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Período Presidente Partido
1932-1933 Emmanuel da Silva Fontes Primeiro presidente do Centro Acadêmico XI de Fevereiro. Era irmão mais novo do professor Henrique da Silva Fontes.
1933-1934 Mário Tavares da Cunha Melo
1934-1935 Maurício Moreira da Costa Lima Com a morte de José Artur Boiteux, o CAXIF organiza uma caravana pelo estado para financiar uma homenagem póstuma.
1935-1936 Altamiro Lobo Guimarães
1936-1937 Elpídio Barbosa Fica concluída uma pintura em homenagem a Boiteux.
1937-1938 Miltom Leite da Costa
1938-1939 Antônio Nunes Varela
1939-1940 Abelardo da Silva Gomes
1940-1941 Telmo Vieira Ribeiro
1941-1942 Francisco Câmara Netto
1942-1943 Ataliba Cabral Neves
1943-1944 José Felipe Boabaid O CAXIF ajuda a financiar um busto em homenagem a José Arthur Boiteux.
1944-1945 Antônio Gomes de Almeida
1945-1946 Teodócio Miguel Atherino Partido da Renovação Acadêmica Fundação do Partido da Renovação Acadêmica (P.R.A.).

Gestão responsável pela construção de uma sede social para o CAXIF, nos porões da Faculdade de Direito.

1946-1947 Osni Gil Kirsten Partido da Renovação Acadêmica
1947-1948 Hamilton Abade Valente Ferreira Derrotou Ubaldo Brisighelli, candidato do Partido da Renovação Acadêmica (P.A.R.).
1948-1949 Abelardo Arantes Partido Evolucionista
1949-1950 Alcides Abreu Partido da Renovação Acadêmica Cria a Associação Atlética Acadêmica XI de Fevereiro, tornando-a independente do CAXIF, conforme a Lei nº 3.617/1941.
1950-1951 Jaimor Guimarães Collaço Partido Evolucionista
1951-1952 Antônio Moura
1952-1953 Ernani Palma Ribeiro
1953-1954 Acácio Garibaldi Santiago Chapa Desembargador Heráclito Carneiro Ribeiro
1953-1954 Nauro Luiz Guimarães Collaço Fundação da União Libertadora Acadêmica (U.L.A.), em oposição ao P.R.A.
1954-1955 Paulo Martins da Silva
1955-1956 Túlio Cesar Gondim União Libertadora Acadêmica
1956-1957 Marcio Luiz Guimarães Collaço Partido da Renovação Acadêmica
1957-1958 Ney Walmor Hubener Partido da Renovação Acadêmica
1958-1959 Fernando Luiz de S. Carvalho Partido da Renovação Acadêmica Fundação da Aliança Universitária, em oposição ao P.R.A.
1959-1960 José Matusalém Comelli Partido da Renovação Acadêmica
1960-1961 Ernani Bayer Partido da Renovação Acadêmica
1961-1962 Napoleão Xavier do Amarante P.R.A.
1962 Ítalo Damato Partido da Renovação Acadêmica
1962-1963 Everton Jorge da Luz Partido da Renovação Acadêmica
1963-1964 Eduardo Luiz Mussi Movimento Terceira Força A gestão de Mussi ficou conhecida pela intransigente oposição à ditadura militar. Também foi responsável pela aquisição de uma Kombi, por meio da qual prestava assistência jurídica à comunidade necessitada.
1964-1965 João José Leal Coligação

(P.R.A. + M.T.F.)

1965-1966 Carlos Augusto G. Franzoni A eleição do CAXIF foi proibida em 1965, em razão de a chapa conduzida por Orestes Vidal Guerreiro e Ivo Eckert ser considerada subversiva pelo Regime militar e, portanto, objeto de impugnação pelo reitor João Davi Ferreira Lima. O então diretor do CCJ, o professor Waldemiro Cascaes, se recusou a impedir a eleição. Diante disso, a tropa de choque invadiu a faculdade e confiscou as urnas. O único membro do CAXIF que não possuía antecedentes criminais pela ditadura foi Carlos Franzoni, quem os militares permitiram concorrer.
1966-1967 Mário Donato da Luz Movimento Terceira Força O vice-presidente dessa gestão era Luiz Henrique da Silveira.
1967-1968 Paulo Medeiros Vieira Partido da Renovação Acadêmica Na eleição, venceu o candidato do Partido Universitário Catarinense (P.U.C.), Esperidião Amin.
1968-1969 Luiz Bahia Bittencourt Frente Estudantil Universitária Na eleição, venceu o candidato do Partido Universitário Catarinense (P.U.C.), Esperidião Amin, que concorria pela segunda vez.



Contexto[editar | editar código-fonte]

Governo Carlos Moisés[editar | editar código-fonte]

 Nota: Este artigo é sobre o contexto geral da eleição em 2022. Para mais informações sobre o governo Moisés, veja Carlos Moisés.

Eleito pelo Partido Social Liberal em 2018, Carlos Moisés assumiu o governo do estado em 1º de janeiro de 2019, sendo inicialmente apoiado por uma bancada pesselista na ALESC de 6 deputados – sendo, portanto, o segundo partido em número de parlamentares estaduais depois do MDB.[1] A partir da data da posse, participaram do governo algumas figuras do PSL de Santa Catarina, que haviam participado ativamente da campanha de Moisés em 2018, como Lucas Esmeraldino (Secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Turismo) e Douglas Borba (Casa Civil); mas também alguns nomes que já estavam na gestão de Eduardo Pinho Moreira (MDB), como Paulo Eli (Fazenda).[2]

Governador Carlos Moisés (PSL) participa da 5ª reunião do COSUD. Ao seu lado, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB).

No entanto, até a metade do primeiro ano de governo, as divisões internas no PSL começaram a aparecer. Quando da nomeação das secretarias, a atribuição da pasta da educação a Natalino Uggioni gerou conflito entre os deputados do PSL, que desejavam um nome mais ligado ao ideólogo Olavo de Carvalho.[3][4] Pouco depois, em preparação às eleições de 2020, o secretário da Casa Civil Douglas Borba (ex-PP) convidou Joares Ponticelli (PP), importante figura da política catarinense, a ingressar no PSL e concorrer à prefeitura de Tubarão. O governador, por outro lado, favoreceu a posição do secretário Lucas Esmeraldino, que preteriu a filiação de Ponticelli em favor de Luciano Menezes.[5]

Reforma administrativa[editar | editar código-fonte]

Ainda em 2019, o jovem governo enviou à ALESC uma proposta de reforma administrativa, visando a redução de pouco mais de 2 000 cargos comissionados e de confiança através da dissolução de secretarias avaliadas como redundantes e incomunicáveis entre si, por exemplo, unificando a Fundação Catarinense de Cultura, a Fesporte e a Santur. O projeto estimava que a diminuição da máquina pública e a revisão de contratos reduziriam o déficit público de 2,5 para 1,2 bilhão de reais ainda em 2019.[6][7] Contudo, a proposta também recebeu críticas, especialmente da classe política que reputou minimizada a importância da deliberação parlamentar sobre o projeto, afastando Executivo e Legislativo estaduais em nome de uma desarrazoada plataforma anti-política na qual Moisés havia sido eleito.[6][8]

A fim de dar andamento às suas reformas, a coalizão do governo Moisés na ALESC passou a incluir as bancadas do MDB (a mais numerosa), PL, PSDB e PDT. Com esse apoio na ALESC, sancionou o governador em junho a reforma administrativa, mas isso gerou o afastamento dos deputados mais bolsonaristas do PSL, como Ana Caroline Campagnoloe Jessé Lopes, que passaram a lhe fazer oposição. A movimentação política de Moisés também começa a alienar a extrema-direita em nível nacional, ainda no primeiro ano de governo, recebendo fortes críticas do Presidente da Repúblicae de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) – sendo inclusive imputado de comunismo.[7][9]

Pandemia de COVID-19[editar | editar código-fonte]

Nos primeiros meses de 2020, Moisés concretizou a sua ruptura com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – que a essa altura já se encontrava, inclusive, fora do PSL – ao condenar falas e comportamentos do presidente, através da assinatura de uma carta dos governadores brasileiros em solidariedade aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), em apoio à democracia. O relacionamento de Moisés com a vice-governadora, Daniela Reinehr (PSL), também se deteriorou na medida do afastamento com o presidente.[10][11]

Coletiva de imprensa com o governador Carlos Moisés (PSL) durante a pandemia de coronavirus. Ao seu lado, o secretário estadual da saúde Helton Zeferino.

Posteriormente, quando a pandemia de COVID-19 chegou a Santa Catarina, o governador adotou uma postura favorável às recomendações sanitárias da Organização Mundial da Saúde, editando decretos restritivos à circulação e à mobilidade, no fito de conter as infecções virais e o abalroamento do sistema de saúde público catarinense. Entretanto, essa projeção foi absolutamente frontal à posição defendida pelo governo federal.[12] Nova cisão com o presidente ocorreria quando, no fim de abril, Moisés convida o ex-Ministro da Justiça, Sergio Moro, para integrar a administração catarinense, após deixar o governo federal em um notório escândalo político.[13]

A partir de maio, a estratégia de combate à pandemia conduzida pelo governo começou a ser muito criticada devido à sua gestão das licitações públicas para a compra de insumos e contratação de pessoal em caráter emergencial. O secretário da Casa Civil, Douglas Borba, foi particularmente acusado de favorecer as suas conexões na câmara de vereadores de Biguaçu para a construção do hospital de campanha 'Mahatma Gandhi'. Também foi objeto de especulações o alto valor de compra desses materiais.[14]

Primeiro impeachment[editar | editar código-fonte]

Diante desses fatos, uma série de pedidos de impeachment passa a ser protocolada na Assembléia Legislativa, além de ser instalada uma comissão parlamentar de inquérito para investigar a compra de 200 respiradores por 33 milhões de reais, com pagamento antecipado e sem garantia de entrega. O clima na ALESC começa a pressionar demasiadamente o governo e sucedeu-se a demissão de vários secretários estaduais, dentre eles Helton Zeferino e Douglas Borba.[15][16]

Deputados Maurício Eskudlark (PL) e Ana Caroline Campagnolo (PSL) entregam pedido de impeachment do governador ao presidente da Assembléia Legislativa, Julio Garcia (PSD) em maio de 2020.

Em julho, o presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), deu prosseguimento ao pedido de impeachment protocolado pelo defensor público estadual Ralf Zimmer, fundamentado na imputação de crime pela concessão de aumento a procuradores do Estado sem consulta ao Legislativo. O aumento foi de R$ 30 mil para R$ 35 mil a 161 servidores, o que representa um gasto mensal de R$ 767 mil.[17]

Apesar de a defesa do governador insistir que a tramitação da CPI dos Respiradores foi mal conduzida, e que nunca houve pagamento antecipado na compra de respiradores, o relatório final redigido pelo deputado Ivan Naatz (PL) sugeriu a abertura de um novo processo de impeachment contra Carlos Moisés. Além disso, os integrantes da CPI apresentaram recomendações para melhorar a fiscalização e evitar possíveis fraudes em compras e licitações, como o fortalecimento da Controladoria-Geral do Estado e da Secretaria Executiva de Integridade e Governança.[18]

Em outubro, enquanto o governador foi afastado do cargo pelo período de 34 dias até seu julgamento final no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, já começavam na ALESC os preparativos para a abertura de um segundo processo de impeachment, desta vez fundamentado na compra dos respiradores – ainda que as investigações da Polícia Federal já tivessem emitido parecer conclusivo pela inexistência de indícios de crimes cometidos pelo governador e sua administração.[19][20] O prosseguimento da 2ª denúncia contra Moisés foi aprovado com ampla unanimidade, havendo oposição apenas de dois deputados (sobre 40): a deputada Ana Paula da Silva (PDT) e o deputado Cel. Onir Mocellin (PSL).[21]

Mesmo assim, em 27 de novembro, o governador foi absolvido do cometimento de crime de responsabilidade por 6 votos a 3 no Tribunal de Justiça.[22]

Segundo impeachment[editar | editar código-fonte]

Uma vez reinstituído ao cargo, Moisés anunciou mudanças na composição das secretarias estaduais, numa tentativa de dialogar mais com o parlamento estadual: a Casa Civil passou para Eron Giordani (PSD), que era até então o chefe de gabinete do deputado Julio Garcia (PSD). Além disso, o jornalista Jefferson Douglas foi nomeado Secretário de Comunicação e Alisson de Bom de Souza regressou à Procuradoria-Geral do Estado, após seu afastamento pelo governo interino de Reinehr. Ademais, o ex-prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (PSL) ficou com a secretaria do desenvolvimento e Luís Fernando Vampiro (MDB), com a secretaria de edução. Também na tentativa de facilitar a governabilidade, Carlos Moisés flexibilizou a sua política de restrições sanitárias para combater a pandemia de COVID-19.[23][24][25][26]

Governadora interina Daniela Reinehr (PSL) acompanhada do deputado federal catarinense, Daniel Freitas (PSL), em reunião junto ao Ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes (PSL-SP).

Acontece que, mesmo assim, em março de 2021, foi aprovado o segundo pedido de impeachment contra a compra dos respiradores com dispensa de licitação. Dessa vez, foram os desembargadores do TJSC que votaram pelo prosseguimento do feito, ao passo que os deputados Marcos Vieira (PSDB), José Milton Scheffer (PP), Valdir Cobalchini (MDB) e Fabiano da Luz (PT) votaram contra o impedimento. Laércio Schuster (PSB) foi o único deputado favorável ao afastamento de Moisés.[26][27]

Pela segunda vez, a vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) assume interinamente o governo do estado, mas desta vez, por ser mais alinhada ao presidente da República, estava mais determinada a articular a concretização do impeachment.[26][28][29] Assim, Reinehr anuncia uma série de substituições no governo, como a troca do secretário da saúde André Motta pela deputada federal Carmen Zanotto (CDN). Também apeou dos seus cargos os secretários Lucas Esmeraldino, Paulo Eli, Luciano Buligon e Eron Giordano, mas manteve os deputados Vampiro e Altair Silva (PP).[30][31]

Em maio de 2021, o afastamento definitivo do governador foi recusado pelo Tribunal Especial do Impeachment, sendo o deputado Schuster o único parlamentar que reiterou sua oposição ao governador em sede de impedimento.[32] Novamente reintegrado ao cargo, Carlos Moisés reinstitui todos os secretários que haviam sido afastados por Daniela Reinehr.[31]

Vacinação e Plano 1000[editar | editar código-fonte]

Superando a série de escândalos e a instabilidade política que marcaram o seu governo até a sua volta definitiva em 2021, Carlos Moisés concentrou-se na gestão da vacinação em Santa Catarina, inclusive conseguindo controlar a infecção do coronavírus até novembro de 2021, quando se tornou possível flexibilizar o uso das máscaras em locais abertos.[33] No mesmo ano, deixou definitivamente o Partido Social Liberal, sendo cortejado por diversas agremiações no estado, inclusive o PP (considerado um dos mais tradicionais partidos em Santa Catarina).[34][35]

O governador junto à sua líder na ALESC, deputada Ana Paula da Silva (ex-PDT), e o prefeito de Bombinhas, Paulo Dalago Muller (DEM) no lançamento do Plano 1.000 em dezembro de 2021.

Até o fim de 2021, começou a gestão Moisés a trabalhar no chamado Plano 1000, por meio do qual o estado financiaria obras estruturantes em diversos municípios de Santa Catarina, distribuindo o equivalente a R$ 1.000,00 em receitas para os prefeitos por cada habitante da sua comuna. O principal objetivo do projeto era garantir a execução das obras e a aprovação dos projetos, e evitar que eles fiquem travados. Inicialmente, a ideia era atender as 30 maiores cidades, mas o governo aumentou a capilaridade do repasse para as 50 com mais população.[36][37]

Ademais, em outubro de 2021, o governo anunciou um novo plano de carreira para os professores da rede estadual de ensino. Com o novo plano, o governo comprometeu cerca de R$ 1 bilhão em investimentos na valorização da categoria, elevando sua remuneração final a R$ 11.000 reais, para estimular que os professores da rede pública prossigam aos diplomas de mestrado e doutorado.[38]

O Plano 1000 foi criticado por adversários de Carlos Moisés, como o ex-governador do estado Raimundo Colombo (PSD), que considerou o projeto símbolo de uma "politicagem nojenta", por haver “um excesso de agressividade do governo na troca de convênios e recursos públicos com objetivo claramente eleitoral”.[39] Sem embargo, por lhe ser reputada uma vocação municipalista, o Plano 1000 reforçou a aproximação de Carlos Moisés com o MDB, que já vinha se desenhando desde 2020.[40][41]

Quanto à sua reeleição em 2022, embora Moisés estivesse sem partido até março, com a entrada do grupo político de deputada Ana Paula, sua aliada, no Podemos e a sua ligação com o MDB, elementos do governo começaram a articular uma aliança envolvendo estes partidos – que seria resolvida com a filiação do governador a algum deles. No entanto, no Podemos encontrou Moisés a oposição de um grupo liderado por Paulo Bornhausen e, no MDB, houve a insatisfação de um grupo que defendia a candidatura própria de Antídio Lunelli, o prefeito de Jaraguá do Sul. Finalmente, optou Carlos Moisés pela filiação ao Republicanos.[42]

Em 31/03/2022, o governador decretou o fim do estado de calamidade pública em Santa Catarina, que vigorava desde o início da pandemia de COVID-19.[43]

Prévias do MDB[editar | editar código-fonte]

Filiação de Bolsonaro ao PL[editar | editar código-fonte]

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Instituto de Estudos Sociais e Políticos
Przelijpdahl/Testes
IESP
Nomes anteriores Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ)
Fundação 25 de setembro de 1969 (54 anos) (Como IUPERJ)
1 de janeiro de 2010 (14 anos) (Como IESP)
Instituição mãe UERJ
Localização Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Diretor(a) Fernando de Castro Fontainha
Vice-diretor(a) Carlos Roberto Sanchez Milani
Página oficial iesp.uerj.br

O Instituto de Estudos Sociais e Políticos é um centro de pesquisa e pós-graduação em ciências sociais brasileiro. Foi fundado em 1969 com o nome Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) como departamento da Universidade Cândido Mendes (UCAM) e incorporado em 2010 pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). É considerado um polo do ensino superior de ciência política e, junto com o Departamento de Ciência Política da UFMG, foi uma instituição pioneira para a modernização dessa disciplina no Brasil.[44]

Historia[editar | editar código-fonte]

Estado inicial da ciência política no Brasil[editar | editar código-fonte]

Quando o politólogo americano Robert Packenham veio ao Brasil em 1964, descreveu a comunidade acadêmica brasileira como "ausente de uma tradição em ciência política" e destacou que haveria quatro grupos de escritores dedicando-se ao estudo política: o primeiro era composto por juristas, como Paulo Bonavides, preocupados com as instituições em sua formalidade legal, mas sem uma abordagem empírica da política; e uma segunda, de caráter mais ensaísta e jornalístico, reunindo as reflexões de Antônio Callado, Fernando Pedreira e Alberto Dines. Nenhuma dessas correntes produzia obras com o rigor metodológico no trato de dados e de fontes documentais que vinha ganhando popularidade nos estudos sociais publicados nos Estados Unidos e na Europa.[44]

Packenham identificou apenas duas escolas com produções acadêmicas mais próximas do que se fazia no estrangeiro. Em São Paulo, uma vertente de influência neo-marxista foi estruturada pelo pensamento de Florestan Fernandes e seus alunos, dos quais destacaram-se Fernando Henrique Cardoso e Octavio Ianni. Já no Rio de Janeiro, com a dissolução do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) pelo movimento militar de 1964, as ciências sociais foram dispersas em várias instituições, mas vislumbrava-se uma linha macro-sociológica derivada de Victor Nunes Leal e Oliveira Vianna, cujos maiores expoentes na época eram Cândido Mendes, Guerreiro Ramos, Hélio Jaguaribe e Gláucio Ary Dillon Soares.[44]

Fundação do IUPERJ[editar | editar código-fonte]

Neste contexto, através de importante financiamento oriundo da Fundação Ford, estimulou-se o contato de pesquisadores brasileiros com a Academia americana e a fundação de um centro de ensino capaz de unificar no Rio de Janeiro um polo para o estudo das Ciências Sociais e integrar uma nova geração de pesquisadores que vinha se influenciando pela abordagem politológica desenvolvida nos EUA. A fundação do instituto como um departamento da Universidade Cândido Mendes foi encabeçada pelo próprio reitor Cândido Mendes, que convocou uma equipe de docentes composta por ex-isebianos como Wanderley Guilherme dos Santos e Hélio Jaguaribe, por professores estrangeiros como Carlos Hasenbalg — que possuíam vínculos com a FLACSO —, mas também por Bolívar Lamounier e Simon Schwartzman, que futuramente buscariam levar essa perspectiva à Universidade de São Paulo.[44][45]

O IUPERJ consolidou-se a partir de meados da década de 1970 como uma instituição de ponta na pesquisa e no ensino de Ciências Sociais no âmbito da pós-graduação no Brasil. Em 1969 foi criado o programa de mestrado em ciência política, sendo que em 1971 a primeira dissertação foi defendida por Renato Boschi e em 1970 foi criado o programa de mestrado em sociologia, cuja primeira dissertação foi a de Sônia Fleury. Em 1982, o programa de pós-graduação criou o primeiro programa de doutorado em ciência política do Brasil.[46]

Anos 1980[editar | editar código-fonte]

O IUPERJ participou ativamente da fundação da Associação Nacional de Pós-Graduação em Ciências Sociais, com a finalidade de organizar e coordenar os programas de pós-graduação em ciências sociais no país. No entanto, houve resistência por parte de alguns elementos na USP, que entendiam esse movimento como uma incursão do IUPERJ instrumentalizada pela Fundação Ford, em nome de uma americanização do ensino superior brasileiro. Esse contencioso foi solucionado delegando a presidência da Associação ao uspiano Francisco Weffort e a vice-presidência ao iuperjiano Olavo Brasil de Lima Júnior.[44]

Incorporação pela UERJ[editar | editar código-fonte]

Em razão de uma prolongada crise financeira na Universidade Cândido Mendes, em 2010, os cursos de Pós-Graduação ligados ao IUPERJ/UCAM foram descontinuados em consequência da prolongada crise financeira vivida pela instituição nos anos anteriores.[47][48][49] O instituto pôde sobreviver graças à Universidade Estadual do Rio de Janeiro que adquiriu o prédio do IUPERJ situado no Botafogo e contratou o corpo docente para refundar o centro de ensino sob o nome Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP).[50]

Em 2011, a Universidade Cândido Mendes recriou um programa de pós-graduação com o mesmo nome, IUPERJ, o qual apenas foi reconhecido e autorizado pela CAPES em 2015.[51]

Organização[editar | editar código-fonte]

O IESP está estruturado em dois departamentos: o departamento de estudos sociais e o departamento de estudos políticos; bem como dois programas de pós-graduação: em sociologia e em ciência política.[52]

Revista Dados[editar | editar código-fonte]

Desde 1966, o IESP edita a revista Dados, um dos mais importantes jornais acadêmicos do Brasil. A revista têm foco em ciência política, mas também recebe publicações de outras disciplinas de ciências sociais.[52]

Em 2022, o Google Acadêmico posicionou a Revista Dados em nona colocação entre os periódicos de ciências sociais em língua portuguesa. Já o critério Qualis—CAPES atribui ao jornal a nota máxima 1A.[53][54]

Referências

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  2. Gouvêa, Marcelo (1 de janeiro de 2019). «Carlos Moisés é empossado governador de Santa Catarina». O Município. Consultado em 9 de setembro de 2022 
  3. «Saiba quem são os nomes confirmados na equipe de Carlos Moisés». www.nsctotal.com.br. Consultado em 22 de novembro de 2019 
  4. «Carlos Moisés anuncia secretário da Educação e completa sua equipe de governo». www.nsctotal.com.br. Consultado em 22 de novembro de 2019 
  5. «Saia justa em convite para Joares Ponticelli expõe divisão interna no PSL e no governo | ND Mais». ndmais.com.br. 12 de julho de 2019. Consultado em 9 de setembro de 2022 
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  8. «Com tom crítico, carta de Paulo Konder Bornhausen a Carlos Moisés tem teor revelado | ND Mais». ndmais.com.br. 8 de maio de 2019. Consultado em 9 de setembro de 2022 
  9. Redação (16 de setembro de 2019). «Base aliada toma forma na Alesc! - Blog do Prisco». www.blogdoprisco.com.br. Consultado em 9 de setembro de 2022 
  10. «Moisés assina manifesto de governadores em defesa da democracia e em apoio a Maia e Alcolumbre». www.nsctotal.com.br. Consultado em 9 de setembro de 2022 
  11. «Após carta de governadores assinada por Moisés, vice-governadora de SC manifesta apoio a Bolsonaro». www.nsctotal.com.br. Consultado em 9 de setembro de 2022 
  12. «Os fatos que fizeram o governador Carlos Moisés prorrogar a quarentena em SC | ND Mais». ndmais.com.br. 29 de março de 2020. Consultado em 9 de setembro de 2022 
  13. «Governador Carlos Moisés convida Sérgio Moro para equipe de SC: 'Será bem-vindo aqui'». G1. Consultado em 9 de setembro de 2022 
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  20. «Polícia Federal diz não ter encontrado elementos para incriminar Moisés no caso da compra dos respiradores». G1. Consultado em 10 de setembro de 2022 
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  38. out 20, Postado por Upiara Boschi |; Diária, 2021 | Análise; Cenários; SC, Desafios; Momentos (20 de outubro de 2021). «Plano de carreira dos professores está aquém das expectativas que o próprio governo Moisés gerou». Upiara Online. Consultado em 10 de setembro de 2022 
  39. abr 21, Postado por Upiara Boschi |; Articulações, 2022 |; Podcasts, Áudios e; Eleições 2022; Entrevistas; SC, Governo de; Senado; Maior, Upiara na Som (21 de abril de 2022). «Colombo vê "politicagem nojenta" em repasses de Moisés para prefeitos e diz: "Justiça vai ter que agir"». Upiara Online. Consultado em 10 de setembro de 2022 
  40. jan 11, Postado por Upiara Boschi |; Diária, 2022 | Análise; Cenários; Eleições 2022; Histórias (11 de janeiro de 2022). «Moisés reúne Antídio, Hildebrandt e mais seis prefeitos em nova rodada do Plano 1000». Upiara Online. Consultado em 10 de setembro de 2022 
  41. Engeplus, Portal (14 de dezembro de 2021). «Carlos Moisés anuncia R$ 7,3 bilhões para o Plano 1000, maior projeto municipalista da história». Portal Engeplus. Consultado em 10 de setembro de 2022 
  42. mar 5, Postado por Upiara Boschi |; Articulações, 2022 |; Notas, Bloco de; Cenários; Eleições 2022 (5 de março de 2022). «Fiel ao próprio instinto, Moisés escolhe o Republicanos». Upiara Online. Consultado em 10 de setembro de 2022 
  43. Redação (31 de março de 2022). «Covid-19: governador Carlos Moisés decreta fim do estado de calamidade pública em SC». O Município Blumenau. Consultado em 10 de setembro de 2022 
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  46. «História». 50 anos IESP-UERJ. Consultado em 1 de julho de 2022 
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]



Participação em Ministérios[editar | editar código-fonte]

PFL[editar | editar código-fonte]

Governo Casa Civil Ministro Seção Período Pasta Presidente do PFL
Sarney
PMDB
1985 a 1990
Hugo Castelo Branco
PMDB
1985 a 1986
Antônio Carlos Magalhães PFL-BA 1985-1986 Comunicações Marco Maciel
1985
Marco Maciel PFL-PE 1985-1986 Educação
Paulo Lustosa PFL-CE 1985-1986 Desburocratização
Aureliano Chaves PFL-MG 1985-1986 Minas e Energia Jorge Bornhausen
1985 a 1987
Marco Maciel
PFL
1986 a 1987
Antônio Carlos Magalhães PFL-BA 1986-1987 Comunicações
Jorge Bornhausen PFL-SC 1986-1987 Educação
Roberto Abreu Sodré PFL-SP 1986-1987 Relações Exteriores
Aureliano Chaves PFL-MG 1986-1987 Minas e Energia
Roberto Abreu Sodré PFL-SP 1986-1987 Relações Exteriores
Ronaldo Costa Couto
1987 a 1989
Aureliano Chaves PFL-MG 1987-1988 Minas e Energia
Roberto Abreu Sodré PFL-SP 1987-1989 Relações Exteriores Guilherme Palmeira
1987 a 1993
Hugo Napoleão do Rego PFL-PI 1988 Cultura
Hugo Napoleão do Rego PFL-PI 1987-1989 Educação
Joaquim Francisco PFL-PE 1987 Interior
João Alves Filho PFL-SE 1987-1989
Luís Roberto Ponte
PMDB
1989 a 1990
Roberto Abreu Sodré PFL-SP 1989-1990 Relações Exteriores
João Alves Filho PFL-SE 1989-1990 Interior
Collor
PRN
1990 a 1992
Marcos Antônio Coimbra
PRN
1990 a 1992
Carlos Chiarelli PFL-RS 1990-1991 Educação
Eraldo Tinoco PFL-BA 1992
Célio Borja PFL-RJ 1992 Justiça
Reinhold Stephanes PFL-PR 1992 Previdência Social
Alceni Guerra PFL-PR 1990-1992 Saúde
Jorge Bornhausen PFL-SC 1992 Governo
Ricardo Fiúza PFL-PE 1992
Franco
PMDB
1992 a 1995
Henrique Hargreaves
PMDB
1992 a 1993
Hugo Napoleão do Rego PFL-PI 1992-1993 Comunicações
Gustavo Krause PFL-PE 1992 Fazenda
Eliseu Resende PFL-MG 1993 Jorge Bornhausen
1993 a 2007
Tarcísio de Almeida Cunha
1993 a 1994
Élcio Álvares PFL-ES 1994-1995 Indústria, Comércio e Serviços
Henrique Hargreaves
PMDB
1994 a 1995
Cardoso
1995 a 2003
PSDB
Clóvis Carvalho
PSDB
1995 a 1999
Luiz Carlos Santos PFL-SP 1996-1998 Coordenação de Assuntos Políticos
Rafael Greca PFL-PR 1999 Esporte e Turismo
Gustavo Krause PFL-PE 1995-1999 Meio Ambiente
Reinhold Stephanes PFL-PR 1995-1998 Previdência Social
Waldeck Ornelas PFL-BA 1999
Antônio Freitas PFL-PI 1998-1999 Reforma Institucional
Pedro Parente
1999 a 2003
Élcio Álvares PFL-ES 1999-2000 Defesa
Rafael Greca PFL-PR 1999-2000 Esporte e Turismo
Carlos Melles PFL-MG 2000-2002
Sarney Filho PFL-MA 1999-2002 Meio Ambiente
Rodolpho Tourinho PFL-BA 1999-2001 Minas e Energia
José Jorge PFL-PE 2001-2002
Waldeck Ornelas PFL-BA 1999-2001 Previdência Social
Lula
PT
2003 a 2011
José Dirceu
PT
2003 a 2005
Oposição
Dilma Rousseff
PT
2005 a 2010
Erenice Guerra
PT
2010
Rodrigo Maia
2007 a 2011
Esteves Lima
2010 a 2011
Rousseff
PT
2011 a 2016
Antonio Palocci
PT
2011
Oposição José Agripino Maia
2011 a 2018
Gleisi Hoffmann
PT
2011 a 2014
Aloizio Mercadante
PT
2014 a 2015
Jaques Wagner
2015 a 2016
Eva Chiavon
2016
Temer
PMDB
2016 a 2019
Eliseu Padilha
PMDB
2016 a 2019
José Mendonça Filho DEM-PE 2016-2018 Educação
Bolsonaro Onyx Lorenzoni
DEM
2019 a 2020
Tereza Cristina DEM-MS 2019-2022 Agricultura e Pecuária ACM Neto
2018 a 2022
Luiz Henrique Mandetta DEM-MS 2019-2020 Saúde
Walter Braga Netto
2020 a 2021
Onyx Lorenzoni DEM-RS 2020-2021 Trabalho, Previdência Social e Cidadania
Tereza Cristina DEM-MS 2019-2022 Agricultura e Pecuária
Luiz Henrique Mandetta DEM-MS 2019-2020 Saúde
Luiz Eduardo Ramos
2021
Onyx Lorenzoni DEM-RS 2019-2022 Trabalho e Previdência Social
Tereza Cristina DEM-MS 2019-2022 Agricultura e Pecuária
Ciro Nogueira
PP
2021 a 2022
Onyx Lorenzoni DEM-RS 2019-2022 Trabalho e Previdência Social
Tereza Cristina DEM-MS 2019-2022 Agricultura e Pecuária
Fusão com o Partido Social Liberal

PSD[editar | editar código-fonte]

Governo Casa Civil Ministro Seção Período Pasta Presidente do PSD
Rousseff
PT
2011 a 2016
Antonio Palocci
PT
2011
Não participou Gilberto Kassab
2011 a 2015
Gleisi Hoffmann
PT
2011 a 2014
Aloizio Mercadante
PT
2014 a 2015
Jaques Wagner
PT
2015 a 2016
Gilberto Kassab PSD-SP 2015-2016 Cidades Guilherme Campos
2015 a 2016
Guilherme Afif Domingos PSD-SP 2015 Micro e Pequenas Empresas
Thomas Traumann PSD-SP 2015 Comunicações
Eva Chiavon
PT
2016
Gilberto Kassab PSD-SP 2015-2016 Cidades Alfredo Cotait Neto
2016 a 2019
Temer
PMDB
2016 a 2019
Eliseu Padilha
PMDB
2016 a 2019
Gilberto Kassab PSD-SP 2016-2019 Ciência, Tecnologia e Comunicações
Henrique Meirelles PSD-SP 2016-2018 Fazenda e Previdência Social
Bolsonaro
PL
2019 a 2023
Onyx Lorenzoni
DEM
2019 a 2020
Não participou Gilberto Kassab
2019 em diante
Walter Braga Netto
2020 a 2021
Fábio Faria PSD-RN 2020-2022 Comunicações
Luiz Eduardo Ramos
2021
Fábio Faria PSD-RN 2020-2022 Comunicações
Ciro Nogueira
PP
2021 a 2023
Fábio Faria PSD-RN 2020-2022 Comunicações
Marcos Montes PSD-MG 2022-2023 Agricultura e Pecuária
Lula
PT
2023 em diante
Rui Costa
PT
2023 em diante
Alexandre Silveira PSD-MG 2023 em diante Minas e Energia
Carlos Fávaro PSD-MS 2023 em diante Agricultura e Pecuária
André de Paula PSD-PE 2023 em diante Pesca e Aquicultura

PP[editar | editar código-fonte]

Governo Casa Civil Ministro Seção Período Pasta Presidente do PPB/PP
Cardoso
1995 a 2003
PSDB
Clóvis Carvalho
PSDB
1995 a 1999
Francisco Dornelles PPB-RJ 1996-1998 Indústria e Comércio Esperidião Amin
1995 a 1999
Francisco Dornelles PPB-RJ 1999-2002 Trabalho e Previdência Social
Francisco Turra PPB-RS 1998-1999 Agricultura
Pedro Parente
1999 a 2003
Francisco Dornelles PPB-RJ 1999-2002 Trabalho e Previdência Social Paulo Maluf
1999 a 2003
Francisco Turra PPB-RS 1998-1999 Agricultura
Pratini de Moraes PPB-RS 1999-2003 Agricultura
Lula
PT
2003 a 2011
José Dirceu
PT
2003 a 2005
Base do governo, mas não ocupou ministérios Pedro Corrêa
2003 a 2007
Dilma Rousseff
PT
2005 a 2010
Márcio Fortes de Almeida PP-RJ 2005-2011 Cidades Francisco Dornelles
2007 a 2013
Erenice Guerra
PT
2010
Márcio Fortes de Almeida PP-RJ 2005-2011 Cidades
Esteves Lima
2010 a 2011
Márcio Fortes de Almeida PP-RJ 2005-2011 Cidades
Rousseff
PT
2011 a 2016
Antonio Palocci
PT
2011
Mário Negromonte PP-RJ 2011-2012 Cidades
Gleisi Hoffmann
PT
2011 a 2014
Mário Negromonte PP-RJ 2011-2012 Cidades
Mendes Ribeiro Filho PP-RS 2011-2013 Agricultura e Pecuária Ciro Nogueira
2013 em diante
Aloizio Mercadante
PT
2014 a 2015
Aguinaldo Ribeiro PP-PB 2012-2014 Cidades
Gilberto Occhi PP-MG 2014-2015 Cidades
Jaques Wagner
2015 a 2016
Gilberto Occhi PP-MG 2014-2015 Cidades
Eva Chiavon
2016
Resignação dos ministros do PP em abril de 2016, após a bancada deliberar favoravelmente ao impeachment da presidente
Temer
PMDB
2016 a 2019
Eliseu Padilha
PMDB
2016 a 2019
Blairo Maggi PP-MT 2016-2019 Agricultura e Pecuária
Ricardo Barros PP-PR 2016-2018 Saúde
Alexandre Baldy PP-GO 2017-2019 Cidades
Gilberto Occhi PP-MG 2018-2019 Saúde
Bolsonaro
PL
2019 a 2023
Onyx Lorenzoni
DEM
2019 a 2020
Damares Alves PP-DF 2019-2022 Mulher, Família e Direitos Humanos
Walter Braga Netto
2020 a 2021
Damares Alves PP-DF 2019-2022 Mulher, Família e Direitos Humanos
Luiz Eduardo Ramos
2021
Ministra Damares Alves deixa o PP
Ciro Nogueira
PP
2021 a 2022
Tereza Cristina PP-MS 2022 Agricultura e Pecuária
Lula
PT
2023 em diante
Rui Costa
PT
2023 em diante
André Fufuca PP-MA 2023 em diante Esporte


Outra coisa[editar | editar código-fonte]

Candidato a presidente Imagem Função pública mais relevante até a campanha Partido Candidato a vice Coligação Tempo de Horário Eleitoral Gratuito[1]
Paulo Maluf

Partido Democrático Social(PDS)

Sem cargo público prévio Bonifácio Andrada(PDS)| style="background: #ececec; color: grey; vertical-align: middle; text-align: center; " class="table-na"| 10 minutos
Leonel Brizola  

Partido Democrático Trabalhista (PDT)

Governador do Rio de Janeiro(1983–1987) Fernando Lyra(PDT)| style="background: #ececec; color: grey; vertical-align: middle; text-align: center; " class="table-na"| 10 minutos
Luiz Inácio Lula da Silva

Partido dos Trabalhadores (PT)

Presidente da República

(2003–2011)

José Paulo Bisol(PSB) Frente Brasil Popular(PT, PSB, PCdoB) 10 minutos
Affonso Camargo

Partido Trabalhista Brasileiro(PTB)

Senador Federalpelo Paraná(1987–1995) Paiva Muniz

(PTB)

10 minutos
Ulysses Guimarães

Partido do Movimento Democrático Brasileiro(PMDB)

Senadora pelo Mato Grosso do Sul  

(desde 2015)

Waldir Pires(PMDB)| style="background: #ececec; color: grey; vertical-align: middle; text-align: center; " class="table-na"| 22 minutos
Antônio dosSantos PedreiraPartido do Povo Brasileiro (PPB)| style="background: #ececec; color: grey; vertical-align: middle; text-align: center; " class="table-na"| Não ocupou cargo público José Fortunato

da França (PPB)| style="background: #ececec; color: grey; vertical-align: middle; text-align: center; " class="table-na"|

30 segundos
Fernando Collor

Partido da Reconstrução Nacional (PRN)

Governador de Alagoas(1987–1989) Itamar Franco(PRN) Movimento Brasil Novo(PRN, PSC, PST, PTR) 10 minutos
Afif Domingos

Partido Liberal (PL)

Presidente da República

(desde 2019)

Aluísio Pimenta(PDC) Aliança Liberal Cristã(PL, PDC) 10 minutos
Roberto Freire

Partido Comunista Brasileiro (PCB)

Deputado Federal por Pernambuco(1979–1995) Sérgio Arouca(PCB)| style="background: #ececec; color: grey; vertical-align: middle; text-align: center; " class="table-na"| 5 minutos
Aureliano Chaves

Partido da Frente Liberal (PFL)

Deputado federal por Minas Gerais

(desde 2019)

Cláudio Lembo(PFL)| style="background: #ececec; color: grey; vertical-align: middle; text-align: center; " class="table-na"| 18 minutos
Armando Corrêa

Partido Municipalista Brasileiro (PMB)| style="background: #ececec; color: grey; vertical-align: middle; text-align: center; " class="table-na"|

Agostinho Linhares

de Souza (PMB)| style="background: #ececec; color: grey; vertical-align: middle; text-align: center; " class="table-na"|

5 minutos
Lívia Maria Pio

Partido Nacionalista (PN)

style="background: #ececec; color: grey; vertical-align: middle; text-align: center; " class="table-na"| PN — 27 Ardwin Retto

Grunewald (PN)| style="background: #ececec; color: grey; vertical-align: middle; text-align: center; " class="table-na"|

30 segundos
Zamir JoséTeixeira

Partido Comunitário Nacional (PCN)

style="background: #ececec; color: grey; vertical-align: middle; text-align: center; " class="table-na"| PCN — 31 William Pereira

da Silva (PCN)| style="background: #ececec; color: grey; vertical-align: middle; text-align: center; " class="table-na"|

30 segundos
Celso BrantPartido da Mobilização Nacional (PMN) Deputado Federal por Minas Gerais

(1985–1988)

José Natan

Emídio Neto[nota 1] (PMN)| style="background: #ececec; color: grey; vertical-align: middle; text-align: center; " class="table-na"|

5 minutos
Ronaldo CaiadoPartido Social Democrático (PSD) Camilo Calazans

(PDN)

União Cidade Campo(PSD, PDN) 5 minutos
Mário Covas

Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB)

Governador de São Paulo(2019–2022) Almir Gabriel(PSDB)| style="background: #ececec; color: grey; vertical-align: middle; text-align: center; " class="table-na"| 13 minutos
Vera Lúcia Salgado

Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU)

Sem cargo público prévio Descrição: bandeira vermelha com a sigla PSTU escrita em amarelo e em caixa alta.





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Governo Michel Temer[editar | editar código-fonte]

Uma vez concretizado o processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff, o PSD embarcou na coalizão do Governo Temer. Inicialmente, buscava-se manter Kassab no Ministério das Cidades, mas fora o ministro realocado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.[2] O partido votou a favor da suspensão das denúncias contra o presidente Michel Temer (PMDB-SP).[3]

Gilberto Kassab (PSD-SP) enquanto Ministro da Ciência e Tecnologia, junto ao presidente Michel Temer (PMDB-SP) durante a inauguração do acelerador de partículas Sirius.
presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, presidente Michel Temer (PMDB-SP) e o ministro da fazenda Henrique Meirelles (PSD-SP).

Nas Eleições Municipais de 2016, o PSD aumentou em 9% o seu escore de 2012, atingindo a marca de 540 prefeitos e destronando o PT como terceira maior agremiação em número de prefeituras (atrás apenas do PMDB e PSDB). Foram eleitos também 4.617 vereadores. Pessedistas foram eleitos em suas capitais: Marquinhos Trad em Campo Grande (MS) e Luciano Cartaxo em João Pessoa (PB).

Apesar de o PSD ter votado contra a cassação da presidência de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara, este fato se concretizou, e o líder da bancada do PSD, Rogério Rosso (DF), se lançou à disputa na eleição especial para o mandato tampão. No entanto, Rodrigo Maia (DEM-RJ) saiu vitorioso, derrotando o candidato pessedista.

Além de Gilberto Kassab, o PSD também ocupou o Ministério da Fazenda com Henrique Meirelles (SP) que promoveu diversas reformas econômicas estruturais durante a sua estadia no Governo visando o controle das contas públicas, como a tentativa de reforma da previdência, que fracassou. O ministro da fazenda pessedista começa a articular a sua candidatura ao Planalto em 2018, como um candidato de centro. No entanto, tal plano vai de encontro à aliança com a chapa de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) que Kassab tentara construir, além de buscar aderir à coligação de João Dória (PSDB-SP) ao governo do estado, possivelmente indicando o seu vice. Por esse motivo, o ministro da fazenda se desfiliou da sigla e se juntou ao MDB, apresentando-se como o candidato do governo no pleito presidencial - o ex-pessedista regressaria ao partido em 2021.[4]

Para as Eleições Gerais de 2018, após consulta interna pormenorizada, o PSD decidiu integrar a coligação Para Unir o Brasil encabeçada pelo ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB). À época, o tucano aparecia com baixa pontuação nas pesquisas, mas Kassab decidiu apoiá-lo mesmo assim, uma vez ser comum a volatilidade eleitoral quando o período de campanha se inicia efetivamente. Coligações com Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e Ciro Gomes (PDT-CE) foram descartadas pelo pessedista, por considerar que "propostas radicais não atendem o que precisa o Brasil" e que, para fazer frente ao avanço dessas candidaturas, seria necessária uma composição moderada.[5] Na negociação com Kassab, o PSDB abriu mão de lançar candidatos governo estaduais para apoiar nomes do PSD. Foi o caso do deputado Izalci Lucas, que abdicou da disputa no Distrito Federal em favor de Rogério Rosso. No Rio Grande do Norte, saiu da disputado o ex-governador tucano Geraldo Melo para apoiar a reeleição de Robinson Faria.[6]

Após a eleição, a bancada do PSD sofreu poucas alterações: perdeu um deputado, mas se manteve como 5ª maior força política na Câmara. Também elegeu 4 senadores: reconduziu Sérgio Petecão pelo Acre e promoveu Arolde de Oliveira(RJ), Angelo Coronel (BA) e Irajá Abreu (TO). Quanto aos governadores, elegeu Carlos Massa (vulgo Ratinho Júnior) no Paraná e Belivaldo Chagas no Sergipe.

Posse do ministro Fábio Faria (PSD-RN) à frente do Ministério das Comunicações durante o Governo Bolsonaro.

Governo Jair Bolsonaro[editar | editar código-fonte]

O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou a atuação do Governo durante a Pandemia de Covid-19.







Organização[editar | editar código-fonte]

Há cientistas políticos que consideram que a concretização da dissidência pessedista fora um reflexo da intensa centralização histórica que predominava no estatuto do Partido da Frente Liberal e depois no DEM. A adoção de uma estrutura descentralizada para o PSD lhe tem permitido coordenar e administrar conflitos entre diretórios regionais - como aquele que opôs o diretório do DEM de São Paulo ao DEM nacional e deu origem ao PSD - com maior sucesso que as demais legendas. Dessa forma, os pessedistas têm conseguido manter um grau de coesão interna acima da média brasileira. [7]

Ademais, sua história torna mais provável que o PSD como organização concilie os interesses de seus integrantes, não sendo apenas um veículo para os objetivos políticos de sua elite. Isso não significa que o PSD visa ser um partido de massas, mas apenas que as forças regionais existentes no partido têm suas demandas apreciadas e diligenciadas pela cúpula nacional do partido. Pode-se facilmente verificar essa dinâmica pela projeção de certas figuras como Omar Aziz (PSD-AM) e Raimundo Colombo (PSD-SC).[7]


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Partido Social Democrático (1945)[editar | editar código-fonte]

O Governo Kubitschek (1956-1961)[editar | editar código-fonte]

Os anos JK podem ser considerados como o apogeu do PSD, mas também assistiu algumas precariedades para o partido. Por força da Aliança com o PTB, os trabalhistas ocuparam quase exclusivamente os Ministérios do Trabalho e da Agricultura, todavia os pessedistas mantiveram-se majoritários. O PSD também era amplamente majoritário no Congresso Nacional, com 119 parlamentares na Câmara de Deputados e 20 Senadores.[8][9]

Presidente Juscelino Kubitschek (PSD-MG) junto de Amaral Peixoto (PSD-RJ).

A fim de dar prosseguimento ao seu Plano de Metas e à construção de Brasília, o Presidente requereu ampla coesão do seu partido que, no Congresso Nacional, o apoiou intensamente. Além disso, era importante que o PSD controlasse os ministérios relativos à economia e às obras públicas, o que conferia monopólio pessedista sobre a política econômica. Nesse contexto, Kubitschek enviou o presidente nacional do PSD, Amaral Peixoto, à embaixada do Brasil em Washington, no fito de garantir acesso aos fundos necessários para suas empreitadas no Planalto Central - mas possivelmente também para poder aumentar seu controle sobre o partido. A necessidade de maior unificação no partido teve outro lado, não obstante: em que pese à coalizão com o PTB, Kubitschek decidiu não desafiar setores mais conservadores do seu partido promovendo reforma fundiária ou significativas dilatações nos direitos trabalhistas. Kubitschek tenta, portanto, preservar os valores tradicionais do PSD em uma estratégia utilitarista para assegurar o bom andamento do seu mandato.[8]

Sem embargo, uma divisão bastante peculiar começou a nascer não somente no PSD, mas nos partidos políticos de forma geral. Movimentos jovens que contestavam as velhas lideranças partidárias, e sua política fisiológica excessivamente regionalista, ganhavam força dentro das convenções partidárias e escalavam as fileiras da política. No PSD, essa corrente interna ficou conhecida como Ala Moça e era principalmente articulada por Ulysses Guimarães, objetivando modernizar o partido. A Ala Moça também defendia posições ditas desenvolvimentistas que ameaçavam o clientelismo dos quadros tradicionais.[8][10][11]

Num primeiro momento, Kubitschek se aproxima da Ala Moça e lhes fornece apoio contra os ''caciques'' do PSD. No entanto, a iminência das eleições de 1958 levou o Presidente a evitar confronto com os políticos regionais - essenciais ao pleito. Assim, Kubitschek retira do Ministério da Fazenda, José Maria Alkmin que conduzia políticas próximas da Ala Moça e o substitui por Lucas Lopes, de inspiração mais conservadora. Sem o apoio do Presidente, a Ala Moça perde muito da sua potência original e se alia aos seus homólogos na UDN e no PTB (a Bossa Nova da UDN e o Grupo Compacto do PTB) para formar uma Frente Parlamentar Nacionalista.[8][12][9][10][11]

Nas Eleições de 1958, o afastamento de Amaral Peixoto aos EUA provocou um distanciamento dos quadros regionais quase provaram desastrosos para os resultados do PSD. Neste pleito, embora o PSD tenha conseguido eleger 117 deputados e 6 senadores (sobre 21 em disputa); apenas conseguiu elevar 2 governadores, perdendo muitos estados em que exercia um controle tradicional: grifa-se o caso do Rio Grande do Sul, onde Leonel Brizola (PTB) derrota o candidato PSD-UDN. Em São Paulo, Jânio Quadros constrói uma coligação cada vez mais poderosa que leva o Presidente a evitar o lançamento de uma candidatura de Ulysses Guimarães.[8][13][12]

Kubitschek visava seu retorno às urnas em 1965 (em um projeto pessoal denominado ''JK-65") e sabia que a bonança do seu mandato traduziria instantaneamente em políticas de austeridade pelo próximo Governo. Diante disso, Kubitschek passou a articular uma candidatura de ''união nacional'' com a UDN que mataria dois coelhos com uma só cajadada: pacificaria os ímpetos golpista daquela associação partidária que há tempos já se mobilizavam, e simultaneamente colocava JK numa posição privilegiada para 1965.[13]

Referências

  1. GOMES, Rodrigo de Aguiar. 1989: A Maior Eleição da História.
  2. G1, Do; Paulo, em São (12 de maio de 2016). «Gilberto Kassab (PSD), ministro de Ciência e Tecnologia e Comunicações». Política. Consultado em 18 de setembro de 2021 
  3. «Depois do apoio maciço a Temer, 'Centrão' cobra cargos e faz ameaça». Jornal Nacional. 9 de agosto de 2017. Consultado em 18 de setembro de 2021 
  4. «Meirelles admite disputar Presidência contra Temer». VEJA. Consultado em 18 de setembro de 2021 
  5. «Maioria do PSD deseja aliança com Alckmin, diz Kassab». VEJA. Consultado em 18 de setembro de 2021 
  6. «Geraldo Alckmin confirma acerto com PSD e amplia bloco de apoio». VEJA. Consultado em 18 de setembro de 2021 
  7. a b Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome :4
  8. a b c d e FGV. «Partido Social Democrático (PSD- 1945-1965)» 
  9. a b Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 13 de julho de 2021 
  10. a b Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «ALA MOCA DO PSD». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 13 de julho de 2021 
  11. a b Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «BOSSA NOVA DA UDN». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 13 de julho de 2021 
  12. a b HIPPOLITO, Lucia. «Vargas e a gênese do sistema partidário brasileiro*». Anos 90, Porto Alegre, v. 11, n. 19/20, p.21-47, jan./dez. 2004. Revista Anos 90 
  13. a b HIPPOLITO, Lúcia (2012). De Raposas e Reformistas: o PSD e a experiência democrática de 1945 a 1964. Rio de Janeiro: Nova Fronteira 


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