Campinas: diferenças entre revisões
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Revisão das 18h18min de 8 de setembro de 2009
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Labore virtute civitas floret "No trabalho e na virtude a cidade floresce" | ||
Gentílico | campineiro | ||
Localização | |||
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Localização de Campinas no Brasil | |||
Mapa de Campinas | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | São Paulo | ||
Região metropolitana | Campinas | ||
Municípios limítrofes | (N) Paulínia, Jaguariúna e Pedreira; (L) Morungaba, Itatiba e Valinhos; (S) Itupeva, Indaiatuba e Monte Mor e (O) Hortolândia e Sumaré | ||
Distância até a capital | 90 km | ||
História | |||
Fundação | 1774 | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Hélio de Oliveira Santos (PDT, 2009–2012) | ||
Características geográficas | |||
Área total | 795,667 km² | ||
População total (est. IBGE/2009[1]) | 1,064,669 hab. | ||
• Posição | SP: 3º | ||
Densidade | 1 328,0 hab./km² | ||
Clima | tropical de altitude (Cwa) | ||
Altitude | 685 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000[2]) | 0,852 — muito alto | ||
• Posição | SP: 8° | ||
PIB (IBGE/2006[3]) | R$ 23.624.853 mil | ||
• Posição | BR: 11º - RMC: 1º | ||
PIB per capita (IBGE/2006[3]) | R$ 22 300,00 |
Campinas é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo, sede da Região Metropolitana de Campinas. Localiza-se a noroeste da capital do estado, distando desta cerca de 90 quilômetros. Ocupa uma área de 795,697 km². Sua população estimada em 2009 era de 1.064.669 habitantes.[1]
Décima primeira cidade mais rica do Brasil, o município representa, isoladamente, 0,96% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do país, além de ser responsável por 10% de toda a produção científica nacional, sendo o terceiro maior pólo de pesquisa e desenvolvimento brasileiro.[4]
O município é formado pela cidade de Campinas e por quatro distritos: Joaquim Egídio, Sousas, Barão Geraldo e Nova Aparecida. É a terceira cidade mais populosa do estado de São Paulo, ficando atrás de Guarulhos e da capital paulista. Sua região metropolitana é constituída por 19 municípios e conta com 2.633.523 habitantes[5] (IBGE/2007), o que a torna a nona mais populosa do Brasil.
Campinas faz parte do chamado Complexo Metropolitano Estendido que ultrapassa os 29 milhões de habitantes, aproximadamente 75% da população do estado inteiro. As regiões metropolitanas de Campinas e de São Paulo já formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul, unindo 65 municípios que juntos abrigam 12% da população brasileira.[6]
Foi criada a partir da Vila de São Carlos.
História
O primeiro nome de Campinas foi Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Campinas de Mato Grosso, devido à floresta densa e inexplorada que caracterizava a região. Era passagem obrigatória das Missões dos Bandeirantes que iam para as minas de ouro no interior.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/8f/Mapacampinas1878.png/220px-Mapacampinas1878.png)
O povoamento teve início entre 1739 e 1744 com a vinda de Taubaté do Capitão Francisco Barreto Leme do Prado. Em 14 de julho de 1774, numa capela provisória, foi celebrada a primeira missa oficializando a fundação da Freguesia Nossa Senhora de Conceição de Campinas. Em 1797 é elevada à categoria de vila e altera o nome para Vila de São Carlos, e finalmente em 5 de fevereiro de 1842, já com 2.107 habitantes e cerca de quarenta casas, foi elevada à categoria de cidade com o nome de Campinas. Ficou conhecida como cidade-fênix, por seu renascimento após o surto de febre amarela que devastou mais de 30% da população no início do século XX.
A agricultura teve papel de destaque na história da cidade, que se aproveitou do fertil solo de terra roxa. A primeira cultura agrícola da cidade foi a cana-de-açúcar, logo suplantada pelas lavouras de café. Em pouco tempo, a economia cafeeira impulsionou um novo ciclo de desenvolvimento da cidade. Nesse período (segunda metade do século XVIII), a população de Campinas concentrava um grande contingente de trabalhadores escravos e livres, empregados em plantações e em atividades produtivas rurais e urbanas. Em 1872, graças ao plantio de café e a construção da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, Campinas passa a ser uma das maiores cidades do Brasil.
Com a crise da economia cafeeira, a partir da década de 1930, a economia de Campinas assumiu um perfil mais industrial e de serviços. A cidade então recebeu imigrantes provenientes de todo o mundo (destacando-se a imigração italiana), atraídos pela instalação de um novo parque produtivo.
Entre as décadas de 1970 e 1980, a cidade praticamente duplicou de tamanho, por conta de fluxos migratórios internos. Devido o seu grande progresso também ficou conhecida como a "Princesa d'Oeste", referência esta por estar a oeste da capital do estado.
Com a construção de grandes rodovias como a Rodovia Anhanguera (1948), a Rodovia dos Bandeirantes (1978), a Rodovia Santos Dumont (década de 1980), a Rodovia Dom Pedro I, Rodovia Governador Adhemar de Barros, a Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença e a Rodovia General Milton Tavares de Souza (ou Tapetão), que é o principal acesso à REPLAN (Refinaria do Planalto Paulista), Campinas consolidou-se como importante entroncamento rodoviário.
Também se destacam um moderno parque industrial e tecnológico — fruto de um plano de instalação de "tecnopólos", e renomadas instituições de ensino superior, como a Universidade Estadual de Campinas e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Também é em Campinas que se localiza o Laboratório Nacional de Luz Síncroton e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD).
A partir de 1998, a cidade vem assistindo a uma mudança acentuada na sua base econômica: perde importância o setor industrial (com a migração de fábricas para cidades vizinhas ou outras regiões do país - em parte por causa da violência e dos altos impostos), e ganha destaque o setor de serviços (comércio, pesquisa, serviços de alta tecnologia e empresas na área de logística).
Geografia
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/51/RMC.jpg/220px-RMC.jpg)
Campinas se localiza em uma área de transição entre o Planalto Atlântico Paulista (região leste) e a Depressão Periférica (região oeste), com relevo bastante ondulado e poucas áreas planas.[7] O lugar mais alto da cidade está próximo ao Observatório Municipal Jean Nicolini,[8] localizado na Serra das Cabras, no distrito de Joaquim Egídio, a uma altitude de 1020m. Dentro do perímetro urbano, entretanto, a região mais alta está no Jardim São Gabriel, a 780m de altitude. A menor altitude se verifica na região do Parque Itajaí, próximo ao Rio Capivari, a 555m.
A sua Região Metropolitana está cercada por Serras,a Serra da Mantiqueira,do Japi e a Serra das Cabras.
Campinas abriga a Área de Relevante Interesse Ecológico Santa Genebra, de 251 hectares, criada em 1985 e regulada pelo IBAMA, Prefeitura de Campinas e Fundação José Pedro de Oliveira. A cidade também apresenta grandes bosques, como o Bosque dos Jequitibás (instalado em 1881), Bosque dos Alemães e Bosque dos Guarantãs.
Clima
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ea/Lightning_in_Campinas_%28see_more_photos_on_comments%29_%282167011677%29.jpg/220px-Lightning_in_Campinas_%28see_more_photos_on_comments%29_%282167011677%29.jpg)
O clima de Campinas é classificado como Tropical de Altitude, com média anual de temperatura de 22,3°C,[9] com total pluviométrico anual de 1411mm, predominância de chuvas entre novembro a março e com estiagens médias de 30 a 60 dias entre os meses de julho e agosto e estiagens agrícolas que podem chegar a 120 dias. É possível haver geadas: entretanto, as últimas geadas ocorridas na cidade aconteceram em 17 e 18 de julho de 2000, quando se atingiu 1,6°C e 2,2°C, respectivamente.[10] Os dados da tabela a seguir representam as médias entre 1988 a 2003 pelo Cepagri da UNICAMP:[11]
Dados climatológicos para Campinas | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 36,9 | 36,0 | 35,2 | 34,1 | 32,0 | 31,0 | 31,4 | 34,7 | 37,6 | 37,4 | 36,8 | 36,0 | 37,6 |
Temperatura máxima média (°C) | 29,7 | 30,0 | 29,8 | 28,7 | 25,4 | 25,0 | 24,8 | 27,1 | 27,7 | 29,0 | 29,3 | 29,6 | 28,0 |
Temperatura mínima média (°C) | 19,8 | 19,7 | 19,3 | 17,5 | 14,2 | 12,8 | 12,0 | 13,6 | 15,7 | 17,5 | 18,2 | 19,1 | 16,6 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 14,0 | 14,2 | 13,3 | 7,0 | 4,0 | 0,0 | 2,0 | 5,0 | 5,6 | 8,6 | 11,0 | 11,6 | 0,0 |
Precipitação (mm) | 269,1 | 208,7 | 165,2 | 61,6 | 62,8 | 36,8 | 44,8 | 22,6 | 62,5 | 126,2 | 155,7 | 195,5 | 1 411,5 |
Fonte: [12] 09 de Abril de 2009. |
Demografia
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/78/Igreja_matriz_de_Campinas_Concei%C3%A7%C3%A3o_IMG_7040.jpg/150px-Igreja_matriz_de_Campinas_Concei%C3%A7%C3%A3o_IMG_7040.jpg)
Segundo estimativas do IBGE, em 2008 a cidade de Campinas possuía 1.064.669 habitantes[1] e uma densidade demográfica de 1.328,0 hab./km².[1] Ainda segundo o instituto, em 2000 a taxa de fecundidade na cidade era de 1,78 filhos por mulher e a população da cidade era composta por: brancos (74,0%), pardos (18,4%), pretos (5,6%), amarelos (0,9%) e indígenas (0,2%).
Religião
- Igreja Católica Romana
A cidade é sede da Arquidiocese de Campinas, erigida em 7 de junho de 1908. A arquidiocese é responsável territorialmente pelas paróquias dos municípios de Elias Fausto, Hortolândia, Indaiatuba, Monte Mor, Paulínia, Sumaré, Valinhos e Vinhedo, e também pelas dioceses sufragâneas de Amparo, Bragança Paulista, Limeira, Piracicaba e São Carlos. Desde 2004, Dom Bruno Gamberini é o Arcebispo Metropolitano de Campinas.
Em 2008 a Arquidiocese comemorou seu centenário de criação.
Política
Atualmente o prefeito da cidade é Hélio de Oliveira Santos (reeleito no 1º turno nas eleições de 2008)(PDT). O presidente da câmara municipal é o vereador Aurélio José Cláudio (PDT).
Cidades-irmãs
O projeto das cidades-irmãs visa facilitar o acesso a informações, troca de experiências e construção de projetos de cooperação internacional nas mais diferentes áreas, como educação e saúde. Campinas possui oficialmente as seguintes cidades-irmãs:[13]
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Subdivisões
O município de Campinas possui além das subprefeituras dos seus 4 distritos, 14 administrações regionais, todas listadas a seguir, com os principais bairros da região a qual atende:
- Leste
- Administração Regional 1 - Região Central
- Administração Regional 2 - Regiões da Nova Campinas e Brandina
- Administração Regional 3 - Região do Taquaral
- Administração Regional 14 - Região do Jd. Carlos Gomes
- Subprefeitura de Joaquim Egídio
- Subprefeitura de Sousas
- Norte
- Administração Regional 4 - Regiões dos Amarais e Bonfim
- Administração Regional 11 - Regiões do Chapadão e Vl. Boa Vista
- Subprefeitura de Barão Geraldo
- Subprefeitura de Nova Aparecida
- Noroeste
- Administração Regional 5 - Regiões do Jd. Garcia e Vl. Teixeira
- Administração Regional 13 - Região do Campo Grande, Jardim Florence
- Sul
- Administração Regional 6 - Regiões Próximas a Av. das Amoreiras e à Rodovia Anhangüera
- Administração Regional 8 - Região do Nova Europa
- Administração Regional 9 - Regiões do Swift, Ponte Preta e Jd. São Gabriel
- Administração Regional 10 - Região do Proença
- Sudoeste
- Administração Regional 7 - Região do Campos Elíseos
- Administração Regional 12 - Região do Ouro Verde
Economia
Campinas é a cidade mais rica da Região Metropolitana de Campinas e a 11ª cidade mais rica do Brasil, exibindo um produto interno bruto (PIB) de 20,6 bilhões de reais, que representa 0,96% de todo o PIB brasileiro.[14] Atualmente a cidade concentra cerca de um terço da produção industrial do estado de São Paulo [carece de fontes]. Destacam-se as indústrias de alta tecnologia e o parque metalúrgico. A cidade é também um importante e diversificado centro comercial, possuindo dois dos maiores shopping center do país: O Shopping Iguatemi de Campinas e Shopping Parque Dom Pedro. Possui, em sua área metropolitana, o Aeroporto Internacional de Viracopos, que se destaca no transporte internacional de cargas.
Infra-estrutura
Educação
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/2c/Entrada_Unicamp_2.jpg/220px-Entrada_Unicamp_2.jpg)
- Universidades e faculdades
- ESAMC (Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação / Campinas)
- FAC (Faculdade Comunitária de Campinas)
- FACAMP (Faculdades de Campinas)
- IBTA (Instituto Brasileiro de Tecnologia Avançada / Campinas)
- IPEP (Faculdades IPEP Integradas)
- METROCAMP (Faculdade Integrada Metropolitana de Campinas)
- POLICAMP (Faculdade Politécnica de Campinas)
- Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP)
- UNIP (Universidade Paulista / Campinas)
- UNISAL (Centro Universitário Salesiano)
- Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
- USF (Universidade São Francisco / Campinas)
- Universidade Presbiteriana Mackenzie (MACKENZIE)
- Escolas técnicas
- ETE Bento Quirino (Escola Técnica Estadual Bento Quirino)
- CEPROCAMP (Centro de Educação Profissional de Campinas "Prefeito Antonio da Costa Santos")
- COTUCA (Colégio Técnico de Campinas – Unicamp)
- ETECAP (Escola Técnica Estadual Conselheiro Antonio Prado)
- ETEC Escola Técnica de Campinas (Escola Salesiana São José)
- Colégio Politécnico Bento Quirino (Poli-Bentinho)
- Conservatório Carlos Gomes
- Escola Preparatória de Cadetes do Exército
A cidade de Campinas é, desde 1959, é cidade sede da única escola de formação de Cadetes do Exército Brasileiro, é a Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Oferecendo a conclusão do 3º ano do Ensino Médio integrado à formação militar, a EsPCEx forma os futuros cadetes da AMAN e que após 4 anos de preparação se graduam com a patente de Aspirante à Oficial.
Ciência tecnologia
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/da/Lnls.jpg/250px-Lnls.jpg)
Campinas é conhecida nacionalmente como um importante centro de produção e difusão de conhecimento tecnológico de ponta, (juntamente, no estado de São Paulo, com São José dos Campos e São Carlos). Sua região metropolitana abrange parte de uma área que é considerada o "Vale do Silício" brasileiro e um cinturão tecnológico do estado. Isso fez da cidade uma alternativa para investimentos no país.
Embora a história que ligue Campinas à tecnologia remonte a mais de cem anos (Campinas foi a segunda cidade do mundo a adotar a tecnologia do telefone, em 1883, quando foram instalados 57 aparelhos,[15] o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) foi fundado por Dom Pedro II, em 1887), a cidade ganhou um grande impulso com a estruturação do campus da Unicamp, iniciada em 1962. Foi depois da construção do campus que se instalaram em Campinas instituições como o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), o Centro de Pesquisas Renato Archer (CenPRA - antigo CTI) e, recentemente, o Laboratório Nacional de Luz Síncroton.
O município é o terceiro maior pólo de pesquisa e desenvolvimento do Brasil, responsável por cerca de 10% da produção científica nacional – segundo dados de 2005.[4] A seguir, algumas das principais instituições de ensino e de pesquisa da cidade.
- Instituições de pesquisa
- CenPRA (Centro de Pesquisas Renato Archer - antigo CTI)
- Centro de Pesquisas Avançadas Wernher Von Braun
- CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações)
- EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)
- IAC (Instituto Agronômico de Campinas)
- ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos)
- LANAGRO/SP (Laboratório do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento)
- Laboratório Nacional de Luz Síncrotron
- Sociedade Brasileira de Espeleologia - SBE
- SIDI - Samsung Instituto para Desenvolvimento de Informática
Transportes
O Aeroporto Internacional de Viracopos (IATA: VCP - ICAO: SBKP), localizado no extremo sul do município, é o segundo maior terminal aéreo de cargas do país,[16] abarcando 18,1% do fluxo total de mercadorias nos aeroportos.[16] Atualmente, de cada três toneladas de mercadorias exportadas e importadas no Brasil, uma passa por Viracopos.[16] Constitui uma alternativa aeroviária para a região da Grande São Paulo.
Na região norte, localiza-se o Aeroporto dos Amarais (ICAO: SDAM), destinado aos aviões de pequeno e médio porte, assim como o ensino de pilotagem, localizado a cerca de 8 km do centro da cidade.
Em função de seu relevo acidentado, Campinas não é uma cidade com condições ideais para a prática do ciclismo. Até o ano de 2006, Campinas não possuía nenhuma ciclovia, somente uma ciclofaixa com aproximadamente 5 km em volta da Lagoa do Taquaral, instalada no início da década de 1990 e ampliada com a conclusão da Praça Arautos da Paz. Em 2006 foram instaladas ciclovias no canteiro central da Avenida Atílio Martini, no distrito de Barão Geraldo, com aproximadamente 1,5 km de extensão e outra ciclovia nos dois sentidos da Estrada dos Amarais.
Desde sua origem como nós urbanos de tropeiros oriundos de Jundiaí e São Paulo rumo a Minas Gerais e Goiás, Campinas é, sem dúvida, um dos maiores entroncamentos de transportes no Brasil inteiro. A cidade é servida por dois aeroportos, ferrovias e nove rodovias, a grande maioria de pista dupla. Sua localização é estratégica, próxima à Grande São Paulo e ao Porto de Santos e com acesso às capitais dos outros estados.
Ferroviário
Campinas foi um dos maiores entroncamentos ferroviários do estado de São Paulo. Os trilhos da Companhia Paulista chegaram à cidade em 1872. Dali partiam trilhos para o Sul de Minas Gerais (pela Mogiana), para o Interior do Estado e Mato Grosso do Sul (pela Paulista e pela Sorocabana) e duas pequenas linhas extintas: uma para Paulínia (a Funilense) e a outra, para Sousas. Atualmente, as linhas administradas pela Brasil Ferrovias estão reduzidas a poucas viagens diárias de trens cargueiros, com locomotivas movidas a diesel a uma baixíssima velocidade (menos de 30 km/h) e muitos dos antigos leitos de trilhos estão abandonados, invadidos por sem-teto ou servindo de esconderijo para criminosos.
Entre 1991 e 1995 operou em Campinas um transporte de média capacidade sobre trilhos, conhecido por Veículo Leve sobre Trilhos, ou simplesmente VLT. Todavia, devido à diversos erros cometidos em sua implantação, como a ausência de integração com os ônibus e uma estação central em posição desvantajosa, a operação comercial foi deficitária, e o serviço descontinuado.
A médio prazo é imprescindível que o projeto do VLT seja retomado e ampliado pelos governos, pois uma boa malha de transporte sobre trilhos resolveria parte dos problemas que Campinas enfrenta com a poluição e congestionamentos oriundos de uma frota crescente. Entretanto, a estrutura física do VLT foi retirada, desmanchada ou vandalizada e até 2008 continua sem uso. Há projetos para a utilização do leito para corredores de ônibus; contudo, nada foi apresentado até março de 2009, quando o prefeito Hélio de Oliveira Santos apresentou um projeto de VLP[17] que utilizará parcialmente o leito abandonado do VLT. A implantação do projeto está indefinida em função da necessidade de aprovação dos recursos.
Rodoviário
O Terminal Multimodal Ramos de Azevedo é a principal estação de transporte intermunicipal e interestadual da cidade de Campinas. Foi construído para substituir o antigo terminal rodoviário da cidade – a Estação Rodoviária Dr. Barbosa de Barros – em função da degradação, da falta de espaço e de condições para a operação das linhas, principalmente em horários de pico e vésperas de feriados.
A cidade conta com aproximadamente duzentas linhas de ônibus urbano (gerenciadas pela EMDEC) e cem linhas de ônibus metropolitanos e intermunicipais (gerenciadas pela EMTU-SP).
O sistema municipal de transporte coletivo - Intercamp ainda está em implantação, que segundo o planejamento da Prefeitura, só se completará em 2008. Esse sistema pretende reduzir a competição entre os concessionários (também denominados perueiros) e as empresas de ônibus (duas empresas - VB e Onicamp - e dois consórcios - Concicamp e Urbcamp).
Existem 2 terminais abertos (Central, e Mercado) e 7 terminais fechados (Barão Geraldo, Nova Aparecida, Campo Grande, Itajaí, Vila União, Ouro Verde e Vida Nova), além de algumas estações de transferência implantadas (Cidade Judiciária, Abolição, PUC) e em outras que estão em implantação, sem data definida.
Rodovias
A cidade é um dos maiores entroncamentos rodoviários do país, nela passando diversas rodovias. Algumas das mais importantes para a cidade são:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c2/Dom-pedro-km145.jpg/220px-Dom-pedro-km145.jpg)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b5/Tapet%C3%A3o.jpg/220px-Tapet%C3%A3o.jpg)
- Rodovia Anhangüera (SP-330): cruza a cidade, partindo de São Paulo no sentido sudeste-noroeste em direção a Ribeirão Preto e ao Triângulo Mineiro. Há ainda a ligação com a Rodovia Washington Luís, ainda na região de Campinas, que se liga a importantes pólos regionais do estado como: São Carlos, Araraquara e São José do Rio Preto. Em suas margens estão numerosas empresas e fábricas, como a da Bosch. Trata-se da rodovia mais movimentada da cidade e da Região Metropolitana de Campinas.
- Rodovia dos Bandeirantes (SP-348): passa na Região Sul da cidade, vinda de São Paulo), no sentido sudeste-noroeste. A rodovia ganhou novo traçado e os últimos quilômetros de seu antigo percurso - que cruzam a Região Oeste e receberam o nome de Rodovia Adalberto Panzan - hoje servem de ligação entre esta rodovia e a Rodovia Anhangüera.
- Rodovia Adalberto Panzan, principal ligação entre as rodovias, Anhangüera e Bandeirantes, estando próxima ao fim da Dom Pedro I. Era o antigo trecho final da Rodovia dos Bandeirantes antes de sua ampliação, rumo a Iracemápolis.
- Rodovia Dom Pedro I (SP-065): termina na Anhangüera e atravessa a cidade seqüencialmente nas direções leste, sul e sudeste, rumo a Atibaia e ao Vale do Paraíba; São José dos Campos e Jacareí. Trata-se de uma Rodovia importante, que tem às margens hipermercados (Carrefour e BIG), fábricas (Lucent e Samsung) e shopping centers (Shopping Parque Dom Pedro e Galleria Shopping).
- Rodovia Santos Dumont (SP-075): segue no sentido norte-sul, rumo a Sorocaba, tendo seu começo na Rodovia Anhangüera. Passa por regiões como o Jardim do Lago e o Jardim Itatinga. Também é por ela que se faz o acesso ao Aeroporto de Viracopos, localizado no extremo sul da cidade.
- Rodovia Adhemar de Barros (SP-340): segue na direção norte, rumo a Jaguariúna e Mogi-Mirim. Dá acesso aos bairros rurais, a condomínios como:(Estância Paraíso, Alphaville e Parque Xangrilá. Também a colônias agrícolas (Fazenda Monte D'Este/Colônia Tozan) na região norte da cidade.
- Rodovia General Milton Tavares de Souza (SP-332): segue na direção noroeste rumo a Paulínia e a Cosmópolis, servindo como ligação de Campinas ao distrito de Barão Geraldo, à UNICAMP, e à REPLAN. Em função do trânsito intenso de veículos, do grande número de acidentes e da má qualidade do asfalto, o trecho entre Campinas e Barão Geraldo ficou conhecido depreciativamente como Tapetão. Recentemente a pista passou por um processo de recapeamento e teve sua velocidade máxima reduzida de 100 km/h para 80 km/h, a fim de reduzir os acidentes.
- Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101): segue na direção oeste, rumo a Hortolândia, a Monte Mor e a Capivari. Por ter uma parte de seu percurso em pista única, ocorrem muitos acidentes.
- Rodovia José Roberto Magalhães Teixeira (SP-083): no sentido norte-sul, serve de ligação entre a Rodovia Dom Pedro I e a Rodovia Anhangüera, já no município de Valinhos.
- Rodovia Lix da Cunha (SP-73): Conhecida também como Estrada Velha Campinas à Indaiatuba, rodovia é pouco utilizada pelos motoristas, devido a modernidade e conforto da Rodovia Santos Dumont que liga a cidade a Indaiatuba.
Cultura
A cidade sempre teve uma posição destacada no Estado de São Paulo, com grande produção e recursos culturais. Conta com três teatros municipais, com a Orquestra sinfônica da cidade (fundada em 1974, durante as festividades do bicentenário da cidade e considerada uma das três melhores do país, ao lado da OSESP e OSB), vários grupos de música erudita, corais, 43 salas de cinema, dezenas de bibliotecas (uma delas municipal), galerias de arte, museus etc. A vida cultural é variada e intensa, especialmente na música popular.
Nas últimas décadas do século XIX, antes de Campinas ser devastada pela febre amarela, seu povo nutria uma rivalidade com São Paulo e aspirava a um estilo de vida europeu. Não era difícil ouvir expressões como "Campinas über alles". Um escritor local, Eustáquio Gomes, explorou essa situação em seu romance "A Febre Amorosa".
“ | A cidade posava de capital agrícola da província e dizem que a febre veio por pura mandinga paulistana. Nossos concidadãos eram tão altivos e orgulhosos que na rua se comportavam como desconhecidos só para se darem a impressão de habitar uma cidade grande. No estrangeiro, quando interrogados, respondiam em primeiro lugar que eram campineiros, só depois condescendendo em declarar que eram paulistas, e a muito custo admitindo que eram brasileiros. Com a praga republicana, que aqui vicejou como capim, alguém chegou a lançar a idéia de uma República dos Estados Unidos de Campinas. | ” |
É a terra natal de Antônio Carlos Gomes, famoso compositor de óperas na Itália do século XIX, com obras como O Guarani, Fosca e O Escravo. Santos Dumont também morou um tempo em Campinas e estudou no Colégio Culto à Ciência. Também nasceram em Campinas o escritor Guilherme de Almeida e o quarto presidente da República, Campos Sales.
Esportes
- Futebol
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d9/1000estadio171b.jpg/220px-1000estadio171b.jpg)
Na cidade de Campinas, encontram-se três equipes de futebol: Ponte Preta, Guarani, e o Campinas. As duas primeiras equipes citadas realizam o "Dérbi Campineiro", partida que é considerada uma das mais tradicionais do Interior do estado.
Os principais estádios existentes na cidade são:
- Estádio Moisés Lucarelli, pentencente à Ponte Preta.
- Brinco de Ouro da Princesa, pertencente ao Guarani.
- Cerecamp, pertencente ao governo do estado de São Paulo.
- Jogos Abertos
Campinas possui tradição também nos Jogos Abertos do Interior. Por quatro vezes, a cidade foi sede da competição (1939, 1945, 1960 e 1994), e por dez vezes, a cidade saiu-se como a campeã da competição (1939, 1955, 1956, 1958, 1960, 1971, 1974, 1975, 1978 e 1979), sendo a quarta cidade que mais vezes ganhou a competição.
Eventos e datas comemorativas
- Feriados municipais
- 2 de Novembro: Finados (Lei Municipal nº 3.902)
- 20 de Novembro: Dia da Consciência Negra (Feriado Civil - Lei Municipal nº 3473 de 14 de Janeiro de 2002).
- 8 de Dezembro: Dia da Padroeira de Campinas - Nossa Senhora da Conceição.
Referências
- ↑ a b c d «IBGE divulga as estimativas populacionais dos municípios em 2009» (HTML). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de agosto de 2009. Consultado em 5 de setembro de 2008
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2003-2006» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 16 de dezembro de 2008. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b Unicamp – Assessoria de Comunicação e Imprensa 17 de Junho de 2005
- ↑ «Tabela 793 – População residente, em 1º de abril de 2007: Publicação Completa». Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA). 14 de novembro de 2007. Consultado em 10 de agosto de 2008
- ↑ «A primeira macrometrópole do hemisfério sul». Jornal Estadão. Consultado em 12 de outubro de 2008
- ↑ CIATEC Campinas, sobre relevo, Acessado em 9 de Abril, 2007
- ↑ «Página oficial de Campinas: Observatório Municipal de Campinas»
- ↑ Clima de Campinas - Cepagri Acessado em 25 de março de 2009
- ↑ Geadas - CepagriAcesso em 25 de março de 2009
- ↑ Cepagri Clima de Campinas, Acessado em 9 de abril de 2007
- ↑ «Informação Meteorológica de Campinas» (em (em inglês))
- ↑ Cidades Irmãs - Prefeitura de CampinasAcessado em 2 de abril de 2009
- ↑ «Título ainda não informado (favor adicionar)» (PDF)
- ↑ «Título ainda não informado (favor adicionar)»
- ↑ a b c Infraero – Movimento nos Aeroportos
- ↑ Campinas prepara o seu fura-filaAcessado em 2 de abril de 2009.
Ver também
- São Paulo
- Hospital de Clínicas da Unicamp
- Programa Acessa São Paulo
- Lista de prefeitos de Campinas
- Região Metropolitana de Campinas
- Bairros de Campinas
- Interior de São Paulo
- Academia Campineira de Letras e Artes
- Academia Campinense de Letras