Pelé

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 Nota: Para outros significados, veja Pelé (desambiguação).
Pelé
Pelé
Pelé em 1963
Informações pessoais
Nome completo Edson Arantes do Nascimento
Data de nascimento 23 de outubro de 1940 (83 anos)
Local de nascimento Três Corações (MG), Brasil
Nacionalidade brasileiro
Altura 1,71 m[1]
Ambidestro[1]
Apelido Rei do Futebol, Pelé
Informações profissionais
Período em atividade 1956–1977 (21 anos)
Posição Meia-atacante
Clubes de juventude
1952–1956 Brasil Bauru
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1956–1974
1975–1977
Brasil Santos
Estados Unidos New York Cosmos
001116 00(1091)[2]
00106 00(64)[3]
Seleção nacional
1957–1971 Brasil Brasil 0092 00(77)

Edson Arantes do Nascimento[4] KBE, conhecido como Pelé (Três Corações, 23 de outubro de 1940[4]), é um ex-futebolista brasileiro que atuava como atacante, considerado o maior futebolista da história.[5]

Descoberto por Waldemar de Brito,[6] começou sua carreira no Santos aos 16 anos, entrou na Seleção Brasileira de Futebol aos 16, e venceu sua primeira Copa do Mundo de futebol aos 17. Apesar das numerosas ofertas de clubes europeus, as condições econômicas e as regulações do futebol brasileiro da época beneficiaram o Santos, permitindo-lhes manter Pelé por quase duas décadas no clube até 1974. Com o atleta no elenco, o Santos atingiu seu auge nos anos de 1962 e 1963, em que conquistou os torneios intercontinentais.[7] Em 1975 foi transferido para o New York Cosmos, onde encerrou sua carreira após dois anos nos Estados Unidos. Sua técnica e capacidade atlética natural foram universalmente elogiadas e durante sua carreira, ficou famoso por sua excelente habilidade de drible e passe, ritmo, chute preciso, habilidade de cabecear, e artilharia prolífica. É o maior artilheiro da história da seleção brasileira e o único futebolista a ter feito parte de três equipes campeãs de Copa do Mundo. Em novembro de 2007, a FIFA anunciou sua premiação com a medalha da Copa de 1962 (a qual, devido a uma contusão na segunda partida, teve apenas o primeiro jogo disputado por ele), no qual o jogador Mané Garrincha o substituiu, retroativamente, fazendo dele o único futebolista do mundo a ter três medalhas de Copa do Mundo.

Desde sua aposentadoria em 1977, Pelé tornou-se embaixador mundial do futebol, também tendo passagens pelas artes cênicas e empreendimentos comerciais. É atualmente o Presidente Honorário do New York Cosmos.[8] Pelé é também o único brasileiro (e um dos raros estrangeiros) a receber uma honraria do Reino Unido pelas mãos da Rainha Isabel II no Palácio de Buckingham. Foi condecorado como Cavaleiro Comandante da Mais Excelente Ordem do Império Britânico por promover o futebol e popularizá-lo no mundo.[9] Em 1999, foi eleito o Futebolista do Século pela International Federation of Football History and Statistics. No mesmo ano, a revista francesa France Football consultou os ex-vencedores do Ballon D'Or para elegê-lo o Futebolista do Século em primeiro.[10] Em sua carreira, no total, marcou 1281 gols em 1363 partidas, número que fez dele o maior artilheiro da história do futebol.[11]

No Brasil, Pelé é saudado como um herói nacional por suas realizações e contribuições ao futebol.[12] Também é conhecido pelo seu apoio a políticas para melhorar as condições sociais dos pobres, tendo inclusive dedicado seu milésimo gol às crianças pobres brasileiras.[13] Durante sua carreira, foi chamado de Rei do Futebol, Rei Pelé, ou simplesmente Rei.[14] Recebeu o título de Atleta do Século de todos os esportes em 15 de maio de 1981, eleito pelo jornal francês L'Equipe. No fim de 1999, o Comitê Olímpico Internacional, após uma votação internacional entre todos os Comitês Olímpicos Nacionais associados, também elegeu Pelé o "Atleta do Século". A FIFA também o elegeu, em 2000, numa votação feita por renomados ex-atletas e ex-treinadores como O Jogador de Futebol do Século XX.

Infância e juventude

Pelé em jogo contra o Malmö FF, em 1960. O Brasil venceu por 7-1.
Pelé junto ao ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, em 1997.

Edson Arantes do Nascimento nasceu em Três Corações, no estado de Minas Gerais, em 23 de outubro de 1940.[15] Filho de dona Celeste Arantes e de João Ramos do Nascimento, conhecido futebolista no sul de Minas Gerais, alcunhado Dondinho. Em 1945, mudou-se com a família para Bauru (São Paulo). O nome "Edison" foi escolhido pelo pai para fazer uma homenagem ao inventor Thomas Edison.[16]

Ainda criança manifestou a vontade de ser futebolista. Ironicamente a alcunha "Pelé" que serviu para identificar o jogador considerado o maior goleador de todos os tempos teve origem num goleiro. Em 1943 o pai de Pelé jogava no time mineiro do São Lourenço. Pelé, que então tinha três anos, ficava bastante impressionado com as defesas do goleiro da equipe do pai e gritava: "Defende Bilé". As pessoas próximas começaram a chamá-lo de "Bilé". Muitas crianças colegas do garoto Edison tinham dificuldade em pronunciar "Bilé" e com o tempo o apelido virou "Pelé".

Com onze anos, já em Bauru, jogava em um time infanto-juvenil, o Canto do Rio, cuja idade mínima para participar era de treze anos. O pai então o estimulou a montar o seu próprio time: chamou-o Sete de Setembro. Para adquirir material, como bolas e uniformes, os garotos do time chegaram a furtar produtos nos vagões estacionados da Estrada de Ferro Noroeste para vender em entrada de cinema e praças.

Posteriormente, viria a jogar no Baquinho, o time de maior referência da juventude do Pelé. O time principal era o Bauru Atlético Clube (BAC), da categoria principal da cidade e de onde derivou o nome do time juvenil. O BAC mandava os seus jogos na rua Rio Branco, onde hoje foi construído um hipermercado. O convite para jogar no Baquinho partiu do Antoninho "Bigode", que oferecia até emprego para os jogadores. Foi Antoninho, ainda, quem dirigiu o primeiro treino do time. Depois, o Waldemar de Brito, famoso jogador do passado e técnico dos profissionais, passou a treinar a equipe. Foi ele quem levou Pelé para a equipe do Santos.

Carreira

Santos

Pelé com a camisa do Santos em 1970

Pelé começou sua carreira no Santos FC, em 1956 e disputou sua primeira partida internacional com a Seleção Brasileira dez meses depois. Na década de 1960, foi convidado para jogar fora do Brasil, na Europa, mas preferiu ficar no Santos.[17]

Um fato que destacou a importância de Pelé no exterior foi quando de sua visita à África em 1969. No transcorrer da guerra civil no Congo Belga, para que Pelé e o time do Santos transitassem em segurança entre Kinshasa e Brazzaville, as forças rivais declararam a interrupção das agressividades, chegando a ocorrer, numa região de fronteira, a transferência da delegação sob tutela de um exército para o outro.[18]

Atuou como goleiro por quatro vezes, todas pelo Santos. Nas quatro oportunidades, somou 54 minutos atuando debaixo das traves e não levou nenhum gol.[19]

Na década de 1980, namorou a então aspirante a modelo Xuxa,[20] sendo considerado o principal responsável pela projeção inicial dela na mídia. O mesmo período em que foram lançadas filmagens de Xuxa em um filme erótico chamado Amor, Estranho Amor. O filme com cenas polêmicas de Xuxa teve a exibição embargada na Justiça Brasileira anos depois, por iniciativa da própria atriz, que se tornara famosa e rica na TV brasileira atuando como apresentadora infantil. Em entrevista à revista Placar, Pelé revelou que, a pedido do pai de Xuxa, ele aproveitou-se de sua influência para recolher as cópias originais do filme e do ensaio nu da então namorada publicado pela Playboy, em 1982.[21]

Foi ministro dos Esportes do Brasil de 1995 a 1998; nessa época aprovou mudanças na Lei Zico, que passou a ser conhecida como Lei Pelé. A legislação, muito criticada pelos dirigentes de clubes brasileiros, na verdade segue em linhas gerais as diretrizes internacionais da FIFA para contratação de jogadores.

Em 2000, na conturbada eleição de Melhor Jogador do Século da FIFA, Pelé foi aclamado como o melhor de todos os tempos, a frente do craque argentino Diego Maradona. Em 3 de março de 2004, junto a FIFA, Pelé elaborou uma lista contendo os cem melhores jogadores de futebol vivos, denominada FIFA 100. Em maio de 2005, Pelé ganhou espaço no noticiário por conta da prisão de seu filho Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, autuado sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas. Em 2014, durante internação no hospital, médicos divulgaram que Pelé extraiu um rim na época em que jogava no New York Cosmos por causa de uma joelhada que sofrera ainda como atleta do Santos.[22]

Camisa 10

Depois de Pelé, a camisa 10 passou a ser vestida pelo melhor jogador do time, tanto no Brasil quanto no exterior. No time do Santos e no do Cosmos de Nova York, ele utilizava esse número por ser o meia-esquerda. Em sua estreia na Seleção Brasileira, Pelé atuou com a camisa de número 9, a camisa de número 10 ele só começou a utilizar a partir do Mundial de 1958, cuja distribuição da numeração se deu de forma aleatória por um membro da Fifa, posto que, a delegação brasileira havia deixado de fornecer aos organizadores daquele mundial a numeração dos atletas.[23]

Gol de placa

Ver artigo principal: Gol de Placa

O termo "gol de placa" surgiu por conta de um gol marcado por Pelé no Torneio Rio-São Paulo. O jogo em que Pelé marcou o primeiro gol de placa da história ocorreu em um dia 5 de março na partida Fluminense 1 x 3 Santos, válido pelo Torneio Rio-São Paulo de 1961. O gol ocorreu aos 40 minutos do primeiro tempo e foi o segundo de Pelé no jogo (Pepe completou para os santistas e Jaburu descontou para o Fluminense).

Após driblar vários adversários vindo do meio-de-campo com a bola dominada, Pelé venceu o então goleiro Castilho fazendo com que o Maracanã e o jornalista Joelmir Beting explodissem em euforia. O jornalista, empolgado com o fantástico gol que havia visto, disse que tal gol merecia uma placa tamanha sua beleza. Assim, uma placa de bronze foi feita e colocada na entrada do Maracanã onde permanece até hoje. Desde então, todos os gols marcados com rara beleza são intitulados "gols de placa".

Defesa do Século

Ver artigo principal: Defesa do Século

A defesa que o goleiro inglês Gordon Banks realizou, após uma cabeçada perfeita de Pelé, entrou para a história das copas como A Maior Defesa da História do Futebol.

Drible sobre Mazurkiewicz

Ver artigo principal: Drible de Pelé

O drible sobre o goleiro Mazurkiewicz, na Copa de 1970, entrou para a história como um dos mais famosos lances do futebol, sendo alvo de análises em livros técnicos sobre o futebol, e até servindo de inspiração para um comercial.

Clubes

Santos
New York Cosmos
  • 1975–1977
  • Última partida: New York Cosmos 2 - 1 Santos, no Giants Stadium (Nova Iorque), em 1 de outubro de 1977. Pelé atuou um tempo por cada equipe e marcou o primeiro gol da equipe estadunidense cobrando falta.

Seleção brasileira

Pelé mostra sua extraordinária impulsão em jogo da Copa de 1958
  • Estreia: convocado pela primeira vez pelo técnico Sílvio Pirilo depois de brilhantes partidas no Maracanã, na qual atuou em um combinado do Santos e Vasco da Gama (fonte: página oficial do Vasco na internet, acessada em 25 de março de 2008). Derrota de 1 a 2 para a Argentina em 1957, pela Copa Rocca. Gol dele.
  • Copa de 1958: convocado com 17 anos, se machucou na véspera da competição, mas Paulo Machado de Carvalho resolveu levá-lo assim mesmo. Estreou no terceiro e decisivo jogo do Brasil, juntamente com Zito e Garrincha. Ele não marcou, mas o Brasil venceu por 2x0 a URSS. Nessa copa Pelé foi chamado pelos franceses de "Rei do Futebol", dando início a uma verdadeira lenda internacional, tornando-se uma das personalidades mais conhecidas do mundo durante o século XX.
  • Copa de 1962: Pelé se machucou na virilha, no segundo jogo do Brasil. No primeiro ele havia feito um gol. Não jogou mais aquela competição.
  • Copa de 1966: Pelé foi caçado em campo pelos adversários, que usavam do chamado "Futebol Força" para surpreender o Brasil. Jogou apenas duas das três partidas que o Brasil disputou naquela Copa. Fez sua última partida com Garrincha, na vitória de 2x0 sobre a Bulgária. Juntos, os dois astros nunca perderam uma partida de futebol pela seleção.
  • Copa de 1970: Ameaçado de ficar no banco de reservas, quando Zagallo assumiu a seleção, Pelé jogou tudo que sabia e comandou o Brasil na sua mais impressionante campanha em Copas, ganhando definitivamente a Taça Jules Rimet.
  • Despedida: Maracanã, dia 18 de julho de 1971, com público de 138.575 pagantes. Brasil 2 a 2 Iugoslávia.

Despedidas

Além da Seleção Brasileira, Pelé se despediu como jogador do Santos em 1974 (vitória por 2 a 0 sobre a Ponte Preta) e do New York Cosmos (1977, jogando um tempo em cada equipe, marcando um gol pelo time nova-iorquino que venceu o Santos por 2 - 1). Na festa estadunidense, com direito a participação de Muhammad Ali, Pelé daria seu grito repetido por milhares de pessoas: "Love! Love!".

Seria a estrela de partidas de despedida de outros astros, como Garrincha em 1973 (fez um gol pela Seleção Brasileira, driblando toda a defesa adversária formada por estrangeiros que atuavam no Brasil); e da de Beckenbauer em 1982, quando fez seu último gol. Carlos Alberto Torres reclamou que Pelé não participou da sua despedida. Tanto Beckenbauer como Carlos Alberto, foram seus companheiros no Cosmos.

Estatísticas

Os números acerca da carreira de Pelé podem variar conforme a contabilização ou não de determinadas partidas e gols. Segundo a contagem que considera partidas oficiais e não-oficiais, Pelé teria realizado 1367 partidas, nas quais teria marcado 1282 gols, o que lhe renderia uma média de 0,94 gols por jogo. No entanto, se forem levadas em conta as estatísticas apenas em partidas oficiais (nas primeiras divisões dos torneios: Campeonato Paulista, Torneio Rio-São Paulo, Torneio Roberto Gomes Pedrosa, Campeonato Brasileiro, Taça Brasil, Copa Libertadores, Copa Intercontinental, North American Soccer League e partidas oficiais pela Seleção Brasileira de Futebol), Pelé teria realizado 812 partidas oficiais, nas quais assinalou 757 gols, o que pouco modificaria sua média (0,93 gols por jogo). Tendo realizado 115 partidas pela seleção nacional (92 das quais oficiais), marcou 95 gols (77 oficiais), sendo o maior artilheiro da história desta equipe.

Tanto considerando os jogos oficiais e ainda os extraoficiais, o ano em que Pelé obteve a melhor média de gols por jogo por um único time foi em 1961: no primeiro caso, fez 62 gols em 38 jogos, tendo uma média de 1,63 gol/jogo; já no segundo caso, com 110 gols em 74 jogos, teria uma média de 1,48 gol/jogo. Nas estatísticas oficiais, a temporada em que Pelé mais balançou as redes pelo Santos foi o ano de 1958, quando anotou 66 tentos. O alemão Gerd Müller quebrou seu recorde na temporada 1972/1973, por apenas um gol, pelo Bayern de Munique; o recorde atual de mais gols em uma única temporada por uma única equipe pertence ao argentino Lionel Messi, que marcou 72 vezes na temporada 2011/2012, pelo FC Barcelona.[26] Considerando também os jogos da seleção brasileira, em 1958, Pelé anotou 75 gols (66 pelo Santos e 9 pela seleção) nas 53 partidas que disputou, na contagem oficial.

Em 21 de novembro de 1964, em partida válida pela 25ª rodada do Campeonato Paulista, na partida Santos 11 x 0 Botafogo-SP, Pelé marcou 8 vezes, seu recorde pessoal de gols em uma mesma partida. Considerando as partidas não-oficiais, Pelé teria ultrapassado a marca de 100 gols em uma única temporada duas vezes, em 1959 e 1961, além de ter marcado 97 vezes em 1965. No âmbito mundial, também detém os recordes de: mais jovem artilheiro do Campeonato Paulista, em 1957 (17 anos); mais jovem campeão da Copa do Mundo FIFA, em 1958 (17 anos); mais jovem bicampeão da Copa do Mundo, em 1962 (21 anos); único jogador tricampeão da Copa do Mundo, em 1958, 1962 e 1970; um dos dois únicos jogadores (junto com Klose) a marcar gols em quatro Copas do Mundo, em 1958 (6 gols), 1962 (1 gol), 1966 (1 gol) e 1970 (4 gols); maior artilheiro em uma única edição de Campeonato Paulista, em 1958 (58 gols); maior número de temporadas como artilheiro do Campeonato Paulista, em 11 temporadas (1957, 1958, 1959, 1960, 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1968 e 1973); mais gols na história do Torneio Rio-São Paulo, com 49 gols marcados e o maior artilheiro da história da Copa Intercontinental, com 7 gols.

Gols por temporada

Clube Temporada Campeonatos nacionais Campeonato
Sub-total
Copas nacionais Competições internacionais Total
Oficial[27]
Total inc.
amistosos
SPS RSPS[28] T. de Prata Camp. Brasil[28] T. Brasil Copa Libertadores Copa Intercontinental
Jogos Gols Jogos Gols Jogos Gols Jogos Gols Jogos Gols Jogos Gols Jogos Gols Jogos Gols Jogos Gols Jogos Gols
Santos 1956 0* 0* 1 1 1 1 2* 2*
1957 14+15* 19+17*[29] 9 5 38* 41* 38* 41* 67* 57*
1958 38 58 8 8 46 66 46* 66* 60* 80*
1959 32 45 7 6 39 51 4* 2* 43* 53* 83* 100*
1960 30 33 3 0 33 33 0 0 0 0 0 0 33* 33* 67* 59*
1961 26 47 7 8 33 55 5* 7 0 0 0 0 38* 62* 74* 110*
1962 26 37 0 0 26 37 5* 2* 4* 4* 2 5 37* 48* 50* 62*
1963 19 22 8 14 27 36 4* 8 4* 5* 1 2 36 51* 52* 67*
1964 21 34 4 3 25 37 6* 7 0* 0* 0 0 31* 44* 47* 57*
1965 30 49 7 5 37 54 4* 2* 7* 8 0 0 48* 64* 66* 97*
1966 14 13 0* 0* 14* 13* 5* 2* 0 0 0 0 19* 15* 38* 31*
1967 18 17 14* 9* 32* 26* 0 0 0 0 0 0 32* 26* 65* 56*
1968 21 17 17* 11* 38* 28* 0 0 0 0 0 0 38* 28* 73* 55*
1969 25 26 12* 12* 37* 38* 0 0 0 0 37* 38* 61* 57*
1970 15 7 13* 4* 28* 11* 0 0 0 0 28* 11* 54* 47*
1971 19 8 21 1 40 9 0 0 0 0 40 9 72* 60*
1972 20 9 16 5 36 14 0 0 0 0 36 14 74* 55*
1973 19 11 30 19 49 30 0 0 0 0 49 30 66* 45*
1974 10 1 17 9 27 10 0 0 0 0 27 10 49* 19*
Total 412 470 53 49 56* 36* 84 34 605* 589* 33 30 15 17[30] 3 7 656 643 1120 1033*

  • Quadrados em cinza escuro na tabela indicam competições importantes não disputadas naquele ano.
  • * indica que o número foi deduzido da lista da rsssf.com e desta lista de jogos de Pelé.
Clube Temporada NASL Outros[31] Total
Jogos Gols Jogos Gols Jogos Gols
NY Cosmos 1975 9 5 14* 10* 23* 15*
1976 24 15 18* 11* 42* 26*
1977 31 17 11* 6* 42* 23*
Total 64 37 43* 27* 107* 64*

Seleção brasileira

Ano
Jogos Gols
1957 2 2
1958 7 9
1959 9 11
1960 6 4
1961 0 0
1962 8 8
1963 7 7
1964 3 2
1965 8 9
1966 9 5
1967 0 0
1968 7 4
1969 9 7
1970 15 8
1971 2 1
Total 92 77

¹Apenas jogos oficiais.

Gols em Copa do Mundo

# Data Local Adversário Placar Resultado Edição
1. 19 de junho de 1958 Estádio Ullevi, Gotemburgo, Suécia País de Gales País de Gales 1–0 1–0 1958
2. 24 de junho de 1958 Estádio Råsunda, Solna, Suécia França França 3–1 5–2 1958
3. 24 de junho de 1958 Estádio Råsunda, Solna, Suécia França França 4–1 5–2 1958
4. 24 de junho de 1958 Estádio Råsunda, Solna, Suécia França França 5–1 5–2 1958
5. 29 de junho de 1958 Estádio Råsunda, Solna, Suécia Suécia Suécia 1–3 2–5 1958
6. 29 de junho de 1958 Estádio Råsunda, Solna, Suécia Suécia Suécia 2–5 2–5 1958
7. 30 de maio de 1962 Estádio Sausalito, Viña del Mar, Chile México México 2–0 2–0 1962
8. 12 de julho de 1966 Goodison Park, Liverpool, Inglaterra Bulgária Bulgária 1–0 2–0 1966
9. 3 de junho de 1970 Estádio Jalisco, Guadalajara, México Tchecoslováquia Tchecoslováquia 2–1 4–1 1970
10. 10 de junho de 1970 Estádio Jalisco, Guadalajara, México Roménia Romênia 1–0 3–2 1970
11. 10 de junho de 1970 Estádio Jalisco, Guadalajara, México Roménia Romênia 3–1 3–2 1970
12. 21 de junho de 1970 Estádio Azteca, Cidade do México, México Itália Itália 1–0 4–1 1970

Gol 500

Marcado em 2 de setembro de 1962, na partida Santos 3 a 3 São Paulo. Pelé marcou dois gols na partida, sendo o segundo o 500º gol.

Selo especial ao milésimo gol de Pelé

Milésimo gol

Marca de Pelé na calçada da fama do Maracanã, local do gol 1000.

Marcado em 19 de novembro de 1969, às 23h11m, Vasco 1 - Santos 2, com 65.157 pagantes.

A partida era válida pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o campeonato brasileiro da época. Aos 33 minutos do segundo tempo o zagueiro do Vasco Renê cometeu pênalti. Pelé cobrou com pé direito no canto esquerdo do goleiro Andrada, que se esforçou, mas não conseguiu defender o pênalti. Andrada não queria sofrer gol de Pelé pois achava que deixaria de ser conhecido como bom goleiro e passaria a ser lembrado somente como o goleiro do milésimo gol.

Ao ser cercado pelos repórteres, Pelé disse: "Pensem no Natal. Pensem nas criancinhas", em seguida vestiu uma camisa do Santos de número 1000 e deu a volta olímpica no Maracanã.

Títulos

Brasil Santos
Estados Unidos New York Cosmos
Brasil Seleção Brasileira

Prêmios individuais

Artilharias

Santos

Campeonato Paulista
Taça Brasil
  • 1961 - (9 gols)
  • 1964 - (7 gols)
Torneio Rio-São Paulo
  • 1963 - (14 gols)
Copa Intercontinental
  • 1962 - (5 gols)
  • 1963 - (2 gols)
Taça Libertadores da América
  • 1965 - (8 gols)

Seleção Brasileira

Copa América
  • 1959 - (8 gols)
Copa Rocca
  • 1957 - (2 gols)
  • 1963 - (3 gols)

Forças armadas

Campeonato Brasileiro das Forças Armadas
  • 1959 - Seleção da 6ª Grupo de Artilharia de Costa Motorizado - 6º GACosM (11 gols)
Campeonato Sul Americano das Forças Armadas
  • 1959 - Seleção Brasileira das Forças Armadas (11 gols)

Carreira artística

Filmografia
Telenovela
Jogos eletrônicos

Em 2009 foi anunciado a parceria de Pelé com a Ubisoft para o desenvolvimento de um jogo de videogame de futebol para o Nintendo Wii no qual Pelé é o personagem principal. O jogo chamado Academy of Champions: Soccer remete a ideia de Pelé de trazer o esporte para os mais jovens.[32]

Discografia

Pelé gravou o compacto Tabelinha com a cantora Elis Regina no ano de 1969. O disco foi gravado pela Philips/CBD, hoje Universal Music. (Philips 365291) com as canções "Vexamão" e "Perdão Não Tem". As canções estão disponíveis no CD duplo Elis Regina 20 anos de Saudade, de 2002 (Universal Music) e no CD Peléginga, de 2006 (EMI). Em 2009, foi garoto propaganda de uma campanha publicitária da SPTuris pela cidade de São Paulo. Autor de mais de 120 canções, compôs o samba "Olha Lá São Paulo" falando de 54 bairros paulistanos. A produção foi lançada em cinemas e emissoras de televisão de sete capitais nacionais, além da CNN International e da CNN en Español.[33]

Legado

No episódio de Chaves chamado "Vamos ao Cinema", o protagonista repete várias vezes a frase "Seria melhor ter ido ver o filme do Pelé". No original, no entanto, Chaves diz que "Hubiera sido mejor haber ido a ver la Película, 'El Chanfle'" ("Teria sido melhor ver o filme 'El Chanfle'") em referência ao filme recém lançado por Roberto Bolaños, autor da série. Ele também conseguiu convencer os militares da Nigéria a tocar um cessar-fogo para assistirem uma partida.[34] Foi também o primeiro ministro negro da história,[35] foi apoiado por Henry Kissinger a ir para o Cosmos[36] e foi o primeiro homem negro capa da revista LIFE.[37] Durante o Regime militar no Brasil ele se negou a apoiar um manifesto de redemocratização.[38]

Ver também

Referências

  1. a b O GolDados pessoais de Pelé
  2. «Fifa.com». Consultado em 30 de novembro de 2008 
  3. «National-football-teams». Consultado em 30 de novembro de 2008 
  4. a b Nome conforme certidão de nascimento (n.º 7095, folha 123, livro 21-A do registro civil de Três Corações - MG) e com o documentário Pelé Eterno:

    CERTIDÃO DE NASCIMENTO


    CERTIFICO que sob o n° 7.095 às fls. 123 do livro n° 21-A de Registro de Nascimento consta o assento de Edson Arantes do Nascimento, nascido aos vinte e três (23) outubro de mil novecentos e quarenta (1940) às 03 horas e --- minutos em esta Cidade de Três Corações, sexo masculino, filho de João Ramos do Nascimento e de Celeste Arantes.

  5. «Pelé "es el mejor"» (em espanhol). BBC Mundo. 06 de novembro de 2007. Consultado em 13 de novembro de 2014  Verifique data em: |data= (ajuda)
  6. «The Time 100, Heroes and icons — Pelé». Time. 14 de junho de 1999. Consultado em 1 de outubro de 2006 
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  14. Várias de suas biografias, veja, por exemplo, last line: "'O Rei' foi dado a Pelé pela imprensa francesa, em 1961, depois de ter jogado algumas partidas com o Santos na Europa". Ou o já Citado [1] Ou o livro "Pele, King of Soccer/Pele, El rey del futbol - Monica Brown (autor) & Rudy Gutierrez (ilustrador) Rayo Publishing Dezembro de 2008 ISBN 978-0-06-122779-0"
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  25. Segundo o jornal Público de 1 de outubro de 2007, a estreia de Pelé na primeira categoria do Santos, ocorreu no Rio de Janeiro contra o Belenenses; tratou de um jogo amistoso.
  26. «Los números de Messi están en la órbita de Pelé» (em espanhol). Marca. 7 de maio de 2012. Consultado em 16 de maio de 2012 
  27. Como gols em jogos amistosos não são contados nas estatísticas oficiais, este seria o número de gols sem contar os marcados em amistosos.
  28. a b Estatísticas completas entre 1957 and 1974 no SPS, RSPS, e Campeonato Brasileiro foram retirados de http://soccer-europe.com/Biographies/Pele.html. Soccer Europe elaborou esta lista a partir de http://www.rsssf.com (The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation). Para uma lista completa dos gols de Pelé ver http://pele.m-qp-m.us/english/pele_statistics.shtml.
  29. Em 1957, o Campeonato Paulista foi dividido em duas fases: Série Azul e Série Branca. Na primeira, Pelé marcou 19 gols em 14 jogos, e, na Série Azul, marcou 17 gols em 15 jogos. Veja http://paginas.terra.com.br/esporte/rsssfbrasil/tables/sp1957.htm
  30. Estatísticas completas entre 1957 e 1974 na Taça de Prata, Taça Brasil e Copa Libertadores foram retiradas de http://soccer-europe.com/Biographies/Pele.html. Soccer Europe elaborou esta lista a partir de http://www.rsssf.com (The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation), but do not give a season-by-season breakdown. For a full list of Pelé's goals see http://pele.m-qp-m.us/english/pele_statistics.shtml.
  31. Referência não indica o que "Outros" significa neste contexto.
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