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Lygia Fagundes Telles: diferenças entre revisões

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É membro da [[Academia Paulista de Letras]] desde [[1982]], da [[Academia Brasileira de Letras]] desde [[1985]]<ref>Academia Brasileira de Letras. [http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=666&sid=194 Biografia]. Acesso em 15 de maio de 2010</ref> e da [[Academia das Ciências de Lisboa]] desde [[1987]].
É membro da [[Academia Paulista de Letras]] desde [[1982]], da [[Academia Brasileira de Letras]] desde [[1985]]<ref>Academia Brasileira de Letras. [http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=666&sid=194 Biografia]. Acesso em 15 de maio de 2010</ref> e da [[Academia das Ciências de Lisboa]] desde [[1987]].


== Biografia ==
== Biografia == pinto grama willian lima pinto
Foi a quarta filha do casal Durval de Azevedo Fagundes e Maria do Rosário Silva Jardim de Moura, tendo nascido na Rua Barão do Bananal, na capital paulista.
Foi a quarta filha do casal Durval de Azevedo Fagundes e Maria do Rosário Silva Jardim de Moura, tendo nascido na Rua Barão do Bananal, na capital paulista.



Revisão das 14h00min de 16 de agosto de 2013

Lygia Fagundes Telles
Lygia Fagundes Telles
Lygia em novembro de 2010
Nome completo Lygia de Azevedo Fagundes
Nascimento 19 de abril de 1923 (101 anos)
São Paulo
Nacionalidade  Brasileira
Ocupação escritora, jurista
Principais trabalhos Ciranda de Pedra, As Meninas, As Horas Nuas

Lygia Fagundes Telles, nascida Lygia de Azevedo Fagundes (São Paulo, 19 de abril de 1923), é uma escritora brasileira, galardoada com o Prémio Camões em 2005.

É membro da Academia Paulista de Letras desde 1982, da Academia Brasileira de Letras desde 1985[1] e da Academia das Ciências de Lisboa desde 1987.

== Biografia == pinto grama willian lima pinto Foi a quarta filha do casal Durval de Azevedo Fagundes e Maria do Rosário Silva Jardim de Moura, tendo nascido na Rua Barão do Bananal, na capital paulista.

Em 1938, dois anos depois da separação dos pais, Lygia publicou o seu primeiro livro de contos, Porão e sobrado com a ajuda de seu pai, assinando como Lygia Fagundes. Em 1939 terminou o curso fundamental no Instituto de Educação Caetano de Campos. No ano seguinte, ingressou na Escola Superior de Educação Física, também em São Paulo, ao mesmo tempo que frequentou um curso pré-jurídico, preparatório para a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.

Em 1941 iniciou o curso de Direito e começou a participar activamente nos debates literários, onde conheceria Mário e Oswald de Andrade, Paulo Emílio Salles Gomes, entre outros nomes da cena literária brasileira. Fez, então, parte da Academia de Letras da Faculdade e escreveu para os jornais Arcádia e A Balança. Ao mesmo tempo, trabalhou no Departamento Agrícola do Estado de São Paulo para pagar os estudos e para a sua própria subsistência. Foi também em 1941 que terminou o curso de Educação Física. Foi na faculdade do Largo de São Francisco que conheceu a poeta que veio a ser a sua melhor amiga, Hilda Hilst.

Em 1944 publicou o livro de sucesso Praia Viva.

Em 1950 casou-se com o jurista Goffredo da Silva Telles Jr. (filho de Gofredo da Silva Teles), assim passando a assinar Fagundes Telles em seu sobrenome. Conheceu seu marido na escola, já que ele era seu professor na Faculdade de Direito e deputado federal, o que a levou a mudar-se para o Rio de Janeiro, onde funcionava a Câmara Federal.

Em 1952, de volta à sua cidade natal, escreveu o seu primeiro romance, Ciranda de Pedra, do qual se faria mais tarde uma telenovela, e muito mais tarde um remake, todos com grande sucesso, que é editado no ano seguinte, já depois da morte da sua mãe, que faleceu em 1953.

Em 1954 nasceu seu único filho: Goffredo da Silva Telles Neto.

Em 1960, por problemas de brigas e ciúmes conjugais, separou-se de Goffredo, porém não oficialmente, e, no ano seguinte, começou a trabalhar como procuradora do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo. Em 1962 começou a namorar de novo e junto com o filho foi morar com Paulo Emílio Salles Gomes, mesmo casada no papel com outro, o que foi um escândalo para a sociedade. Com ele viveu muito feliz por mais de 10 anos. Nesse meio tempo, o Brasil enfrentava dificuldades e foi inspirada nesse contexto político brasileiro que escreveu o livro As Meninas.

Em parceria com Paulo Emílio, fez uma adaptação para o cinema do romance de Machado de Assis, Dom Casmurro, para o cineasta Paulo César Sarraceni - adaptação que adotaria a alcunha da personagem principal: "Capitu".

Em 1970 recebeu o Grande Prémio Internacional Feminino para Estrangeiros, na França, pelo seu livro de contos Antes do baile. Em 1973, o seu romance As Meninas arrebatou os principais prémios literários brasileiros: o Prêmio Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras, o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro e o prémio de "Ficção" da Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 1977, foi galardoada pelo Pen Club do Brasil na categoria de contos, pela sua colectânea Seminário dos Ratos.

Ficou viúva e sofreu muito por ter perdido seu companheiro, Paulo Emílio, que foi seu último 'marido'. Por estar junto dele havia muitos anos, teve o direito e assumiu a presidência da Cinemateca Brasileira, fundada por ele em vida.

Em 1982 foi eleita para a cadeira 28 da Academia Paulista de Letras e, em 1985, por 32 votos a 7, foi eleita, em 24 de outubro, para ocupar a cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras, na vaga deixada por Pedro Calmon, tomando posse em 12 de Maio de 1987.

Em 1995, Emiliano Ribeiro apresentou o filme As Meninas, baseado no romance da escritora. Em 2001 voltou a receber o Prémio Jabuti, na categoria de ficção, pelo seu livro Invenção e Memória. Em março de 2001 recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade de Brasília.

A 13 de Maio de 2005 recebe o Prémio Camões, distinguida pelo júri composto por Antônio Carlos Sussekind (Brasil), Ivan Junqueira (Brasil), Agustina Bessa-Luís (Portugal), Vasco Graça Moura (Portugal), Germano de Almeida (Cabo Verde) e José Eduardo Agualusa (Angola).

Obras

Romances

Livros de Contos

Antologias

  • Seleta, 1971 (organização, estudos e notas de Nelly Novaes Coelho)
  • Lygia Fagundes Telles, 1980 (organização de Leonardo Monteiro)
  • Os melhores contos de Lygia F. Telles, 1984 (seleção de Eduardo Portella)
  • Venha ver o pôr-do-sol, 1988 (seleção dos editores - Ática)
  • A confissão de Leontina e fragmentos, 1996 (seleção de Maura Sardinha)
  • Oito contos de amor, 1997 (seleção de Pedro Paulo de Sena Madureira)
  • Pomba enamorada, 1999 (seleção de Léa Masima).

Participações em coletâneas

  • Gaby, 1964 (novela - in Os sete pecados capitais - Civilização Brasileira)
  • Trilogia da confissão, 1968 (Verde lagarto amarelo, Apenas um saxofone e Helga - in Os 18 melhores contos do Brasil - Bloch Editores)
  • Missa do galo, 1977 (in Missa do galo: variações sobre o mesmo tema - Summus)
  • O muro, 1978 (in Lições de casa - exercícios de imaginação - Cultura)
  • As formigas, 1978 (in O conto da mulher brasileira - Vertente)
  • Pomba enamorada, 1979 (in O papel do amor - Cultura)
  • Negra jogada amarela, 1979 (conto infanto-juvenil - in Criança brinca, não brinca? - Cultura)
  • As cerejas, 1993 (in As cerejas - Atual)
  • A caçada, 1994 (in Contos brasileiros contemporâneos - Moderna)
  • A estrutura da bolha de sabão e As cerejas, s.d. (in O conto brasileiro contemporâneo - Cultrix)

Crônicas publicadas na imprensa

Pindura com um anjo. Jornal da Tarde - 11 de Agosto de 1996

Traduções e adaptações

  • Para o alemão:
    • Filhos pródigos, 1983
    • As horas nuas, 1994
    • Missa do galo, 1994
  • Para o espanhol:
    • As meninas, 1973
    • As horas nuas, 1991
  • Para o francês:
    • Filhos pródigos, 1986
    • Antes do baile verde, 1989
    • As horas nuas, 1996
    • W. M., 199
    • As meninas 2005 (Les pensionnaires, Brésil 70, un rêve de liberté)
  • Para o inglês:
    • As meninas, 1982
    • Seminário dos ratos, 1986
    • Ciranda de pedra, 1986
  • Para o italiano:
    • As pérolas, 1961
    • As horas nuas, 1993
  • Para o polaco:
    • A chave, 1977
    • Ciranda de pedra, 1990 (traduzido também para o chinês e espanhol).
  • Para o sueco:
    • As horas nuas, 1991
  • Para o tcheco:
    • Antes do baile verde, s.d. (traduzido também para russo)
  • Edições em Portugal:
    • Antes do baile verde, 1971
    • A disciplina do amor, 1980
    • A noite escura e mais eu, 1996
    • As meninas, s.d.
  • Para o cinema:
    • Capitu (roteiro); parceria com Paulo Emílio Salles Gomes, 1993 (Siciliano).
    • As meninas (adaptação), 1996
  • Para o teatro:
    • As meninas, 1988 e 1998
  • Para a televisão:
    • O jardim selvagem, 1978 (Caso especial - TV Globo)
    • Ciranda de pedra, 1981 e 2008 (Novela - TV Globo)
    • Era uma vez Valdete, 1993 (Retratos de mulher - TV Globo)

Prêmios

Referências

  1. Academia Brasileira de Letras. Biografia. Acesso em 15 de maio de 2010

Ver também

Ligações externas

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Precedida por
Dalton Trevisan
Prêmio Jabuti - Contos / Crônicas / Novelas
1966
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Prêmio Jabuti - Romance
1974
Sucedida por
Adonias Filho
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Pedro Calmon
ABL - quarta acadêmica da cadeira 16
1985 — atualidade
Sucedida por
Precedida por
Dalton Trevisan / Regina Rheda / Victor Giudice
Prêmio Jabuti - Contos / Crônicas / Novelas
1996
Sucedida por
Marina Colasanti / Silviano Santiago / Antônio Carlos Villaça
Precedida por
Raimundo Carrero / Marçal Aquino / Ignacio de Loyola Brandão
Prêmio Jabuti - Contos / Crônicas
2001
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Fernando Sabino
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Agustina Bessa-Luís
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2005
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José Luandino Vieira