[[Ficheiro:Universidade Federal do Parana 3 Curitiba Parana.jpg|thumb|esquerda|A [[Universidade Federal do Paraná]], a primeira do [[Brasil]].]]
[[Ficheiro:Universidade Federal do Parana 3 Curitiba Parana.jpg|thumb|esquerda|A [[Universidade Federal do Paraná]], a primeira do [[Brasil]].]]
A [[Região]] [[Sul]] do [[Brasil]] possui a maior [[taxa de alfabetização]] do país, com 92,2% etambémamenoremnúmero de [[analfabetismo|analfabetos]] (7,8%). Conta com 587.853 alunos matriculados no [[ensino infantil]], 4.380.912 no [[ensino fundamental]], 1.202.301 no [[ensino médio]] e 473.583 no [[ensino superior]].
A [[Região]] [[Sul]] do [[Brasil]] possui a maior [[taxa de alfabetização]] do país, com 92,2% da população estando incluída nessa taxa. Conta com 587.853 alunos matriculados no [[ensino infantil]], 4.380.912 no [[ensino fundamental]], 1.202.301 no [[ensino médio]] e 473.583 no [[ensino superior]].
Suas melhores [[universidade]]s são<ref>{{Citar web |url=http://www.profcardy.com/vestibular/top100br.php |publicado=Profcardy.com |título=As melhores universidades do Brasil : TOP 100 Brasil |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> a [[Universidade Federal da Integração Latino-Americana]], [[Universidade Federal do Rio Grande do Sul]], [[Universidade Federal de Santa Catarina]], [[Universidade Federal do Paraná]] (a mais antiga do [[Brasil]]), a [[Universidade Tecnológica Federal do Paraná]], a [[Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul]], a [[Universidade de Caxias do Sul]], a [[Universidade do Vale do Rio dos Sinos]], a [[Universidade Federal de Santa Maria]], a [[Universidade Estadual de Ponta Grossa]], a [[Universidade Estadual de Maringá]], a [[Universidade Estadual de Londrina]], a [[Universidade Estadual do Oeste do Paraná]],a [[Universidade Estadual do Centro-Oeste]], a [[Universidade do Estado de Santa Catarina]], a [[Pontifícia Universidade Católica do Paraná]], a [[Universidade Federal de Pelotas]] Universidade do alto vale do rio do peixe, entre outras.
Suas melhores [[universidade]]s são<ref>{{Citar web |url=http://www.profcardy.com/vestibular/top100br.php |publicado=Profcardy.com |título=As melhores universidades do Brasil : TOP 100 Brasil |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> a [[Universidade Federal da Integração Latino-Americana]], [[Universidade Federal do Rio Grande do Sul]], [[Universidade Federal de Santa Catarina]], [[Universidade Federal do Paraná]] (a mais antiga do [[Brasil]]), a [[Universidade Tecnológica Federal do Paraná]], a [[Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul]], a [[Universidade de Caxias do Sul]], a [[Universidade do Vale do Rio dos Sinos]], a [[Universidade Federal de Santa Maria]], a [[Universidade Estadual de Ponta Grossa]], a [[Universidade Estadual de Maringá]], a [[Universidade Estadual de Londrina]], a [[Universidade Estadual do Oeste do Paraná]],a [[Universidade Estadual do Centro-Oeste]], a [[Universidade do Estado de Santa Catarina]], a [[Pontifícia Universidade Católica do Paraná]], a [[Universidade Federal de Pelotas]] Universidade do alto vale do rio do peixe, entre outras.
A região Sul, propriamente dita, é um grande polo turístico, econômico e cultural, abrangendo grande influência europeia, principalmente de origem italiana[15] e germânica.[16] A região Sul apresenta índices sociais muito acima da média brasileira e das demais regiões em vários aspectos: possui o maior IDH do Brasil, 0,831,[17] e o terceiro maior PIB per capita do país[18] A região é também a mais alfabetizada, 95,2% da população, e a com menor incidencia de pobreza[19] Sua história é marcada pela grande imigração europeia,[20] pela Guerra dos Farrapos,[21] e mais recentemente pela Revolução Federalista,[22] com seu principal evento o Cerco da Lapa.[23] Outra revolta ocorrida na história da região foi a Guerra do Contestado,[24] entre os anos de 1912 e 1916.
Aspectos Físicos:
A formação da região sul foi a partir da imigração do povo europeu, que com eles trouxeram muita diversidade para essa região. A região sul é a mais fria do Brasil, com o clima subtropical. Sua vegetação é bem diversifica com a Mata Atlântica, matas de araucárias e da bacia Paraná-Uruguai. Rica em planícies, depressões, com planaltos meridionais e atlântico. Sua hidrografia contém quatro rios e três bacias, com capacidade o bastante para produzir energia.
Grande população em pequena área: A região Sul é a menor em superfície territorial do Brasil e a segunda mais desenvolvida,[25] ocupa cerca de 6,8% do território brasileiro,[26] mas por outro lado, sua população é três vezes maior que o número de habitantes das regiões Norte e Centro-Oeste.[5] Seus 27.384.815 habitantes[5] representam uma densidade demográfica de 47,59 hab./km², a segunda maior do país.[25] Com um desenvolvimento relativamente igual nos setores primário, secundário e terciário, essa população apresenta os mais altos índices de alfabetização registrados no Brasil, o que explica, em parte, o desenvolvimento socioeconômico da região em comparação com as outras regiões brasileiras.[27]
Localização ao sul do Trópico de Capricórnio: Única região brasileira localizada quase inteiramente situada em clima subtropical, o Sul é a área mais fria do Brasil, sujeita a geadas e até mesmo, em alguns pontos, a quedas de neve. As estações do ano são bem definidas e as chuvas, em geral, distribuem-se uniformente ao longo do ano.[28]
Paisagens geoeconômicas bem diferenciadas: No Sul, originalmente, diferenciavam-se duas áreas: a de florestas e a de campos. A primeira, colonizada por imigrantes alemães, italianos e eslavos, assumiu uma feição europeia, com pequenas e médias propriedades voltadas para a policultura. A região de campos, ao contrário, ocupada desde a época colonial por latifundiários escravocratas, foi utilizada inicialmente para a pecuária extensiva e, mais tarde, também para o cultivo de trigo e soja.[29]
E no norte e nordeste de Santa Catarina com cidades como Joinville[36] e Blumenau com uma industria têxtil,logística e Metal mecânica.
Também diferente das áreas de florestas e das de campos é o norte do Paraná, mais relacionado com a economia do Sudeste. Sendo uma área de transição entre o estado de São Paulo e a região Sul, seu povoamento está ligado à expansão da economia paulista.[31]
Posteriormente, vieram os padres jesuítas espanhóis para catequizar os índios e a dominar a terra. Esses religiosos fundaram aldeias denominadas missões ou reduções. Os índios que habitavam as missões criavam gado, ou seja, dedicavam-se à pecuária, trabalhavam na agricultura e aprendiam ofícios.[40]
Os paulistas interessaram-se também pelo comércio do gado.[42] Os tropeiros, isto é, os comerciantes de gado, reuniam o gado espalhado pelos campos.[42] Eles levavam os animais para vender nas feiras de gado, em Sorocaba.[42] No caminho por onde as tropas passavam sugiram povoados e alguns povoados se tornaram cidades.[42] Os tropeiros também organizaram as primeiras estâncias, ou seja, fazendas de criação de gado.[nota 1]
Para defender as estâncias que tinham sido criadas, o governo português mandou construir fortes militares na região.[nota 2] Em volta dos fortes surgiram povoados como a atual cidade gaúcha de Bagé.[43] Durante muitos anos, os portugueses e os espanhóis lutaram pela posse de terras do Sul.[44] As brigas continuaram e apenas foram resolvidas com a assinatura de tratados.[45] Esses tratados determinaram os limites das terras localizadas no sul do Brasil.[45]
Na PlanícieCosteira ou Litorânea, aparecem pequenas planícies fluviais, embutidas nos planaltos, e uma extensa planície costeira, que ora se estreita, ora se torna bastante larga. Nessa planície, há presença de restingas, lagoas costeiras, praias e dunas.[9]
A Região Sul do Brasil está situada na zona temperada do sul, com a parte norte na zona tropical.[8] Seu clima apresenta-se uniforme, com pequenas variações. Os outros elementos do quadro natural sulista, entretanto, quase sempre apresentam duas paisagens em contraste: relevo com extensos planaltos e estreitas planícies, hidrografia com duas grandes bacias fluviais (a do Paraná e a do Uruguai) e outras menores, vegetação em que se alternam florestas e campos. Considerando sempre esses contrastes, será mais fácil compreender a natureza sulista.[9]
O relevo da região Sul é dominado, na maior parte de seu território, por duas divisões do planalto Brasileiro: o planalto Atlântico (serras e planaltos do Leste e Sudeste) e o planalto Meridional. Nessa região, o planalto Atlântico é também denominado planalto Cristalino, e o Meridional é subdividido em duas partes: planalto Arenito-basáltico e Depressão Periférica. A região apresenta ainda algumas planícies.[9] O ponto mais elevado da região sul é o Pico Paraná, com 1922 metros de altitude, localizado no estado do Paraná. Porém o Morro da Igreja está situado a 1.822 metros de altitude, sendo o ponto habitado mais alto da região Sul e onde foi registrada, não oficialmente, a temperatura mais baixa do Brasil: -17,8 °C, em 29 de junho de 1996.[56]
Planalto Cristalino: Apresenta-se bastante amplo no estado do Paraná, onde sua escarpa voltada para o oceano forma a serra do Mar, e em Santa Catarina, esse planalto estreita-se bastante. Suas elevações formam os "mares de morros", que caracterizam a espaço da própria forma de relevo das serras e planaltos do Leste e do Sudeste.[9]
Escudo Sul-Rio-Grandense: Planalto também conhecido como Serras de Sudeste, localizado no sudeste do Rio Grande do Sul, caracterizado pelas coxilhas, que são formas de relevo onduladas e com colinas.[9] A região possui ainda pequenas planícies fluviais embutidas nos dois grandes planaltos (Cristalino e Meridional) e uma extensa planície costeira junto ao litoral. No Paraná, a planície de maior destaque é a Baixada Paranaense, e no Rio Grande do Sul, torna-se bem visível a presença de restingas que "fecham" enseadas e formam lagoas costeiras, como a lagoa dos Patos e a lagoa Mirim, na fronteira com a República Oriental do Uruguai. Em Santa Catarina, planície costeira é estreita, principalmente no norte, e dessa forma continua pelo litoral paranaense, onde forma praias, dunas ou ainda restingas.[9]
No Brasil, país predominantemente tropical, somente a região Sul é dominada pelo clima subtropical (um clima de transição entre o tropical predominante no Brasil e o temperado, predominante na Argentina), ou seja, o clima típico desta região é mais frio em comparação ao clima tropical, e é onde são registradas as mais baixas temperaturas do país. Nesse clima, as médias variam de 16 °C a 20 °C, mas o inverno costuma ser bastante frio para os padrões brasileiros, com geadas frequentes em quase todas as áreas, e em locais de altitudes mais elevadas, queda de neve. As estações do ano apresentam-se bastante diferenciadas e a amplitude térmica anual é relativamente alta. As chuvas, em quase toda a região, distribuem-se com relativa regularidade pelo ano inteiro, mas no norte do Paraná — transição para a zona intertropical — concentram-se nos meses de verão.[53]
Podem-se encontrar também características de tropicalidade nas baixadas litorâneas do Paraná e Santa Catarina, onde as médias térmicas são superiores a 20 °C e as chuvas caem principalmente no verão.[53]
Os ventos também afetam as temperaturas. No verão, sopram os ventos alísios vindos do sudeste, que por serem quentes e úmidos, provocam altas temperaturas, seguidas de fortes chuvas. No inverno, as frentes frias, que são geralmente seguidas de massas de ar vindas do Pólo Sul, causam resfriamentos e geadas. Os habitantes do Sul chamam esse vento frio de minuano ou pampeiro.[53]
É importante ressalvar, que as características contidas no clima da região Sul do Brasil, têm grande influência graças à Massa Polar Atlântica (MPA) que é fria e úmida. A mesma origina-se no anticiclone situado ao sul da Patagônia. Sua atuação é mais intensa no inverno, com presença marcante nas regiões Sul e Sudeste. Pode atingir outras regiões como a Amazônia, onde a mesma se enfraquecera.[53]
Os rios sulistas que percorrem em direção ao mar fazem parte de um conjunto de bacias secundárias, conhecido como Bacias do Sudeste-Sul. Entre essas, a de maior aproveitamento para hidreletricidade é a do rio Jacuí, no Rio Grande do Sul. Outra, muito conhecida pelas suas imprevisíveis cheias, é a do rio Itajaí, em Santa Catarina, que atinge uma região bastante desenvolvida, influenciada basicamente pela colonização alemã.[54]
Quando muitos geógrafos brasileiros se referem ao sul do Brasil, é comum se lembrar da Mata de Araucárias ou Floresta dos Pinhais e do grande pampa gaúcho, formações vegetais típicas da região, embora não sejam as únicas.[55]
A Mata de Araucárias, que foi o panorama vegetal típico da região, aparece atualmente apenas em trechos. A devastação iniciou-se no final do Império, devido a concessões feitas pelo governo à abertura de estradas de ferro, e agravou-se com a atividade madeireira. No Norte e Oeste do Paraná, as poucas manchas de floresta tropical estão praticamente destruídas, devida à expansão agrícola. Nos últimos anos, tem-se tentado implantar uma política de reflorestamento.[55]
A região Sul é ocupada também por vastas extensões de terra de campos limpos, conhecidos pelo nome de campos meridionais, divididos em duas áreas distintas. A primeira corresponde aos campos dos planaltos, que ocorrem em manchas desde o Paraná até o norte do Rio Grande do Sul. A segunda área — os campos da campanha — é mais extensa e localiza-se inteiramente no Rio Grande do Sul, em uma região conhecida como Campanha Gaúcha ou pampa. É a vegetação natural das coxilhas e aparece como uma camada de ervas rasteiras.[55]
Jesuítas iniciaram a colonização das áreas de campos do sul: Com o objetivo de catequizar os indígenas, jesuítas espanhóis fundaram várias missões no território do atual Rio Grande do Sul.[58] Essas missões, cuja economia tinha como atividade a dependência da pecuária e da agricultura,[nota 6] sofreram posteriormente seguidas invasões de bandeirantes paulistas, que aprisionavam os índios para vendê-los como escravos.[nota 7] A destruição das missões espalhou pelo pampa os animais criados pelos missionários.[59] A partir do século XVIII, esse gado passou a ser disputado por portugueses e espanhóis que habitavam a bacia do rio Paraná.[60] Essa luta desencadeou a disputa pela posse da terra, o que motivou a formação de grandes latifúndios, ainda hoje comuns no extremo sul.[61]
O litoral é a parte da Região Sul que apresenta as mais elevadas densidades demográficas, e a Campanha Gaúcha, devido à predominante atividade pecuária, apresenta baixas densidades, mas não há áreas despovoadas na região.
Os brancos são maioria no Sul: A maioria dos habitantes da região Sul se diz "branca", 79,6% da população[71]. Alguns fatores colaboraram para a concentração da imigração europeia no Sul[carece de fontes?], começando pelo meio natural, especialmente devido ao clima subtropical.[nota 12][nota 13][nota 14] Além disso, razões históricas também estimularam essa concentração: no período imperial, houve necessidade de garantir a posse das terras do Sul, uma vez que era uma região com fracamente povoada;[nota 15] com o processo de extinção da escravidão, incentivou-se a entrada de mão-de-obra imigrante;[nota 16] já no século XX, as duas guerras mundiais (1914-1918 e 1939-1945), levaram à entrada de milhares de europeus que fugiam dos conflitos.[72][73]
Como no resto do Brasil, contudo, e de fato, a população no geral apresenta ancestralidades europeia, indígena e africana, "brancos", "pardos" e "negros", conforme revela a genética. [74] Esse estudo genético de 2011 também constatou que do ponto de vista da ancestralidade as diferenças entre as regiões do Brasil são menores do que muitos pensavam. [75]
A população distribui-se desigualmente: Embora o contraste entre as áreas aglomeradas e vazias, no Sul, não seja tão acentuado como em outras regiões, os centros urbanos, sobretudo Curitiba, Porto Alegre e cidades do vale do Itajaí, apresentam altas densidades demográficas.[76]Os trechos mais despovoados do Sul localizam-se na Campanha Gaúcha, onde a atividade econômica dominante é a pecuária extensiva, que emprega pouca mão-de-obra.[77][73]
A população sulista possui um bom padrão de vida: Como em qualquer lugar do mundo, na região Sul existem pobreza, problemas sociais e urbanos, entretanto, num grau extremamente menor se comparado ao restante do Brasil. Tal qual, o Sul se destaca por apresentar a maior taxa de alfabetização, o mais alto nível de consumo alimentar, a mais elevada expectativa de vida[78], a menor desigualdade de renda, a melhor educação e saúde pública, o mais alto nível de bem estar social[79] e a menor taxa de corrupção do Brasil. É evidente que, em números absolutos, a Região Sudeste possui a maior quantidade de estabelecimentos escolares, hospitalares e outros, mas essas unidades estão muito concentradas (quase totalmente no eixo Rio-São Paulo) e na maioria esmagadora das vezes, é mal administrada. De fato, pesquisas recentes, mostra que, diferentemente, na Região Sul, apesar de apresentar um número menor de escolas, hospitais, estabelecimentos governamentais e etc, esses são bem melhor distribuídos pelo seu respectivo território e atendem de forma bem mais eficiente sua população[80].
A Grande Porto Alegre é a maior área metropolitana da Região Sul e a quarta mais populosa do Brasil – superada no país apenas pelas Regiões Metropolitantas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, respectivamente – tendo o quarto maior PIB do Brasil e a 82ª maior aglomeração urbana do mundo.[82]
A Grande Curitiba é a segunda área metropolitana mais populosa do sul do país e a oitava do Brasil. É também a 118ª maior aglomeração urbana do mundo.[83]
Santa Catarina é o estado com o maior número de Regiões Metropolitanas do Brasil. São oito no total.[84]. Segundo o governo estadual, as regiões metropolitanas ajudam numa melhor e mais eficiente administração do estado.
Existem ainda as aglomerações urbanas, que são consideradas "um passo a menos" para se chegar a uma região metropolitana. No Rio Grande do Sul existem três: A Aglomeração urbana do Sul, com sede em Pelotas mas com vida econômica voltada para o superporto de Rio Grande, abrangendo outras três cidades, esta tem pouco mais de 580.000 habitentes, mas a mais populacionada é a Aglomeração Urbana do Nordeste do Rio Grande do Sul, localizada na região serrana do rio grande do sul, com sede em Caxias do Sul e outras 9 cidades a compondo, a aglomeração tem aproximadamente 720.000 habitantes. Ainda há a Aglomeração urbana do Litoral Norte, com sede em Osório abrangendo metade do litoral gaúcho, também em numeros aproximados, a aglomeração, em 20 cidades, tem 285.000 habitantes.
Os maiores problemas da Região Sul do Brasil são comuns a todo o país: a acentuada desigualdade na distribuição de renda reflete em todas as regiões, no contraste entre a riqueza de poucos e a pobreza de muitos. Na Região Sul do Brasil, esse contraste não tão marcante quanto no Sudeste ou Nordeste, mas evidencia-se na existência de favelas nos grandes centros urbanos e na assistência médico-hospitalar insatisfatória em algumas localidades.
Além desses problemas, a Região Sul do Brasil enfrenta:
Excessos do clima: O clima subtropical, ainda que agradável na maior parte do ano, é responsável por frequentes geadas, de consequências desastrosas para a agricultura, principalmente para as plantações de café. Além disso, chuvas intensas podem causar inundações incontroláveis, de efeitos muito negativos sobre a sociedade e a economia.
Dificuldades de ordem humana: Grande parte da população ainda emprega técnicas agrícolas e pecuárias primitivas, obtendo um rendimento bastante abaixo do ideal. Além disso, a mecanização das lavouras leva ao desemprego, causando a migração para outros estados brasileiros e o surgimento de boias-frias. Esses trabalhadores rurais sem terra são contratados temporariamente para tarefas que exigem muita mão-de-obra e dispensados em seguida. Suas condições de trabalho, saúde e moradia são absolutamente precárias. Embora os boias-frias não constituam problema específico da Região Sul do Brasil, o estado do Paraná é a unidade federativa com o maior número de pessoas nessas condições. Para os problemas decorrentes de condições naturais há perspectivas de solução: técnicas para combater o efeito das geadas e obras para conter as enchentes começam a serem desenvolvidas em todas as áreas críticas. No caso dos problemas de caráter social, com raízes históricas, as soluções exigem mais tempo, porém não são impossíveis; atualmente, o progresso dos meios de transportes e a ampliação de comunicações viabilizam projetos de alfabetização e amparo médico-sanitário às populações isoladas. A Sudesul (Superintendência para o Desenvolvimento da Região Sul), extinta em 1990, coordenava e supervisionava boa parte desses projetos e executava programas bastante significativos, aumentando a cada ano a participação da Região Sul no conjunto da economia brasileira.
No que se refere aos aspectos econômicos da região Sul, a melhor maneira de explicar a distribuição das atividades primárias, secundárias e terciárias é elaborando análises desses três setores econômicos por partes e separadamente, observando cada uma delas.
A existência de extensas áreas de pastagens naturais favoreceu o desenvolvimento da pecuária extensiva de corte na região Sul. Há o predomínio da grande propriedade e o regime de exploração direta, já que a criação é extensiva, exigindo poucos trabalhadores, o que explica o fato de haver uma população rural muito pouco numerosa na região.
Devido à ampliação do mercado consumidor local e extra-regional e ao surgimento de frigoríficos na região, em certas áreas já ocorre uma criação mais aprimorada, pecuária leiteira e lavouras comerciais com técnicas modernas, destacando-se o cultivo do arroz, do trigo e da batata.
A agricultura, que é desenvolvida em áreas florestais, com predomínio da pequena propriedade e do trabalho familiar, foi iniciada pelo europeus, sobretudo alemães, que predominaram na colonização do Sul. A policultura é a prática comum na região, às vezes com caráter comercial, sendo o feijão, a mandioca, o milho, o arroz, a batata, a abóbora, a soja, o trigo, as hortaliças e as frutas os produtos mais cultivados. Em algumas áreas, a produção rural está voltada para a indústria, como a cultura da uva para a fabricação de vinhos, a de tabaco para a indústria de cigarros, a de soja para a fabricação de óleos vegetais, à criação de porcos (associada à produção de milho) para abastecer os frigoríficos e o leite para abastecer as usinas de leite e fábricas de laticínios.
Diferente das regiões agrícolas "coloniais" é o norte do Paraná, que está relacionado com a economia do Sudeste, sendo uma área de transição entre São Paulo e o Sul. Seu povoamento está ligada à expansão da economia paulista.
O extrativismo vegetal é uma atividade de grande importância no Sul do Brasil e o fato de a mata das araucárias ser bastante aberta e relativamente homogênea facilita a sua exploração. As espécies preferidas são o pinheiro-do-paraná, a imbuia e o cedro, aproveitados em serrarias ou fábricas de papel e celulose. A erva-mate é outro produto importante do extrativismo vegetal no Sul, e já é cultivada em certas áreas.
As demais cidades industriais da região são geralmente mono-industriais ou então abrigam dois gêneros de indústriais, como Caxias do Sul (bebidas e metalurgia), Pelotas (frigoríficos), Lages (madeiras), Londrina (alimentos) e Blumenau (têxtil). A exceção é Joinville (setores metal mecânico, químico, plástico, e de desenvolvimento de software), situada no Norte catarinense, e Chapecó no Oeste Catarinense (Seu parque industrial é diversificado, sendo que os setores que mais se destacam são: 8 Frigoríficos é a capital brasileira da agroindustria, o metalmecânico, produção de equipamentos para frigoríficos, plásticos e embalagens, transportes, móveis, bebidas, softwares e biotecnologia).
Produto Interno Bruto
Em 2003, o PIB do Sul chegou em 386.758.428.000,00 de reais ou quase 20% do nacional, ou seja, a 2ª região em riquezas finais produzidas do país. A tabela a seguir exibe como é distribuído o PIB regionalmente e nacionalmente entre os estados da região:
Extrativismo animal: praticado ao longo da faixa costeira, com uma produção de pescado que equivale a cerca de 25% do total produzido no Brasil, com destaque para a sardinha, a merluza, a tainha, o camarão, etc.;
A plantação de maçãs e a fabricação de sidras no Brasil são características economicamente marcantes da colonização alemã nos estados de SC e RS.
A maior parte do espaço territorial sulista é ocupado pela pecuária, porém a atividade econômica de maior rendimento e que emprega o maior número de trabalhadores é a agricultura. A atividade agrícola no Sul distribui-se em dois amplos e diversificados setores:
Para compreender mais claramente a distribuição das atividades agrícolas pela região, analise a tabela acima com os respectivos dados sobre os produtos agrícolas.
Os campos do Sul constituem excelente pastagem natural para a criação de gado bovino, principalmente na Campanha Gaúcha ou pampa, no estado do Rio Grande do Sul. Desenvolve-se ali uma pecuária extensiva, criando-se, além de bovinos, também ovinos. A região Sul reúne cerca de 18% dos bovinos e mais de 60% dos ovinos criados no Brasil, sendo o Rio Grande do Sul o primeiro produtor brasileiro.
A pecuária intensiva também é bastante desenvolvida na região Sul, que detém o segundo ranking na produção brasileira de leite. Parte do leite produzido no Sul é beneficiado por indústrias de laticínio.
A distribuição das indústrias do sul é bastante diferente da que ocorre na região Sudeste. Nesta região predominam grandes complexos industriais com atividades diversificadas, enquanto o sul apresenta as seguintes características:
presença de indústrias próximas às áreas produtoras de matérias-primas; assim, os laticínios e frigoríficos surgem nas áreas de pecuária, as indústrias madeireiras nas zonas de araucárias, e assim por diante;
predomínio de estabelecimentos industriais de médio e pequeno porte em quase todo o interior da região;
o norte do Paraná, onde estão localizadas cidades como Londrina, Maringá, Arapongas, Apucarana e Cianorte, entre outras, favorecidas pela grande quantidade de matérias-primas e fontes de energia, rede de transportes desenvolvida e localização geográfica favorecida, ligando os maiores pólos econômicos do país com o interior da região sul;
o oeste do Paraná, onde estão localizadas cidades como Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo, entre outras, as cidades são um importante pólo econômico na região sul,Foz do Iguaçu se destaca na produção de energia, com a segunda hidroelétrica do mundo, Itaipu, e as cataratas do iguaçu é a segunda maior cidade turística do Brasil, perdendo apenas para o Rio de Janeiro, Cascavel e Toledo, são uma das principais regiões do agronegócio no Brasil, em Toledo esta localizado o maior frigorifico da América Latina a Sadia;
a região norte catarinense também no setor moveleiro, sendo os municípios de São Bento do Sul, Rio Negrinho e Mafra grandes produtores e exportadores de móveis;
a região Oeste de Santa Catrina é destaque nas agroindústrias, é sede da Sadia, Perdigão, Seara, Globoaves, Bondio, e Aurora, a Aurora conta com 13 frigoríficos 8 de suínos e 5 de aves e 2 laticínios sendo o de Pinhalzinho o maior da America latina, Chapecó é o centro econômico com 8 frigoríficos é considerado a capital brasileira das agroindústrias, alem do setor metalmecânico, equipamentos para frigoríficos, plásticos, embalagens, transportes, móveis , bebidas, softwares e biotecnologia .
o litoral sul de Santa Catarina, onde desenvolvem-se atividades industriais associadas à exploração do carvão, na região onde ficam cidades como Imbituba, Laguna, Criciúma e Tubarão;
Lago Negro em Gramado, uma das cidades turísticas da serra gaúcha (RS).
O Parque Nacional do Iguaçu, onde se localizam as Cataratas do Iguaçu, é uma Unidade de Conservação brasileira. Está localizado no extremo-oeste do estado do Paraná, tendo sido criado em 10 de janeiro de 1939, através do decreto lei nº 1.035. Sua área total é de 185.262,2 hectares. Em 1986 recebeu o título, concedido pela UNESCO, de Patrimônio Mundial.
As serras gaúcha e catarinense atraem turistas no inverno rigoroso, que aproveitam as temperaturas mais baixas e a neve, em cidades como Gramado (RS), a cidade turística mais representativa do gênero no país, Canela (RS) e Urubici (SC).
A maior usina hidrelétrica do Brasil situa-se na região. Inaugurada em 1983, Itaipu, que aproveita os recursos hídricos do rio Paraná, mais precisamente nas imediações das cidades de Foz do Iguaçu (Brasil), na margem esquerda e Ciudad del Este, antiga Puerto Presidente Stroessner (Paraguai), na margem direita. Como é considerada a segunda maior usina hidrelétrica do mundo, sendo a primeira a de Três Gargantas na China,[109][110][111] sua energia é utilizada em partes iguais por ambos países a que pertencem, Brasil e Paraguai.
A distribuição de energia elétrica na região Sul é controlada pela Eletrosul, com sede em Florianópolis (SC), que estende a atuação ao estado de Mato Grosso do Sul e também a outras áreas do Brasil, devido a interligações com a rede de energia da região Sudeste.
O Sul é bem servido no setor de transportes, dispondo de condições naturais que facilitam a implantação de uma boa malha rodoviária e ferroviária. Além disso, o fato de sua população distribuir-se uniformemente, sem grandes vazios populacionais, permite que sua rede de transportes seja mais eficiente e lucrativa.
Rodovias duplicadas, ou em duplicação, da Regiao Sul do Brasil, em 2012
Também os mais movimentados aeroportos do Brasil, depois dos aeroportos da região Sudeste e de Brasília, estão localizados no Sul. Esta região possui ainda portos marítimos em atividade: o porto de Paranaguá, que exporta principalmente café e soja; os portos de Imbituba e Laguna, em Santa Catarina, exportadores de carvão mineral; os portos de São Francisco do Sul, Itajaí e Itapoá (o primeiro porto privado do Brasil) também em Santa Catarina, exportadores de produtos da indústria metal-mecânica e frigorífica, além de móveis e madeira beneficiada; e finalmente os portos de Rio Grande e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, pelos quais passam mercadorias diversificadas.
A cultura gaúcha é muito forte e influencia toda a região. As principais manifestações estão na culinária, na literatura e na dança.
Curitiba foi eleita em 2003 a "Capital da Cultura das Américas" pela entidade CAC-ACC e sediou o evento COP 8 MOP 3 da ONU de 20 a 31 de março de 2006.
O Boi no Rolete, o Porco no Rolete e o Carneiro no Buraco também são pratos típicos do Oeste Paranaense, e contam com grandes festivais durante o ano todo.
Na culinária catarinense são tradicionais o pirão de peixe no sul e a marrecada no norte. Na capital, o destaque é a sequência de camarão, uma série de vários pratos preparados com o crustáceo.[119]
Na gaúcha o churrasco com sal grosso e o chimarrão são os mais comuns.
O churrasco pode ser feito no forno de chão, na churrasqueira e em diversos lugares,é consumido com muita frequência pelos gaúchos mesmo em dias de semana, e geralmente nos fins de semana pelas pessoas da região sudeste. Já o chimarrão não tem hora para ser consumido, e o seu sabor é semelhante a um chá, porém mais forte e de sabor menos adocicado.
↑O primeiro grande tropeiro foi um fidalgo português, Cristóvão Pereira de Abreu, descendente do condestável Nuno Álvares Pereira. Cristóvão de Abreu nasceu em Ponte de Lima, em 1680, e veio para o Rio de Janeiro aos 24 anos. Aqui, casou com D. Clara de Amorim, com quem não teve filhos. Em 1722, aos 42, fez um grande negócio. Arrematou o monopólio de couros do sul do Brasil, mediante o compromisso de pagar 70 mil cruzados para a Fazenda Real anualmente. Tratou de começar a explorar esse manancial de ganhos, chegando a exportar 500 mil peças de boi por ano, através da Colônia de Sacramento (então de posse dos Portugueses). Cristóvão de Abreu também instalou sua própria estância, situada entre o Canal de Rio Grande e a planície de Quintão. Mas o seu grande feito seria estabelecer um caminho por terra entre os pampas e o mercado que clamava por gado.
↑Remonta a uma fortificação iniciada pelo engenheiro militar, brigadeiro José da Silva Paes, em 19 de Fevereiro de 1737, em área fortificada provisóriamente pelo lado da campanha pelo coronel de ordenanças Cristóvão Pereira de Abreu (importante criador português de gado), que o aguardava em terra, e destinava-se a servir de alojamento à tropa de 1ª Linha da expedição. Este presídio (colônia militar), sob a invocação de Jesus, Maria, José (Presídio de Jesus, Maria, José), constituiu o núcleo da Colônia do Rio Grande de São Pedro (Colônia de São Pedro), fundada oficialmente em Maio de 1737, consoante as ordens recebidas do governador da Capitania do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade (1733-1763). A escolha de seu local, bem como sua colonização com o estabelecimento de estâncias de gado, permitia apoiar as comunicações por terra entre Laguna e a Colônia do Sacramento, bem como oferecia ancoradouro seguro às comunicações marítimas naquele trecho da costa, particularmente hostil à navegação.
↑A imigração açoriana para o litoral sulista foi bem menos significativa numericamente do que a migração de minhotos e outros portugueses do Norte para a região mineradora. Todavia, o impacto demográfico que esses colonos das ilhas tiveram no litoral do Sul do Brasil foi enorme. Entre 1745 e 1756, cerca de 6 mil ilhéus chegaram ao litoral de Santa Catarina, sendo que a população local era de apenas 5 mil pessoas. Santa Catarina recebeu 4.612 pessoas em 1748, 1.666 em 1749, 860 em 1750 e 679 em 1753. Outros tantos rumaram para o Rio Grande do Sul. Esses colonos portugueses se fixaram ao longo do litoral, onde fundaram pequenas vilas e lugarejos, vivendo da produção de trigo e da pesca.
↑A primeira colônia alemã foi fundada em 1824, com o nome de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, numa área de terras públicas do Vale do Rio dos Sinos.
↑Os italianos chegaram de início à região sul, onde estavam instalando colônias de imigrantes. Em meados do século XIX, o governo brasileiro criou as primeiras colônias. Estas colônias foram fundadas em áreas rurais como a Serra Gaúcha, Garibaldi e Bento Gonçalves (1875). Estes imigrantes eram, na maioria, da região do Vêneto, norte da Itália. Depois de cinco anos, face ao grande número de imigrantes, o governo teve de criar uma nova colônia italiana em Caxias do Sul. Nestas regiões os italianos começaram a cultivar a uva e produzir vinhos. Atualmente, estas áreas de colonização italiana produzem os melhores vinhos do Brasil. Também em 1875, foram fundadas as primeiras colônias catarinenses em Criciúma e Urussanga e, em seguida, as primeiras do Estado do Paraná.
↑No plano econômico, marcaram presença pela criação de gado e animais domésticos, como ovelhas, porcos, galinhas, patos e cães, tendo esses últimos causado grande fascínio entre os indígenas. Com o gado iniciaram a indústria de laticínios. Introduziram também no país numerosas espécies vegetais européias e asiáticas, e plantaram, em suas residências, uvas, cidras, limões, figos, cacau, legumes, algodão e trigo, ao mesmo tempo em que procuravam iniciar os indígenas em novas técnicas agrícolas. Das frutas faziam conservas. Iniciaram também o cultivo da cana-de-açúcar.
↑A 18 de setembro de 1628 deixou São, Paulo a maior de todas as bandeiras que já haviam atacado o Guairá: 2 000 índios e novecentos mamelucos, dirigidos por 69 paulistas. No comando estava o mestre-de-campo Manuel Preto; seu imediato era Antônio Raposo Taváres. Atingindo a região pelo sudeste, os sertanistas atacaram sucessivamente as reduções de San Miguel, Santo Antônio, Jesus María, Encamación, San Xavier e San José. Diante do massacre, os padres reuniram em Santo Inácio e Loreto os índios sobreviventes e refugiaram-se nas missões estabelecidas entre os rios Paraná e Uruguai; os paulistas aproveitaram-se da retirada para destruir as povoações de Vila Rica e Ciudad Real, situadas respectivamente na margem esquerda do rio Ivaí e junto à foz do rio Piquiri; permitindo entretanto que seus habitantes fossem para o Paraguai, onde fundaram nova povoação às margens do rio Jejuí. Em 1632, não existia mais a província jesuítica do Guairá.
↑Em 1824 chegam os primeiros colonos alemães ao Rio Grande do Sul, sendo assentados na atual cidade de São Leopoldo. Os alemães chegavam em pequeno número todos os anos, porém eram em número suficiente para se organizar e expandir pela região.
↑Os italianos chegaram de início à região sul, onde estavam instalando colônias de imigrantes. Em meados do século XIX, o governo brasileiro criou as primeiras colônias. Estas colônias foram fundadas em áreas rurais como a Serra Gaúcha, Garibaldi e Bento Gonçalves (1875). Estes imigrantes eram, na maioria, da região do Vêneto, norte da Itália. Depois de cinco anos, face ao grande número de imigrantes, o governo teve de criar uma nova colônia italiana em Caxias do Sul. Nestas regiões os italianos começaram a cultivar a uva e produzir vinhos. Atualmente, estas áreas de colonização italiana produzem os melhores vinhos do Brasil. Também em 1875, foram fundadas as primeiras colônias catarinenses em Criciúma e Urussanga e, em seguida, as primeiras do Estado do Paraná.
↑A Região Sul foi povoada por imigrantes europeus, sobretudo, italianos, alemães e poloneses, com isso as características arquitetônicas e culturais se tornaram tradicionais. Os imigrantes, assim como suas descendências diretas, têm conseguido preservar as manifestações culturais trazidas dos países europeus. Geralmente, os imigrantes se agrupam em forma de colônias divididas de acordo com a origem de cada país. Em algumas cidades de Santa Catarina, como Pomerode, uma lei municipal obriga a construção de casas em estilo enxaimel (modelo Europeu). Em outra cidade catarinense, chamada de Tílias, a maioria da população da cidade é composta basicamente por imigrantes e descendentes austríacos que preservam todas as características do país de origem, como a língua, os costumes, as festas e as comidas típicas. Tradicionalmente, as crianças assimilam o idioma tirolês em seu próprio ambiente familiar, dessa forma há possibilidade de estabelecer, por parte do governo municipal, uma lei de inclusão da língua no currículo escolar daquela cidade. As colônias do sul preservam todos os aspectos culturais, e essas são materializadas no espaço geográfico sulista através de todo arranjo paisagístico (arquitetura, atividade econômica, manifestações culturais entre outras). Elas servem para aclamar os países e matar a saudade.
↑O estado do Rio Grande do Sul recebeu a primeira leva de imigrantes italianos a chegar ao Brasil. Os primeiros imigrantes desembarcaram em 1875, para substituírem os colonos alemães que, a cada ano, chegavam em menor quantidade. Os colonos italianos foram atraídos para a região para trabalharem como pequenos agricultores e lhes foram reservadas terras selvagens na encosta da Serra Gaúcha. Na região foram criadas as primeiras três colônias italianas: Conde D’Eu, Dona Isabel e Campo dos Bugres, atualmente as cidades de Garibaldi, Bento Gonçalves e Caxias do Sul, respectivamente. Com o tempo, os italianos passaram a subir as serras e a colonizá-las. Com o esgotamento de terras na região, esses colonos passaram a migrar para várias regiões do Rio Grande. A base da economia na região italiana do Rio Grande foi, e continua a ser, a vinicultura. No centro do estado foi criada a Quarta Colônia de Imigração Italiana, o primeiro reduto de italianos fora da Serra Gaúcha e que originou municípios como Silveira Martins, Ivorá, Nova Palma,Faxinal do Soturno, Dona Francisca e São João do Polêsine. Nesse último, está a localidade de Vale Vêneto, nome dado para fazer homenagem a tal região italiana. Outras colônias italianas foram criadas e deram origens a cidades como Caxias do Sul, Farroupilha, Bento Gonçalves, Garibaldi, Flores da Cunha, Antônio Prado, Veranópolis, Nova Prata, Encantado, Nova Bréscia, Coqueiro Baixo, Guaporé, Lagoa Vermelha, Soledade, Cruz Alta, Jaguari, Santiago, São Sepé, Caçapava do Sul e Cachoeira do Sul. Essas são as principais colônias italianas do estado. Estima-se que imigraram para o Rio Grande 100 mil italianos, entre 1875 e 1910. Em 1900, já viviam no estado 300 mil italianos e descendentes.
↑No Brasil, país predominantemente tropical, somente a região Sul é dominada pelo clima subtropical (um clima de transição entre o tropical predominante no Brasil e o temperado, predominante na Argentina), ou seja, o clima típico desta região é mais frio em comparação ao clima tropical, e é onde são registradas as mais baixas temperaturas do país. Nesse clima, as médias variam de 16 °C a 20 °C, mas o inverno costuma ser bastante frio para os padrões brasileiros, com geadas frequentes em quase todas as áreas, e em locais de altitudes mais elevadas, queda de neve. As estações do ano apresentam-se bastante diferenciadas e a amplitude térmica anual é relativamente alta. As chuvas, em quase toda a região, distribuem-se com relativa regularidade pelo ano inteiro, mas no norte do Paraná — transição para a zona intertropical — concentram-se nos meses de verão. Podem-se encontrar também características de tropicalidade nas baixadas litorâneas do Paraná e Santa Catarina, onde as médias térmicas são superiores a 20 °C e as chuvas caem principalmente no verão. Os ventos também afetam as temperaturas. No verão, sopram os ventos alísios vindos do sudeste, que por serem quentes e úmidos, provocam altas temperaturas, seguidas de fortes chuvas. No inverno, as frentes frias, que são geralmente seguidas de massas de ar vindas do Pólo Sul, causam resfriamentos e geadas. Os habitantes do Sul chamam esse vento frio de minuano ou pampeiro. É importante ressalvar, que as características contidas no clima da região Sul do Brasil, têm grande influência graças à Massa Polar Atlântica (MPA) que é fria e úmida. A mesma origina-se no anticiclone situado ao sul da Patagônia. Sua atuação é mais intensa no inverno, com presença marcante nas regiões Sul e Sudeste. Pode atingir outras regiões como a Amazônia, onde a mesma se enfraquecera.
↑A Itália apresenta duas grandes zonas climáticas: a continental, que compreende as montanhas e vales alpinos e a grande planície do Pó; e a mediterrânea, formada pela península e pelas ilhas. Dada a grande extensão norte-sul, as variações climáticas são comuns: o clima é subtropical mediterrâneo no sul; na planície padano-veneziana, é temperado marítimo, como o da Europa ocidental. O clima dos Alpes é típico das altas regiões montanhosas. Varia muito de acordo com a altitude, desde as temperaturas moderadas dos vales profundos e bem protegidos até os níveis térmicos extremamente baixos dos picos, cobertos por neves eternas. Na região alpina, as chuvas são abundantes e bem distribuídas ao longo do ano. Observa-se o efeito regulador das massas de água dos lagos alpinos em suas margens, onde crescem oliveiras, ciprestes e até limoeiros. O verão na Itália é quente. As temperaturas no norte e no sul quase se igualam, a não ser pelas chuvas e umidade do ar. No sul, os dias são quentes e luminosos, mas extremamente secos. A estiagem pode prolongar-se por cinco meses e até mais; quando isso ocorre, as chuvas caem em violentos aguaceiros. Na planície do Pó, o inverno é frio, com períodos de densa neblina. O verão é cálido e permite cultivar cereais, como o arroz. As chuvas, abundantes durante a primavera e o outono, não diminuem no verão. Por ser ilha, a Sicília tem clima suave no inverno; já a Sardenha sofre periodicamente a influência do forte vento mistral, que vem do noroeste. O siroco, sufocante vento sudoeste procedente do Saara, afeta a península e as ilhas no verão.
↑O clima sul-brasileiro é um pouco semelhante ao de inverno do norte da Itália, onde faz frio em janeiro e calor em julho. Em 1875, quando os primeiros imigrantes italianos chegaram no Sul do Brasil, na época, o hemisfério sul já sofria influências climáticas do então período conhecido como equinócio de outono, fenômeno natural que ocorre a cada ano.
↑A região Sul recebeu grande número de imigrantes graças a uma iniciativa do imperador Dom Pedro II. Preocupado com a possibilidade de nosso país ser invadido pelo Uruguai e pela Argentina, resolveu terras do governo a imigrantes europeus. Essa iniciativa coincidiu com os graves problemas políticos e econômicos que Itália e Alemanha enfrentavam na segunda metade do século XIX.
↑Após a abolição da escravatura (1888), o governo brasileiro incentivou a entrada de imigrantes europeus em nosso território. Com a necessidade de mão-de-obra qualificada, para substituir os escravos, milhares de italianos e alemães chegaram para trabalhar nas fazendas de café do interior de São Paulo, nas indústrias e na zona rural do sul do país.
↑Os pontos extremos do Brasil são: ao norte, a nascente do rio Ailã, no monte Caburaí, Estado de Roraima; ao sul, o Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul, fronteira com o Uruguai; a leste, a ponta do Seixas, na Paraíba; a oeste, a Serra da Contamana ou do Divisor, no Acre, fronteira com o Peru.
Referências
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