Amazonas: diferenças entre revisões
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Com o objetivo de catequizar os indígenas, vários leigos e religiosos [[jesuíta]]s espanhóis fundaram várias missões no território amazonense. Essas missões, cuja [[economia]] tinha como atividade a dependência do [[extrativismo]] e da [[silvicultura]], foram os locais de origem dos primeiros mestiços da região. Sofreram posteriormente seguidas invasões de outros [[indígenas]] inconformados com a invasão ao seu território e de conquistadores brancos. Brancos, acompanhados por nativos, aprisionavam índios rivais para vendê-los como [[Escravatura|escravos]]. A destruição das [[Missões jesuíticas|missões]] espalhou o desmatamento pelo território. |
Com o objetivo de catequizar os indígenas, vários leigos e religiosos [[jesuíta]]s espanhóis fundaram várias missões no território amazonense. Essas missões, cuja [[economia]] tinha como atividade a dependência do [[extrativismo]] e da [[silvicultura]], foram os locais de origem dos primeiros mestiços da região. Sofreram posteriormente seguidas invasões de outros [[indígenas]] inconformados com a invasão ao seu território e de conquistadores brancos. Brancos, acompanhados por nativos, aprisionavam índios rivais para vendê-los como [[Escravatura|escravos]]. A destruição das [[Missões jesuíticas|missões]] espalhou o desmatamento pelo território. |
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A partir do [[século XVIII]], o Amazonas passou a ser disputado por [[Portugal| |
A partir do [[século XVIII]], o Amazonas passou a ser disputado por [[Portugal|Portuguese]] e espanhóis que habitavam a bacia do rio Amazonas. Essa luta desencadeou a disputa pela posse da terra, o que motivou a formação de grandes [[latifúndio]]s. A região do alto rio Amazonas foi considerada estratégica tanto para a diplomacia espanhola - por representar via de acesso ao [[Vice-reino do Peru]] -, quanto para a diplomacia portuguesa, especialmente a partir da descoberta de [[ouro]] nos sertões de [[Mato Grosso]] e de [[Goiás]], escoado com rapidez pela bacia do rio Amazonas. É nesse contexto que se inserem as instruções secretas passadas por Sua Majestade ao Governador e Capitão General da [[Capitania do Grão-Pará]], [[João Pereira Caldas]], para que fossem fundadas sete feitorias pelo curso dos rios amazônicos, de Belém até Vila Bela do Mato Grosso e à capital da [[Capitania do rio Negro]], para apoiar o [[comércio]] ([[contrabando]]), com as províncias espanholas do Orinoco ([[Venezuela]]), de Quito (Equador), e do [[Peru]], comércio esse que antes se fazia com a [[Colônia do Sacramento]] (Instrução Secretíssima, c. [[1773]]. [[Museu Conde de Linhares]], Rio de Janeiro). A assinatura do [[Tratado de Madrid]] ([[1750]]) ratificou essa visão, tendo a Coroa portuguesa feito valer também na região o princípio do "uti possidetis", apoiado por uma linha de posições defensivas que, mesmo virtualmente abandonadas após o [[Marquês de Pombal|Consulado Pombalino]] (1750-1777) e durante o [[século XIX]], legariam à diplomacia da nascente República brasileira os seus atuais contornos fronteiriços. |
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Dentro do projeto de ocupação do sertão amazônico, constituiu-se a [[Capitania Real de São José do Rio Negro]] pela Carta-régia de [[3 de março]] de [[1755]], com sede na aldeia de Mariuá, elevada a vila de [[Barcelos (Amazonas)|Barcelos]] em [[1790]]. No início do século XIX, a sede do governo da Capitania foi transferida para a povoação da barra do Rio Negro, elevada a ''Vila da Barra do Rio Negro'' para esse fim, em [[29 de março]] de [[1808]]. |
Dentro do projeto de ocupação do sertão amazônico, constituiu-se a [[Capitania Real de São José do Rio Negro]] pela Carta-régia de [[3 de março]] de [[1755]], com sede na aldeia de Mariuá, elevada a vila de [[Barcelos (Amazonas)|Barcelos]] em [[1790]]. No início do século XIX, a sede do governo da Capitania foi transferida para a povoação da barra do Rio Negro, elevada a ''Vila da Barra do Rio Negro'' para esse fim, em [[29 de março]] de [[1808]]. |
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Em [[1772]], a capitania passou a se chamar Grão-Pará e Rio Negro e o Maranhão foi desmembrado. Com a mudança da Família Real para o Brasil, foi permitida a instalação de manufaturas e o Amazonas começou a produzir [[algodão]], [[cordoalha]]s, manteiga de tartaruga, [[cerâmica]] e [[vela]]s. Os governadores que mais trabalharam pelo desenvolvimento até então foram [[Manuel da Gama Lobo D'Almada|Manuel da Gama Lobo d'Almada]] e [[João Pereira Caldas]]. Em [[1821]], Grão Pará e Rio Negro viraram a província unificada do Grão-Pará. No ano seguinte, o Brasil proclamou a Independência. |
Em [[1772]], a capitania passou a se chamar Grão-Pará e Rio Negro e o Maranhão foi desmembrado. Com a mudança da Família Real para o Brasil, foi permitida a instalação de manufaturas e o Amazonas começou a produzir [[algodão]], [[cordoalha]]s, manteiga de tartaruga, [[cerâmica]] e [[vela]]s. Os governadores que mais trabalharam pelo desenvolvimento até então foram [[Manuel da Gama Lobo D'Almada|Manuel da Gama Lobo d'Almada]] e [[João Pereira Caldas]]. Em [[1821]], Grão Pará e Rio Negro viraram a província unificada do Grão-Pará. No ano seguinte, o Brasil proclamou a Independência. |
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Em meados do [[século XIX]] foram fundados os primeiros núcleos que deram origem às atuais cidades de [[Itacoatiara]], [[Parintins]], [[Manacapuru]] e [[Careiro]] e [[Moura]]. A capital foi situada em [[Barcelos (Amazonas)|Mariuá]] (entre 1755-1791 e 1799-1808), e em São José da Barra do Rio Negro (1791-1799 e 1808-1821). Uma revolta em [[1832]] exigiu a autonomia do Amazonas como província separada do Pará. A rebelião foi sufocada, mas os amazonenses conseguiram enviar um representante à Corte Imperial, Frei [[José dos Santos Inocentes]], que obteve no máximo a criação da Comarca do Alto Amazonas. Com a [[Cabanagem]], em [[1835]]-[[1840]], o Amazonas manteve-se fiel ao governo imperial e não aderiu à revolta. Como espécie de recompensa, o Amazonas se tornou uma província autônoma em [[1850]], separando-se definitivamente do Pará. Com a autonomia, a capital voltou para esta última, renomeada como "Manaus" em [[1856]]. |
Em meados do [[século XIX]] foram fundados os primeiros núcleos que deram origem às atuais cidades de [[Itacoatiara]], [[Parintins]], [[Manacapuru]] e [[Careiro]] e [[Moura]]. A capital foi situada em [[Barcelos (Amazonas)|Mariuá]] (entre 1755-1791 e 1799-1808), e em São José da Barra do Rio Negro (1791-1799 e 1808-1821). Uma revolta em [[1832]] exigiu a autonomia do Amazonas como província tatyelle santos passou por akii *--*thuguerdes – — ‘’ “” ° ″ ′ ≈ ≠ ≤ ≥ ± − × ÷ √ ← → · § [[Especial:Contribuições/189.74.154.212|189.74.154.212]] ([[Usuário Discussão:189.74.154.212|discussão]]) 13h35min de 23 de fevereiro de 2011 (UTC) <ref>inserir fonte aqui</ref> separada do Pará. A rebelião foi sufocada, mas os amazonenses conseguiram enviar um representante à Corte Imperial, Frei [[José dos Santos Inocentes]], que obteve no máximo a criação da Comarca do Alto Amazonas. Com a [[Cabanagem]], em [[1835]]-[[1840]], o Amazonas manteve-se fiel ao governo imperial e não aderiu à revolta. Como espécie de recompensa, o Amazonas se tornou uma província autônoma em [[1850]], separando-se definitivamente do Pará. Com a autonomia, a capital voltou para esta última, renomeada como "Manaus" em [[1856]]. |
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== Geografia == |
== Geografia == |
Revisão das 13h35min de 23 de fevereiro de 2011
Estado do Amazonas | |
Hino: Hino do Amazonas | |
Gentílico: amazonense | |
Localização | |
- Região | Norte |
- Estados limítrofes | Norte: Roraima; Leste: Pará; Sul: Mato Grosso e Rondônia; Sudoeste: Acre e ainda a Venezuela (N) e Colômbia e Peru (O) |
- Municípios | 62 |
Capital | Manaus |
Governo | |
- Governador(a) | Omar Aziz (PMN) |
- Vice-governador(a) | José Melo de Oliveira (PMDB) |
- Deputados federais | 8 |
- Deputados estaduais | 24 |
- Senadores | Eduardo Braga (PMDB) João Pedro Gonçalves (PT) Vanessa Grazziotin (PC do B) |
Área | |
- Total | 1 570 745,680 km² (1º) [1] |
População | 2010 |
- Estimativa | 3 480 937 hab. (18º)[2] |
- Densidade | 2,22 hab./km² (26º) |
Economia | 2007 |
- PIB | R$ 42,023 bilhões (15º) |
- PIB per capita | R$ 13.043 (9º) |
Indicadores | 2009[3]. |
- Esperança de vida ({{{esp_vida_ano}}}) | 72,2 anos (14º) |
- Mortalidade infantil ({{{mort_infantil_ano}}}) | 24,2‰ nasc. (16º) |
- IDH (2005) | 0,780 (13º) – alto [4] |
Fuso horário | UTC-4 |
Clima | Equatorial Am, Af |
Cód. ISO 3166-2 | BR-AM |
Site governamental | http://www.amazonas.am.gov.br/ |
O Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo a mais extensa delas[5], com uma área de 1.570.745,680 km², se constitui na nona maior subdivisão mundial, sendo maior que as áreas da França (547.030,0 km²), Espanha (504.782,0 km²), Suécia (357.021,0 km²) e Grécia (131.940,0 km²) somadas. Seria o décimo oitavo maior país do mundo em área territorial, pouco maior que a Mongólia, com seus 1,564,116 km². É maior que a área da Região Nordeste brasileira, com seus nove estados; e equivale a 2,25 vezes a área do Texas (696.200,0 km²), segundo maior estado dos Estados Unidos.
É a segunda unidade federativa mais populosa da região Norte, com seus 3,4 milhões de habitantes, sendo superado pelo Pará.[6] No entanto, apenas duas de suas cidades possuem acima de 100 mil habitantes: Manaus, a capital, e Parintins.[7][2] O estado é oficialmente subdividido ainda em 13 microrregiões, além de 4 mesorregiões.[8] Faz fronteiras com o Pará (Leste); Rondônia e Mato Grosso (Sul); Acre (Sudoeste); Roraima (Norte); além da Venezuela, Colômbia e Peru. [9]
A área média dos 62 municípios do estado do Amazonas é de 25.335 km², superior à área do estado de Sergipe. O maior deles é Barcelos, com 122.476 km² e o menor é Iranduba, com 2.215 km² e não estão às margens de rios como alguns afirmam, mas, isto sim, são cortados por grandes rios amazônicos, em cujas margens estão as localidades, as propriedades rurais e as habitações dos ribeirinhos.
O Amazonas é também o 2º estado mais rico da região Norte, responsável por 32% do PIB da região.Possui o maior Índice de Desenvolvimento Humano (empatado com o Amapá), o maior PIB per capita, a 4ª menor taxa de mortalidade infantil, além 3ª menor taxa de analfabetismo entre todos os estados das regiões Norte do Brasil.
Etimologia
O nome Amazonas foi originalmente dado ao rio que banha o estado pelo capitão espanhol Francisco de Orellana, quando o desceu em todo o seu comprimento, em 1541. Afirmando ter encontrado uma tribo de índias guerreiras, com a qual teria lutado, e associando-as às Amazonas da mitologia grega, deu-lhes o mesmo nome.[10] Segundo etimologia alternativa defendida pelo historiador Karl Lokotsch, o nome Amazonas é de origem indígena, da palavra amassunu, que quer dizer "ruído de águas, água que retumba".[11]
História
Pelo Tratado de Tordesilhas (1494), todo o vale amazônico se encontrava nos domínios da Coroa espanhola. A foz do grande rio só foi descoberta por Vicente Yáñez Pinzón, que a alcançou em fevereiro de 1500, seguido por seu primo Diego de Lepe, em abril do mesmo ano.
Em 1541, outros espanhóis, Gonzalo Pizarro e Francisco de Orellana, partindo de Quito, no atual Equador, atravessaram a cordilheira dos Andes e exploraram o curso do rio até ao Oceano Atlântico. A viagem, que durou de 1540 a 1542, foi relatada pelo dominicano frei Gaspar de Carvajal, que afirmou que os espanhóis lutaram com mulheres guerreiras, as icamiabas, que, das margens do rio Marañón, disparavam-lhes flechas e dardos de zarabatanas.[12] O mito mulheres guerreiras às margens do rio difundiu-se nos relatos e livros, sem escopo popular algum,[13] mesmo assim fazendo com que aquelas regiões viessem a receber o nome das guerreiras da mitologia grega, as amazonas - entre eles o maior rio da região, que passou a ser conhecido como rio das Amazonas.
Ainda no século XVI, registraram-se a expedição de Pedro de Ursua e Lope de Aguirre (1508-1561) em busca do lendário Eldorado (1559-1561).
Sem ocupação efetiva, além de algumas feitorias inglesas e holandesas explorando as chamadas "drogas do sertão", somente durante a Dinastia Filipina (1580-1640) a Coroa hispano-portuguesa se interessou pela região, com a fundação de Santa Maria das Graças de Belém do Grão-Pará (1616), sendo dignas de registro a expedição do Capitão-mor da Capitania do Grão-Pará e Cabo, Pedro Teixeira, que percorreu o grande rio do Oceano Atlântico até Quito, com 70 soldados e 1.200 indígenas, em quarenta e sete canoas grandes (1637-1639), e logo em seguida a de Antônio Raposo Tavares, cuja bandeira, saindo da Capitania de São Vicente, atingiu os Andes, retornando pelo rio Amazonas até Belém, percorrendo um total de cerca de 12.000 quilômetros, entre 1648 e 1651.
Com o objetivo de catequizar os indígenas, vários leigos e religiosos jesuítas espanhóis fundaram várias missões no território amazonense. Essas missões, cuja economia tinha como atividade a dependência do extrativismo e da silvicultura, foram os locais de origem dos primeiros mestiços da região. Sofreram posteriormente seguidas invasões de outros indígenas inconformados com a invasão ao seu território e de conquistadores brancos. Brancos, acompanhados por nativos, aprisionavam índios rivais para vendê-los como escravos. A destruição das missões espalhou o desmatamento pelo território.
A partir do século XVIII, o Amazonas passou a ser disputado por Portuguese e espanhóis que habitavam a bacia do rio Amazonas. Essa luta desencadeou a disputa pela posse da terra, o que motivou a formação de grandes latifúndios. A região do alto rio Amazonas foi considerada estratégica tanto para a diplomacia espanhola - por representar via de acesso ao Vice-reino do Peru -, quanto para a diplomacia portuguesa, especialmente a partir da descoberta de ouro nos sertões de Mato Grosso e de Goiás, escoado com rapidez pela bacia do rio Amazonas. É nesse contexto que se inserem as instruções secretas passadas por Sua Majestade ao Governador e Capitão General da Capitania do Grão-Pará, João Pereira Caldas, para que fossem fundadas sete feitorias pelo curso dos rios amazônicos, de Belém até Vila Bela do Mato Grosso e à capital da Capitania do rio Negro, para apoiar o comércio (contrabando), com as províncias espanholas do Orinoco (Venezuela), de Quito (Equador), e do Peru, comércio esse que antes se fazia com a Colônia do Sacramento (Instrução Secretíssima, c. 1773. Museu Conde de Linhares, Rio de Janeiro). A assinatura do Tratado de Madrid (1750) ratificou essa visão, tendo a Coroa portuguesa feito valer também na região o princípio do "uti possidetis", apoiado por uma linha de posições defensivas que, mesmo virtualmente abandonadas após o Consulado Pombalino (1750-1777) e durante o século XIX, legariam à diplomacia da nascente República brasileira os seus atuais contornos fronteiriços.
Dentro do projeto de ocupação do sertão amazônico, constituiu-se a Capitania Real de São José do Rio Negro pela Carta-régia de 3 de março de 1755, com sede na aldeia de Mariuá, elevada a vila de Barcelos em 1790. No início do século XIX, a sede do governo da Capitania foi transferida para a povoação da barra do Rio Negro, elevada a Vila da Barra do Rio Negro para esse fim, em 29 de março de 1808.
À época da Independência do Brasil em 1822, os moradores da vila proclamaram-se independentes, estabelecendo um Governo Provisório. A região foi incorporada ao Império do Brasil, na Província do Pará, como Comarca do Alto Amazonas em 1824.
Ganhou a condição de Província do Amazonas pela Lei n° 582, de 5 de setembro de 1850, sendo a Vila da Barra do Rio Negro elevada a cidade com o nome de Manaus pela Lei Provincial de 24 de outubro de 1848 e capital em 5 de janeiro de 1851.
A partir do século XIX, o território começou a receber migrantes nordestinos que buscavam melhores condições de vida na maior província brasileira. Atraídos pelo ciclo da borracha, os nordestinos se instalaram em importantes cidades amazonenses, como Manaus, Tabatinga, Parintins, Itacoatiara e Barcelos, a primeira capital do Amazonas.
Capitania junto com Grão-Pará
O Estado do Maranhão virou "Grão-Pará e Maranhão" em 1737 e sua sede foi transferida de São Luís para Belém do Pará. O tratado de Madri de 1750 confirmou a posse portuguesa sobre a área. Para estudar e demarcar os limites, o governador do Estado, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, instituiu uma comissão com base em Mariuá em 1754. Em 1755 foi criada a Capitania de São José do Rio Negro, no atual Amazonas, subordinada ao Grão-Pará. As fronteiras, então, eram bem diferentes das linhas retas atuais: o Amazonas incluía Roraima, parte do Acre e se expandia para sul com parte do que hoje é o Mato Grosso. O governo colonial concedeu privilégios e liberdades para quem se dispusesse a emigrar para a região, como isenção de impostos por 16 anos seguidos. No mesmo ano, foi criada a Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão para estimular a economia local. Em 1757 tomou posse o primeiro governador da capitania, Joaquim de Melo e Póvoas, e recebeu do Marquês de Pombal a determinação de expulsar à força todos os jesuítas (acusados de voltar os índios contra a metrópole e não lhes ensinar a língua portuguesa).
Em 1772, a capitania passou a se chamar Grão-Pará e Rio Negro e o Maranhão foi desmembrado. Com a mudança da Família Real para o Brasil, foi permitida a instalação de manufaturas e o Amazonas começou a produzir algodão, cordoalhas, manteiga de tartaruga, cerâmica e velas. Os governadores que mais trabalharam pelo desenvolvimento até então foram Manuel da Gama Lobo d'Almada e João Pereira Caldas. Em 1821, Grão Pará e Rio Negro viraram a província unificada do Grão-Pará. No ano seguinte, o Brasil proclamou a Independência.
Em meados do século XIX foram fundados os primeiros núcleos que deram origem às atuais cidades de Itacoatiara, Parintins, Manacapuru e Careiro e Moura. A capital foi situada em Mariuá (entre 1755-1791 e 1799-1808), e em São José da Barra do Rio Negro (1791-1799 e 1808-1821). Uma revolta em 1832 exigiu a autonomia do Amazonas como província tatyelle santos passou por akii *--*thuguerdes – — ‘’ “” ° ″ ′ ≈ ≠ ≤ ≥ ± − × ÷ √ ← → · § 189.74.154.212 (discussão) 13h35min de 23 de fevereiro de 2011 (UTC) [14] separada do Pará. A rebelião foi sufocada, mas os amazonenses conseguiram enviar um representante à Corte Imperial, Frei José dos Santos Inocentes, que obteve no máximo a criação da Comarca do Alto Amazonas. Com a Cabanagem, em 1835-1840, o Amazonas manteve-se fiel ao governo imperial e não aderiu à revolta. Como espécie de recompensa, o Amazonas se tornou uma província autônoma em 1850, separando-se definitivamente do Pará. Com a autonomia, a capital voltou para esta última, renomeada como "Manaus" em 1856.
Geografia
O estado do Amazonas caracteriza-se por ser o maior do Brasil, com uma superfície atual de 1.570.745 km². Grande parte dele é ocupado por reserva florística e a outra é representada pela água.[15] O acesso à região é feito principalmente por via fluvial ou aérea. O clima é equatorial úmido e a temperatura média é de 26,7 °C.[15] O menor clima já registrado no estado foi de 23,3º C. Apenas o inverno e o verão são bem definidos e a umidade relativa do ar fica em torno de 80%, tendo em vista que a região é cortada pela linha do equador, ao norte.[15]. Seu fuso horário é de -4 horas em relação à hora mundial GMT. No Brasil, o estado faz parte da Região Norte, fazendo fronteira com os estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre ao sul, Pará ao leste e Roraima ao norte, além das repúblicas do Peru, Colômbia e Venezuela ao sudoeste, oeste e norte, respectivamente.
Relevo
Apresenta um relevo relativamente baixo, já que 85% de sua superfície está abaixo de cem metros de altitude. Tem ao mesmo tempo as terras mais altas, como o pico da Neblina, seu ponto mais alto, com 3.014m, e o pico 31 de Março, com 2.992m de altitude, e uma grande porcentagem de terras baixas, comparado aos outros estados do Brasil. Amazonas, Negro, Solimões, Purus, Madeira, Juruá, Içá, Uaupés e Japurá são seus rios principais.
O estado do Amazonas está situado sobre uma ampla depressão, com cerca de 600 km de extensão no sentido sudeste-noroeste, orlado a leste por uma estreita planície litorânea de aproximadamente quarenta quilômetros de largura média. O planalto desce suavemente para o interior e se divide em três seções: o planalto, a depressão interior e o planalto ocidental, que formam, ao lado da planície, as cinco unidades morfológicas do estado.
Geologia
De um modo geral, os solos amazonenses são relativamente pobres. Os solos mais propícios à utilização agrícola encontram-se em Humaitá, Apuí, Lábrea e em outros municípios do sul do estado.
Clima
No Brasil, país caracteristicamente tropical, o Amazonas é dominado pelo clima equatorial, predominante na Amazônia. As estações do ano apresentam-se bastante diferenciadas e a amplitude térmica anual é relativamente alta, variando de 28 °C no litoral do Pará até 40 °C no oeste amazonense. As chuvas, em quase toda a região, distribuem-se com relativa regularidade pelo ano inteiro mas podem-se encontrar também características de tropicalidade no Sul do estado.
Os ventos também afetam as temperaturas. No verão, sopram os ventos alísios vindos do Sudeste, que por serem quentes e úmidos, provocam altas temperaturas, seguidas de fortes chuvas; no inverno, as frentes frias são geralmente seguidas de massas de ar vindas da Linha do Equador e que trazem um vento quente.
Vegetação
Sobressaem matas de terra firme, várzea e igapós. Toda essa vegetação faz parte da extensa e maior floresta tropical úmida do mundo: a Hileia Amazônica. Os solos são de terra firme - do tipo lateríticos: solos vermelhos das zonas úmidas e quentes, cujos elementos químicos principais são hidróxido de alumínio e ferro, propícios à formação de bauxita e, portanto, pobres para agricultura. Solos de várzea são os mais férteis da região. São solos jovens, que periodicamente são enriquecidos de material orgânico e inorgânico, depositados durante a cheia dos rios. A flora do estado apresenta uma grande variedade de vegetais medicinais, dos quais se destacam andiroba, copaíba e aroeira. São inúmeras as frutas regionais e entre as mais consumidas e comercializadas estão: guaraná, açaí, cupuaçu, castanha-do-brasil (castanha-do-pará), camu-camu, pupunha, tucumã, buriti e taperebá.
O Amazonas tem 98% da sua área florestal intacta, pois sua vocação econômica foi desviada para outras atividades a partir da reorganização e ampliação da Zona Franca de Manaus em 1967. Os governos têm procurado incentivar o chamado desenvolvimento sustentável, voltando-se para a preservação do legado ecológico. Existe um esforço para manter os projetos agropecuários dentro dos limites da preservação ambiental, enquanto que a valorização do manejo da floresta como fonte de renda contribuiu para que o Amazonas enfrentasse o desafio de reduzir o desmatamento em 21% em 2003, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE.
Hidrografia
O Amazonas é banhado pela bacia hidrográfica Amazônica. Os principais rios são: rio Negro (que banha a cidade de Manaus), rio Amazonas, rio Solimões, rio Madeira, rio Juruá, rio Purus, Içá, Uaupés e Japurá todos integrantes da bacia hidrográfica.
No estado encontram-se os dois maiores arquipélagos fluviais do mundo em quantidade de ilhas, Mariuá, com 1200, e Anavilhanas,[16] com 400, situados no rio Negro.
O rio Amazonas está entre os 14 finalistas de uma votação global feita pela internet que pretende eleger as sete maravilhas naturais do mundo. No Brasil, além do rio Amazonas, concorrem também as Cataratas do Iguaçu.[17]
- Encontro das águas
A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água barrenta, resulta em um fenômeno popularmente conhecido como Encontro das Águas, que é uma das principais atrações turísticas das cidades de Manaus e Parintins.
Há dezenas de agências de turismo que oferecem passeios regionais, em roteiros que costumam incluir uma volta pelos igarapés da região. Se o passeio for feito em um barco pequeno, o visitante pode pôr a mão na água, durante as travessias, e sentir que, além de cores, os rios têm temperaturas diferentes.
Em Manaus, em frente ao Encontro das Águas, está em construção uma estrutura turística projetada por Oscar Niemeyer, que contém mirantes destinados à contemplação desse magnífico fenômeno natural.
Ecologia
O Amazonas possui uma grande Reserva Biológica inundada, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.[18]
A vasta fauna possui felinos, como as onças, grandes roedores, como as capivaras, aves, quelônios, répteis e primatas. O maior desses animais é a anta e todos constituem fonte de alimento para as populações rurais. Alguns encontram-se ameaçados de extinção e são protegidos por órgãos especiais dos governos.
Das milhares de espécies de peixes da Amazônia, com algumas ainda desconhecidas ou sob estudo, as mais exploradas são: tambaqui, jaraqui, curimatã, pacu, tucunaré, pescada, dourado, surubim, sardinha e pirarucu (bacalhau da Amazônia).
Parques nacionais
- Parque Nacional da Amazônia - Criado pelo decreto 73.683 (19 de fevereiro de 1974), com 994.000 ha. Localiza-se dentro dos estados do Amazonas e Pará.
- Parque nacional do Jaú - Criado pelo decreto 85.200 (24 de setembro de 1980), com 2.272.000 ha. Localiza-se em Novo Airão.
- Parque Nacional do Pico da Neblina - Criado pelo decreto 83.550 (5 de junho de 1979), com 2.200.000 ha. Localiza-se em São Gabriel da Cachoeira e abriga o ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina, com 3.014 m.
Parques estaduais
- Parque Estadual Serra do Aracá - Criado em 1990, pelo Decreto 12.836, de 9 de março. Fica em Barcelos, ocupando uma área de 1.818.700 ha (18.187 km²), ou 15 % dos 122.475,728 km² de área do município.
- Parque Estadual Nhamundá - Criado pelo Decreto 12.836, de 9 de março de 1990. Possui uma área de 195.900 hectares.
- Parque Estadual Rio Negro Setor Norte - Possui uma área de 178.620 ha. Foi estabelecido pelo Decreto 16.497, de 2 de abril de 1995. O parque engloba 5 % da área do município de Novo Airão, que é de 37.771,246 km².
- Parque Estadual Rio Negro Setor Sul - Fica dentro dos municípios de Manaus e Novo Airão. O Decreto 16.497, de 2 de abril de 1995, estabeleceu a criação do parque. Ocupa uma área de 257.422 ha, ou cerca de 5 % da área destes municípios (11.401,058 km² e 37.771,246 km²).
- Parque Estadual Samaúma - É o menor parque estadual no estado, com 51 hectares, criado em 2003 e localiza-se em Manaus, no bairro Cidade Nova.
- Parque Estadual Sucunduri - Com 808.312,179 hectares, criado em 2005, em Apuí.
- Parque Estadual Cuieiras - Possui 55.800 hectares.
- Parque Estadual Guariba - Com 72.296,331 hectares, criado em 2005, em Manicoré.
Demografia
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Segundo estimativas do IBGE, em 2008 o estado do Amazonas possuía 3.341.096 habitantes[21] e uma densidade populacional de 2,05 hab./Km². Essa população representa 1,8% da população brasileira.
As cidades-polo são: Benjamin Constant, Tefé, Lábrea, Eirunepé, Manicoré, Barcelos, Manacapuru, Itacoatiara, e Parintins, além da capital Manaus.[22].
O estado alcançou um grandíssimo crescimento populacional no início do século XX, devido ao período da áurea da borracha, e após a instalação do Polo Industrial de Manaus, na década de 1960. O estado ainda mantém taxas populacionais superiores à média nacional. Na década de 1950 o estado teve um crescimento populacional de 3,6% ao ano, enquanto o Brasil manteve um crescimento de 3,2%. No período compreendido entre os anos de 1991 e 2000, o Amazonas cresceu 2,7% ao ano enquanto a média nacional manteve-se em 1,6%. Para 2010, a estimativa é de 3.473.856 habitantes.
De acordo com o censo de 2000, dos 3,3 milhões de habitantes do estado 78,4% vivem em cidades, enquanto 17,3% da população vivem no campo. A composição da população amazonense por sexo mostra que para cada 100 mulheres residentes no estado existem 96 homens; esse pequeno desequilíbrio entre os dois sexos ocorre porque as mulheres possuem uma expectativa de vida oito anos mais elevada que a dos homens. Porém, o fluxo migratório para o estado é de maioria masculina.
A capital, Manaus, é a maior cidade da Região Norte, com cerca de 1,7 milhão de habitantes,[21] seguida por Belém com 1,4 milhão de habitantes. Manaus, uma das que mais recebem migrantes no Brasil, cresce desordenadamente com muitas áreas ocupadas de forma ilegal por invasões.
O Amazonas é o segundo maior colégio eleitoral do norte brasileiro, com 2.030.549 eleitores [23], segundo o Tribunal Superior Eleitoral.
Amazonas (Estimativa de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)[24] | Municípios mais populosos do |||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Manaus Parintins | |||||||||||
Posição | Localidade | Região intermediária | Pop. | Posição | Localidade | Região intermediária | Pop. | ||||
1 | Manaus | Manaus | 2 182 763 | 11 | Iranduba | Manaus | 48 296 | ||||
2 | Parintins | Parintins | 114 273 | 12 | Lábrea | Lábrea | 46 069 | ||||
3 | Itacoatiara | Parintins | 101 337 | 13 | São Gabriel da Cachoeira | Manaus | 45 564 | ||||
4 | Manacapuru | Manaus | 97 377 | 14 | Benjamin Constant | Tefé | 42 984 | ||||
5 | Coari | Manaus | 85 097 | 15 | Borba | Manaus | 41 161 | ||||
6 | Tabatinga | Tefé | 65 844 | 16 | Autazes | Manaus | 39 565 | ||||
7 | Maués | Parintins | 63 905 | 17 | São Paulo de Olivença | Tefé | 39 299 | ||||
8 | Tefé | Tefé | 59 849 | 18 | Careiro | Manaus | 37 869 | ||||
9 | Manicoré | Lábrea | 55 751 | 19 | Nova Olinda do Norte | Manaus | 37 378 | ||||
10 | Humaitá | Lábrea | 55 080 | 20 | Presidente Figueiredo | Manaus | 36 279 |
Ano | Habitantes[21] |
---|---|
1872 | 57.610 |
1890 | 147.915 |
1900 | 249.756 |
1920 | 363.166 |
1940 | 438.008 |
1950 | 514.099 |
1960 | 708.459 |
1970 | 955.235 |
1980 | 1.430.089 |
1991 | 2.103.243 |
1996 | 2.389.279 |
2000 | 2.813.085 |
2006 | 3.311.026 |
2007 | 3.221.940 |
2008 | 3.341.096 |
2009 | 3.393.369 |
2010 | 3.480.937 |
Etnias
A forte imigração no final do século XIX e início do século XX trouxe ao estado pessoas de todas as partes do mundo. Dos mais de cinco milhões de imigrantes que desembarcaram no Brasil, alguns milhares se fixaram no estado do Amazonas.
A população descende principalmente de imigrantes europeus (sobretudo portugueses, italianos e espanhóis). Também há comunidades de povos do Oriente Médio (árabes e judeus) e Ásia Oriental (japoneses), além de uma pequena comunidade de afrodescendente.
Muitas pessoas de outros estados brasileiros também migram para o Amazonas em busca de trabalho ou melhores condições de vida. Em sua maior parte são pessoas oriundas do Nordeste, nas cidades do interior, e migrantes vindos de São Paulo e do Sul, na região metropolitana.
Cor/Raça | Porc. (%)[25] |
---|---|
Parda | 70.3% |
Branca | 21.0% |
Preta | 4.3% |
Amarela ou indígena | 4.2% |
Indígenas
Segundo dados apresentados pela Funai o Amazonas possui cerca de 103.066 indígenas, divididos em 65 etnias, que correspondem a 4,0% da população total do estado. O município amazonense que possui o maior número de indígenas é São Gabriel da Cachoeira, onde existem 23 mil índios, e é onde encontramos o segundo idioma mais falado no Brasil, o dos Tucanos.
Pardos
No estado do Amazonas os pardos são numerosos, constituindo 70% da população. O mais característico é o caboclo. Inicialmente nascido da mestiçagem entre indígenas e europeus, a partir do século XIX, também miscigenou-se com nordestinos. Os imigrantes sulistas, predominantemente brancos, que chegaram ao estado no final do século XX, têm sido também mestiçados com a população cabocla. O Dia do Mestiço (27 de junho)[26] e o Dia do Caboclo (24 de junho) são datas oficiais no estado.[27]
Afrodescendentes
Segundo dados do Censo 2000 do IBGE,[28] (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 70,3% dos amazonenses se declararam pardos, 21% brancos, 4,3% negros e apenas 4,2% se avaliaram amarelos ou indígenas. Os afrodescendentes no estado vivem em sua maioria em Manaus.
Imigrantes
- Portugueses
Os portugueses e seus descendentes formam os principais colonizadores do Amazonas, por serem os únicos que não sofrem restrições numéricas de entrada no Brasil. Aos portugueses, a população deve a nossa língua, a religião, a base de nossa organização política, a cultura e a base de nossas instituições jurídicas. Estão presentes em todo o Amazonas.
- Espanhóis
No estado do Amazonas, além de se concentrarem na região de Manaus e de Presidente Figueiredo, descendentes de espanhóis são encontrados na fronteira com a Colômbia e a Venezuela, principalmente na região de Tabatinga.
- Árabes e judeus
A formação da comunidade árabe e judaica nesta região começou impulsionada pela pobreza e perseguição sofrida pelos judeus e árabes no Marrocos e Oriente Médio. Devido a uma confluência de condições políticas que facilitaram suas saídas para o Brasil, muitos imigraram rumo ao Amazonas, em busca de riquezas e liberdade religiosa. Durante cem anos, de 1810 a 1910, esses imigrantes espalharam-se por diversas cidades da Amazônia, principalmente Belém e Manaus. Ajudaram e participaram da construção da história da região, marcada na época pelo ciclo da borracha. Cerca de 280 mil pessoas possuem origens árabes ou judaicas no estado.[29]
- Japoneses
Os japoneses começaram a se instalar no Amazonas a partir de 1923. Com o fim do ciclo da borracha, eram necessárias uma nova técnica de cultivo e a introdução de produtos agrícolas que se estabelecessem como fonte para o desenvolvimento econômico do estado. Assim, o Governo do Amazonas na época cedeu 1,030 milhão de hectares a serem divididas entre os imigrantes japoneses que desejassem fazer cultivo do solo.[30]
Chegaram ao Amazonas os primeiros imigrantes, dirigindo-se a cidades como Maués, Parintins, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Novo Airão e Manaus. Maués era então a cidade com o maior fluxo de imigração japonesa e onde eles iniciaram o cultivo do guaraná, porém, em 1941, houve uma epidemia de malária matando várias famílias. Outras famílias imigraram para Parintins, onde dividiram vários hectares de terra com os "koutakusseis", jovens europeus estudantes de agronomia, provenientes de famílias de classe alta que imigraram para o Amazonas no intuito de se fixarem para sempre.
Estima-se que existam no Amazonas 160.000 descendentes e imigrantes japoneses.[31]
- Chineses
Os chineses, em menor número, concentraram-se mais nas cidades e têm chegado principalmente de Taiwan. Atualmente é difícil encontrar chineses "puros" no Amazonas. A maioria deles já miscigenou-se com brancos, negros e indígenas e tornaram-se mestiços brasileiros.
- Africanos
A imigração africana na Região Norte do Brasil foi praticamente inexistente. Alguns milhares de escravos africanos foram levados ao Amazonas, muitos eram mulatos miscigenados nos diversos estados por onde passavam.
Migrantes
- Nordestinos
Os nordestinos têm sido, desde o século XIX, o mais numeroso grupo de migrantes nacionais para o Amazonas. Foram decisivos na economia (borracha, juta e comércio) e na constituição da identidade amazonense, mestiçando-se com a população local, além de fundamentais na participação do Amazonas na conquista do Acre. O boi-bumbá é uma marca da influência nordestina no folclore do estado.
Os maranhenses e paraenses são a maioria dos migrantes que vão para o Amazonas em busca de emprego.[32]
- Sulistas
Os sulistas estabeleceram-se principalmente em Manaus e na região Sul do estado. Os gaúchos residentes no estado são em sua maioria moradores da Região Metropolitana de Manaus. No sul do estado, também vive um grande número de migrantes gaúchos e paranaenses. Em Apuí, encontram-se fortes traços culturais gaúchos, que para lá migraram na década de 1990 e ainda migram nos dias de hoje. A ocupação do estado por sulistas foi grande, da mesma forma que a migração para os estados de Mato Grosso e Rondônia.
Religião
Tal qual a variedade cultural verificável no Amazonas, são diversas as manifestações religiosas presentes no estado. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração - e ainda hoje a maioria dos amazonenses se declara católica -, é possível encontrar atualmente no estado dezenas de denominações protestantes diferentes, assim como a prática do judaísmo, islamismo, espiritismo (o espiritismo tem tido grande avanço em número de adeptos nos últimos anos), entre outras. Nos últimos anos, o budismo, o mormonismo e as religiões orientais tem crescido bastante no Amazonas. Estima-se que se encontram mais de mil seguidores budistas, seichonoitas e hinduístas pelo território. Também é visível que o estado possua uma enorme quantidade de evangélicos e cristãos.
Protestantes
A predominância do catolicismo romano tende a decrescer quando se leva em conta a recente ascensão do protestantismo.
O estado possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Igreja Presbiteriana, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil Para Cristo,Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja Assembleia de Deus, Igreja de Deus Pentecostal do Brasil, Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Metodista, Igreja Adventista do Sétimo Dia, Igreja Episcopal Anglicana e o Ministério Internacional da Restauração.
Além dessas, grande parte declara-se seguidores de outras religiões, tais como: os santos dos Últimos Dias ou mórmons; as testemunhas de Jeová; os messiânicos; os judeus; os esotéricos; os muçulmanos e os espiritualistas. Há um considerável avanço dessas religiões. Em Manaus, está sendo construído o sexto templo mórmon no Brasil.[33]
Economia
|
Em 2007, posicionou-se como a 15ª unidade mais rica do Brasil em PIB, com 42, 023 bilhões de reais. Atualmente, o Amazonas lidera o crescimento e a alta industrial no Brasil[34]
A economia baseia-se na indústria, no extrativismo, inclusive de petróleo e gás natural, mineração e pesca. Com relação ao extrativismo, grande impulso na vida econômica e na colonização da região amazônica foi dado com a exploração do látex, durante o ciclo da borracha.
Na atualidade, através do calendário de feiras nacionais e internacionais da Amazônia, sob a sigla - FIAM - na Suframa, atrai diferentes investidores, brasileiros e de outras nacionalidades, a investir nos diferentes polos tecnológicos existentes na região e, principalmente, no Pólo Industrial de Manaus (PIM), em franco desenvolvimento, e os estrangeiros podem conhecer grandes oportunidades de negócios que o potencial econômico da Amazônia proporciona e é capaz de oferecer, como sua infra-estrutura, mão-de-obra qualificada e várias outras vantagens competitivas.
Pesquisa promovida pela Federação da Indústria de São Paulo (Fiesp) e publicada no jornal Folha de São Paulo, revela que o Amazonas é o segundo melhor lugar do Brasil para a instalação de um novo empreendimento. De acordo com a pesquisa, o estado só fica atrás do Distrito Federal no ranking geral de melhor ambiente para negócios e desponta na frente de estados como Minas Gerais (3º), Rio Grande do Sul (6º), Rio de Janeiro (8º), Santa Catarina (9º) e São Paulo (10º) .[35]
Foi e estado que mais cresceu econômicamente no primeiro trimestre de 2010.[36].
Anos | PIB (em reais) |
PIB per capita (em reais) |
---|---|---|
2002 | 21.791.162 | 7.253 |
2003 | 24.977.170 | 8.100 |
2004 | 30.313.735 | 9.658 |
2005 | 33.359.086 | 10.320 |
2006 | 39.766.086 | 11.829 |
2007 | 42.023.218 | 13.043 |
As feiras promovem o potencial econômico da região, inclusive produtos industrializados de ponta e regionais, feitos com base em matérias-primas locais, assim como atrativos turísticos, visando ao desenvolvimento sustentável, estimulando o intercâmbio comercial, cultural, científico e tecnológico.
PIB dos municípios
Esta lista se refere aos 7 municípios do estado do Amazonas com PIB superior a R$ 300 milhões de reais. Os valores referem-se ao ano de 2007, segundo o IBGE,[37] e os dados demográficos, a 2010.
Posição | Cidade | PIB em reais | População | Base da economia |
---|---|---|---|---|
1 | Manaus | 34.403.671 | 1.802.525 | Indústria, comércio e turismo |
2 | Coari | 1.114.177 | 75.909 | Indústria farmoquímica, petróleo e gás natural |
3 | Itacoatiara | 610.608 | 86.840 | Indústria, comércio, prestação de serviços, turismo e agropecuária |
4 | Manacapuru | 378.165 | 85.144 | Agropecuária, comércio e prestação de serviços |
5 | Parintins | 358.968 | 102.066 | Agropecuária, turismo e indústria |
6 | Tefé | 319.494 | 61.399 | Indústrias. |
7 | Presidente Figueiredo | 317.023 | 27.121 | Prestação de serviços e turismo. |
Manaus é o sexto município com maior PIB no Brasil.[37]
Turismo
O Amazonas recebeu o prêmio de melhor destino verde da América Latina, prêmio este concedido em votação feita pelo mercado mundial de turismo, durante a World Travel Market, ocorrido em Londres em 2009.[39] Em 2010, em uma pesquisa feita entre os turistas, o turismo foi avaliado como satisfatório, com 92,4% entre os turistas nacionais e 94% entre os turistas estrangeiros.[40]
A capital do estado, Manaus é o maior destino de turistas da Amazônia, oferecendo uma ampla rede hoteleira, assim como restaurantes variados.[7] Conta também com diversos hotéis de selva em sua região metropolitana.[7] Um dos principais pontos turísticos da cidade é o Teatro Amazonas, inaugurado em 31 de dezembro de 1896, sendo o principal Patrimônio Artístico Cultural do estado do Amazonas e a obra mais significativa da época áurea da borracha.[41]
Transportes
No Amazonas, os rios são as estradas e as enormes distâncias são medidas em horas ou em dias de viagem de barco.
Aeroportos
Todos os municípios possuem pistas para operações de aeronaves, sendo que a maioria é servida por aeroportos, havendo em Manaus e Tabatinga os únicos aeroportos internacionais no Amazonas.Existem também aeroportos regionais, que servem para servir mais de um municípios, estes são ao todo são os de :Coari, Eirunepé, Lábrea, Tefé e o de Parintins.
Manaus conta com o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, nos moldes dos construídos na década de 1980. É o segundo maior aeroporto da região Norte e o terceiro em movimentação de cargas do Brasil (atrás apenas de Guarulhos e Viracopos).[42]
Rodovias
- BR-230: Lábrea - Cabedelo, PB (Rodovia Transamazônica)
- BR-319: Manaus - Porto Velho
- BR-317: Boca do Acre - Oceano Pacífico[43]
- AM-010: Manaus - Itacoatiara
- AM-070: Iranduba - Manacapuru
- AM-254: Manaus - Autazes
- AM-258: Manaus - Novo Airão
Política
|
A história da política no Amazonas confunde-se, muitas vezes, com a política do país, uma vez que o estado pertenceu ao Grão-Pará e a região onde se encontra o Amazonas foi anexada ao Brasil logo após a independência.
Contando sempre com expoentes no cenário político nacional, o Amazonas conta com a menor representatividade comparando aos demais estados da Federação.[carece de fontes]
Durante o regime militar, o estado ganhou um grandíssimo avanço populacional e econômico, principalmente após a instalação da Zona Franca de Manaus.
Poder Executivo
O poder executivo é exercido pelo governador OmarJosé Abdel Aziz, no cargo desde 1 de abril de 2010 sucedendo a Eduardo Braga, de quem era vice-governador, que renunciou, conforme determina a legislação eleitoral brasileira, para concorrer em 3 de outubro a uma vaga no senado. O Palácio do Governo, situado no bairro da Compensa, é a sede do governo.
Poder Legislativo
O poder legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, constituída pelos representantes do povo (deputados estaduais) eleitos em votação direta para o mandato de quatro anos. A Assembleia Legislativa do Amazonas possui vinte e quatro deputados estaduais.
Assembleia Legislativa
Cabe à Assembleia Legislativa, com a sanção (aprovação) do governador do estado, dispor sobre todas as matérias de competência do estado e especificamente sobre:
- Tributos, arrecadação e distribuição de rendas;
- Planos e programas estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
- Criação, transformação, extinção de cargos, empregos e funções públicas na administração direta, autárquica e fundacional e fixação da renumeração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
- Organização judiciária do Ministério Público, da Procuradoria-Geral do Estado, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas, da Polícia Militar, da Polícia Civil e demais órgãos da administração pública;
- Normas suplementares de direito urbanístico, bem como de planejamento e execução de políticas urbanas.
Tribunal de Contas
O Tribunal de Contas, através de seus Conselheiros, auxilia a Assembleia Legislativa na apreciação das contas prestadas anualmente pelo governador do estado, no julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis (fundações, empresas etc.) por dinheiro, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público estadual, e as contas que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. Havia, ainda, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que auxiliava as Câmaras municipais na apreciação das contas dos respectivos executivos. Com a extinção do TCM há alguns anos, o Tribunal de Contas do Estado passou a exercer também a sua função.
Poder Judiciário
O Tribunal de Justiça possui sede na capital, em um novo prédio chamado "Arnoldo Campelo Carpinteiro Péres", localizado na Avenida André Araújo, substituindo assim a antiga sede, que se localizava em um prédio histórico denominado Palácio da Justiça, situado na Avenida Eduardo Ribeiro, no Centro Histórico de Manaus. O prédio da antiga sede hoje abriga o "Centro Cultural do Palácio da Justiça".
Por sua vez, a Justiça do Trabalho está ligada a 11ª região, que compreende todo o estado do Amazonas e também o Estado de Roraima, e possui sede na capital amazonense.
A Justiça Federal está vinculada à primeira região com sede em Brasília.
Governadores recentes
- Omar Aziz (2010- ) - PMN
- Eduardo Braga (2003- 2010) - PMDB
- Amazonino Mendes (1995-2003) - PFL (Atual DEM)
- Gilberto Mestrinho (1991-1995) - PMDB
- Vivaldo Barros Frota (1991) - (sem partido)
- Amazonino Mendes (1987-1990) - PFL (Atual DEM)
- Gilberto Mestrinho (1983-1987) - PMDB
- Paulo Pinto Néri (1983) - (sem partido)
- José Bernardino Lindoso (1979-1982)
Subdivisões
O Amazonas possui em sua divisão política sessenta e dois municípios, agrupados geograficamente pelo IBGE em seis mesorregiões e treze microrregiões. O Governo do Amazonas divide o estado economicamente em seis regiões: Região Metropolitana de Manaus, Baixo Amazonas, Alto Solimões, Alto Rio Negro, Calha do Juruá e Purus.Os municípios,são os seguintes:
Os municípios do Amazonas são as subdivisões oficiais do estado brasileiro do Amazonas, localizado na região Norte do país. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o estado possui 62 municípios, desde a última alteração feita em 1988, criando o município de Alvarães.[44] O Amazonas é a segunda unidade federativa mais populosa da região Norte, com seus 3,4 milhões de habitantes, sendo superado pelo Pará.[6] No entanto, apenas duas de suas cidades possuem acima de 100 mil habitantes: Manaus, a capital, e Parintins.[7][2] O estado é oficialmente subdividido ainda em 13 microrregiões, além de 6 mesorregiões.[8] Faz fronteiras com o Pará (Leste); Rondônia e Mato Grosso (Sul); Acre (Sudoeste); Roraima (Norte); além da Venezuela, Colômbia e Peru. [45]
Possui uma área de 1.570.745 km², sendo a mais extensa do país.[46] Se constitui na 9ª maior subdivisão mundial – é maior que as áreas somadas de França (547.030,0 km²), Espanha (504.782,0 km²), Suécia (357.021,0 km²) e Grécia (131.940,0 km²); seria o 18º maior país do mundo em área territorial, pouco maior que a Mongólia, com seus 1,564,116 km²; é maior que a área da região Nordeste brasileira, com seus nove estados; e equivale a 2,25 vezes a área do Texas (696.200,0 km²), segundo maior estado americano. O município com a maior área é Barcelos, localizado na mesorregião do Norte Amazonense e microrregião de Rio Negro, com 122.476 km² de extensão[47] sendo o segundo maior município brasileiro em área geográfica, atrás apenas de Altamira (PA).[47] O menor é Iranduba, com 2.215 km², localizado na mesorregião do Centro Amazonense e microrregião de Manaus.[48] Grande parte dos municípios do Amazonas possuem grandes àreas territoriais. Em média, um município do estado possui 22.050 km² de área territorial, o equivalente a àrea do estado de Sergipe.[49]
Em São Gabriel da Cachoeira, município no norte do estado e no extremo norte do país, localiza-se o Pico da Neblina com 3.014 metros de altitude, o ponto mais elevado do Brasil, situado na fronteira brasileira com a Venezuela. Ainda neste município está situado o Pico 31 de Março, o segundo ponto mais elevado do território federal com 2.992 metros de altitude. São Gabriel da Cachoeira também é o único município brasileiro a possuir mais de um idioma oficial: Além do português, as línguas tucano, nhengatu e baníua são reconhecidas como idiomas oficiais do município[nota 1] São Gabriel da Cachoeira também se destaca por sua população: 99 % dos habitantes do município são indígenas, representando 9 % da população ameríndia do Brasil.[50]
Cultura e sociedade
Artes
O Teatro Amazonas, mandado construir pelo governador Eduardo Ribeiro, cafuzo natural do Maranhão, é um perfeito exemplo da opulência existente no apogeu do ciclo da borracha. Manaus e Parintins possuem fortes traços da imigração japonesa em sua cultura. O Festival Folclórico de Parintins também é um destaque na cultura amazonense, sendo uma grandiosa referência nacional.
Artesanato
O artesanato do Amazonas é variado e de destaque, com muita influência da cultura indígena. Em geral usam-se elementos da floresta como contas, sementes e cipós. Atualmente o artesanato da região vem se aprimorando com vários elementos da floresta sendo incorporados a jóias, as chamadas biojóias.
Educação
Ano | Português | Redação |
---|---|---|
2006[51] Média |
30,85 (26º) 36,90 |
49,73 (18º) 52,08 |
2007[52] Média |
42,87 (26º) 51,52 |
54,09 (20º) 55,99 |
2008[53] Média |
34,56 (27º) 41,69 |
58,50 (14º) 59,35 |
O Amazonas possui várias instituições educacionais, sendo as mais renomadas delas localizadas principalmente na Região Metropolitana de Manaus e em outras cidades de médio porte. A educação do Amazonas é considerada a quarta melhor do país, comparado à dos demais estados brasileiros. Na lista de estados brasileiros por IDH em educação, com dados de 2005, o Amazonas aparece em quarto lugar, com 0,925 de índice, um aumento de mais de 14% em relação à 2000, quando o estado atingia 0,813. É superado apenas por Distrito Federal (0,962), Rio de Janeiro (0,945) e Santa Catarina (0,934). Em relação ao analfabetismo, na lista de estados brasileiros por taxa de alfabetismo, o Amazonas aparece em nono lugar, com 7,0% de sua população analfabeta[54]. O estado superou-se significativamente nesse ranking na última década. Em 2001, aparecia em décimo quinto lugar, com 15,5% de sua população analfabeta.[55]
A Escola Estadual José Bernardino Lindoso é a maior escola do estado.[carece de fontes]
Ensino superior
O estado do Amazonas conta, entre outras, com as seguintes entidades de ensino superior:
- Públicas
- Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
- Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
- Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas
- Privadas
- Centro Universitário do Norte (Uninorte)
- Universidade Paulista (UNIP)
- Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO)
- Centro Integrado de Ensino Superior do Amazonas (CIESA)
- Uni Nilton Lins
- Faculdades Salesianas Dom Bosco
- Faculdades La Salle
- Faculdades Marta Falcão
- [Escola Superior Batista do Amazonas (ESBAM)
- ULBRA
Centro de Ensino Superior Fucapi (CESF)
- Faculdade de Odontologia de Manaus (FOM-CEPEGRAM )
- Faculdade Tahirí
- Faculdades Boas Novas
- Faculdade CIEC-IAES
- Faculdade UNIMATERDEI
- Faculdades Literatus
- Fundação Getúlio Vargas (ISAE - FGV)
- IDAAM - GAMA FILHO
- Faculdade Batista Ida Nelson (FABIN)
Culinária
Tem sua base na mandioca, influência indígena que trouxe as técnicas de plantio e cultivo.
A mandioca acaba transformando-se em farinha-d'água, beijus, pirões e mingaus.
Outros pratos típicos amazonenses são:
- pato no tucupi
- tacacá
- peixe moqueado
- pirarucu de sol
- açaí
- piquiá
- pupunha
- Calderada de Tambaqui
- Matrinxã na Brasa
Frutas
O Amazonas apresenta mais de uma centena de espécies comestíveis, as denominadas frutas regionais, e em muitas vezes apresentando um exótico sabor para as suas sobremesas. É no Amazonas que se encontra a maior diversidade de frutas do mundo.[carece de fontes] O Araçá-boi, fruta nativa do Amazonas e da Amazônia Legal, tornou-se bastante apreciada pelo mercado internacional, servindo para se transformar em um alimento probiótico chamado de Streptococcus salivares subsp. Thermophilus e Lactobacillus delbrueckii subsp. Bulgaricus.[56]
A seguir, algumas das frutas nativas:
Centros urbanos
Cidades mais populosas (Censo 2010) | |
---|---|
Manaus | 1.802.525 |
Parintins | 102.066 |
Itacoatiara | 86.840 |
Manacapuru | 85.144 |
Coari | 75.909 |
Tefé | 61.399 |
Tabatinga | 52.279 |
Maués | 51.847 |
Manicoré | 47.011 |
Humaitá | 44.116 |
- Parintins, o município mais populoso do interior do Amazonas e muito conhecido internacional por sediar o Festival Folclórico de Parintins, além de ser uma cidade turística.
- Itacoatiara, maior pólo industrial madeireiro do Norte, brasileiro e terceiro município mais populoso do Amazonas. Localiza-se na Região Metropolitana de Manaus
- Manacapuru, quarta cidade mais populosa do Amazonas; localiza-se na Região Metropolitana de Manaus.
- Coari, maior centro petrolífero do estado, famosa por suas festas populares caboclas e por ser uma das cidades de maior economia na Amazônia.
- Maués, importante centro turístico do Amazonas por suas belas praias naturais e maior exportador e produtor de guaraná do Brasil.
- Autazes, maior cidade produtora de leite e queijo no estado.
- Tabatinga, maior centro do Alto Solimões e fronteira com a Colômbia.
- Eirunepé, maior cidade produtora de açúcar no Amazonas
- Presidente Figueiredo, segunda maior cidade turística do Amazonas, famosa por suas cachoeiras e igarapés naturais que cortam a cidade.
Problemas atuais
Os problemas que atualmente assolam o Amazonas estão interligados. Em primeiro lugar, grande parte da população não teve acesso à educação básica, que lhe permitisse ingressar no mercado de trabalho ou desenvolver adequadamente seus negócios próprios. O pouco esclarecimento dos chefes de família, a falta de recursos financeiros e a não organização do estado para dar educação a todos fizaram que grande contingente da população não alcançasse o nível de educação desejado.
Esse contingente populacional se obrigou a buscar trabalho mal remunerado, muitas vezes trabalhos como autônomos, o que não dá garantias trabalhistas nem previdenciais e sociais.
Também há o abandono da infraestrutura de estradas que interligariam o estado ao restante do país, como por exemplo, a BR-319. Na capital, Manaus, vários bairros surgiram de invasões de terra causadas por famílias sem moradia e a cidade cresceu, em grande parte, desordenadamente, principalmente nas regiões leste e norte da cidade, agravando os problemas pela concentração da pobreza em bairros de posseiros, onde grassam os problemas com alcoolismo, criminalidade e consumo de tóxicos.
Cabe ao estado reinvestir de forma adequada os recursos provenientes dos tributos, reduzindo a distância entre ricos e pobres. Oferecendo boas condições de educação, saúde e habitação aos menos favorecidos, corrige-se aos poucos a injustiça que ocorre com a predominância de poucos detentores do capital sobre muitos que pouco têm.
Para corrigir os problemas oriundos da pobreza o Estado tem que intervir, fazendo chegar aos menos favorecidos os insumos do desenvolvimento, que são a educação básica e o acesso ao ensino superior gratuito.
Ver também
- História do Amazonas
- Lista de governadores do Amazonas
- Lista de municípios do Amazonas
- Lista de municípios do Amazonas por população
- Lista de municípios do Amazonas por mortalidade infantil
- Lista de municípios do Amazonas por PIB
- Lista de municípios do Amazonas por IDH
- Lista das maiores áreas urbanas do Amazonas
Ligações externas
Notas
- ↑ A língua oficial da República Federativa do Brasil é o português (Art. 13 da Constituição da República Federativa do Brasil). É ainda reconhecida e protegida oficialmente e a linguagem brasileira de sinais (lei n° 10.436 de 24 de abril de 2002). Além disso, as línguas tucano, nhengatu e baniua são reconhecidas oficialmente no município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.
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