Condeúba

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Condeúba
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Condeúba
Bandeira
Brasão de armas de Condeúba
Brasão de armas
Hino
Gentílico condeubense [1]
Localização
Localização de Condeúba na Bahia
Localização de Condeúba na Bahia
Localização de Condeúba na Bahia
Condeúba está localizado em: Brasil
Condeúba
Localização de Condeúba no Brasil
Mapa
Mapa de Condeúba
Coordenadas 14° 53' 42" S 41° 58' 08" O
País Brasil
Unidade federativa Bahia
Municípios limítrofes Guajeru, Cordeiros, Presidente Jânio Quadros, Jacaraci, Mortugaba, São João do Paraíso (Minas Gerais)
Distância até a capital 660 km
História
Emancipação 11 de junho de 1860 (163 anos) (criação da vila)[2]

12 de outubro de 1861 (162 anos) (instalação efetiva)[2]

Administração
Prefeito(a) Silvan Baleeiro (MDB, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total IBGE/2022[3] 1 348,039 km²
População total (Censo de 2022) [4] 17 053 hab.
 • Posição (BA: 202º· (NE: 735°· (BR: 2022º) (2022)[5]
Densidade 12,7 hab./km²
Clima Semi-árido
Altitude 1000 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[6]) 0,582 baixo
PIB (IBGE/2016[7]) R$ 126 993 mil
PIB per capita (IBGE/2016[7]) R$ 6 966,54
Sítio governodecondeuba.ba.gov.br (Prefeitura)

Condeúba é um município brasileiro do estado da Bahia, distante 660 km de sua capital, Salvador.

Localizado no Alto Sertão, na fronteira com Minas Gerais, possui importantes monumentos históricos, sendo ele próprio terra natal de Tranquilino Leovigildo Torres, idealizador e fundador do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e seu primeiro historiador, no final do século XIX.[8]

Com o nome original de Santo Antônio da Barra, seu povoamento data de meados do século XVIII, quando se estabeleceu o povoado às margens do rio Gavião quando este encontra-se com o rio Condeúba, na Serra Geral. De sua área original desmembraram-se os municípios de Caraíbas, Cordeiros, Guajeru, Jacaraci[nota 1], Maetinga, Piripá, Presidente Jânio Quadros e Tremedal.[8]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Registrou Tranquilino Torres que, na primeira metade do século XVIII, “os habitantes da Serra Talhada fizeram erigir, na pequena povoação, hoje sede do município, uma pequena capela com denominação de Santo Antônio da Barra do Sítio de Condeúba, antiga e extensa fazenda então existente com sede à margem do rio Gavião”.[10]

Situado em importante confluência de estradas que ligavam o Alto Sertão ao litoral e a Minas Gerais, tornou-se importante entreposto comercial que levaram à sua emancipação de Caetité, no ano de 1860.[11] Sobre a emancipação, escreveu João Cordeiro: "Caetiteenses e a população da Freguesia de Santo Antônio da Barra uniram-se, contando com o auxílio político do Presidente da Câmara Municipal de Caetité, o Cel. Porfírio de Brito Gondim, de seus correligionários Major José Antônio Pimenta e os Coronéis Jacinto Antônio de Brito e José de Souza Fraga, que incentivaram a elevação da Freguesia (...) à condição de Vila". Assim, pela lei estadual 809 de 11 de junho de 1860, foi emancipada de Caetité e sua instalação efetiva teve lugar em 14 de maio de 1861, com a posse de sua primeira Casa da Câmara.[2]

O topônimo original de Vila de Santo Antônio da Barra foi alterado por iniciativa de Deocleciano Pires Teixeira, em 1889, após a Proclamação da República.[12]

Paróquia de Santo Antônio[editar | editar código-fonte]

A 30 de junho de 1745 a capela existente no povoado e dedicada a Santo António foi consagrada pelo padre visitador-geral João de Vasconcelos Pereira, sendo naquele mesmo ano fundada uma irmandade dedicada ao orago que, no diz 13 d junho de 1752, realizou a primeira festa do padroeiro.[12]

A capela original veio a se deteriorar e, finalmente, demolida, sendo erguida uma nova pela Irmandade concluída em 1765 e foi abençoada pelo visitador José Nunes Cabral Castelo Branco em 10 de julho de 1783, ocasião em que passou a pertencer à paróquia de Nossa Senhora da Vitória (de Vitória da Conquista) e, depois, à Diocese de Caetité.[12]

A 15 de fevereiro de 1845 o arcebispo D. Romualdo Seixas fundou no povoado a Irmandade do Santíssimo Sacramento, e em 19 de maio de 1851 o templo passou a ser a igreja matriz, sediando desde então a Paróquia de Santo Antônio de Pádua.[12]

Registrou Agnerio Souza que "o primeiro pároco a residir na cidade foi o magnânimo Padre Belarmino Silvestre Torres (1829-1896); o segundo foi o Cônego João Gualberto de Magalhães (1848-1929); o terceiro foi o Mons. Waldemar Moreira da Cunha (1896-1968)",[12] seguido pelos padres Aquino, Homero, Itamar, Ademar, Paulo Âmbar, Odilon, Ticiano, Vicente, Giuliano, Osvaldino, Noé e, a partir de 2017 a função foi ocupada pelo sacerdote José Silva Figueiredo, natural de Macaúbas e vindo de Brumado.[13]

Notas e referências[editar | editar código-fonte]

Notas

  1. A despeito de a fonte relacionar Jacaraci (antiga "Vila da Barra") como emancipada de Condeúba, a historiadora local Zoraide G. David não traz essa origem - antes ligando-a ao Gentio (atual distrito de Ceraíma, em Guanambi), de onde teria se emancipado em 1880.[9]

Referências

  1. «Condeúba». IBGE. Consultado em 29 de outubro de 2023 
  2. a b c Andrade 2018, p. 74.
  3. «Cidades e Estados». IBGE. Consultado em 29 de outubro de 2023 
  4. «População». IBGE. 28 de junho de 2023. Consultado em 29 de outubro de 2023 
  5. «População de Condeúba (BA) é de 17.053 pessoas, aponta o Censo do IBGE». g1. Consultado em 29 de outubro de 2023 
  6. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 24 de agosto de 2008 
  7. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2010 à 2016». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 13 de junho de 2019 
  8. a b Oliveira 2016, p. 34.
  9. David 1999, p. 237.
  10. Torres 1923, p. 41-43.
  11. Oliveira 2016, p. 126.
  12. a b c d e Souza 2022.
  13. Silveira 2017.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Andrade, João Cordeiro de (2018). Mergulho no Passado: "O nicho de poder" da Vila de Santo Antônio da Barra - Condeúba. Ibicaraí: Via Litterarum. 204 páginas. ISBN 9788581511696 
  • David, Zoraide Guerra (1999). «Origem do município». Jacaraci - Ontem e Hoje. Belo Horizonte: Organização Pergaminho. 394 páginas 
  • Torres, Tranquilino Leovigildo (1924). Memória Descritiva do Município de Condeúba. Condeúba: Tipografia Vieira. 204 páginas 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]