Onyx Lorenzoni: diferenças entre revisões
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[[Ficheiro:2019-06-11 Cerimônia de Comemoração do 154º Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo e imposição das condecorações da Ordem do Mérito Naval - 48045378506.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Onyx recebe condecoração da Ordem do Mérito Naval.]] |
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Desde 1 de janeiro de 2019 era o [[Lista de ministros-chefe da Casa Civil do Brasil|Ministro-Chefe da Casa Civil]] do presidente [[Jair Bolsonaro]],<ref>{{citar web|url=https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/02/politica/1541174947_621896.html|publicado=El Pais|título=Onyx Lorenzoni, de escanteado no DEM a novo todo poderoso de Brasília|data=2 de novembro de 2018|acessodata=2 de novembro de 2018}}</ref> se licenciando brevemente do cargo em julho com os ministros [[Marcelo Álvaro Antônio]] e [[Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias|Tereza Cristina]] para votarem na Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. |
Desde 1 de janeiro de 2019 era o [[Lista de ministros-chefe da Casa Civil do Brasil|Ministro-Chefe da Casa Civil]] do presidente [[Jair Bolsonaro]],<ref>{{citar web|url=https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/02/politica/1541174947_621896.html|publicado=El Pais|título=Onyx Lorenzoni, de escanteado no DEM a novo todo poderoso de Brasília|data=2 de novembro de 2018|acessodata=2 de novembro de 2018}}</ref> se licenciando brevemente do cargo em julho com os ministros [[Marcelo Álvaro Antônio]] e [[Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias|Tereza Cristina]] para votarem na Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. |
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Seu voto foi a favor da [[reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro]], reforma que foi aprovada e como consequência terminou com a aposentadoria por tempo de contribuição sem idade mínima, também aumentou o tempo de contribuição para homens e mulheres, foi implantada idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e para as mulheres foi implantado um sistema de transição que aumenta o período em 6 meses a cada ano, chegando em 62 anos em 2023 quando irá se estabilizar, também mudou a forma de cálculo dos novos benefícios, vindo a reduzir os valores de aposentadorias e pensões; a pensão por morte com a reforma passou a estabelecer somente 50% do valor da aposentadoria que o falecido recebia e mais 10% por dependente, sendo que o valor final não pode ser superior a 100% da aposentadoria do falecido e nem inferior a 1 salário mínimo; com isso a classe trabalhadora sofreu a perda significativa de direitos, Denise Gentil, economista, especialista em Previdência e professora da [[Universidade Federal do Rio de Janeiro]] (UFRJ), ressaltou que as reformas trabalhista e da Previdência vieram a contribuir para a queda na renda e a piora na qualidade de vida dos aposentados.<ref>{{Citar web|url=https://www.cut.org.br/noticias/deputados-gauchos-repetem-traicao-na-aprovacao-da-reforma-da-previdencia-cc98 |titulo= Deputados gaúchos repetem traição na aprovação da reforma da Previdência|acessodata=2022-09-29}}</ref> |
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Em 13 de fevereiro de 2020 o presidente anunciou a transferência de Onyx da Casa Civil para o [[Ministério da Cidadania]]<ref>{{citar web |url=https://oglobo.globo.com/brasil/bolsonaro-confirma-braga-netto-onyx-em-reforma-ministerial-conta-gotas-24247060 |titulo=Bolsonaro confirma Braga Netto e Onyx em reforma ministerial 'a conta-gotas' |data=13/02/2020 |acessodata=23/03/2021 |publicado=O Globo |autor=Gustavo Maia e Daniel Gullino}}</ref>, tendo sido efetivada a posse como ministro da Cidadania em 18 de fevereiro.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/02/18/bolsonaro-da-posse-a-braga-netto-na-casa-civil-e-a-onyx-lorenzoni-na-cidadania.ghtml|titulo=Bolsonaro dá posse a Braga Netto na Casa Civil e a Onyx Lorenzoni na Cidadania|data=18 de fevereiro de 2020|acessodata=7 de março de 2020|publicado=G1}}</ref> |
Em 13 de fevereiro de 2020 o presidente anunciou a transferência de Onyx da Casa Civil para o [[Ministério da Cidadania]]<ref>{{citar web |url=https://oglobo.globo.com/brasil/bolsonaro-confirma-braga-netto-onyx-em-reforma-ministerial-conta-gotas-24247060 |titulo=Bolsonaro confirma Braga Netto e Onyx em reforma ministerial 'a conta-gotas' |data=13/02/2020 |acessodata=23/03/2021 |publicado=O Globo |autor=Gustavo Maia e Daniel Gullino}}</ref>, tendo sido efetivada a posse como ministro da Cidadania em 18 de fevereiro.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/02/18/bolsonaro-da-posse-a-braga-netto-na-casa-civil-e-a-onyx-lorenzoni-na-cidadania.ghtml|titulo=Bolsonaro dá posse a Braga Netto na Casa Civil e a Onyx Lorenzoni na Cidadania|data=18 de fevereiro de 2020|acessodata=7 de março de 2020|publicado=G1}}</ref> |
Revisão das 05h50min de 29 de setembro de 2022
Onyx Lorenzoni | |
---|---|
Em 2019. | |
62.º Ministro do Trabalho e Previdência do Brasil | |
Período | 28 de julho de 2021 a 30 de março de 2022 |
Presidente | Jair Bolsonaro |
Antecessor(a) | Caio Vieira de Mello (2018) |
Sucessor(a) | José Carlos Oliveira |
Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência do Brasil | |
Período | 12 de fevereiro de 2021 a 28 de julho de 2021 |
Presidente | Jair Bolsonaro |
Antecessor(a) | Jorge Oliveira |
Sucessor(a) | Luiz Eduardo Ramos |
2.º Ministro da Cidadania do Brasil | |
Período | 18 de fevereiro de 2020 a 12 de fevereiro de 2021 |
Presidente | Jair Bolsonaro |
Antecessor(a) | Osmar Terra |
Sucessor(a) | João Roma |
49.º Ministro-Chefe da Casa Civil do Brasil | |
Período | 1° de janeiro de 2019 a 14 de fevereiro de 2020 |
Presidente | Jair Bolsonaro |
Antecessor(a) | Eliseu Padilha |
Sucessor(a) | Walter Braga Netto |
Ministro-Chefe do Gabinete de Transição Governamental do Brasil | |
Período | 5 de novembro de 2018 a 1° de janeiro de 2019 |
Presidente | Michel Temer |
Deputado federal pelo Rio Grande do Sul | |
Período | 1° de fevereiro de 2003 a atualidade (5 mandatos consecutivos)[a] |
Deputado estadual do Rio Grande do Sul | |
Período | 1° de fevereiro de 1995 a 1° de fevereiro de 2003 (2 mandatos consecutivos) |
Dados pessoais | |
Nascimento | 3 de outubro de 1954 (69 anos) Porto Alegre, RS |
Alma mater | Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) |
Prêmio(s) | Ordem do Mérito Militar[1] |
Partido | PL (1987-1997) PFL (1997-2007) DEM (2007-2022) UNIÃO (2022) PL (2022-presente) |
Religião | luteranismo[b] |
Profissão | médico veterinário, empresário, político |
Onyx Dornelles Lorenzoni GOMM (Porto Alegre, 3 de outubro de 1954) é um político, médico veterinário e empresário brasileiro filiado ao Partido Liberal (PL). Exerce o quinto mandato de deputado federal pelo Rio Grande do Sul.[3]
Foi ministro de Estado Extraordinário, nomeado por Michel Temer para coordenar a equipe de transição para o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro.[4][5][6][7] Já no governo Jair Bolsonaro, foi ministro-chefe da Casa Civil, ministro da Cidadania, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência e ministro do Trabalho e Previdência.[8]
Biografia
Filho de Rheno Julio Lorenzoni e Dalva Dornelles Lorenzoni,[9] formou-se em medicina veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), é luterano e pai de quatro filhos, incluindo Rodrigo Lorenzoni.[2] Presidiu a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados entre 2008 e 2009.[10][11]
A sua atuação em plenário o caracteriza como um dos mais ferrenhos opositores do PT,[12][13][14][15][16] tendo buscado associar sua imagem ao combate à corrupção no Brasil[17][18][19][20] antes de admitir publicamente o recebimento de caixa 2 da empresa JBS para campanha eleitoral em 2017.[21]
Desde o primeiro mandato como deputado federal e há treze anos, é considerado um dos cem parlamentares mais influentes do Congresso pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP).[22][23][24][25][26] Em 2005, foi admitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1]
Foi membro de dez Comissões parlamentar de inquérito (CPIs), entre elas, da CPMI dos Correios,[18] CPMI do Cachoeira[19] e da CPMI da Petrobras,[20] e relator da Subcomissão de Normas de Combate à Corrupção e da Comissão que analisou medidas de combate à corrupção.[17]
Foi o primeiro líder do partido DEM na Câmara dos Deputados do Brasil.[27]
Iniciou sua carreira política no PL,[28] filiando-se depois ao PFL, atual DEM.
Em 2004 concorreu a prefeito de Porto Alegre, ficando em terceiro lugar, com 9,97 por cento dos votos válidos (80.633 votos).[29] Concorreu novamente em 2008, pela coligação DEM-PP-PSC, com Mano Changes como vice. Na segunda tentativa ficou em quinto lugar, com 4,91 por cento dos votos válidos (38.803 votos).[30]
Nas eleições de 2014, realizadas em 5 de outubro, foi eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul para a 55ª Legislatura (2015 — 2019).[31] Em 1 de fevereiro de 2015 assumiu, então, o quarto mandato.[32][33]
Em 2016, votou a favor do processo de impeachment de Dilma Rousseff.[34] Já durante o Governo Michel Temer, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos.[34] Em abril de 2017 foi favorável à Reforma Trabalhista.[34][35] Em agosto de 2017 votou a favor do processo em que se pedia abertura de investigação do então presidente Michel Temer.[34][36]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3f/2019-06-11_Cerim%C3%B4nia_de_Comemora%C3%A7%C3%A3o_do_154%C2%BA_Anivers%C3%A1rio_da_Batalha_Naval_do_Riachuelo_e_imposi%C3%A7%C3%A3o_das_condecora%C3%A7%C3%B5es_da_Ordem_do_M%C3%A9rito_Naval_-_48045378506.jpg/220px-thumbnail.jpg)
Desde 1 de janeiro de 2019 era o Ministro-Chefe da Casa Civil do presidente Jair Bolsonaro,[37] se licenciando brevemente do cargo em julho com os ministros Marcelo Álvaro Antônio e Tereza Cristina para votarem na Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.
Seu voto foi a favor da reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro, reforma que foi aprovada e como consequência terminou com a aposentadoria por tempo de contribuição sem idade mínima, também aumentou o tempo de contribuição para homens e mulheres, foi implantada idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e para as mulheres foi implantado um sistema de transição que aumenta o período em 6 meses a cada ano, chegando em 62 anos em 2023 quando irá se estabilizar, também mudou a forma de cálculo dos novos benefícios, vindo a reduzir os valores de aposentadorias e pensões; a pensão por morte com a reforma passou a estabelecer somente 50% do valor da aposentadoria que o falecido recebia e mais 10% por dependente, sendo que o valor final não pode ser superior a 100% da aposentadoria do falecido e nem inferior a 1 salário mínimo; com isso a classe trabalhadora sofreu a perda significativa de direitos, Denise Gentil, economista, especialista em Previdência e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ressaltou que as reformas trabalhista e da Previdência vieram a contribuir para a queda na renda e a piora na qualidade de vida dos aposentados.[38]
Em 13 de fevereiro de 2020 o presidente anunciou a transferência de Onyx da Casa Civil para o Ministério da Cidadania[39], tendo sido efetivada a posse como ministro da Cidadania em 18 de fevereiro.[40]
Em 12 de fevereiro de 2021, foi exonerado do Ministério da Cidadania e nomeado para o cargo de ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, que estivera vago desde a nomeação de Jorge Oliveira para o Tribunal de Contas da União em dezembro do ano anterior.[41] Em 28 de julho do mesmo ano, deixou o cargo de ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência para assumir o cargo de Ministro do Trabalho e Previdência, no qual onde o presidente Bolsonaro editou a medida provisória para recriar esta pasta.[42] Em 29 de novembro ainda nesse ano, se filia ao PL para disputar o governo do Rio Grande do Sul.[43] Em 30 de março de 2022, deixa o cargo de ministro do trabalho para disputar o governo do estado.[44]
Posicionamentos
Favoráveis
10 medidas contra a corrupção
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/17px-Magnifying_glass_01.svg.png)
Ganhou destaque nacional em 2016 como relator do projeto que transforma as 10 Medidas contra corrupção propostas pelo Ministério Público Federal em lei. Durante o processo de discussão da lei foram apresentados três versões do relatório.
O primeiro relatório que Onyx apresentou, em 9 de novembro, transformava o caixa dois em crime e propunha testes de integridade para agentes públicos somente com consequências administrativas, enquanto o texto original previa o uso em ações cíveis e criminais.[45][46]
O segundo relatório, apresentado em 21 de novembro, tipificava o crime de caixa dois, prevendo penas de dois a cinco anos para quem utilizar recursos não declarados em campanhas eleitorais.[47] Estas propostas de tipificação foram vistas como uma brecha para anistiar políticos que adotaram caixa dois antes da promulgação da lei, apesar do relatório não propor a anistia diretamente.[47] Também foi tipificado o crime de venda de voto.[47] Esta versão tinha 17 medidas.
O terceiro relatório de Onyx, de 22 de novembro, baixou o número de medidas de 17 para 12, retirando medidas que tratavam de ações populares e acordos de cooperação internacional.[48]
O quarto relatório, com 20 mudanças em relação ao anterior, foi apresentado em 23 de novembro. Entre as mudanças se destacavam: aumento do valor no qual corrupção ativa e passiva passa a ser considerado crime hediondo de 100 para 10 000 salários mínimos (cerca de 8,8 milhões de reais); remoção do prazo para estabelecer investigação e encerrar denúncia; inclui, no crime de caixa dois, aquele que praticá-lo em nome de um candidato (e não somente o candidato, partido político e doador).[49] No mesmo dia a Comissão aprovou por unanimidade, com 30 votos favoráveis, este texto do relator.[50]
Prisão em 2º instância
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/17px-Magnifying_glass_01.svg.png)
Em outubro de 2016, posicionou-se favorável a decisão do Supremo Tribunal Federal de permitir a prisão para réus condenados em segunda instância, e disse que incluiria dentre as medidas contra corrupção. "O que nós vamos fazer? Vamos trazer pra cá esta decisão do Supremo Tribunal Federal e colocar no relatório final. Ou seja, a partir desse momento, tem uma decisão do STF e daqui alguns meses terá, no Código de Processo Penal brasileiro a mesma decisão corroborada numa lei pelo parlamento brasileiro", disse Lorenzoni.[51][52]
Contrários
Anistia ao caixa 2
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/17px-Magnifying_glass_01.svg.png)
Em novembro de 2016, posicionou-se contrário a anistia ao caixa 2,[53] juntamente com o deputado Fernando Francischini,[53] o deputado Alessandro Molon,[54][55] o deputado Vanderlei Macris,[56] o deputado Carlos Sampaio,[56] o deputado Joaquim Passarinho,[56] o Senador Álvaro Dias,[57] e a Senadora Ana Amélia Lemos,[58] no âmbito da discussão sobre as dez medidas contra a corrupção propostas pelo Ministério Público Federal.[53] Apesar disso, o próprio parlamentar admitiu ter recebido caixa 2 da JBS em 2014.[59]
Foro privilegiado
Em novembro de 2016, O deputado Onyx no programa Roda Viva, afirmou ser contrário ao foro privilegiado. “Existe no país uma sensação de absoluta impunidade. Espero que o Congresso use este momento para fazer uma conciliação com as ruas. Os parlamentares precisam ter a capacidade e a humildade de ouvir a voz das ruas”.[60]
Controvérsias
Caixa 2 da JBS para campanha eleitoral
Nas delações da JBS, foi acusado de receber caixa 2 da empresa. À RBS TV, Lorenzoni assumiu o crime, justificando que "não tinha como" declarar o valor na Justiça Eleitoral, e que a cifra teria sido inferior aos 200 mil reais citados por Ricardo Saud.[61]
No dia 14 de março de 2017, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF 83 pedidos de abertura de inquérito, a partir dos acordos de colaboração premiada firmados com 78 executivos e ex-executivos da Odebrecht,[62] sendo mencionado em depoimentos da Odebrecht.[63] No entanto, em junho de 2018, o Ministro do STF Luiz Fux decidiu pelo arquivamento: "As diligências realizadas não foram suficientes para elucidar a materialidade do suposto crime".
Em dezembro de 2018, após vir à tona uma planilha dos delatores da JBS em que aparece "Doações-2012" como "Onyx-DEM" e a pedido da Procuradoria Geral da República, o STF autorizou abertura de um processo de apuração de pagamento de caixa 2 contra o deputado Onyx Lorenzoni e outros nove parlamentares, acusados por delatores da JBS de pagamento de R$ 100 mil em 2012 e R$ 200 mil em 2014. O pagamento ilegal em 2014 foi admitido pelo próprio Onyx, mas ele negou a acusação de 2012. A acusação de 2014 encontra-se atualmente arquivada no Supremo, mas com o novo pedido da PGR, o parlamentar pode voltar a responder sobre ela.[64][65][66][67]
Indicação de professor particular de inglês
O então ministro da Cidadania indicou o seu professor particular de inglês, Allan Bubna, para trabalhar na assessoria internacional da pasta por um salário de R$ 10 mil, a indicação foi vista como polêmica pois o professor não apresentava experiência suficiente para assumir a função.[68] A nomeação foi posteriormente cancelada após ser revelado que o professor era filiado ao PSOL, com Onyx declarando que desconhecia qualquer ligação ou filiação partidária do professor.[69] Após o ocorrido, Onyx Lorenzoni exonerou servidores e comissionados de postos de comando da assessoria internacional da pasta, o que foi visto como uma retaliação por terem sido vazadas informações sobre a contratação de Bubna à imprensa.[70]
Verbas de gabinete para empresa de amigo
Onyx Lorenzoni usou 80 notas fiscais de uma empresa de consultoria pertencente a um amigo de longa data para receber R$ 317 mil em verbas de gabinete da Câmara dos Deputados entre os anos de 2009 e 2018. Das 80 notas, 29 foram emitidas em sequência, o que indica que Onyx pode ter sido o único cliente da firma.[71] A empresa está inapta na Receita Federal por omissão de valores ao fisco e tem R$ 117 mil em dívidas tributárias. Entre janeiro de 2013 e agosto de 2018, não recolheu impostos, apesar de ter emitido 41 notas a Onyx.[72] Lorenzoni negou irregularidades na contratação da empresa de consultoria e afirmou que todas as suas contas foram aprovadas sem apontamentos.[73]
Notas
- ↑ Licenciado desde 5 de novembro de 2018 para assumir os Ministérios da Transição Presidencial, Casa Civil, Cidadania, Secretaria-Geral e Trabalho e Previdência.
- ↑ Converso do catolicismo em data desconhecida.[2]
Histórico Eleitoral
Ano | Eleição | Partido | Candidato a | Votos | % | Resultado | Ref |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1994 | Estadual do Rio Grande do Sul | PL | Deputado Estadual | 20.668 | n/a | Eleito | [74] |
1998 | Estadual do Rio Grande do Sul | PFL | Deputado Estadual | 26.046 | n/a | Eleito | [75] |
2002 | Estadual do Rio Grande do Sul | PFL | Deputado Federal | 62.160 | 1,05% | Eleito | [76] |
2004 | Municipal de Porto Alegre/RS | PFL | Prefeito | 80.633 | 9,97% | 3º Lugar | [77] |
2006 | Estadual do Rio Grande do Sul | PFL | Deputado Federal | 112.764 | 1,89% | Eleito | [78] |
2008 | Municipal de Porto Alegre/RS | DEM | Prefeito | 38.803 | 4,91% | 4º Lugar | [79] |
2010 | Estadual do Rio Grande do Sul | DEM | Deputado Federal | 84.696 | 1,41% | Eleito | [80] |
2014 | Estadual do Rio Grande do Sul | DEM | Deputado Federal | 148.302 | 2,52% | Eleito | [81] |
2018 | Estadual do Rio Grande do Sul | DEM | Deputado Federal | 183.518 | 3,14% | Eleito | [82] |
Referências
- ↑ a b BRASIL, Decreto de 22 de março de 2005.
- ↑ a b Zaffari, Fernanda. «Família e cozinha na vida de Onyx». Zero Hora. Porto Alegre. Consultado em 1 de novembro de 2021
- ↑ «Onyx Lorenzoni se filia ao PL». Jornal do Comércio. 11 de março de 2022. Consultado em 15 de março de 2022
- ↑ Diário Oficial da União de 5 de novembro de 2018, Seção 2, p. 1.
- ↑ «Onyx Lorenzoni é nomeado ministro extraordinário de Bolsonaro». G1
- ↑ Minas, Estado de (5 de novembro de 2018). «Ministro extraordinário Onyx Lorenzoni deve iniciar trabalhos nesta tarde». Estado de Minas
- ↑ «Onyx, Tereza Cristina e Terra são exonerados para posse na Câmara». R7.com. 1 de fevereiro de 2019. Consultado em 1 de fevereiro de 2019
- ↑ Decretos de 30 de março de 2022. Imprensa Nacional. Acesso em 3 de abril de 2022.
- ↑ Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «LORENZONI, Onyx». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 24 de abril de 2019
- ↑ «Presidente em 2008». Portal da Câmara dos Deputados
- ↑ Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «LORENZONI, Onyx». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 13 de fevereiro de 2020
- ↑ «PFL pede à CPI auditoria na empresa de filho de Lula». clicrbs
- ↑ «Porto Alegre: Onyx Lorenzoni lança nesta quarta-feira "A Máfia da Estrela; Ascensão e Queda do Império Petista" - Felipe Vieira». felipevieira.com.br
- ↑ «Lula na CPI da Petrobras: Onyx Lorenzoni protocola pedido de convocação - Felipe Moura Brasil». abril.com.br
- ↑ «Vídeo imperdível: Onyx Lorenzoni detona Vaccari e prova que tesoureiro do PT mentiu na CPI da Petrobras - Felipe Moura Brasil». abril.com.br
- ↑ «DEM ameaça abrir representação contra Marco Maia». Terra. 28 de julho de 2012. Consultado em 13 de outubro de 2018
- ↑ a b «Relator apresenta a comissão parecer sobre projeto anticorrupção». G1. Globo.com. Consultado em 13 de outubro de 2018
- ↑ a b http://www.camara.gov.br/Internet/Agencia/pdf/volume01.pdf
- ↑ a b «CPI do Cachoeira é instalada no Congresso e pede dados ao Supremo». G1. Globo.com. 25 de abril de 2012. Consultado em 13 de outubro de 2018
- ↑ a b «COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO -PETROBRAS». Câmara dos Deputados
- ↑ «Onyx Lorenzoni admite ter recebido dinheiro de caixa dois da JBS». Congresso em Foco. 19 de maio de 2017
- ↑ Line, A TARDE On. «Diap revela 100 congressistas mais influentes do Congresso». uol.com.br
- ↑ «Deputado Onyx Lorenzoni entre os mais influentes do Congresso». Democratas.org. Consultado em 13 de outubro de 2018
- ↑ «DIAP divulga relação dos 100 parlamentares mais influentes do Congresso». Diap. Consultado em 13 de outubro de 2018
- ↑ «Parlamentares do DEM estão entre os políticos mais influentes do país, segundo DIAP». DEM. 4 de setembro de 2017. Consultado em 13 de outubro de 2018
- ↑ Lorenzoni, Onyx. «Deputado Federal Onyx». www.onyxlorenzoni.com.br
- ↑ https://www.diap.org.br/images/stories/historico_cd_lp.pdf
- ↑ Araujo, Luiz Antônio (6 de novembro de 2018). «Governo Bolsonaro: quem é Onyx Lorenzoni, responsável por coordenar a relação entre a futura gestão e o Congresso». News. BBC News Brasil. Consultado em 2 de janeiro de 2018
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- ↑ Redação (27 de abril de 2017). «Reforma trabalhista: como votaram os deputados». Consultado em 18 de setembro de 2017
- ↑ Carta Capital (3 de agosto de 2017). «Como votou cada deputado sobre a denúncia contra Temer». Consultado em 18 de setembro de 2017
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- ↑ Gustavo Maia e Daniel Gullino (13 de fevereiro de 2020). «Bolsonaro confirma Braga Netto e Onyx em reforma ministerial 'a conta-gotas'». O Globo. Consultado em 23 de março de 2021
- ↑ «Bolsonaro dá posse a Braga Netto na Casa Civil e a Onyx Lorenzoni na Cidadania». G1. 18 de fevereiro de 2020. Consultado em 7 de março de 2020
- ↑ «Bolsonaro transfere Onyx para Secretaria-Geral e nomeia aliado de ACM Neto para Cidadania». G1. 12 de fevereiro de 2021. Consultado em 14 de fevereiro de 2021
- ↑ «Ministério do Trabalho: Bolsonaro recria pasta e nomeia Onyx Lorenzoni para pasta». UOL. 28 de julho de 2021
- ↑ «Onyx confirma filiação ao PL e candidatura ao governo do RS». R7. 30 de novembro de 2021
- ↑ «Onyx acredita que fará sucessor no Ministério do Trabalho e Previdência». Veja. 25 de março de 2022
- ↑ «Onyx Lorenzoni no Roda Viva: O foro privilegiado é uma excrescência que precisa ser eliminada». VEJA. Abril. Consultado em 24 de novembro de 2016
- ↑ Fernanda Calgaro (9 de novembro de 2016). «Relator apresenta a comissão parecer sobre projeto anticorrupção». G1 Política. Globo.com. Consultado em 23 de novembro de 2016
- ↑ a b c Gustavo Garcia e Bernardo Caram (21 de novembro de 2016). «Onyx inclui crime de caixa 2 em novo parecer do pacote anticorrupção». G1 Política. G1.com. Consultado em 23 de novembro de 2016
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Ligações externas
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