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Campinas: diferenças entre revisões

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Revisão das 18h18min de 8 de setembro de 2009

 Nota: Se procura outros significados, veja Campinas (desambiguação).
Campinas
  Município do Brasil  
Ficheiro:210352cpshrallocgt.jpg
Símbolos
Bandeira de Campinas
Bandeira
Brasão de armas de Campinas
Brasão de armas
Hino
Lema Labore virtute civitas floret
"No trabalho e na virtude a cidade floresce"
Gentílico campineiro
Localização
Localização de Campinas em São Paulo
Localização de Campinas em São Paulo
Localização de Campinas em São Paulo
Campinas está localizado em: Brasil
Campinas
Localização de Campinas no Brasil
Mapa
Mapa de Campinas
Coordenadas 22° 54' 21" S 47° 03' 39" O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Região metropolitana Campinas
Municípios limítrofes (N) Paulínia, Jaguariúna e Pedreira; (L) Morungaba, Itatiba e Valinhos; (S) Itupeva, Indaiatuba e Monte Mor e (O) Hortolândia e Sumaré
Distância até a capital 90 km
História
Fundação 1774
Administração
Prefeito(a) Hélio de Oliveira Santos (PDT, 2009–2012)
Características geográficas
Área total 795,667 km²
População total (est. IBGE/2009[1]) 1,064,669 hab.
 • Posição SP: 3º
Densidade 1 328,0 hab./km²
Clima tropical de altitude (Cwa)
Altitude 685 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[2]) 0,852 muito alto
 • Posição SP: 8°
PIB (IBGE/2006[3]) R$ 23.624.853 mil
 • Posição BR: 11º - RMC: 1º
PIB per capita (IBGE/2006[3]) R$ 22 300,00

Campinas é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo, sede da Região Metropolitana de Campinas. Localiza-se a noroeste da capital do estado, distando desta cerca de 90 quilômetros. Ocupa uma área de 795,697 km². Sua população estimada em 2009 era de 1.064.669 habitantes.[1]

Décima primeira cidade mais rica do Brasil, o município representa, isoladamente, 0,96% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do país, além de ser responsável por 10% de toda a produção científica nacional, sendo o terceiro maior pólo de pesquisa e desenvolvimento brasileiro.[4]

O município é formado pela cidade de Campinas e por quatro distritos: Joaquim Egídio, Sousas, Barão Geraldo e Nova Aparecida. É a terceira cidade mais populosa do estado de São Paulo, ficando atrás de Guarulhos e da capital paulista. Sua região metropolitana é constituída por 19 municípios e conta com 2.633.523 habitantes[5] (IBGE/2007), o que a torna a nona mais populosa do Brasil.

Campinas faz parte do chamado Complexo Metropolitano Estendido que ultrapassa os 29 milhões de habitantes, aproximadamente 75% da população do estado inteiro. As regiões metropolitanas de Campinas e de São Paulo já formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul, unindo 65 municípios que juntos abrigam 12% da população brasileira.[6]

Foi criada a partir da Vila de São Carlos.

História

O primeiro nome de Campinas foi Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Campinas de Mato Grosso, devido à floresta densa e inexplorada que caracterizava a região. Era passagem obrigatória das Missões dos Bandeirantes que iam para as minas de ouro no interior.

Mapa da cidade de 1878

O povoamento teve início entre 1739 e 1744 com a vinda de Taubaté do Capitão Francisco Barreto Leme do Prado. Em 14 de julho de 1774, numa capela provisória, foi celebrada a primeira missa oficializando a fundação da Freguesia Nossa Senhora de Conceição de Campinas. Em 1797 é elevada à categoria de vila e altera o nome para Vila de São Carlos, e finalmente em 5 de fevereiro de 1842, já com 2.107 habitantes e cerca de quarenta casas, foi elevada à categoria de cidade com o nome de Campinas. Ficou conhecida como cidade-fênix, por seu renascimento após o surto de febre amarela que devastou mais de 30% da população no início do século XX.

A agricultura teve papel de destaque na história da cidade, que se aproveitou do fertil solo de terra roxa. A primeira cultura agrícola da cidade foi a cana-de-açúcar, logo suplantada pelas lavouras de café. Em pouco tempo, a economia cafeeira impulsionou um novo ciclo de desenvolvimento da cidade. Nesse período (segunda metade do século XVIII), a população de Campinas concentrava um grande contingente de trabalhadores escravos e livres, empregados em plantações e em atividades produtivas rurais e urbanas. Em 1872, graças ao plantio de café e a construção da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, Campinas passa a ser uma das maiores cidades do Brasil.

Com a crise da economia cafeeira, a partir da década de 1930, a economia de Campinas assumiu um perfil mais industrial e de serviços. A cidade então recebeu imigrantes provenientes de todo o mundo (destacando-se a imigração italiana), atraídos pela instalação de um novo parque produtivo.

Entre as décadas de 1970 e 1980, a cidade praticamente duplicou de tamanho, por conta de fluxos migratórios internos. Devido o seu grande progresso também ficou conhecida como a "Princesa d'Oeste", referência esta por estar a oeste da capital do estado.

Com a construção de grandes rodovias como a Rodovia Anhanguera (1948), a Rodovia dos Bandeirantes (1978), a Rodovia Santos Dumont (década de 1980), a Rodovia Dom Pedro I, Rodovia Governador Adhemar de Barros, a Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença e a Rodovia General Milton Tavares de Souza (ou Tapetão), que é o principal acesso à REPLAN (Refinaria do Planalto Paulista), Campinas consolidou-se como importante entroncamento rodoviário.

Também se destacam um moderno parque industrial e tecnológico — fruto de um plano de instalação de "tecnopólos", e renomadas instituições de ensino superior, como a Universidade Estadual de Campinas e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Também é em Campinas que se localiza o Laboratório Nacional de Luz Síncroton e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD).

A partir de 1998, a cidade vem assistindo a uma mudança acentuada na sua base econômica: perde importância o setor industrial (com a migração de fábricas para cidades vizinhas ou outras regiões do país - em parte por causa da violência e dos altos impostos), e ganha destaque o setor de serviços (comércio, pesquisa, serviços de alta tecnologia e empresas na área de logística).

Geografia

Vista aérea da região do Taquaral, em Campinas.

Campinas se localiza em uma área de transição entre o Planalto Atlântico Paulista (região leste) e a Depressão Periférica (região oeste), com relevo bastante ondulado e poucas áreas planas.[7] O lugar mais alto da cidade está próximo ao Observatório Municipal Jean Nicolini,[8] localizado na Serra das Cabras, no distrito de Joaquim Egídio, a uma altitude de 1020m. Dentro do perímetro urbano, entretanto, a região mais alta está no Jardim São Gabriel, a 780m de altitude. A menor altitude se verifica na região do Parque Itajaí, próximo ao Rio Capivari, a 555m.

A sua Região Metropolitana está cercada por Serras,a Serra da Mantiqueira,do Japi e a Serra das Cabras.

Campinas abriga a Área de Relevante Interesse Ecológico Santa Genebra, de 251 hectares, criada em 1985 e regulada pelo IBAMA, Prefeitura de Campinas e Fundação José Pedro de Oliveira. A cidade também apresenta grandes bosques, como o Bosque dos Jequitibás (instalado em 1881), Bosque dos Alemães e Bosque dos Guarantãs.

Clima

Fotografia de Campinas durante uma tempestade.

O clima de Campinas é classificado como Tropical de Altitude, com média anual de temperatura de 22,3°C,[9] com total pluviométrico anual de 1411mm, predominância de chuvas entre novembro a março e com estiagens médias de 30 a 60 dias entre os meses de julho e agosto e estiagens agrícolas que podem chegar a 120 dias. É possível haver geadas: entretanto, as últimas geadas ocorridas na cidade aconteceram em 17 e 18 de julho de 2000, quando se atingiu 1,6°C e 2,2°C, respectivamente.[10] Os dados da tabela a seguir representam as médias entre 1988 a 2003 pelo Cepagri da UNICAMP:[11]

Dados climatológicos para Campinas
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 36,9 36,0 35,2 34,1 32,0 31,0 31,4 34,7 37,6 37,4 36,8 36,0 37,6
Temperatura máxima média (°C) 29,7 30,0 29,8 28,7 25,4 25,0 24,8 27,1 27,7 29,0 29,3 29,6 28,0
Temperatura mínima média (°C) 19,8 19,7 19,3 17,5 14,2 12,8 12,0 13,6 15,7 17,5 18,2 19,1 16,6
Temperatura mínima recorde (°C) 14,0 14,2 13,3 7,0 4,0 0,0 2,0 5,0 5,6 8,6 11,0 11,6 0,0
Precipitação (mm) 269,1 208,7 165,2 61,6 62,8 36,8 44,8 22,6 62,5 126,2 155,7 195,5 1 411,5
Fonte: [12] 09 de Abril de 2009.

Demografia

Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição.

Segundo estimativas do IBGE, em 2008 a cidade de Campinas possuía 1.064.669 habitantes[1] e uma densidade demográfica de 1.328,0 hab./km².[1] Ainda segundo o instituto, em 2000 a taxa de fecundidade na cidade era de 1,78 filhos por mulher e a população da cidade era composta por: brancos (74,0%), pardos (18,4%), pretos (5,6%), amarelos (0,9%) e indígenas (0,2%).

Religião

Igreja Católica Romana

A cidade é sede da Arquidiocese de Campinas, erigida em 7 de junho de 1908. A arquidiocese é responsável territorialmente pelas paróquias dos municípios de Elias Fausto, Hortolândia, Indaiatuba, Monte Mor, Paulínia, Sumaré, Valinhos e Vinhedo, e também pelas dioceses sufragâneas de Amparo, Bragança Paulista, Limeira, Piracicaba e São Carlos. Desde 2004, Dom Bruno Gamberini é o Arcebispo Metropolitano de Campinas.

Em 2008 a Arquidiocese comemorou seu centenário de criação.

Política

Ficheiro:Pref023220oc.4.jpg
Palácio dos Jequitibás, prefeitura de Campinas.

Atualmente o prefeito da cidade é Hélio de Oliveira Santos (reeleito no 1º turno nas eleições de 2008)(PDT). O presidente da câmara municipal é o vereador Aurélio José Cláudio (PDT).

Cidades-irmãs

O projeto das cidades-irmãs visa facilitar o acesso a informações, troca de experiências e construção de projetos de cooperação internacional nas mais diferentes áreas, como educação e saúde. Campinas possui oficialmente as seguintes cidades-irmãs:[13]

Subdivisões

O município de Campinas possui além das subprefeituras dos seus 4 distritos, 14 administrações regionais, todas listadas a seguir, com os principais bairros da região a qual atende:

  • Leste
    • Administração Regional 1 - Região Central
    • Administração Regional 2 - Regiões da Nova Campinas e Brandina
    • Administração Regional 3 - Região do Taquaral
    • Administração Regional 14 - Região do Jd. Carlos Gomes
    • Subprefeitura de Joaquim Egídio
    • Subprefeitura de Sousas
  • Norte
    • Administração Regional 4 - Regiões dos Amarais e Bonfim
    • Administração Regional 11 - Regiões do Chapadão e Vl. Boa Vista
    • Subprefeitura de Barão Geraldo
    • Subprefeitura de Nova Aparecida
  • Noroeste
    • Administração Regional 5 - Regiões do Jd. Garcia e Vl. Teixeira
    • Administração Regional 13 - Região do Campo Grande, Jardim Florence
  • Sul
    • Administração Regional 6 - Regiões Próximas a Av. das Amoreiras e à Rodovia Anhangüera
    • Administração Regional 8 - Região do Nova Europa
    • Administração Regional 9 - Regiões do Swift, Ponte Preta e Jd. São Gabriel
    • Administração Regional 10 - Região do Proença
  • Sudoeste
    • Administração Regional 7 - Região do Campos Elíseos
    • Administração Regional 12 - Região do Ouro Verde

Economia

Ficheiro:North south ave.jpg
Modernos edifícios na Avenida José de Sousa Campos.

Campinas é a cidade mais rica da Região Metropolitana de Campinas e a 11ª cidade mais rica do Brasil, exibindo um produto interno bruto (PIB) de 20,6 bilhões de reais, que representa 0,96% de todo o PIB brasileiro.[14] Atualmente a cidade concentra cerca de um terço da produção industrial do estado de São Paulo [carece de fontes?]. Destacam-se as indústrias de alta tecnologia e o parque metalúrgico. A cidade é também um importante e diversificado centro comercial, possuindo dois dos maiores shopping center do país: O Shopping Iguatemi de Campinas e Shopping Parque Dom Pedro. Possui, em sua área metropolitana, o Aeroporto Internacional de Viracopos, que se destaca no transporte internacional de cargas.

Infra-estrutura

Educação

Entrada do campus da Unicamp no distrito de Barão Geraldo.
Universidades e faculdades
Escolas técnicas
Escola Preparatória de Cadetes do Exército

A cidade de Campinas é, desde 1959, é cidade sede da única escola de formação de Cadetes do Exército Brasileiro, é a Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Oferecendo a conclusão do 3º ano do Ensino Médio integrado à formação militar, a EsPCEx forma os futuros cadetes da AMAN e que após 4 anos de preparação se graduam com a patente de Aspirante à Oficial.

Ciência tecnologia

Fotografia panorâmica do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, no Distrito de Barão Geraldo.

Campinas é conhecida nacionalmente como um importante centro de produção e difusão de conhecimento tecnológico de ponta, (juntamente, no estado de São Paulo, com São José dos Campos e São Carlos). Sua região metropolitana abrange parte de uma área que é considerada o "Vale do Silício" brasileiro e um cinturão tecnológico do estado. Isso fez da cidade uma alternativa para investimentos no país.

Embora a história que ligue Campinas à tecnologia remonte a mais de cem anos (Campinas foi a segunda cidade do mundo a adotar a tecnologia do telefone, em 1883, quando foram instalados 57 aparelhos,[15] o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) foi fundado por Dom Pedro II, em 1887), a cidade ganhou um grande impulso com a estruturação do campus da Unicamp, iniciada em 1962. Foi depois da construção do campus que se instalaram em Campinas instituições como o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), o Centro de Pesquisas Renato Archer (CenPRA - antigo CTI) e, recentemente, o Laboratório Nacional de Luz Síncroton.

O município é o terceiro maior pólo de pesquisa e desenvolvimento do Brasil, responsável por cerca de 10% da produção científica nacional – segundo dados de 2005.[4] A seguir, algumas das principais instituições de ensino e de pesquisa da cidade.

  • Instituições de pesquisa
Ficheiro:Instituto agronomico de Campinas ciete silverio.jpg
Instituto Agronômico de Campinas.

Transportes

Torre de Controle do Aeroporto Internacional de Viracopos.

O Aeroporto Internacional de Viracopos (IATA: VCP - ICAO: SBKP), localizado no extremo sul do município, é o segundo maior terminal aéreo de cargas do país,[16] abarcando 18,1% do fluxo total de mercadorias nos aeroportos.[16] Atualmente, de cada três toneladas de mercadorias exportadas e importadas no Brasil, uma passa por Viracopos.[16] Constitui uma alternativa aeroviária para a região da Grande São Paulo.

Na região norte, localiza-se o Aeroporto dos Amarais (ICAO: SDAM), destinado aos aviões de pequeno e médio porte, assim como o ensino de pilotagem, localizado a cerca de 8 km do centro da cidade.

Em função de seu relevo acidentado, Campinas não é uma cidade com condições ideais para a prática do ciclismo. Até o ano de 2006, Campinas não possuía nenhuma ciclovia, somente uma ciclofaixa com aproximadamente 5 km em volta da Lagoa do Taquaral, instalada no início da década de 1990 e ampliada com a conclusão da Praça Arautos da Paz. Em 2006 foram instaladas ciclovias no canteiro central da Avenida Atílio Martini, no distrito de Barão Geraldo, com aproximadamente 1,5 km de extensão e outra ciclovia nos dois sentidos da Estrada dos Amarais.

Desde sua origem como nós urbanos de tropeiros oriundos de Jundiaí e São Paulo rumo a Minas Gerais e Goiás, Campinas é, sem dúvida, um dos maiores entroncamentos de transportes no Brasil inteiro. A cidade é servida por dois aeroportos, ferrovias e nove rodovias, a grande maioria de pista dupla. Sua localização é estratégica, próxima à Grande São Paulo e ao Porto de Santos e com acesso às capitais dos outros estados.

Ferroviário

Ficheiro:Ferroviaria34cpsb.jpg
Antiga Estação Ferroviária de Campinas, atual Centro Cultural de Campinas.

Campinas foi um dos maiores entroncamentos ferroviários do estado de São Paulo. Os trilhos da Companhia Paulista chegaram à cidade em 1872. Dali partiam trilhos para o Sul de Minas Gerais (pela Mogiana), para o Interior do Estado e Mato Grosso do Sul (pela Paulista e pela Sorocabana) e duas pequenas linhas extintas: uma para Paulínia (a Funilense) e a outra, para Sousas. Atualmente, as linhas administradas pela Brasil Ferrovias estão reduzidas a poucas viagens diárias de trens cargueiros, com locomotivas movidas a diesel a uma baixíssima velocidade (menos de 30 km/h) e muitos dos antigos leitos de trilhos estão abandonados, invadidos por sem-teto ou servindo de esconderijo para criminosos.

Entre 1991 e 1995 operou em Campinas um transporte de média capacidade sobre trilhos, conhecido por Veículo Leve sobre Trilhos, ou simplesmente VLT. Todavia, devido à diversos erros cometidos em sua implantação, como a ausência de integração com os ônibus e uma estação central em posição desvantajosa, a operação comercial foi deficitária, e o serviço descontinuado.

A médio prazo é imprescindível que o projeto do VLT seja retomado e ampliado pelos governos, pois uma boa malha de transporte sobre trilhos resolveria parte dos problemas que Campinas enfrenta com a poluição e congestionamentos oriundos de uma frota crescente. Entretanto, a estrutura física do VLT foi retirada, desmanchada ou vandalizada e até 2008 continua sem uso. Há projetos para a utilização do leito para corredores de ônibus; contudo, nada foi apresentado até março de 2009, quando o prefeito Hélio de Oliveira Santos apresentou um projeto de VLP[17] que utilizará parcialmente o leito abandonado do VLT. A implantação do projeto está indefinida em função da necessidade de aprovação dos recursos.

Rodoviário

Ficheiro:Term rod ra cps.jpg
Novo terminal rodoviário de Campinas.

O Terminal Multimodal Ramos de Azevedo é a principal estação de transporte intermunicipal e interestadual da cidade de Campinas. Foi construído para substituir o antigo terminal rodoviário da cidade – a Estação Rodoviária Dr. Barbosa de Barros – em função da degradação, da falta de espaço e de condições para a operação das linhas, principalmente em horários de pico e vésperas de feriados.

A cidade conta com aproximadamente duzentas linhas de ônibus urbano (gerenciadas pela EMDEC) e cem linhas de ônibus metropolitanos e intermunicipais (gerenciadas pela EMTU-SP).

O sistema municipal de transporte coletivo - Intercamp ainda está em implantação, que segundo o planejamento da Prefeitura, só se completará em 2008. Esse sistema pretende reduzir a competição entre os concessionários (também denominados perueiros) e as empresas de ônibus (duas empresas - VB e Onicamp - e dois consórcios - Concicamp e Urbcamp).

Existem 2 terminais abertos (Central, e Mercado) e 7 terminais fechados (Barão Geraldo, Nova Aparecida, Campo Grande, Itajaí, Vila União, Ouro Verde e Vida Nova), além de algumas estações de transferência implantadas (Cidade Judiciária, Abolição, PUC) e em outras que estão em implantação, sem data definida.

Rodovias

A cidade é um dos maiores entroncamentos rodoviários do país, nela passando diversas rodovias. Algumas das mais importantes para a cidade são:

Ficheiro:Anel campinas.jpg
Anel viário de Campinas em sua totalidade
  Trecho leste (SP-83)
  Trecho sul (em projeto)
  Trecho oeste (SP-348, SP-102/330, SP-330)
  Trecho norte (SP-65)
Rodovia Dom Pedro I.
Vista da SP-332 no trecho entre Paulínia e Campinas.

Cultura

Ficheiro:Teatro castro mendes.jpg
Teatro Municipal Castro Mendes.

A cidade sempre teve uma posição destacada no Estado de São Paulo, com grande produção e recursos culturais. Conta com três teatros municipais, com a Orquestra sinfônica da cidade (fundada em 1974, durante as festividades do bicentenário da cidade e considerada uma das três melhores do país, ao lado da OSESP e OSB), vários grupos de música erudita, corais, 43 salas de cinema, dezenas de bibliotecas (uma delas municipal), galerias de arte, museus etc. A vida cultural é variada e intensa, especialmente na música popular.

Nas últimas décadas do século XIX, antes de Campinas ser devastada pela febre amarela, seu povo nutria uma rivalidade com São Paulo e aspirava a um estilo de vida europeu. Não era difícil ouvir expressões como "Campinas über alles". Um escritor local, Eustáquio Gomes, explorou essa situação em seu romance "A Febre Amorosa".

É a terra natal de Antônio Carlos Gomes, famoso compositor de óperas na Itália do século XIX, com obras como O Guarani, Fosca e O Escravo. Santos Dumont também morou um tempo em Campinas e estudou no Colégio Culto à Ciência. Também nasceram em Campinas o escritor Guilherme de Almeida e o quarto presidente da República, Campos Sales.

Esportes

Futebol
Fachada do Estádio Moisés Lucarelli.
Estádio Brinco de Ouro da Princesa (canto inferior direito).

Na cidade de Campinas, encontram-se três equipes de futebol: Ponte Preta, Guarani, e o Campinas. As duas primeiras equipes citadas realizam o "Dérbi Campineiro", partida que é considerada uma das mais tradicionais do Interior do estado.

Os principais estádios existentes na cidade são:

Jogos Abertos

Campinas possui tradição também nos Jogos Abertos do Interior. Por quatro vezes, a cidade foi sede da competição (1939, 1945, 1960 e 1994), e por dez vezes, a cidade saiu-se como a campeã da competição (1939, 1955, 1956, 1958, 1960, 1971, 1974, 1975, 1978 e 1979), sendo a quarta cidade que mais vezes ganhou a competição.

Eventos e datas comemorativas

Feriados municipais

Referências

  1. a b c d «IBGE divulga as estimativas populacionais dos municípios em 2009» (HTML). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de agosto de 2009. Consultado em 5 de setembro de 2008 
  2. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  3. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2003-2006» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 16 de dezembro de 2008. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b Unicamp – Assessoria de Comunicação e Imprensa 17 de Junho de 2005
  5. «Tabela 793 – População residente, em 1º de abril de 2007: Publicação Completa». Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA). 14 de novembro de 2007. Consultado em 10 de agosto de 2008 
  6. «A primeira macrometrópole do hemisfério sul». Jornal Estadão. Consultado em 12 de outubro de 2008 
  7. CIATEC Campinas, sobre relevo, Acessado em 9 de Abril, 2007
  8. «Página oficial de Campinas: Observatório Municipal de Campinas» 
  9. Clima de Campinas - Cepagri Acessado em 25 de março de 2009
  10. Geadas - CepagriAcesso em 25 de março de 2009
  11. Cepagri Clima de Campinas, Acessado em 9 de abril de 2007
  12. «Informação Meteorológica de Campinas» (em (em inglês)) 
  13. Cidades Irmãs - Prefeitura de CampinasAcessado em 2 de abril de 2009
  14. «Título ainda não informado (favor adicionar)» (PDF) 
  15. «Título ainda não informado (favor adicionar)» 
  16. a b c Infraero – Movimento nos Aeroportos
  17. Campinas prepara o seu fura-filaAcessado em 2 de abril de 2009.

Ver também

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Campinas

Ligações externas