Bélgica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: "Belga" redireciona para este artigo. Para o povo belga, veja Belgas. Para a agência de notícias, veja Agência Belga.

Reino da Bélgica
Koninkrijk België (neerlandês)
Royaume de Belgique (francês)
Königreich Belgien (alemão)
Bandeira da Bélgica
Brasão de Armas
Brasão de Armas
Bandeira Brasão de armas
Lema: Neerlandês: Eendracht maakt macht
Francês: L'union fait la force
Alemão: Einigkeit macht stark
("A União faz a força")
Hino nacional: "La Brabançonne"
Gentílico: belga,
bélgico[1]

Localização da Bélgica
Localização da Bélgica

Localização da Bélgica (em vermelho)
No continente europeu (em cinza)
Na União Europeia (em branco)
Capital Cidade de Bruxelas
50° 54' 00" N 4° 32' 00" E
Cidade mais populosa Bruxelas
Língua oficial flamengo, francês, alemão
Governo Monarquia constitucional
Democracia Federal Parlamentar
• Rei Filipe da Bélgica
• Primeiro-ministro Charles Michel
Independência dos Países Baixos 
• Declarada 4 de outubro de 1830 
• Reconhecida 19 de abril de 1839 
Entrada na UE 25 de março de 1957(membro co-fundador)
Área  
  • Total 30 528 km² (140.º)
 • Água (%) 6,4
População  
  • Estimativa para 2008 10 403 951 hab. (77.º)
 • Censo 2001 10 296 350 hab. 
 • Densidade 342 hab./km² (29.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2014
 • Total US$ 467,116 bilhões*[2] (30.º)
 • Per capita US$ 41 740[2] (20.º)
PIB (nominal) Estimativa de 2014
 • Total US$ 527,810 bilhões*[2] (21.º)
 • Per capita US$ 47 164[2] (16.º)
IDH (2014) 0,890 (21.º) – muito alto[3]
Gini (2011) 26,3[4] 
Moeda Euro¹ (EUR)
Fuso horário CET (UTC+1)
 • Verão (DST) CEST (UTC+2)
Cód. ISO BEL
Cód. Internet .be
Cód. telef. +32
Website governamental www.belgium.be

Bélgica (em neerlandês: België [ˈbɛl.ɣi.jə] (escutar); em francês: Belgique [bɛlʒik] (escutar); em alemão: Belgien [ˈbɛlɡiən] (escutar)), oficialmente Reino da Bélgica (em neerlandês: Koninkrijk België, em francês: Royaume de Belgique, em alemão: Königreich Belgien), é um país situado na Europa ocidental. É membro fundador da União Europeia e hospeda sua sede, bem como as de outras grandes organizações internacionais, incluindo a OTAN.[5] A Bélgica tem uma área de 30.528 quilômetros quadrados e uma população de cerca de 10,7 milhões de habitantes.

Ocupando a fronteira cultural entre a Europa germânica e a Europa latina, a Bélgica é o lar de dois principais grupos linguísticos: os flamengos, falantes do holandês, e os valões, que falam francês, além de um pequeno grupo de pessoas que falam a língua alemã. As duas maiores regiões da Bélgica são a região de língua holandesa de Flandres, no norte, com 59% da população e a região francófona da Valónia, no sul, habitada por 31% dos belgas. A Região de Bruxelas, oficialmente bilíngue, é um enclave de maioria francófona na Região flamenga e tem 10% da população.[6] Uma pequena comunidade de língua alemã existe no leste da Valónia.[7] A diversidade linguística da Bélgica e conflitos políticos e culturais são refletidos na história política e no complexo sistema de governo do país.[8][9]

O nome "Bélgica" é derivado de Gália Belga, uma província romana na parte setentrional da Gália, que era habitada pelos belgas, uma mistura de povos Celtas e Germânicos.[10][nota 1] Historicamente, Bélgica, Holanda e Luxemburgo eram conhecidos como os Países Baixos, nome utilizado para designar uma área um pouco maior do que o atual grupo de países chamado Benelux. Do final da Idade Média até o século XVII, o país era um próspero centro de comércio e cultura. A partir do século XVI até a Revolução Belga em 1830, muitas batalhas entre as potências europeias foram travadas na área da atual Bélgica, fazendo com que o país fosse apelidado de "campo de batalha da Europa",[12] reputação reforçada pelas duas Guerras Mundiais.

Após a sua independência, a Bélgica logo participou da Revolução Industrial[13][14] e, no final do século XIX, possuía várias colônias na África.[15] A segunda metade do século XX foi marcada pela ascensão de conflitos comunais entre os flamengos e os francófonos, alimentados por diferenças culturais e por uma evolução econômica assimétrica entre os Flandres e a Valónia. Estes conflitos, ainda ativos, têm causado profundas reformas do Estado unitário ex-belga para um estado federal.

Etimologia

O nome "Bélgica" é derivado de Gália Belga, uma província romana na parte setentrional da Gália, que era habitada pelos belgas, uma mistura de povos Celtas e Germânicos.[16][17]

História

Ver artigo principal: História da Bélgica

Origem e formação

Ver artigo principal: Bélgica romana
Localização da Gália Bélgica dentro do Império Romano

A Gália Bélgica, uma província do Império Romano na parte setentrional da Gália que, antes de invasão romana em 100 a.C,, era habitada pelos belgas, uma mistura de povos celtas e germânicos.[18][19] A imigração gradual de francos, uma tribo germânica, durante o século V levou a área ao domínio dos reis merovíngios. Uma mudança gradual de poder durante o século VIII levou o reino dos francos a evoluir para o Império Carolíngio.[20]

O Tratado de Verdun em 843 dividiu a região em Francia Oriental e Ocidental e, portanto, em um conjunto de feudos mais ou menos independentes que, durante a Idade Média, eram vassalos do rei da França ou do Sacro Imperador Romano-Germânico.[20]

Muitos desses feudos estavam unidos nos Países Baixos Borgonheses dos séculos XIV e XV.[21] O imperador Carlos V estendeu a união pessoal das Dezessete Províncias na década de 1540, tornando-se muito mais do que uma união pessoal pela Pragmática Sanção de 1549 e aumento da sua influência sobre o Principado-Bispado de Liège.[22]

A Guerra dos Oitenta Anos (1568-1648) dividiu os Países Baixos entre as Províncias Unidas do Norte (Belgica Foederata em latim) e dos Países Baixos do Norte (Belgica Regia). Os últimos foram sucessivamente governados pelos espanhóis e pelos Habsburgos austríacos e foram os precursores da Bélgica moderna. Este foi o palco das guerras franco-espanhola e franco-austríaca durante os séculos XVII e XVIII.

Após as campanhas de 1794 nas guerras revolucionárias francesas, os Países Baixos — incluindo territórios que nunca estiveram nominalmente sob o domínio dos Habsburgos, como o Principado-Bispado de Liège — foram anexados pela Primeira República Francesa, terminando com o domínio austríaco na região. A reunificação dos Países Baixos como Reino Unido dos Países Baixos ocorreu com dissolução do Primeiro Império Francês em 1815, após a derrota de Napoleão.

Independência

Ver artigo principal: Revolução Belga
Episódio da Revolução Belga de 1830 (1834), por Egide Charles Gustave Wappers. Museu de Arte Antiga, Bruxelas.

Em 1830, a Revolução Belga levou à separação das províncias do sul dos Países Baixos e ao estabelecimento de uma Bélgica independente católica, burguesa, francófona e neutra, sob um governo provisório e um congresso nacional.[23][24] Desde a elevação de Leopoldo I ao cargo de rei em 21 de julho de 1831 (que agora é celebrado como Dia Nacional da Bélgica[25]), o país tem sido uma monarquia constitucional e uma democracia parlamentar, com uma constituição laica baseada no código Napoleônico. Embora o direito ao voto tenha sido inicialmente restrito, o sufrágio universal para os homens foi introduzido após a greve geral de 1893 (com voto plural até 1919) e para as mulheres em 1949.

Os principais partidos políticos do século XIX foram o Partido Católico e do Partido Liberal, com o Partido do Trabalho da Bélgica emergindo no final do século XIX. O francês era originalmente a única língua oficial adotada pela nobreza e burguesia belga. O idioma progressivamente perdeu a sua importância global conforme o neerlandês passou a ser reconhecido também. Esse reconhecimento tornou-se oficial em 1898 e em 1967 uma versão em neerlandês da constituição belga foi legalmente aceita.[26]

Século XX

A Conferência de Berlim de 1885 cedeu o controle de todo o Estado Livre do Congo para o rei Leopoldo II como sua propriedade privada. Por volta de 1900, houve uma crescente preocupação internacional com o tratamento extremo e selvagem dado à população congolesa durante o domínio de Leopoldo II, para quem o Congo era principalmente uma fonte de receita da produção de marfim e borracha. Em 1908, esse clamor levou o Estado belga a assumir a responsabilidade pelo governo da colônia, que passou a se chamar Congo Belga.[27]

Vista aérea do chamado "Distrito Europeu" em Bruxelas, onde estão localizadas as sedes das principais organizações da União Europeia. A Bélgica foi um dos membros fundadores da UE.

O Império Alemão invadiu a Bélgica em 1914 como parte do Plano Schlieffen para atacar a França, sendo que boa parte dos combates na Frente Ocidental da Primeira Guerra Mundial ocorreram na parte ocidental do país. Os meses iniciais da guerra ficaram conhecidos como o "estupro da Bélgica", devido aos excessos cometidos pelos alemães. A Bélgica assumiu as colônias alemãs de Ruanda-Urundi (os atuais países Ruanda e Burundi) durante a guerra e elas foram mandatadas para a Bélgica em 1924 pela Liga das Nações. Após a Primeira Guerra Mundial, os distritos prussianos de Eupen e Malmedy foram anexados pelos belgas em 1925, fazendo com que a presença de uma minoria de língua alemã se tornasse um fato.

O país foi novamente invadido pela Alemanha em 1940 e foi ocupado até a sua libertação pelos Aliados em 1944. Após a Segunda Guerra Mundial, uma greve geral forçou o rei Leopoldo III, que muitos viam como colaborador da Alemanha durante a guerra, a abdicar em 1951.[28] O Congo Belga alcaçou a independência em 1960, durante a Crise do Congo;[29] Ruanda-Burundi conquistaram a sua independência dois anos depois. A Bélgica aderiu à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) como membro fundador e formou o grupo Benelux com os Países Baixos e Luxemburgo.

A Bélgica tornou-se um dos seis membros fundadores da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço em 1951 e da Comunidade Europeia da Energia Atômica e da Comunidade Econômica Europeia em 1957. Esta última é agora a União Europeia, organização internacional cujas principais administrações e instituições são hospedadas pela Bélgica, como a Comissão Europeia, o Conselho da União Europeia e as sessões extraordinárias e de comissões do Parlamento Europeu.

Geografia

Ver artigo principal: Geografia da Bélgica
Imagem de satélite do território belga.

A Bélgica tem uma área de 30.510 km², distribuídos por três regiões físicas principais: a planície costeira (localizada a noroeste), o planalto central e as elevações das Ardenas (situadas a sudeste).

A planície costeira consiste principalmente de dunas de areia e polders. Os polders são áreas de terra a uma altitude próxima de ou inferior ao nível do mar, e que foram ganhas ao mar, do qual estão protegidas por diques ou são, mais longe do litoral, campos drenados por meio de canais.

A segunda região física, o planalto central, fica mais no interior. É uma área pouco acidentada, cuja altitude sobe lentamente à medida que se afasta do litoral, com muitos vales férteis e irrigada por muitos cursos de água. Também pode-se encontrar aqui algum terreno mais acidentado, incluindo grutas e pequenas gargantas.

A terceira região física, as Ardenas, é um pouco mais acidentada que as outras duas. Trata-se de planalto densamente florestado, muito rochoso e não muito adequado para a agricultura, que se estende até ao nordeste da França. É aqui que a maior parte da vida selvagem da Bélgica pode ser encontrada. É nas Ardenas que está situado o ponto mais elevado da Bélgica: o Signal de Botrange, com apenas 694 metros de altura.

Os dois principais rios da Bélgica são o Escalda e o Mosa. Esses são fundamentais para tornar prósperas cidades como Tournai, Gante, Antuérpia, Bruges, Liège e Namur.

O clima é fresco, temperado e chuvoso: as temperaturas médias de verão são de 25 °C e de inverno de 7 °C. Os extremos anuais (atingidos raramente) são de -12 °C e 32 °C.

Demografia

Bruxelas, a capital do país.
Ver artigo principal: Demografia da Bélgica

No início de 2007 quase 92% da população belga era de cidadãos belgas e cerca de 6% era de cidadãos de outros países membros da União Europeia. Os cidadãos estrangeiros foram predominantemente italianos (171.918), franceses (125.061), holandeses (116,970), marroquinos (80.579), espanhóis (42.765), turcos (39.419) e alemães (37.621).[30][31]

Urbanização

Quase toda a população belga é urbana, 97% em 2004.[32] A densidade populacional da Bélgica é de 342 habitantes por quilômetro quadrado, uma das mais elevadas da Europa, após a dos Países Baixos e alguns micro-estados, como Mônaco. A área mais densamente habitada é o "Diamante Flamengo", delineado pelas aglomerações de Antuérpia-Leuven-Bruxelas-Gent. A Ardennes tem a menor densidade. Em 2006, a Região flamenga tinha uma população de cerca de 6.078.600, com Antuérpia (457.749), Ghent (230.951) e Bruges (117.251) suas cidades mais populosas; Valônia tinha 3.413.978, com Charleroi (201.373), Liège (185.574) e Namur (107.178) suas cidades mais populosas. Bruxelas tem 1.018.804 habitantes em 19 comunas, duas das quais têm mais de 100.000 habitantes.[33]

Idiomas

Línguas oficiais:
  Holandês (~59%)
  Francês (~40%)
  Alemão (~1%)

A Bélgica tem três idiomas oficiais, que estão na ordem da população falante nativa na Bélgica: o neerlandês, francês e alemão. Um certo número de línguas minoritárias não-oficiais são faladas também.

Como não existe censo, não existem dados estatísticos oficiais sobre a distribuição ou o uso das três línguas oficiais da Bélgica ou de seus dialetos. No entanto, vários critérios, incluindo a língua(s) dos pais, da educação, ou do estatuto de segunda língua de origem estrangeira, podem fornecer valores sugeridos. Uma estimativa de 59%[34] da população belga fala holandês (muitas vezes coloquialmente referido como "Flamengo") e o francês é falado por 40% da população. O total de falantes do holandês é de 6,23 milhões, concentrados na região dos Flandres no norte, enquanto os falantes de francês compreendem 3,32 milhões na Valônia.[35][36] A Comunidade de língua alemã é composta de 73.000 pessoas no leste da Região da Valônia, cerca de 10.000 alemães e 60.000 cidadãos belgas são falantes do alemão. Cerca de 23 mil falantes do alemão vivem em municípios próximos a comunidade oficial germanófona.[7][37]

Tanto o Francês Belga quanto o Holandês Belga têm diferenças menores em nuances de vocabulário e semântica das variedades faladas, respectivamente, na Holanda e na França. Muitas pessoas ainda falam dialetos flamengos em seu ambiente local. Dialetos da região da Valônia, juntamente com a língua picarda,[38] não são utilizados na vida pública.

Religião

Desde a independência do país, o catolicismo romano, contrabalançado por fortes movimentos de pensamento livre, teve um papel importante na política da Bélgica.[39] No entanto a Bélgica é, em grande parte, um país secular e, como previsto na constituição, laico com liberdade de religião, e o governo geralmente respeita este direito na prática. Durante o reinado de Alberto I e Balduíno, a monarquia teve o catolicismo profundamente enraizado.

Basílica do Sagrado Coração em Koekelberg, Bruxelas.

Simbólica e materialmente, a Igreja Católica permanece em uma posição favorável. O conceito belga de "religiões reconhecidas",[40] define um caminho para o islã para adquirir o tratamento das religiões judaica e protestante. Enquanto outras religiões minoritárias, como o hinduísmo, ainda não têm esse estatuto, o budismo deu os primeiros passos em direção ao reconhecimento legal em 2007.[41][42][43] De acordo com a pesquisa 2001 Survey and Study of Religion,[44] 47% da população se identificou como pertencente à Igreja Católica, enquanto que o Islã é a segunda maior religião, com 3,5%. Uma pesquisa de 2006 considerou a região dos Flandres mais religiosa do que a Valônia, sendo que 55% dos entrevistados se consideravam religiosos e 36% acreditavam que Deus criou o mundo.[45]

Segundo pesquisa do Eurobarômetro, em 2005, 43% de cidadãos belgas responderam que "acreditam que existe um Deus", enquanto 29% responderam que "acreditam que existe algum tipo de espírito ou força vital" e 27% disseram que "não acreditam que haja algum tipo de espírito, Deus ou força vital".[46]

Uma estimativa de 2008 mostrou[47] que 6% da população belga, cerca de 628.751 pessoas, é muçulmana (98% sunitas). Os muçulmanos constituem 25,5% da população de Bruxelas, 4,0% dos habitantes da Valônia e 3,9% dos Flandres. A maioria dos muçulmanos belgas vivem nas grandes cidades, como Antuérpia, Bruxelas e Charleroi. Os marroquinos são o maior grupo de imigrantes na Bélgica, com 264.974 pessoas. Os turcos são o terceiro maior grupo e, o segundo maior grupo étnico muçulmano, com 159.336 pessoas.[48] Além disso, cerca de 10.000 sikhs também estão presentes na Bélgica.[49]

Governo e política

Parlamento Federal da Bélgica.
Ver artigo principal: Política da Bélgica

A Bélgica é uma monarquia constitucional, popular e uma democracia parlamentar.

O parlamento bicameral federal é composto de um senado e uma câmara dos deputados. O primeiro é composto por 40 políticos eleitos diretamente e 21 representantes designados pelos parlamentos das 3 Comunidades, 10 senadores cooptados e os filhos do rei, como senadores por direito. Os 150 deputados da câmara são eleitos por um sistema de votação proporcional em 11 circunscrições eleitorais. A Bélgica é um dos poucos países que tem o voto compulsório e, portanto, detém um dos maiores índices de comparecimento às urnas em todo o mundo.[50]

O rei (atualmente Filipe I) é o chefe de estado, embora dispondo de prerrogativas limitadas. Ele nomeia os ministros, incluindo o primeiro-ministro, que têm a confiança da câmara dos deputados para formar o governo federal. O número de ministros de falantes do holandês e do francês são iguais, conforme prescrito pela constituição.[51] O sistema judicial é baseado no sistema romano-germânico e tem origem no Código Napoleônico.

Forças armadas

Ver artigo principal: Forças Armadas da Bélgica
Militares belgas em um desfile, em 2011.

As forças armadas belgas possuem 30 000 soldados. Em 2010, o país tinha um orçamento de €3,95 bilhões (ou 1,12% do PIB).[52] O comando de suas forças é unificado, sendo subordinado ao ministro da defesa e ao chefe de defesa.[53]

Invadido pela Alemanha nas duas guerras mundiais, o país, para melhorar sua defesa, firmou pactos de cooperação com seus vizinhos europeus. Em 1948, por exemplo, a nação assinou o Tratado de Bruxelas e entrou então para a OTAN. Assim como outros países da Europa, a Bélgica nos últimos anos tem adotado uma política de reduzir seu efetivo das forças armadas, assim como a quantidade de equipamentos, como parte de um programa de redução de gastos governamentais.[54]

Subdivisões

Ver artigo principal: Subdivisões da Bélgica

A Bélgica está subdividida em duas regiões, cada uma com cinco províncias, e uma terceira região, a Região de Bruxelas-Capital contendo a capital Bruxelas. Há ainda a divisão em comunidades linguísticas (neerlandesa, com instituições coincidentes com as da região flamenga; francesa, não se confundindo com a Valónia, e germanófona, no extremo leste dessa região). Aqui se encontram listadas por região, com as suas capitais:

Comunidades:
  Comunidade flamenga / Área linguística holandesa
         Comunidade Flamenga e Francesa / Área linguística bilíngue
  Comunidade Francesa / Área linguística francesa
  Comunidade Germanófona / Área linguística alemã
Regiões:
  Região flamenga / Área linguística holandesa
  Região Bruxelas-Capital / Área linguística bilíngue
  Valônia / Área linguística francesa e germânica

Divisão linguística

Ver artigo principal: Partição da Bélgica

A Bélgica é um país heterogêneo dividido em três línguas:

Essa divisão linguística causa conflitos na Bélgica; em Flandres há actualmente um número importante de pessoas querendo se separar da Valónia, não só por motivos de diferença linguística, mas também por causa de incompatibilidade económica. Alguns querem um federalismo muito avançado, outros a independência e ainda outros querem se unir aos Países Baixos (Holanda).

Economia

Ver artigo principal: Economia da Bélgica
Centro financeiro de Bruxelas.

A economia fortemente globalizada da Bélgica[55] e sua infraestrutura de transporte são integradas com o resto da Europa. A sua localização no coração de uma região altamente industrializada ajudou a torná-la a 15ª maior nação comercial do mundo em 2007.[56][57] A economia é caracterizada por uma força de trabalho altamente produtiva, um PNB alto e por exportações per capita mais elevadas.[58] Os principais produtos importados pela Bélgica são alimentos, maquinaria, diamantes, petróleo e derivados, químicos, vestuário e têxteis. Os principais produtos belgas exportados são automóveis, produtos alimentícios, ferro e aço, diamantes lapidados, têxteis, plásticos, produtos de petróleo e de metais não-ferrosos.

A economia da Bélgica está fortemente orientada para os serviços e mostra uma dupla natureza: a região flamenga tem uma economia dinâmica e a Valônia tem uma economia menos desenvolvida.[13][59] Um dos membros fundadores da União Europeia, a Bélgica apoia fortemente uma economia aberta e o alargamento das competências das instituições da UE para integrar as economias dos membros do bloco. Desde 1922, através da União Econômica Belgo-Luxemburguesa, Bélgica e Luxemburgo têm sido um mercado único de comércio com a união aduaneira e monetária.

A Bélgica foi o primeiro país continental europeu a entrar na Revolução Industrial, no início do século XIX.[60] Liège e Charleroi desenvolveram rapidamente a mineração e a siderurgia, que floresceram até meados do século XX no vale do Sambre-Mosa, o sillon industriel (em francês: vale industrial), fizeram da Bélgica uma das três maiores nações mais industrializadas do mundo entre 1830-1910.[61] No entanto, por volta de 1840, a indústria têxtil da Flandres entrou em grave crise e a região passou fome entre 1846-1850.

Porto da Antuérpia.

Após a Segunda Guerra Mundial, Ghent e Antuérpia experimentaram uma rápida expansão das indústrias química e petrolífera. As crises do petróleo de 1973 e 1979 levaram a economia do país e entrar em um processo de recessão; foi particularmente prolongado na Valônia, onde a indústria do aço tinha se tornado menos competitiva e experimentou um forte declínio.[62] Nas décadas de 1980 e 1990, o centro econômico do país continuou em deslocamento para o norte e, agora, está concentrado na área populosa chamada "Diamante Flamengo".[63]

Até o final da década de 1980, as políticas macroeconômicas belga resultaram em uma dívida acumulada de cerca de 120% do PIB. Em 2006, o orçamento foi equilibrado e a dívida pública foi equivalente a 90,30% do PIB.[64] Em 2005 e 2006, as taxas de crescimento real do PIB foram de 1,5% e 3,0%, respectivamente, ligeiramente acima da média para a zona Euro. As taxas de desemprego de 8,4% em 2005 e 8,2% em 2006 também estavam perto da média da área.[65]

De 1832 até 2002, a moeda da Bélgica foi o franco belga. o país adotou o euro em 2002, com a primeira série de moedas de euro a ser cunhadas em 1999. O padrão de moedas do euro belga, designado para a circulação, mostra o retrato do rei Alberto II.

Cultura

Ver artigo principal: Cultura da Bélgica

Apesar de suas divisões políticas e linguísticas, a região correspondente à Bélgica atual tem visto o florescimento de grandes movimentos artísticos que tiveram enorme influência sobre a arte e a cultura europeia. Hoje em dia, até certo ponto, a vida cultural está concentrada dentro de cada região linguística do país e uma variedade de barreiras fizeram uma esfera cultural compartilhada entre as duas partes menos pronunciada.[66][67] Desde 1970, não há universidades ou faculdades bilíngues no país, exceto a Academia Real Militar e do Academia Marítima da Antuérpia. Não há uma organização midiática[68] ou grande organização cultural ou científica que represente as duas comunidades principais do país.[69]

Culinária

Waffles belgas.
Ver artigo principal: Culinária da Bélgica

Muitos restaurantes belgas altamente renomados podem ser encontrados nos mais influentes guias de restaurantes, como o Guia Michelin.[70] A Bélgica é famosa pela cerveja, chocolate, waffles e batatas fritas com maionese. As batatas fritas originaram-se na Bélgica, embora seu exato lugar de origem ainda seja incerto. Os pratos nacionais são "bife e batatas fritas com salada" e "mexilhões com batatas fritas".[71][72][73]

Marcas de chocolate e bombons belgas, como Côte d'Or, Neuhaus, Leonidas e Godiva são famosas, assim como seus produtores independentes, como Burie e Del Rey, na Antuérpia, e de Mary's, em Bruxelas.[74] A Bélgica também produz mais de 1100 variedades de cerveja.[75][76] A cerveja trapista Westvleteren Brewery tem sido repetidamente classificada como a melhor cerveja do mundo.[77][78][79] A maior cervejaria do planeta em volume de produção é a Anheuser-Busch InBev, sediada em Lovaina.[80]

Esportes

Desde os anos 1970, clubes e federações esportivas são organizadas separadamente dentro de cada comunidade linguística do país.[81] O futebol é um dos esportes mais populares em ambas as partes da Bélgica, juntamente com o ciclismo, tênis, natação e judô.[82]

Os belgas mantêm o maior número de vitórias no Tour de France do que qualquer outro país, com exceção da França. Eles também têm o maior número de vitórias no Campeonato Mundial de Ciclismo de Estrada da UCI. Philippe Gilbert é o campeão mundial de 2012. Outro bem conhecido ciclista belga Tom Boonen. Jean-Marie Pfaff, um ex-goleiro belga, é considerado um dos maiores jogadores da história do futebol.[83] A Bélgica e os Países Baixos já sediaram o Campeonato Europeu de Futebol de 2000 e a Bélgica sediou o Campeonato Europeu de Futebol de 1972.

Feriados

Data Nome em português Nome local Observações
6 de dezembro Dia de São Nicolau Sinterklaas
Saint-Nicolas

Ver também

Notas

  1. Há influências de origem celta e germânica. A origem dos belgas permanece sob disputa.[11]

Referências

  1. Portal da Língua Portuguesa - Dicionário de Gentílicos e Topónimos
  2. a b c d Fundo Monetário Internacional (FMI), ed. (Outubro de 2014). «World Economic Outlook Database». Consultado em 29 de outubro de 2014 
  3. «Human Development Report 2015» (PDF) (em inglês). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 14 de dezembro de 2015. Consultado em 24 de dezembro de 2015 
  4. «Gini coefficient of equivalised disposable income (source: SILC)». Eurostat Data Explorer. Consultado em 13 de agosto de 2013 
  5. Footnote: Belgium is also a member of, or affiliated to, many international organizations, including ACCT, AfDB, AsDB, Australia Group, Benelux, BIS, CCC, CE, CERN, EAPC, EBRD, EIB, EMU, ESA, EU, FAO, G-10, IAEA, IBRD, ICAO, ICC, ICRM, IDA, IDB, IEA, IFAD, IFC, IFRCS, IHO, ILO, IMF, IMO, IMSO, Intelsat, Interpol, IOC, IOM, ISO, ITU, MONUC (observers), NATO, NEA, NSG, OAS (observer), OECD, OPCW, OSCE, PCA, UN, UNCTAD, UNECE, UNESCO, UNHCR, UNIDO, UNMIK, UNMOGIP, UNRWA, UNTSO, UPU, WADB (non-regional), WEU, WHO, WIPO, WMO, WTrO, ZC.
  6. Leclerc, Jacques, , membre associé du TLFQ (18 de janeiro de 2007). «Belgique • België • Belgien—Région de Bruxelles-Capitale • Brussels Hoofdstedelijk Gewest». L'aménagement linguistique dans le monde (em French). Host: Trésor de la langue française au Québec (TLFQ), Université Laval, Quebec. Consultado em 18 de junho de 2007. C'est une région officiellement bilingue formant au centre du pays une enclave dans la province du Brabant flamand (Vlaams Brabant) 
    * «About Belgium». Belgian Federal Public Service (ministry) / Embassy of Belgium in the Republic of Korea. Consultado em 21 de junho de 2007. the Brussels-Capital Region is an enclave of 162 km² within the Flemish region. 
    * «Flanders (administrative region)». Microsoft Encarta Online Encyclopedia. Microsoft. 2007. Consultado em 21 de junho de 2007. Arquivado do original em 31 de outubro de 2009. The capital of Belgium, Brussels, is an enclave within Flanders. 
    * McMillan, Eric (1999). «The FIT Invasions of Mons» (PDF). Capital translator, Newsletter of the NCATA, Vol. 21, No. 7, p. 1. National Capital Area Chapter of the American Translators Association (NCATA). Consultado em 21 de junho de 2007. The country is divided into three increasingly autonomous regions: Dutch-speaking Flanders in the north; mostly French-speaking Brussels in the center as an enclave within Flanders and French-speaking Wallonia in the south, including the German-speaking Cantons de l'Est). 
    * Van de Walle, Steven, lecturer at University of Birmingham Institute of Local Government Studies, School of Public Policy. «Language Facilities in the Brussels Periphery». KULeuven—Leuvens Universitair Dienstencentrum voor Informatica en Telematica. Consultado em 21 de junho de 2007. Arquivado do original (PDF) em 31 de outubro de 2009. Brussels is a kind of enclave within Flanders—it has no direct link with Wallonia. 
  7. a b «The German-speaking Community». The German-speaking Community. Consultado em 5 de maio de 2007  The (original) version in German language (already) mentions 73,000 instead of 71,500 inhabitants.
  8. Morris, Chris (13 de maio de 2005). «Language dispute divides Belgium». BBC News. Consultado em 8 de maio de 2007 
  9. Petermann, Simon, Professor at the University of Liège, Wallonia, Belgium—at colloquium IXe Sommet de la francophonie—Initiatives 2001—Ethique et nouvelles technologies, session 6 Cultures et langues, la place des minorités, Bayreuth (25 de setembro de 2001). «Langues majoritaires, langues minoritaires, dialectes et NTIC» (em French). Consultado em 4 de maio de 2007 
  10. BUNSON, Matthew (1994). Encyclopedia of the Roman Empire. Brochura de 512 pp.: ISBN 0-8160-3182-7; Edição revisada (2002), capa dura, 636 pp.: ISBN 0-8160-4562-3 Hardcover ed. Nova Iorque: Facts on File. p. 169. 352 páginas. ISBN 0-8160-2135-X 
  11. WITT, Constanze Maria (1997). «Ethnic and Cultural Identity». Barbarians on the Greek Periphery?—Origins of Celtic Art (em inglês). Institute for Advanced Technology in the Humanities, University of Virginia. Consultado em 6 de junho de 2007 
  12. Haß, Torsten, Head of the Fachhochschule (University of Applied Sciences) of Kehl Library, Kehl, Germany (17 de fevereiro de 2003). «Rezention zu (Review of) Cook, Bernard: Belgium. A History ISBN 0-8204-5824-4» (em German). FH-Zeitung (journal of the Fachhochschule). Consultado em 24 de maio de 2007. die Bezeichnung Belgiens als „the cockpit of Europe" (James Howell, 1640), die damals noch auf eine kriegerische Hahnenkampf-Arena hindeutete [ligação inativa]Carmont, John. «The Hydra No.1 New Series (November 1917)—Arras And Captain Satan». War Poets Collection. Napier University’s Business School. Consultado em 24 de maio de 2007 Wood, James (1907). «Nuttall Encyclopaedia of General Knowledge—Cockpit of Europe». Consultado em 24 de maio de 2007. Cockpit of Europe, Belgium, as the scene of so many battles between the Powers of Europe. 
  13. a b Fitzmaurice, John, at the Secretariat-General of the European Commission, taught at the Université Libre de Bruxelles (1996). «New Order? International models of peace and reconciliation—Diversity and civil society». Democratic Dialogue Northern Ireland's first think tank, Belfast, Northern Ireland, UK. Consultado em 12 de agosto de 2007 
  14. «Belgium country profile». EUbusiness, Richmond, UK. 27 de agosto de 2006. Consultado em 12 de agosto de 2007 
  15. Karl, Farah (text); Stoneking, James (course) (1999). «Chapter 27. The Age of Imperialism (Section 2. The Partition of Africa)» (PDF). World History II. Appomattox Regional Governor's School (History Department), Petersburg, VA, USA. Consultado em 16 de agosto de 2007 [ligação inativa]
  16. Bunson, Matthew (1994). Encyclopedia of the Roman Empire Hardcover 352pp ed. [S.l.]: Facts on File, New York. 169 páginas. ISBN [[Special:BookSources/0 8160 2135 X [Paperback 512pp, ISBN 0-8160-3182-7; Revised edition (2002), Hardcover 636pp, ISBN 0-8160-4562-3]|0 8160 2135 X [Paperback 512pp, ISBN 0-8160-3182-7; Revised edition (2002), Hardcover 636pp, ISBN 0-8160-4562-3]]] Verifique |isbn= (ajuda) 
  17. Footnote: The Celtic and/or Germanic influences on and origin(s) of the Belgae remains disputed. Further reading e.g. Witt, Constanze Maria (1997). «Ethnic and Cultural Identity». Barbarians on the Greek Periphery?—Origins of Celtic Art. Institute for Advanced Technology in the Humanities, University of Virginia. Consultado em 6 de junho de 2007 
  18. Bunson, Matthew (1994). Encyclopedia of the Roman Empire Hardcover 352pp ed. [S.l.]: Facts on File, New York. p. 169. ISBN 978-0-8160-4562-4 
  19. Footnote: The Celtic and/or Germanic influences on and origin(s) of the Belgae remains disputed. Further reading e.g. Witt, Constanze Maria (Maio de 1997). «Ethnic and Cultural Identity». Barbarians on the Greek Periphery?—Origins of Celtic Art. Institute for Advanced Technology in the Humanities, University of Virginia. Consultado em 6 de junho de 2007. Cópia arquivada em 10 de junho de 2007 
  20. a b Cook, Bernard A., Professor of History at Loyola University New Orleans, Louisiana, United States (2002). Belgium: A History. Col: Studies in Modern European History, Vol. 50. [S.l.]: Peter Lang Pub, New York. p. 3. ISBN 0-8204-5824-4 
    Ib. e-book (2004) NetLibrary, Boulder, Colorado, United States, ISBN 0-8204-7283-2 [Also print edition (ISBNDB.com 2004-06-30) or (Peterlang.com 2005), ISBN 0-8204-7647-1]
  21. Edmundson, George (1922). «Chapter I: The Burgundian Netherlands». History of Holland. The University Press, Cambridge. Republished: Authorama. Consultado em 15 de dezembro de 2010 
  22. Edmundson, George (1922). «Chapter II: Habsburg Rule in the Netherlands». History of Holland. The University Press, Cambridge. Republished: Authorama. Consultado em 9 de junho de 2007 
  23. Dobbelaere, Karel (Katholieke Universiteit Leuven); Voyé, Liliane (Université Catholique de Louvain) (1990). «From Pillar to Postmodernity: The Changing Situation of Religion in Belgium» (PDF). (The Allen Review). Online at Oxford Journals, Oxford University Press: S1. Consultado em 25 de fevereiro de 2011 
  24. Gooch, Brison Dowling (1963). Belgium and the February Revolution. [S.l.]: Martinus Nijhoff Publishers, The Hague, Netherlands. p. 112. Consultado em 18 October 2010  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  25. «National Day and feast days of Communities and Regions». Belgian Federal Government. Consultado em 20 July 2011. Cópia arquivada em 24 July 2011  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata= (ajuda)
  26. Deschouwer, Kris (Janeiro de 2004). «Ethnic structure, inequality and governance of the public sector in Belgium» (PDF). United Nations Research Institute for Social Development (UNRISD). Consultado em 22 de maio de 2007 
  27. Meredith, Mark (6 de junho de 2005). The State of Africa Hardcover 608pp ed. [S.l.]: Free Press. pp. 95–96(?). ISBN 0-7432-3221-6 
  28. Ramon Arango, Leopold III and the Belgian royal question, The Johns Hopkins Press, Baltimore, 1961, p. 108.
  29. «The Congolese Civil War 1960–1964». BBC News. Consultado em 29 de abril de 2010 
  30. Perrin, Nicolas, UCLouvain, Study Group of Applied Demographics (Gédap) (2006). «European Migration Network—Annual Statistical Report on migration and asylum in Belgium (Reference year 2003)—section A. 1) b) Population by citizenship & c) Third country nationals, 1 January 2004» (PDF). Belgian Federal Government Service (ministry) of Interior—Immigration Office. p. 5-9. Consultado em 28 May 2007. Cópia arquivada (PDF) em 5 de junho de 2007  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  31. Ecodata
  32. «Quelques résultats des précédents recensements—Indicateurs de logement (1991)» (em French switchable to Dutch). Belgian Federal Government Service (ministry) of Economy—Directorate-general Statistics Belgium. 1998–1992. Consultado em 8 May 2007. Cópia arquivada em 25 de junho de 2007  Verifique data em: |ano=, |acessodata= (ajuda)
  33. «Structuur van de bevolking—België / Brussels Hoofdstedelijk Gewest / Vlaams Gewest / Waals Gewest / De 25 bevolkingsrijkste gemeenten (2000–2006)» (asp) (em Dutch). Belgian Federal Government Service (ministry) of Economy—Directorate-general Statistics Belgium. © 1998/2007. Consultado em 23 de maio de 2007. Cópia arquivada em 28 de maio de 2007  Verifique data em: |data= (ajuda)
  34. Native speakers of Dutch living in Wallonia and of French in Flanders are relatively small minorities that furthermore largely balance one another, hence counting all inhabitants of each unilingual area to the area's language can cause only insignificant inaccuracies (99% can speak the language). Dutch: Flanders' 6.079 million inhabitants and about 15% of Brussels' 1.019 million are 6.23 million or 59.3% of the 10.511 million inhabitants of Belgium (2006); German: 70,400 in the German-speaking Community (which has language facilities for its less than 5% French-speakers) and an estimated 20,000–25,000 speakers of German in the Walloon Region outside the geographical boundaries of their official Community, or 0.9%; French: in the latter area as well as mainly in the rest of Wallonia (3.414 − 0.093 = 3.321 million) and 85% of the Brussels inhabitants (0.866 million) thus 4.187 million or 39.8%; together indeed 100%.
  35. Flemish Academic Eric Corijn (initiator of Charta 91), at a colloquium regarding Brussels, on 2001-12-05, states that in Brussels there is 91% of the population speaking French at home, either alone or with another language, and there is about 20% speaking Dutch at home, either alone (9%) or with French (11%)—After ponderation, the repartition can be estimated at between 85 and 90% French-speaking, and the remaining are Dutch-speaking, corresponding to the estimations based on languages chosen in Brussels by citizens for their official documents (ID, driving licenses, weddings, birth, sex, and so on); all these statistics on language are also available at Belgian Department of Justice (for weddings, birth, sex), Department of Transport (for Driving licenses), Department of Interior (for IDs), because there are no means to know precisely the proportions since Belgium has abolished 'official' linguistic censuses, thus official documents on language choices can only be estimations. For a web source on this topic, see e.g. General online sources: Janssens, Rudi
  36. «Belgium Market background». British Council. Consultado em 5 May 2007. The capital Brussels, 80–85 percent French-speaking, …  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)—Strictly, the capital is the municipality (City of) Brussels, though the Brussels-Capital Region might be intended because of its name and also its other municipalities housing institutions typical for a capital.
  37. «Citizens from other countries in the German-speaking Community». The German-speaking Community. Consultado em 5 May 2007  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
    *«German (Belgium)—Overview of the language». Mercator, Minority Language Media in the European Union, supported by the European Commission and the University of Wales. Consultado em 7 May 2007  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
    *Leclerc, Jacques , membre associé du TLFQ (19 April 2006). «Belgique • België • Belgien—La Communauté germanophone de Belgique». L'aménagement linguistique dans le monde (em French). Host: Trésor de la langue française au Québec (TLFQ), Université Laval, Quebec. Consultado em 7 May 2007  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  38. Gordon, Raymond G., Jr. (ed.) (2005). «Languages of Belgium». Ethnologue: Languages of the World, 15th edition. SIL International Dallas, Texas, USA. Consultado em 7 May 2007  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  39. See for example Belgium entry of the Catholic Encyclopedia
  40. «2001 Annual Report on Human Rights in Belgium» (PDF) 
  41. De Ley, Herman (2000). «Humanists and Muslims in Belgian Secular Society (Draft version)». Centrum voor Islam in Europe (Centre for Islam in Europe), Ghent University. Consultado em 7 June 2007  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  42. Bousetta, Hassan; Gsir, Sonia; Jacobs, Dirk (2005). «Active Civic Participation of Immigrants in Belgium—Country Report prepared for the European research project POLITIS, Oldenburg» (PDF). Carl von Ossietzky University, Oldenburg IBKM. Consultado em 8 May 2007. In many respects, the Catholic Roman Church remains in a very advantageous situation. The long and troublesome process that eventually lead to the recognition of Islam is also illustrative of the ambiguity of the relations between the Belgian State and religions. For 25 years, Islam has been maintained in an unfair position in comparison to other religions.  line feed character character in |quote= at position 243 (ajuda); Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  43. «België gaat plat op zijn buik voor China (Belgium bends over backwards for China)» (em Dutch) (#1455). Metro (Belgian newspaper). 10 May 2007. p. 2. Consultado em 10 May 2007. [Upon the Dalai Lama for the second time in two years canceling a visit to Belgium after being informed by the Belgian government of Peking's diplomatic pressure, quote newspaper:] Uittredend Senaatsvoorzitster Anne-Marie Lizin reageert teleurgesteld: 'Gezien het belang van de vergadering waaraan u wilde deelnemen en gezien de redenen van uw beslissing, betreur ik dat ik u niet kan ontvangen in ons land, een land dat openstaat voor iedereen, ongeacht de religieuze overtuiging, en dat net een eerste stap heeft gezet in de erkenning van het'[sic] 'boeddhistische filosofie'. (Lawfully resigning at the end of the government's legislation, President of the Senat Anne-Marie Lizin reacts disappointedly: 'In view of the importance of the meeting you wanted to attend and in view of the reasons of your decision, I regret not being able to receive you in our country, a country open for everyone regardless of religious conviction, and which has just set a first step towards the recognition of the Buddhist philosophy.')  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda) Alternative urls:α, β, pdf 1.1 MB:γ[ligação inativa]
  44. «Belgium». International Religious Freedom Report 2004. US Department of State, Bureau of Democracy, Human Rights and Labor. 2004. Consultado em 28 May 2007  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  45. Inquiry by 'Vepec', 'Vereniging voor Promotie en Communicatie' (Organisation for Promotion and Communication), published in Knack magazine 22 November 2006 p. 14 [The Dutch language term 'gelovig' is in the text translated as 'religious', more precisely it is a very common word for believing in particular in any kind of God in a monotheistic sense and/or in some afterlife].
  46. «Eurobarometer on Social Values, Science and technology 2005 – page 11» (PDF). Consultado em 5 May 2007  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  47. «In België wonen 628.751 moslims». Indymedia.be. 12 de setembro de 2008. Consultado em 18 de junho de 2010 
  48. Voor het eerst meer Marokkaanse dan Italiaanse migranten[ligação inativa]
  49. Dutch newspaper on Sikhs celebrating Maghi in Brussels[ligação inativa]
  50. Franklin, Mark N., Trinity College, Connecticut (2001). «The Dynamics of Electoral Participation—Table 10.1 Average turnout in free elections to the lower house in 40 countries, 1961–1999» (PDF). p. 32. Consultado em 29 de maio de 2007 [ligação inativa]
  51. «Belgium—Constitution—Title III Powers, Chapter II The Senate, Article 72 [King's Descendants] ; and Title III, Chapter III King and Federal Government, Section I The King ; and Section II The Federal Government, Article 99 [Composition of Government]». International Constitutional Law. Institut für öffentliches Recht, University of Berne, Switzerland. 17 February 1994. Consultado em 20 May 2007  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda) Or both:
    *«Title III on power, Chapter II on the Senate, Art. 72». The Constitution of Belgium. The Federal Parliament of Belgium. 21 January 1997. Consultado em 20 May 2007  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda) And
    *«Title III on Power, Chapter III on the King and the Federal Government, Section I on the King  and Section II on the Federal Government, Art. 99». The Constitution of Belgium. The Federal Parliament of Belgium. 21 January 1997. Consultado em 20 May 2007  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  52. «Defence Data of Belgium in 2010». European Defence Agency. Consultado em 9 de agosto de 2012 
  53. «Defensie La Défense». Consultado em 23 de novembro de 2015. Cópia arquivada em 14 de junho de 2011 
  54. David Isby and Charles Kamps Jr, 'Armies of NATO's Central Front,' Jane's Publishing Company, 1985, p.59
  55. Belgium ranked first in the KOF Index of Globalization 2009ETH Zürich (ed.). «KOF Index of Globalization». Consultado em 2 February 2009  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  56. «Rank Order – Exports». CIA – The 2008 world factbook. Consultado em 5 October 2008. 15[th]: Belgium $322,200,000,000 (2007 est.)  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  57. «Rank Order – Imports». CIA – The 2008 world factbook. Consultado em 5 October 2008. 15[th]: Belgium $323,200,000,000 (2007 est.)  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  58. «Belgian economy». Belgium. Belgian Federal Public Service (ministry) of Foreign Affairs, Foreign Trade and Development Cooperation. Consultado em 12 June 2009. Belgium is the world leader in terms of export per capita and can justifiably call itself the 'world's largest exporter'.  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  59. «Wallonia in 'decline' thanks to politicians». Expatica Communications BV. 9 March 2005. Consultado em 16 June 2007  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  60. «Industrial History Belgium». European Route of Industrial Heritage. Consultado em 8 May 2007  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  61. Jean-Pierre Rioux (1989). La révolution industrielle (em French). Paris: Seuil. p. 105. ISBN 2-02-000651-0 
  62. «Background Note: Belgium». US Department of State, Bureau of European and Eurasian Affairs. 2007. Consultado em 8 May 2007  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  63. Vanhaverbeke, Wim. «Het belang van de Vlaamse Ruit vanuit economisch perspectief The importance of the Flemish Diamond from an economical perspective» (em Dutch). Netherlands Institute of Business Organization and Strategy Research, University of Maastricht. Consultado em 19 May 2007. Cópia arquivada em March 14, 2007  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata= (ajuda)
  64. «The World Factbook—(Rank Order—Public debt)». CIA. 17 April 2007. Consultado em 8 May 2007  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  65. «Key figures». National Bank of Belgium. Consultado em 19 May 2007. Cópia arquivada em 30 de abril de 2007  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  66. «Belgium—Arts and cultural education». Compendium of Cultural Policies and Trends in Europe, 8th edition. Council of Europe / ERICarts. 2007. Consultado em 8 May 2007  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  67. «Belgique». European Culture Portal. European Commission. 2007 to 2008. Consultado em 10 de maio de 2007  Verifique data em: |ano= (ajuda)
  68. Gonthier, Adrien (2003). «Frontière linguistique, frontière politique, une presse en crise». Le Monde diplomatique (em French). Consultado em 17 de junho de 2008 
  69. Mumford, David (2008). The World Today Series. Col: Western Europe/2007. [S.l.]: NY Times. ISBN 1-887985-89-1 
  70. «The Michelin stars 2007 in Belgium». Resto.be TM Dreaminvest. 2007. Consultado em 15 de maio de 2007 
  71. «Steak-frites». Epicurious. Consultado em 12 de agosto de 2007. Cópia arquivada em 8 August 2007  Verifique data em: |arquivodata= (ajuda) Republished fromVan Waerebeek, Ruth; Robbins, Maria (Outubro de 1996). Everybody Eats Well in Belgium Cookbook. [S.l.]: Workman Publishing. ISBN 1-56305-411-6 
  72. «Belgium». Global Gourmet. Consultado em 12 de agosto de 2007  Republicado de Van Waerebeek, Ruth; Robbins, Maria (Outubro de 1996). Everybody Eats Well in Belgium Cookbook. [S.l.]: Workman Publishing. ISBN 1-56305-411-6 
  73. «Mussels». Visit Belgium. Official Site of the Belgian Tourist Office in the Americas. 2005. Consultado em 12 de agosto de 2007. Cópia arquivada em 10 de fevereiro de 2007 
  74. Elliott, Mark and Cole, Geert (2000). Belgium and Luxembourg. [S.l.]: Lonely Planet. p. 53. ISBN 1-86450-245-2 
  75. Snick, Chris (18 de outubro de 2011). «Nieuwe bierbijbel bundelt alle 1.132 Belgische bieren». Het Nieuwsblad (em dutch) 
  76. «Nieuwe bierbijbel met 1.132 Belgische bieren voorgesteld in Brugge». Krant van West-Vlaanderen (em dutch). 18 de outubro de 2011 
  77. Ames, Paul (30 de agosto de 2009). «Buying the World's Best Beer». Global Post. Consultado em 19 de novembro de 2010. Cópia arquivada em 9 de novembro de 2010 
  78. Guthrie, Tyler (11 de agosto de 2010). «Day trip to the best beer in the world». Chicago Tribune. Consultado em 19 de novembro de 2010. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2010 
  79. «Monks run short of 'world's best' beer». ABC. Reuters. 12 de agosto de 2005. Consultado em 19 de novembro de 2010 
  80. «InBev dividend 2006: 0.72 euro per share—infobox: About InBev». InBev. 24 de abril de 2007. Consultado em 31 de maio de 2007. InBev is a publicly traded company (Euronext: INB) based in Leuven, Belgium. The company's origins date back to 1366, and today it is the leading global brewer by volume. 
  81. Task, Marijke; Renson, Roland and van Reusel, Bart (1999). Klaus Heinemann, ed. Organised sport in transition: development, structures and trends of sports clubs in Belgium. Sport clubs in various European countries. [S.l.]: Schattauer Verlag. pp. 183–229. ISBN 3-7945-2038-6 
  82. Wingfield, George (2008). Charles F. Gritzner, ed. Belgium. [S.l.]: Infobase Publishing. pp. 94–95. ISBN 978-0-7910-9670-3 
  83. "Goalkeeping Greats" Goalkeepersaredifferent.com. Retrieved on 29 June 2008

Ligações externas

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikcionário Definições no Wikcionário
Wikilivros Livros e manuais no Wikilivros
Wikisource Textos originais no Wikisource
Commons Imagens e media no Commons
Commons Categoria no Commons
Wikinotícias Notícias no Wikinotícias