só Geografia. Consultado em 4 de maio de 2010 
  47. a b «Divisão Territorial do Brasil». Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2008. Consultado em 11 de outubro de 2008 ,
  48. «Divisão Territorial do Brasil». Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2008. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  49. «Oriximiná». Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 27 de agosto de 2010. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  50. Portal Amazônia. «São Gabriel da Cachoeira, município do Amazonas». Consultado em 29 de agosto de 2010 
  51. [2]
  52. [3]
  53. [4]
  54. «Síntese dos Inidicadores Sociais 2010» (PDF). Tabela 8.2 - Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por cor ou raça, segundo as Grandes Regiões, Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas - 2009. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 18 de setembro de 2010 
  55. IBGE, Anuário estatístico do Brasil 2001, p. 2-81. Citado em: ADAS, Melhem e ADAS, Sergio. Panorama geográfico do Brasil. 4a. ed. São Paulo: Editora Moderna, 2004. p. 248
  56. «Fruta nativa da Amazônia vira iogurte». Amazônia na mídia