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Usuário(a):Julia Moraes da Costa/Testes

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Edifício Nações Unidas
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O Edifício Nações Unidas visto da Avenida Paulista.

História
Arquiteto
Abelardo de Souza
Período de construção
1955-1959
Abertura
1959
Uso
Residencial e Comercial
Arquitetura
Área
48.664 m²
Pisos
21
Localização
Localização

O Edifício Nações Unidas é um edifício residencial e comercial, localizado na esquina da Avenida Paulista com a Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Possui também uma entrada pela rua São Carlos do Pinhal. No térreo, uma galeria que oferece diversos serviços, comércio e restaurantes divide o espaço com os elevadores que dão acesso aos apartamentos. Por motivos de segurança, os elevadores são cercados por estruturas de vidro. O acesso só é liberado pelo interfone. O edifício foi projetado por Abelardo de Souza, em 1952 e 1953, mas as obras só começaram no ano de 1955. Sua inauguração, em 1959, marcou uma mudança no papel da Avenida Paulista. [1] A construção foi tombada em 2004, pelo Conpresp.

Trata-se de uma arquitetura moderna, inspirada por construções como o prédio do Museu de Arte Moderna de Nova York, o MOMA. [2]

O Edifício Nações Unidas fica localizado na esquina da Av. Paulista com a Av. Brigadeiro Luís Antônio.

História[editar | editar código-fonte]

Nos anos 1950, a arquitetura no Brasil passava por um período de transição que acompanhava a industrialização do país. Para isso, busca inspiração no estilo moderno que havia importado da Europa ainda na década de 1920. Dentro deste novo movimento, a Avenida Paulista foi um dos principais símbolos da modernização do país, tendo seu programa inspirado em grandes avenidas de cidades como Paris. [3] Abelardo de Souza foi um dos difusores da escola, ao lado de grandes nomes como Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.

A aprovação do projeto do Edifício Nações Unidas gerou uma discussão na época sobre a falta de preparo da legislação diante das propostas dos arquitetos adeptos ao modernismo, já que o código de obras não previa os tipos de construções que eles propunham. Além disso, nesta década a Avenida Paulista ainda era apenas uma região residencial. A presença deste tipo de construção ali poderia significar um rompimento disto. Por isso, o projeto passou por uma análise considerando um Código de Obras e foi mais tarde aprovado. A justificativa era que a construção não havia entrada comercial para a Avenida Paulista, o que classificava uma não infração. A partir de então, o uso da região estava transformado.[1]

Com o passar do tempo, as obras de manutenção do edifício passaram a ser financiadas por investidores que instalavam antenas no terraço, o que gerou receita pela cessão de área comum, não classificada como aluguel. [4]

Características[editar | editar código-fonte]

O Edifício Nações Unidas possui 48.664 m² de construção que ocupam um lote na esquina de três ruas, a Avenida Paulista, a Avenida Brigadeiro Luís Antônio e a Rua São Carlos do Pinhal. Sua fachada é composta por pastilhas e brise-soleil, um dispositivo da arquitetura que protege dos raios solares, além de um mural em cerâmica de Clóvis Graciano, que anteriormente fazia parte de um jardim, mas que foi extinto com o alargamento da Avenida. [5] Hoje, o mural é cercado por vidros resistentes que garantem sua preservação.

Dividido em três blocos que diferem nas fachadas e em seu tamanho, o Nações Unidas possui 420 apartamentos de 1 e 2 dormitórios. Foram construídos dois subsolos de garagem, o que normalmente não acontecia na década de 50, e mostra uma previsão de Abelardo de Souza quanto à grande popularização de veículos. [2] [1] O edifício conta também com um grande número de elevadores: para cada dupla de apartamentos, os moradores dispõem de dois elevadores sociais e um de serviço. Isto foi causado tanto pelo preço baixo de elevadores naquela época, mas também para reafirmar o valor de privacidade que poderia ser afetado pelo novo modelo de habitação coletiva. Para garantir ainda a segurança dos moradores, os elevadores foram cercados por cabines de vidro, e os visitantes só têm acesso a eles pela liberação via interfone. [5]

A Galeria do Nações Unidas.

A Galeria[editar | editar código-fonte]

A Galeria possui 6 m. de largura e espaço para 25 lojas. Um grande corredor dá acesso tanto à Avenida Paulista quanto à Rua São José dos Pinhais. Sua arquitetura é formada por pilares verdes e uma estrutura de concreto em formas circulares no teto. [2] Entre as lojas, ficam os elevadores privados que dão acesso aos apartamentos. A Galeria fica aberta de segunda a sexta, das 8h às 19h e aos sábados das 8h às 15h.

Significado Histórico[editar | editar código-fonte]

O conceito de uso misto (residencial e comercial) do Edifício Nações Unidas marcou a transformação da Avenida Paulista, que era previamente estritamente residencial.[2] Ainda na maquete do conjunto, percebia-se que o edifício era destoante das construções que o cercavam, tanto em tamanho quanto em estilo. Foi pela sua estética e inovação que a maquete do edifício e seus projetos ficaram expostos por um mês a pedido de Pietro Maria Bardi na Galeria Prestes Maia, então sede do MASP.[2]

Tombamento[editar | editar código-fonte]

Em 2004, o Conpresp iniciou o processo de tombamento do Edifício Nações Unidas. No entanto, o processo ainda está em andamento e não há estudos sobre ele. [6]

Estado Atual[editar | editar código-fonte]

Atualmente, as manutenções do edifício são feitas diariamente, de acordo com as necessidades dos moradores. Há também uma empresa terceirizada que cuida de uma manutenção mensal, mais trabalhosa. [7] Apesar do seu exterior, o prédio conta com apartamentos modernos, que passaram por revitalizações ao passar dos anos. [8] Além disso, por tratar-se de uma área nobre, os imóveis são cobiçados. Especula-se que os apartamentos de dois dormitórios custam cerca de R$ 260.000,00. [9]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Commons
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Referências

  1. a b c AMARAL SAMPAIO, Maria Ruth (org.). A promoção privada de habitação Econômica e a Arquitetura Moderna 1930-1964. São Carlos: Ed. Rima, 2002. p. 204-205
  2. a b c d e ADORNO CONSTANTINO, Regina. A obra de Abelardo de Souza. São Paulo: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, 2004. p. 65-73.
  3. 120 anos: Prédios da av. Paulista expressam as mudanças no poder econômico.
  4. Prédios antigos: conheça o edifício Nações Unidas.
  5. a b ADORNO CONSTANTINO, Regina. A obra de Abelardo de Souza. São Paulo: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, 2004. p. 137-141.
  6. Tombamento nº 26/2004, no Conspresp.
  7. Prédios antigos: conheça o edifício Nações Unidas.
  8. Residência na Avenida Paulista
  9. Cinquentões cobiçados: 10 prédios antigos de SP