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Belo Horizonte: diferenças entre revisões

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Cercada pela [[Serra do Curral]], que lhe serve de moldura natural e referência histórica, foi a primeira cidade planejada do Brasil. A cidade é uma mistura de tradição e modernidade e destaca-se pela beleza de seus conjuntos arquitetônicos e uma rica produção artística e cultural.


De acordo com estimativas de [[2007]], sua população é de 2.412.937 habitantes<ref name="populacao">{{citar web|url=http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/contagem2007/MG.pdf|titulo=População residente por municípios em Minas Gerais em 1° de abril de 2007|autor=[[IBGE]]|acessodata=21 de outubro de 2007}}</ref>, sendo a sexta cidweqqqqqqqqqqqqqqqqqqade mais populosa do país. Belo Horizonte já foi indicada pelo Population Crisis Commitee, da ONU, como a metrópole com melhor qualidade de vida na [[América Latina]] e a 45ª entre as 100 melhores cidades do mundo<ref>{{citar web|url=http://www.terra.com.br/turismo/roteiros/2000/10/29/000.htm|titulo=Belo Horizonte, a grande roça mineira|autor=Portal Terra|acessodata=1° de fevereiro de 2008}}</ref>. De acordo com o recente estudo do [[IBGE]], Belo Horizonte é o quinto maior [[PIB]] brasileiro representando 1,32% do total das riquezas produzidas no país<ref >{{citar web|url=http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1061&id_pagina=1|titulo=Produto Interno Bruto dos Municípios 2005|autor=[[IBGE]]|acessodata=1° de fevereiro de 2008}}</ref>.
De acordo com estimativas de [[2007]], sua população é de 2.412.937 habitantes<ref name="populacao">{{citar web|url=http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/contagem2007/MG.pdf|titulo=População residente por municípios em Minas Gerais em 1° de abril de 2007|autor=[[IBGE]]|acessodata=21 de outubro de 2007}}</ref>, sendo a sexta cidade mais populosa do país. Belo Horizonte já foi indicada pelo Population Crisis Commitee, da ONU, como a metrópole com melhor qualidade de vida na [[América Latina]] e a 45ª entre as 100 melhores cidades do mundo<ref>{{citar web|url=http://www.terra.com.br/turismo/roteiros/2000/10/29/000.htm|titulo=Belo Horizonte, a grande roça mineira|autor=Portal Terra|acessodata=1° de fevereiro de 2008}}</ref>. De acordo com o recente estudo do [[IBGE]], Belo Horizonte é o quinto maior [[PIB]] brasileiro representando 1,32% do total das riquezas produzidas no país<ref >{{citar web|url=http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1061&id_pagina=1|titulo=Produto Interno Bruto dos Municípios 2005|autor=[[IBGE]]|acessodata=1° de fevereiro de 2008}}</ref>.


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== História ==
== História ==

Revisão das 00h11min de 4 de junho de 2008

 Nota: Para outros significados, veja Belo Horizonte (desambiguação).
Belo Horizonte
  Município do Brasil  
Belo Horizonte
Belo Horizonte
Belo Horizonte
Símbolos
Bandeira de Belo Horizonte
Bandeira
Brasão de armas de Belo Horizonte
Brasão de armas
Hino
Gentílico belo-horizontino
Localização
Localização de Belo Horizonte em Minas Gerais
Localização de Belo Horizonte em Minas Gerais
Localização de Belo Horizonte em Minas Gerais
Belo Horizonte está localizado em: Brasil
Belo Horizonte
Localização de Belo Horizonte no Brasil
Mapa
Mapa de Belo Horizonte
Coordenadas 19° 49' 01" S 43° 57' 21" O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Região metropolitana Belo Horizonte
Municípios limítrofes Vespasiano (N), Ribeirão das Neves, Contagem, Ibirité (O), Brumadinho (S), Nova Lima (SE), Sabará (L) e Santa Luzia (NE).
Distância até a capital 716 km
História
Fundação 12 de dezembro de 1897
Administração
Prefeito(a) Fernando Pimentel (PT)
Características geográficas
Área total 330,954 km²
População total (est. IBGE/2007 [1]) 2,412,937 hab.
Densidade 7 290,8 hab./km²
Clima tropical de altitude (Cwa)
Altitude 858 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (alto PNUD/2000) 0,839 Erro de expressão: caractere "," não reconhecido
PIB ((BR: 5º) IBGE/2005) R$ 28.386.694 mil
PIB per capita (IBGE/2005) R$ 11 951,00

Belo Horizonte é um município brasileiro e a capital do estado de Minas Gerais.

Cercada pela Serra do Curral, que lhe serve de moldura natural e referência histórica, foi a primeira cidade planejada do Brasil. A cidade é uma mistura de tradição e modernidade e destaca-se pela beleza de seus conjuntos arquitetônicos e uma rica produção artística e cultural.

De acordo com estimativas de 2007, sua população é de 2.412.937 habitantes[2], sendo a sexta cidade mais populosa do país. Belo Horizonte já foi indicada pelo Population Crisis Commitee, da ONU, como a metrópole com melhor qualidade de vida na América Latina e a 45ª entre as 100 melhores cidades do mundo[3]. De acordo com o recente estudo do IBGE, Belo Horizonte é o quinto maior PIB brasileiro representando 1,32% do total das riquezas produzidas no país[4].

A Região Metropolitana de Belo Horizonte, formada por 34 municípios, possui uma população estimada em 4.939.053 habitantes[1][5], sendo a terceira maior aglomeração populacional brasileira e a terceira em importância econômica da indústria nacional.

História

Os primórdios da ocupação da região

Durante a expansão paulista, que cresceu com a descoberta de ouro, o bandeirante João Leite da Silva Ortiz ocupou, em 1701, terras em que estabeleceu a fazenda do Cercado, base do núcleo do Curral del-Rei. Este cresceu ou diminuiu, pela instável divisão administrativa e religiosa. Nas fraldas da Serra do Curral, em 1750, por ordem da Coroa, foi criado o distrito de Nossa Senhora da Boa Viagem do Curral, então sede da freguesia do mesmo nome instituída, de fato em 1718, em torno de capela ali construída pelo Padre Francisco Homem, filho de Miguel Garcia Velho. A freguesia foi oficializada em 1748. Em 1890, o arraial, do município de Sabará, tomou o nome de Belo Horizonte. Com a República e a descentralização federal, as capitais tiveram maior relevo: ganhava vigor a idéia de mudança da sede do governo mineiro, pois a antiga Ouro Preto era travada pela topografia. Assim, foi indicada Belo Horizonte, com o nome de Cidade de Minas.

A fundação da capital

O apogeu de Ouro Preto perdurou até o fim do século XVIII, quando as jazidas esgotaram-se e o ciclo do ouro deu lugar à pecuária e agricultura, criando novos núcleos regionais, inaugurando uma nova identidade estadual.

Ao final do século XIX, o ferro ganha grande importância no cenário econômico mundial e inaugura um novo ciclo econômico em Minas, o ciclo do ferro. A região de montanhas negras que vai de Ouro Preto à região do Curral Del Rey, de reservas próximas aos 15 bilhões de toneladas de minério de ferro, formam um local conhecido como Quadrilátero Ferrífero.

Concomitantemente, a então capital de Minas Gerais, a cidade de Ouro Preto, apresentava dificuldades de acomodar uma expansão urbana, devido à sua localização. Isso gerou a necessidade da transferência da capital para outra localidade. O Congresso Mineiro reunido em Barbacena, em sessão de 17 de dezembro de 1893, indicou pela lei n. 3, adicional à Constituição do Estado, as cidades de Juiz de Fora, Barbacena, Várzea do Marçal, Paraúna e Belo Horizonte como locais propícios à instalação da nova capital, depois que se ouvisse o parecer da Comissão Construtora, chefiada pelo engenheiro Aarão Reis, que optou por Belo Horizonte. Seu território foi desmembrado de Sabará e inicialmente foi denominada Cidade de Minas. A capital do estado foi oficialmente transferida em 12 de dezembro de 1897 durante o governo de Crispim Jacques Bias Fortes, já com o nome de Belo Horizonte.

O local escolhido oferecia condições ideais: estava no centro da unidade federativa, a 100 km de Ouro Preto o que muito facilitava a mudança, acessível por todos os lados embora circundado de montanhas, rico em cursos d’água, possuidor de um clima ameno, numa altitude de 800 metros. A área destinada à nova capital parecia um grande anfiteatro entre as Serras do Curral e de Contagem, contanto com excelentes condições climatológicas, protegida dos ventos frios e úmidos do sul e dos ventos quentes do norte, e arejada pelas correntes amenas do oriente que vinham da serra da Piedade, ou das brisas férteis do oeste que vinham do vale do Rio Paraopeba. Era um grande vale cercado por rochas variadas e dobradas, com longa e perturbada história geológica, solos rasos, pouco desenvolvidos, de várias cores, às vezes arenosos e argilosos, com idade aproximada de 1 bilhão e 650 milhões de anos.

O projeto de Aarão Reis

Projetada pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi a primeira cidade brasileira moderna planejada. Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha perpendicular de ruas, cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares, visadas privilegiadas, e uma avenida em torno de seu perímetro (Avenida do Contorno). Outro aspecto interessante do projeto original é a abundância de parques e praças, com um grande parque municipal na área central.

Trecho do relatório escrito por Aarão Reis, engenheiro-chefe da Comissão Construtora da Nova Capital, sobre a planta definitiva de Belo Horizonte, aprovada pelo Decreto nº 817 de 15 de abril de 1895.
Foi organizada, a planta geral da futura cidade dispondo-se na parte central, no local do atual arraial, a área urbana, de 8.815.382 m², dividida em quarteirões de 120 m x 120 m pelas ruas, largas e bem orientadas, que se cruzam em ângulos retos, e por algumas avenidas que as cortam em ângulos de 45º.
Às ruas fiz dar a largura de 20 metros, necessária para a conveniente arborização, a livre circulação dos veículos, o trafego dos carros e trabalhos da colocação e reparações das canalizações subterrâneas. Às avenidas fixei a largura de 35 m., suficiente para dar-lhes a beleza e o conforto que deverão, de futuro, proporcionar à população (...)
Ficheiro:Belo Horizonte - Serra do Curral.jpg
Avenida Afonso Pena

Entretanto, Aarão Reis não queria a cidade como um sistema que se expandiria indefinidamente. Entre a paisagem urbana e a natural foi prevista uma zona suburbana de transição, mais solta, que articulava os dois setores através de um bulevar circundante, a avenida do Contorno, bastante flexível e que se integrava perfeitamente na composição essencial. A concepção do plano fundia as tradições urbanísticas americanas e européias do século XIX. O tabuleiro de xadrez da primeira era corrigido por meio das amplas artérias oblíquas, e espaços vazios, uma preocupação constante com as perspectivas monumentais que provinha do Velho Mundo, com marcadas influências de Haussmann. Belo Horizonte surgia como uma tentativa de síntese urbana no final do século XIX. O objetivo de se criar uma das maiores cidades brasileiras do século XX, era atingido. Porém, o plano de Belo Horizonte pertencia a sua época, seu conceito estava embasado em fundamentos do século anterior, encerrava um período, mais do que iniciava outro. Mostrava preocupações com a pesquisa urbanística, arquitetônica e construtiva bastante excepcionais para a sua época. Sem dúvida indicou uma tendência promissora para o urbanismo no Brasil. Quando foi inaugurada em 12 de dezembro de 1897, Belo Horizonte contava com 25.000 habitantes. As novas construções se opunham ao barroco colonial, tentando apagar as lembranças do passado. O Brasil independente buscava seu estilo no ecletismo desse tempo. Os primeiros conjuntos urbanos se definiam. A Praça da Liberdade aparecia como grande paço municipal, com as Secretarias de Estado e o Palácio do Governo. O Parque Municipal, embora com seu traçado inicial modificado, se implantava no local previsto. A Praça da Estação, a Avenida Santos Dumont, a Rua da Bahia e a Avenida Afonso Pena, faziam parte de diversas imagens de época que contavam a trajetória da cidade.

A expansão urbana extrapolou em muito o plano original. Quando foi iniciada sua construção, os idealizadores do projeto previram que a cidade alcançaria a marca de 100 mil habitantes apenas quando completasse 100 anos. Em 1997, ano do centenário, a cidade possuía mais de 2 milhões de pessoas. Essa falta de visão se repetiu em toda a história da cidade que jamais teve um planejamento consistente que previsse os desafios da grande metrópole que se tornaria.

Aos poucos, pequenas fábricas instalaram-se, a energia elétrica ampliou-se, as obras foram retomadas, os transportes melhoraram e começaram a surgir praças e jardins que deram uma nova paisagem. O número de empregos cresceu, chegaram novos habitantes, a vida social e cultural começou a se agitar. A indústria ganhou impulso na década de 20 e inauguraram-se grandes obras, surgiram novos bairros, sem planejamento, e com eles, sérios problemas urbanos.

A expansão

Ficheiro:Bh brasil.jpg
Vista da cidade.

A nova capital foi o maior problema do governo do Estado no início do regime: construída após vencer muitos obstáculos, ela permaneceu em relativa estagnação devido à crise financeira. Ligações ferroviárias com o sertão e o Rio de Janeiro puseram a cidade em comunicação com o interior e a capital do país. O desenvolvimento foi mínimo até 1922.

Pelas proclamadas virtudes de seu clima, a cidade tornou-se atrativa, especialmente para o tratamento da tuberculose: multiplicaram-se os hospitais, pensões e hotéis, mas até 1930 exerceu função quase estritamente administrativa. Foi também na década de 1920 que surgiu em Belo Horizonte a geração de escritores de raro brilho que iria se destacar no cenário nacional. Carlos Drumond de Andrade, Ciro dos Anjos, Pedro Nava, Luís Vaz, Alberto Campos, Emílio Moura, João Alphonsus, Milton Campos, Belmiro Braga e Abgar Renault se encontravam no Bar do Ponto, na Confeitaria Estrela ou no Trianon, para produzir os textos que revolucionaram a literatura brasileira.

Nos anos 30, Belo Horizonte se consolidava como capital, não isenta de críticas e de louvores. Deixava de ser uma teoria urbanística para ser uma conquista humana, algo para ser não somente visto, mas para ser vivido também. Nesta época BH já contava com 120.000 habitantes e passava por problemas de ocupação, gerando uma crise de carência de serviços públicos. Necessitava de um novo planejamento para que se recuperasse a cidade moderna.

Parque Municipal
Américo Reneé Giannetti.
(No centro. Inaugurado em 1897, junto com a cidade).

As construções que mais marcaram este período são o Cine Brasil, de 1931; o Edifício Chagas Dória, de 1934, do arquiteto Alfredo Marestrof; o Edifício Ibaté, de 1935, de Ângelo Murgel; a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, de 1935, de Luís Signiorelli; o Edifício SULACAP, de 1941, de Roberto Capello com sua interessante articulação com o Viaduto de Santa Teresa; o Edifício Acaiaca, de 1943, de Luís Pinto Coelho; o Hospital da Santa Casa, de 1946 e o Edifício do Banco do Brasil, de 1942, ambos de Raffaelo Berti.

Estas obras representavam um primeiro momento do modernismo na cidade. Abandonava-se o ecletismo dos anos 20 em função de um racionalismo temperado com elementos da art-déco, da Bauhaus, ou mesmo elementos decorativos de origem indígena, como no Edifício Acaiaca. Contraditoriamente, Ouro Preto, a cidade espontânea, apresentava contínuos urbanos muito bem definidos, e Belo Horizonte, a cidade planejada, se articulava através de seus volumes soltos.

Arte Moderna em Belo Horizonte

.

No início da década de 40, a cidade dobra sua população, bem mais do que o previsto pela Comissão Construtora e passa por uma grande modernização. Consolidava-se a verticalização de sua área central. Esboçavam-se planos diretores no sentido de reorganizar a expansão da cidade. Abriam-se novas avenidas de fundo de vale. Tentava-se cadastrar a cidade. Reconhecia-se a crise habitacional como grave problema social. A década de 40 trouxe o avanço da industrialização, além da criação do Complexo Arquitetônico da Pampulha, inaugurado em 1943 por encomenda do então prefeito Juscelino Kubitschek. O conjunto da Pampulha reúne os maiores nomes do modernismo brasileiro, com projetos de Oscar Niemeyer, pinturas de Portinari, esculturas de Alfredo Ceschiatti e jardins de Roberto Burle Marx. Ao mesmo tempo, o arquiteto Sílvio de Vasconcelos também cria muitas construções de inspiração modernista, notadamente as casas do bairro Cidade Jardim, que ajudam a definir a fisionomia da cidade.

Na década de 50, a população da cidade dobra novamente, passando de 350 mil para 700 mil habitantes. Como resposta ao crescimento desordenado da cidade, o prefeito Américo René Gianetti dá início à elaboração de um Plano Diretor para Belo Horizonte.

Na década de 60, muitas demolições foram feitas, transformando o perfil da cidade, que passa, então, a ter arranha-céus e asfalto no lugar de árvores. Belo Horizonte ganha ares de metrópole. A conurbação da cidade com municípios vizinhos se amplia.

Ficheiro:Belo2.jpg
A Avenida Afonso Pena.

Ainda na década de 60, a cidade atinge mais de 1 milhão de habitantes. Nessa época, os espaços vazios do município praticamente se esgotaram, e o crescimento populacional passou a se concentrar nos municípios coligados a Belo Horizonte, como Sabará, Contagem, Betim, Ribeirão das Neves e Santa Luzia. Na tentativa de resolver os problemas causados pela crescimento desordenado, foi instituída a Região Metropolitana de Belo Horizonte e foi criado o Plambel, que desencadeou diversas ações visando a conter o caos metropolitano.

A história recente: a partir da década de 80

Na década de 80 foi iniciada a implantação do metrô de superfície e a memória da cidade começou a ser mais valorizada. Em 1980, milhares de pessoas tomaram a então Praça Israel Pinheiro (hoje, Praça do Papa) para receber o próprio Papa João Paulo II. Devido à sua altitude, na praça a vista da cidade é privilegiada, o que fez com que o papa ali dissesse: "Que belo horizonte!", o que provavelmente corroborou para que a praça ficasse mais conhecida hoje como Praça do Papa. A cidade foi palco ainda de grandes manifestações visando a queda da ditadura militar no Brasil, sob a liderança de Tancredo Neves, na época governador do Estado. A fisionomia urbana foi novamente alterada com a proliferação de prédios em estilo pós-moderno, especialmente na afluente Zona Sul da cidade, graças à influência de um grupo de arquitetos liderado por Éolo Maia. Na mesma década, a cidade também passou a ser servida pelo Aeroporto Internacional de Confins, na época localizado no município de Lagoa Santa (hoje em Confins), a 38 km do centro da capital.

Ficheiro:Belo3.jpg
Belo Horizonte à noite.

A década de 1990 foi marcada pelo reforço da estrutura administrativa do município, com a aprovação em 1990 da Lei Orgânica do Município e do o Plano Diretor da cidade, em 1996. A gestão municipal se democratizou com a realização anual do Orçamento participativo. O desafio ainda em curso diz respeito ao fortalecimento da gestão integrada da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que reúne 34 municípios que devem cooperar entre si para a resolução de seus problemas comuns.

Nesta primeira década do século XXI, Belo Horizonte está se consolidando no cenário internacional como um grande centro nas áreas de Biotecnologia, Informática e turismo de negócios. Alguns dos investimentos recentes nesses setores são a implantação do Parque Tecnológico de Belo Horizonte, do Laboratório do Google para a América Latina e do moderno centro de convenções Expominas.

Geografia

Relevo

Região de contato entre séries geológicas diferentes do proterozóico, compostas de rochas cristalinas, o que dá ao território paisagens diferenciadas. As serras de Belo Horizonte são ramificações da Cordilheira do Espinhaço e pertencem ao grupo da Serra do Itacolomi. Contornando o município estão as Serras de Jatobá, José Vieira, Mutuca, Taquaril e Curral. O ponto culminante do município encontra-se na Serra do Curral, atingindo 1.390 metros.

Hidrografia

Localizada na Bacia do São Francisco, Belo Horizonte é atendida pelos Ribeirões Arrudas e do Onça, afluentes do Rio das Velhas. O Ribeirão Arrudas, atravessa a cidade de Oeste para Leste. Mais ao Norte, corre o Ribeirão Pampulha, represado para formar o reservatório de igual nome, um dos recantos de turismo e lazer da cidade.

Gráfico climático para Belo Horizonte
JFMAMJJASOND
 
 
193
 
28
20
 
 
122
 
29
20
 
 
123
 
29
20
 
 
49
 
28
18
 
 
17
 
26
16
 
 
7
 
25
14
 
 
4
 
25
14
 
 
12
 
26
15
 
 
37
 
27
17
 
 
65
 
28
18
 
 
147
 
28
19
 
 
237
 
28
19
Temperaturas em °CPrecipitações em mm

Fonte: MSN Weather


Clima

O clima de Belo Horizonte é tropical de altitude tendo verões agradáveis e invernos relativamente frios. A cidade não apresenta grandes diferenças nas quatro estações do ano, sendo dividido apenas em verão ou inverno. Apresenta clima tropical com regime sazonal de chuvas: estação úmida, chuvosa e estação seca. A temperatura média anual fica em torno de 20,5º C. Os totais anuais de chuva são relativamente altos (1.450 mm aproximadamente). Os verões apresentam temperaturas mínimas médias de 18°C e máximas médias de 28°C. Os invernos são geralmente frios para padrões brasileiros, tendo temperaturas mínimas médias de 13°C e máximas médias de 25°C. A menor temperatura já registrada foi de 2,2°C e a maior de 37°C.

Demografia

Belo Horizonte atualmente é o sexto município mais populoso do Brasil com 2.412.937 habitantes, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza e, mais recentemente, Brasília. Isso muito se deve à área reduzida do município e à saturação das áreas disponíveis, o que tem incentivado fortemente a verticalização das construções no município e a especulação imobiliária nas cidades da região metropolitana mais próximas da capital como Nova Lima, Santa Luzia e Contagem. Entretanto, a Região Metropolitana de Belo Horizonte, composta por 34 municípios e uma população estimada em 4.934.210 habitantes, é a terceira maior aglomeração urbana do Brasil, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. A região metropolitana da cidade é o 48º maior aglomerado urbano do mundo e o sétimo da América Latina (atrás da Cidade do México, São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Bogotá e Lima, respectivamente).

Grupos étnicos

Praça Sete de Setembro.
(Obelisco que celebra a independência do Brasil).
Cor ou Raça Porcentagem Número
Brancos 53,57% 1.199.070
Pretos 8,04% 180.056
Pardos 37,24% 833.668
Amarelos 0,19% 4.312
Indígenas 0,34% 7.588

Fonte: IBGE 2000 (dados obtidos por meio de pesquisa de autodeclaração).

Belo Horizonte é uma cidade multirracial, fruto de intensa migração. O seu povoamento foi efetuado, sobretudo, por mineiros vindos de todas as partes do estado. Vieram brancos, negros e mestiços de diversas origens, o que contribuiu para o equilíbrio entre o número de pessoas brancas, pardas e pretas.

Um dos primeiros grupos a habitar a cidade foram imigrantes italianos: começaram a chegar em 1897 para construir a capital e habitar as colônias agrícolas ao redor da mesma. Hoje, 30% da população belo-horizontina tem ascendência italiana.[6][7]

Religião

Prefeitura de Belo Horizonte.
(Localizada na Av. Afonso Pena).
Religião Porcentagem Número
Católicos 68,84% 1.541.087
Protestantes 18,10% 405.265
Ateus /Sem religião 8,04% 179.997

Fonte: IBGE, 2000 (dados obtidos por meio de pesquisa de autodeclaração)[8].

Política

Belo Horizonte, como capital de Minas Gerais, respira política. Grandes articulações de impacto nacional foram e são realizadas em lugares como o Palácio da Liberdade, o Café Pérola e o Café Nice. Vários prefeitos de Belo Horizonte vieram a se tornar governadores do Estado e dois foram presidentes da República, Venceslau Brás Pereira Gomes e Juscelino Kubitscheck de Oliveira.Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, prefeito de Belo Horizonte e presidente do Estado, à época da República Velha, foi o principal articulador da candidatura à presidência de Getúlio Vargas e da Revolução de 1930.

A cidade também é referência nacional em Orçamento Participativo. Em 2006, inovou ao criar o Orçamento Participativo Digital, um moderno sistema onde os eleitores podem votar utilizando um computador comum ligado à internet.

Economia e Turismo

Belo Horizonte possui o quinto maior PIB entre os municípios brasileiros, com o valor aproximado de 28,4 bilhões de reais[9] e um PIB per capita de R$ 11.951,00[9], em 2005. O setor terciário (serviços e comércio) contribui com 80% da riqueza produzida no município. O setor industrial corresponde ao restante do PIB. Praticamente não existe setor agropecuário na cidade.

A Região Metropolitana de Belo Horizonte possui o quinto maior parque produtivo da América do Sul, com destaque para a indústria automobilística e de autopeças, siderurgia, eletrônica e construção civil, com um PIB de cerca de 62,3 bilhões de reais[9], em 2005.

Está entre os sete municípios com a melhor infra-estrutura do país [10]. Posicionada em um eixo logístico do Brasil é servida por uma malha viária e ferroviária que a liga aos principais centros e portos do país. Recebe vôos nacionais e internacionais através do Aeroporto de Confins e vôos nacionais e regionais através do Aeroporto da Pampulha.

Com um diversificado setor de comércio e da prestação de serviços e contando com uma desenvolvida rede de hotéis, restaurantes e agências bancárias, Belo Horizonte é um dos principais pólos de turismo de negócios do país e desde a inauguração do Expominas, o mais moderno centro de convenções da América Latina, sedia importantes eventos nacionais e internacionais como a 47ª Reunião Anual do BID em 2006[11].

Belo Horizonte é também o Portão de Entrada para cidades históricas mineiras como Ouro Preto, Mariana, Sabará, Caeté, Santa Luzia, Congonhas, Diamantina, São João del-Rei e Tiradentes.

Cultura

Música

Surgiram em Belo Horizonte movimentos culturais de expressão internacional.

Na música, merecem destaque o coral Madrigal Renascentista, o movimento Clube da Esquina (do qual fazem parte Milton Nascimento, Beto Guedes, Lô Borges, dentre outros), Paulinho Pedra Azul, Paula Santoro, Makely Ka, e as bandas musicais 14 Bis, Jota Quest, Cartoon, Pato Fu, Sepultura, Skank e Tianastácia.

No teatro, devem ser lembrados o Grupo Galpão, Espanca! e o Giramundo Teatro de Bonecos. Possuem também renome internacional, na área da dança o Grupo Corpo, Grupo 1º Ato. Aqui também surgiram para o Brasil dois nomes conhecidos do teatro de humor brasileiro: Saulo Laranjeira (natural de Pedra Azul) e Geraldo Magela.

Artes Cênicas

Grandes atores de repercussão Nacional são oriundos de Belo Horizonte, como Débora Falabella, Daniel de Oliveira, Priscila Fantin, Bete Coelho, Cássia Kiss e Christiano Junqueira.

Residiram em Belo Horizonte escritores e intelectuais de influência nacional; apenas para citar alguns nomes: Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava, Milton Campos, Fernando Sabino, Otto Lara Resende, Ziraldo, Gustavo Capanema, Emílio Moura, Hélio Pellegrino e Paulo Mendes Campos.

Todos os anos se realizam em Belo Horizonte os seguintes festivais:

  • "Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua" (FIT)
  • "Festival Internacional de Teatro de Bonecos" (FITB)
  • "Festival Internacional de Dança" (FID)
  • "Festival Internacional de Corais"
  • "Festival de Arte Negra" (FAN)
  • "Campanha de Popularização do Teatro e da Dança", que acontece nos meses de janeiro e fevereiro, quando dezenas de peças teatrais são oferecidas a preços populares à população

além de vários festivais de cinema e música, sendo o "Indie - Festival Internacional de Cinema", o "Festival Internacional de Curtas" e o "Pop Rock Brasil", os mais famosos.

Bienalmente são realizados os seguintes festivais:

  • "Encontro Mundial de Artes Cênicas" (ECUM)
  • "Festival Mundial de Circo do Brasil"
  • "Festival Internacional de Quadrinhos" (FIQ) - Maior evento de quadrinhos da América Latina, que em 2007 foi realizado em sua 5ª edição[12].

Museus

Igrejas

As principais igrejas de Belo Horizonte são a Basílica Nossa Senhora de Lourdes, no bairro de Lourdes; a Catedral da Nossa Senhora da Boa Viagem, no bairro Funcionários; a Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha; a Igreja de São José, no hipercentro; a Igreja de Santo Antônio, na Savassi e na Avenida do Contorno (ao lado do bairro Santo Antônio); a Igreja de Santa Efigênia, no bairro Santa Efigênia; e a Igreja Nossa Senhora Mãe da Igreja no bairro Vila Paris.

Esportes

Clubes de futebol (em ordem alfabética)

Clubes sociais e de esportes especializados

  • Clube Belo Horizonte
  • Iate Tênis Clube
  • Mackenzie Esporte Clube
  • Minas Tênis Clube
  • Pampulha Iate Clube

Saúde

Apesar de ter os mesmos problemas que afligem todas as grandes metrópoles, tem um sistema de saúde considerado bom segundo os dados recolhidos no banco de dados do SUS e no Atlas do Desenvolvimento Humano de 2000, do PNUD.

Um rápido raio-x mostra que, para os 2,5 milhões de habitantes da capital, há água encanada para 98% da população, energia elétrica para 99,8% e coleta de lixo em 98,4% da casas. Em relação ao sistema de saúde propriamente dito, existem quatro médicos para cada mil habitantes da capital. No Brasil, por exemplo, a média é de 0,27 médicos para cada mil habitantes. A mortalidade infantil até um ano de idade na capital mineira é de 27,25 mortes por mil nascidos vivos. No Brasil, a média é de 30,10 por mil.

Belo Horizonte dispõem de um total de 36 hospitais, sendo um municipal, dois federais, sete estaduais e o restante filantrópicos e privados. Há cerca de 5.500 leitos na capital, uma média de 3,2 leitos por habitante. A rede também conta com 141 postos de saúde, 150 ambulatórios e 507 equipes do Programa Saúde da Família, que dão cobertura à 76% da população da capital.

Há ainda 26 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), sendo 22 básicas, quatro avançadas e uma com equipe especializada em atendimento à saúde mental. Trabalham na capital cerca de 15 mil profissionais de saúde, dos quais metade são terceirizados. Dos profissionais, 2.500 são agentes comunitários de saúde, e 1.200 fazem o serviço de controle de endemias, como a dengue.

Toda essa estrutura custa aos cofres municipais R$ 45 por mês por habitante. No total, a secretaria de saúde do município tem um orçamento de R$ 1 bilhão (em 2007), dos quais 60% são recursos do governo federal, 35% da prefeitura e 5% do estado.

Um dos problemas que atinge em cheio o sistema de saúde de Belo Horizonte é a violência em algumas áreas da capital. A cidade é a quarta região metropolitana mais violenta do país, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Mesmo com dificuldades para trabalhar em ambientes violentos, o sistema de saúde não deixa de prestar atendimento à população que vive nesses locais.

Um fato interessante é a grande quantidade de pessoas que vivem na região metropolitana de Belo Horizonte mas vêm buscar atendimento no sistema de saúde da capital. Belo Horizonte é umas das capitais que mais oficialmente atende no campo da internação pessoas do interior. Cerca de 45% das internações em Belo Horizonte são de fora. Como comparação, no Rio de Janeiro são 18% e em São Paulo, 11%. Para exemplificar o problema, recentemente foi realizado o cadastramento de uma fila de 30 mil pessoas para cirurgias eletiva e mais de metade das pessoas que disseram que moravam em Belo Horizonte não foram encontradas pelos agentes comunitários de saúde.

Há principalmente desafios em três campos da saúde da cidade: na atenção básica, nas relações de trabalho e na estruturação das urgências.[13]

Educação

Educação Superior

A cidade conta com 55 instituições de ensino superior que oferecem 704 cursos/habilitações[14]. Algumas delas são referências como a UFMG, que contando com 2.445 professores (sendo 65% desses doutores e 25% mestres, aproximadamente), possui 22 mil alunos e 593 grupos de pesquisa em 48 cursos de graduação, 53 opções de doutorado e 60 cursos de mestrado. Além disso, a UFMG já ultrapassou a marca de 9.000 publicações científicas e 147 patentes nacionais e internacionais. A UFMG foi a instituição de ensino superior de melhor desempenho nas três edições do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade)[15]. Outra importante instituição de ensino pública de destaque é o CEFET-MG. Dentre as instituições de ensino privado, destacam-se o Izabela Hendrix - Metodista de Minas, com 103 anos de tradição e mais de 20 cursos de graduação, e a PUC-MG que oferece 56 cursos de graduação, 17 cursos de mestrado, 6 opções de doutorado e 287 cursos de especialização. Em 2006, a PUC-MG foi considerada a melhor instituição de ensino privada brasileira pelo Guia do Estudante.[16].

Tecidos Urbanos

Principais Avenidas

A Avenida Afonso Pena (Belo Horizonte).
  • Av. Afonso Pena - coração econômico da cidade, cruza com a Avenida Amazonas na Praça Sete, ponto que é considerado o "marco zero", ou o hipercentro de Belo Horizonte. Inicia-se na praça da rodoviária, e corta vários pontos da cidade, como o Parque Municipal, o Consevatório da UFMG, logo em frente, a região da Savassi dentre outros, tendo ultrapassado os limites pré-planejados, terminando na Praça da Bandeira, bairro Mangabeiras; sua continuação nesse bairro, a Avenida Agulhas negras, atinge a Praça do Papa, que foi construída pouco antes da visita de João Paulo II
Av. Amazonas (Na divisa de BH com Contagem).
  • Av. Amazonas - Liga Belo Horizonte à Contagem, sendo uma das saídas da cidade para São Paulo. Uma das principais vias da cidade, a Amazonas cruza com a Afonso Pena na altura da Praça Sete, considerado o "marco zero" de Belo Horizonte. Se inicia na zona central, mais precisamente, próximo à Praça da Estação, passando pela Praça Raul Soares (trecho no qual nela está localizado o Edifício JK, construído no período em que o mesmo governou a cidade) e rumando para Oeste, cruzando bairros como Barro Preto, Prado, Barroca, Nova Suíça, Gameleira, Nova Gameleira, Madre Gertrudes, Cidade Industrial, dentre outros. Nela está localizado um grande centro de convenções, o Expominas, os campus I, II E VI do CEFET-MG e a Transitolândia, parque educativo que tenta ensinar crianças e jovens a educação no trânsito. Termina na Avenida Cardeal Eugênio Pacelli, acesso para a BR-381 (Rod. Fernão Dias), já em Contagem.
A famosa Rua da Bahia. (Corta o Centro até a zona sul).
  • Rua da Bahia - uma das mais famosas ruas de BH, inicia no Centro da cidade, próximo à Praça da Estação, na Av. do Contorno (Bulevard Arrudas), cruza com o acesso ao viaduto Sta. Tereza, corta a Av. Afonso Pena junto ao parque municipal, passa pela Praça Afonso Arinos e segue pelo Bairro de Lourdes, já na zona sul, no bairro de Lourdes, passa ao lado da Biblioteca pública estadual, do QG da Polícia Militar de Minas Gerais e a um quarteirão da praça da Liberdade, passando pelo Minas Tênis Clube e sua arena de esportes até a Av. do Contorno no Bairro Sto. Antônio (zona sul). Nesta localizam-se importantes órgãos públicos, como a secretaria de estado da fazenda, as faculdades de Direito e Engenharia da UFMG. E instituições esportivas e culturais como o Minas Tênis Clube e a Academia Mineira de Letras.
  • Av. do Contorno - circunda a antiga Belo Horizonte, isto é, aquela planejada pelo engenheiro Aarão Reis. Dentro do limite dado por esta avenida, o traçado das ruas é regular, havendo uma malha ortogonal (isto é, as ruas comuns e algumas avenidas, onde se localizariam as coisas nesta região da cidade) e a diagonal (feita pelo corte das principais avenidas da região, como a Afonso Pena, a Amazonas, a Álvares Cabral, a Barbacena, Bias Fortes dentre outras). Circunda bairros como o próprio Centro, Barro Preto, Santa Efigênia, Lourdes, Savassi, Floresta, dentre outros, e avizinha-se externamente a outros bairros como Carlos Prates, Lagoinha, Serra, Cidade Jardim, Prado e Gutierrez. Seu início e final se dá aos arredores da Rodoviária (o lado de trás, pelo qual saem os ônibus).
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Belo Horizonte.
  • Av. Antônio Carlos - é a principal artéria de trânsito da regional (região) da Pampulha e para a Zona Norte, bem como de importância geral para a cidade. Começa próximo à rodoviária e termina ao fim da pista da Lagoa da Pampulha (sendo o outro lado da mesma ligada à avenida Pedro I). Nela está localizado o campus da UFMG, principal universidade do estado de Minas Gerais. Devido à saturação dos últimos anos, passa, desde 2005, por um processo de duplicação.
  • Av. Cristiano Machado - principal corredor da Região Norte de Belo Horizonte, sendo também importante para as regiões de Venda Nova e para a Nordeste. É uma das vias mais largas de Belo Horizonte, tendo em seus trechos mais largos uma pista central de ida e volta reservada para ônibus (ou o metrô) e quatro pistas para ida e para volta. Nela se localiza um dos maiores shopping centers da cidade, o Minas Shopping, e logo em sua frente um dos hotéis mais luxuosos da região, o Ouro Minas. A avenida se inicia na região do Complexo Viário da Lagoinha, próximo à Rodoviária, e termina no entorncamento da Avenida Pedro I com a MG-10 (que conecta a cidade ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, continuando até terminar em Diamantina). A saturação também levou a obras nesta avenida a partir no final da 2005 (visando agilizar a conexão com o Aeroporto Internacional e com municípios vizinhos como Vespasiano, Confins, Santa Luzia, Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, dentre outros.
  • Linha Verde - Via de trânsito rápido, em construção, que interligará o Aeroporto Internacional Tancredo Neves ao centro de Belo Horizonte.
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Bairro Belvedere.
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A Torre de Alta Vila.

Outras ruas e avenidas importantes:

  • Av. Vilarinho
  • Av. Nossa Senhora do Carmo - Um dos principais acessos para a Zona Sul, acesso primário para Nova Lima e para a BR-040, caminho para o Rio de Janeiro, além de levar diretamente ao primeiro e principal Shopping Center de Belo Horizonte, o BH Shopping e abrigar o Pátio Savassi, o Shopping mais luxuoso da capital mineira
  • Av. Prudente de Morais
  • Av. Conde de Linhares
  • Av. Uruguai
  • Av. Bandeirantes
  • Rua Padre Francisco Arantes
  • Rua Via Láctea
  • Av. Raja Gabaglia - outro acesso para a zona sul de Belo Horizonte e para Nova Lima e para a BR-040, acesso para o Rio de Janeiro
  • Av. Olegário Maciel, abriga o Diamond Mall, que divide com o Pátio Savassi a posição de "Shopping da Classe A" belo-horizontina
  • Av. Silviano Brandão
  • Av. Cristiano Machado
  • Av. Álvares Cabral
  • Via Expressa Leste-Oeste - ligação da região central de Belo Horizonte com a Zona Oeste e a cidade de Contagem
  • Anel Rodoviário
  • Av. Barão Homem de Melo
  • Av. Teresa Cristina
  • Av. dos Andradas
  • Av. Carlos Luz (mais conhecida por Catalão) - outro acesso para o campus da UFMG
  • Av. Pedro II
  • Av. Pedro I
  • Av. Otacílio Negrão de Lima
  • Av. Portugal
  • Av. Barbacena
  • Av. General Olímpio Mourão Filho
  • Av. José Cândido da Silveira
  • Rua Jacuí
  • Av. Bernardo Vasconcelos - ligação entre as avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado; é uma via que interliga bairros da Zona Norte, sendo as regionais (regiões) Nordeste e Noroeste as principais beneficiadas por essa via
  • Av. João Pinheiro
  • Av. Cristóvão Colombo
  • Av. Getúlio Vargas
  • Av. Carandaí
  • Av. Bias Fortes
  • Alameda Ezequiel Dias
  • Rua Pitangui
  • Av. Abraão Caram
  • Av. Presidente Carlos Luz, mais conhecida como Avenida Catalão, é a principal via para levar ao Estádio do Mineirão
  • Av. Américo Vespúcio
  • Av. Abilio Machado

Praças

Vista aérea da Praça da Liberdade e a Serra do Curral, ao fundo.


Parques

Bairros

Belo Horizonte possui 148 bairros. Alguns deles são nacionalmente conhecidos como, por exemplo, a Savassi e a Pampulha.

Bairros com logradouros temáticos

A maioria dos logradouros da cidade é nomeada com epônimos, mas alguns bairros contam com logradouros temáticos.

Regionais

Belo Horizonte está dividida em 9 regionais (regiões) para fins administrativos. São elas: Barreiro, Centro-Sul, Leste, Nordeste, Noroeste, Norte, Oeste, Pampulha e Venda Nova.

Transportes

Bicicletas

A utilização de bicicletas como meio de transporte é bastante reduzida. O relevo acidentado e a falta de ciclovias inibem o crescimento do uso do transporte. Em Belo Horizonte, 24 mil viagens são feitas de bicicleta diariamente, o equivalente a apenas 0,6% dos 4,2 milhões de deslocamentos.

O uso da bicicleta pode ser uma solução para o trânsito conturbado da cidade, sendo uma das diretrizes do planejamento de transporte na capital. Mesmo sem previsão para a construção de ciclovias, há projetos para a instalação de bicicletários nas estações de metrô para que as bicicletas sejam usadas em pequenas distâncias auxiliando o transporte coletivo, fazendo a integração com o metrô e diminuindo o fluxo de veículos na região central. Há também propostas de construir ciclovias mais extensas na cidade, além de outros bicicletários (menos de 1% da população belo-horizontina usa a bicicleta como primeira opção de transporte) e incentivar os deslocamentos a pé através da revitalização dos espaços públicos com a ampliação das calçadas como as intervenções na região central dentro do Programa Centro Vivo nas ruas Rio de Janeiro, Caétes, Carijós e o Bulevar Arrudas .

Veículos particulares

Diariamente, o Detran de Minas Gerais tem emplacado cerca de 500 veículos novos. Em 2007, a frota de veículos atingiu a marca de um milhão de veículos, o que serve como um alerta de que o pior ainda pode estar por vir, já que a curto prazo não há projetos para acompanhar o desenfreado crescimento da frota de veículos na cidade. A frota de carros tem crescido a taxas que variam de 4 a 7% ao ano desde 1999 e esse crescimento só perde para o número de motos na cidade, que registra um crescimento médio de 11,5% ao ano.

O uso do espaço urbano pelos veículos em Belo Horizonte mostra incoerências: apesar de representar menos de 10% da frota, os ônibus coletivos transportam 71% da população (1,4 milhão de passageiros) enquanto os carros (mais de 80% da frota) são responsáveis pelo transporte de apenas 17% dos habitantes de Belo Horizonte. A BHTrans não mede congestionamentos, como em São Paulo, mas um reflexo da saturação da frota pode ser indicado pela velocidade média de tráfego dos ônibus, que por causa do excesso de carros, no horário de pico a velocidade dos ônibus no hipercentro é de 18 km/h chegando a 8 km/h em determinados locais.

Proporcionalmente, já existe um veículo para cada 2,4 habitantes na capital mineira, média semelhante à de São Paulo (2,06 carros por habitante) e maior que do Rio de Janeiro que, mesmo sendo a segunda maior cidade do país e com uma população duas vezes maior que Belo Horizonte, possui um carro para cada 3,5 habitantes[17]. Enquanto os ônibus costumam andar lotados com até cem passageiros, os carros costumam circular vazios. Na cidade, a taxa média de ocupação é de 1,4 pessoa por carro causando congestionamentos de filas de automóveis quase vazios, ocupados somente pelo motorista.

Ônibus

O Sistema de Transporte Coletivo por ônibus em Belo Horizonte transporta diariamente 1,4 milhão de passageiros e abrange 300 linhas exploradas por 50 empresas que operam uma frota de 2.874 mil veículos com idade média de 5 anos e 8 meses.

Desde 1995 vem sendo implantado o BHBUS (Plano de Reestruturação do Sistema de Transporte Coletivo de Belo Horizonte), que busca aprimorar o sistema de ônibus no sentido de criar uma rede de transporte integrada (metrô e ônibus municipais e intermunicipais), que se divide em dois subsistemas: Tronco-Alimentado e Interbairros (ver quadro)

A partir do ano de 2008, haverá a implantação de um novo projeto de mobilidade urbana com conclusão prevista até 2020. Dentre as várias medidas, o plano prevê mais investimento na criação de faixas e pistas exclusivas ao tráfego dos coletivos na cidade, além da adoção das chamadas estações-tubo, inspiradas nas existentes em Curitiba, que se trata de pontos de ônibus com calçadas elevadas ao nível dos ônibus que agilizam o embarque dos passageiros.

Tipo de Linha Subsistema Tronco-Alimentado (circulação nas áreas mais distantes do centro através de ônibus integrado ao metrô) Subsistema Interbairros (circulação na região central da cidade e complementa o sistema tronco-alimentado)
Alimentadoras (cor amarela) Fazem a ligação bairro-estações-bairro e integração com o metrô.
Troncais

(cor verde)

Realizam viagens que interligam as estações com o centro, com outras estações outros pólos, além de circularem nos principiais corredores de transporte. Podem ser Expressas, ou seja, sem pontos de parada no itinerário e nos corredores, ou Paradoras, que vão ao centro da cidade, parando nos pontos.
Interbairros

(cor laranja)

Fazem o percurso bairro a bairro sem passar pela área central. Fazem o percurso bairro a bairro sem passar pela área central.
Circulares

(cor amarela)

Atendem à área central.
Diametrais e Radiais

(cor azul)

Fazem a ligação entre regiões e corredores passando pelo Hipercentro (diametrais) ou ligam as regiões e corredores com o hipercentro (radiais).
Fonte: BHTRANS[18]

Metrô

O Metrô de Belo Horizonte é operado pela CBTU/Metro BH, possui atualmente 19 estações e 28,2 km de extensão e transporta atualmente cerca de 145 mil usuários/dia.

A operação comercial do Metrô de Belo Horizonte teve início em 1º de Agosto de 1986. Nesta época, entraram em operação seis estações, ligando Eldorado e Lagoinha, com 10,8 km de linha e apenas três trens. Em 1987, foram incorporados ao trecho a estação Central e mais dois trens. A partir de 1994 mais onze trens foram colocados em operação, sendo: um em 1994, cinco em 1995, quatro em 1996 e um em 2000. A frota de 25 trens foi completada em dezembro de 2001.

No dia 7 de Novembro de 2005, as estações em operação parcial passaram a funcionar normalmente, ou seja, os trens seguem diretamente da estação Eldorado à Vilarinho. Desta forma, concluiu-se a Linha 1.

O Metrô de Belo Horizonte é formado atualmente pela Linha 1, que corta de oeste a leste Belo Horizonte. Este sistema possui velocidade comercial dos trens de 40 km/h e a velocidade máxima é de 80 km/h. A bitola é de 1600 mm e a alimentação dos trens é feita por catenárias aéreas a uma tensão de 3000 VDC.

Linha Terminais Inauguração Comprimento (km) Estações Duração das viagens (min) Funcionamento
1 Eldorado ↔ Vilarinho 1 de agosto de 1986 28,1 19*(20) --- Diariamente, das 05:45 às 23:00
2 Barreiro ↔ Hospitais --- 16,5 11 --- Em estudo.
3 Pampulha ↔ Savassi --- 12,5 11 --- Em estudo.

Legenda: (*) Estações em Funcionamento

Táxis

O sistema de táxi é considerado o melhor da América Latina e serve de referência para outros estados brasileiros, sendo fiscalizado pela BHTrans, órgão da administração indireta da Prefeitura de Belo Horizonte. Possui uma frota de 6034 táxis padronizados na cor branca, operada por 11.352 taxistas (6034 permissionários e 5318 condutores auxiliares).

Vans

O transporte coletivo de passageiros em vans ou peruas é proibido em Belo Horizonte. Desde 5 de julho de 2001, a Prefeitura tem o aval da Justiça para barrar os veículos que praticam o transporte não regulamentado de passageiros na capital mineira, que chegou a ter três mil perueiros nas ruas no ano de 2001.

A capital encontra-se praticamente livre do transporte clandestino desde 19 de julho de 2001, quando mais de mil perueiros invadiram as ruas do centro de Belo Horizonte protestando contra a fiscalização da BHTrans em conjunto com a Polícia Militar, criando uma praça de guerra com bombas de gás, explosões, fumaça, pancadaria, agressões e correrias culminando na prisão de 65 pessoas e um saldo de 35 feridos, entre manifestantes, policiais e populares.

Atualmente, estima-se que há apenas 3% de clandestinos circulando de madrugada e nos fins de semana, nas horas em que a fiscalização não atua e, geralmente, em carros de passeio.

Transporte Aéreo

Construído na década de 80, o Aeroporto Internacional Tancredo Neves (também conhecido como Aeroporto de Confins) encontra-se na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no município de Confins. Um dos mais modernos do Brasil e capaz de receber cinco milhões de passageiros por ano com conforto e comodidade, o aeroporto vinha sendo sub-utilizado devido à maior dificuldade de acesso (é distante cerca de 38 quilômetros do centro da capital) se comparado ao Aeroporto da Pampulha. Contudo, devido à superlotação do Aeroporto da Pampulha, acanhado para a demanda de passageiros, a Infraero transferiu mais de 120 vôos do Aeroporto da Pampulha para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves no decorrer de 2005[19].
O governo de Minas iniciou a maior obra viária já projetada para Belo Horizonte: chamada de Linha Verde, trata-se de uma adequação das vias que ligam o centro de Belo Horizonte ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, transformando-as em uma via rápida. A previsão é de que, após terminadas as obras, o trajeto do centro de Belo Horizonte até Confins seja efetuado em 35 minutos. Antes, este percurso era realizado em aproximadamente 60 minutos.
Existe uma previsão de adequações no terminal atual de passageiros (orçado em R$7 milhões) que ampliaria a capacidade do aeroporto de 5 para 7 milhões de passageiros/ano. Além disso, há o projeto da criação de um Aeroporto Industrial, servindo de piloto para o desenvolvimento de outros do tipo no Rio de Janeiro, em São José dos Campos e em Petrolina.
O Aeroporto de Belo Horizonte/Pampulha - Carlos Drummond de Andrade iniciou suas atividades para atender aos vôos do Correio Aéreo Militar, em 1933, sendo sua denominação oficial na época de "Destacamento da Aviação". Instalado em uma área de dois milhões de metros quadrados na região da Pampulha, localiza-se distante oito quilômetros do centro da cidade. Desde de 2005, o Aeroporto da Pampulha voltou à sua vocação original e opera apenas vôos regionais para o interior do Estado. Porém ainda mantém, em caráter temporário, sete vôos diários com destino a São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília[20].
O Aeroporto de Carlos Prates iniciou suas atividades em janeiro de 1944, a fim de atender ao Aeroclube do Estado de Minas Gerais, fundado em 6 de novembro de 1936 no Aeroporto da Pampulha. A finalidade do aeroclube sempre foi formar quadros para a aviação civil e militar.
A partir de 1995, a Infraero intensificou suas ações para a consolidação do aeroporto. O Aeroporto de Carlos Prates é vocacionado para a aviação aerodesportiva, aviação geral de pequeno porte e a aviação de asa rotativa (helicópteros) além de ser um pólo formador de profissionais da aviação. As pistas e pátios foram recapeados e foi criada uma nova área para a construção de hangares, com via de acesso exclusiva.

Espaços Destacados

Pampulha

Igreja de São Francisco de Assis.
(Igrejinha da Pampulha).
Ver artigo principal: Pampulha

Distante 8,5 km do centro de Belo Horizonte está a Região da Pampulha, com um grande lago artificial, com belas e modernas residências. Ali há um conjunto arquitetônico de importantes obras: a Capela de São Francisco de Assis, localizada na beira do lago, projetada por Oscar Niemeyer e decorada com pinturas de Candido Portinari, recebeu jardins do paisagista Roberto Burle Marx. É também na Pampulha que se encontra o estádio Governador Magalhães Pinto, conhecido como o Mineirão, o segundo maior estádio de futebol do país; o Mineirinho, recorde de público mundial em uma partida de volei (aproximadamente 24 mil pessoas), a Casa do Baile, o Museu de Arte da Pampulha (MAP), o Parque Ecológico da Pampulha, o Jardim Botânico de Belo Horizonte, Parque Guanabara e o Jardim Zoológico da cidade.

Alto das Mangabeiras

Subindo a avenida Afonso Pena, encontra-se o bairro das Mangabeiras, um dos bairros mais altos e mais nobres de Belo Horizonte. Entre as grandes mansões e a serra do Curral estão o Palácio das Mangabeiras (residência oficial do governador), a Praça da Bandeira e a Praça Governador Israel Pinheiro, conhecida popularmente como Praça do Papa: em 1980, durante a visita do Papa João Paulo II, ele exclamou: "... e que belo horizonte!". O fato acabou batizando a praça, que é um dos melhores locais para se avistar toda a cidade. Há também a Rua do Amendoim, que devido a uma ilusão de óptica, parece fazer os carros andarem contra o sentido da gravidade. Subindo além da Praça do Papa, chegamos ao pé da Serra do Curral e seguindo pela Avenida José do Patrocínio Pontes, chegamos à entrada principal do Parque das Mangabeiras, criado em 1983 pela Prefeitura de Belo Horizonte, grande reserva natural e local de entretenimento ao pé da serra acima citada. O bairro das Mangabeiras é o ponto mais alto e mais belo da capital mineira.

Savassi

Ver artigo principal: Savassi
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Um prédio moderno no bairro Savassi

O italiano Amilcare Savassi estabeleceu-se na região nos anos 30, montou uma padaria com o seu sobrenome, esta se tornou famosa pela reunião de jovens em torno da padaria na Praça Diogo de Vasconcelos , a Turma da Savassi, o local ganhou o apelido de Praça da Savassi. Atualmente a padaria não existe mais, mas o seu nome ficou no bairro e na praça onde se localizava. Mais que um bairro, a Savassi é uma região tradicional de comércio na cidade e de vida noturna, com muitos clubes, restaurantes, casas de shows e boates. Engloba a Praça da Liberdade, um grande shopping (o Pátio Savassi), parte da avenida do Contorno e o início da Avenida Nossa Senhora do Carmo.

Centro

A diversidade de estilos arquitetônicos é a marca do centro de Belo Horizonte. A avenida Afonso Pena, seu principal corredor viário, contém vários exemplos de edificações que marcaram época na capital mineira, por exemplo: o prédio do Tribunal de Justiça, inaugurado em 1911; o luxuoso prédio do Automóvel Clube, da década de 1920; a sede da Prefeitura da cidade, em art déco, da década de 1940; Edifício Acaiaca, inaugurado em 1943, estilo art déco e influência Marajoara; e o Palácio das Artes, dentre outros. O centro abriga, ainda, o Parque Municipal (Américo Reneé Giannetti), o Mercado Central, Edifício JK (o mais alto da cidade), a famosa Praça Sete de Setembro, mais conhecida como Praça Sete, que possui um obelisco, construído em 1922, o qual comemora os cem anos de independência do Brasil, a Praça Afonso Arinos, onde localiza-se a faculdade de direito da UFMG, a Praça Rio Branco (Praça da Rodoviária) e a Praça Rui Barbosa (conhecida como Praça da Estação), a qual possui um monumento com o brasão e partes da história do Estado de Minas Gerais retratadas em placas de metal em suas quatro faces e é também sede do Museu de Artes e Ofícios e da estação central de metrô. Em 2004 teve início o processo de revitalização do hipercentro de Belo Horizonte, a fim de recuperar sua vitalidade econômica e qualidade ambiental.

Praça da Estação e o monumento ao Estado de Minas Gerais.

Bares e restaurantes

Nacionalmente conhecida como a "capital nacional do boteco", existem na cidade cerca de 12.000 estabelecimentos, mais bares per capita do que qualquer outra grande cidade do Brasil. O lazer da cidade ocorre em seus milhares de restaurantes, bares e botecos. A culinária mineira é uma atração concomitante que acompanha bem a cerveja, o chope, o vinho ou a famosa cachaça mineira.

As opções para ir são inúmeras. É possível frequentar desde o tradicional boteco-copo-sujo até sofisticados restaurantes, adegas, choperias, pubs e cafés.

As motivações para freqüentar os bares também são variadas: há estabelecimentos especializados no happy hour, no fim-de-noite, em negócios, em paquera, em música, em fim, há bares para todos os gostos.

Todos os anos no mês de abril é realizado o festival Comida di Buteco, competição anual de bares que serve de pretexto para visitar diversos bares e botecos de BH todas as noite durante um mês em busca dos melhores petiscos ou tira-gostos, como dizem os mineiros. Alguns dos 40 melhores bares disputam em categorias como higiene, temperatura da cerveja, serviço e principalmente, o melhor tira-gosto. Os vencedores são decididos não só pelos jurados mas também por votação popular[21].

Viaduto Santa Teresa

Viaduto Santa Teresa

Um dos principais cartões postais da cidade, o viaduto Santa Teresa era um dos locais preferidos do jornalista Otto Lara Resende, lembrado por Nelson Rodrigues na obra "Otto Lara Resende ou Bonitinha Mas Ordinária". O viaduto tem sido uma referência urbana obrigatória para várias gerações de escritores e artistas: “Subíamos o mesmo caminho,/ Ele com um peso nas costas/ Eu leve como passarinho...”. Carlos Drummond de Andrade Assim, como quem passa debaixo do Arco-íris se encanta, o arco-íris figurativo do viaduto, encantou o poeta e outros que vieram depois dele, passariam pelo mesmo “batismo literário” dos arcos do Santa Tereza, como: Fernando Sabino, Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos, Murilo Rubião, Alphonsus Guimarães Filho." Texto de Petrônio de Souza.

Feira da Afonso Pena

Popularmente conhecida como Feira Hippie, é local onde milhares de turistas visitam aos domingos para fazerem compras nas várias barracas. São vendidas roupas e artesanato, em um amplo espaço na Avenida Afonso Pena - que é fechada para os carros no domingo - numa distância de cerca de 2 quilômetros.

Mercado Central

A vista de Belo Horizonte.
Ver artigo principal: Mercado Central de Belo Horizonte

No centro de Belo Horizonte está o Mercado Central, centro de comércio e grande atração turística de Belo Horizonte. O mercado foi criado em 7 de setembro de 1929 com o intuito de reunir num só local os produtos destinados ao abastecimento dos então 47.000 habitantes da cidade. Ao longo dos anos foi ampliando suas atividades e hoje além de produtos alimentícios pode-se encontrar lá desde artesanato a animais de estimação, de artigos religiosos a relojoaria, dentre várias outras especialidades em suas 400 lojas. Essa diversidade fez do Mercado Central um centro popular da cultura mineira, onde há o convívio de realidades sociais diversas que o tornam ainda mais interessante. No mercado Central se encontra desde animais, flores, artesanatos, frutas, queijos de todos os tipos e comidas. Um prato famoso de tira-gosto é fígado com jiló.

Região Metropolitana de Belo Horizonte

Conurbadas com a capital mineira, encontram-se as cidades que integram a Região Metropolitana de Belo Horizonte. Nas redondezas de BH, é possível conhecer as montanhas de Nova Lima e da Serra do Cipó. Nesses locais há diversas opções de lazer, tais como as cachoeiras, a escalada, o vôo livre, as trilhas e as grutas. Há também importantes cidades do ciclo do ouro na RMBH; destaque para Sabará e Santa Luzia.

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A Avenida do Contorno, zona sul de Belo Horizonte.

A urbanização intensa fez com que a área urbana de Belo Horizonte se encontrasse com a de outros municípios. Esse processo, denominado conurbação, tornou irrelevantes as fronteiras políticas desses municípios. Atualmente, a Região Metropolitana de Belo Horizonte, ou simplesmente "Grande BH", possui 4.939.053 habitantes[5][1], distribuídos em 34 municípios. Integram a Região Metropolitana de Belo Horizonte os municípios de Baldim, Belo Horizonte, Betim, Brumadinho, Caeté, Capim Branco, Confins, Contagem, Esmeraldas, Florestal, Ibirité, Igarapé, Itaguara, Itatiaiuçu, Jaboticatubas, Juatuba, Lagoa Santa, Mário Campos, Mateus Leme, Matozinhos, Nova Lima, Nova União, Pedro Leopoldo, Raposos, Ribeirão das Neves, Rio Acima, Rio Manso, Sabará, Santa Luzia, São Joaquim de Bicas, São José da Lapa, Sarzedo, Taquaraçu de Minas e Vespasiano.

Problemas Atuais

A degradação dos cursos d'água

Referências

  1. a b c «Estimativas / Contagem da População 2007». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de novembro de 2007. Consultado em 29 de maio de 2008 
  2. IBGE. «População residente por municípios em Minas Gerais em 1° de abril de 2007» (PDF). Consultado em 21 de outubro de 2007 
  3. Portal Terra. «Belo Horizonte, a grande roça mineira». Consultado em 1° de fevereiro de 2008  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  4. IBGE. «Produto Interno Bruto dos Municípios 2005». Consultado em 1° de fevereiro de 2008  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  5. a b «Tabela 793 - População residente, em 1º de abril de 2007: Publicação Completa». Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA). 14 de novembro de 2007. Consultado em 29 de maio de 2008 
  6. Insieme. «Na comemoração do Dia Nacional da Republica Italiana, Festa Popular na rua do Consulado da Itália em Belo Horizonte». Consultado em 31 de janeiro de 2008 
  7. Circolo Trentino di Belo Horizonte. «História da emigração em Minas Gerais». Consultado em 31 de janeiro de 2008 
  8. IBGE. «Censo Demográfico 2000». Consultado em 05 de novembro de 2007  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  9. a b c IBGE. «Produto Interno Bruto dos Municipios 2002-2005» (PDF). Consultado em 21 de janeiro de 2008 
  10. Portal EXAME. «As campeãs em infra-estrutura». Consultado em 1° de fevereiro de 2008  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  11. BID CII 2006. «Pioneirismo marca reunião do BID em BH». Consultado em 1° de fevereiro de 2008  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  12. FIQ. «5º Festival Internacional de Quadrinhos». Consultado em 21 de janeiro de 2008 
  13. Agência Brasil. «Sistema de saúde de capital mineira mostra desafio das regiões metropolitanas». Consultado em 21 de fevereiro de 2008 
  14. INEP/MEC. «Busca de Curso». Consultado em 31 de janeiro de 2008 
  15. UFMG. «UFMG está entre as 500 melhores universidades do mundo». Consultado em 31 de janeiro de 2008 
  16. O Globo Online. «USP e PUC-MG são escolhidas as melhores universidades do país pelo Guia do Estudante». Consultado em 31 de janeiro de 2008 
  17. Perkons. «Com 1 milhão de carros, BH tem um veículo para cada 2,4 habitantes». Consultado em 3 de fevereiro de 2008 
  18. BHTRANS. «Transporte Coletivo». Consultado em 3 de fevereiro de 2008 
  19. INFRAERO. «Aeroporto Internacional Tancredo Neves». Consultado em 3 de fevereiro de 2008 
  20. INFRAERO. «Aeroporto de Belo Horizonte/Pampulha-MG-Carlos Drummond de Andrade». Consultado em 3 de fevereiro de 2008 
  21. The New York Times. «A Town Where All The World is a Bar». Consultado em 16 de novembro de 2007 

O abandono da concepção inicial de se fazer o tratamento dos esgotos ou a depuração pelo solo na capital, decidindo-se pelo lançamento das águas utilizadas no Arrudas, desencadeou o longo processo de poluição, uma vez que o tratamento das águas não se deu e o lançamento acabou sendo feito in natura no ribeirão, determinando seu futuro estigma de marginalidade.

Os trajetos do Arrudas também não foram utilizados como referências naturais na composição do traçado da zona urbana, embora estivessem fisicamente presentes, atravessando quarteirões, cortando ruas e, à vista, em vários trechos da cidade em seus primeiros anos. Verdadeiros apêndices na concepção urbanística adotada, todos eles seriam progressivamente canalizados em seus percursos dentro do perímetro da Avenida do Contorno. Tal constatação evidencia que, sob o ponto de vista da moderna engenharia ambiental e sanitária, a qualidade de vida na cidade teria sido melhor aquinhoada se seus cursos d´água tivessem sido conservados naturais e incorporados à vida urbana com parques lineares e com largas avenidas e bulevares a média distância de suas margens. Não tendo sido feito este planejamento ambiental, a especulação imobiliária e a corrida das empreiteiras da construção civil terminaram de fazer o serviço.

Ao longo desse processo, os córregos, primeiro, foram canalizados a céu aberto, sendo gradativamente cobertos por avenidas sanitárias, que de sanitárias não tinham nada, pois os esgotos eram despejados nesses córregos sem nenhum tratamento, transformando definitivamente a paisagem e ocultando a natureza debaixo da terra. A visualização da passagem dos córregos pela cidade foi sacrificada, cedendo aos imperativos da necessidade funcional da fluidez e do aumento da largura das ruas para o tráfego de veículos. Surgiram algumas importantes avenidas, como Silviano Brandão (canalização do córrego da Mata), Dom Pedro II (canalização do Córrego do Pastinho), Nossa Senhora do Carmo e Uruguai (canalização do córrego Acaba-Mundo).

O início da ocupação da Região Metropolitana de Belo Horizonte apresentou um padrão urbano bastante precário, que trouxe as marcas do improviso, do inacabado e da carência absoluta, originando uma significativa quantidade de vazios urbanos e comprometimento imediato do meio ambiente, devido à devastação da cobertura vegetal, à ocupação de várzeas e à poluição, cada vez maior, das bacias do Arrudas e do Ribeirão da Onça.

Como na bacia do Arrudas, observou-se o agravamento das condições sanitárias da bacia do Ribeirão da Onça-Pampulha. Contribuintes do Rio das Velhas, ambas receberam esgotos domésticos e industriais in natura da região urbana de Belo Horizonte, constituindo-se no maior poluidor do Rio das Velhas e, por extensão, da bacia do Rio São Francisco.

É claro que a lógica de ocupação urbana em Belo Horizonte não teve a menor preocupação com a reservação do ambiente e, especialmente, com a questão da água e do Rio das Velhas. Tal fato associado à aglomeração de indústrias, especialmente as siderúrgicas, que também passaram a lançar os seus efluentes sem nenhum tratamento prévio nos cursos d'água, colocaram em risco a própria sobrevivência das pessoas na região da bacia do Rio das Velhas.

É importante mencionar que a inauguração em 17 de outubro de 2001 da estação de tratamento de esgotos do Ribeirão Arrudas, construída e operada pela COPASA, com o apoio da Prefeitura de Belo Horizonte, representou uma importante sinalização por parte do poder público de uma mudança de mentalidade em relação à preservação dos recursos hídricos.

Violência

Belo Horizonte é a 128ª cidade entre as mais violentas do país, segundo o estudo "Mapa da Violência dos municípios brasileiros", da OEI, com base nos dados do Ministério da Saúde de 2004. Proporcionalmente, a cidade registrou 55,1 de homicídios a cada grupo de 100 mil habitantes. Estatística acima de capitais como São Paulo, Porto Alegre, Goiânia ou Brasília[1].

Curiosidades

  • Belo Horizonte foi a primeira cidade planejada do Brasil.
  • Existem mais de um milhão de veículos circulando pela cidade, um veículo para cada 2,4 habitantes[2].
  • A cidade já foi sede de importantes eventos internacionais como a Ecolatina (2006), o Encontro das Américas e o Encontro Econômico Brasil-Alemanha, a final do Campeonato Mudial de Natação em Piscina Curta (2007).
  • O estádio Mineirão teve sua capacidade reduzida de 130.000 para 76.000 pessoas. Quando foi inaugurado, era o segundo maior estádio coberto do mundo. Atualmente é o quarto maior estádio brasileiro.
  • Belo Horizonte será, em 2008, a primeira capital brasileira a ter 90% de cobertura wireless (internet sem fio) Predefinição:Necessita fonte.
  • Todas as ruas de Belo Horizonte mudam de nome após cruzarem a Avenida do Contorno, exceto a rua Itajubá, no bairro da Floresta.

Anexo:Lista dos maiores shoppings de Minas Gerais

Cidades irmãs

As cidades-irmãs de Belo Horizonte são[3]:

Referências

  1. Agência Brasil. «Perto do centro de Belo Horizonte, um posto de saúde vive a rotina da violência». Consultado em 21 de fevereiro de 2008 
  2. Perkons. «Com 1 milhão de carros, BH tem um veículo para cada 2,4 habitantes». Consultado em 3 de fevereiro de 2008 
  3. Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. «Belo Horizonte Internacional - Acordos de Cooperação: Cidades Irmãs». Consultado em 24 de maio de 2008 

Ligações externas