Agir (Brasil): diferenças entre revisões
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Elegeu o primeiro presidente via eleições diretas após a [[redemocratização]] do país, [[Fernando Collor|Fernando Collor de Mello]], que sofreu [[Impeachment de Fernando Collor|em 1992 um processo de ''impeachment'']]. Em fevereiro de 2022 possuía 194.242 filiados.<ref name="Filiados" /> |
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== História == |
== História == |
Revisão das 20h12min de 13 de maio de 2022
Agir | |
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Número eleitoral | 36[1] |
Presidente | Daniel Tourinho[1] |
Fundação | 11 de julho de 1985[2] |
Registro | 22 de fevereiro de 1990 (34 anos)[1] |
Sede | Brasília, DF |
Think tank | Instituto de Estudos Políticos São Paulo |
Membros (2022) | 194.242 filiados[3] |
Governadores (2022)[4] | 0 / 27 |
Prefeitos (2020)[5] | 1 / 5 568 |
Senadores (2022)[6] | 0 / 81 |
Deputados federais (2022)[7] | 0 / 513 |
Deputados estaduais (2018) | 12 / 1 024 |
Vereadores (2020)[8] | 220 / 56 810 |
Cores | Azul |
Slogan | "É Tempo de Agir!" |
Página oficial | |
www | |
Política do Brasil |
O Agir é um partido político brasileiro fundado em 1985 e registrado definitivamente em 1990.[1]
Foi criado como Partido da Juventude (PJ), sendo renomeado em 1989 como Partido da Reconstrução Nacional (PRN). No ano 2000 mudou novamente e passou a se chamar Partido Trabalhista Cristão (PTC), já em 2021 anunciou uma nova mudança, passando a se chamar Agir; o Tribunal Superior Eleitoral validou a mudança em março de 2022.[9][10]
Elegeu o primeiro presidente via eleições diretas após a redemocratização do país, Fernando Collor de Mello, que sofreu em 1992 um processo de impeachment. Em fevereiro de 2022 possuía 194.242 filiados.[3]
História
Partido da Juventude (1985–1989)
O Partido da Juventude (PJ) foi um partido político brasileiro que deu origem ao Partido Trabalhista Cristão. Seu código eleitoral foi o 20, atualmente usado pelo PSC. Seu primeiro presidente nacional foi Daniel Tourinho,[11][12] ex-integrante do Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Em 1986, o partido se coligou com candidatos do PDS, PDT e PMDB (João Castelo no Maranhão, Darcy Ribeiro no Rio de Janeiro, Fernando Collor em Alagoas, e vários).
Partido da Reconstrução Nacional (1989–2000)
Em 1989, com a entrada de dissidentes do PDS, PMDB e até do PSDB, o partido foi renomeado para PRN (Partido da Reconstrução Nacional) em 2 de fevereiro de 1989, também com Daniel Tourinho na presidência.
Em 1989, o partido lançou Fernando Collor de Mello como candidato à presidência, que foi eleito no segundo turno com 35.085.457 votos. No Congresso Nacional, o PRN possuía como seus mais destacados líderes o senador Ney Maranhão e o deputado (e futuro senador) Renan Calheiros, líder do governo na Câmara dos Deputados.
Em 1990, o partido levou ao segundo turno cinco dos seus dez candidatos a governador, entretanto o curso da campanha foi adverso aos planos da legenda: em Minas Gerais, Hélio Costa (depois ministro das comunicações do Governo Lula) foi derrotado por Hélio Garcia, no Paraná, José Carlos Martinez (proprietário da Rede OM e futuro presidente do PTB) foi vencido por Roberto Requião e em Rondônia, Valdir Raupp (atualmente senador pelo PMDB) sucumbiu ao avanço de Osvaldo Piana. No Nordeste a derrota atingiu João Castelo e Renan Calheiros. Nos dois casos, o PRN iniciou a disputa como favorito, todavia o cenário foi paulatinamente revertido: no Maranhão, o apoio de José Sarney permite que Edison Lobão derrote João Castelo e em Alagoas uma dissensão partidária elegeu Geraldo Bulhões (que trocou o PRN pelo PSC no início do ano) em lugar de Renan Calheiros. Encerrada a campanha, Márcia Kubitschek foi eleita vice-governadora do Distrito Federal na chapa de Joaquim Roriz (então no também extinto PTR) e o partido elegeu dois senadores e quarenta deputados federais (metade oriunda do Paraná, São Paulo e Minas Gerais).
Embora nenhum de seus membros tenha sido nomeado para o ministério, o PRN integrou a base parlamentar de Fernando Collor ao lado do PFL e do PDS e elegeu noventa e oito prefeitos em 1992 ante as três conquistadas pelo Partido da Juventude em 1988. Entretanto, as acusações que pairavam sobre o Presidente da República e a posterior abertura do processo de impeachment tiveram um efeito devastador e a legenda faz apenas um deputado federal em 1994. Nas eleições presidenciais daquele ano, o candidato baiano Walter Queiroz foi expulso do partido durante a campanha, logo sendo substituído pelo gaúcho Carlos Antônio Gomes, o qual obteve 387.611 votos. Em 1998, ainda filiado ao partido, Collor tentou disputar a eleição presidencial daquele ano, mas teve sua candidatura negada pelo TSE, uma vez que sua inelegibilidade de 8 anos, depois que sofreu impeachment em 1992, não havia se encerrado.
No ano 2000, as lideranças do PRN deliberaram pela mudança de sigla e surgiu então o Partido Trabalhista Cristão. Porém, nesse período, Collor já não estava no partido, estabelecendo-se à época no PRTB.
Partido Trabalhista Cristão (2000–2021)
Ainda em 2000, o candidato do partido à prefeitura de São Paulo, Ciro Moura, chamou a atenção ao não mostrar o rosto em nenhum programa eleitoral. Nas eleições de 2002, apoia o ex-governador fluminense Anthony Garotinho, então no PSB, à Presidência da República. Em 2002 o mesmo Ciro Moura é lançado candidato para governador de São Paulo com a coligação "Bandeira Paulista" na qual foi formada pelo PTC junto ao PSC - com o ex-governador de São Paulo e o que viria a ser o futuro presidente da CBF José Maria Marin - , PRP e PTdoB (atual Avante).
O PTC costuma abrigar em seus quadros alguns artistas que tentam se candidatar: o cineasta José Mojica Marins, o "Zé do Caixão", tentou candidatar-se a vereador na cidade de São Paulo, sem muito sucesso. Em 2006, o estilista e apresentador de TV Clodovil Hernandes (falecido em 2009, quando já era filiado ao PR) conquistou uma vaga na Câmara dos Deputados, também pelo estado de São Paulo, ao obter uma votação expressiva para o cargo – a terceira maior em todo o país. Com sua morte, em março de 2009, o coronel da Policia Militar Paes de Lira, que houvera recebido pouco mais de seis mil votos, assumiu a vaga. No mesmo ano, Éder Xavier foi o candidato ao governo de São Paulo, tendo recebido votação pouco expressiva.
Nas eleições de 2008, o PTC lança Ciro Moura como candidato a prefeito da cidade de São Paulo. O partido chega a lançar um candidato monarquista, Jean Tamazato, citado pela jornalista Sônia Racy, do Estadão. Além deles, Havanir Nimtz (ex-PRONA), o empresário Oscar Maroni, Osmar "Peroba" Lins (ex-presidente do extinto PAN) e outros quase 60 candidatos compuseram a chapa. Nenhum candidato do PTC conseguiu se eleger.
Em 2010, forma com o PP a coligação "Em Defesa do Cidadão" e apoia a candidatura de Celso Russomanno ao governo de SP, lançando Ciro Moura como candidato ao senado, tendo este ficado em sétimo lugar, com 275.664 votos (0,79% das intenções de voto). Entre os candidatos a deputado federal e estadual, destacou-se o estilista Ronaldo Ésper, que não conseguiu repetir o desempenho de Clodovil Hernandes em 2006, tendo votação pouco expressiva para a Câmara dos Deputados.
Em 2012, o PTC sobe de 13 para 19 prefeitos, com destaque para a vitória em São Luís, com Edivaldo Holanda Junior (na qual pela primeira vez o partido conquista a prefeitura de uma das principais metrópoles do país e capital do estado maranhense). Em 2016, recebe a filiação do ex-presidente e atual Senador pelo estado de Alagoas, Fernando Collor de Mello (hoje filiado ao PROS, após sua desfiliação ao PTB.
Em 2018, o partido desistiu de lançar o ex-presidente Collor para a eleição presidencial apoiando o senador pelo Paraná Álvaro Dias do Podemos. Elegeu 2 deputados federais - Benes Leocádio (atualmente no Republicanos), pelo Rio Grande do Norte e Marina Santos pelo Piauí (atualmente no Soliedariedade), e 12 deputados estaduais, mas perdeu boa parte dos parlamentares, ao não lograr alcançar 1,5% na cláusula de desempenho.
Nas eleições municipais de 2020, o partido elegeu apenas um prefeito, no município de Pratinha (em Minas Gerais),[5] além de 220 vereadores pelo país, tendo um resultado pior que em 2016.[8] Ao ter recebido apenas 0,20% dos votos válidos para prefeitos no primeiro turno, o PTC ficou entre os partidos que podem tender a não atingir os 2,0% de votos válidos para deputados federais em 2022, esbarrando na segunda etapa da cláusula de barreira.[13]
Agir (2022–atualmente)
Em maio de 2021 ocorreu o encontro nacional do partido, durante o qual foram apresentados o novo nome, logomarca e o novo slogan.[14][15] Quase um mês após a reunião, o partido foi acusado de plagiar a logomarca do Movimento Agora. Dias depois, foi apresentada uma nova logomarca.[16][17]
Em março de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral aprovou o novo nome e estatuto.[10]
Organização
Parlamentares atuaisNas eleições de 2018, o partido elegeu como deputados federais Marina Santos (PI) e Benes Leocádio (RN),[4] porém ambos trocaram de partido em fevereiro de 2019.
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Número de filiados
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Desempenho eleitoral
Legislatura | Bancada | % | ± |
---|---|---|---|
49ª (1991–1995) | 0 / 503 |
0,00 | 0 |
50ª (1995–1999) | 0 / 513 |
0,00 | 0 |
51ª (1999–2003) | 0 / 513 |
0,00 | 0 |
52ª (2003–2007) | 0 / 513 |
0,00 | 0 |
53ª (2007–2011) | 3 / 513 |
0,58 | 3 |
54ª (2011–2015) | 1 / 513 |
0,19 | 2 |
55ª (2015–2019) | 2 / 513 |
0,38 | 1 |
56ª (2019–2023) | 2 / 513 |
0,38 | 0 |
Os números das bancadas representam o início de cada legislatura, desconsiderando, por exemplo, parlamentares que tenham mudado de partido posteriormente.
Eleições estaduais
Participação e desempenho do PTC nas eleições estaduais de 2018[19] | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Candidatos majoritários eleitos (12 governadores e 21 senadores). Em negrito estão os candidatos filiados ao PTC durante a eleição.Os cargos obtidos na Câmara Federal e nas Assembleias Legislativas são referentes às coligações proporcionais que o PTC compôs. Tais coligações não são necessariamente iguais às coligações majoritárias e geralmente são menores. Não estão listados os futuros suplentes empossados.
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Participação e desempenho do PTC nas eleições estaduais de 2014[19] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Candidatos majoritários eleitos (9 governadores e 9 senadores). Em negrito estão os candidatos filiados ao PTC durante a eleição.Os cargos obtidos na Câmara Federal e nas Assembleias Legislativas são referentes às coligações proporcionais que o PTC compôs. Tais coligações não são necessariamente iguais às coligações majoritárias e geralmente são menores. Não estão listados os futuros suplentes empossados.
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Eleições presidenciais
Ano | Imagem | Candidato(a) a Presidente | Candidato a Vice-Presidente | Coligação | Votos | Posição |
---|---|---|---|---|---|---|
1989 | Fernando Collor
(PRN) |
Itamar Franco
(PRN) |
Movimento Brasil Novo | 35.089.998 (49,94%) | 1ª | |
1994 | — | Carlos Antônio Gomes
(PRN) |
Dilton Carlos Salomoni
(PRN) |
sem coligação | 387.738 (0,61%) | 7ª |
2002 | Anthony Garotinho
(PSB) |
José Antônio Figueiredo
(PSB) |
Brasil Esperança | 15.180.097 (17,86%) | 3ª | |
2010 | Dilma Rousseff
(PT) |
Michel Temer
(PMDB) |
Para o Brasil Seguir Mudando | 55.752.529 (56,05%) | 1ª | |
2014 | Aécio Neves
(PSDB) |
Aloysio Nunes
(PSDB) |
Muda Brasil | 51.036.040 (48,36%) | 2ª | |
2018 | Alvaro Dias
(PODE) |
Paulo Rabello de Castro
(PSC) |
Mudança de Verdade | 859.574
(0,8%) |
9ª |
Referências
- ↑ a b c d TSE. «Partidos políticos registrados no TSE». Consultado em 6 de maio de 2021
- ↑ PTC. «Sobre o partido». Consultado em 6 de maio de 2021
- ↑ a b c TSE. «Estatísticas do eleitorado – Eleitores filiados». Consultado em 6 de março de 2022
- ↑ a b c EBC (28 de outubro de 2018). «Eleições 2018: Confira lista completa dos candidatos eleitos». Consultado em 6 de maio de 2021
- ↑ a b PATRI/Datapedia. «Resultados da eleição municipal de 2020 para as prefeituras». Consultado em 6 de maio de 2021
- ↑ Senado Federal. «Senadores em Exercício 56ª Legislatura (2019 - 2023)». Consultado em 6 de maio de 2021
- ↑ Câmara dos Deputados. «Bancada dos partidos». Consultado em 6 de maio de 2021
- ↑ a b G1 (17 de novembro de 2020). «DEM, PP e PSD aumentam número de vereadores no Brasil; MDB, PT, PSDB, PDT e PSB registram redução». Consultado em 6 de maio de 2021
- ↑ «PTC muda nomenclatura e vai passar a se chamar AGIR 36». #Acesse Política | O site de política mais acessado da Bahia!. Consultado em 6 de abril de 2022
- ↑ a b «TSE aprova alteração e Partido Trabalhista Cristão passa a se chamar Agir». www.tse.jus.br. Consultado em 6 de abril de 2022
- ↑ Kevin J. Middlebrook (2000). «Conservative Parties, the Right, and Democracy in Latin America» (em inglês). Consultado em 6 de maio de 2021
- ↑ Globo. «História dos partidos brasileiros (até 2013)». Consultado em 6 de maio de 2021
- ↑ Carolina Freitas (2 de dezembro de 2020). «Dezesseis partidos podem parar na cláusula de barreira em 2022». Valor Econômico. Consultado em 6 de maio de 2021
- ↑ «O PTC, Partido Trabalhista Cristão, AGORA É AGIR36 | AGIR36». Consultado em 6 de abril de 2022
- ↑ «Tomaz Holanda é Presidente Estadual do PTC, agora AGIR 36 - Mais Ceará». maisceara.com.br. Consultado em 11 de junho de 2021
- ↑ «Agora! vê plágio em nova marca de partido nanico». www.msn.com. Consultado em 16 de junho de 2021
- ↑ «Agora! vê plágio em nova marca de partido nanico». Terra. Consultado em 16 de junho de 2021
- ↑ Câmara dos Deputados. «Bancada na Eleição (1998-2018)». Consultado em 6 de maio de 2021
- ↑ a b TSE. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 6 de maio de 2021
Bibliografia
- Almanaque 12 ed. , São Paulo: Abril, 1986.
- Almanaque 16 ed. , São Paulo: Abril, 1990.
- Isto É – Brasil 500 Anos: Atlas Histórico, São Paulo: Três, 1998.
- «Voto maduro», Isto É Senhor, 3 de outubro de 1990.