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História em quadrinhos no Brasil: diferenças entre revisões

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==== O Tico-Tico (1905 - 1957) ====
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[[Imagem:O Tico-Tico.png|thumb|Logotipo de ''O Tico-Tico'', criado por Angelo Agostini]]
[[Imagem:O Tico-Tico.png|thumb|Logotipo de ''O Tico-Tico'', criado por Angelo Agostini]]

Revisão das 17h19min de 23 de maio de 2013

As Aventuras de Zé Caipora, de Angelo Agostini, uma das primeiras histórias em quadrinhos do Brasil

As histórias em quadrinhos no Brasil começaram a ser publicadas no século XIX, adotando um estilo satírico conhecido como cartuns, charges ou caricaturas e que depois se estabeleceria com as populares tiras. A edição de revistas próprias de histórias em quadrinhos no país começou no início do século XX. Mas, apesar do Brasil contar com grandes artistas durante a história, a influência estrangeira sempre foi muito grande nessa área, com o mercado editoral dominado pelas publicações de quadrinhos americanos, europeus e japoneses.

História

Século XIX

Precursores e primeiros passos (1837 - 1895)

Primeira charge no Brasil de autoria de Manuel de Araújo Porto-Alegre (1837)

As histórias em quadrinhos no Brasil começaram a ser publicadas no século XIX. Em 1837, circulou o primeiro desenho em formato de charge, de autoria de Manuel de Araújo Porto-Alegre, que foi produzida através do processo de litografia e vendida em papel avulso.[1] O autor criaria mais tarde, em 1844, uma revista de humor político.

No final da década de 1860, Angelo Agostini continuou a tradição de introduzir nas publicações jornalísticas e populares brasileiras, desenhos com temas de sátira política e social. Entre seus personagens populares, desenhados como protagonistas de histórias em quadrinhos propriamente ditas, estavam o "Nhô Quim" (1869) e "Zé Caipora" (1883). Agostini publicou nas revistas Vida Fluminense, O Malho e Don Quixote.[2]

Século xxx

O Tico-Tico (1905 - 1957)

Logotipo de O Tico-Tico, criado por Angelo Agostini

Lançada em 11 de outubro de 1905, a revista O Tico-Tico é considerada a primeira revista em quadrinhos do país, concebida pelo desenhista Renato de Castro, tendo o projeto sido apresentado a Luiz Bartolomeu de Souza, proprietário da revista O Malho (onde Angelo Agostini trabalhou, após o encerramento de Don Quixote)[3]; após aprovada, a revista teve a participação de Angelo Agostini, que criou o logotipo e ilustrou algumas histórias da revista[4]. O formato de O Tico Tico foi inspirado na revista infantil francesa La Semaine de Suzette; a personagem Suzette foi publicada na revista brasileira com o nome de Felismina[5]; Bécassine, outra personagem da revista[6], foi chamada de Chiquita[7]. Tico-Tico é considerada a primeira revista em quadrinhos no Brasil, e teve a colaboração de artistas de renome como J. Carlos (responsável pelas mudanças gráficas da revista em 1922), Max Yantok e Alfredo Storni[8].

Krazy Kat e Gato Félix, foram alguns dos personagem americanos publicados ns revista


O personagem de maior sucesso da revista era Chiquinho (publicado entre 1905 e 1958)[4], considerado por muitos anos como uma criação brasileira até que, na década de 1950[8], um grupo de cartunistas alegou que este era, na verdade, uma cópia do americano Buster Brown de Richard Felton Outcault (algo parecido aconteceu na Holanda, onde Buster Brown serviu de inspiração para criação de Sjors van de Rebellenclub)[9]. Durante a época da Primeira Guerra Mundial , o Chiquinho também teve inspiração nas histórias de Little Nemo in Slumberland[3]. Também figuraram na revista Reco-Reco, Bolão e Azeitona de Luiz Sá, Lamparina de J. Carlos, Kaximbown de Max Yantok, Max Muller de A. Rocha entre outros[4].

Em 1930, alguns personagens das tiras americanas foram publicados na revista como Mickey Mouse (chamado de Ratinho Curioso), Krazy Kat, (chamado de Gato Maluco) e Gato Félix. J.Carlos foi o primeiro desenhista brasileiro a desenhar personagens da Disney nas páginas de O Tico-Tico[10].

A revista foi perdendo popularidade na década de 1930, na medida em que surgiram os suplementos de quadrinhos publicados em jornais e diversas revistas em quadrinhos surgidas nessa época; na década de 1950 investiu no humor gráfico, publicando cartuns de artistas como Bosc, Sempé e Jean Giraud (que anos mais tarde ficaria conhecido como Moebius). A revista foi publicada até 1957 (após isso O Malho publicou edições especiais com o título "O Tico-Tico Aprsenta" até 1977)[11], e nos últimos quadrinhos de sua existência voltou a ter o foco educativo de outrora[4].

Os suplementos de jornais e o surgimento das editoras (1929 - 1959)

O jornal "O Globo" de Roberto Marinho, foi um dos jornais responsáveis pela implementação dos suplementos de tiras de quadrinhos

Em Setembro de 1929, o jornal A Gazeta cria um suplemento de quadrinhos no formato tabloide, baseado nos Suplementos dominicais de quadrinhos americanos; no mês seguinte, a Casa Editorial Vecchi (uma editora de origem italiana)[12] lançou a revista Mundo Infantil, porém o sucesso dos suplementos se deu em 1934 com a criação do Suplemento Infantil de Adolfo Aizen. Aizen trabalhava nos jornais O Globo e nas revistas O Malho e O Tico-Tico; após viajar para os Estados Unidos, conheceu os suplementos de quadrinhos e, ao voltar ao Brasil, conheceu Arroxelas Galvão, representante da King Features Syndicate. Galvão tentará, desde 1932, vender tiras para os jornais brasileiros; a exceção foi o jornal Diário de Notícias que publicava as tiras de Popeye (que foi rebatizado como Brocoió). Aizen negociou com Galvão e assim foi o responsável por publicar pela primeira vez as tiras de aventura de Flash Gordon. Publicado inicialmente pelo jornal A Nação (após ser recusado por Roberto Marinho, do jornal O Globo, onde Aizen trabalhava; na época Marinho alegou que o custo dos suplementos de quadrinhos seria muito alto), lançado em março do mesmo, a primeira edição teve capa de J. Carlos (assim como O Tico-Tico, o Suplemento Infantil misturava tiras estrangeiras e brasileiras, desenhadas por artistas como Monteiro Filho) e após quinze edições, pela recém formada editora de Aizen, a Grande Consórcio de Suplementos Nacionais. Sendo um judeu nascido na Rússia, Aizen não poderia ter uma empresa no Brasil - segundo lei vigente na época, apenas nascidos em solo brasileiro poderiam ter tal privilégio, o jornalista havia forjado uma certidão de nascimento em que declarava ser bahiano, pois havia morado na Bahia durante a adolescência. Em 1936, o casal Helena Ferraz de Abreu e Maurício Ferraz cria um suplemento diário de quadrinhos para ser publicado em vários jornais do pais[13], em 1937, o tabloide publicou pela primeira vez no país as tiras de O Fantasma de Lee Falk[14], também foram publicados no suplemento João Tymbira Em Redor do Brasil e uma adaptação de O Guarani de José de Alencar, ambos escritos e desenhados por Francisco Acquarone ambos publicados em 1938, ano em que o jornal seria cancelado[13]. Acquarone é mais conhecido pelo trabalhos de pintura e por livros de história da arte[15].

Em 1937, Roberto Marinho entra em contato com Aizen (com quem não falava há três anos) e lhe propõe uma parceria: ambos distribuiriam suplementos de quadrinhos (impressos nas gráficas do O Globo) em vários jornais do país. Aizen recusou a ideia, e em junho do mesmo ano, Marinho lança O Globo Juvenil, suplemento dirigido por Djalma Sampaio, auxiliado por Antonio Callado e Nelson Rodrigues, Rodrigues chegou até mesmo a roteirizar uma adaptações de O Fantasma de Canterville de Oscar Wilde,publicado em 1938 e O Mágico de Oz de L. Frank Baum em 1941, ambos desenhados por Alceu Penna, Franciso Acquarone, passa ser um dos desenhista do tabloide. No mesmo ano, Aizen cria a revista Mírim; uma novidade da revista foi a utilização do formato comic book ou meio-tabloide e o jornal A Gazetinha começa a publicar o arco de história de A Garra Cinzenta, de Francisco Armond e Renato Silva, uma série com forte influência dos pulps de mistério e ficção científica. no mesmo ano de 2007, Renato Silva havia iniciado sua carreira nas histórias em quadrinhos, publicando nas páginas do Suplemento Juvenil[16][17], uma história um personagem surgido nos pulps, o detetive Nick Carter[18]. A Garra Cinzenta foi publicada até 1939, totalizando 100 páginas[19], e posteriormente foi publicada no mercado franco-belga, na revista Le Moustique com o título La Grife Grise; na época franceses e belgas achavam que a história fosse de origem mexicana[20]. Anos mais tarde, foi especulado que Helena de Ferraz fosse a verdadeira identidade de Francisco Armound, autor de A Garra Cinzenta, Helena e o marido algumas vezes assinaram no jornal usando o pseudônimo Álvaro Armando. Arnaldo Ferraz, o filho do casal, garante que a mãe nunca roteirizou histórias em quadrinhos, apenas traduziu as primeiras tiras do Fantasma, Renato Silva ficaria mais conhecido pelo cursos de de desenho publicados na série de livros A Arte de Desenhar[21].

A Gazetinha publicou várias tiras nacionais:Nino Borges ( Piolim, Bolinha e Bolonha ) e Belmonte ( Paulino e Balbina ).[3]

Nas páginas da Gazetinha, entre 1936 e 1939, o desenhista Messias de Mello criou diversos personagens, entre eles Pão Duro, Tutu, Titi e Totó , Gibimba e Audaz, o Demolidor . Além de criar histórias em quadrinhos, ilustrou adaptações de clássicos da literatura, como Os Três Mosqueteiros , O Máscara de Ferro , Robinson Crusoe , Os Miseráveis e O Conde de Monte Cristo. Ao lado do escritor Armando Brussolo , realizou, de 1936 a 1939, diversas histórias em quadrinhos serializadas, como Capitão Blood, Sherlock Holmes, o Homem Elétrico, A conquista das esmeraldas, na qual narrou a saga do bandeirante Fernão Dias. Também ilustrou O Raio da Morte, Bascomb – o Terror de Ferney, À Roda da Lua (baseado no livro de Júlio Verne), O enigma do espectro de James Hull, entre outros trabalhos feitos para esse suplemento. [22].

Em 1939, O Globo lança O Gibi para concorrer com Mírim; no ano seguinte, Aizen publica O Lobinho (para evitar que Marinho usasse o nome O Globinho) no jornal A Noite (jornal que fora fundado por Irineu Marinho, pai de Roberto Marinho); na revista foi usado o formato standard[13]. Aizen não gostava do nome escolhido pelo concorrente (que era um termo pejorativo para garotos negros); o nome já havia sido usado por J. Carlos em personagem publicado nas páginas de O Tico-Tico (na época o personagem era grafado como Giby) em 1906[23], e com o tempo, Gibi passou a ser usado como sinônimo de revistas em quadrinhos[24] (algo parecido aconteceu na Espanha, o termo tebeo surgiu do nome da revista TBO)[25]. A revista Mirim deu origem à "Biblioteca Mirim", no formato 9 x 11 cm, uma coleção de 31 pequenos livros ilustrados (também chamados de "tijolinhos"), inspirados nos chamados Big Little Books americanos[26], o jornal de Marinho lança a "Coleção Gibi" nos mesmo moldes da Biblioteca Mirim[13].

Ainda em 1939, Galvão resolve aumentar o valor da licença dos personagens publicados da King Features; Roberto Marinho cobre o valor e passa publicá-los em O Globo Juvenil e O Gibi. Aizen, porém, resolve reunir as páginas de Flash Gordon em álbum de luxo no formato horizontal; o álbum vendeu bastante, chegando ao ponto de esgotar e exigir a produção de novas tiragens. Na última página de Flash Gordon, publicada no Suplemento Juvenil, Aizen escreveu:

O que estarão Flash Gordon outros vendo fora da caverna? Quem são esses estranhos personagens da neve? Veja a continuação no Globo Juvenil, futuramente.
 
Adolfo Aizen[13].
Tarzan e Dick Tracy, foram alguns dos personagens publicados após Adolfo Aizen, perder a licença da King Features Syndicate

Embora os suplementos de O Globo tenham aumentado em número de leitores, isso não significou a derrocada dos títulos de Aizen. O jornalista resolveu negociar com syndicates menores, e começou a publicar Tarzan (personagem bastante popular graças aos filmes estrelados por Johnny Weissmuller, uma série de livros traduzidas por Monteiro Lobato para a Companhia Editora Nacional e iniciada no anterior[27], Terry e os piratas de Milton Caniff e Dick Tracy de Chester Gould[13].

Além de personagens de tiras, os suplementos também publicaram histórias de super-heróis americanos; da DC Comics foram publicados: Slam Bradley, criado por Jerry Siegel e Joe Shuster (que ficariam conhecidos por serem os criadores do Superman), foi publicado originalmente na primeira edição da revista Detective Comics, de março de 1937; no Brasil o personagem foi publicado na quarta edição de Mírim, lançada em maio do mesmo ano[17]. Algo parecido havia acontecido com Flash Gordon, que foi publicado na terceira edição do Suplemento Infantil, no dia 28 de Março de 1934, apenas 80 dias depois da sua estreia nos jornais americanos[28]. Superman foi publicado em A Gazetinha #445 (Dezembro de 1938)[29], Batman em O Lobinho #7 (Novembro de1940)[29] e da Timely Comics (uma das empresas que daria origem a Marvel Comics) foram publicados: Namor em Gibi Mensal #142 (Abril de 1940)[30] e Capitão América em O Guri # 73 (Junho de 1943)[31].

Ficheiro:Revista O Cruzeiro.jpg
O Cruzeiro, revista pertencente ao Diários Associados, a publicação foi responsável pela publicação dos cartuns de O Amigo da Onça de Péricles

Em 1940, o jornalista Assis Chateaubriand, lança a revista "O Gury" (mais tarde teria a grafia alterada para "O Guri") com o subtítulo "O Filhote do Diário da Noite", para ser publicada no jornal Diário da Noite, embora tenha registrado o nome da publicação desde 1938. A revista era composta de várias publicações da editora americana Fiction House, que publicava revistas especificas para cada gênero: aventuras espaciais, aventuras nas selvas, lutas, e foi a primeira revista impressa em quatro cores. Chateaubriand havia adquirido modernas impressoras diretamente dos Estados Unidos, e a primeira edição era uma cópia exata da revista Planet Comics #1 da Fiction House; posteriormente, a revista publicou histórias da Fawcett, da King Features e da Timely Comics; o então adolescente Millôr Fernandes trabalhava como ajudante de arquivo na revista O Cruzeiro e, como muitos adolescentes dessa época, era leitor de histórias em quadrinhos (Millôr colecionava o Suplemento Juvenil de Adolfo Aizen) e acabaria sendo um colaborar da revista O Guri[13].

Em 1941, o grupo de comunicação de Chateaubriand cria a editora O Cruzeiro[32], nome retirado da principal revista do grupo, fundada em 1928[33]; na revista O Cruzeiro surgem os cartuns de O Amigo da Onça de Péricles. Péricles também publicava em O Guri a tira Oliveira Trapalhão[34]; O Amigo da Onça também foi ilustrado por Carlos Estêvão, que desenhou o personagem[35] após a morte de Péricles (que cometera suicídio)[36]. Em março de 1952, a editora O Cruzeiro lança uma nova versão da revista "O Guri", impressa em preto e branco, através do processo de rotogravura; na primeira edição foram publicados os heróis da Fox Feature Syndicate: Dagar, o rei do deserto, O Falcão dos sete mares e Rulah, a deusa da selva[37].

As histórias do Pato Donald produzidas por Carl Barks, foram publicadas pela primeira vez no Brasil nas páginas da revista Seleções Coloridas (1946-1948)
A revista Classic Comics serviu de base para a revista Edição Maravilhosa publicada pela EBAL

Alfredo Machado e Décio de Abreu criam o primeiro syndicate brasileiro, Distribuidora Record de Serviços de Imprensa; Machado havia trabalhado no Suplemento Juvenil como tradutor dos doze aos dezessete anos, e em 1939, inconformado com o baixo salário, mudara-se para O Globo Juvenil, de Roberto Marinho - por conta disso, Aizen e Machado ficaram sem se falar por nove anos. Em 1941, Machado viajou aos Estados, a fim de convencer que os três maiores syndicates, King Features, Associated Press e United Press, fossem representados pela Record; no entanto, as empresas alegaram já possuírem representantes no Brasil, e com isso a Record passou a representar pequenos syndicates e as editoras de quadrinhos Fawcett Comics e Timely Comics. A Record tinha entre seus clientes Aizen, Marinho e Chateaubriand. A empresa não apenas vendia as histórias em quadrinhos e passatempos, como também prestava serviços de tradução e editoração, como no caso da revista Vida Juvenil da editora Vida Doméstica lançada em 1949[13]. Em 1946, Luis Rosemberg cria um novo syndicate brasileiro e funda a Agência Periodista Latino-Americana (Apla). A Apla não apenas distribuía tiras estrangeiras; o desenhista haitiano André LeBlanc criou a tira Morena Flor, que foi distribuída não apenas no Brasil, mas também em outros países da América Latina e até mesmo nos Estados Unidos[38]. Na década de 1960, a Record também se tornou uma editora[39].

Após 1942, Aizen passou a ter dificuldades financeiras, e logo vendeu sua editora para o governo Vargas, mas continuou prestando serviços para o jornal A Noite; em 1945, Aizen pede a João Alberto, diretor do jornal para que o ajude a conseguir um empréstimo no Banco do Brasil, e com um capital de dois milhões de cruzeiros, funda a Editora Brasil-America Ltda. (mais conhecida pela sigla EBAL), tendo como sócios o próprio João Alberto e Claudio Lins de Barros. Aizen lança a revista Seleções Coloridas, trazendo personagens da Walt Disney Company, e a revista foi publicada em parceria com a argentina "Editorial Abril" de Cesar Civita. Civita era um italkim (um judeu italiano) e, antes de ter a própria editora, foi funcionário da italiana Arnoldo Mondadori Editore, que publicava os quadrinhos Disney; a experiência na Itália lhe possibilitou conseguir a licença dos personagens Disney na América Latina, e a editora de Civita possuía uma impressora que possibilitava imprimir em quatro cores. Vale ressaltar que os personagens Disney já haviam sido publicados nas revistas O Tico-Tico, Suplemento Juvenil, O Globo Juvenil[40], O Lobinho, Mirim, Guri e Gibi, porém em Seleções Coloridas os leitores brasileiros puderam ler pela primeira vez as histórias produzidas por Carl Barks[10]. A revista teve 17 edições e foi publicada até 1948. Em Julho de 1947, Aizen publica a primeira revista publicada apenas pela EBAL, O Heroi (grafada sem acento), que publicou os heróis das selvas da Fiction House, além de histórias de faroestes, e também é lançada a primeira revista Superman no país (o nome Superman, era usado apenas no título, dentro da revista era usada a grafia Super-Homem)[41]; no ano seguinte lança a revista Edição Maravilhosa, inspirada nas americanas Classics Illustrated e Classic Comics que traziam adaptações de livros em quadrinhos. Na época, os quadrinhos eram vistos como má influência por educadores e religiosos, e durante 23 edições, a revista publicou histórias produzidas nos Estados Unidos; na edição 24, Aizen encomendou a André LeBlanc uma adaptação de O Guarani. Para aproveitar o sucesso dos quadrinhos entre as crianças, foram criadas as revista Sesinho (1947) do Serviço Social da Indústria (o Sesi) e Nosso Amiguinho (década de 1950), da Casa Publicadora Brasileira [13]. Apesar de Seleções Coloridas serem impressas em cores, todas as publicações posteriores da EBAL eram em preto e branco; em 1951, uma edição especial da revista Superman foi publicada em cores[29], porém a editora só investiria em publicações coloridas na década de 1970[42].

O nome do personagem Black Terror da editora americana Nedor Comics, deu origem no Brasil a primeira revista dedicada ao terror no Brasil

Em março de 1947, o ilustrador português Jayme Cortez resolveu se mudar para o Brasil. Cortez havia colaborado na revista portuguesa O Mosquito e no semanário feminino A Formiga. Ao chegar ao país, começa a produzir charges políticas para o jornal O Dia; em maio do mesmo ano, produz a tira semanal "A Caça dos Tubarões", publicada pelo Diário da Noite, e logo em seguida adapta o romance O Guarani, no formato de tiras diárias para o mesmo jornal; em 1949, passa a trabalhar em A Gazeta Juvenil do jornal A Gazeta, onde adapta O rajá de Pendjab de Coelho Neto[43].

Em 1949, o irmão de Cesar Civita, Victor se muda para o Brasil, e no ano seguinte resolve seguir os passos do irmão, fundando a Editora Primavera. Sua primeira publicação foi a revista em quadrinhos Raio Vermelho, uma revista no formato horizontal (21,5 x 28,5 cm) e composta por quadrinhos oriundos da Itália; em Junho do mesmo ano, já com o nome Editora Abril, publicou a revista O Pato Donald. Assim como Aizen, Victor também não poderia ser dono de uma empresa no país, e para burlar a lei brasileira, convida Giordano Rossi (um mineiro descendente de italianos) para ser seu sócio; Victor conhecera Rossi quando este era funcionário de um banco, e com uma pequena cota de ações, Rossi atuava como contador da editora[13]. A revista O Pato Donald foi publicada inicialmente no formato americano, mas a partir da 22ª edição, publicada em março de 1952, passou a ser publicada em Formato Pato (também conhecido como formatinho)[44][45]. O formato fora trazido da Itália: a revista Topolino (nome italiano do Mickey Mouse) da Montadori, era publicada desde 1932 no formato tabloide[46], porém em 1939, a editora resolve se basear no formato da revista Reader's Digest que também era publicada pela Mondadori[47]. Nos Estados Unidos, o formato é conhecido como "digest size"[48].

Em Janeiro de 1950, a Casa Editorial Vecchi, lança a revista O Pequeno Xerife no formato de talão de cheque, outro formato importado da Itália; em julho do mesmo ano, O Globo também lançaria uma revista nesse formato, Júnior, que em sua 28ª edição publicaria, pela primeira vez no país, o cowboy Tex Willer, da Sergio Bonelli Editore[13].

Também em 1950, a "La Selva", distribuidora de jornais e revistas, torna-se uma editora. A empresa foi fundada em 1935, pelo italiano Vito Antonio La Selva, que chegara em São Paulo em 1925, logo se tornando jornaleiro de ruas, e oito anos depois, tornando-se dono de uma banca de jornal. Vito teve como sócio um outro italiano de sobrenome Pelegrini, e a distribuidora lançou duas revistas, "Bom Humor" e "Aventuras" (sendo Aventuras uma revista em quadrinhos). Em 1947, a sociedade com Pelegrini é desfeita e Vito passa a trabalhar com os filhos, e em março de 1950, a "La Selva" torna-se uma editora propriamente dita, com o lançamento da revista "Seleções de Rir Ilustrada". A editora não demoraria a investir em quadrinhos, comprando a revista "O Cômico Colegial", de Auro Teixeira, criada em 1949, que foi vendida pelo seu editor, em dificuldades financeiras. Para publicá-la, em julho de 1950, a La Selva adquire, através da Record, os direitos de publicação do personagem "The Black Terror" da Nedor Comics. A Record vendia personagens desconhecidos a menores preços a editoras pequenas, e em julho de 1950 lança a revista "O Terro Negro" como suplemento extra da revista O Cômico Colegial; a revista publicou heróis como o personagem título (que Reinaldo Oliveira e Jácomo La Selva pensaram ser de uma história de terror) e de outros heróis como Doc Strange e Homem-Maravilha; na edição seguinte, foi usada uma capa desenhada por Jayme Cortez, típica de histórias de terror, mostrando a personificação da morte acordando um perplexo rapaz. Apenas na 9º edição (Março de 1951), a revista deixou de trazer o nome da revista Cômico Colegial, trazendo apenas o nome O Terror Negro, chegando a fazer sucesso. Por não possuir, porém, mais histórias do personagem principal para publicar, Jácomo de Oliveira resolveu comprar direitos de quadrinhos de terror, como a revista Beyond, da editora Ace Publication. Em 1953, O Terror Negro passou a ser quinzenal, e surgem outras revistas do gênero Sobrenatural, tais como Contos de Terror, Frankenstein (no ano seguinte); as revistas eram todas compostas de matéria estrangeira, e os artistas brasileiros eram responsáveis apenas pelas capas[13]. A editora também publicou as revistas infantis Capitão Radar, Bill Kid, Supermouse, Pato Dizzy, Seleções Juvenis, entre outras[13]. Ainda em 1953, as revistas da La Selva passam a ser impressas nas gráficas da editora Abril. Selva e Civita se tornaram amigos por causa da origem italiana; Cláudio de Souza, que trabalhava na Abril, passou a colaborar na La Selva, editando as revistas policiais Emoção e Conto de Mistério e produzindo roteiros para os quadrinhos de "Arrelia e Pimentinha", "Fuzarca e Torresmo", "Oscarito e Grande Otelo", "Fred e Carequinha" e "Mazzaropi". Em 1951, Claudio havia sido indicado por Jerônymo Monteiro, primeiro editor da Abril, quando ela ainda se chamada Primavera[49], Claudio havia trabalhado com ele no suplemento A Gazeta Juvenil, era editor do suplemento, onde também publicaria histórias do personagem Dick Peter, personagem criado em 1937, criado para uma radionovela transmitida pela Rádio Tupi (uma outra empresa do grupo Diários Associados)[50], o personagem ainda seria publicado em O Cômico Colegial, sendo adaptado também para um teleteatro exibido pela TV Tupi[51], Monteiro também é reconhecido com um dos pioneiros da ficção científica brasileira[50]. Na Abril, Souza ajudou a criar a Distribuidora Nacional de Publicações (DINAP) e as revistas Capricho, Cláudia e Placar, além de criar o Centro de Criação, responsável pela formação de roteiristas e desenhistas para a editora[49].

Tanto nos Estados Unidos, quanto no Brasil, os títulos de terror foram os principais alvos de jornalistas e psiquiatras que achavam que os quadrinhos eram má influência para crianças e adolescentes

Os quadrinhos de terror da editora foram bastante criticados pelo jornalista Carlos Lacerda, que afirmava que tais revistas eram má influência para as crianças; tal pensamento também existia nos Estados Unidos, sobretudo após a publicação do livro Seduction of the Innocent, do psicólogo alemão Frederic Whertam em 1954. Whertam não criticava apenas as revistas de terror, e também não era o único psiquiatra a defender a tese de que os quadrinhos eram nocivos - desde o início da década de 1950, o Senado americano, já havia criado uma subcomissão para estudar a má influência dos quadrinhos em crianças e adolescentes. O Senado americano convocou os artistas Walt Kelly, Milton Caniff e Joe Musial, representantes da National Cartoonists Society, e embora não tenha sido convidado, William Gaines da EC Comics (principal editora de quadrinhos terror, muitos deles chegaram a ser publicados pela La Selva), e o próprio Whertam também compareceu. No dia seguinte ao depoimento, vários jornais publicaram matérias não favoráveis sobre Gaines; em setembro do mesmo foi criada a Comic Magazine Association of America, e no mês seguinte, a entidade criou o Comics Code Authority, um código de autocensura; boa parte do código foi inspirado em códigos já existentes nas editoras DC e Archie Comics (principal editora da entidade). Na verdade, esta não foi a primeira tentativa de se criar um código de autocensura; em 1948, a Association of Comics Magazine Publishers também tentara, porém não surtiu efeito. Em 1955, Adolfo Aizen e Alfredo Machado recebem um conjunto de nove livretos contendo todas as 41 regras do Comics Code Authority[13].

Algumas das gráficas e colaboradores da La Selva se tornariam editoras, como a Bentivegna de Salvador Bentivegna e a Novo Mundo de Victor Chiodi, Orbis, Júpiter e Continental. Vito La Selva morre em 1967, a editora foi fechada em 1968, motivada por uma crise financeira e por brigas entre os filhos de Vito[13].

Em 1951, Miguel Penteado, Reinaldo de Oliveira, Álvaro de Moya, Jayme Cortez e Syllas Roberg organizam a Exposição Internacional de Histórias em Quadrinhos, onde foram expostas várias artes originais dos autores das tiras de jornal: Alex Raymond (Flash Gordon), Milton Caniff (Terry e os piratas e Steve Canyon), Hal Foster (Tarzan e Príncipe Valente) e Al Capp (Ferdinando)[52], no ano seguinte, os artistas criam a ADESP (Associação dos Desenhistas de São Paulo), uma das principais bandeiras da entidade era a nacionalização dos quadrinhos, ou seja, a criação de cotas para quadrinhos produzidos por artistas brasileiros[13].

Em 1952, Roberto Marinho resolveu criar uma editora, de início escolheu o nome Editora Globo para fazer alusão ao seu jornal, porém foi impedido, já que Livraria do Globo de Porto Alegre também atuava como editora, assim Marinho cria a Rio Gráfica Editora (mais conhecida pela sigla RGE)[13].

Na segunda metada da década de 1950, surgiram também os primeiros trabalhos independentes de Carlos Zéfiro, autor dos catecismos (quadrinhos eróticos); Zefiro era o pseudônimo do carioca Alcides Aguiar Caminha, cuja verdadeira identidade só seria revelada em 1991, pelo jornalista Juca Kfouri nas Revista Playboy[13].

A editora Continental foi fundada em 1959 por Miguel Penteado, José Sidekerskis, Victor Chiodi, Heli Otávio de Lacerda, Cláudio de Souza, Arthur de Oliveira e Jayme Cortez. Os quadrinhos da Continental eram totalmente produzidos no país, e passaram pela editora: Gedeone Malagola, Júlio Shimamoto, Flavio Colin, Gutemberg Monteiro, Nico Rosso, Paulo Hamasaki, Wilson Fernandes entre outros. A editora lançou alguns títulos licenciados: Capitão 7 (baseado em uma série de televisão da Rede Record, Capitão Estrela (um super-herói pertencente a Estrela[53], cujo seriado era exibido pela TV Tupi[54], O Vigilante Rodoviário (da TV Excelsior), desenhado por Flavio Colin, e Jet Jackson, um personagem surgido em um programa de rádios dos Estados Unidos com o nome de Captain Midnight; o personagem já havida sido adaptado para os quadrinhos pela editora Fawcettt, no Brasil, essas histórias foram publicadas na revista O Guri[55]. A Continental também foi a primeira editora a publicar o cãozinho Bidu, de Mauricio de Sousa, que havia estreado em tiras diárias publicadas no jornal Folha da Manhã (atual Folha de São Paulo) no mesmo ano de fundação da editora[56]. Quase dois anos depois de sua fundação, a editora teve que mudar de nome para Outubro, pois os proprietários descobriram que já havia uma empresa com o mesmo nome e que estava em processo de falência; o nome Outubro também gerou problemas jurídicos, pois ao fundar a editora Abril, Victor Civita, havia registrado todos os meses do ano. Em 1966, Miguel Penteado e Jayme Cortez saem da editora, Eli Lacerda e Manoel César Cassoli a assumem e a batizam de Taíka (nome da filha de Lacerda); Penteado e Luiz Vicente Neto fundam a GEP (Gráfica Editora Penteado)[13].

Outras editoras passaram a publicar personagens licenciados; do rádio vieram As aventuras do Anjo[57], pela RGE (também desenhada por Flavio Colin e por Walmir Amaral)[58], Jerônimo, o Herói do Sertão e Capitão Atlas pela Garimar (este último também trazia histórias de Morena Flor de LeBlanc)[13] ; a Garimar também publicou o Falcão Negro, uma espécie de Zorro medieval [59], personagem de um seriado televisivo produzido e exibido pela TV Tupi, em São Paulo, que era interpretado por José Parisi, e no Rio de Janeiro por Gilberto Martinho (iniciada em 1957)[60]

Década de 1960

Ziraldo publica Pererê, sua primeira revista em quadrinhos pela editora O Cruzeiro
Publicação aprovada pelo Comics Code Authority. O selo do código pode ser visto no alto da capa, à direita, no Brasil, o código serviu de base para o Código de Ética criado pelas principais editoras de quadrinhos na época
O então governador do Rio Grande do Sul, cria a editora CETPA Leonel Brizola, destinada a publicar e distribuir apenas quadrinhos brasileiros

Em 1960, Ziraldo lança a revista Pererê, pela editora O Cruzeiro; Pererê surgira um ano antes nas páginas da revista O Cruzeiro em um série de cartuns[61], e a revista é publicada até 1965[62]. A ADESP, composta por Mauricio de Sousa (presidente), Ely Barbosa (vice), Lyrio Aragão Dias (secretário-geral), Luiz Saidenberg (primeiro-secretário), Daniel Messias (segundo-secretário), Júlio Shimamoto (tesoureiro), José Gonçalves de Carvalho (primeiro tesoureiro) e Ernan Torres, Gedeone Malagola e Enersto da Mata (conselho fiscal), continua sua campanha pela nacionalização dos quadrinhos. Em 1961, o presidente eleito Jânio Quadros, chega a elaborar uma lei de reserva de mercado para quadrinhos; temendo represálias, as principais editoras de quadrinhos da época: EBAL, Rio Gráfica Editora, Abril, Record e O Cruzeiro criam "Código de Ética dos Quadrinhos", a versão brasileira do Comics Code, tendo como base o código americano e os "Mandamentos das histórias em quadrinhos" da EBAL. Tais mandamentos foram criados por Aizen ainda em 1954, e foram usados na série inglesa Romeu Brown (as mulheres sensuais da série ganharam roupas mais comportadas) e na adaptação de Casa-Grande & Senzala de Gilberto Freyre. Até mesmo séries americanas submetidas ao Comics Code eram reavaliadas pelo código da editora, porém Jânio acaba renunciando no mesmo ano, e o projeto de lei é abandonado; seu cunhado Leonel Brizola, então governador do Rio Grande do Sul, resolve criar a CETPA (Cooperativa e Editora de Trabalho de Porto Alegre-RS), e a CETPA funcionaria não só como editora, como também atuaria como syndicate, distribuindo tiras de artistas brasileiros. A ideia foi proposta por José Geraldo (que já havia desenhado para a EBAL), e a editora publicou os trabalhos de Júlio Shimamoto, Getúlio Delphin, João Mattini, Bendatti, Flávio Teixeira, Luiz Saidenberg e Renato Canini; a CETPA, porém, duraria apenas dois anos. Em Setembro de 1963, o presidente João Goulart assinou o Decreto-lei 52.497; além de cotas, a lei previa censura à nudez, racismo, guerra, prostituição e sadismo, e as principais editoras de quadrinhos pediram a anulação do decreto-lei, em outubro. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Cândido Mota Filho, concordava com os editores, alegando que a Presidência da República não poderia interferir na publicação de livros e periódicos, porém o procurador geral da república, Osvaldo Trigueiro de Albuquerque Melo, defendia a lei, alegando ser constitucional, e o ministro Hermes Lima pediu vistas do processo para que pudesse estudá-lo mais detalhadamente. O STF se pronunciou favorável aos artistas dois anos depois, durante o mandato do presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, entretanto, a lei não teve efeito legal, já que deveria ter entrado em vigor em 1964. Com a instauração do Regime Militar, Mauricio de Sousa se retira da ADESP, alegando que a entidade estaria ganhando conotação política[13].

Mauricio de Sousa começa a ampliar seus personagens infantis, surge o Cebolinha (1960)[63], Cascão (1961)[64] e Mônica (1963), esta última baseada em sua própria filha, Mônica Spada; logo em seguida o núcleo de personagens iniciados com Bidu e Franjinha passaria a ser conhecido como A Turma da Mônica[65]. Enquanto publica A Turma da Mônica no jornal Folha de São Paulo, Sousa também lança o herói espacial Astronauta (1963)[66] e homem das cavernas Piteco (1964)[67] pelo jornal paulista Diário da Noite, que também pertence ao conglomerado Diários Associados[68], logo em seguida criaria um syndicate para publicar suas próprias tiras[39].

Em setembro de 1963, Lenita Miranda de Figueiredo cria a Folhinha, suplemento infantil do jornal Folha de São Paulo. Mauricio de Sousa auxilia Lenita na produção do jornal, publicando tiras de seus personagens, além de criar a mascote "Augustinha"[69]. A pedido de Mauricio de Sousa, Julio Shimamoto cria a tira O Gaúcho para ser publicada no suplemento, uma espécie de Zorro brasileiro; inicialmente Shimamoto tinha duas opções: fazer um cangaceiro ou um gaúcho, acabou escolhendo um gaúcho, pois na época os cangaceiros eram retratados como bandidos, e além disso, enquanto trabalhou na CETPA, Shimamoto se interessara pela história sobre o Rio Grande do Sul e adquiririu vários livros, que serviriam como pesquisa para a criação da tira, que foi publicada pelo jornal até 1965[70], o suplemento também publicou a tira Vizunga de Flavio Colin[71], posteriormente, Shimamoto e Colin se afastariam dos quadrinhos para trabalharem com publicidade[13].

Em 1964, o italiano de mãe brasileira Eugênio Colonnese se muda para o Brasil. Colonnese iniciou a carreira como quadrinista na Argentina em 1949, e ao visitar a mãe em 1957, publica pela EBAL uma adaptação de O Navio Negreiro de Castro Alves. Ao estabelecer residência no Brasil, começa a desenhar quadrinhos românticos para a Ediex (Editormex), uma editora de origem mexicana[72], e logo retomaria parceiras com artistas com quem trabalhou na Argentina: o roteirista Osvaldo Talo e o desenhista Rodolfo Zalla[73]. Zalla havia chegado ao Brasil no ano anterior, e seus primeiros trabalhos foram tiras diárias do personagem Jacaré Mendonça para o jornal Última Hora; posteriormente, desenhou para a Taika o Targo (um herói tipo Tarzan) e O Escorpião (uma espécie de Fantasma brasileiro criado por Wilson Fernandes; coube a Zalla mudar o visual do personagem para evitar um processo de plágio pela King Features Syndicate)[74]. Em 1966, Zalla e Colonnese fundaram o Estúdio D-Arte, que prestaria serviços a várias editoras brasileiras[73] ; em 1967, Colonesse cria para a editora Jotaesse, de José Sidekerskis, a sensual Mirza, a mulher vampiro[72]. Zalla e Colonnese foram responsáveis pela utilização da linguagem dos quadrinhos em livros didáticos[75].

Minami Keizi era bastante influenciados pelos mangás, porém, como estilo ainda era desconhecido no país, seguiu o estilo cartoon da Harvey Comics

Ainda em 1964, o desenhista Minami Keizi resolve apresentar seu personagem Tupãzinho, o guri atômico, em editoras paulistas. Inspirado em Astro Boy, de Osamu Tezuka, o personagem apresentava as características típicas dos mangás (quadrinhos japoneses). Ao ver os desenhos do personagem, o desenhista Wilson Fernandes aconselha Keizi a mudar a anatomia para um estilo mais próximo dos quadrinhos americanos; no ano seguinte, Keizi publica tiras diárias do Tupãzinho no jornal Diário Popular (atual Diário de São Paulo), e desta vez Keizi passa a se basear no estilo dos personagens da Harvey Comics: Gasparzinho, Riquinho e Brasinha. No ano seguinte, publica uma revista do Tupãzinho pela editora Pan Juvenil, de Salvador Bentivegna e Jinki Yamamoto, quando Keizi se torna supervisor da editora. A Pan Juvenil não andava bem financeiramente, e ainda em 1966 Keizi publica o Álbum Encantado, pela Bentivegna Editora, com adaptações de fábulas infantis escritas pelo próprio Keizi. O que diferencia essa publicação é que Keizi orientou os desenhistas Fabiano Dias, José Carlos Crispim, Luís Sátiro e Antonio Duarte a seguirem o estilo mangá; logo em seguida Bentivegna e Yamamoto convidam Keizi para ser sócio na EDREL (Editora de Revistas e Livro); o Tupãzinho virou símbolo da EDREL. A editora também foi responsável por revelar outro descendente de japoneses influenciado pelos mangás, Claudio Seto[76].

Assim como as editoras americanas, a Edrel anunciava nas páginas de suas revistas em quadrinhos, o "Curso Comics", um curso de desenho artístico por correspondência

Pela EDREL, Seto publicou os personagens Flavo (também inspirado em Astro Boy)[77], Ninja, o Samurai Mágico, Maria Erótica[78] e O Samurai[79]. Outros descendentes de japoneses trabalharam na editora, como Fernando Ikoma e os irmãos Paulo e Roberto Fukue, entretanto, nenhum deles apresentava influência dos mangás[80]. Paulo Fukue, por exemplo, criou Tarun, um outro herói com influências de Tarzan[81]. Fernando Ikoma teve contato com os mangás através dos trabalhos de Keizi e de Seto, e acabaria sendo o primeiro a escrever sobre mangás no livro "A técnica universal das histórias em quadrinhos"[80], publicado no início da década de 1970; o livro dava continuidade ao Curso Comics, um curso por correspondência inicialmente escrito por Minami, Fabiano Dias, Crispim e Seto[74].

Em 1965, Edson Rontani lança Ficção (Boletim do Intercâmbio Ciência-Ficção Alex Raymond), o primeiro fanzine brasileiro dedicado a histórias em quadrinhos, que trazia informações sobre os quadrinhos brasileiros desde a publicação de O Tico-Tico em 1905[82].

Em 1967, a Rede Bandeirantes, compra a série de desenhos animados The Marvel Super Heroes, e com isso a EBAL resolve lançar os quadrinhos da Marvel Comics, que era representada no Brasil pela Apla. A editora estabelece uma parceria com os postos Shell, que distribuem edições promocionais gratuitamente para quem abastecesse nos postos da empresa, porém a EBAL não adquire todos títulos da editora americana, prefere lançar os personagens que apareciam nos desenhos animados: Capitão América, Hulk, Thor, Namor e Homem de Ferro, enquanto outras editoras pequenas lançam os títulos restantes: a GEP lançou X-Men, Surfista Prateado e Capitão Marvel na revista Edições GEP e a Trieste lançou Nick Fury. O Homem-Aranha, só seria lançado pela EBAL em 1969, também por decorrência de um desenho animado. Inicialmente, a editora reproduziu a revista tal qual sua matriz americana, usando o formato americano e 32 páginas, exceto pela ausência das cores; posteriormente, as revistas passaram a ter o dobro de páginas. Segundo o cartunista Ota, os leitores brasileiros não estavam habituados com o método "continua no próximo número", usado pela editora americana[42].

Capitão Marvel e O Fantasma, foram alguns dos personagens que tiveram histórias produzidas no Brasil pela Rio Gráfica Editora

Muitos personagens cujas histórias haviam sido canceladas nos Estados Unidos, tiveram novas histórias produzidas por artistas brasileiros. Foi esse o caso do Homem-Mosca, da Archie Comics, de Jack Kirby e Joe Simon (criadores do Capitão América), publicado pela La Selva; e Tor, de Joe Kubert[83]. Publicados em 1956, pela editora Novo Mundo, ambos ganharam roteiros de Gedeone Malagola. Tor, que já havia aparecido no país em 1954, pela editora Vida Doméstica[84], seria publicado novamente no Brasil na década de 1970, pela EBAL, que na ocasião importou as histórias produzidas por Kubert para a DC Comics[85]. Na década de 1950, o Capitão Marvel da Fawcett Comics, foi um personagem bastante popular na Inglaterra, com o cancelamento (por conta de um processo de plágio movido pela National Publications, atual DC Comics), a editora Len Miller & Son encomendou ao quadrinista Mick Anglo a criação do Marvelman; na década de 1980, o personagem ganharia um releitura do roteirista Alan Moore, que criou uma verdadadeira desconstrução do herói. No Brasil, durante a década de 1960, a RGE publicou histórias do Marvelman junto com as histórias do Capitão Marvel, e o personagem era chamada de Jack Marvel[86]; posteriomente a editora publicou um inusitado crossover (encontro) entre o Capitão e o andróide Tocha Humana da Timely Comics[87]. Na GEP, Gedeone Malagola criou algumas histórias dos X-Men para a revista Edições GEP, numa delas os mutantes se confrontaram com uma versão alternativa do Thor[88]. A editora Malagola também publicou seus super-heróis, Raio Negro (cujos poderes e origem eram similares ao Lanterna Verde)[89], o Homem-Lua (criado a partir de um roteiro recusado pela RGE para O Fantasma de Lee Falk[90], e o Hydroman (inspirado no Namor da Marvel). Raio Negro teve uma revista própria (onde também eram publicados Homem-Lua e Hydroman), e algumas histórias publicadas na revista Edições GEP, além de protagonizar um curioso crossover com Unus, um vilão dos X-Men. Na história, Unus era retratado como um herói (algo que nunca ocorreu em histórias da Marvel)[91].

O Judoka de Pedro Anísio

No final de 1969, a EBAL, por conta do cancelamento da Revista do Mestre Judoca (personagens da Charlton Comics nos EUA), encomenda a Pedro Anísio e Eduardo Baron um novo herói brasileiro: o artista marcial mascarado Judoka.[92][93]. O personagem tinha roteiros escritos por Pedro Anísio e desenhos de Eduardo Baron, Mário José de Lima, Fernando Ikoma e Floriano Hermeto. Em 1973, foi adaptado para os cinemas em um filme estrelado por Pedro Aguinaga e Elisângela); apesar do filme, a revista do herói foi cancelada no mesmo ano[94]. A Rio Gráfica Editora também deu continuidade a personagens de faroeste, que tiveram suas histórias encerradas: Rocky Lane (revista licenciada baseado em Allan Lane, um ator de filmes do gênero) e Cavaleiro Negro da Marvel Comics; neste último, para suprimir material, a editora adaptou história do personagem espanhol Gringo, algumas delas produzidas pelo brasileiro Walmir Amaral e pelo italiano Primaggio Mantovi[95]; Primaggio mudara para o Brasil com apenas nove anos de idade. Ainda pela editora, seriam produzidas histórias do Recruta Zero, de Mort Walker[96]. Walmir Amaral e Gutemberg Monteiro também produziriam histórias do Fantasma, de Lee Falk[97].

Em junho de 1969, é lançado o semanário O Pasquim criado pelo cartunista Jaguar, em parceira com os jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral. Também participaram da revista artistas como Ziraldo, Millôr Fernandes, Henfil, Prósperi e Fortuna; no semanário tinha um enfoque comportamental, e com a implementação do Ato Institucional Número Cinco, a publicação ganhou conotação política[98].

Década de 1970

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Maurício de Sousa em 2003 durante a abertura da exposição "História em Quadrões". Na gravura da reprodução de "Lição de Anatomia", de Rembrandt, aparecem seus principais personagens.

No início dos anos 1970, os quadrinhos infantis no país predominaram, com a publicação das revistas de Maurício de Sousa e a montagem pela Editora Abril de um estúdio artístico, dando oportunidade a que vários quadrinistas começassem a atuar profissionalmente, produzindo principalmente histórias do Zé Carioca e de vários personagens Disney[99], e também trabalhando com todos os personagens dos quais a editora adquirira os direitos, como os da Hanna-Barbera.

Em 1970, Primaggio Mantovi se torna diretor de arte da RGE; em 1972, lança pela editora a revista de um personagem criado por ele, o palhaço Sacarrolha; no ano seguinte, começa a trabalhar na editora Abril, produzindo história dos personagens Disney (roteirizando ou desenhando roteiros de outros artistas : Pato Donald, Mickey, 00-Zero, Superpateta, Peninha e logo assume o comando do "Centro de Criação do Grupo de Publicações Infanto-Juvenis". Em 1975, Sacarrolha passa a ser publicado na editora Abril e nos suplementos Folhinha da Folha de São Paulo e Hojinho do Jornal de Hoje do Rio de Janeiro[96].

Cartaz do filme Zorro de 1920, estrelado por Douglas Fairbanks

Primaggio também roteirizou histórias do Zorro[96], um personagem surgido nos pulps e que que não pertence a Walt Disney Company, mas que chegou a ser licenciado pela empresa. Em 1957, a Walt Disney produziu um seriado live-action baseado na criação de Johnston McCulley; no ano seguinte a Dell Comics publicaria histórias na revista Four Color, desenhada por Alex Toth. Não era a primeira vez que a revista publicava histórias do personagem: em 1949 (no Brasil, a história saiu na primeira versão da revista Edição Maravilhosa), já havia publicado uma adaptação do livro de McCulley. O sucesso da série de televisão no Brasil, fez com que a Abril publicasse essas histórias produzidas por Toth e por outros artistas como Warren Tuffs, e o sucesso do personagem fez com que a editora encomendasse histórias produzidas por artistas brasileiros. Ivan Saidenberg e Primaggio eram responsáveis pelos roteiros e os desenhos eram executados por artistas como Rodolfo Zalla, Walmir Amaral, Moacir Rodrigues Soares e Rubens Cordeiro. Logo depois, em 1979, o personagem teria outras revistas publicadas pela EBAL, inicialmente publicando material estrangeiro, mas dois anos depois a editora encomendou uma série produzida por artistas brasileiros, com roteiros de Fernando Albagui e Franco de Rosa e arte de Sebastião Seabra[100]. Em 1984, Franco de Rosa produziria uma nova revista do Zorro para a Press Editora, pois, segundo Rosa, o personagem havia se tornado de domínio público[101].

Vale mencionar a tentativa da Editora Abril em abrir espaço para personagens e autores brasileiros, com o lançamento da Revista Crás! (1974-1975),[102], que trazia alguns personagens satíricos como o Satanésio (de Ruy Perotti) e o Kaktus Kid (de Canini, conhecido desenhista brasileiro do Zé Carioca).

Nessa década, também são realizadas exposições sobre como o "Primeiro Congresso Internacional de Quadrinhos", realizado em 1970 no Museu de Arte de São Paulo. O evento foi realizado pela Escola Panamericana de Artes e a Prefeitura de São Paulo, e teve exposições de originais e palestras de artistas brasileiros e estrangeiros. Em 1974, surge o primeiro Salão Internacional de Humor de Piracicaba[103], sendo tal evento uma evolução dos "salões de caricaturas" criados por Edson Rontani[104]. Anos mais tarde, o filho de Edson Rontani, Edson Rontani Junior, se tornaria presidente do evento[105].

Em 1972, Minami Keizi se desentende mediante os projetos editorais de Jinki Yamamoto, e sai da EDREL. Salvador Bentivegna já havia saído da editora após terminar de pagar as dívidas da Pan Juvenil[76] e criara a editora Roval[106]. Após a saída de Keizi, Paulo Fukue assume seu posto como diretor de arte, e chegou a ser interrogado e torturado nas dependências da Policia Federal por conta das publicações adultas da editora. Anteriormente, Keizi também fora chamado para prestar esclarecimento, porém nunca foi agredido. Por conta dessa ocorrência, Paulo e o irmão saíram da editora, posteriormente saiu Yamamoto, e por fim a EDREL foi desativada[76]. No mesmo ano, Keizi cria um nova editora, Minami & Cunha Editores (M & C Editores), em parceira com Carlos da Cunha; pela editora, são publicadas duas revistas escritas por Gedeone Malagola, Múmia (desenhado por Ignacio Justo) e Lobisomem (desenhado por Nico Rosso, a série que fora publicada inicialmente pela GEP, onde era desenhada por Sérgio Lima)[107]. A editora também publicaria quadrinhos da Marvel Comics: Doutor Estranho, publicado na revista Dr. Mistério, e Conan, o Bárbaro um personagem de espada e feitiçaria, criado por Robert E. Howard em 1932, nas páginas da revista pulp Weird Tales. Diferente de outros personagens surgidos nos pulps como Tarzan, Buck Rogers e O Sombra, Conan só ganhou versão em quadrinhos em 1970, quando a Marvel adquiriu a licença dos livros de Howard; coube ao roteirista Roy Thomas e aos artistas Barry Windsor-Smith e John Buscema produzirem as histórias do personagem. Thomas também criaria histórias para Kull, o conquistador; inicialmente, o personagem é anterior ao Conan e apontado como sendo o protótipo deste. Kull foi publicado no Brasil em 1973 com o nome Koll (afim de evitar piadas de duplo sentido) pela Roval[42], e a editora também publicou uma revista do Conan[108]. Ainda em 1973, a editora Graúna publicou uma revista pirata de Cnan, chamando o personagem de Hartan, O Selvagem[42].

Em Outubro de 1973, o cartunista Henfil decide se mudar para os Estados Unidos; o autor fugia da ditadura vigente no Brasil e se tratava da hemofilia. Lá, Henfil consegue que a tira Os Fradinhos seja distribuída pela Universal Press Syndicate, e sofre com a censura do syndicate e resolve voltar para o Brasil em 1975. Henfil descreve o período em que viveu nos Estados Unidos em seu livro Diário de um Cucaracha[109][110].

Ainda em 1973, a editora O Cruzeiro publicou histórias em quadrinhos do Capitão Aza na revista O Cruzeiro Infantil, personagem interpretado por Wilson Vianna em um programa da TV Tupi Rio (uma das empresas pertencente ao grupo Diários Associados)[111]. Em 1975, a editora O Cruzeiro é fechada e por conta disso a revista é cancelada[112].

Luluzinha foi um dos títulos assumidos pela Editora Abril, após o fechamento da editora O Cruzeiro

As editoras Vecchi e Abril assumem os títulos da editora; a Vecchi fica com os títulos da Harvey Comics: Gasparzinho e Brasinha, e a Abril com Luluzinha[113] e Heróis da TV, trazendo os super-heróis da Hanna Barbera como Space Ghost, Herculóides, entre outros, produzidas pela editora Gold Key, além de histórias produzidas por artistas brasileiros[108].

No mesmo ano a Bloch Editores assume os títulos Marvel no Brasil; diferente da EBAL, que publicava apenas alguns títulos, a Bloch assumiu todos os títulos, evitando que fossem negociados com as editoras menores, e com isso publicou os principais personagens e outros títulos recentes como Conan e Mestre do Kung Fu. A editora usou a mesma estratégia da EBAL, a série animada The Marvel Super-Heróis, era exibida no programa do Capitão Aza, e Wilson Viana criou o Clube do Bloquinho. O programa do Capitão Aza veiculava anúncios das revistas da Bloch e estas traziam anúncios ao programa da Tupi. Mestre do Kung Fu era publicado pela EBAL na revista Kung Fu; o personagem foi criado pela Marvel Comics para aproveitar o sucesso dos filmes estrelados por Bruce Lee e pela série de TV Kung Fu, estrelada por David Carradine. A editora não conseguiu licença para criar uma revista do personagem, já que a série era produzida pela Warner Bros. (dona da DC Comics), então resolveu adquirir a licença do vilão chinês Fu Manchu[114][115], e fez com que Shang Chi, o Mestre do Kung, fosse filho de Fu Manchu e, ao descobrir os negócios do pai, se torna um herói[116]. Inicialmente os desenhistas foram orientados a se inspirar nas feições de David Carradine (cujo personagem na série Kung Fu era um sino-americano), com a entrada de Paul Gulacy, Shang Chi, passou a ser retratado com as feições de Bruce Lee[117], assim como em O Judoka, a EBAL encomendou aos artistas da casa que criassem um substituto para Shang Chi, e surge Kung Fu, personagem também inspirado em David Carradine, e que usava um quimono vermelho parecido com o de Shang Chi. Na mesma revista, a EBAL publicaria Richard Dragon da DC Comics e Yang da Charlton Comics (outro personagem inspirado em David Carradine[118]), outra semelhança com O Judoka, e o Kung Fu não teve mais histórias publicadas ou republicadas após o fim da revista na edição 27[117]. A revista Mestre do Kung, da Bloch, também publicaria material brasileiro, e para completar as edições eram publicadas histórias criadas por Julio Shimamoto[117], a revista teve 31 edições[119] ; até mesmo Yang, anteriormente publicado pela EBAL, ganhou um título próprio pela Bloch[120].

As revistas da Bloch foram muito criticadas, a editora adotou o formatinho ao invés do formato americano; além de serem impressas em baixa qualidade, as cores de vários personagens apareciam trocadas, e a editora optou por publicar histórias inéditas de vários personagens, menos do Homem-Aranha, pois as mesmas já haviam sido publicadas pela EBAL. A parceira com a TV Tupi duraria até 1978[119].

Mach 5, o carro superequipado de Speed Racer, personagem que teve uma revista publicada pela Editora Abril

Entre 1976 e 1987, a Bloch editores publicou revistas baseadas no grupo de humoristas Os Trapalhões, e a publicação foi produzida pelo estúdio do quadrinista Ely Barbosa[121].

Outro desenho exibido no programa do Capitão Aza[122], e que ganharia uma revista em quadrinhos no Brasil, era Speed Racer (Mach Go Go Go no original), série de animação japonesa. A Editora Abril publicou a revista Speed Racer, mas ao invés de publicar o mangá original, produzido pelo seu criador Tatsuo Yoshida, optou por importar da Argentina[123] revistas produzidas pela Editorial Abril de Cesar Civita; tanto na Argentina[124], quanto no México, o personagem é conhecido como Meteoro[125].

Histórias da revista This Magazine Is Haunted da editora Fawcett, protagonizada pelo Dr. Morte, foram publicadas na revista Spektro da editora Vecchi, que também publicou a versão brasileira da revista Mad da EC Comics

A metade da década é marcada pelo lançamento de diversos títulos de terror; em 1976, a Rio Gráfica Editora lança a revista Kripta, uma revista no formato americano e em preto e branco, baseada nas revistas Eerie e Creepie, da americana Warren Publishing[126]. A editora iniciou sua linha de terror em 1964, adotou o formato magazine (formato de revistas grandes como a brasileira Veja) e impressa em preto e branco, e para evitar censura do Comics Code Authority, utilizou uma solução criada por William Gaines, da EC Comics, na revista satírica Mad em 1955 (um ano após a implantação do código)[127][128]. Jim Warren criador da Warren Publishing, convidou vários artistas que haviam trabalhado na EC antes da implantação do código[129].

No mesmo ano, a editora Vecchi publica a revista Mad, sob o comando do cartunista Ota, que iniciou a carreira na EBAL. Mad mesclaria material americano e brasileiro, e no ano seguinte é lançada a Spektro, que publica histórias das editoras Gold Key (de onde tirou o título, baseado na revista Dr. Spektro), Charlton (Dr.Graves) e Fawcett (Dr. Morte e Dr. Mistério), e logo publicaria histórias locais, inicialmente republicando histórias da revista Clássicos do Terror da editora Taika, mas logo encomendaria novas histórias criadas por artistas como Manoel Ferreira, Itamar, Cesar Lobo, Eugênio Colonnese, Julio Shimamoto e Flavio Colin. Esses dois últimos já estavam afastados dos quadrinhos, trabalhando em publicidade. As histórias americanas e brasileiras apresentavam notável diferença: as histórias brasileiras traziam conteúdo mais adulto, podendo até trazer cenas de sexo, caso fosse necessário[130]. Em 1971, as regras do Comics Code se tornaram mais brandas. A Marvel Comics passou a publicar títulos de terror[131] e em meados da década de 1970, a Bloch Editores, que na época possuia licença dos Quadrinhos Marvel, resolveu publicar esses títulos no Brasil. Tal como acontecera com os título anteriores de terror, essas revistas também deram espaço para a produção local.[119]

A década também foi marcada pelo surgimento de revistas em quadrinhos de humor que mesclaram material estrangeiro e brasileiro e revista que resgataram tiras brasileiras e publicaram matérial inédito. Em 1971, surge a revista Grilo, uma revista no formato tabloide, as primeiras 24 edições da revista traziam tiras de jornal dos Estados Unidos: Peanuts, O Mago de Id, Pogo, entre outras, a partir da edição 25, a linha editora da revista sofre uma mudança, o formato tabloide é substituído pelo formato magazine e as tiras trocadas pelos histórias adultas: os underground comix de artistas como Gilbert Shelton e Robert Crumb e por material europeu como Paulette do francê Georges Wolinski e Valentina do italiano Guido Crepax, a revista foi publicada até 1972 e teve 48 edições [132]. Em 1973, surge a revista Patota, publicada no formato magazine, a revista publicou as páginas dominicas de Mafalda, Snoopy, Zé do Boné, Kid Farofa, O Mago de ID, Hagar, o Horrível, Nancy, Kelly, Pernalonga, entre outras; e as brasileiras Marly, de Milson Abrel Henriques e Dr. Fraud, de Renato Canini. A revista foi publicada até 1975 e teve 27 edições[133]. Em 1974, surge a Eureka da Editora Vecchi, editada pelo cartunista Ota, a revista também seguia o formato magazine e trazia as tiras Versus, de Jack Wohl; Os Bichos, de Rog Bollen; Feiffer, de Jules Feiffer; Manhê, de Mell Lazarus; Pafúncio e Marocas, de Kavanagh e Camp; entre outras, da edição 11 passou a publicar tiras que havia sido publicadas na Patota:O Mago de ID e Marly, além de Vizunga de Flavio Colin; Jeff Hawke, de Sydney Jordan; A Morte do Samurai, de Julio Shimamoto; Iznogoud, de Goscinny (autor de Asterix) e desenhada por Tabary, entre outras. a revista também publicou biografias de autores e análise de lançamentos brasileiros e estrangeiros e foi publicada até 1979[134]. Em 1974, – Ivan Pinheiro Machado e Paulo de Almeida Lima criam a L&PM Editores, o primeiro título da editora, é uma coletânea das tiras Rango de Edgar Vasques, Vasques, Ivan e Almeida, haviam sido sócios em uma empresa de publicidade criada em 1970[135].

Em 1975, surge a revista O Bicho criada por Fortuna, a revista era publicada pela Codecri (mesma editora do jornal Pasquim)[98], a revista publicou histórias de Márcio Pitliuk e Paulo Caruso, o próprio Fortuna, Guidacci, Nani e Coentro, além de resgatar os trabalhos de artistas veteranos, foi publicada as tiras Ignorabus, o contador de histórias de Carlos Estevão e Millor Fernandes (publicada em 1948 pelos Diários Associados)[136] e O Capitão de Jaguar (publicada em 1962 na revista Senhor), na segunda edição da revista, foi publicada uma entrevista com Henfil (que conta sua experiência com os syndicates americanos), no número seguinte com Luiz Sá, veterano da revista O Tico-Tico, a revista só foi publicada até 1976 e teve apenas nove edições, (a edição 0 foi distribuída gratuitamente).[137] Em 1976, a Codecri publica a história "A Guerra do Reino Divino" de Jô Oliveira[59], a história é considerada a primeira graphic novel brasileira e havia sido publicada dois anos na revista italiana Alterlinus, a arte do Jô é bastante influênciada pelos cordeis[138].

Em 1974, a RGE lança a revista Gibi Semanal, em homenagem à revista publicada pelo jornal O Globo; a revista era inspirada nos suplementos de jornal e trazia personagens de tiras e revistas em quadrinhos. Editada por Sonia Hirsch, em sua primeira edição teve uma introdução escrita por Alvaro de Moya[139]. A revista publicou não apenas tiras americanas, mas também a francesa Iznogoud de Goscinny; as italianas O Mestre, de Milo Milani e A. Di Gennaro; Sturmtruppen, de Bonvi (Régis Bonvicini) e Os Aristocratas, de Alfredo Castelli e Franco Tacconi; a inglesa Os Panteras, de John Burns e P. Douglas; e as brasileiras Seixo Rolado, de Demasi, Kathia e Appel; Zig e Zag, de S. Miguez; Olimpo, de Xalberto; Zezinho, de Javê; Kateka, de Britvs; e Lolita e Sócrates, de Archimedes dos Santos. No ano seguinte, surge o Almanaque do Gibi, Gibi Especial e Almanaque do Gibi Nostalgia, que publicaram arcos de histórias completos das tiras de jornal, inclusive a tira brasileira A Garra Cinzenta, publicada no suplemento A Gazetinha. Em 1976, surge o Almanaque do Gibi Atualidade que publicou títulos europeus adultos: as séries italianas Valentina de Guido Crepax, Corto Maltese de Hugo Pratt, Scarlett Dream, dos franceses Robert Gigi e Claude Moliterni, e a brasileira Ano da Mulher, de Luiz Gê[140].

Na linha da crítica política e social apareceu a revista Balão, de autoria de Laerte Coutinho e Luiz Gê e publicada por alunos da USP, mas com a curta duração de dez números. Alem da dupla de criadores, a revista revelou vários autores igualmente consagrados até hoje, como os irmãos Paulo e Chico Caruso, Xalberto, Sian e Guido (ou Gus), entre outros[98].

Em 1976 a Editora Grafipar, que inicialmente publicou livros, resolveu entrar no mercado de quadrinhos. Em 1978, Claudio Seto montou um Núcleo de Quadrinhos na editora[141], que teve nomes como Mozart Couto, Watson Portela, Rodval Matias, Ataíde Braz, Sebastião Seabra, Franco de Rosa, Flávio Colin, Júlio Shimamoto, Gedeone Malagola, entre outros[142][143]. Na editora, Seto publicou novas histórias da Maria Erótica; logo na primeira edição da nova revista da Maria Erótica, o antigo colega de Seto na EDREL, Minami Keiziz, produziria uma história erótica com arte de Shimamoto, e Keizi assinou o trabalho com o pseudônimo feminino "Jane West"[141].

Em 1977, a Editora Três publica uma revista baseada no boneco Falcon da Estrela, a versão brasileira dos GI JOE da Hasbro. Falcon teve roteiros de Teresa Saidenberg (esposa de Ivan Saidenberg) e Walter Negrão, e arte de Antonino Homobono e Michio Yamashita. Em 1982, a Marvel Comics publicaria uma série de quadrinhos baseada na franquia GI JOE; a séria foi publicada no Brasil pela editora Globo (1987) e editora (1993)[144].

Em 1979, a Rio Gráfica Editora e a Editora Abril passam a publicar os títulos da Marvel Comics (usando o formatinho, adotado pela Bloch, usado até mesmo pela EBAL nos títulos da DC)[145] ; a RGE ficou com os personagem Quarteto Fantástico - renomeados para "Os Quatro Fantásticos", por conta da tradução de um desenho animado do grupo exibido pela TV Globo de Marinho a partir de 1978 e produzido pela Hanna Barbera em 1967[108] -, X-Men (mais precisamente Os Novos X-Men criados por Len Wein e Dave Cockrum), Homem-Aranha, Nova, Hulk, Mulher-Hulk e Rom, o Cavaleiro do Espaço; com a editora Abril ficaram Capitão América, Thor, Homem de Ferro, Mestre do Kung Fu, Surfista Prateado, Punho de Ferro, entre outros[42]. Nesse mesmo ano, a editora Vecchi publica o faroeste Chet, dos irmão Wilde e Watson Portela[146], publicado na revista Ken Parker, uma série de faroeste italiana da Sergio Bonelli Editore[147]. Algo parecido havia sido experimentado pela Noblet, que republicou as história da série O Gaucho, de Júlio Shimamoto, na revista do Carabina Slim (outra série italiana) publicada em 1975[148]. Ainda em 1979, a Apla, passa a se chamar Ica Press[39].

Década de 1980

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O Menino Maluqinho de Ziraldo

Em 1980, o cartunista Ziraldo lançou o livro O Menino Maluquinho.[62] O personagem também foi adaptado para os quadrinhos pela editora Abril, onde foi publicado entre 1989 e 1994.[149]

Em 1981, Rodolfo Zalla e Eugênio Colonnese transformam o estúdio D-Arte em editora,[150], que foi responsável pelos títulos Calafrio e Mestres do Terror. Para imprimir as revistas, Zalla utilizava as gráficas da IBEP, onde trabalhava na época.[74] A editora também publicou uma nova revista do palhaço Sacarrolha, de Primaggio Mantovi.[96]

Entre 1982 e 1988, a Rio Gráfica Editora retomou a produção brasileira de "O Fantasma" e Walmir Amaral foi convocado para produzir as histórias do personagem. Além de Amaral, Adauto Silva, Wanderley Mayê, Milton Sardella e ainda Julio Shimamoto e Antonino Homobono desenharam as histórias do personagem.. As histórias não eram assinadas, Shimamoto costumava nomear dar o nome "Shima" em alguns dos produtos presentes na história[97], o mesmo recurso havia sido usado por Renato Canini, nas histórias do Zé Carioca[151] e pelo americano Keno Don Rosa, que quando produzidas histórias do Tio Patinhas, usava a sigla DUCK (Dedicated to Uncle Carl by Keno - dedicada ao tio Carl (Carl Barks por Keno (Don Rosa)[152].

Segundo Amaral, algumas histórias brasileiras chegaram a ser exportadas para a Suécia. Logo depois, a editora passaria a importar histórias produzidas em países como Holanda, Bélgica e Dinamarca.[58]

Em 1982, Claudio Seto elaborou uma nova tentativa de publicar mangás brasileiros pelo selo Bico de Pena da Grafipar e criou as revistas "Super-Pinóquio" (inspirado em Astro Boy e Pinóquio de Carlo Collodi)[153] e "Robô Gigante", uma história ilustrada por Watson Portela. Na mesma revista também foi publicada uma história do Ultraboy (uma espécie de Ultraman brasileiro), de Franco de Rosa, mas ambas as revistas só tiveram apenas uma edição.[154] Nesse mesmo ano, a editora lançou a revista Almanaque Xanadu, que trazia influência do quadrinho europeu: Watson Portela apresentava notável referência ao trabalho do francês Moebius.[155] A publicação trazia matérias sobre a revista Heavy Metal (uma versão americana da revista francesa Métal Hurlant) e de um filme animado baseado nos quadrinhos publicados pela revista.[156]

Seto também criaria uma personagem de faroeste, Katy Apache, inspirada na personagem de Raquel Welch para o filme Hannie Caulder; assim como Hannie Caulder, Katy usava apenas um poncho. Seto desenhou apenas as primeiras histórias, sendo substituído por Mozart Couto; também pela Grafipar, Mozart Couto publicou Jackal e Watson Portela Rex, inspirado em Jonah Hex da DC Comics[157]. Outras editoras investiram no gênero; a D-Arte publicou Johnny Pecos, de Rodolfo Zalla, o Chacal foi publicado pela Vecchi, de forma semelhante ao Judoka da EBAL. Em 1980, a Vecchi publicou a série italiana Judas, que era o pseudônimo de Allan Pinkerton; a editora traduziu o nome do cowboy para Chacal, mas após 16 edições, o roteirista Antônio Ribeiro criou um novo Chacal, cujo verdadeiro nome era Tony Carson (pseudônimo usado por Antônio Riberto em livros de bolso de faroeste, publicados pelas editoras Monterrey e Cedibra)[158]. Anos mais tarde, Judas seria publicado com seu nome original pela editora Record[159], e o Chacal ganharia um título próprio pela BLC Edições[157]. A exemplo dos atores americanos de filmes de faroeste, o empresário Beto Carrero ganhou um título de faroeste, publicado pela CLUQ, com roteiros de Gedeone Malagola e arte de Eugênio Colonnese[160].

Capa da primeira edição das Superaventuras Marvel

Em 1983, A Editora Abril assume completamente os títulos da Marvel Comics[161]; logo em seguida, no mesmo ano, consegue os direitos dos personagens da DC, até então publicados pela EBAL[145]. Com a finalidade de situar os leitores da Marvel, após tantas mudanças da editora, lança o projeto do Dicionário Marvel, um dicionário enciclopédico encartado em forma de fascículos (uma ou duas páginas) nas edições das revistas da Heróis da TV, Capitão América, Superaventuras Marvel, Incrível Hulk e Homem-Aranha. Foram publicadas, ao todo, 258 páginas, e a editora chegou a prometer uma capa, o que nunca aconteceu[162]. Em 1987, Hélcio de Carvalho e Jotapê Martins (tradutor dos títulos da Marvel) saem da editora Abril e criam o Estúdio Artecomix[163]. Em 1985, a Rio Gráfica publica Transformers, uma série licenciada pela Marvel[164], de robô gigantes de origem japonesa, pertencente a Hasbro[165].

Em 1984, a Grafipar é encerrada, e Franco de Rosa passa a trabalhar na Folha da Tarde e na editora NG (que passaria a ser conhecida como Maciota e depois como Press)[101]. Nesse mesmo ano, é criado o Dia do Quadrinho Nacional, comemorado no Dia 30 de Janeiro; a data foi instituída pela Associação dos Cartunistas de São Paulo em homenagem à data da primeira publicação de As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte em 1869. A associação também cria o Prêmio Angelo Agostini, um prêmio para artistas brasileiros realizado no dia 30 de Janeiro[166]. Em 1989, surge outra premiação, o Troféu HQ Mix[167].

Em 1986, as Organizações Globo compram a Livraria do Globo, e com isso a Rio Gráfica Editora pode ser chamada de Editora Globo[168]. Em 1987, Mauricio de Sousa transfere os títulos da Turma da Mônica para a editora[169].

Nessa época também foram publicadas as aventuras de Leão Negro, de Cynthia e Ofeliano de Almeida, divididas em tiras do jornal O Globo[170], um álbum publicado no Brasil e em Portugal, e revistas e fanzines especializados. surge a Circo Editorial, editora criada por Luiz Gê e Toninho Lima, pela editora foram publicadas as revistas Circo (onde foram publicadas histórias de Laerte Coutinho, do próprio Luiz Gê, de Paulo Caruso, do americano Robert Crumb, do francês Moebis, entre outros)[171] Chiclete com Banana de Angeli, Geraldo de Glauco e Níquel Náusea[98] de Fernando Gonsales, nessa época Angeli e Glauco publicava tiras no jornal Folha de São Paulo, a editora encerrou suas atividades em 1995[98].

Além da Grafipar, outras editoras investiram em revistas baseadas em séries de ação japonesas, chamadas de tokusatsu. Entre 1982 e 1986, a Bloch Editores publicou uma revista não-licenciada de Spectreman; desenhada por Eduardo Vetillo, a revista era produzida no estilo dos comics de super-heróis[172]. No final da década de 1980 foi a vez da EBAL lançar revistas baseadas em séries da Toei Company: Jaspion, Changeman, Machine Man, Sharivan, entre outras, as revistas forma produzidas pelo Studio Velta, e no início da década seguinte, os títulos foram transferidos para a Editora Abril[173]. A Editora Abril também publicou revistas baseadas nos desenhos animados da Filmation: He-Man e Bravestarr. Inicialmente a revista He-Man publicou histórias da Marvel Comics/Star Comics[174], e posteriormente publicou histórias produzidas pelos brasileiros Gedeone Malagola (roteiros)[175], Watson Portela[176], Marcelo Campos[177] (desenhos), entre outros.

Em Junho de 1985, o cartunista Ziraldo assume a presidência da Funarte (sigla de Fundação Nacional de Artes)[178]. O órgão fora criado dez anos antes pelo Governo Federal, com o objetivo de promover atividades culturais do país, sobre o comando de Ziraldo, e atuaria também como syndicate de tiras brasileiras; em 1990, o então presidente do pais Fernando Collor de Mello fecha a Funarte[39] e, com isso, Rick Goodwin cria um novo syndicate para distribuir tiras brasileiras, a Pacatatu[179].

Em 1986, a Editora Abril inicia uma série de publicações adultas; a primeira delas foi a revista "Aventura & Ficção", inicialmente composta por títulos adultos da Marvel Comics, e a partir da edição 14, passou a publicar títulos de artistas brasileiros e europeus[180]. Em 1987, é a vez da revista Epic Marvel, baseada na revista Epic Illustrated da Epic Comics, selo adulto da Marvel[181]; a revista publicou, pela primeira vez no país, a série Dreadstar, de Jim Starlin[182]. No ano seguinte, é a vez da série Graphic Novel: graphic novel é um termo atribuído ao quadrinista Will Eisner, para definir histórias em quadrinhos de conteúdo mais sério. Inicialmente a série da editora Abril publicou histórias da editoras Marvel e DC, logo em seguida publicou autores europeus. A editora publicaria também a séri Graphic Marvel, e outras editoras investiriam no gênero, como a editora Globo que lançou a Graphic Globo (onde Dreadstar seria publicado novamente no país)[183] e a Nova Sampa, a sua Graphic Sampa[184].

Em 1988, é publicado pela Cedibra, o primeiro mangá original do Japão, Lobo Solitário de Kazuo Koike e Goseki Kojima[185]. Nesse mesmo ano, Os Trapalhões passam a ser publicados pela Editora Abril, desta vez produzidos pelo estúdio de César Sandoval, criador da Turma do Arrepio[121]. Primaggio Mantovi exigiu que todas as publicações licenciadas pela editora na época trouxessem créditos dos autores[96]. A editora VHD Diffusion, lança a revista Animal, revista de conteúdo adulto inspirada nas revistas estrangeiras do gênero: a norte-americana Heavy Metal, a francesa L'Echo des Savanes, a espanhola El Víbora e a italiana Frigidaire. na revista são publicadas foi publicada pela primeira vez no país, a série RanXerox, dos italianos Tamburini e Liberatore; Squeak the Mouse, de Massimo Mattioli; Peter Pank, de Max; Calculus Cat, de Hunt Emerson; Johnny Nemo, de Peter Milligan e Brett Ewins (os criadores de Skreemer); Edmundo, o Porco, de Rochette e Veyron; Tank Girl, de Jaime Hewlett e Alan Martin; A Fundação, de Cássio Zahler e Osvaldo Pavanelli; O Sonho do Tubarão, de Mathias Schultheiss, além de histórias curtas de Milo Manara, Roberto "Magnus" Raviola, Daniel Torres, Lorenzo Mattotti, André Toral, Mosquil, Altan e Loustal[186], Lourenço Mutarelli[187], entre outros. a revista gerou dois spin-offs Coleção Animal e Grandes Aventuras Animale foi publicada até 1991[186].

No final da década, o Artecomix passa a se chamar Art & Comics, e começa a agenciar desenhistas brasileiros para o mercado americano[177]. Os primeiros artistas agenciados foram Marcelo Campos e Watson Portela. A agência belga Commu International agenciou artistas brasileiros para o mercado europeu: Mozart Couto, Sebastião Seabra, Roberto Kussumoto e Rodval Mathias foram alguns desses artistas, e os roteiristas Ataíde Braz e Julio Emílio Braz foram os coordenadores da filial da agência no Brasil[101]. Segundo Ataide Braz, a agência exigia que os brasileiros desenhassem no estilo europeu, conhecido como linha clara, e a única exceção era para títulos eróticos. A Commu agenciou artistas brasileiros entre 1988 e 1991[188].

Década de 1990

Na década de 1990, a História em Quadrinhos no Brasil ganhou impulso com a realização da 1ª e 2ª Bienal de Quadrinhos do Rio de Janeiro, em 1991 e 1993[189], e a 3ª em 1997, em Belo Horizonte. Estes eventos, realizado em grande número dos centros culturais da cidade, em cada versão contaram com público de algumas dezenas de milhares de pessoas, com a presença de inúmeros quadrinistas internacionais e praticamente todos os grandes nomes nacionais, além de exposições cenografadas, debates, filmes, cursos, RPG e todos os tipos de atividades.

Em 1990, a editora Globo lança a revista Dreadstar: O Guerreiro das Estrelas, de Jim Starlin[182], mas a revista durou apenas 10 edições; segundo o editor Leandro Luigi Dal Manto, o cancelamento ocorreu por questões contratuais, pois Starlin havia trocado a Epic/Marvel pela First Comics, e a editora Globo não conseguiu negociar com a nova editora[183].

Em 10 de maio de 1990, morre aos 93 anos o jornalista Adolfo Aizen[190], mas a editora ainda existiria até 1995, quando publicaria o décimo quinto álbum do Príncipe Valente[191].

Em 1991, a Bloch Editores publicou a revista Mestre Kim, a revista era inspirada em Yong Min Kim, coreano naturalizado brasleiro, no mestre de Tae-Kwon-Do, Kim, ensinou defesa pessoal à membros da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro e da Polícia Federal e se apresentava em programas da Rede Manchete (empresa do mesmo grupo do qual fazia parte a Bloch Editores)[192], a revista teve como roteiristas o próprio Kim[117], Antônio Ribeiro (assinando como Tony Carson) e desenhos de Eugênio Colonnese[193] e Marcello Quintanilha[194]

Em 1993, Luiz Rosemberg fundador da Apla/Ica Press, morre e o syndicate é encerrado. Lourdes Belo Pereira, que trabalhara na Apla desde 1964, criou a Intercontinental Press[39]. Em 1995, a Editora Abril Jovem, sob a direção editorial de Elizabeth Del Fiore, assina contrato com os ilustradores Jóta e Sany, autores da revista Turma do Barulho, cujo universo, diagramação e o design das personagens inovavam em relação aos outros personagens da época. Através de uma linguagem irreverente, Toby, Babi, Milu, Kid Bestão, Bobi, entre outros, viviam aventuras dentro de um ambiente escolar longe de ser politicamente correto, onde os roteiros eram desenvolvidos a partir da ideia "O humor pelo humor". A revista Turma do Barulho foi um dos lançamentos que mais permaneceu no mercado naquele período, sendo publicado pela Abril Jovem e logo em seguida pela Press Editora. Nessa época também apareceu uma nova geração de quadrinistas, que foram contratados para trabalhar com as grandes editoras americanas de super-heróis, Marvel e DC Comics: Mike Deodato e Luke Ross, dentre outros.

Apesar de continuar o lançamento de diversas revistas voltadas estritamente para a HQ brasileira, como "Bundas" (já extinta), "Outra Coisa" (com informações sobre arte independente) e "Caô", pode-se considerar que o gênero ainda não conseguiu se firmar no Brasil.

Daniel HDR foi um dos artistas a desenhar o mangá baseado no video game Megaman da Capcom

Graças ao sucesso de Os Cavaleiros do Zodiaco e outros animes na TV aberta[195], começam a surgir novas revistas informativas, surgem a Revista Herói publicada em conjunto pela Acme e pela Nova Sampa[196], Heróis do Futuro[197], além das revistas que traziam exclusivas sobre anime e mangá Japan Fury, e Animax[198]. Surgem também as revistas em quadrinhos inspiradas na estética mangás, como adaptações dos Video games da Capcom Street Fighter, escrita por Marcelo Cassaro, Alexandre Nagado e Rodrigo de Góes, pela Editora Escala[199][200]; Megaman e Hypercomix pela Editora Magnum (editora que publicava revista sobre armas de fogo)[201], que teve a participação de artistas como Daniel HDR (que desde 1995, desenhava para o mercado americano, personagens como Glory da Image Comics)[202], Eduardo Francisco[203] e Érica Awano (onde os dois último fizeram sua estreia no mercado editorial)[204][205].

Em 1995, surgem a primeira versão brasileira da revista Heavy Metal[206], publicada pela editora homônima, a editora publicou as séries Druuna de Paolo Eleuteri Serpieri[207] e Gullivera de Milo Manara[208], no ano seguinte, o angolano Carlos Mann, dono da gibiteria Comnix Book Shop e o jornalista Dário Chaves, publicam o álbum Brasilian Heavy Metal, o álbum teve 200 páginas[209] e publicou apenas histórias produzidas por brasileiros, tais como Leão Negro de Cynthia Carvalho (roteiro) e Ofeliano de Almeida (desenhos)[210], além de histórias produzidas por artistas como Júlio Shimamoto, Marisa Furtado, entre outros[211], o lançamento surgiu em decorrência das comemorações de 10 anos da gibiteria Comix, no mesmo ano, Sergio Guimarães, dono da editora Press [nota 1] convida Mann para ser editor da revista Heróis do Futuro[212], a revista contou a colaboração de Chaves[209]. posteriormente, a editora Heavy Metal é dividida, parte da editora é vendida para a Editora Escala[213] e outra parte torna-se a editora Metal Pesado[214][215], a revista Metal Pesado publicada pela editora ganhou em 1997, os prêmios Angelo Agostini e HQMix[216], a revista Metal Pesado só publicava histórias de artistas brasileiros, a revista teve uma edição especial publicada em comemoração dos 15 anos da Gibiteca de Curítiba, nela foi publicada histórias do herói O Gralha produzidas por Alessandro Dutra, Gian Danton, José Aguiar, Antonio Eder, Luciano Lagares, Tako X, Edson Kohatsu, Augusto Freitas e Nilson Müller. O Gralha é inspirado no obscuro herói Capitão Gralha, um personagem que teve apenas uma revista publicada na década de 1940, sua criação é atribuída a Francisco Iwerten, assim como Francisco Armound, roteirista de A Garra Cinzenta, a verdadeira identidade de Iwerten é desconhecida[217], a editora também publicou as revista Zorro da Topps Comics, Lobo da DC Comics[215] e Preacher da Vertigo (selo adulto da DC). A editora mudaria usaria os nomes Tudo em Quadrinhos, Fractal e por último Atitude Publicações[218], sendo encerrada em janeiro de 1999[219], no mês seguinte, o editor Eloy Pacheco cria uma nova editora derivada da Metal Pesado, a Brainstore, que continua publicação de Preacher, cancelada pela Atitude[220], em 2005, a editora teve sua sede invadida e assaltada, foram roubados computadores, scanners e impressoras da empresa, por conta disso, a editora é encerrada[221].

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Nos anos 90, os títulos da Sergio Bonelli Editore foram publicados pelas editoras Globo e Mythos, nesta última, são publicados as revistas são publicadas até os dias atuais

Em 1996, a Editora Globo publicava os títulos da Sergio Bonelli Editore[222], e lançava no Brasil Sin City, de Frank Miller[223], além da versão brasileira da Revista Wizard. Os títulos da Image Comics Gen¹³, Wildcats, Cyberforce e Witchblade, Savage Dragon e Spawn eram publicados pela editora Abril, e não durariam muito tempo na editora, sendo cancelados, inclusive a revista Wizard, encerrada na décima quinta edição, em 1998. Os títulos da Image, publicados pela Globo, retornariam às bancas brasileiras pela Editora Abril[98]. No mesmo ano, Dorival Vitor Lopes, Hélcio de Carvalho e Franco de Rosa criam a Mythos Editora, que assume títulos da Sergio Bonelli Editore[224]. No ano seguinte, Jotapê Martins cria a Via Lettera[225], e em 1998, Franco de Rosa e Carlos Mann criam a Opera Graphica[226], inicialmente a Opera Graphica funcionou como estúdio, Mann, Rosa e Chaves produziram as revistas HQ - Revista do Quadrinho Brasileiro[227] (uma outra revista inspirada na americana Heavy Metal)[186], Graphic Talents[228], Comix Book Shop Magazine, além de revista que ensinavam técnicas de desenho, todas publicadas pela Editora Escala, além de quadrinhos eróticos publicadas pela editora Xanadu (um selo da Editora Escala)[229].

Entre 1997 e 1998, Marcelo Cassaro consegue licença para lançar adaptações de Street Fighter Zero 3, Mortal Kombat 4 e lança suas HQs autorais Holy Avenger, U.F.O. Team[230].

Belo Horizonte tem se revelado um polo brasileiro para eventos ligados à nona arte. Recebendo a Bienal Internacional de Quadrinhos em 1997, em sua terceira edição, durante as comemorações do centenário da cidade, uma efervescência profissionalizante tomou conta da cidade, interessando diversos grupos e empresas ligadas aos quadrinhos. Atualmente, Belo Horizonte conta com a Associação Cultural Nação HQ, que implementa o Centro de Pesquisa e Memória do Quadrinho, além de promover encontros e festivais anualmente. O Festival Internacional de Quadrinhos foi criado em 1999, substituindo a Bienal Internacional de Quadrinhos, vindo a atender à demanda por um evento que abrigasse a produção constante da cidade.

Em 1999 a Acme, de Cristiane Monti, André Forastieri, Renato Yada e Rogério de Campos, se transforma em Conrad Editora e publica o primeiro mangá japonês no formato livro e com leitura oriental (da direita para a esquerda): Gen Pés Descalços, de Keiji Nakazawa [231].

Século XXI

Década de 2000

No fim da década de 1990 e começo da década de 2000, surgiram na internet diversas histórias em quadrinhos brasileiras, ganhando destaque a webcomics dos Combo Rangers, criados por Fábio Yabu, e que tiveram três fases na internet (Combo Rangers, Combo Rangers Zero e Combo Rangers Revolution, que ficou incompleta), uma minissérie impressa e vendida nas bancas (Combo Rangers Revolution, Editora JBC, 2000, 3 edições) e que ganhou, posteriormente, uma revista mensal pela mesma JBC (12 edições, agosto de 2001 a julho de 2002) e continuada pela Panini Comics (10 edições, janeiro de 2003 a fevereiro de 2004) e os Amigos da Net, criado por Lipe Diaz e Gabriela Santos Mendes, premiados pela Expocom e veiculados pelos portais Ibest e Globo.com.

Exemplo de antologias de mangá publicados no Japão

Editoras como Escala lançaram antologias de mangá (produzidas pelo estúdio Opera Graphica) inspirado em revistas japonesas[232], publicando material inédito e de veteranos como Claudio Seto, Mozart Couto[233] e Watson Portela[234][235].

Em 2000, Marcelo Cassaro publicou pela Trama a revista Victory, que chegou a ter capa desenhada por Roger Cruz; em 2003 chegou a ser publicada nos EUA pela Image Comics[236].

Nessa época são publicados os primeiro mangás japoneses para o público adolescente, a Editora JBC publica Samurai X no formato tankōbon (livro de bolso) e a Conrad, Os Cavaleiros do Zodiaco e Dragon Ball em formatinho. Cada volume dos mangás publicados pela JBC e pela Conrad equivaliam à metade de um volume japonês[237].

Em Agosto de 2000, a Editora Abril resolve abandonar o formatinho e lança a linha Premium nos títulos da Marvel e da DC Comics, em revistas de capa cartonada, papel especial, formato americano, e 160 páginas cada[238]. As revista Premium possuiam papel especial (diferente das publicações anteriores que usavam papel jornal), contendo 160 páginas, eram vendidas ao preço de R$ 9,90, considerado caro para a época, e os títulos tiveram pouca vendagem. Em 2001, a Abril Jovem fecha seu Estúdio Disney[239] e deixa de produzir histórias no Brasil, passando a publicar quadrinhos inéditos dos EUA e da Itália e reedições de histórias de produzidas no país[240]. No mesmo ano, a editora Hangar 18 lança uma nova versão da revista Wizard, produzida por membros dos site Area-51 (Leandro Luigi Dal Monte e Maurício Muniz) e Universo HQ (Sérgio Codespoti e Sidney Gusman)[241]. A revista teve apenas uma edição. Ziraldo e o irmão Zélio Alves Pinto criam uma nova versão do jornal Pasquim, chamado de O Pasquim 21,o jornal foi publicado até 2004[98]. A Panini Comics, editora italiana que licencia internacionalmente os títulos da Marvel desde 1996, resolve as revistas da Marvel no Brasil, e a produção das revistas fica a cargo da Mythos Editora[242]; em maio de 2002, a Editora Abril resolve investir na DC Comics, volta a utilizar o formatinho na linha Planeta DC (onde foi publicada mini-série Mundos em Guerra)[243]. No final do mesmo ano, os títulos da DC também são transferidos para a Panini[244], que experimentou dois formatos distintos: o formato millennium, um intermediário entre o formato magazine e o americano (18,5 x 27,5 cm), (introduzido pela Abril durante a publicação dos títulos do selo Ultimate Marvel, chamados de "Marvel Século 21"[245], enquanto publicado pela editora e Millenum quando publicado pela Panini), e o formato econômico (15 x 24,5 cm), introduzido pela Mythos em 2001[42] (15 x 24,5 cm)[246]. Em Outubro de 2003, a Panini Comics lança novamente a revista Wizard[247], e o jornalista Sidney Gusman, que participou das duas versões anteriores da revista, torna-se editor[248]. Na edição de número 30, lançada em março de 2006, a revista passa por mudanças editorias (utilização do papel pisa brite, uma espécie de papel jornal[249], mudança de lombada quadrada para a lombada com grampos[250]. No mesmo ano, a revista precisou mudar de nome para Wizmania, por conta do nome Wizard, relacionado a uma rede de cursos de idiomas[251]. Em seguida, Sidney sai da revista e passa a ser responsável também pela área de Planejamento Editorial da Mauricio de Sousa Produções[252], e em seu lugar assume o jornalista Levi Trindade[253]. Em 2009, a revista é cancelada[254] e se torna um blog hospedado no site da Panini[255]. Em 2011, a revista americana também é cancelada em seu país de origem[256][257].

O estúdio Opera Graphica passa atuar como editora, o foco da editora são os livros teóricos, os álbuns de quadrinhos de títulos e estrangeiros e de brasileiros como Gedeone Malagola, Eugênio Colonnese, Júlio Shimamoto, Flavio Colin, entre outros[212], em 2001, a editora publica álbuns do Príncipe Valente continuando do volume onde a EBAL parou, lançado os volumes décimo sexto ao vigéssimo (publicado em 2009[258]. a editora havia anunciado um álbum de Flash Gordon, nos moldes dos publicados pela EBAL[259], o que não ocorreu.

Em 2002, o personagem infantil Pequeno Ninja é publicado pela Editora Cristal em estilo mangá[260]. Em 2007, o personagem voltou ao estilo infantil, agora publicado pela On Line Editora[261]. A editora é encerrada em 2009, com a publicação do livro teórico Fantasma - Biografia Oficial do Primeiro Herói Fantasiado dos Quadrinhos, organizado por Franco de Rosa e organizado por Marco Aurélio Lucchetti [262], posteriormente, Carlos Mann entrega o comando da Comix ao irmão Ricardo Jorge de Freitas Rodrigues e ao Camilo.[263]

Em Agosto de 2003, morre o jornalista Roberto Marinho, quatro meses antes de completar 99 anos[13] ; segundo Lourdes Belo, mesmo afastado das funções do jornal O Globo, o próprio jornalista negociava as tiras que seriam publicadas no jornal[39]. No mesmo ano, Franco de Rosa, elabora uma versão mangá do Fantasma, o projeto não é aprovado pela King Features[264] e o editor lança pelo selo Mangajin da editora Minuano, o herói Fantagor, escrito e desenhado por Pierre Vargas[265]

Entre 2003 e 2005, Marcelo Cassaro lança pela Mythos Dungeon Crawler, desenhada por Daniel HDR[266], e republicações de Holy Avenger, sob o título de Holy Avenger Reloaded[267]. O fanzine mangá Ethora é publicado oficialmente em 2004 pela Editora Talismã (antiga Trama) como Ethora especial[268], e em 2005 pela Kanetsu Press[269][270].

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Cão Jarbas de Ruy Jobim Neto

Em 2005, a Ediouro Publicações lança o selo Ediouro Quadrinhos, uma editora com títulos bem diversificados, e são publicados Star Wars (histórias produzidas pela Dark Horse Comics)[271], o italiano Nathan Never, os franco-belgas Aquablue[272], e Arthur - Uma epopeia celta[273] e mangá holandês Quark[274]. Apesar dos esforços, os títulos são cancelados, e em 2006 André Forastieri cria a Futuro Comunicações, firmando parceira a seguir com a Ediouro, e assim surge o selo Pixel Media, onde são publicados os títulos Corto Maltese, Spawn e títulos dos selos Vertigo, Wildstorm, America's Best Comics, pertencentes a DC Comics. A editora chegou a anunciar que poderia assumir a totalidade dos títulos da DC, publicados pela Panini[275][273], mas a parceria não dura muito tempo e Forastieri vende sua parte da Pixel à própria Ediouro, que demonstrou interesse em comprar a Conrad Editora[276]. A Ediouro desiste dos títulos da DC[277] , que passam a ser publicados integralmente pela Panini[278]. No mesmo ano, a Bentivegna Editora é reativada, por ela é publicada a série de livros "Heróis do Brasil", sobre figuras históricas do Brasil produzidos por Ruy Jobim Neto, criador da tira Cão Jarbas[279] e uma revista no estilo mangá retratando o folclore brasileiro[280]. No ano seguinte, Jobim assina contrato com a International Press, que passa a distribuir internacionalmente as tiras do Cão Jarbas[281], no mesmo ano, surge a Editora Desiderata, uma editora totalmente dedicada a títulos brasileiros, a editora lançou antologias do jornal Pasquim e da revista Casseta Popular, em 2008, a editora foi comprada pela Ediouro Publicações[282] e passou a publicar também obras estrangeiras[283].

Em 2006, a Editora Globo começa a lança a revista da Cuca, assim como as demais do Sítio do Picacau amarelo cobrindo o espaço infantil.

Em 2007, a Panini Comics passa a publicar títulos da Turma da Mônica (anteriormente lançados pela Editora Globo)[284]. no mesmo ano a editora lança a série Turma da Mônica Coleção História, uma coleção de edições facsimiles de revistas publicadas pelas editoras Abril e Globo[285], no mesmo ano, a editora lança a série As Tiras Clássicas da Turma da Mônica[286].

Em 2008 é lançada a webcomic XDragoon de Felipe Marcantonio [287] que inicialmente era baseada nas séries de jogos do Sonic, mas que com o tempo foi ganhando uma história própria e inclusive ganhou uma animação.

Turma da Mônica Jovem edição 0 (Junho de 2008)

Também em 2008, a Turma da Mônica ganha uma versão adolescente em estilo mangá: Turma da Mônica Jovem pela Panini Comics[288]. No mesmo ano, a Editora Globo resolve se retirar do mercado de quadrinhos; as Organizações Globo publicavam quadrinhos desde de 1937, ano do lançamento de O Globo Juvenil[289], nesse mesmo ano a Panini lança no formato de bolso, a coleção As Melhores Tiras, contendo as tiras dos personagens Mônica, Cebolinha, Chico Bento, Bidu e Penadinho[290], no ano seguinte, uma nova coleção de bolso, é lançada pela L&PM[291], editora que criou uma linha de livros de bolso em 1997[292].

Em 2009 é a vez de Luluzinha ganhar uma versão "mangá" com o título Luluzinha Teen pela Pixel Media[293]. Nesse mesmo ano a Conrad é vendida ao grupo IBEP-Companhia Editora Nacional.[294] Ainda em 2009, Sidney Gusman dá início ao projeto "Mauricio de Sousa por 50 artistas", em homenagem aos 50 anos de carreira do quadrinista, e são selecionados 50 artistas distintos (roteiristas e desenhistas) para criar histórias dos personagens criados por Mauricio, sem precisar usar o character design da Mauricio de Sousa Produções. O projeto não era totalmente inédito, os álbuns "Asterix e Seus Amigos" e "25 Anos do Menino Maluquinho" já traziam a mesma proposta[295]. ainda no mesmo ano, a editora lança álbum Bidu 50 anos, junto com livro, é publicada uma edição facsimile da revista Bidu publicada pela editora Outubro[56], no ano seguinte, é publicado o álbum Cebolinha 50 anos, a editora optou por não publicar um facsimile da primeira revista solo do personagem, já que a mesma já havia sido publicada na Coleção Histórica[296]

Década de 2010

Em março de 2010, a Editora Escala lança a revista Didi & Lili - Geração Mangá, com versões mangá do personagem do humorista Renato Aragão e sua filha Lívian Aragão a revista é produzida pelo Estúdio Activa de Franco de Rosa[297], o editor, já havia usado o nome Activa em mini-séries protagonizadas pelo Fantasma[298], a editora Independente Ink Blood Comics, lança uma nova revista de Chet[299]. Em maio do mesmo ano, o jornal O Globo altera sua página de tiras, e são publicadas de segunda a sábado as tiras Bichinhos de Jardim, de Clara Gomes; Liberty Meadows, de Frank Cho; Dustin, de Steve Kelly e Jeff Parker ); Agente Zero Treze, da dupla Arnaldo Branco e Claudio Mor; A cabeça é a ilha, de André Dahmer; e Urbano, o aposentado, de A. Silvério (única tira mantida no jornal, publicada desde 1986); e aos domingos são publicadas as tiras Menina Infinito, de Fábio Lyra; Luluzinha Teen (distribuída pela linha Coquetel da Ediouro, linha que atua como syndicate de palavras cruzadas e outros passatempos[300]); Valente, de Vitor Cafaggi; e o cartum A arte de zoar, do humorista Reinaldo, do grupo Casseta & Planeta[301]. Ainda em 2010 são lançados dois álbuns de quadrinhos inspirados no cangaço, Bando de dois, de Danilo Beyruth, lançado pela Zarabatana Books[302], e O Cabra, de Flávio Luiz. Enquanto Bando de dois tem uma temática mais realista, O Cabra apresenta um cenário de um futuro alternativo[303]‎.

A Newpop Editora publica uma edição encadernada do mangá Zucker do Studio Seasons, em forma seriada, na revista Neo Tokyo da Editora Escala; foi anunciado pela editora uma versão mangá de Helena do romancista Machado de Assis, também produzida pelo Estúdio[125].

Em 2010, Franco de Rosa publica pela Ediouro, a graphic novel Chico Xavier em quadrinhos, escrita por ele e desenhada por Rodolfo Zalla[304], o projeto originalmete seria desenhado por Eugênio Colonnese, falecido em 2008[305]. no mesmo ano, o editor anuncia a criação de uma nova editora, a Editorial Kalaco, a editora publica um antigo projeto da Opera Graphica, o álbum Flash Gordon[306], no ano seguinte, lança o álbum Casamento do Fantasma (lançado na década de 1970 pela RGE)[307], o álbum "War - Histórias de Guerra" trazendo histórias de guerra produzidas por Rodolfo Zalla na década de 1960, inspirada na revista "Blazing Combat", da Warren Publishing, a publicação das histórias foram canceladas por decorrência da Ditadura Militar[13], o título War - Histórias de Guerra foi lançado pela Opera Graphica em 2002 como uma revista com histórias de escritas por Garth Ennis para o selo Vertigo da DC Comics[308]. Em 2003, War - Histórias de Guerra foi um título de um álbum composto por histórias escritas por Gian Danton (baseado em textos de Luíz Meri) e arte de Eugênio Colonnese[309], em julho do mesmo ano, a Editorial Kalaco e a Zarabatana Books anunciam a publicaçam de um álbum de histórias produzidas por Zalla e protagonizadas pelo Drácula[310]

Outros títulos em mangá lançados em 2010 pela HQM Editora: Vitral e O Príncipe do Best Seller do Futago Studio[311]. Em 2011, surge "Almanaque Ação Magazine", uma nova tentativa de antologia de mangá pela Lancaster Editorial, trazendo 160 páginas no formato 16 x 23 cm[312]. Também em 2011, o roteirista JM Trevisan e o desenhista lançam a webcomic "Ledd"; tal qual Holy Avenger, a HQ é ambientada no universo ficcional de Tormenta, e a revista terá versão encadernada pela Jambô Editora[313]. A Jambô já havia publicado outra HQ baseada em Tormenta, DBride, publicada originalmente nas páginas da revista Dragon Slayer, da Escala[314].

Em 2010 e 2011 são lançados, respectivamente, os álbuns MSP+50[315] e MSP Novos 50, totalizando 150 artistas[316]. Em 2011, durante o FIQ, realizado em Belo Horizonte, Gusman, anuncia o projeto Graphic MSP, uma série de graphic novels; diferente dos álbuns da série MSP 50, as graphic trariam histórias fechadas contendo 72 páginas. Gusman optou por convidar artistas que já havia trabalhado nos álbuns "MSP 50"[317]. No ano seguinte é anunciada linha "Ouro da Casa", um álbum produzidos pelos funcionários dos Estúdios Mauricio de Sousa nos mesmos moldes da linha MSP 50[318].

Ver também

Notas

  1. apesar do nome, essa editora não tem nenhuma ligação com a editora que atuou na década de 1980

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