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Grécia: diferenças entre revisões

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{{Info/País
{{Info/País
|nome_nativo ={{lang|el|Ελληνική Δημοκρατία}}<br/>{{lang|el|Ellīnikī́ Dīmokratía}}
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== Etimologia ==
== Etimologia ==
Grego é o nome pelo qual os romanos designavam os helenos, habitantes da Hélade que ficou conhecida como Grécia. As formas [[língua portuguesa|portuguesa]] ''Grécia'', [[língua castelhana|castelhana]], [[língua romena|romena]] e [[língua italiana|italiana]] ''Grecia'', [[língua francesa|francesa]] ''Grèce'', [[língua inglesa|inglesa]] ''Greece'', [[língua alemã|alemã]] ''Griechenland'' são um [[eruditismo]] calcado sobre o [[latim]] ''Græcia'' (com o [[etnônimo]] respectivo ''grego'', ''griego'', ''grec'', ''greco'', ''grec'', ''greek'' e ''griechisch'', do latim ''græcus')'.
Grego é o nome pelo qual os romanos designavam os helenos, habitantes da Hélade que ficou conhecida como Grécia. As formas [[língua portuguesa|portuguesa]] ''Grécia'', [[língua castelhana|castelhana]], [[língua romena|romena]] e [[língua italiana|italiana]] ''Grecia'', [[língua francesa|francesa]] ''Grèce'', [[língua inglesa|inglesa]] ''Greece'', [[língua alemã|alemã]] ''Griechenland'' são um [[eruditismo]] calcado sobre o [[latim]] ''Græcia''.


== História ==
O [[geônimo]] latino funda-se sobre o etnônimo, com sufixo (-ia), latim típico de nome de país ou região. O etnônimo latino é empréstimo ao grego ''graikós'' ("grego"), que sob a forma plural ''graikoí'', principiou a ser episodicamente empregado em lugar do grego ΄ελληνες (helenos) somente depois de [[Aristóteles]]. Mesmo o latim ''Græcia'', antes de designar a totalidade do país, foi usado com epítetos (''Græcia Ulterior'', ''Magna Græcia''), ou no plural, ''Græciæ'' ("Grécias"), quando abarcava o todo.
{{Artigo principal|História da Grécia}}


=== Pré-história e primeiras civilizações ===
O todo em latim foi de início designado como ''Hellas'', - ''adis'', Hélade. Assim, por exemplo, em [[Plínio, o Velho]]. Em [[Cassiodoro]] já ocorre a forma latina ''Hellada''. Esta, por sua vez, é empréstimo do gr. ''Hellás'' - ''ádos'', que desde [[Ésquilo]] designa a totalidade das regiões habitadas pelos helenos.
{{Artigo principal|Pelasgos|Civilização cicládica|Civilização minoica|Civilização micênica|Idade das Trevas Grega}}


{{imagem dupla|left|Treasury of Atreus Mycenae.jpg|220|Knossos_frise_taureau-edit.png|280|[[Tesouro de Atreu]], em [[Micenas]].|Afresco exibindo o ritual [[minóico]] de "[[Taurocatapsia|salto de touros]]", encontrado em [[Cnossos]].}}
== História ==
{{Artigo principal|História da Grécia|}}


A evidência mais antiga da presença de ancestrais humanos no sul dos [[Bálcãs]], datada de 270.000 aC, pode ser encontrada na caverna [[Petralona]], ​​na [[Macedônia Central]].<ref name="Borza">{{cite book|author=Eugene N. Borza|title=In the Shadow of Olympus: The Emergence of Macedon|url=https://books.google.com/books?id=614pd07OtfQC&pg=PA58|year=1992|publisher=Princeton University Press|isbn=978-0-691-00880-6|page=58}}</ref> A [[caverna Apidima]] em [[Mani (Grécia)|Mani]], no sul da Grécia, contém os restos mais antigos de humanos anatomicamente modernos fora da [[África]], datados de 210.000 anos atrás.<ref name="NYT-20190710">{{cite news |last=Zimmer |first=Carl |authorlink=Carl Zimmer |title=A Skull Bone Discovered in Greece May Alter the Story of Human Prehistory - The bone, found in a cave, is the oldest modern human fossil ever discovered in Europe. It hints that humans began leaving Africa far earlier than once thought. |url=https://www.nytimes.com/2019/07/10/science/skull-neanderthal-human-europe-greece.html |date=10 de julho de 2019 |work=[[The New York Times]] |accessdate=11 de julho de 2019 }}</ref><ref name="PHYS-20190710">{{cite news |author=Staff |title='Oldest remains' outside Africa reset human migration clock |url=https://phys.org/news/2019-07-oldest-africa-reset-human-migration.html |date=10 de julho de 2019 |work=[[Phys.org]] |accessdate=10 de julho de 2019 }}</ref><ref name="NAT-20190710">{{cite journal |last=Harvati |first=Katerina |display-authors=et al. |title=Apidima Cave fossils provide earliest evidence of Homo sapiens in Eurasia |date=10 de julho de 2019 |journal=[[Nature (journal)|Nature]] |volume=571 |issue=7766 |pages=500–504 |doi=10.1038/s41586-019-1376-z |pmid=31292546 }}</ref> Todos os três estágios da [[Idade da Pedra]] ([[Paleolítico]], [[Mesolítico]] e [[Neolítico]]) estão representados na Grécia, por exemplo, na [[caverna Franchthi]].<ref>{{Cite journal | last1 = Douka | first1 = K. | last2 = Perles | first2 = C. | last3 = Valladas | first3 = H. | last4 = Vanhaeren | first4 = M. | last5 = Hedges | first5 = R.E.M. | title = Franchthi Cave revisited: the age of the Aurignacian in south-eastern Europe | page = 1133 | url = https://www.academia.edu/1129937 | journal = Antiquity Magazine | year = 2011}}</ref> Os assentamentos neolíticos na Grécia, datados do [[sétimo milênio a.C.]],<ref name="Borza" /> são os mais antigos da [[Europa]], pois a Grécia fica na rota pela qual a [[agricultura]] se espalhou do [[Oriente Próximo]] para a Europa.<ref>{{cite book | last = Perlès | first = Catherine | title = The Early Neolithic in Greece: The First Farming Communities in Europe | page = 1 | url = https://books.google.com/?id=LQQ3tx5_t7QC&printsec=frontcover&q=sesklo | publisher = Cambridge University Press | year = 2001| isbn = 9780521000277 }}</ref>
=== Antiguidade ===
{{Artigo principal|Grécia Antiga|Grécia romana|Império Bizantino}}
[[Imagem:Greek Colonization Archaic Period.png|thumb|esquerda|Mapa das [[colônias gregas]] no [[Mar Mediterrâneo]]]]
[[Imagem:Parthenon night view.jpg|thumb|esquerda|[[Partenon]], na [[Acrópole de Atenas]]]]
A antiga Grécia Continental fazia limites com a [[Ilíria (região)|Ilíria]] a [[norte]], a [[leste]] com o [[Mar Egeu|Egeu]], a [[oeste]] com o [[mar Jónico|mar Jônico]], e a [[sul]] com o [[Mar Mediterrâneo|Mediterrâneo]]. Tinha mais de {{formatnum:100000}} km². Herdeira da [[Grécia Antiga]], a nação grega moderna tem uma longa e rica história durante o qual estendeu sua influência ao longo de três continentes: [[Europa]], [[Ásia]] e [[África]]. O litoral do [[Mar Egeu|Egeu]] foi o cenário do surgimento de algumas das primeiras [[Civilização|civilizações]] da Europa, como a [[Civilização Minoica|minoica]] (em memória do lendário [[Rei Minos]]) e a [[Civilização Micênica|micênica]].<ref>Drews, Robert. ''The End of the Bronze Age: Changes in Warfare and the Catastrophe Ca. 1200 B.C.'', page 3 [http://books.google.fr/books?id=bFpK6aXEWN8C&printsec=frontcover&dq=greece+bronze+age+collapse&hl=en&sa=X&ei=jTDmT--vJsi70QXWp8T6CA&ved=0CDUQ6AEwAA#v=onepage&q=greece%20bronze%20age%20collapse&f=false]. Princeton University Press, 1995.</ref>


A Grécia abriga as primeiras civilizações avançadas da Europa e é considerada o [[berço da civilização]] ocidental,<ref name="Slomp2011">{{cite book| first =Hans | last = Slomp|title=Europe, A Political Profile: An American Companion to European Politics: An American Companion to European Politics|url = https://books.google.com/books?id=LmfAPmwE6YYC&pg=PA50 |accessdate=5 de dezembro de 2012|date=30 de setembro de 2011 | publisher =ABC-CLIO|isbn=978-0-313-39182-8|page=50|quote= Greek Culture and Democracy. As the cradle of Western civilization, Greece long ago discovered the value and beauty of the individual human being. Around 500 BC, Greece}}</ref><ref name="BullietCrossley2007">{{cite book| first1 = Richard W | last1 = Bulliet | first2 = Pamela | last2 = Kyle Crossley| first3= Daniel R | last3 = Headrick| first4 = Lyman L | last4 = Johnson | first5 = Steven W | last5 = Hirsch|title=The Earth and Its Peoples: A Global History to 1550|url = https://books.google.com/books?id=TM4cFlroi7AC&pg=PA95|accessdate=5 de dezembro de 2012|date=21 de fevereiro de 2007 | publisher =Cengage |isbn=978-0-618-77150-9|page=95|quote= The emergence of the Minoan civilization on the island of Crete and the Mycenaean civilization of Greece is another... was home to the first European civilization to have complex political and social structures and advanced technologies}}</ref><ref name="Pomeroy1999">{{cite book| first =Sarah B | last = Pomeroy|title=Ancient Greece: A Political, Social, and Cultural History|url=https://books.google.com/books?id=INUT5sZku1UC|accessdate=5 de dezembro de 2012|year=1999 | publisher =Oxford University Press|isbn=978-0-19-509742-9}}</ref><ref name="Frucht2004">{{cite book| first = Richard C | last = Frucht|title=Eastern Europe: An Introduction to the People, Lands, and Culture|url = https://books.google.com/books?id=lVBB1a0rC70C&pg=PA847 |accessdate=5 de dezembro de 2012|date=31 de dezembro de 2004 | publisher =ABC-CLIO|isbn=978-1-57607-800-6|page= 847|quote= People appear to have first entered Greece as hunter-gatherers from southwest Asia about 50,000 years... of Bronze Age culture and technology laid the foundations for the rise of Europe's first civilization, Minoan Crete}}</ref> começando com a [[civilização cicládica]] nas ilhas do [[Mar Egeu]] por volta de 3200 aC,<ref>{{Cite book | last = Sansone | first = David | title = Ancient Greek civilization | page = 5 | url = https://books.google.com/?id=YJONdN0dNYQC&pg=PT27&q=cycladic%20civilization | publisher = Wiley | year = 2011| isbn = 9781444358773 }}</ref> a [[civilização minóica]] em [[Creta]] (2700–1500 aC),<ref name="Frucht2004" /><ref name="World and Its Peoples">{{cite book| title= World and Its Peoples| url=https://books.google.com/books?id=b5vHRWp8yqEC&pg=PA1458|accessdate=5 December 2012|date=September 2009|publisher=Marshall Cavendish|isbn=978-0-7614-7902-4|page= 1458}}</ref> e depois a [[civilização micênica]] no continente (1600–1100 aC).<ref name="World and Its Peoples" /> Essas civilizações possuíam escrita, os minóicos escrevendo em um alfabeto não decifrado conhecido como [[Linear A]] e os micênicos em [[Linear B]], uma forma primitiva do [[Língua grega antiga|grego]]. Os micênicos absorveram gradualmente os minóicos, mas entraram em colapso violentamente por volta de 1200 aC, junto com outras civilizações, durante o evento regional conhecido como [[colapso da Idade do Bronze]].<ref>{{Cite book | last = Drews | first = Robert |author-link=Robert Drews | title = The End of the Bronze Age: Changes in Warfare and the Catastrophe Ca. 1200 BC | page = 3 | url = https://books.google.com/?id=bFpK6aXEWN8C&printsec=frontcover&q=greece%20bronze%20age%20collapse | publisher = Princeton University Press | year = 1995| isbn = 0691025916 }}</ref> Isso deu início a um período conhecido como a [[Idade das Trevas Grega]], da qual os registros escritos estão ausentes. Embora os textos Linear B desenterrados sejam muito fragmentários para a reconstrução do cenário político e não possam apoiar a existência de um Estado maior, registros contemporâneos [[hititas]] e [[Antigo Egito|egípcios]] sugerem a presença de um único Estado sob o dominio de um "Grande Rei" baseado na Grécia continental.<ref>{{cite book|last1=Beckman|first1=Gary M.|last2=Bryce|first2=Trevor R.|last3=Cline|first3=Eric H.|title=Writings from the Ancient World: The Ahhiyawa Texts|year=2012|location=Atlanta|publisher=Society of Biblical Literature|url=http://www.sbl-site.org/assets/pdfs/pubs/061528P.front.pdf|issn=1570-7008|ref=harv|p=6}}</ref><ref>{{cite web|last1=Kelder|first1=Jorrit M.|title=The Kingdom of Mycenae: A Great Kingdom in the Late Bronze Age Aegean|website=academia.edu|url=https://www.academia.edu/218696|year=2010|location=Bethesda, MD|publisher=CDL Press|accessdate=18 de março de 2015|ref=harv|pages=45, 86, 108}}</ref>
Foi nesse pequeno país que a [[civilização ocidental]] começou há mais de dois mil e oitocentos anos. Naquele tempo a civilização grega estava dividida em [[Cidade-Estado|cidades-Estado]] ([[pólis]]) que dominavam grandes áreas das margens do Mediterrâneo e do [[mar Negro]]. Após seu desaparecimento, ressurgiu em torno de 700. a.C.,<ref>John R. Short. ''An Introduction to Urban Geography'', page 10 [http://books.google.fr/books?id=uGE9AAAAIAAJ&pg=PA10&dq=greek+dark+ages+776+BC&hl=en&sa=X&ei=nTfmT_uSIOek0QXhtOzoCA&sqi=2&ved=0CFIQ6AEwBg#v=onepage&q=greek%20dark%20ages%20776%20BC&f=false]. Routledge, 1987</ref> até ser conquistada militarmente por [[República Romana|Roma]] em {{AC|168|x}}<ref>'''Britannica''', ''Antigonid dynasty'', 2008, O.Ed.</ref>


=== Período arcaico e clássico ===
No entanto, a superioridade da [[cultura grega]] gerou uma profunda influência na cultura romana, por isso o filósofo [[Horácio]] fez a seguinte afirmação: ''Graecia capta ferum victorem cepit'' ({{lang-pt|"A Grécia, embora capturada, manteve seu selvagem conquistador em cativeiro"}}). Na verdade, na [[Império Romano do Oriente|parte oriental do império]], a [[Língua grega|língua]] e a cultura gregas continuaram a ser muito influentes na sociedade.<ref>{{citar livro|título=Ancient Rome: An Introductory History|último=Zoch|primeiro=Paul|ano=2000|isbn=978-0-8061-3287-7|página=136|url=http://books.google.co.uk/books?id=95bu0O3LLlsC&pg=PA136&dq=Graecia+capta+ferum+victorem+cepit&hl=en&sa=X&ei=VUudT7z-NsH80QWt4tmVDw&ved=0CEAQ6AEwAg#v=onepage&q=Graecia%20capta%20ferum%20victorem%20cepit&f=false|acessodata=29 de abril de 2012}}</ref>
{{Artigo principal|Período Arcaico|Grécia Antiga|Período Arcaico|Grécia Clássica}}
{{Imagem múltipla
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| image1 = Greek Colonization Archaic Period-es.svg
O [[Império Bizantino]] estabeleceu-se como um dos maiores impérios da história da Europa e abrangia um território que ia do [[Mar Adriático]] e o [[sul da Itália]] ao [[Oriente Médio]]. [[Constantinopla]] se destacou como uma segunda Roma como o centro herdeiro das civilizações da Grécia e da Roma antigas. O império grego de [[Bizâncio]] também foi um dos impérios mais longevos da história: existiu durante mais de mil anos, do {{+séc|V}} ao {{séc|XV}}.<ref name=Fordham>{{Citar web|url=http://www.fordham.edu/halsall/byzantium/|título=Byzantium|acessodata=16-09-2012|língua=en}}</ref>
| caption1 = Mapa das [[colônias gregas]] no [[Mar Mediterrâneo]] durante o [[Período Arcaico]].
{{limpar}}

| image2 = Classic view of Acropolis.jpg
| caption2 = A [[Acrópole de Atenas]], o maior símbolo da [[Atenas Antiga]] e da [[Grécia Antiga]].
}}

O fim da [[Idade das Trevas Grega]] é tradicionalmente datado de 776 aC, o ano dos primeiros [[Jogos Olímpicos da Antiguidade]].<ref>{{Cite book | first = John R | last = Short | title = An Introduction to Urban Geography | page = 10 | url = https://books.google.com/?id=uGE9AAAAIAAJ&pg=PA10&q=greek%20dark%20ages%20776%20BC | publisher = Routledge | year = 1987| isbn = 9780710203724 }}</ref> Acredita-se que a ''[[Ilíada]]'' e a ''[[Odisseia]]'', os textos fundamentais da [[literatura ocidental]], tenham sido compostos por [[Homero]] nos séculos VII ou VIII aC.<ref>Vidal-Naquet, Pierre. ''Le monde d'Homère'' (The World of Homer), Perrin (2000), p. 19.</ref><ref name="The Odyssey 2003">[[D.C.H. Rieu]]'s introduction to ''The Odyssey'' (Penguin, 2003), p. ''xi''.</ref> Com o fim da Idade das Trevas, surgiram vários reinos e cidades-Estados em toda a península grega, que se espalharam pelas margens do [[Mar Negro]], sul da [[Itália]] (''[[Magna Graecia]]'') e [[Ásia Menor]]. Esses Estados e suas colônias alcançaram grandes níveis de prosperidade que resultaram em um ''boom'' cultural sem precedentes na [[Grécia clássica]], expresso em [[Arquitetura da Grécia Antiga|arquitetura]], [[Teatro na Grécia Antiga|teatro]], [[ciência]], [[Matemática da Grécia Antiga|matemática]] e [[Filosofia da Grécia Antiga|filosofia]]. Em 508 aC, [[Clístenes]] instituiu o [[Democracia ateniense|primeiro sistema democrático de governo]] do mundo em [[Atenas Antiga|Atenas]].<ref name="BKDunn1992">{{Cite book | first = John | last = Dunn | title = Democracy: the unfinished journey 508 BC&nbsp;– 1993 AD | publisher = Oxford University Press | year = 1994 | isbn = 978-0-19-827934-1}}</ref><ref name="BKRaaflaud2007">{{Cite book | first1 = Kurt A | last1 = Raaflaub | first2 = Josiah | last2 = Ober | first3 = Robert W | last3 = Wallace | title = Origin of Democracy in Ancient Greece | publisher = University of California Press | year = 2007 | isbn = 978-0-520-24562-4 | url = https://books.google.com/books?id=6qaSHHMaGVkC}}</ref>

Em 500 aC, o [[Império Aquemênida]] (ou Persa) controlava as cidades gregas da Ásia Menor e Macedônia.<ref>Joseph Roisman, Ian Worthington. [https://books.google.com/books?id=QsJ183uUDkMC&pg=PA345&lpg=PA345#v=onepage&q=Achaemenid%20Persians%20ruled%20balkans "A companion to Ancient Macedonia"] John Wiley & Sons, 2011. {{ISBN|144435163X}} pp 135–138, p 343</ref> As tentativas de algumas das cidades-Estados gregas da Ásia Menor de derrubar o domínio persa [[Revolta Jônica|falharam]] e a Pérsia invadiu os estados da Grécia continental em 492 aC, mas foi forçada a se retirar após uma derrota na [[Batalha de Maratona]] em 490 aC. Em resposta, as cidades-Estados gregas formaram a [[Liga Helênica]] em 481 aC, liderada por [[Esparta]], que foi a primeira união historicamente registrada dos Estados gregos desde a união mítica da [[Guerra de Troia]].<ref name="Waterfield2018">{{cite book|author=Robin Waterfield|title=Creators, Conquerors, and Citizens: A History of Ancient Greece|url=https://books.google.com/books?id=lLNSDwAAQBAJ&pg=PA148|date=19 April 2018|publisher=Oxford University Press|isbn=978-0-19-872788-0|page=148}}</ref><ref name="Fine1983">{{cite book|author=John Van Antwerp Fine|title=The Ancient Greeks: A Critical History|url=https://books.google.com/books?id=NjeM0kcp8swC&pg=PA297|year=1983|publisher=Harvard University Press|isbn=978-0-674-03314-6|page=297}}</ref>

Uma segunda invasão pelos persas aconteceu em 480 aC. Após decisivas vitórias gregas em 480 e 479 aC em [[Batalha de Salamina|Salamina]], [[Batalha de Plateias|Plateias]] e [[Batalha de Mícale|Mícale]], os persas foram forçados a se retirar pela segunda vez, marcando sua eventual retirada de todos os seus territórios europeus. Lideradas por [[Atenas Antiga|Atenas]] e Esparta, as vitórias gregas nas [[Guerras Greco-Persas]] são consideradas um momento crucial na [[história do mundo]],<ref name="Strauss2005">{{cite book|author=Barry Strauss|title=The Battle of Salamis: The Naval Encounter That Saved Greece – and Western Civilization|url=https://books.google.com/books?id=nQFtMcD5dOsC|date=16 August 2005|publisher=Simon and Schuster|isbn=978-0-7432-7453-1|pages=1–11}}</ref> pois os 50 anos de paz que se seguiram são conhecidos como a [[Século de Péricles|Idade de Ouro de Atenas]], período seminal de desenvolvimento na [[Grécia Antiga]] que lançou muitas das bases da [[civilização ocidental]].<ref name="Strauss2005"/>

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| image1 = Alexander_and_Bucephalus_-_Battle_of_Issus_mosaic_-_Museo_Archeologico_Nazionale_-_Naples_BW.jpg
| caption1 = [[Alexandre, o Grande]], cuja conquistas levaram ao início do [[período helenístico]].

| image2 = MacedonEmpire.jpg
| caption2 = [[Império Macedônico]], conquistado por [[Alexandre, o Grande]] (334-323 a.C.).
}}

A falta de unidade política na Grécia resultou em conflitos frequentes entre os Estados gregos. A guerra intra-grega mais devastadora foi a [[Guerra do Peloponeso]] (431 a 404 aC), vencida por Esparta e que marcou o fim do [[Império Ateniense]] como a principal potência na Grécia antiga. Atenas e Esparta foram mais tarde ofuscadas por [[Tebas (Grécia)|Tebas]] e, eventualmente, pela [[Macedônia Antiga|Macedônia]], com a última unindo a maioria das cidades-Estados do interior da Grécia na [[Liga de Corinto]] (também conhecida como Liga Helênica ou Liga Grega), sob o controle de [[Filipe II da Macedônia|Filipe II]].<ref>{{Cite book |url=https://books.google.com/?id=P98aXmGsFxcC&pg=PA79 |title=Global History Volume One: The Ancient World to the Age of Revolution |last=Willner |first=Mark |last2=Hero |first2=George |last3=Wiener |first3=Jerry |last4=Hero |first4=George A. |date=2006 |publisher=Barron's Educational Series |isbn=9780764158117 |page=79 |language=en}}</ref>

Apesar desse desenvolvimento, o mundo grego permaneceu amplamente fragmentado e não estaria unido sob uma única potência até o [[Grécia romana|período romano]].<ref name="walbank">{{Cite book |last=Walbank |first=Frank W. |title=Selected Papers: Studies in Greek and Roman History and Historiography |date=26 August 2010 |url=https://books.google.com/?id=5z_vUPABapoC&pg=PA1&q=League%2520of%2520Corinth |publisher=Cambridge University Press |language=en |isbn=9780521136808 |page=1 |access-date=2018-09-08}}</ref> Esparta não se juntou à Liga e lutou ativamente contra ela, levantando um exército liderado por [[Ágis III]] para garantir as cidades-Estado de Creta para a Pérsia.<ref>{{Cite book |url=https://books.google.com/?id=mO8f901Vt7gC&pg=PA5 |title=Greek Warfare: From the Battle of Marathon to the Conquests of Alexander the Great |last=Brice |first=Lee L. |date=17 de outubro de 2012 |publisher=ABC-CLIO |isbn=9781610690706 |page=5 |language=en}}</ref>

Após o assassinato de Filipe II, seu filho [[Alexandre, o Grande|Alexandre III]] ("O Grande") assumiu a liderança da Liga de Corinto e iniciou uma invasão do Império Aquemênida com as forças combinadas da Liga em 334 aC. Invicto em batalha, Alexandre havia conquistado o os territórios persas em 330 por aC. Quando morreu em 323 aC, ele havia criado um dos [[maiores impérios da história]], estendendo-se da Grécia à [[Índia]]. Após sua morte, seu império se dividiu em vários reinos, sendo os mais famosos o [[Império Selêucida]], o [[Egito Ptolomaico]], o [[Reino Greco-Bactriano]] e o [[Reino Indo-Grego]]. Muitos gregos migraram para [[Alexandria]], [[Antioquia]], [[Selêucia do Tigre|Selêucia]] e muitas outras novas cidades helenísticas na Ásia e na África.<ref>{{cite web|author=Ian Morris|url=http://www.princeton.edu/~pswpc/pdfs/morris/120509.pdf|title=The growth of Greek cities in the first millennium BC|publisher=[[Princeton University]]|date=dezembro de 2005}}</ref>

Embora a unidade política do império de Alexandre não pudesse ser mantida, ela resultou na [[Período helenístico|civilização helenística]] e espalhou a língua grega e a cultura grega nos territórios conquistados por Alexandre.<ref>{{cite web|author=John Ferguson|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/260307/Hellenistic-Age|title=Hellenistic Age: Ancient Greek history|publisher=Online Encyclopædia Britannica|accessdate=29 de abril de 2012}}</ref> Considera-se geralmente que a ciência, a tecnologia e a matemática gregas atingiram seu pico durante o período helenístico.<ref>{{Cite book | first1 = Cynthia | last1 = Kosso | first2 = Anne | last2 = Scott | title = The Nature and Function of Water, Baths, Bathing, and Hygiene from Antiquity Through the Renaissance | publisher =Brill | year = 2009 | page = 51 | url = https://books.google.com/?id=UTkXFLfmLTkC&pg=PA51&q=hellenistic%20mathematics%20science%20technology| isbn = 978-9004173576 }}</ref>

=== Período helenístico e romano ===
{{Artigo principal|Período helenístico|Grécia romana|Mundo greco-romano}}
{{Vertambém|Guerras de Alexandre, o Grande|Império Romano}}
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| image1 = NAMA_Machine_d'Anticythère_1.jpg
| caption1 = [[Máquina de Anticítera]] (c. 100 aC), considerado o primeiro [[computador analógico]] mecânico conhecido ([[Museu Arqueológico Nacional de Atenas]]).

| image2 = Πύργος των Ανέμων 6173.jpg
| caption2 = [[Torre dos Ventos]] nas ruínas da [[ágora]] [[Grécia romana|romana]] de Atenas.
}}

Após um período de confusão após a morte de Alexandre, a [[dinastia antigónida]], descendente de um dos generais de Alexandre, estabeleceu seu controle sobre a Macedônia e a maioria das cidades-Estados gregas em 276 aC.<ref>{{cite book | last = Spielvogel | first = Jackson | title = Western Civilization | volume = I: To 1715 | publisher = Thomson Wadsworth | year = 2005 | pages = 89–90 | url = https://books.google.com/books?id=xcNIBlwrjMsC&pg=PA89 | isbn = 978-0-534-64603-5}}</ref> Por volta de 200 aC, a [[República Romana]] se envolveu cada vez mais nos assuntos gregos e se engajou em uma série de [[guerras romano-macedônicas]].<ref name= Flower>{{cite book | title=The Roman Republic | editor-last=Flower | editor-first=Harriet | year=2004 | isbn=978-0-521-00390-2 | pages=[https://archive.org/details/cambridgecompani0000unse_s0h2/page/248 248, 258] | url=https://archive.org/details/cambridgecompani0000unse_s0h2/page/248 }}</ref> A derrota da Macedônia na [[Batalha de Pidna]], em 168 aC, sinalizou o fim do poder antigonídeo na Grécia.<ref>{{Cite book | title = Britannica | contribution = Antigonid dynasty | year = 2008 | edition = online}}</ref> Em 146 aC, a Macedônia foi anexada como uma [[província romana]] e o restante da Grécia tornou-se um [[protetorado]] romano.<ref name=Flower /><ref name=Ward>{{cite book |title=A history of the Roman people |last1=Ward |first1=Allen Mason |year=2003 |isbn=978-0-13-038480-5 |page=[https://archive.org/details/historyofromanpe00alle/page/276 276] |display-authors=etal |url=https://archive.org/details/historyofromanpe00alle/page/276 }}</ref>

O processo foi concluído em 27 aC, quando o imperador romano [[Augusto]] anexou o restante da Grécia e a constituiu como [[província senatorial]] da [[Acaia (província romana)|Acaia]].<ref name=Ward /> Apesar de sua superioridade militar, os romanos admiravam e se tornaram [[Mundo greco-romano|fortemente influenciados]] pelas realizações da [[cultura grega]], daí a famosa declaração de [[Horácio]]: ''Graecia capta ferum victorem cepit'' ("A Grécia, embora capturada, levou seu conquistador selvagem em cativeiro").<ref>{{cite book |title=Ancient Rome: An Introductory History |last=Zoch |first=Paul | year= 2000 | isbn = 978-0-8061-3287-7 |page=136 | url= https://books.google.com/?id=95bu0O3LLlsC&pg=PA136&q=Graecia%20capta%20ferum%20victorem%20cepit |accessdate=29 de abril de 2012}}</ref> Os épicos de Homero inspiraram a ''[[Eneida]]'' de [[Virgílio]], e autores como [[Sêneca, o jovem]], escreveram usando estilos literários gregos. Heróis romanos, como [[Cipião Africano]], tendiam a estudar filosofia e consideravam a cultura e a ciência gregas um exemplo a ser seguido. Da mesma forma, a maioria dos imperadores romanos mantinha uma admiração por coisas de natureza grega. O imperador romano [[Nero]] visitou a Grécia em 66 dC e se apresentou nos Jogos Olímpicos, apesar das regras contra a participação de não gregos.<ref name=":0">{{cite web |url = http://news.nationalgeographic.com/2016/08/olympics-olympic-games-no-longer-play-ancient-greece |title = Olympic Games We No Longer Play |date = 4 de agosto de 2016 |access-date = 4 de agosto de 2016 |archiveurl = https://web.archive.org/web/20160805194129/http://news.nationalgeographic.com/2016/08/olympics-olympic-games-no-longer-play-ancient-greece/ |archivedate = 5 de agosto de 2016 |df = dmy-all }}</ref>

As comunidades de língua grega do Oriente helenizado foram fundamentais para a disseminação do [[cristianismo primitivo]] nos séculos II e III,<ref>{{cite book | title= Backgrounds of Early Christianity | last = Ferguson | first = Everett | year = 2003 |isbn= 978-0-8028-2221-5 |pages= 617–18}}</ref> sendo que os primeiros líderes e escritores do [[cristianismo]] (principalmente [[Paulo de Tarso]]) eram principalmente de língua grega, embora geralmente não fossem da própria Grécia.<ref>{{cite book | title= Ancient Rome | last = Dunstan | first = William | year=2011 |isbn=978-0-7425-6834-1 |page=500 | url= https://books.google.com/?id=xkOhwFzz1AkC&pg=PA500&q=early%20christian%20leaders%20speak%20greek |accessdate=29 de abril de 2012}}</ref> O [[Novo Testamento]] foi escrito em grego e algumas de suas seções ([[Coríntios]], [[Primeira Epístola aos Tessalonicenses|Tessalonicenses]], [[Epístola aos Filipenses|Filipenses]], [[Apocalipse]] de [[João de Patmos]]) atestam a importância das igrejas na Grécia no início do cristianismo. No entanto, grande parte da Grécia se apegou tenazmente ao [[paganismo]] e as [[Religão da Grécia Antiga|práticas religiosas gregas antigas]] ainda estavam em voga no final do século IV dC,<ref>{{cite book |title=Early Christian Art and Architecture |last = Milburn |first=Robert |year=1992 |page=158 |url= https://books.google.com/?id=OcRTwsDq_Z4C&pg=PA158&q=early%20christianity%20greece |accessdate=29 April 2012|isbn = 9780520074125 }}</ref> quando foram proibidas pelo imperador romano [[Teodósio I]] em 391–392.<ref name="FriellWilliams2005">{{cite book|author1=Gerard Friell|author2=Peabody Professor of North American Archaeology and Ethnography Emeritus Stephen Williams|author3=Stephen Williams|title=Theodosius: The Empire at Bay|url=https://books.google.com/books?id=I8KRAgAAQBAJ|date=8 de agosto de 2005|publisher=Routledge|isbn=978-1-135-78262-7|page=105}}</ref> Os últimos jogos olímpicos registrados foram realizados em 393<ref name="Perrottet2004">{{cite book|author=Tony Perrottet|title=The Naked Olympics: The True Story of the Ancient Games|url=https://books.google.com/books?id=B2VPMUBAxUUC&pg=PA190|accessdate=1 de abril de 2013|date=8 de junho de 2004|publisher=Random House Digital, Inc.|isbn=978-1-58836-382-4|pages=190–}}</ref> e muitos templos foram destruídos ou danificados no século seguinte.<ref name="Evans2005" /> Em [[Atenas]] e nas áreas rurais, o paganismo é atestado desde o século VI dC<ref name="Evans2005">{{cite book|author=James Allan Stewart Evans|title=The Emperor Justinian and the Byzantine Empire|url=https://books.google.com/books?id=xDNv6qZ_I-IC|date=Janeiro de 2005|publisher=Greenwood Publishing Group|isbn=978-0-313-32582-3|pages=65–70}}</ref> e até mais tarde.<ref name="Haldon1990">{{cite book|author=J. F. Haldon|title=Byzantium in the Seventh Century: The Transformation of a Culture|url=https://books.google.com/books?id=pSHmT1G_5T0C|year=1990|publisher=Cambridge University Press|isbn=978-0-521-31917-1|page=329}}</ref> O fechamento da Academia de Atenas, da escola [[neoplatônica]], pelo imperador [[Justiniano]] em 529 é considerado por muitos como o fim da antiguidade, embora haja evidências de que a Academia continuou suas atividades por algum tempo depois disso.<ref name="Evans2005" /> Algumas áreas remotas, como o sudeste do Peloponeso, permaneceram pagãs até o século X dC.<ref>{{cite book |title= Hellenic Temples and Christian Churches: A Concise History of the Religious Cultures of Greece from Antiquity to the Present |last=Makrides |first=Nikolaos |year=2009 |publisher=NYU Press |isbn=978-0-8147-9568-2 |page=206 |url = https://books.google.com/?id=kKOY5NsekfkC&pg=PA17&q=10th%20century |accessdate=29 de abril de 2012}}</ref>

=== Período bizantino ===
{{Artigo principal|Império Bizantino|Latinocracia}}
{{Mais informações|Quarta Cruzada|Queda de Constantinopla}}
{{Imagem múltipla
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| image1 = Justinian555AD.png
| caption1 = O [[Império Bizantino]] em 555, sob [[Justiniano, o Grande]], em sua maior extensão desde a queda do [[Império Romano do Ocidente]].

| image2 = Ναός Αγίας Αικατερίνης, Θεσσαλονίκη 1953.jpg
| caption2 = [[Igreja de Santa Catarina (Salonica)|Igreja de Santa Catarina]], um dos 15 [[Monumentos Paleocristãos e Bizantinos de Tessalónica|monumentos paleocristãos e bizantinos]] da [[UNESCO]] localizados na cidade.

| image3 = Palace_of_the_Grand_Master_of_the_Knights_of_Rhodes_(9451928431).jpg
| caption3 = [[Palácio do Grão-Mestre dos Cavaleiros de Rodes]], originalmente construída no final do século VII como uma cidadela bizantina e a partir de 1309 usada pelos [[Cavaleiros Hospitalários]].
}}

O [[Império Romano do Oriente]], após a queda do [[Império Romano do Ocidente]] no século V, é convencionalmente conhecido como [[Império Bizantino]] (mas era simplesmente chamado de "Império Romano" em seu próprio tempo) e durou até 1453. Com sua capital em [[Constantinopla]], sua língua e cultura literária eram gregas e sua religião era predominantemente [[cristã ortodoxa oriental]].<ref>{{cite book|title=The Oxford Handbook of Byzantine Studies |editor-last=Jeffreys |editor-first=Elizabeth |year=2008 |isbn=978-0-19-925246-6 |page=4 |url=https://books.google.com/books?id=liFKua_cWL8C&pg=PA4}}</ref>

Desde o século IV, os territórios balcânicos do Império, incluindo a Grécia, sofreram o deslocamento de [[invasões bárbaras]]. Os ataques e devastação dos [[godos]] e [[hunos]] nos séculos IV e V e a invasão [[Eslavos meridionais|eslava]] da Grécia no século VII resultou em um colapso dramático na autoridade imperial na península grega.{{Sfn | Fine | 1991 | pp = 35–6}} Após a invasão eslava, o governo imperial manteve o controle formal apenas das ilhas e áreas costeiras, particularmente das cidades amuralhadas densamente povoadas, como [[Atenas]], [[Corinto]] e [[Tessalônica]], enquanto algumas áreas montanhosas do interior se sustentavam por conta própria e continuavam a reconhecer os interesses da autoridade imperial.{{Sfn | Fine | 1991 | pp = 35–6}} Fora dessas áreas, acredita-se que uma quantidade limitada de assentamentos eslavos tenha surgido, embora em uma escala muito menor do que se pensava anteriormente.{{Sfn | Fine | 1991 | pp = 63–6}}<ref>{{Cite book | first = TE | last = Gregory | title = A History of Byzantium | publisher = Wiley-Blackwell | year = 2010 | page = 169 | quote = It is now generally agreed that the people who lived in the Balkans after the Slavic "invasions" were probably for the most part the same as those who had lived there earlier, although the creation of new political groups and arrival of small immigrants caused people to look at themselves as distinct from their neighbors, including the Byzantines.}}</ref> No entanto, a visão de que a Grécia na [[antiguidade tardia]] passou por uma crise de declínio, fragmentação e despovoamento agora é considerada ultrapassada, pois as cidades gregas mostram um alto grau de continuidade institucional e prosperidade entre os séculos IV e VI dC (e possivelmente mais tarde também). No início do século VI, a Grécia possuía aproximadamente 80 cidades de acordo com a crônica ''Synecdemus'' e o período do século IV ao VII é considerado de alta prosperidade, não apenas na Grécia, mas em todo o Mediterrâneo Oriental.<ref name="Rothaus2000">{{cite book|author=Richard M. Rothaus|title=Corinth, the First City of Greece: An Urban History of Late Antique Cult and Religion|url=https://books.google.com/books?id=dbAhrDO1XQIC|year=2000|publisher=BRILL|isbn=978-90-04-10922-3|page=10}}</ref>

Até o século VIII, quase toda a Grécia moderna estava sob a jurisdição da [[Santa Sé]] de [[Roma]], de acordo com o sistema da [[Pentarquia]]. O imperador bizantino [[Leão III, o Isauro|Leão III]] moveu a fronteira do [[Patriarcado de Constantinopla]] para o oeste e para o norte no século VIII.<ref>{{cite book|url=https://books.google.com/books?id=2rayUr0j28wC&pg=PA203|title=Byzantium: Church, Society, and Civilization Seen Through Contemporary Eyes|first=Deno John|last=Geanakoplos|date=1984|publisher=University of Chicago Press|isbn=9780226284606}}</ref>

A recuperação bizantina de províncias perdidas começou no final do século VIII e a maior parte da península grega ficou sob controle imperial novamente, em etapas, durante o século IX.<ref name= EB2>{{cite web | url = http://www.britannica.com/EBchecked/topic/244154/Greece/26387/Byzantine-recovery |title=Greece During the Byzantine Period: Byzantine recovery | publisher=Encyclopædia Britannica | website = Online |accessdate=28 de abril de 2012}}</ref>{{Sfn | Fine | 1991 | pp =79–83}} Esse processo foi facilitado por um grande influxo de gregos da [[Sicília]] e da Ásia Menor para a península grega, enquanto ao mesmo tempo muitos eslavos foram capturados e restabelecidos na Ásia Menor e os poucos que restaram foram culturalmente assimilados.{{Sfn | Fine | 1991 | pp = 63–6}} Durante os séculos XI e XII, o retorno da estabilidade resultou em um forte crescimento econômico na península grega - muito mais forte do que o dos territórios [[Anatólia|anatólios]] do Império.<ref name=EB2 />

Após a [[Quarta Cruzada]] e a [[queda de Constantinopla]] aos "[[Império Latino|latinos]]" em 1204, a Grécia dividiu-se entre o [[Despotado do Epiro]] (um estado sucessor bizantino) e o domínio do [[Reino da França]]<ref name = EB3>{{cite web|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/244154/Greece/26389/Results-of-the-Fourth-Crusade|title=Greece During the Byzantine Period: Results of the Fourth Crusade|publisher=Online Encyclopædia Britannica|accessdate=28 de abril de 2012}}</ref> (conhecido como "[[latinocracia]]"), enquanto algumas ilhas estavam sob controle da [[República de Veneza]].<ref name= EB3A>{{cite web|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/244154/Greece/26395/The-islands|title=Greece During the Byzantine Period: The islands|publisher=Online Encyclopædia Britannica|accessdate=14 de maio de 2012}}</ref> O restabelecimento da capital imperial bizantina em Constantinopla em 1261 foi acompanhado pela recuperação de grande parte da península grega pelo império, embora o [[Principado da Acaia]] no Peloponeso e o rival Despotado do Epiro no norte continuassem importantes potências regionais no século XIV, enquanto as ilhas permaneciam em grande parte sob controle [[República de Gênova|genovês]] e veneziano.<ref name = EB3 /> Durante a [[dinastia paleóloga]] (1261-1453), surgiu uma nova era do patriotismo grego, acompanhada de um retorno à Grécia antiga.<ref name=Vasiliev/><ref>{{cite journal |last1=Moles |first1=Ian |title=Nationalism and Byzantine Greece |journal=Greek, Roman and Byzantine Studies |date=1969 |page=102 |url=https://books.google.gr/books?id=HJhOAAAAIAAJ |language=en|quote=Greek nationalism, in other words, was articulated as the boundaries of Byzantium shrank... the Palaeologian restoration that the two words are brought into definite and cognate relationship with 'nation' (Έθνος).}}</ref><ref name="RuncimanRunciman1985">{{cite book|author1=Steven Runciman|author2=Sir Steven Runciman|title=The Great Church in Captivity: A Study of the Patriarchate of Constantinople from the Eve of the Turkish Conquest to the Greek War of Independence|url=https://books.google.com/books?id=Vm5OGIBgoHMC&pg=PA120|date=24 October 1985|publisher=Cambridge University Press|isbn=978-0-521-31310-0|page=120|quote=By the fifteenth century most Byzantine intellectuals alluded to themselves as Hellenes. John Argyropoulus even calls the Emperor 'Emperor of the Hellenes' and describes the last wars of Byzantium as a struggle for the freedom of Hellas.}}</ref>

Como tais personalidades proeminentes da época também propuseram mudar o título imperial para "Imperador dos Helenos"<ref name=Vasiliev>{{cite book |last1=Vasiliev |first1=Alexander A. |title=History of the Byzantine Empire, 324–1453 |date=1964 |publisher=University of Wisconsin Press |isbn=9780299809256 |page=582 |url=https://books.google.com/?id=RtM0qClcIX4C |language=en}}</ref><ref name="RuncimanRunciman1985"/> e, no final do século XIV, o imperador era frequentemente chamado dessa maneira.<ref name="CareyCarey1968">{{cite book|author1=Jane Perry Clark Carey|author2=Andrew Galbraith Carey|title=The Web of Modern Greek Politics|url=https://books.google.com/books?id=ltw7AAAAMAAJ|year=1968|publisher=Columbia University Press|page =33|quote = By the end of the fourteenth century the Byzantine emperor was often called "Emperor of the Hellenes"}}</ref> Da mesma forma, em vários tratados internacionais da época, o imperador bizantino é denominado "Imperator Graecorum".<ref>{{cite book |last1=Hilsdale |first1=Cecily J. |title=Byzantine Art and Diplomacy in an Age of Decline |date=2014 |publisher=Cambridge University Press |isbn=9781107729384 |pages=82–83 |url=https://books.google.gr/books?id=t7GkAgAAQBAJ&pg=PA8 |language=en}}</ref>

No século XIV, grande parte da península grega foi perdida pelo Império Bizantino, primeiro para os [[sérvios]] e depois para os [[Império Otomano|otomanos]].<ref name = EB4>{{cite web|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/244154/Greece/26391/Thessaly-and-surrounding-regions|title=Greece During the Byzantine Period: Serbian and Ottoman advances|publisher=Online Encyclopædia Britannica|accessdate=28 de abril de 2012}}</ref> No início do século XV, o avanço otomano significava que o território bizantino na Grécia estava limitado principalmente à sua maior cidade da época, [[Tessalônica]], e ao Peloponeso ([[Despotado da Moreia]]).<ref name=EB4 /> Após a [[queda de Constantinopla]] para os otomanos em 1453, a Moreia foi um dos últimos [[Estados remanescentes]] do Império Bizantino a resistir aos turco-otomanos. No entanto, ele também caiu para os otomanos em 1460, completando a conquista otomana da Grécia continental.<ref name= EB5>{{cite web|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/244154/Greece/26391/Thessaly-and-surrounding-regions|title=Greece During the Byzantine Period: The Peloponnese advances|publisher=Online Encyclopædia Britannica|accessdate=28 de abril de 2012}}</ref> Com a conquista turca, muitos estudiosos gregos bizantinos, que até então eram os principais responsáveis ​​pela preservação do conhecimento grego clássico, fugiram para o Ocidente, levando consigo um grande corpo de literatura e, assim, contribuindo significativamente para o período do [[Renascimento]].<ref name= JJN>{{cite book |title= A Short History of Byzantium |last= Norwich |first= John Julius|year=1997 |publisher= Vintage Books |isbn=978-0-679-77269-9 |page = xxi}}</ref>

=== Possessões venezianas e domínio otomano ===
{{Artigo principal|Grécia otomana|Stato da Màr}}
{{Mais informações|Fanariotas|Patriarcado Ecumênico de Constantinopla|Ducado de Cândia}}

{{Imagem múltipla
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| image1 = Church of St. George, Istanbul (August 2010).jpg
| caption1 = [[Catedral de São Jorge (Istambul)|Catedral de São Jorge]], em [[Istambul]] (antiga [[Constantinopla]]), a sede do [[Patriarcado Ecumênico de Constantinopla]].

| image2 = Κούλες 9869.jpg
| caption2 = Forte de Koules, em [[Heraclião]], [[Creta]], constrúido pela [[República de Veneza]] no século XVI.

| image3 = White Tower and Beach front.jpg
| caption3 = A Torre Branca de Tessalônica, uma das estruturas otomanas mais conhecidas da Grécia.
}}

Enquanto a maior parte da Grécia continental e das ilhas do Mar Egeu estava sob controle otomano no final do século XV, [[Chipre]] e [[Creta]] continuaram sendo [[Stato da Màr|território veneziano]] e só caíram para os otomanos em 1571 e 1670, respectivamente. A única parte do mundo de língua grega que escapou do domínio otomano no longo prazo foram as [[ilhas Jônicas]], que permaneceram venezianas até serem capturadas pela [[Primeira República Francesa]] em 1797, depois passaram para o [[Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda|Reino Unido]] em 1809 até sua unificação com a Grécia em 1864.{{Sfn | Clogg | 1992| page=10}}

Enquanto alguns gregos nas ilhas Jônicas e Constantinopla viviam em prosperidade e, no caso dos [[fanariotas]], alcançaram posições de poder dentro do governo otomano,{{Sfn|Clogg|1992|page=23}} grande parte da população da Grécia continental sofreu as consequências econômicas da conquista otomana. Impostos foram cobrados e, nos anos posteriores, o [[Império Otomano]] decretou uma política de criação de propriedades hereditárias, transformando efetivamente as populações gregas rurais em [[Servidão|servos]].<ref>{{Cite book | last1 = Kourvetaris | first1 = George | last2 = Dobratz | first2 = Betty | title = A profile of modern Greece: in search of identity | page = 33 | url = https://books.google.com/?id=ePwcAAAAYAAJ&q=Greece+chiflik+serfs | publisher = Clarendon Press | year = 1987| isbn = 9780198275510 }}</ref>

A [[Igreja Ortodoxa Grega]] e o [[Patriarcado Ecumênico de Constantinopla]] foram considerados pelos governos otomanos como autoridades dominantes de toda a população cristã ortodoxa do Império Otomano, etnicamente grega ou não. Embora o Estado otomano não tenha forçado os não-muçulmanos a se converterem ao [[islamismo]], os cristãos enfrentaram vários tipos de discriminação que pretendiam destacar seu ''status'' "inferior". A discriminação contra os cristãos, principalmente quando combinada com o tratamento severo das autoridades otomanas locais, levou a conversões ao Islã, mesmo que superficialmente. No século XIX, muitos "cripto-cristãos" retornaram à sua antiga lealdade religiosa.{{Sfn | Clogg | 1992|page=14}}

A natureza da administração otomana da Grécia variava, embora fosse invariavelmente arbitrária e muitas vezes dura.{{Sfn | Clogg | 1992|page=14}} Quando eclodiram conflitos militares entre o Império Otomano e outros estados, os gregos usavam armas contra os otomanos, com poucas exceções. Essas revoltas eram reprimidas pelos otomanos com grande derramamento de sangue.<ref>{{Cite book | first = Lyn | last = Harrington | title = Greece and the Greeks | page = 124 | url = https://books.google.com/?id=d7BAAAAAIAAJ&q=greece+revolts+ottoman+rule+bloodshed | publisher = T Nelson | year = 1968}}, 221 pp.</ref><ref>{{Cite book | first1 = Jamie | last1 = Stokes | first2 = Anthony | last2 = Gorman | title = Encyclopedia of the Peoples of Africa and the Middle East | page = 256 | url = https://books.google.com/?id=stl97FdyRswC&pg=PA256&q=greece%20ottoman%20rule%20revolts%20orlov | publisher = Infobase | year = 2010 | isbn = 978-1-4381-2676-0}}</ref>

Os séculos XVI e XVII são considerados como uma "idade das trevas" na história grega, com a perspectiva de derrubar o domínio otomano parecendo remota. [[Corfu]] resistiu a três cercos principais em 1537, 1571 e 1716, os quais resultaram na repulsa aos otomanos. No entanto, no século XVIII, devido ao seu domínio do transporte marítimo e do comércio, surgiu uma classe rica e dispersa de comerciantes gregos. Esses comerciantes passaram a dominar o comércio dentro do Império Otomano, estabelecendo comunidades em todo o Mediterrâneo, nos Bálcãs e na [[Europa Ocidental]]. Embora a conquista otomana tenha separado a Grécia de importantes movimentos intelectuais europeus, como a [[Reforma]] e o [[Iluminismo]], essas ideias, juntamente com os ideais da [[Revolução Francesa]] e o [[nacionalismo romântico]], começaram a penetrar no mundo grego através da diáspora mercantil.{{Sfn | Clogg | 1992|page=27}} No final do século XVIII, [[Rigas Feraios]], o primeiro revolucionário a visualizar um Estado grego independente, publicou uma série de documentos relacionados à independência grega, incluindo, entre outros, um hino nacional e o primeiro mapa detalhado da Grécia, em [[Viena]]. Feraios foi assassinado por agentes otomanos em 1798.{{Sfn | Clogg | 1992|page=31}}<ref>{{Cite book | first = Olga | last = Katsiaridi-Hering | chapter = La famiglia nell'economia europea, secc. XIII-XVIII | title = Atti della "quarantesima Settimana di studi," 6–10 Aprile 2008 | publisher = Istituto internazionale di storia economica F. Datini. Simonetta Cavaciocchi. Firenze University Press | year = 2009 | isbn = 978-88-8453-910-6 | page = 410 | chapter-url = https://books.google.com/?id=WsyHfHzeP_8C&pg=PA410&q=rigas%20feraios%20murdered}}</ref>


=== Período contemporâneo ===
=== Período contemporâneo ===
{{Artigo principal|História da Grécia Moderna}}
{{Artigo principal|História da Grécia Moderna}}
{{Vertambém|Grécia otomana|Guerra da Independência Grega|Guerra Greco-Turca (1919-1922)}}
[[Imagem:Fire ship by Volanakis.jpg|thumb|Uma fragata [[Império Otomano|otomana]] em chamas durante a [[Guerra da Independência Grega]] (1821–1829)]]


==== Guerra de independência ====
Após a [[Queda de Constantinopla]], a capital do antigo Império, os [[otomanos]] invadiram a Grécia, assim como o resto da [[Península Balcânica]]. Os gregos viveram por 350 anos sob [[Império Otomano|domínio turco]], que terminou em 1821, com a [[Guerra da Independência Grega]].<ref name="Clogg">Clogg, Richard, ''A Concise History of Greece'', pages 10-37. Cambridge University Press, 1992, 257 pages. ISBN 0-521-37228-3. [http://books.google.fr/books?id=H5pyUIY4THYC&printsec=frontcover&dq=richard+clogg+greece&hl=en&sa=X&ei=uurkT5nGNNKyhAfFkay9CQ&redir_esc=y#v=onepage&q=richard%20clogg%20greece&f=false]</ref>
{{Artigo principal|Guerra de independência da Grécia}}
{{Vertambém|Primeira República Helênica}}


{{Imagem múltipla
Ao recuperar a independência em parte do seu território, a Grécia tornou-se um Estado europeu moderno, sendo o nobre [[Ioannis Kapodistrias]] o primeiro-ministro da Grécia moderna. No final do {{séc|XIX}}, os gregos continuaram a batalha contra os turcos para continuar liberando territórios anteriormente ocupados, como [[Tessália]] e [[Epiro]]. Durante as [[Guerras dos Balcãs]], a Grécia conseguiu também recuperar a [[Trácia]] e a [[Reino da Macedônia|Macedônia]]. Em 1922, a invasão grega da Ásia Menor durante a [[Guerra Greco-Turca (1919-1922)|Guerra Grego-Turca]], no entanto, acabou com a derrota e expulsão de 1,5&nbsp;milhões de gregos, terminando com {{formatnum:4000}} anos de presença grega ininterrupta no leste do [[mar Egeu]].<ref>[http://www.spiegel.de/international/0,1518,451140,00.html ''The Diaspora Welcomes the Pope'']. ''[[Der Spiegel]]''. 28 de novembro de 2006.</ref>
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[[Imagem:Peter von Hess - The Entry of King Othon of Greece in Athens - WGA11387.jpg|thumb|esquerda|''A Entrada do Rei [[Oto I da Grécia|Oto I]] em Atenas'', Peter von Hess, 1839]]
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| image1 = Κωνσταντίνος_Βολανάκης_-_Το_κάψιμο_της_τουρκικής_φρεγάτας.jpg
Durante a década de 1930, a Grécia foi arrastada ao [[fascismo]] através do ditador [[Ioánnis Metaxás]]. Durante a [[Segunda Guerra Mundial]], o país [[Ocupação da Grécia pelas potências do Eixo|foi ocupado]] pelas [[Potências do Eixo]] ([[Alemanha nazista]] e [[Itália fascista]]) e nele estabeleceu-se um governo colaboracionista.<ref>[http://www.britannica.com/EBchecked/topic/244154/Greece/26430/Greek-history-since-World-War-IGreece Greek history since World War I]. ''[[Encyclopædia Britannica]]''.</ref> A ocupação nazista foi seguida pela [[Guerra Civil Grega]], que terminou em 1949.<ref>[[Mark Mazower|Mazower, Mark]]. ''After the War was Over''.</ref>
| caption1 = Fragata [[Império Otomano|otomana]] em chamas durante a [[Guerra da Independência Grega]] (1821–1829).


| image2 = Navarino.jpg
Em 1952, o país aderiu à [[Organização do Tratado do Atlântico Norte]] (OTAN ou NATO) e, em 1981, à [[União Europeia]] (UE).<ref name="autogenerated2">History, Editorial Consultant: Adam Hart-Davis. [[Dorling Kindersley]]. ISBN 978-1-85613-062-2.</ref> Atualmente, a [[nação]] grega é definida como uma [[república]] [[Parlamentarismo|parlamentar]] [[Democracia|democrática]], que alcançou um desenvolvimento econômico e social considerável.
| caption2 = A [[Batalha de Navarino]] em 1827 assegurou a independência grega do [[Império Otomano]].
}}


No final do século XVIII, um aumento na aprendizagem secular durante o Iluminismo Grego ao ressurgimento entre os gregos da diáspora da noção de uma nação grega que remonta à [[Grécia antiga]], distinta dos outros povos ortodoxos, e tendo direito a à autonomia política. Uma das organizações formadas nesse meio intelectual foi a [[Filiki Eteria]], uma organização secreta formada por comerciantes em [[Odessa]] em 1814.<ref>{{harvnb|Hatzopoulos|2009|pp=81–3}}.</ref> Apropriando-se de uma longa tradição da profecia messiânica [[ortodoxa]] que aspirava à ressurreição do [[Império Romano do Oriente]] e criando a impressão de que tinham o apoio do [[Império Russo]], eles conseguiram, em meio a uma crise do comércio [[Império Otomano|otomano]] a partir de 1815, envolver os estratos tradicionais do mundo ortodoxo grego em sua causa nacionalista liberal. A Filiki Eteria planejava lançar a revolução no [[Peloponeso]], nos [[Principados do Danúbio]] e em [[Constantinopla]]. A primeira dessas revoltas começou em 6 de março de 1821, nos Principados do Danúbio, sob a liderança de [[Alexandros Ypsilantis]], mas logo foi reprimida pelos otomanos. Os eventos no norte levaram os gregos do Peloponeso a entrar em ação e, em 17 de março de 1821, os [[maniots]] declararam guerra aos otomanos.<ref name="Brewer, D. 2001, pp. 235">Brewer, D. ''The Greek War of Independence: The Struggle for Freedom from Ottoman Oppression and the Birth of the Modern Greek Nation.'' Overlook Press, 2001, {{ISBN|1-58567-172-X}}, pp. 235–36.</ref>
Em 2010 a Grécia, já castigada pela [[Grande Recessão|crise financeira de 2008-2009]], foi o protagonista de uma [[Crise da dívida pública da Zona Euro|crise de confiança]] que se espalhou por toda a União Europeia. O país então viu o crescente interesse que os investidores exigiram para comprar sua dívida e foi forçado a realizar reformas fiscais destinadas a reduzir o seu défice à custa do [[crescimento econômico]] e do perigo de uma recaída na [[recessão econômica|recessão]], correndo o risco de ter que sair da [[zona euro]].<ref name="Crise"/>

No final do mês, o Peloponeso estava em revolta aberta contra os otomanos e em outubro de 1821 os gregos sob liderança de [[Theodoros Kolokotronis]] haviam capturado [[Tripolitsa]]. A revolta do Peloponeso foi rapidamente seguida por revoltas em [[Creta]], [[Macedónia (Grécia)|Macedônia]] e Grécia Central, que logo seriam reprimidas. Enquanto isso, uma marinha grega improvisada estava obtendo sucesso contra a marinha otomana no [[Mar Egeu]] e impedia que os reforços otomanos chegassem pelo mar. Em 1822 e 1824, [[turcos]] e [[egípcios]] devastaram as ilhas, incluindo [[Chios]] e [[Psara]], cometendo massacres contra a população.<ref name="Brewer, D. 2001, pp. 235" /> Aproximadamente três quartos da população grega de Chios, de 120.000 habitantes, foram mortos, escravizados ou morreram de doenças.<ref>{{cite book |last1=Tucker |first1=Spencer C. |title=A Global Chronology of Conflict: From the Ancient World to the Modern Middle East |date=2009 |publisher=ABC-CLIO |isbn=9781851096725 | page=1140 |url=https://books.google.com/books?id=h5_tSnygvbIC&pg=PA1140}}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.qgazette.com/news/2007-11-28/features/016.html|title=The Chios Massacre Of 1822|work=Queens Gazette|access-date=11 de novembro de 2018|archive-url=https://web.archive.org/web/20181111173817/http://www.qgazette.com/news/2007-11-28/features/016.html|archive-date=11 de novembro de 2018}}</ref> Isto teve o efeito de galvanizar a opinião pública na [[Europa Ocidental]] em favor dos rebeldes gregos.<ref>{{cite book|last1=Klose|first1=Fabian|title=The Emergence of Humanitarian Intervention: Ideas and Practice...|date=2016|publisher=Clays|isbn=9781107075511|page=175|url=https://books.google.com/books?id=cMvZCgAAQBAJ&pg=PA175&lpg=PA175&dq=castlereagh+chios#v=onepage&q=castlereagh%20chios|accessdate=6 de agosto de 2017}}</ref>

Tensões logo se desenvolveram entre diferentes facções gregas, levando a duas guerras civis consecutivas. Enquanto isso, o [[sultão otomano]] negociou com [[Mehmet Ali]], do [[Egito]], que concordou em enviar seu filho [[Ibraim Paxá]] para a Grécia com um exército para reprimir a revolta em troca de ganhos territoriais. Ibraim desembarcou no Peloponeso em fevereiro de 1825 e teve sucesso imediato: no final de 1825, a maior parte do Peloponeso estava sob controle egípcio e a cidade de [[Missolonghi]] - sitiada pelos turcos desde abril de 1825 - caiu em abril de 1826. Embora Ibraim tenha sido derrotado em [[Mani (Grécia)|Mani]], ele conseguiu reprimir a maior parte da revolta no Peloponeso e Atenas foi retomada.<ref name=EB1911>{{EB1911 |wstitle=Ibrahim Pasha |volume=14 |pages=223–224 |inline=1}}</ref>

Após anos de negociação, três grandes potências, [[França]], [[Império Russo]] e [[Reino Unido]], decidiram intervir no conflito e cada nação enviou uma marinha para a Grécia. Após as notícias de que as frotas otomano-egípcias combinadas iam atacar a ilha grega de [[Hydra]], a frota aliada interceptou a frota otomana-egípcia em [[Navarino]]. Um impasse de uma semana terminou com a [[Batalha de Navarino]], que resultou na destruição da frota otomano-egípcia. Uma força expedicionária francesa foi despachada para supervisionar a evacuação do exército egípcio do Peloponeso, enquanto os gregos procederam à parte capturada da Grécia Central em 1828. Como resultado de anos de negociação, o nascente Estado grego foi finalmente reconhecido sob o [[Protocolo de Londres]] em 1830.<ref>[http://kingscollections.org/exhibitions/specialcollections/greece/british-involvement-in-the-war/london-protocol The London Protocol of 3 February 1830]. Acessado em 19 de março de 2020.</ref>

==== Reino ====
{{Artigo principal|Reino da Grécia}}

{{Imagem múltipla
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| image1 = Peter von Hess - The Entry of King Othon of Greece in Athens - WGA11387.jpg
| caption1 = ''A Entrada do Rei [[Oto I da Grécia|Oto I]] em Atenas'', Peter von Hess, 1839.

| image2 = Oil painting of the Greek Parliament, at the end of the 19th century, by N. Orlof.jpg
| caption2 = O [[Parlamento Helênico]] por volta dos anos 1880, com [[Charílaos Trikúpis]] a discursar.
}}
Em 1827, [[Ioannis Kapodistrias]], de [[Corfu]], foi escolhido pela Terceira Assembléia Nacional em [[Trezena (Grécia)|Trezena]] como o primeiro governador da [[Primeira República Helênica]]. Kapodistrias estabeleceu uma série de instituições estatais, econômicas e militares. Logo surgiram tensões entre ele e os interesses locais. Após seu assassinato em 1831 e a subsequente conferência de Londres, um ano depois, as Grandes Potências de Reino Unido, França e Rússia instalaram o príncipe bávaro [[Otto von Wittelsbach]] como [[Rei da Grécia|monarca]].<ref name="britannica otto">{{Cite encyclopedia |title=Otto |encyclopedia=Encyclopedia Britannica |url=https://www.britannica.com/biography/Otto-king-of-Greece |language=en |accessdate=1 de setembro de 2018}}</ref> O reinado de Otto foi [[Déspota|despótico]] e, em seus primeiros 11 anos de independência, a Grécia foi governada por uma [[oligarquia]] da [[Reino da Baviera|Baviera]] liderada por [[Josef Ludwig von Armansperg]] como primeiro-ministro e, mais tarde, pelo próprio Otto, que detinha o título de rei e primeiro-ministro.<ref name="britannica otto" /> Durante esse período, a Grécia permaneceu sob a influência de suas três grandes potências protetoras, França, Rússia e Reino Unido, além da Baviera.<ref>{{Cite book |url=https://books.google.com/?id=fXfatJ1aQq0C&pg=PA71&q=king%2520otto%2520german%2520language%2520administration%2520greece |title=The Theory and Practice of Institutional Transplantation: Experiences with the Transfer of Policy Institutions |last=Jong |first=M. de |last2=Lalenis |first2=K. |last3=Mamadouh |first3=V. D. |date=31 December 2002 |publisher=Springer Science & Business Media |isbn=9781402011085 |page=71 |language=en}}</ref>

Apesar do [[absolutismo]] do reinado de Otto, os primeiros anos foram fundamentais na criação de instituições que ainda são a base da administração e educação gregas.<ref name="encyclopedia imperialism">{{Cite book |url=https://books.google.com/?id=Y5zTkGKy4wEC&pg=PA291&q=king%2520otto%2520german%2520language%2520administration%2520greece |title=Encyclopedia of the Age of Imperialism, 1800-1914 |last=Hodge |first=Carl Cavanagh |date=2008 |publisher=Greenwood Publishing Group |page=291 |language=en |access-date=2018-09-09|isbn=9780313043413 }}</ref> Medidas importantes foram tomadas na criação do sistema educacional, nas comunicações marítimas e postais, na administração civil eficaz e, mais importante, no [[código legal]].{{sfn|Great Greek Encyclopedia|page=50-51}} O [[revisionismo]] histórico assumiu a forma de "desbizantinificação" e des "desotomanização", em favor da promoção da herança grega antiga do país.<ref name="roudometof">{{Cite book |url=https://books.google.com/?id=I9p_m7oXQ00C&pg=PA102&q=king%2520otto%2520german%2520language%2520administration%2520greece |title=Nationalism, Globalization, and Orthodoxy: The Social Origins of Ethnic Conflict in the Balkans |last=Roudometof |first=Victor |date=2001 |publisher=Greenwood Publishing Group |isbn=9780313319495 |pages=101–113 |language=en}}</ref> Nesse espírito, a capital nacional foi transferida de [[Náuplia]], onde estava desde 1829, para [[Atenas]], que na época era uma vila.<ref>{{Cite book |url=https://books.google.com/?id=vb2xAAAAIAAJ&q=otto+move+capital+athens |title=Planning and Urban Growth in Southern Europe |last=Wynn |first=Martin |date=1984 |publisher=Mansell |isbn=9780720116083 |page=6 |language=en}}</ref> Uma reforma religiosa também ocorreu e a [[Igreja da Grécia]] foi estabelecida como [[igreja nacional]] do país, embora Otto permanecesse [[católico]]. 25 de março, o dia da [[Anunciação]], foi escolhido como o aniversário da [[Guerra da Independência Grega]], a fim de reforçar o vínculo entre a [[identidade nacional]] grega e a [[Ortodoxia]].<ref name="roudometof" /> [[Pavlos Karolidis]] chamou os esforços da Baviera para criar um Estado moderno na Grécia como "não apenas apropriado para as necessidades das pessoas, mas também baseado em excelentes princípios administrativos da época".{{sfn|Great Greek Encyclopedia|page=50-51}}

Otto foi deposto na Revolução de 23 de outubro de 1862. Várias causas levaram ao seu depoimento e exílio, incluindo o governo dominado pela Baviera, impostos pesados ​​e uma tentativa fracassada de anexar [[Creta]] a partir do [[Império Otomano]].<ref name="britannica otto" /> O catalisador da revolta foi a demissão de [[Konstantinos Kanaris]] por Otto.<ref name="encyclopedia imperialism" /> Um ano depois, ele foi substituído pelo príncipe Guilherme da Dinamarca, que levou o nome de Jorge I e trouxe consigo as ilhas Jônicas como um presente de coroação da Grã-Bretanha. Uma nova Constituição em 1864 mudou a forma de governo da Grécia da monarquia constitucional para a república coroada mais democrática.{{sfn|Great Greek Encyclopedia|page=239|loc="Διὰ τοῦ Συντάγματος τοῦ 1864 καθιερώθει ὡς πολίτευμα διὰ τὴν Ἑλλάδα ἡ κοινοβουλευτικὴ μοναρχία, ἣ, ὅπως ἄλλως ἐχαρακτηρίσθη, ἡ «βασιλευομένη δημοκρατία» ἣ «δημοκρατικὴ βασιλεία»"}}<ref>{{cite web |url=https://www.hellenicparliament.gr/en/Vouli-ton-Ellinon/To-Politevma/Syntagmatiki-Istoria/ |title=Constitutional History |publisher=Hellenic Parliament |website=hellenicparliament.gr |access-date=4 de setembro de 2018 |quote=The revolt marked the end of constitutional monarchy and the beginning of a crowned democracy with George-Christian-Wilhelm of the Schleswig-Holstein-Sønderburg-Glücksburg dynasty as monarch.}}</ref><ref>{{Cite book |url=https://books.google.com/?id=RekVT4GnyYIC&pg=PA132&q=crowned%2520republic%2520greece |title=Greece Country Study Guide: Strategic Information and Developments |publisher=International Business Publications, USA |date=3 de março de 2012 |isbn=978-1-4387-7447-3 |page=131 |quote=In 1862, however, a revolt brought about important changes in the political system that led to the so-called "crowned democracy", i.e. a kingdom with a democratic government.}}</ref> Em 1875, o conceito de maioria parlamentar como requisito para a formação de um governo foi introduzido por [[Charilaos Trikoupis]],<ref name="constitutional history">{{cite web |url=https://www.hellenicparliament.gr/en/Vouli-ton-Ellinon/To-Politevma/Syntagmatiki-Istoria/ |title=Constitutional History |publisher=Hellenic Parliament |website=hellenicparliament.gr |access-date=4 de setembro de 2018 }}</ref> restringindo o poder da monarquia de nomear governos minoritários de sua preferência. No final do {{séc|XIX}}, os gregos continuaram a batalha contra os turcos para continuar liberando territórios anteriormente ocupados, como [[Tessália]] e [[Epiro]]. Durante as [[Guerras dos Balcãs]], a Grécia conseguiu também recuperar a [[Trácia]] e a [[Reino da Macedônia|Macedônia]].<ref>{{citar web |url=https://www.britannica.com/topic/Balkan-Wars |titulo=Balkan Wars |editor=[[Enciclopédia Britânica]] |acessodata=19 de março de 2020}}</ref>

==== Primeira Guerra Mundial ====
{{Artigo principal|Guerra dos Balcãs|Cisma Nacional|Guerra Greco-Turca de 1919–1922|Segunda República Helênica}}

{{Imagem múltipla
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| image1 = Greek Parade Paris 1919.jpg
| caption1 = Formação do Exército Helênico na Parada da Vitória na [[Primeira Guerra Mundial]] em [[Paris]], julho de 1919.

| image2 = Greece_in_the_Treaty_of_Sèvres.jpg
| caption2 = Mapa da Grande Grécia após o [[Tratado de Sèvres]], quando a ''[[Megali Idea]]'' parecia quase completa, apresentando [[Eleftherios Venizelos]] como seu gênio supervisor.
}}

Em meio à insatisfação geral com a aparente inércia e inatingibilidade das aspirações nacionais sob a liderança do cauteloso reformista [[Geórgios Theotókis]], um grupo de oficiais militares organizou um [[Golpe de Goudi|golpe em agosto de 1909]] e logo depois chamou a Atenas o político cretense [[Eleftherios Venizelos]], que transmitia uma visão da regeneração nacional. Depois de vencer duas eleições e se tornar primeiro-ministro em 1910,<ref>{{harvnb|Mazower|1992|pp=886, 890–3, 895–900, 904}}</ref> Venizelos iniciou amplas reformas fiscais, sociais e constitucionais, reorganizou as forças armadas, fez da Grécia um membro da [[Liga Balcânica]] e liderou o país durante as [[Guerras dos Balcãs]]. Em 1913, o território e a população da Grécia quase dobraram, anexando [[Creta]], [[Epiro]] e [[Macedônia (Grécia)|Macedônia]]. Nos anos seguintes, a luta entre o rei [[Constantino I da Grécia|Constantino I]] e o carismático Venizelos sobre a política externa do país nas vésperas da [[Primeira Guerra Mundial]] dominou a cena política do país e dividiu o país em [[Cisma Nacional|dois grupos opostos]]. Durante partes da Primeira Guerra Mundial, a Grécia tinha dois governos: um [[Impérios Centrais|pró-alemão]] monarquista em Atenas e um pró-[[Tríplice Entente|Entente]] venizelista em Tessalônica. Os dois governos foram unidos em 1917, quando a Grécia entrou oficialmente na guerra ao lado da Entente.<ref>{{citar web |url=https://www.history.com/this-day-in-history/greece-declares-war-on-central-powers |titulo=Greece declares war on Central Powers |editor=[[History Channel]] |acessodata=19 de março de 2020}}</ref>

Após a Primeira Guerra Mundial, a Grécia tentou uma expansão adicional na [[Ásia Menor]], uma região com uma grande população grega nativa na época, mas foi derrotada na [[Guerra Greco-Turca de 1919-1922]], contribuindo para uma fuga maciça de [[Gregos otomanos|gregos da Ásia Menor]].<ref name=Gibney>{{cite book |author=Matthew J. Gibney, [[Randall Hansen]]. |title=Immigration and Asylum: from 1900 to the Present, Volume 3 |publisher=ABC-CLIO |year=2005 |page=[https://archive.org/details/immigrationasylu00matt/page/377 377] |isbn=978-1-57607-796-2 |quote=The total number of Christians who fled to Greece was probably in the region of I.2 million with the main wave occurring in 1922 before the signing of the convention. According to the official records of the Mixed Commission set up to monitor the movements, the Greeks who were transferred after 1923 numbered 189,916 and the number of Muslims expelled to Turkey was 355,635 (Ladas I932, 438–439), but using the same source Eddy 1931, 201 states that the post-1923 exchange involved 192,356 Greeks from Turkey and 354,647 Muslims from Greece. |url=https://archive.org/details/immigrationasylu00matt/page/377 }}</ref><ref>{{cite book |last=Sofos |first=Spyros A. |author-link=Spyros Sofos |last2=Özkirimli |first2=Umut |author2-link=Umut Özkirimli |title=Tormented by History: Nationalism in Greece and Turkey |publisher=C Hurst & Co Publishers Ltd |year=2008 |pages=116–117 |isbn=978-1-85065-899-3 }}</ref> Esses eventos se sobrepuseram, com ambos ocorrendo durante o [[genocídio grego]] (1914–1922),<ref>{{Cite journal | doi = 10.1080/14623520801950820 | last1 = Schaller | first1 = Dominik J | last2 = Zimmerer | first2 = Jürgen | year = 2008 | title = Late Ottoman genocides: the dissolution of the Ottoman Empire and Young Turkish population and extermination policies&nbsp;– introduction | journal = Journal of Genocide Research | volume = 10 | issue = 1| pages = 7–14}}</ref><ref>{{Cite news | url = http://news.am/eng/news/16644.html | title = Genocide Resolution approved by Swedish Parliament | publisher = News.AM}}</ref><ref>Gaunt, David. ''[https://books.google.com/books?id=4mug9LrpLKcC&printsec=frontcover#v=onepage Massacres, Resistance, Protectors: Muslim-Christian Relations in Eastern Anatolia during World War I]''. Piscataway, [[New Jersey|NJ]]: Gorgias Press, 2006.</ref><ref>{{cite news | author-link = Chris Hedges| last = Hedges | first = Chris | date = 17 de setembro de 2000 | url = https://www.nytimes.com/2000/09/17/nyregion/a-few-words-in-greek-tell-of-a-homeland-lost.html | title = A Few Words in Greek Tell of a Homeland Lost | newspaper = [[The New York Times]]}}</ref> um período durante o qual, segundo várias fontes,<ref>{{Cite journal | first = RJ | last = Rummel | author-link = R. J. Rummel | year = 1998 | title = The Holocaust in Comparative and Historical Perspective | journal = Idea Journal of Social Issues | volume = 3 | number = 2}}</ref> oficiais otomanos e turcos contribuíram para a morte de várias centenas de milhares de gregos na Ásia Menor, juntamente com um número [[Genocídio Assírio|semelhante de assírios]] e um [[Genocídio Armênio|número bastante maior de armênios]]. O êxodo grego resultante da Ásia Menor foi tornado permanente e ampliado em uma [[Troca de populações entre a Grécia e a Turquia|troca oficial de população entre a Grécia e a Turquia]]. A troca fazia parte dos termos do [[Tratado de Lausanne]], que encerrou a guerra.<ref>{{cite magazine|author=Annette Grossbongardt|url=http://www.spiegel.de/international/christians-in-turkey-the-diaspora-welcomes-the-pope-a-451140.html|title=Christians in Turkey: The Diaspora Welcomes the Pope|magazine=[[Der Spiegel]]|date=28 de novembro de 2006}}</ref>

A era seguinte foi marcada pela instabilidade, pois mais de 1,5 milhão de [[refugiado]]s gregos expulsos da [[Turquia]] tiveram que ser integrados à sociedade grega. [[Capadócios gregos|Gregos capadócios]], [[gregos pônticos]] e [[gregos de Antioquia]] também estavam sujeitos à troca populacional. Alguns dos refugiados não sabiam falar o idioma dos gregos do continente. Os refugiados também fizeram um aumento dramático da população no pós-guerra, pois o número de refugiados era mais de um quarto da população anterior da Grécia.<ref>Howland, Charles P. [http://www.foreignaffairs.com/articles/68710/charles-p-howland/greece-and-her-refugees "Greece and Her Refugees"], ''Foreign Affairs'', [[The Council on Foreign Relations]]. Julho de 1926. Acessado em 19 de março de 2020</ref>

Após os eventos catastróficos na Ásia Menor, a monarquia foi abolida por meio de um referendo em 1924 e a [[Segunda República Helênica]] foi declarada. Em 1935, um general monarca que virou político [[Georgios Kondylis]] tomou o poder após um golpe de Estado e aboliu a república, realizando um referendo fraudulento, após o qual o rei [[Jorge II da Grécia|Jorge II]] retornou à Grécia e foi restaurado ao trono.<ref>{{cite journal |last=Miller |first=William |year=1936 |title=A New Era in Greece |journal=[[Foreign Affairs]] |volume=14 |issue=4 |pages=654–661 |jstor=20030766 }}</ref>

==== Segunda Guerra Mundial e guerra civil ====
{{Artigo principal|Regime de 4 de Agosto|Guerra Greco-Italiana|Batalha da Grécia|Ocupação da Grécia pelas potências do Eixo|Guerra Civil da Grécia}}

[[Imagem:Bundesarchiv Bild 101I-164-0389-23A, Athen, Hissen der Hakenkreuzflagge.jpg|thumb|upright|Soldados alemães erguendo a bandeira de guerra [[nazista]] sobre a Acrópole em 1941. Ela seria derrubada por [[Manolis Glezos]] e [[Apostolos Santas]] em um dos primeiros atos de resistência grega.]]

Em 1936, seguiu-se um acordo entre o primeiro-ministro [[Ioannis Metaxas]] e o chefe de estado Jorge II, que instalou Metaxas como chefe de um regime ditatorial conhecido como [[Regime de 4 de Agosto]], inaugurando um período de [[regime autoritário]] que duraria, com pausas curtas, até 1974.<ref>{{cite book|last=Hagen|first=Fleischer|title=Totalitarian and Authoritarian Regimes in Europe: Legacies and Lessons from the Twentieth Century|chapter=Authoritarian Rule in Greece (1936–1974) and Its Heritage|year=2006|location=New York/Oxford|publisher=Berghahn|page=237}}</ref>

Em 28 de outubro de 1940, a [[Itália fascista]] exigiu a rendição da Grécia, mas o governo grego recusou e, na [[Guerra Greco-Italiana]] seguinte, a Grécia repeliu as forças italianas na [[Albânia]], dando aos [[Aliados (Segunda Guerra Mundial)|Aliados]] sua primeira vitória sobre as forças do [[Potências do Eixo|Eixo]] em terra. A luta e a vitória gregas contra os italianos receberam elogios exuberantes na época.<ref name="youtube.com">{{cite AV media |people=Pilavios, Konstantinos (Director); Tomai, Fotini (Texts & Presentation) |date=25 de outubro de 2010 |title=The Heroes Fight like Greeks&nbsp;– Greece during the Second World War |url=https://www.youtube.com/watch?v=XvDTDbqMzI4#t=51s |language= Greek |publisher=Service of Diplomatic and Historical Archives of the Greek Ministry of Foreign Affairs |location= Athens |accessdate=28 de outubro de 2010|time= 51 seg}}</ref><ref name="Fafalios and Hadjipateras, p. 157">Fafalios and Hadjipateras, p. 157</ref> A mais proeminente é a citação atribuída a [[Winston Churchill]]: "Portanto, não diremos que os gregos lutam como heróis, mas diremos que os heróis lutam como gregos".<ref name="youtube.com" /> O general francês [[Charles de Gaulle]] estava entre os que elogiaram a ferocidade e a resistência do povo grego. Em um comunicado oficial divulgado para coincidir com a celebração nacional grega do Dia da Independência, De Gaulle expressou sua admiração pela resistência grega:

{{quote|Em nome do povo francês capturado, mas ainda vivo, a França quer enviar suas saudações ao povo grego que está lutando por sua liberdade. O 25 de março de 1941 encontra a Grécia no auge de sua luta heróica e no topo de sua glória. Desde a [[Batalha de Salamina]], a Grécia não alcançou a grandeza e a glória que hoje detém.<ref name="Fafalios and Hadjipateras, p. 157" />}}

O país acabaria por despachar urgentemente as forças nazistas durante a [[Batalha da Grécia]], apesar da forte resistência grega, particularmente na Batalha da Linha Metaxas. O próprio [[Adolf Hitler]] reconheceu a bravura e a coragem do exército grego, afirmando em seu discurso ao [[Reichstag]] em 11 de dezembro de 1941, que: "A justiça histórica me obriga a declarar que dos inimigos que assumiram posições contra nós, o soldado grego em particular lutou com a mais alta coragem. Ele capitulou apenas quando a resistência se tornou impossível e inútil."<ref>{{cite wikisource |last=Hitler |first=Adolf |authorlink=Adolf Hitler |title=Address to the Reichstag |date=11 December 1941 |ref=harv}}</ref>

[[Imagem:Αθηναίοι γιορτάζουν την απελευθέρωση της πόλης τους, Οκτώβριος 1944.jpg|thumb|esquerda|upright|Povo de Atenas comemora a libertação das [[potências do Eixo]], em outubro de 1944. A Grécia do pós-guerra logo experimentaria uma [[Guerra Civil da Grécia|guerra civil]] e uma polarização política.]]

Os nazistas passaram a administrar Atenas e Tessalônica, enquanto outras regiões do país foram entregues aos parceiros da [[Alemanha nazista]], como a Itália fascista e [[Bulgária]]. A [[Ocupação da Grécia pelas potências do Eixo]] trouxe terríveis dificuldades para a população civil grega. Mais de 100.000 civis morreram de fome durante o inverno de 1941-1942, dezenas de milhares morreram por causa de represálias de nazistas e colaboradores, a economia do país foi arruinada e a grande maioria dos [[judeus]] gregos (dezenas de milhares) foram deportados e assassinados em [[campos de concentração nazistas]].<ref>{{Cite encyclopedia | url = http://www.britannica.com/EBchecked/topic/244154/Greece/26430/Greek-history-since-World-War-IGreece | title = Greek history since World War I | encyclopedia = [[Encyclopædia Britannica]]}}</ref><ref name="Mazower 2001, p. 155">Mazower (2001), p. 155</ref> A resistência grega, um dos movimentos de resistência mais eficazes da Europa, lutou veementemente contra os nazistas e seus colaboradores. Os ocupantes alemães cometeram inúmeras atrocidades, execuções em massa, massacres de civis e destruição de cidades e vilarejos em represália. No curso da campanha anti-guerrilha, centenas de aldeias foram sistematicamente incendiadas e quase um milhão de gregos ficaram desabrigados.<ref name="Mazower 2001, p. 155" /> No total, os alemães executaram cerca de 21.000 gregos, os búlgaros 40.000 e os italianos 9.000 gregos.<ref>Knopp (2009), p. 193</ref>

Após a libertação e a vitória dos Aliados sobre o Eixo, a Grécia anexou as ilhas do [[Dodecaneso]] da Itália e recuperou a [[Trácia Ocidental]] da Bulgária. O país quase imediatamente mergulhou em uma [[Guerra Civil da Grécia|sangrenta guerra civil]] entre forças [[comunista]]s e o governo grego [[anticomunista]], que durou até 1949 com a vitória da última. O conflito, considerado uma das primeiras lutas da [[Guerra Fria]], resultou em mais devastação econômica, deslocamento da população em massa e severa [[polarização política]] pelos próximos trinta anos da história do país.<ref name= Noam&Chomsky>{{cite book|last= Chomsky|first= Noam|title= ''World Orders, Old And New''|publisher= Pluto Press London|year= 1994}}</ref>

Embora as décadas do pós-guerra tenham sido caracterizadas por conflitos sociais e pela marginalização generalizada da [[Esquerda política|esquerda]] nas esferas política e social, a Grécia, no entanto, experimentou um rápido crescimento e recuperação econômica, impulsionados em parte pelo [[Plano Marshall]], administrado pelos [[Estados Unidos]].<ref>{{cite book|title=A History of the Global Economy. From 1500 to the Present|date=2016|publisher=Cambridge University Press|isbn=978-1-107-50718-0|page=51, Figure 2.3 "Numeracy in selected Balkan and Caucasus countries", based on data from Crayen and Baten (2010)|author=Baten, Jörg}}</ref>

==== Regime militar e terceira república ====
{{AP|Ditadura dos coronéis|Metapolitefsi}}
[[Imagem:Bundesarchiv_Bild_183-F0503-0204-005,_Stuttgart,_Maikundgebung.jpg|thumb|Protesto contra a [[ditadura dos coronéis]] em 1967.]]

A demissão do governo centrista de George Papandreou pelo rei Constantino II em julho de 1965 provocou um período prolongado de turbulência política, que culminou em um golpe de Estado em 21 de abril de 1967 pelo [[regime dos coronéis]]. Sob a junta, os [[direitos civis]] foram suspensos, a repressão política foi intensificada e os abusos dos [[direitos humanos]], incluindo [[tortura]] sancionada pelo Estado, eram galopantes. A brutal repressão da revolta da Politécnica de Atenas em 17 de novembro de 1973 desencadeou os eventos que causaram a queda do regime de Papadopoulos, resultando em um contra-golpe que derrubou [[Georgios Papadopoulos]] e estabeleceu o brigadeiro [[Dimitrios Ioannidis]] como o novo homem forte da junta. Em 20 de julho de 1974, a [[Invasão turca de Chipre|Turquia invadiu a ilha de Chipre]] em resposta a um golpe cipriota apoiado pela Grécia, desencadeando uma crise política na Grécia que levou ao colapso do regime e à restauração da democracia por meio de Metapolitefsi.<ref>{{citar web |url=https://www.britannica.com/topic/the-Colonels |titulo=The Colonels |editor=[[Enciclopédia Britânica]] |acessodata=19 de março de 2020}}</ref>

O ex-primeiro-ministro [[Konstantinos Karamanlis]] foi convidado a voltar de [[Paris]], onde viveu no exílio desde 1963, marcando o início da era [[Metapolitefsi]]. As primeiras eleições multipartidárias desde 1964 foram realizadas no primeiro aniversário da revolta politécnica. Uma constituição democrática e republicana foi promulgada em 11 de junho de 1975, após um referendo que decidiu não restaurar a monarquia.<ref name="Miller2009">{{cite book|author=James Edward Miller|title=The United States and the Making of Modern Greece: History and Power, 1950-1974|url=https://books.google.com/books?id=3jvKhwWHem4C&pg=PA172|year=2009|publisher=Univ of North Carolina Press|isbn=978-0-8078-3247-9|page=172}}</ref>
[[Imagem:Olympic stadium Panathinaic 2004.JPG|thumb|esquerda|[[Estádio Panatenaico]], construído para os [[Jogos Olímpicos de 1896]] durantes as [[Jogos Olímpicos de Verão de 2004|Olimpíadas de 2004]].]]

Enquanto isso, [[Andreas Papandreou]], filho de George Papandreou, fundou o [[Movimento Socialista Pan-helênico]] (PASOK) em resposta ao partido conservador da [[Nova Democracia (Grécia)|Nova Democracia]] de Karamanlis, com as duas formações políticas dominando o governo nas próximas quatro décadas. A Grécia voltou à [[OTAN]] em 1980 e tornou-se o décimo membro das [[Comunidades Europeias]] (posteriormente subsumida pela [[União Europeia]]) em 1 de janeiro de 1981, dando início a um período de crescimento sustentado.<ref name="ENA Enlargement negotiations">{{cite web|title=Negotiations for enlargement|publisher=CVCE|url=http://www.cvce.eu/obj/negotiations_for_enlargement-en-19a4fd81-119d-4090-bfac-c7cc8ae64a20.html|accessdate=28 de abril de 2013}}</ref> Investimentos ampliados em empresas industriais e infraestrutura pesada, bem como fundos da União Europeia e receitas crescentes do turismo, transporte marítimo e um setor de serviços em rápido crescimento elevaram o padrão de vida do país a níveis sem precedentes. As [[Relações entre Grécia e Turquia|relações tradicionalmente tensas com a vizinha Turquia]] melhoraram quando terremotos sucessivos atingiram os dois países em 1999, levando ao levantamento do veto grego contra a [[Adesão da Turquia à União Europeia|tentativa da Turquia de ingressar na UE]].<ref>{{cite web|url=http://mondediplo.com/2000/06/06greece |title=Greece's earthquake diplomacy - Le Monde diplomatique - English edition |publisher=Mondediplo.com |date=1998-12-13 |accessdate=2013-09-07}}</ref>

O país adotou o [[euro]] em 2001 e sediou com sucesso os [[Jogos Olímpicos de Verão de 2004]] em [[Atenas]].<ref name="europa.eu"/> Mais recentemente, a Grécia sofreu muito com a [[Grande Recessão|recessão do final dos anos 2000]] e tem sido central na [[crise da dívida pública da Zona Euro]]. Devido à adoção do euro, quando a Grécia passou por uma crise financeira, não conseguiu mais desvalorizar sua moeda para recuperar a competitividade. O desemprego juvenil foi especialmente alto durante os anos 2000.<ref>{{cite book|title=A History of the Global Economy. From 1500 to the Present|date=2016|publisher=Cambridge University Press|isbn=978-1-107-50718-0|page=66|author=Baten, Jörg}}</ref>


== Geografia ==
== Geografia ==
[[Imagem:EFS_highres_STS034_STS034-86-96.jpg|thumb|[[Imagem de satélite]] do território grego]]
{{Artigo principal|Geografia da Grécia}}
{{Artigo principal|Geografia da Grécia}}
[[Imagem:EFS_highres_STS034_STS034-86-96.jpg|thumb|[[Imagem de satélite]] do território grego]]

Localizada no [[sul da Europa]]<ref>{{cite web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/gr.html|title=The World Factbook – Central Intelligence Agency|website=cia.gov|language=en|access-date=2017-11-10}}</ref> e [[sudeste da Europa]],<ref>{{cite web|publisher=[[United Nations|UN]]|url=http://unstats.un.org/unsd/geoinfo/ungegn/docs/23-gegn/wp/gegn23wp48.pdf|title=UNITED NATIONS GROUP OF EXPERTS ON GEOGRAPHICAL NAMES: Working Paper No. 48|date=2006|accessdate=2 September 2015}}</ref> a Grécia consiste em um continente [[peninsular]] montanhoso que se projeta para o mar no extremo sul dos [[Balcãs]], terminando na península do [[Peloponeso]] (separada do continente pelo canal do [[istmo de Corinto]]) e estrategicamente localizada na encruzilhada entre [[Europa]], [[Ásia]] e [[África]]<ref name="KolliasGünlük-ŞenesenGülay2003"/> Devido ao seu litoral altamente recortado e às numerosas ilhas, a Grécia possui o [[Lista das extensões litorâneas dos países|11º litoral mais extenso do mundo]], com 13.676 km;<ref>{{cite web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2060.html?countryName=Greece&countryCode=gr&regionCode=eu&#gr |title=The World Fact Book&nbsp;– Field Listing :: Coastline |accessdate=17 de março de 2011 |publisher=[[Central Intelligence Agency]]}}</ref> suas fronteiras terrestres medem 1.160 km. O país fica aproximadamente entre latitudes 34° e 42° N e longitudes 19° e 30° E, com os pontos extremos sendo: a aldeia [[Ormenio]]; a ilha dos [[Gavdos]]; a ilha [[Strongyli]] (Kastelorizo, Megisti) e a ilha [[Othonoi]].<ref>{{cite web|url=http://dlib.statistics.gr/Book/GRESYE_01_0002_00061.pdf |title=Statistical Yearbook of Greece 2009&nbsp;&&nbsp;2010 |page=27 |publisher=Hellenic Statistical Authority |archiveurl=https://web.archive.org/web/20131213192314/http://dlib.statistics.gr/Book/GRESYE_01_0002_00061.pdf |archivedate=13 de dezembro de 2013 |df=dmy }}</ref>

Oitenta por cento da Grécia consiste em montanhas ou colinas, tornando o país um dos mais montanhosos da Europa. O [[Monte Olimpo]], a morada mítica dos [[Deuses olímpicos|deuses gregos]], culmina no pico de Mytikas, 2.918 metros,<ref>{{cite web |url=http://www.olympusfd.gr/us/infos.asp |title=Olympus the First National Park |author=<!--Staff writer(s); no by-line.--> |date=2008 |publisher=Management Agency of Olympus National Park |access-date=5 de dezembro de 2015 |archive-url=https://web.archive.org/web/20170114094456/http://www.olympusfd.gr/us/Infos.asp |archive-date=14 de janeiro de 2017 }}</ref> o mais alto do país. A Grécia Ocidental contém vários lagos e [[pântano]]s e é dominada pelos [[Montes Pindo]], uma continuação dos [[Alpes Dináricos]], que proessegue através do Peloponeso central, cruza as ilhas de [[Kythera]] e [[Antikythera]] e encontra o caminho para o sudoeste do [[mar Egeu]], na ilha de [[Creta]], onde termina. As ilhas do Egeu são picos de montanhas subaquáticas que antes constituíam uma extensão do continente. O Pindo é caracterizado por seus picos altos e íngremes, muitas vezes dissecados por inúmeros desfiladeiros e uma variedade de outras paisagens cársticas. O espetacular desfiladeiro de Vikos, parte do [[Parque Nacional Vikos-Aoos]] na cordilheira de Pindo, é listado pelo livro ''[[Guinness World Records]]'' como o desfiladeiro mais profundo do mundo.<ref>{{cite book | title=Guinness World Records 2005: Special 50th Anniversary Edition | publisher=Guinness World Records | year=2004 |url=https://books.google.com/?id=D4wYAAAAIAAJ | isbn= 978-1-892051-22-6| page = 52}}</ref>

=== Ilhas ===
[[Imagem:Shipwreck_Beach_-_Western_coast_of_Zakynthos,_Greece_(12).jpg|thumb|Praia Navagio, em na ilha de [[Zaquintos]].]]
{{Anexo|Lista de ilhas da Grécia}}
{{Anexo|Lista de ilhas da Grécia}}
A Grécia possui um vasto número de ilhas - entre 1.200 e 6.000, dependendo da definição, 227 das quais são habitadas - e é considerado um [[país transcontinental]] não-contíguo. [[Creta]] é a ilha maior e mais populosa; [[Eubéia]], separada do continente pelo [[estreito de Euripo]], com 60 m de largura, é a segunda maior, seguida por [[Lesbos]] e [[Rodes]].<ref name=ilha>{{cite book |author1=Marker, Sherry |author2=Bowman, John |author3=Kerasiotis, Peter |author4=Sarna, Heidi |title= Frommer's Greek Islands |publisher=[[John Wiley & Sons]]|year=2010 |page=12 |isbn= 978-0-470-52664-4 |url=https://books.google.com/?id=wvlP7D9C_7gC&pg=PA12}}</ref>
O país consiste de um território continental na extremidade sul dos [[Bálcãs]], da península do [[Peloponeso]], separada do continente pelo [[canal de Corinto]], e de numerosas ilhas, incluindo [[Creta]], [[Rodes]], [[Eubeia]] e os arquipélagos do [[Dodecaneso]] e das [[Cíclades]] no [[mar Egeu]], e das [[Ilhas Jónicas]] no [[mar Jónico]]. A Grécia tem mais de 14880&nbsp;km de costas e uma fronteira terrestre de 1160&nbsp;km.


As ilhas gregas são tradicionalmente agrupadas nos seguintes aglomerados: as [[ilhas Argo-Sarônicas]], no golfo de Sarônica, perto de Atenas, as [[Cíclades]], uma coleção grande mas densa que ocupa a parte central do Mar Egeu, as [[ilhas Egeias do Norte]], um agrupamento solto do costa oeste da [[Turquia]], o [[Dodecaneso]], outra coleção solta no sudeste entre [[Creta]] e Turquia, as [[Espórades (Grécia)|Espórades]], um pequeno grupo na costa nordeste da Eubéia, e as [[ilhas Jônicas]], localizadas a oeste do continente no [[Mar Jônico]].<ref name=ilha/>
Cerca de 80% da Grécia é território montanhoso ou, pelo menos, acidentado. A maior parte do país é seco e rochoso. Só 28% da terra é arável. A Grécia Ocidental contém lagos e zonas húmidas. Os [[Montes Pindo]], a cadeia montanhosa central, tem uma altitude média de 2650 m. O lendário [[monte Olimpo]] ([[Macedónia (Grécia)|Macedônia]]) é o ponto mais alto da Grécia, atingindo 2917 m de altitude.


=== Clima ===
=== Clima ===
[[Imagem:Greece's_Köppen_Climate_Types_Peel_et_al._(2007).png|thumb|esquerda|Grécia segundo a [[classificação de Köppen]]]]
[[Imagem:Koppen-Geiger_Map_GRC_present.svg|thumb|esquerda|Grécia segundo a [[classificação de Köppen]]]]
O clima da Grécia pode ser classificado em três tipos ([[Clima mediterrânico|mediterrânico]], a [[Clima alpino|alpino]] e o [[Clima temperado|temperado]]) que influenciam regiões bem definidas do seu território. A cadeia de montanhas de Pindo afeta fortemente o clima do país, tornando o lado ocidental dela (áreas propensas a ventos do sul), em média, mais úmidas do que as áreas situadas a leste da mesma ([[Barlavento e sotavento|sotavento]] das montanhas).
O clima da Grécia pode ser classificado em três tipos ([[Clima mediterrânico|mediterrânico]], a [[Clima alpino|alpino]] e o [[Clima temperado|temperado]]) que influenciam regiões bem definidas do seu território. A cadeia de montanhas de Pindo afeta fortemente o clima do país, tornando o lado ocidental dela (áreas propensas a ventos do sul), em média, mais úmidas do que as áreas situadas a leste da mesma ([[Barlavento e sotavento|sotavento]] das montanhas).<ref name="Clima">{{cite web |title=The Climate of Greece |url=http://www.hnms.gr/emy/en/climatology/climatology |website=Hellenic National Meteorological Service |accessdate=3 December 2019}}</ref> O tipo de clima mediterrâneo apresenta invernos suaves e úmidos e verões quentes e secos. As regiões das [[Cíclades]], [[Dodecaneso]] e [[Creta]], no [[Peloponeso]] Oriental e partes da [[Grécia Central]], são as regiões mais afetadas por este tipo de clima. Temperaturas raramente atingem valores extremos ao longo das costas, embora, como a Grécia é um país altamente montanhoso, [[nevasca]]s ocorram com frequência no inverno. Às vezes neva mesmo nas Cíclades ou no Dodecaneso.<ref name="Clima"/>

O tipo de clima mediterrâneo apresenta invernos suaves e úmidos e verões quentes e secos. As regiões das [[Cíclades]], [[Dodecaneso]] e [[Creta]], no [[Peloponeso]] Oriental e partes da [[Grécia Central]], são as regiões mais afetadas por este tipo de clima. Temperaturas raramente atingem valores extremos ao longo das costas, embora, como a Grécia é um país altamente montanhoso, [[nevasca]]s ocorram com frequência no inverno. Às vezes neva mesmo nas Cíclades ou no Dodecaneso.


O clima alpino é dominante, principalmente nas áreas montanhosas do noroeste da Grécia (partes do [[Epiro]], na Grécia central, [[Tessália]], [[Macedônia Ocidental]]), bem como na parte central do Peloponeso, incluindo partes das prefeituras da [[Acaia]], [[Arcádia]] e [[Lacônia]], onde a cadeia de montanhas do Pindo passa. Finalmente, o clima temperado afeta a [[Macedônia Central]] e a [[Macedônia Oriental e Trácia]], que apresentam invernos frios e húmidos e verões quentes e secos com [[tempestade]]s frequentes. [[Atenas]] está localizada em uma área de transição que caracteriza os climas mediterrânico e temperado. Os subúrbios ao norte da cidade são dominados pelo clima temperado, enquanto o centro da cidade e os subúrbios ao sul desfrutam de um clima mediterrânico típico.
O clima alpino é dominante, principalmente nas áreas montanhosas do noroeste da Grécia (partes do [[Epiro]], na Grécia central, [[Tessália]], [[Macedônia Ocidental]]), bem como na parte central do Peloponeso, incluindo partes das prefeituras da [[Acaia]], [[Arcádia]] e [[Lacônia]], onde a cadeia de montanhas do Pindo passa. Finalmente, o clima temperado afeta a [[Macedônia Central]] e a [[Macedônia Oriental e Trácia]], que apresentam invernos frios e húmidos e verões quentes e secos com [[tempestade]]s frequentes. [[Atenas]] está localizada em uma área de transição que caracteriza os climas mediterrânico e temperado. Os subúrbios ao norte da cidade são dominados pelo clima temperado, enquanto o centro da cidade e os subúrbios ao sul desfrutam de um clima mediterrânico típico.<ref name="Clima"/>
<gallery mode="packed" caption="Geografia da Grécia">
<gallery mode="packed" caption="Geografia da Grécia">
Imagem:Stymfalia-north_2006.jpg|[[Monte Kyllini]], na [[Coríntia]].
Imagem:Stymfalia-north_2006.jpg|[[Monte Kyllini]], na [[Coríntia]].
Imagem:Shipwreck_Beach_-_Western_coast_of_Zakynthos,_Greece_(12).jpg|Praia Navagio, em [[Zaquintos]].
Imagem:Olimpos - panoramio (1).jpg|[[Monte Olimpo]], na [[Tessália]].
Imagem:Olimpos - panoramio (1).jpg|[[Monte Olimpo]], na [[Tessália]].
Imagem:Zagori Vikos gorge Oxia towards Vikos.jpg|[[Parque Nacional Vikos–Aoös]], em [[Epiro]].
Imagem:Zagori Vikos gorge Oxia towards Vikos.jpg|[[Parque Nacional Vikos–Aoös]], em [[Epiro]].
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As manifestações artísticas gregas, que conheceram grande unidade [[ideologia|ideológica]] e [[morfologia|morfológica]], encontraram os seus alicerces numa [[filosofia]] [[antropocentrismo|antropocêntrica]] de sentido [[Razão|racionalista]] que inspirou as duas características fundamentais deste estilo: por um lado a dimensão humana e o interesse pela representação do homem e, por outro, a tendência para o [[idealismo]] traduzido na adoção de cânones ou regras fixas (análogas às leis da natureza) que definiam sistemas de proporções e de relações formais para todas as produções artísticas, desde a arquitetura à escultura.
As manifestações artísticas gregas, que conheceram grande unidade [[ideologia|ideológica]] e [[morfologia|morfológica]], encontraram os seus alicerces numa [[filosofia]] [[antropocentrismo|antropocêntrica]] de sentido [[Razão|racionalista]] que inspirou as duas características fundamentais deste estilo: por um lado a dimensão humana e o interesse pela representação do homem e, por outro, a tendência para o [[idealismo]] traduzido na adoção de cânones ou regras fixas (análogas às leis da natureza) que definiam sistemas de proporções e de relações formais para todas as produções artísticas, desde a arquitetura à escultura.


=== Desporto/Esporte ===
=== Esportes ===
[[Imagem:Olympic flame at opening ceremony.jpg|thumb|A [[Chama Olímpica]] durante a cerimônia de abertura das [[Jogos Olímpicos de Verão de 2004|Olimpíadas de 2004]] no [[Estádio Olímpico de Atenas]]]]
[[Imagem:Olympic flame at opening ceremony.jpg|thumb|A [[Chama Olímpica]] durante a cerimônia de abertura das [[Jogos Olímpicos de Verão de 2004|Olimpíadas de 2004]] no [[Estádio Olímpico de Atenas]]]]


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{{Referências}}
{{Referências}}

== Bibliografia ==
{{dividir em colunas}}
{{refbegin|30em}}
* "Minorities in Greece&nbsp;– Historical Issues and New Perspectives". ''History and Culture of South Eastern Europe''. An Annual Journal. München (Slavica) 2003.
*{{cite book | title = The Constitution of Greece | url = http://www.hellenicparliament.gr/UserFiles/f3c70a23-7696-49db-9148-f24dce6a27c8/001-156%20aggliko.pdf |accessdate=21 de março de 2011 |year=2008 | publisher = [[Hellenic Parliament]] |location=Athens|isbn= 978-960-560-073-0| others = Paparrigopoulos, Xenophon; Vassilouni, Stavroula (translators)}}
*{{Cite book | last = Clogg | first = Richard | title = A Concise History of Greece | pages = 10–37 | publisher = Cambridge University Press | year = 1992 | edition = 1st | isbn = 978-0-521-37228-2 | url = https://books.google.com/?id=H5pyUIY4THYC&printsec=frontcover&q=richard%20clogg%20greece | accessdate = 23 de março de 2016}}, 257 pp.
*{{Cite book | author-link = Richard Clogg| last = Clogg | first = Richard | title= A Concise History of Greece | edition = 2nd |location= Cambridge | publisher= [[Cambridge University Press]]| origyear = 1992 | year= 2002 | isbn = 978-0-521-00479-4}}.
*{{cite book | last =Dagtoglou | first = PD | title = Constitutional Law&nbsp;– Individual Rights | volume = I | year = 1991 |publisher=Ant. N. Sakkoulas |location=Athens-Komotini |language=Greek |chapter=Protection of Individual Rights}}
*{{Cite book | first = John Van Antwerp | last = Fine | title = The Early Medieval Balkans: A Critical Survey from the Sixth to the Late Twelfth Century | publisher = University of Michigan Press | year = 1991 | isbn = 978-0-472-08149-3 | url=https://books.google.com/?id=Y0NBxG9Id58C | accessdate=23 de março de 2016}}, 376 pp.
* {{cite book|last=Hatzopoulos|first=Marios|title=The making of Modern Greece: Nationalism, Romanticism, and the Uses of the Past (1797–1896)|chapter=From resurrection to insurrection: 'sacred' myths, motifs, and symbols in the Greek War of Independence|year=2009|publisher=Ashgate|editor1-first=Roderick|editor1-last=Beaton|editor2-first=David|editor2-last=Ricks|pages=81–93|chapter-url=https://www.academia.edu/985519|ref=harv}}
*{{Cite book | last = Kalaitzidis | first = Akis | year = 2010 | title = Europe's Greece: A Giant in the Making | publisher = [[Palgrave Macmillan]]}}, 219 pp. The impact of European Union membership on Greek politics, economics, and society.
*{{cite book|last1=Koliopoulos|first1=John S.|last2=Veremis|first2=Thanos M.|title=Greece: The Modern Sequel. From 1831 to the Present|publisher=Hurst & Co.|year=2002|location=London|ref=harv}}
*{{cite journal|last=Kostopoulos|first=Tasos|title=La guerre civile macédonienne de 1903-1908 et ses représentations dans l'historiographie nationale grecque|journal=Cahiers Balkaniques|volume=38-39|issue=38–39|year=2011|pages=213–226|ref=harv|doi=10.4000/ceb.835}}
*{{cite journal|first=Vassilis|last=Kremmydas|title=Η οικονομική κρίση στον ελλαδικό χώρο στις αρχές του 19ου αιώνα και οι επιπτώσεις της στην Επανάσταση του 1821|trans-title=The economic crisis in Greek lands in the beginning of 19th century and its effects on the Revolution of 1821|language=Greek|journal=Μνήμων|volume=6|date=1977|pages=16–33|ref=harv|doi=10.12681/mnimon.171}}
*{{cite journal|first=Vassilis|last=Kremmydas|title=Προεπαναστατικές πραγματικότητες. Η οικονομική κρίση και η πορεία προς το Εικοσιένα|trans-title=Pre-revolutionary realities. The economic crisis and the course to '21|language=Greek|journal=Μνήμων|volume=24|date=2002|pages=71–84|ref=harv|doi=10.12681/mnimon.735}}
*{{cite journal|last=Livanios|first=Dimitris|title=Conquering the souls: nationalism and Greek guerrilla warfare in Ottoman Macedonia, 1904‐1908|journal=Byzantine and Modern Greek Studies|volume=23|year=1999|pages=195–221|doi=10.1179/byz.1999.23.1.195|ref=harv}}
*{{cite book |last= Mavrias | first= Kostas G |title= Constitutional Law |year= 2002| publisher= Ant. N. Sakkoulas | location =Athens |language=Greek |isbn=978-960-15-0663-0}}
*{{cite journal|last=Mazower|first=Mark|year=1992|title=The Messiah and the Bourgeoisie: Venizelos and Politics in Greece, 1909- 1912|journal=The Historical Journal|volume=35|issue=4|pages=885–904|ref=harv|doi=10.1017/S0018246X00026200}}
*{{cite journal | last =Pappas | first = Takis |date=April 2003 | title= The Transformation of the Greek Party System Since 1951 |journal=[[West European Politics (WEP)|West European Politics]]| volume= 26 | issue = 2 | pages = 90–114| doi = 10.1080/01402380512331341121}}
*{{Cite news | url = https://www.nytimes.com/2010/02/14/business/global/14debt.html | title = Wall St. Helped to Mask Debt Fueling Europe's Crisis | newspaper= The New York Times | first1 = Louise | last1 = Story | first2=Landon Jr |last2=Thomas |first3=Nelson D |last3=Schwartz |date= 14 de fevereiro de 2010 |accessdate=26 de março de 2013}}.
*{{Cite book | last = Trudgill | first = P | contribution = Greece and European Turkey: From Religious to Linguistic Identity | editor1-first = S | editor1-last = Barbour | editor2-first = C | editor2-last = Carmichael | year = 2000 | title = Language and Nationalism in Europe | place = [[Oxford]] | publisher = [[Oxford University Press]]}}.
*{{cite book | author-link = Evangelos Venizelos| last = Venizelos | first = Evangelos | title = The "Acquis" of the Constitutional Revision | year= 2002 | publisher= Ant. N. Sakkoulas |location= Athens | language = Greek | isbn = 978-960-15-0617-3 |chapter=The Contribution of the Revision of 2001}}
*{{Citation |title=Ἑλλάς - Ἑλληνισμὸς |url=http://anemi.lib.uoc.gr/php/pdf_pager.php?filename=%2Fvar%2Fwww%2Fanemi-portal%2Fmetadata%2Fa%2Ff%2Fb%2Fattached-metadata-01-0002588%2F279838_10.pdf&rec=%2Fmetadata%2Fa%2Ff%2Fb%2Fmetadata-01-0002588.tkl&do=279838_10.pdf&width=662&height=963&pagestart=1&maxpage=1104&lang=en&pageno=1&pagenotop=1&pagenobottom=262 |work=Μεγάλη Ἐλληνικὴ Ἐγκυκλοπαιδεῖα |volume=10 |location=Athens |publisher=Pyrsos Co. Ltd. |date=1934 |trans-title=Greece - Hellenism |language=Greek |ref = {{harvid|Great Greek Encyclopedia}}}}
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== Ligações externas ==
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Revisão das 08h14min de 19 de março de 2020

 Nota: "Hélade" redireciona para este artigo. Para o tema bizantino, veja Tema da Hélade.
República Helênica / Helénica
Ελληνική Δημοκρατία
Ellīnikī́ Dīmokratía
Bandeira da Grécia
Bandeira da Grécia
Brasão de armas da Grécia
Brasão de armas da Grécia
Bandeira Brasão de armas
Hino nacional: Ύμνος πρός την Ελευθερίαν
("Hino da Liberdade")
noicon
Gentílico: grego

Localização da Grécia
Localização da Grécia

Localização da Grécia (em vermelho)
No continente europeu (em cinza)
Na União Europeia (em branco)
Capital Atenas
Cidade mais populosa Atenas
Língua oficial Grego ¹
Religião oficial Ortodoxia Grega[1]
Governo República parlamentarista
• Presidente Katerina Sakellaropoulou
• Primeiro-ministro Kyriákos Mitsotákis
Independência do Império Otomano
• Data 25 de março de 1821
• Reconhecimento 3 de fevereiro de 1830
Área
  • Total 131 990 km² (96.º)
 • Água (%) 0,8669
População
 • Estimativa para 2018 10 816 286[2] hab. (74.º)
 • Censo 2017 10 768 477 hab. 
 • Densidade 84 hab./km² (88.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2019
 • Total US$ 324 128 bilhões[3]
 • Per capita US$ 30 252[3]
PIB (nominal) Estimativa de 2019
 • Total US$ 214,012 bilhões[3]
 • Per capita US$ 19 974[3]
IDH (2018) 0,872 (32.º) – muito alto[4]
Gini (2018) 32,3
Moeda Euro² (EUR)
Fuso horário CET (UTC+2)
 • Verão (DST) CEST (UTC+3)
Cód. ISO GRC
Cód. Internet .gr 3
Cód. telef. +30

Grécia (em grego: Ελλάδα; romaniz.: Elláda pronunciado: [eˈlaða] (escutar)), oficialmente República Helênica (português brasileiro) ou Helénica (português europeu) (em grego: Ελληνική Δημοκρατία; romaniz.: Ellīnikī́ Dīmokratía pronunciado: [eliniˈci ðimokraˈti.a]) e historicamente conhecida como Hélade (em grego: Ἑλλάς; romaniz.: Hellás), é um país localizado no sul da Europa.[5] De acordo com dados do censo de 2011, a população grega é de cerca de 11 milhões de pessoas. Atenas é a capital e a maior cidade do país.

O país está estrategicamente localizado no cruzamento entre a Europa, a Ásia, o Oriente Médio e a África.[6][7][8] Tem fronteiras terrestres com a Albânia a noroeste, com a Macedônia do Norte e a Bulgária ao norte e com a Turquia no nordeste. O país é composto por nove regiões geográficas: Macedônia, Grécia Central, Peloponeso, Tessália, Epiro, Ilhas Egeias (incluindo o Dodecaneso e Cíclades), Trácia, Creta e Ilhas Jônicas. O Mar Egeu fica a leste do continente, o Mar Jônico a oeste e o Mar Mediterrâneo ao sul. A Grécia tem a 11ª maior costa do mundo, com 13 676 quilômetros de comprimento, com um grande número de ilhas (cerca de 1 400, das quais 227 são habitadas). Oitenta por cento do país é composto por montanhas, das quais o Monte Olimpo é a mais elevada, a 2 917 metros de altitude.

A Grécia moderna tem suas raízes na civilização da Grécia Antiga, considerada o berço de toda a civilização ocidental. Como tal, é o local de origem da democracia,[9] da filosofia ocidental,[10] dos Jogos Olímpicos, da literatura ocidental, da historiografia, da ciência política, de grandes princípios científicos e matemáticos,[11] das artes cênicas ocidentais,[12] incluindo a tragédia e a comédia. As conquistas culturais e tecnológicas gregas influenciaram grandemente o mundo, sendo que muitos aspectos da civilização grega foram transmitidos para o Oriente através de campanhas de Alexandre, o Grande, e para o Ocidente, através do Império Romano. Este rico legado é parcialmente refletido nos 17 locais considerados pela UNESCO como Patrimônio Mundial no território grego, o sétimo maior número da Europa e o 13º do mundo. O Estado grego moderno, que engloba a maior parte do núcleo histórico da civilização grega antiga, foi criado em 1830, após a Guerra da Independência Grega contra o antigo Império Otomano.

Atualmente, a Grécia é um país democrático[13] e desenvolvido[14][15] com uma economia avançada e de alta renda,[16] um alto padrão de vida[17][18] e um índice de desenvolvimento humano (IDH) considerado muito alto pelas Nações Unidas.[4] A Grécia é um membro fundador da Organização das Nações Unidas (ONU), é membro do que é hoje a União Europeia desde 1981 (e da Zona Euro desde 2001),[19] além de ser membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) desde 1952. A economia grega é também a maior dos Balcãs, onde a Grécia é um importante investidor regional.

Etimologia

Grego é o nome pelo qual os romanos designavam os helenos, habitantes da Hélade que ficou conhecida como Grécia. As formas portuguesa Grécia, castelhana, romena e italiana Grecia, francesa Grèce, inglesa Greece, alemã Griechenland são um eruditismo calcado sobre o latim Græcia.

História

Ver artigo principal: História da Grécia

Pré-história e primeiras civilizações

Afresco exibindo o ritual minóico de "salto de touros", encontrado em Cnossos.

A evidência mais antiga da presença de ancestrais humanos no sul dos Bálcãs, datada de 270.000 aC, pode ser encontrada na caverna Petralona, ​​na Macedônia Central.[20] A caverna Apidima em Mani, no sul da Grécia, contém os restos mais antigos de humanos anatomicamente modernos fora da África, datados de 210.000 anos atrás.[21][22][23] Todos os três estágios da Idade da Pedra (Paleolítico, Mesolítico e Neolítico) estão representados na Grécia, por exemplo, na caverna Franchthi.[24] Os assentamentos neolíticos na Grécia, datados do sétimo milênio a.C.,[20] são os mais antigos da Europa, pois a Grécia fica na rota pela qual a agricultura se espalhou do Oriente Próximo para a Europa.[25]

A Grécia abriga as primeiras civilizações avançadas da Europa e é considerada o berço da civilização ocidental,[26][27][28][29] começando com a civilização cicládica nas ilhas do Mar Egeu por volta de 3200 aC,[30] a civilização minóica em Creta (2700–1500 aC),[29][31] e depois a civilização micênica no continente (1600–1100 aC).[31] Essas civilizações possuíam escrita, os minóicos escrevendo em um alfabeto não decifrado conhecido como Linear A e os micênicos em Linear B, uma forma primitiva do grego. Os micênicos absorveram gradualmente os minóicos, mas entraram em colapso violentamente por volta de 1200 aC, junto com outras civilizações, durante o evento regional conhecido como colapso da Idade do Bronze.[32] Isso deu início a um período conhecido como a Idade das Trevas Grega, da qual os registros escritos estão ausentes. Embora os textos Linear B desenterrados sejam muito fragmentários para a reconstrução do cenário político e não possam apoiar a existência de um Estado maior, registros contemporâneos hititas e egípcios sugerem a presença de um único Estado sob o dominio de um "Grande Rei" baseado na Grécia continental.[33][34]

Período arcaico e clássico

O fim da Idade das Trevas Grega é tradicionalmente datado de 776 aC, o ano dos primeiros Jogos Olímpicos da Antiguidade.[35] Acredita-se que a Ilíada e a Odisseia, os textos fundamentais da literatura ocidental, tenham sido compostos por Homero nos séculos VII ou VIII aC.[36][37] Com o fim da Idade das Trevas, surgiram vários reinos e cidades-Estados em toda a península grega, que se espalharam pelas margens do Mar Negro, sul da Itália (Magna Graecia) e Ásia Menor. Esses Estados e suas colônias alcançaram grandes níveis de prosperidade que resultaram em um boom cultural sem precedentes na Grécia clássica, expresso em arquitetura, teatro, ciência, matemática e filosofia. Em 508 aC, Clístenes instituiu o primeiro sistema democrático de governo do mundo em Atenas.[38][39]

Em 500 aC, o Império Aquemênida (ou Persa) controlava as cidades gregas da Ásia Menor e Macedônia.[40] As tentativas de algumas das cidades-Estados gregas da Ásia Menor de derrubar o domínio persa falharam e a Pérsia invadiu os estados da Grécia continental em 492 aC, mas foi forçada a se retirar após uma derrota na Batalha de Maratona em 490 aC. Em resposta, as cidades-Estados gregas formaram a Liga Helênica em 481 aC, liderada por Esparta, que foi a primeira união historicamente registrada dos Estados gregos desde a união mítica da Guerra de Troia.[41][42]

Uma segunda invasão pelos persas aconteceu em 480 aC. Após decisivas vitórias gregas em 480 e 479 aC em Salamina, Plateias e Mícale, os persas foram forçados a se retirar pela segunda vez, marcando sua eventual retirada de todos os seus territórios europeus. Lideradas por Atenas e Esparta, as vitórias gregas nas Guerras Greco-Persas são consideradas um momento crucial na história do mundo,[43] pois os 50 anos de paz que se seguiram são conhecidos como a Idade de Ouro de Atenas, período seminal de desenvolvimento na Grécia Antiga que lançou muitas das bases da civilização ocidental.[43]

Alexandre, o Grande, cuja conquistas levaram ao início do período helenístico.
Império Macedônico, conquistado por Alexandre, o Grande (334-323 a.C.).

A falta de unidade política na Grécia resultou em conflitos frequentes entre os Estados gregos. A guerra intra-grega mais devastadora foi a Guerra do Peloponeso (431 a 404 aC), vencida por Esparta e que marcou o fim do Império Ateniense como a principal potência na Grécia antiga. Atenas e Esparta foram mais tarde ofuscadas por Tebas e, eventualmente, pela Macedônia, com a última unindo a maioria das cidades-Estados do interior da Grécia na Liga de Corinto (também conhecida como Liga Helênica ou Liga Grega), sob o controle de Filipe II.[44]

Apesar desse desenvolvimento, o mundo grego permaneceu amplamente fragmentado e não estaria unido sob uma única potência até o período romano.[45] Esparta não se juntou à Liga e lutou ativamente contra ela, levantando um exército liderado por Ágis III para garantir as cidades-Estado de Creta para a Pérsia.[46]

Após o assassinato de Filipe II, seu filho Alexandre III ("O Grande") assumiu a liderança da Liga de Corinto e iniciou uma invasão do Império Aquemênida com as forças combinadas da Liga em 334 aC. Invicto em batalha, Alexandre havia conquistado o os territórios persas em 330 por aC. Quando morreu em 323 aC, ele havia criado um dos maiores impérios da história, estendendo-se da Grécia à Índia. Após sua morte, seu império se dividiu em vários reinos, sendo os mais famosos o Império Selêucida, o Egito Ptolomaico, o Reino Greco-Bactriano e o Reino Indo-Grego. Muitos gregos migraram para Alexandria, Antioquia, Selêucia e muitas outras novas cidades helenísticas na Ásia e na África.[47]

Embora a unidade política do império de Alexandre não pudesse ser mantida, ela resultou na civilização helenística e espalhou a língua grega e a cultura grega nos territórios conquistados por Alexandre.[48] Considera-se geralmente que a ciência, a tecnologia e a matemática gregas atingiram seu pico durante o período helenístico.[49]

Período helenístico e romano

Máquina de Anticítera (c. 100 aC), considerado o primeiro computador analógico mecânico conhecido (Museu Arqueológico Nacional de Atenas).
Torre dos Ventos nas ruínas da ágora romana de Atenas.

Após um período de confusão após a morte de Alexandre, a dinastia antigónida, descendente de um dos generais de Alexandre, estabeleceu seu controle sobre a Macedônia e a maioria das cidades-Estados gregas em 276 aC.[50] Por volta de 200 aC, a República Romana se envolveu cada vez mais nos assuntos gregos e se engajou em uma série de guerras romano-macedônicas.[51] A derrota da Macedônia na Batalha de Pidna, em 168 aC, sinalizou o fim do poder antigonídeo na Grécia.[52] Em 146 aC, a Macedônia foi anexada como uma província romana e o restante da Grécia tornou-se um protetorado romano.[51][53]

O processo foi concluído em 27 aC, quando o imperador romano Augusto anexou o restante da Grécia e a constituiu como província senatorial da Acaia.[53] Apesar de sua superioridade militar, os romanos admiravam e se tornaram fortemente influenciados pelas realizações da cultura grega, daí a famosa declaração de Horácio: Graecia capta ferum victorem cepit ("A Grécia, embora capturada, levou seu conquistador selvagem em cativeiro").[54] Os épicos de Homero inspiraram a Eneida de Virgílio, e autores como Sêneca, o jovem, escreveram usando estilos literários gregos. Heróis romanos, como Cipião Africano, tendiam a estudar filosofia e consideravam a cultura e a ciência gregas um exemplo a ser seguido. Da mesma forma, a maioria dos imperadores romanos mantinha uma admiração por coisas de natureza grega. O imperador romano Nero visitou a Grécia em 66 dC e se apresentou nos Jogos Olímpicos, apesar das regras contra a participação de não gregos.[55]

As comunidades de língua grega do Oriente helenizado foram fundamentais para a disseminação do cristianismo primitivo nos séculos II e III,[56] sendo que os primeiros líderes e escritores do cristianismo (principalmente Paulo de Tarso) eram principalmente de língua grega, embora geralmente não fossem da própria Grécia.[57] O Novo Testamento foi escrito em grego e algumas de suas seções (Coríntios, Tessalonicenses, Filipenses, Apocalipse de João de Patmos) atestam a importância das igrejas na Grécia no início do cristianismo. No entanto, grande parte da Grécia se apegou tenazmente ao paganismo e as práticas religiosas gregas antigas ainda estavam em voga no final do século IV dC,[58] quando foram proibidas pelo imperador romano Teodósio I em 391–392.[59] Os últimos jogos olímpicos registrados foram realizados em 393[60] e muitos templos foram destruídos ou danificados no século seguinte.[61] Em Atenas e nas áreas rurais, o paganismo é atestado desde o século VI dC[61] e até mais tarde.[62] O fechamento da Academia de Atenas, da escola neoplatônica, pelo imperador Justiniano em 529 é considerado por muitos como o fim da antiguidade, embora haja evidências de que a Academia continuou suas atividades por algum tempo depois disso.[61] Algumas áreas remotas, como o sudeste do Peloponeso, permaneceram pagãs até o século X dC.[63]

Período bizantino

Ver artigos principais: Império Bizantino e Latinocracia
O Império Bizantino em 555, sob Justiniano, o Grande, em sua maior extensão desde a queda do Império Romano do Ocidente.
Palácio do Grão-Mestre dos Cavaleiros de Rodes, originalmente construída no final do século VII como uma cidadela bizantina e a partir de 1309 usada pelos Cavaleiros Hospitalários.

O Império Romano do Oriente, após a queda do Império Romano do Ocidente no século V, é convencionalmente conhecido como Império Bizantino (mas era simplesmente chamado de "Império Romano" em seu próprio tempo) e durou até 1453. Com sua capital em Constantinopla, sua língua e cultura literária eram gregas e sua religião era predominantemente cristã ortodoxa oriental.[64]

Desde o século IV, os territórios balcânicos do Império, incluindo a Grécia, sofreram o deslocamento de invasões bárbaras. Os ataques e devastação dos godos e hunos nos séculos IV e V e a invasão eslava da Grécia no século VII resultou em um colapso dramático na autoridade imperial na península grega.[65] Após a invasão eslava, o governo imperial manteve o controle formal apenas das ilhas e áreas costeiras, particularmente das cidades amuralhadas densamente povoadas, como Atenas, Corinto e Tessalônica, enquanto algumas áreas montanhosas do interior se sustentavam por conta própria e continuavam a reconhecer os interesses da autoridade imperial.[65] Fora dessas áreas, acredita-se que uma quantidade limitada de assentamentos eslavos tenha surgido, embora em uma escala muito menor do que se pensava anteriormente.[66][67] No entanto, a visão de que a Grécia na antiguidade tardia passou por uma crise de declínio, fragmentação e despovoamento agora é considerada ultrapassada, pois as cidades gregas mostram um alto grau de continuidade institucional e prosperidade entre os séculos IV e VI dC (e possivelmente mais tarde também). No início do século VI, a Grécia possuía aproximadamente 80 cidades de acordo com a crônica Synecdemus e o período do século IV ao VII é considerado de alta prosperidade, não apenas na Grécia, mas em todo o Mediterrâneo Oriental.[68]

Até o século VIII, quase toda a Grécia moderna estava sob a jurisdição da Santa Sé de Roma, de acordo com o sistema da Pentarquia. O imperador bizantino Leão III moveu a fronteira do Patriarcado de Constantinopla para o oeste e para o norte no século VIII.[69]

A recuperação bizantina de províncias perdidas começou no final do século VIII e a maior parte da península grega ficou sob controle imperial novamente, em etapas, durante o século IX.[70][71] Esse processo foi facilitado por um grande influxo de gregos da Sicília e da Ásia Menor para a península grega, enquanto ao mesmo tempo muitos eslavos foram capturados e restabelecidos na Ásia Menor e os poucos que restaram foram culturalmente assimilados.[66] Durante os séculos XI e XII, o retorno da estabilidade resultou em um forte crescimento econômico na península grega - muito mais forte do que o dos territórios anatólios do Império.[70]

Após a Quarta Cruzada e a queda de Constantinopla aos "latinos" em 1204, a Grécia dividiu-se entre o Despotado do Epiro (um estado sucessor bizantino) e o domínio do Reino da França[72] (conhecido como "latinocracia"), enquanto algumas ilhas estavam sob controle da República de Veneza.[73] O restabelecimento da capital imperial bizantina em Constantinopla em 1261 foi acompanhado pela recuperação de grande parte da península grega pelo império, embora o Principado da Acaia no Peloponeso e o rival Despotado do Epiro no norte continuassem importantes potências regionais no século XIV, enquanto as ilhas permaneciam em grande parte sob controle genovês e veneziano.[72] Durante a dinastia paleóloga (1261-1453), surgiu uma nova era do patriotismo grego, acompanhada de um retorno à Grécia antiga.[74][75][76]

Como tais personalidades proeminentes da época também propuseram mudar o título imperial para "Imperador dos Helenos"[74][76] e, no final do século XIV, o imperador era frequentemente chamado dessa maneira.[77] Da mesma forma, em vários tratados internacionais da época, o imperador bizantino é denominado "Imperator Graecorum".[78]

No século XIV, grande parte da península grega foi perdida pelo Império Bizantino, primeiro para os sérvios e depois para os otomanos.[79] No início do século XV, o avanço otomano significava que o território bizantino na Grécia estava limitado principalmente à sua maior cidade da época, Tessalônica, e ao Peloponeso (Despotado da Moreia).[79] Após a queda de Constantinopla para os otomanos em 1453, a Moreia foi um dos últimos Estados remanescentes do Império Bizantino a resistir aos turco-otomanos. No entanto, ele também caiu para os otomanos em 1460, completando a conquista otomana da Grécia continental.[80] Com a conquista turca, muitos estudiosos gregos bizantinos, que até então eram os principais responsáveis ​​pela preservação do conhecimento grego clássico, fugiram para o Ocidente, levando consigo um grande corpo de literatura e, assim, contribuindo significativamente para o período do Renascimento.[81]

Possessões venezianas e domínio otomano

Ver artigos principais: Grécia otomana e Stato da Màr
Forte de Koules, em Heraclião, Creta, constrúido pela República de Veneza no século XVI.
A Torre Branca de Tessalônica, uma das estruturas otomanas mais conhecidas da Grécia.

Enquanto a maior parte da Grécia continental e das ilhas do Mar Egeu estava sob controle otomano no final do século XV, Chipre e Creta continuaram sendo território veneziano e só caíram para os otomanos em 1571 e 1670, respectivamente. A única parte do mundo de língua grega que escapou do domínio otomano no longo prazo foram as ilhas Jônicas, que permaneceram venezianas até serem capturadas pela Primeira República Francesa em 1797, depois passaram para o Reino Unido em 1809 até sua unificação com a Grécia em 1864.[82]

Enquanto alguns gregos nas ilhas Jônicas e Constantinopla viviam em prosperidade e, no caso dos fanariotas, alcançaram posições de poder dentro do governo otomano,[83] grande parte da população da Grécia continental sofreu as consequências econômicas da conquista otomana. Impostos foram cobrados e, nos anos posteriores, o Império Otomano decretou uma política de criação de propriedades hereditárias, transformando efetivamente as populações gregas rurais em servos.[84]

A Igreja Ortodoxa Grega e o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla foram considerados pelos governos otomanos como autoridades dominantes de toda a população cristã ortodoxa do Império Otomano, etnicamente grega ou não. Embora o Estado otomano não tenha forçado os não-muçulmanos a se converterem ao islamismo, os cristãos enfrentaram vários tipos de discriminação que pretendiam destacar seu status "inferior". A discriminação contra os cristãos, principalmente quando combinada com o tratamento severo das autoridades otomanas locais, levou a conversões ao Islã, mesmo que superficialmente. No século XIX, muitos "cripto-cristãos" retornaram à sua antiga lealdade religiosa.[85]

A natureza da administração otomana da Grécia variava, embora fosse invariavelmente arbitrária e muitas vezes dura.[85] Quando eclodiram conflitos militares entre o Império Otomano e outros estados, os gregos usavam armas contra os otomanos, com poucas exceções. Essas revoltas eram reprimidas pelos otomanos com grande derramamento de sangue.[86][87]

Os séculos XVI e XVII são considerados como uma "idade das trevas" na história grega, com a perspectiva de derrubar o domínio otomano parecendo remota. Corfu resistiu a três cercos principais em 1537, 1571 e 1716, os quais resultaram na repulsa aos otomanos. No entanto, no século XVIII, devido ao seu domínio do transporte marítimo e do comércio, surgiu uma classe rica e dispersa de comerciantes gregos. Esses comerciantes passaram a dominar o comércio dentro do Império Otomano, estabelecendo comunidades em todo o Mediterrâneo, nos Bálcãs e na Europa Ocidental. Embora a conquista otomana tenha separado a Grécia de importantes movimentos intelectuais europeus, como a Reforma e o Iluminismo, essas ideias, juntamente com os ideais da Revolução Francesa e o nacionalismo romântico, começaram a penetrar no mundo grego através da diáspora mercantil.[88] No final do século XVIII, Rigas Feraios, o primeiro revolucionário a visualizar um Estado grego independente, publicou uma série de documentos relacionados à independência grega, incluindo, entre outros, um hino nacional e o primeiro mapa detalhado da Grécia, em Viena. Feraios foi assassinado por agentes otomanos em 1798.[89][90]

Período contemporâneo

Ver artigo principal: História da Grécia Moderna

Guerra de independência

Fragata otomana em chamas durante a Guerra da Independência Grega (1821–1829).
A Batalha de Navarino em 1827 assegurou a independência grega do Império Otomano.

No final do século XVIII, um aumento na aprendizagem secular durante o Iluminismo Grego ao ressurgimento entre os gregos da diáspora da noção de uma nação grega que remonta à Grécia antiga, distinta dos outros povos ortodoxos, e tendo direito a à autonomia política. Uma das organizações formadas nesse meio intelectual foi a Filiki Eteria, uma organização secreta formada por comerciantes em Odessa em 1814.[91] Apropriando-se de uma longa tradição da profecia messiânica ortodoxa que aspirava à ressurreição do Império Romano do Oriente e criando a impressão de que tinham o apoio do Império Russo, eles conseguiram, em meio a uma crise do comércio otomano a partir de 1815, envolver os estratos tradicionais do mundo ortodoxo grego em sua causa nacionalista liberal. A Filiki Eteria planejava lançar a revolução no Peloponeso, nos Principados do Danúbio e em Constantinopla. A primeira dessas revoltas começou em 6 de março de 1821, nos Principados do Danúbio, sob a liderança de Alexandros Ypsilantis, mas logo foi reprimida pelos otomanos. Os eventos no norte levaram os gregos do Peloponeso a entrar em ação e, em 17 de março de 1821, os maniots declararam guerra aos otomanos.[92]

No final do mês, o Peloponeso estava em revolta aberta contra os otomanos e em outubro de 1821 os gregos sob liderança de Theodoros Kolokotronis haviam capturado Tripolitsa. A revolta do Peloponeso foi rapidamente seguida por revoltas em Creta, Macedônia e Grécia Central, que logo seriam reprimidas. Enquanto isso, uma marinha grega improvisada estava obtendo sucesso contra a marinha otomana no Mar Egeu e impedia que os reforços otomanos chegassem pelo mar. Em 1822 e 1824, turcos e egípcios devastaram as ilhas, incluindo Chios e Psara, cometendo massacres contra a população.[92] Aproximadamente três quartos da população grega de Chios, de 120.000 habitantes, foram mortos, escravizados ou morreram de doenças.[93][94] Isto teve o efeito de galvanizar a opinião pública na Europa Ocidental em favor dos rebeldes gregos.[95]

Tensões logo se desenvolveram entre diferentes facções gregas, levando a duas guerras civis consecutivas. Enquanto isso, o sultão otomano negociou com Mehmet Ali, do Egito, que concordou em enviar seu filho Ibraim Paxá para a Grécia com um exército para reprimir a revolta em troca de ganhos territoriais. Ibraim desembarcou no Peloponeso em fevereiro de 1825 e teve sucesso imediato: no final de 1825, a maior parte do Peloponeso estava sob controle egípcio e a cidade de Missolonghi - sitiada pelos turcos desde abril de 1825 - caiu em abril de 1826. Embora Ibraim tenha sido derrotado em Mani, ele conseguiu reprimir a maior parte da revolta no Peloponeso e Atenas foi retomada.[96]

Após anos de negociação, três grandes potências, França, Império Russo e Reino Unido, decidiram intervir no conflito e cada nação enviou uma marinha para a Grécia. Após as notícias de que as frotas otomano-egípcias combinadas iam atacar a ilha grega de Hydra, a frota aliada interceptou a frota otomana-egípcia em Navarino. Um impasse de uma semana terminou com a Batalha de Navarino, que resultou na destruição da frota otomano-egípcia. Uma força expedicionária francesa foi despachada para supervisionar a evacuação do exército egípcio do Peloponeso, enquanto os gregos procederam à parte capturada da Grécia Central em 1828. Como resultado de anos de negociação, o nascente Estado grego foi finalmente reconhecido sob o Protocolo de Londres em 1830.[97]

Reino

Ver artigo principal: Reino da Grécia
A Entrada do Rei Oto I em Atenas, Peter von Hess, 1839.
O Parlamento Helênico por volta dos anos 1880, com Charílaos Trikúpis a discursar.

Em 1827, Ioannis Kapodistrias, de Corfu, foi escolhido pela Terceira Assembléia Nacional em Trezena como o primeiro governador da Primeira República Helênica. Kapodistrias estabeleceu uma série de instituições estatais, econômicas e militares. Logo surgiram tensões entre ele e os interesses locais. Após seu assassinato em 1831 e a subsequente conferência de Londres, um ano depois, as Grandes Potências de Reino Unido, França e Rússia instalaram o príncipe bávaro Otto von Wittelsbach como monarca.[98] O reinado de Otto foi despótico e, em seus primeiros 11 anos de independência, a Grécia foi governada por uma oligarquia da Baviera liderada por Josef Ludwig von Armansperg como primeiro-ministro e, mais tarde, pelo próprio Otto, que detinha o título de rei e primeiro-ministro.[98] Durante esse período, a Grécia permaneceu sob a influência de suas três grandes potências protetoras, França, Rússia e Reino Unido, além da Baviera.[99]

Apesar do absolutismo do reinado de Otto, os primeiros anos foram fundamentais na criação de instituições que ainda são a base da administração e educação gregas.[100] Medidas importantes foram tomadas na criação do sistema educacional, nas comunicações marítimas e postais, na administração civil eficaz e, mais importante, no código legal.[101] O revisionismo histórico assumiu a forma de "desbizantinificação" e des "desotomanização", em favor da promoção da herança grega antiga do país.[102] Nesse espírito, a capital nacional foi transferida de Náuplia, onde estava desde 1829, para Atenas, que na época era uma vila.[103] Uma reforma religiosa também ocorreu e a Igreja da Grécia foi estabelecida como igreja nacional do país, embora Otto permanecesse católico. 25 de março, o dia da Anunciação, foi escolhido como o aniversário da Guerra da Independência Grega, a fim de reforçar o vínculo entre a identidade nacional grega e a Ortodoxia.[102] Pavlos Karolidis chamou os esforços da Baviera para criar um Estado moderno na Grécia como "não apenas apropriado para as necessidades das pessoas, mas também baseado em excelentes princípios administrativos da época".[101]

Otto foi deposto na Revolução de 23 de outubro de 1862. Várias causas levaram ao seu depoimento e exílio, incluindo o governo dominado pela Baviera, impostos pesados ​​e uma tentativa fracassada de anexar Creta a partir do Império Otomano.[98] O catalisador da revolta foi a demissão de Konstantinos Kanaris por Otto.[100] Um ano depois, ele foi substituído pelo príncipe Guilherme da Dinamarca, que levou o nome de Jorge I e trouxe consigo as ilhas Jônicas como um presente de coroação da Grã-Bretanha. Uma nova Constituição em 1864 mudou a forma de governo da Grécia da monarquia constitucional para a república coroada mais democrática.[104][105][106] Em 1875, o conceito de maioria parlamentar como requisito para a formação de um governo foi introduzido por Charilaos Trikoupis,[107] restringindo o poder da monarquia de nomear governos minoritários de sua preferência. No final do século XIX, os gregos continuaram a batalha contra os turcos para continuar liberando territórios anteriormente ocupados, como Tessália e Epiro. Durante as Guerras dos Balcãs, a Grécia conseguiu também recuperar a Trácia e a Macedônia.[108]

Primeira Guerra Mundial

Formação do Exército Helênico na Parada da Vitória na Primeira Guerra Mundial em Paris, julho de 1919.
Mapa da Grande Grécia após o Tratado de Sèvres, quando a Megali Idea parecia quase completa, apresentando Eleftherios Venizelos como seu gênio supervisor.

Em meio à insatisfação geral com a aparente inércia e inatingibilidade das aspirações nacionais sob a liderança do cauteloso reformista Geórgios Theotókis, um grupo de oficiais militares organizou um golpe em agosto de 1909 e logo depois chamou a Atenas o político cretense Eleftherios Venizelos, que transmitia uma visão da regeneração nacional. Depois de vencer duas eleições e se tornar primeiro-ministro em 1910,[109] Venizelos iniciou amplas reformas fiscais, sociais e constitucionais, reorganizou as forças armadas, fez da Grécia um membro da Liga Balcânica e liderou o país durante as Guerras dos Balcãs. Em 1913, o território e a população da Grécia quase dobraram, anexando Creta, Epiro e Macedônia. Nos anos seguintes, a luta entre o rei Constantino I e o carismático Venizelos sobre a política externa do país nas vésperas da Primeira Guerra Mundial dominou a cena política do país e dividiu o país em dois grupos opostos. Durante partes da Primeira Guerra Mundial, a Grécia tinha dois governos: um pró-alemão monarquista em Atenas e um pró-Entente venizelista em Tessalônica. Os dois governos foram unidos em 1917, quando a Grécia entrou oficialmente na guerra ao lado da Entente.[110]

Após a Primeira Guerra Mundial, a Grécia tentou uma expansão adicional na Ásia Menor, uma região com uma grande população grega nativa na época, mas foi derrotada na Guerra Greco-Turca de 1919-1922, contribuindo para uma fuga maciça de gregos da Ásia Menor.[111][112] Esses eventos se sobrepuseram, com ambos ocorrendo durante o genocídio grego (1914–1922),[113][114][115][116] um período durante o qual, segundo várias fontes,[117] oficiais otomanos e turcos contribuíram para a morte de várias centenas de milhares de gregos na Ásia Menor, juntamente com um número semelhante de assírios e um número bastante maior de armênios. O êxodo grego resultante da Ásia Menor foi tornado permanente e ampliado em uma troca oficial de população entre a Grécia e a Turquia. A troca fazia parte dos termos do Tratado de Lausanne, que encerrou a guerra.[118]

A era seguinte foi marcada pela instabilidade, pois mais de 1,5 milhão de refugiados gregos expulsos da Turquia tiveram que ser integrados à sociedade grega. Gregos capadócios, gregos pônticos e gregos de Antioquia também estavam sujeitos à troca populacional. Alguns dos refugiados não sabiam falar o idioma dos gregos do continente. Os refugiados também fizeram um aumento dramático da população no pós-guerra, pois o número de refugiados era mais de um quarto da população anterior da Grécia.[119]

Após os eventos catastróficos na Ásia Menor, a monarquia foi abolida por meio de um referendo em 1924 e a Segunda República Helênica foi declarada. Em 1935, um general monarca que virou político Georgios Kondylis tomou o poder após um golpe de Estado e aboliu a república, realizando um referendo fraudulento, após o qual o rei Jorge II retornou à Grécia e foi restaurado ao trono.[120]

Segunda Guerra Mundial e guerra civil

Soldados alemães erguendo a bandeira de guerra nazista sobre a Acrópole em 1941. Ela seria derrubada por Manolis Glezos e Apostolos Santas em um dos primeiros atos de resistência grega.

Em 1936, seguiu-se um acordo entre o primeiro-ministro Ioannis Metaxas e o chefe de estado Jorge II, que instalou Metaxas como chefe de um regime ditatorial conhecido como Regime de 4 de Agosto, inaugurando um período de regime autoritário que duraria, com pausas curtas, até 1974.[121]

Em 28 de outubro de 1940, a Itália fascista exigiu a rendição da Grécia, mas o governo grego recusou e, na Guerra Greco-Italiana seguinte, a Grécia repeliu as forças italianas na Albânia, dando aos Aliados sua primeira vitória sobre as forças do Eixo em terra. A luta e a vitória gregas contra os italianos receberam elogios exuberantes na época.[122][123] A mais proeminente é a citação atribuída a Winston Churchill: "Portanto, não diremos que os gregos lutam como heróis, mas diremos que os heróis lutam como gregos".[122] O general francês Charles de Gaulle estava entre os que elogiaram a ferocidade e a resistência do povo grego. Em um comunicado oficial divulgado para coincidir com a celebração nacional grega do Dia da Independência, De Gaulle expressou sua admiração pela resistência grega:

Em nome do povo francês capturado, mas ainda vivo, a França quer enviar suas saudações ao povo grego que está lutando por sua liberdade. O 25 de março de 1941 encontra a Grécia no auge de sua luta heróica e no topo de sua glória. Desde a Batalha de Salamina, a Grécia não alcançou a grandeza e a glória que hoje detém.[123]

O país acabaria por despachar urgentemente as forças nazistas durante a Batalha da Grécia, apesar da forte resistência grega, particularmente na Batalha da Linha Metaxas. O próprio Adolf Hitler reconheceu a bravura e a coragem do exército grego, afirmando em seu discurso ao Reichstag em 11 de dezembro de 1941, que: "A justiça histórica me obriga a declarar que dos inimigos que assumiram posições contra nós, o soldado grego em particular lutou com a mais alta coragem. Ele capitulou apenas quando a resistência se tornou impossível e inútil."[124]

Povo de Atenas comemora a libertação das potências do Eixo, em outubro de 1944. A Grécia do pós-guerra logo experimentaria uma guerra civil e uma polarização política.

Os nazistas passaram a administrar Atenas e Tessalônica, enquanto outras regiões do país foram entregues aos parceiros da Alemanha nazista, como a Itália fascista e Bulgária. A Ocupação da Grécia pelas potências do Eixo trouxe terríveis dificuldades para a população civil grega. Mais de 100.000 civis morreram de fome durante o inverno de 1941-1942, dezenas de milhares morreram por causa de represálias de nazistas e colaboradores, a economia do país foi arruinada e a grande maioria dos judeus gregos (dezenas de milhares) foram deportados e assassinados em campos de concentração nazistas.[125][126] A resistência grega, um dos movimentos de resistência mais eficazes da Europa, lutou veementemente contra os nazistas e seus colaboradores. Os ocupantes alemães cometeram inúmeras atrocidades, execuções em massa, massacres de civis e destruição de cidades e vilarejos em represália. No curso da campanha anti-guerrilha, centenas de aldeias foram sistematicamente incendiadas e quase um milhão de gregos ficaram desabrigados.[126] No total, os alemães executaram cerca de 21.000 gregos, os búlgaros 40.000 e os italianos 9.000 gregos.[127]

Após a libertação e a vitória dos Aliados sobre o Eixo, a Grécia anexou as ilhas do Dodecaneso da Itália e recuperou a Trácia Ocidental da Bulgária. O país quase imediatamente mergulhou em uma sangrenta guerra civil entre forças comunistas e o governo grego anticomunista, que durou até 1949 com a vitória da última. O conflito, considerado uma das primeiras lutas da Guerra Fria, resultou em mais devastação econômica, deslocamento da população em massa e severa polarização política pelos próximos trinta anos da história do país.[128]

Embora as décadas do pós-guerra tenham sido caracterizadas por conflitos sociais e pela marginalização generalizada da esquerda nas esferas política e social, a Grécia, no entanto, experimentou um rápido crescimento e recuperação econômica, impulsionados em parte pelo Plano Marshall, administrado pelos Estados Unidos.[129]

Regime militar e terceira república

Ver artigos principais: Ditadura dos coronéis e Metapolitefsi
Protesto contra a ditadura dos coronéis em 1967.

A demissão do governo centrista de George Papandreou pelo rei Constantino II em julho de 1965 provocou um período prolongado de turbulência política, que culminou em um golpe de Estado em 21 de abril de 1967 pelo regime dos coronéis. Sob a junta, os direitos civis foram suspensos, a repressão política foi intensificada e os abusos dos direitos humanos, incluindo tortura sancionada pelo Estado, eram galopantes. A brutal repressão da revolta da Politécnica de Atenas em 17 de novembro de 1973 desencadeou os eventos que causaram a queda do regime de Papadopoulos, resultando em um contra-golpe que derrubou Georgios Papadopoulos e estabeleceu o brigadeiro Dimitrios Ioannidis como o novo homem forte da junta. Em 20 de julho de 1974, a Turquia invadiu a ilha de Chipre em resposta a um golpe cipriota apoiado pela Grécia, desencadeando uma crise política na Grécia que levou ao colapso do regime e à restauração da democracia por meio de Metapolitefsi.[130]

O ex-primeiro-ministro Konstantinos Karamanlis foi convidado a voltar de Paris, onde viveu no exílio desde 1963, marcando o início da era Metapolitefsi. As primeiras eleições multipartidárias desde 1964 foram realizadas no primeiro aniversário da revolta politécnica. Uma constituição democrática e republicana foi promulgada em 11 de junho de 1975, após um referendo que decidiu não restaurar a monarquia.[131]

Estádio Panatenaico, construído para os Jogos Olímpicos de 1896 durantes as Olimpíadas de 2004.

Enquanto isso, Andreas Papandreou, filho de George Papandreou, fundou o Movimento Socialista Pan-helênico (PASOK) em resposta ao partido conservador da Nova Democracia de Karamanlis, com as duas formações políticas dominando o governo nas próximas quatro décadas. A Grécia voltou à OTAN em 1980 e tornou-se o décimo membro das Comunidades Europeias (posteriormente subsumida pela União Europeia) em 1 de janeiro de 1981, dando início a um período de crescimento sustentado.[132] Investimentos ampliados em empresas industriais e infraestrutura pesada, bem como fundos da União Europeia e receitas crescentes do turismo, transporte marítimo e um setor de serviços em rápido crescimento elevaram o padrão de vida do país a níveis sem precedentes. As relações tradicionalmente tensas com a vizinha Turquia melhoraram quando terremotos sucessivos atingiram os dois países em 1999, levando ao levantamento do veto grego contra a tentativa da Turquia de ingressar na UE.[133]

O país adotou o euro em 2001 e sediou com sucesso os Jogos Olímpicos de Verão de 2004 em Atenas.[19] Mais recentemente, a Grécia sofreu muito com a recessão do final dos anos 2000 e tem sido central na crise da dívida pública da Zona Euro. Devido à adoção do euro, quando a Grécia passou por uma crise financeira, não conseguiu mais desvalorizar sua moeda para recuperar a competitividade. O desemprego juvenil foi especialmente alto durante os anos 2000.[134]

Geografia

Ver artigo principal: Geografia da Grécia
Imagem de satélite do território grego

Localizada no sul da Europa[135] e sudeste da Europa,[136] a Grécia consiste em um continente peninsular montanhoso que se projeta para o mar no extremo sul dos Balcãs, terminando na península do Peloponeso (separada do continente pelo canal do istmo de Corinto) e estrategicamente localizada na encruzilhada entre Europa, Ásia e África[6] Devido ao seu litoral altamente recortado e às numerosas ilhas, a Grécia possui o 11º litoral mais extenso do mundo, com 13.676 km;[137] suas fronteiras terrestres medem 1.160 km. O país fica aproximadamente entre latitudes 34° e 42° N e longitudes 19° e 30° E, com os pontos extremos sendo: a aldeia Ormenio; a ilha dos Gavdos; a ilha Strongyli (Kastelorizo, Megisti) e a ilha Othonoi.[138]

Oitenta por cento da Grécia consiste em montanhas ou colinas, tornando o país um dos mais montanhosos da Europa. O Monte Olimpo, a morada mítica dos deuses gregos, culmina no pico de Mytikas, 2.918 metros,[139] o mais alto do país. A Grécia Ocidental contém vários lagos e pântanos e é dominada pelos Montes Pindo, uma continuação dos Alpes Dináricos, que proessegue através do Peloponeso central, cruza as ilhas de Kythera e Antikythera e encontra o caminho para o sudoeste do mar Egeu, na ilha de Creta, onde termina. As ilhas do Egeu são picos de montanhas subaquáticas que antes constituíam uma extensão do continente. O Pindo é caracterizado por seus picos altos e íngremes, muitas vezes dissecados por inúmeros desfiladeiros e uma variedade de outras paisagens cársticas. O espetacular desfiladeiro de Vikos, parte do Parque Nacional Vikos-Aoos na cordilheira de Pindo, é listado pelo livro Guinness World Records como o desfiladeiro mais profundo do mundo.[140]

Ilhas

Praia Navagio, em na ilha de Zaquintos.

A Grécia possui um vasto número de ilhas - entre 1.200 e 6.000, dependendo da definição, 227 das quais são habitadas - e é considerado um país transcontinental não-contíguo. Creta é a ilha maior e mais populosa; Eubéia, separada do continente pelo estreito de Euripo, com 60 m de largura, é a segunda maior, seguida por Lesbos e Rodes.[141]

As ilhas gregas são tradicionalmente agrupadas nos seguintes aglomerados: as ilhas Argo-Sarônicas, no golfo de Sarônica, perto de Atenas, as Cíclades, uma coleção grande mas densa que ocupa a parte central do Mar Egeu, as ilhas Egeias do Norte, um agrupamento solto do costa oeste da Turquia, o Dodecaneso, outra coleção solta no sudeste entre Creta e Turquia, as Espórades, um pequeno grupo na costa nordeste da Eubéia, e as ilhas Jônicas, localizadas a oeste do continente no Mar Jônico.[141]

Clima

Grécia segundo a classificação de Köppen

O clima da Grécia pode ser classificado em três tipos (mediterrânico, a alpino e o temperado) que influenciam regiões bem definidas do seu território. A cadeia de montanhas de Pindo afeta fortemente o clima do país, tornando o lado ocidental dela (áreas propensas a ventos do sul), em média, mais úmidas do que as áreas situadas a leste da mesma (sotavento das montanhas).[142] O tipo de clima mediterrâneo apresenta invernos suaves e úmidos e verões quentes e secos. As regiões das Cíclades, Dodecaneso e Creta, no Peloponeso Oriental e partes da Grécia Central, são as regiões mais afetadas por este tipo de clima. Temperaturas raramente atingem valores extremos ao longo das costas, embora, como a Grécia é um país altamente montanhoso, nevascas ocorram com frequência no inverno. Às vezes neva mesmo nas Cíclades ou no Dodecaneso.[142]

O clima alpino é dominante, principalmente nas áreas montanhosas do noroeste da Grécia (partes do Epiro, na Grécia central, Tessália, Macedônia Ocidental), bem como na parte central do Peloponeso, incluindo partes das prefeituras da Acaia, Arcádia e Lacônia, onde a cadeia de montanhas do Pindo passa. Finalmente, o clima temperado afeta a Macedônia Central e a Macedônia Oriental e Trácia, que apresentam invernos frios e húmidos e verões quentes e secos com tempestades frequentes. Atenas está localizada em uma área de transição que caracteriza os climas mediterrânico e temperado. Os subúrbios ao norte da cidade são dominados pelo clima temperado, enquanto o centro da cidade e os subúrbios ao sul desfrutam de um clima mediterrânico típico.[142]

Demografia

Ver artigos principais: Demografia da Grécia e Gregos
Hermópolis, capital da ilha de Siro e das Cíclades

O órgão de estatística oficial da Grécia é o Instituto Nacional de Estatística da Grécia (INEG). De acordo com o INEG, a população total da Grécia em 2017 era de 10 816 286.[143] Esse número é dividido em 5 427 682 homens e 5 536 338 mulheres.[143] Como as estatísticas de 1971, 1981 e 2001 demonstram, a população grega sofreu envelhecimento ao longo de décadas.[143]

A taxa de natalidade em 2003 situou-se em 9,5 por mil habitantes (14,5 por 1.000 em 1981). Ao mesmo tempo, a taxa de mortalidade aumentou ligeiramente, de 8,9 por mil habitantes em 1981 para 9,6 por mil habitantes em 2003. Em 2001, 16,71% da população tinha 65 anos ou mais, 68,12% entre as idades de 15 e 64 anos, e 15,18% tinham 14 anos ou menos.[143]

A sociedade grega também mudou rapidamente com o passar do tempo. As taxas de casamento continuavam a cair de quase 71 por mil habitantes em 1981 até 2002, para 51 em 2004.[143] As taxas de divórcio, por outro lado, têm aumentado - de 191,2 por mil casamentos em 1991, para 239,5 por 1000 casamentos em 2004.[143] Quase dois terços do povo grego vivem em áreas urbanas. Os maiores municípios da Grécia em 2001 foram: Atenas, Salónica, Pireu, Patras, Heraclião, Larissa e Volos.[144]

Ao longo do século XX, milhões de gregos emigraram para os Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá e Alemanha, criando uma grande diáspora grega. A tendência de migração, no entanto, foi revertida após importantes melhoramentos da economia grega desde os anos 1980.

Religião

Mosteiro da Santíssima Trindade, em Meteora, no norte do país

A grande maioria dos gregos é cristã, sendo esta fé seguida por 92% da população.[146] A Igreja Ortodoxa Grega é a principal denominação religiosa do país e representa quase toda a população do país,[147] e que é constitucionalmente reconhecida como a "religião dominante" da Grécia. Outras religiões importantes incluem o catolicismo, o islamismo e o protestantismo. Há ainda movimentos reconstrucionistas das práticas religiosas da Grécia Antiga, como o dodecateísmo.

De acordo com uma pesquisa de 2005 do Eurobarêmetro, 81% dos cidadãos gregos acreditam que existe um Deus, enquanto que 16% acreditam em algum tipo de espírito ou força vital e 3% responderam que não acreditam que haja algum tipo de Deus, espírito ou força vital.[148]

Línguas

Ver artigo principal: Língua grega

A Grécia é hoje relativamente homogênea em termos linguísticos, com a grande maioria da população nativa usando o grego como sua língua materna. A minoria muçulmana da Trácia, o que equivale a aproximadamente 0,95% da população total, é composta de falantes de turco, búlgaro (Pomaca) e romani. O romani também é falado por cristãos roma em outras partes do país.

A língua grega remonta a 3 500 anos, e o grego moderno preserva muitos elementos de seu antecessor clássico. No século XIX, após a Guerra de Independência Grega, fez-se um esforço para eliminar da língua as expressões de origem turca e árabe. A versão resultante foi considerada próxima do koiné grego, e foi chamada de katharevoussa. No entanto, o katharevoussa nunca foi adotado pelos gregos na linguagem diária. O grego comumente falado é chamado demotiki, e se tornou a língua oficial em 1976.

Política

Ver artigo principal: Política da Grécia
Parlamento Helénico, sede do poder legislativo, no centro de Atenas

A Grécia é uma república parlamentar.[149] O chefe de Estado nominal é o presidente da república, que é eleito pelo parlamento para um mandato de cinco anos.[149] A atual constituição foi elaborada e aprovada pelo Quinto Parlamento Revisionista dos Helenos e entrou em vigor em 1975 após a queda da junta militar de 1967-1974. Ela foi revisada por duas vezes desde que entrou em vigor, em 1986 e em 2001. A Constituição, que consiste em 120 artigos, prevê a separação dos poderes em executivo, legislativo e judiciário, e concede extensas garantias específicas (reforçado em 2001), das liberdades civis e direitos sociais.[150] O sufrágio feminino foi garantido com uma emenda constitucional de 1952.

Segundo a Constituição, o poder executivo é exercido pelo presidente da república e pelo governo.[149] A partir de emenda à Constituição de 1986, as funções do presidente foram reduzidas de forma significativa, e agora elas são, em grande parte, cerimoniais; a maior parte do poder político, portanto, está nas mãos do primeiro-ministro.[151] A posição do primeiro-ministro, chefe de governo da Grécia, pertencente ao atual líder do partido político que possa obter um voto de confiança do Parlamento. O presidente da república nomeia formalmente o primeiro-ministro e, na sua recomendação, nomeia e exonera os restantes membros do Conselho de Ministros.[149]

O poder legislativo é exercido pelos 300 membros eletivos do parlamento unicameral.[149] As leis aprovadas pelo parlamento são promulgadas pelo presidente da república.[149] As eleições parlamentares são realizadas a cada quatro anos, mas o presidente da república é obrigado a dissolver o parlamento sobre a proposta anterior do Conselho de Ministros, tendo em vista lidar com um assunto nacional de excepcional importância.[149] O presidente é também obrigado a dissolver o parlamento no início, se a oposição conseguir aprovar uma moção de censura.[149]

O poder judiciário é independente do poder executivo e do legislativo e compreende três Tribunais Supremos: o Tribunal de Cassação (Άρειος Πάγος), o Conselho de Estado (Συμβούλιο της Επικρατείας) e o Tribunal de Contas (Ελεγκτικό Συνέδριο). O sistema judiciário é composto também por tribunais civis, que julgam processos cíveis e penais, e os tribunais administrativos, que julgam os litígios entre os cidadãos e as autoridades gregas administrativas.

Nas eleições legislativas de janeiro de 2015, o partido de extrema esquerda, Syriza venceu com 70% dos votos apurados, conquistando 149 das 300 cadeiras do Parlamento e tornando primeiro-ministro Alexis Tsipras, de 40 anos.

As eleições legislativas de julho de 2019 foram ganhas pelo partido de direita conservadora, Nova Democracia, tornando Kyriakos Mitsotakis o primeiro-ministro.[152]

Subdivisões

Ver artigo principal: Subdivisões da Grécia

As periferias (em grego: περιφέρειες, singular: περιφέρεια) são as divisões nacionais da Grécia. Existem 13 periferias (nove no continente e quatro grupos de ilhas), que são ainda subdivididos em 51 prefeituras (ou departamentos; em grego: νομοί (transliteração: nomoi}}; singular: νομός (transl.: nomos).

Região Capital Área (km²) População[153] PIB (bi)[154]
1 Ática Atenas 3.808 3.812.330 €103,334
2 Grécia Central Lâmia 15.549 546.870 €12,530
3 Macedônia Central Tessalônica 18.811 1.874.590 €34,458
4 Creta Heraclião 8.259 621.340 €12,854
5 Macedônia Oriental e Trácia Comotini 14.157 606.170 €9,054
6 Epiro Janina 9.203 336.650 €5,827
7 Ilhas Jônicas Corfu 2.307 206.470 €4,464
8 Egeu Setentrional Mitilene 3.836 197.810 €3,579
9 Peloponeso Trípoli 15.490 581.980 €11,230
10 Egeu Meridional Hermópolis 5.286 308.610 €7,816
11 Tessália Lárissa 14.037 730.730 €12,905
12 Grécia Ocidental Patras 11.350 680.190 €12,122
13 Macedônia Ocidental Cozani 9.451 282.120 €5,564
Estado autônomo Capital Área (km²) População[153] PIB (bi)[154]
(14) Monte Atos Cariés 390 1.830 Desconhecido

Economia

Ver artigo principal: Economia da Grécia
Principais exportações da Grécia
A Grécia controla 16,2% da frota mercante mundial total, tornando-a a maior do mundo. O país está classificado entre os cinco primeiros lugares entre todos os tipos de navios, incluindo petroleiros e graneleiros.

O crescimento anual do PIB grego tem ultrapassado os respectivos níveis da maioria dos seus parceiros da UE.[155] A indústria do turismo é uma importante fonte de divisas e receitas, respondendo por 15% do total do PIB da Grécia[156] e empregando, direta ou indiretamente, 16,5% da força de trabalho total.

A força de trabalho grega totaliza 4,9 milhões de pessoas e é a segunda mais produtiva entre os países da OCDE, atrás apenas da Coreia do Sul. [36]. A Universidade de Groningen publicou uma pesquisa revelando que entre 1995 e 2005, a Grécia ficou em terceiro lugar no ranking de jornada de trabalho por ano entre as nações europeias; os gregos trabalhavam uma média de 1.811 horas por ano.[157] Em 2007, o trabalhador médio produzia cerca de 20 dólares por hora, semelhante ao da Espanha e um pouco mais da metade da produção por hora de um trabalhador médio dos Estados Unidos. Os imigrantes constituem quase um quinto da força de trabalho, ocupados principalmente em trabalhos agrícolas e de construção.

O PIB per capita da Grécia, em paridade do poder de compra, é 25º maior do mundo. De acordo com o Fundo Monetário Internacional, o país tinha uma renda média per capita' estimada em 29.882 de dólares para o ano de 2009,[158] um valor comparável ao de Itália e Espanha. De acordo com uma pesquisa realizada pela The Economist, o custo de vida em Atenas está perto de 90% do custo de vida em Nova Iorque; nas regiões rurais é menor.[159]

Na Grécia, o euro foi introduzido em 2002. Como preparação para esta data, a cunhagem de novas moedas em euros foi iniciada em 2001, porém todas as moedas de euro gregas foram introduzidas na economia em 2002. Antes de adotar o euro em 2002, a Grécia mantinha o uso do dracma grego desde 1832.

No entanto, a economia grega também enfrenta problemas significativos, incluindo os níveis de desemprego em elevação, uma burocracia ineficiente e a corrupção generalizada.[160] Em 2009, a Grécia tinha o segundo menor índice Índice de Liberdade Econômica da UE (após a Polônia), 81.º do ranking mundial.[161] O país sofre de altos níveis de corrupção política e econômica e de baixa competitividade global em relação aos seus parceiros da UE.[162][163]

Embora continuando acima da média da zona euro, o crescimento econômico passou a ser negativo em 2009 pela primeira vez desde 1993.[164]

Crise econômica (2008–2018)

Ver artigo principal: Crise financeira da Grécia
Protesto em Atenas em 2011 com cem mil pessoas a propósito da crise que o país enfrentava

Até o final de 2009, como resultado de uma combinação de fatores locais e internacionais (respectivamente, a crise financeira mundial e os gastos descontrolados do governo), a economia grega enfrentou sua crise mais grave desde a restauração da democracia em 1974, quando o governo grego revisou o seu déficit a partir de uma estimativa de 6% para 12,7% do produto interno bruto (PIB).[165][166]

No início de 2010, foi revelado que os sucessivos governos gregos tinham sido responsáveis por ter consistente e deliberadamente deturpado as estatísticas econômicas oficiais do país para mantê-lo dentro das diretrizes da união monetária.[167][168] Isto tinha permitido que os governos do país gastassem além de suas possibilidades, ao esconder o défice real de supervisores da União Europeia (UE).[169] Em maio de 2010, o défice orçamental grego foi novamente revisto para uma previsão de 13,6%,[170] um dos mais altos do mundo em relação ao PIB[171] e a previsão da dívida pública foi, de acordo com algumas estimativas, para 120% do PIB em 2010, uma das mais altas taxas do mundo.[172]

Como consequência, houve uma crise de confiança internacional na capacidade da Grécia de pagar sua dívida soberana. Com o objetivo de evitar tal padrão, em maio de 2010, os outros países membros da Zona Euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI), concordaram com um pacote financeiro de resgate que envolveu a Grécia, dando um empréstimo imediato de 45 bilhões * de euros, com mais fundos em seguir, num total de 110 bilhões de euros.[173][174] A fim de garantir o financiamento, a Grécia foi convocada a tomar duras medidas de austeridade para controlar seu déficit.[175] A sua execução será acompanhada e avaliada pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI.[176][177]

Turismo

Ver artigo principal: Turismo na Grécia
Vista da vila de Oia, na ilha de Santorini, um dos principais pontos turísticos do país

Uma porcentagem importante do produto interno bruto (PIB) da Grécia vem do turismo. De acordo com estatísticas do Eurostat, a Grécia recebeu mais de 19,5 milhões de turistas em 2009,[178] o que significa um aumento em relação aos 17,7 milhões de turistas que visitaram o país em 2007.[179] A grande maioria dos visitantes na Grécia em 2007 vieram do continente europeu, alcançando 12,7 milhões de turistas,[180] enquanto a maioria dos visitantes vindos de uma única nacionalidade foram os do Reino Unido (2,6 milhões), seguidos de perto por aqueles da Alemanha (2,3 milhões).[180]

Em 2010, a periferia mais visitada da Grécia foi a da Macedônia Central, com 18% do fluxo turístico do país total (atingindo 3,6 milhões de turistas), seguido de Attica, com 2,6 milhões, e do Peloponeso, com 1,8 milhão.[178] O Norte da Grécia é a região geográfica mais visitada do país, com 6,5 milhões de turistas, enquanto a Grécia Central é a segunda, com 6,3 milhões.[178]

Em 2010, a Lonely Planet considerou Salonica, a segunda maior cidade do país, como a quinta melhor cidade do mundo para festas, comparável a outras cidades como Dubai e Montreal.[181] Em 2011, Santorini foi votada como "melhor ilha do mundo" na Travel + Leisure.[182] A ilha vizinha de Míconos ficou em quinto lugar na categoria europeia.[182]

Vista panorâmica de partes da antiga cidade Corfu, um Patrimônio Mundial pela UNESCO, a partir de Palaio Frourio. A Baía de Garitsa pode ser vista à esquerda.

Infraestrutura

Saúde

Hospital universitário de Patras

Em 2009 a Grécia era o país da União Europeia com mais médicos por mil habitantes (6,17 por mil habitantes), muito mais do que a Romênia, o país da UE com menos médicos por mil habitantes (2,16), e com uma grande diferença para o segundo colocado, a Áustria, que tem 4,85 médicos por mil habitantes,[183] segundo os dados da OCDE o rácio médicos-habitantes era ligeiramente diferente, sendo de 6,1, o maior da OCDE, grupo de países em que a média era de 3,1.[184]

A Grécia gastava em 2010 10,25% do seu PIB de 299, 1024 mil milhões de dólares[185] em despesas de saúde, o oitavo país da UE que em proporção do PIB mais gastava.[186] Ou seja, 12,12% das despesas totais do estado.[187]

Em 2010, a esperança média de vida na Grécia era 80,39 anos, a sétima maior da UE.[188]

Transportes

A Ponte Rio-Antirio, perto de Patras, a mais longa ponte estaiada da Europa

Desde os anos 1980, as estradas e a rede ferroviária da Grécia têm sido significativamente modernizadas. Importantes obras incluem a Estrada Egnácia que liga o noroeste da Grécia (Igumenitsa) com o norte e nordeste da Grécia (Kipoi). A Ponte Rio-Antirio (a maior ponte estaiada da Europa, com 2.250 metros de comprimento) conecta Rio (7 km de Patras), no Peloponeso ocidental, com Antirio, na Grécia Central.

Uma expansão da autoestrada nacional Patras-Atenas para Pírgos, no oeste do Peloponeso, está prevista[quando?] para ser concluída até 2014. A maioria das rodovias de ligação de Atenas para Salonica também foram modernizadas.

A área metropolitana de Atenas tem um aeroporto internacional, a autoestrada privada suburbana Estrada Ática e um sistema de metrô expandido. A maioria das ilhas gregas e muitas das principais cidades da Grécia estão conectadas por via aérea, principalmente das duas principais companhias aéreas da Grécia, a Air Olympic e a Aegean Airlines. As ligações marítimas foram melhoradas com embarcações de alta velocidade modernas, incluindo aerobarcos e catamarãs. As ligações ferroviárias desempenham um papel um pouco menor do que em muitos outros países europeus, mas também foram ampliadas, com novas ligações suburbanas em Atenas, uma ligação interurbana moderna entre Atenas e Salonica, e a atualização para linhas duplas em muitas partes dos 2500 km de rede. Linhas ferroviárias internacionais conectam cidades gregas com o resto da Europa, Bálcãs e Turquia.

Ciência e tecnologia

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Centro e Museu Tessalônico de Ciência e Tecnologia

Disponibilidade à internet de banda larga é muito comum na Grécia, sendo que havia um total de 2 105 076 ligações de banda larga no país em 2010. Isso se traduz em 18,6% de penetração de banda larga.[189] Cyber cafés que fornecem acesso à rede, aplicações de escritório e jogos multiplayer também são uma visão comum no país, enquanto a internet móvel em redes de celular 3G e hotspots públicos wi-fi são existentes, mas não tão extensos.

Devido à sua localização estratégica, mão de obra qualificada e estabilidade política e econômica, muitas empresas multinacionais como a Ericsson, Siemens, SAP, Motorola e Coca-Cola têm suas sedes regionais em P&D na Grécia.

A Secretaria-Geral de Pesquisa e Tecnologia do Ministério do Desenvolvimento Helênico é responsável pela concepção, execução e supervisão de pesquisas nacionais e da política tecnológica.

Em 2003, a despesa pública em P&D foi de 456 370 000 euros (12,6% de aumento a partir de 2002). O total de gastos em pesquisa e desenvolvimento (público e privado) em percentagem do PIB aumentou consideravelmente desde o início da década passada, de 0,38% em 1989, para 0,65% em 2001. P&D na Grécia continua a ser inferior à média da UE de 1,93%, mas, de acordo com Research DC, com base em dados da OCDE e do Eurostat, entre 1990 e 1998, houve o terceiro maior aumento de P&D na Grécia em toda a Europa, atrás apenas da Finlândia e da Irlanda.

Entre os Parques Tecnológicos da Grécia estão o Parque Científico e Tecnológico da ilha de Creta (Heraclião), a Parque Tecnológico da Salonica, o Parque Tecnológico de Lavrio e de Parque Científico de Patras. A Grécia é um dos membros da Agência Espacial Europeia (ESA) desde 2005.[190] A cooperação entre a ESA e a Comissão Helênica Espacial Nacional começou no início de 1990. Em 1994, a Grécia e a ESA assinaram seu primeiro acordo de cooperação. Tendo solicitado formalmente sua completa adesão em 2003, a Grécia tornou-se o décimo sexto membro da ESA, em 16 de março de 2005.

Educação

Academia de Atenas, a academia nacional da Grécia e a maior instituição de pesquisa do país

Creches são populares, mas não são obrigatórias. Os jardins de infância são agora obrigatórios para qualquer criança acima de quatro anos de idade. As crianças começam a escola primária com seis anos e permanecem lá por seis anos. A entrada ao ginásio começa aos doze anos e tem a duração de três anos. O ensino obrigatório na Grécia compreende o ensino primário, e o ensino secundário é um direito.

O ensino secundário pós-obrigatório consiste em dois tipos de instituições: as instituições secundárias unificadas e as instituições de ensino técnico. O ensino secundário pós-obrigatório também inclui institutos de formação profissional, que proporcionam um nível formal, mas não classificado, de educação. Como eles podem aceitar graduados do ensino secundário, esses institutos não são classificados para oferecer um determinado nível de educação.

De acordo com a Lei-Quadro (3549/2007), o ensino superior público consiste de dois setores paralelos: o setor "universidade" (universidades, institutos politécnicos, escolas de belas artes, universidade aberta) e o setor Tecnológico (instituições de educação tecnológica e escolas de formação pedagógica e tecnológica). Há também o ensino terciário não universitário, que oferece em institutos estatais formação profissional de duração de dois anos, que operam sob a autoridade de outros Ministérios. Os alunos são admitidos a estes institutos de acordo com seu desempenho em exames nacionais que ocorrem após a conclusão do terceiro grau. Além disso, os alunos com mais de 22 anos de idade podem ser admitidos na Universidade Aberta Helênica através de um tipo de loteria. A Universidade Nacional Capodistriana de Atenas é a mais antiga universidade do Mediterrâneo oriental.

O sistema de educação grego também prevê creches especiais, escolas primárias e secundárias para pessoas com necessidades especiais ou dificuldades de aprendizagem. Especialistas em escolas de ensino secundários também oferecem educação musical, teológica e física.

Cultura

O antigo teatro de Epidauro ainda hoje é utilizado para espetáculos de dramas gregos

Os remanescentes físicos da cultura da Grécia clássica conservam-se principalmente em Atenas, Esparta, Micenas, Argos e outros sítios, enquanto as esculturas e outros objetos de arte exibidos nos museus gregos (Nacional, de Heracleia, da Acrópole, etc.), e dos principais centros culturais do mundo constituem uma lembrança permanente de copiosa herança cultural helênica, que ainda continua viva na educação dos gregos.

Na Grécia moderna destacaram-se sobretudo os poetas. Adquiriu fama internacional Konstantinos Kaváfis, grego de Alexandria que escreveu cerca de duas centenas de poemas, inéditos até sua morte. Comparado ao português Fernando Pessoa, seu contemporâneo e também marcado por uma nostalgia da antiga glória de seu país, Kaváfis é autor da frase "somos todos gregos". Destacam-se também Giórgos Seféris, agraciado com o Nobel de Literatura de 1963; Ángelos Sikelianós; Odysséas Elýtis, que obteve o prêmio Nobel em 1979; e Yiannis Ritsos. O romancista de maior sucesso é o cretense Níkos Kazantzákis, autor de Zorba, o grego e A última tentação de Cristo.

Dentre os músicos gregos com fama internacional destacam-se Manos Hadjidakis e Mikis Theodorakis. A busca e a sistematização do patrimônio musical popular, que é o objetivo básico de famosos músicos e pesquisadores, tem incentivado a criação de grande número de corais que participam de concursos internacionais. Depois da independência política, a arte grega se inspirou inteiramente na arte ocidental. Entre os pintores figurativos destacam-se Iannis Moralis e Nicos Kontopulos; e entre os abstratos, Alexos Kontopulos e Iannis Spyrapulos. Na escultura devem ser mencionados Vassilakis Takis e Alex Mylona.

Foi na Grécia Antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram os Jogos Olímpicos da Antiguidade em homenagem aos deuses. Os gregos também desenvolveram uma rica mitologia. Até os dias de hoje a mitologia grega é referência para estudos e livros. A filosofia também atingiu um desenvolvimento surpreendente, principalmente em Atenas, no século V a.C. (Período Clássico da Grécia). Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos deste período.

Arte

Ver artigo principal: Arte da Grécia
Laocoonte e seus filhos, período helenista

A arte e a arquitetura das sociedades gregas existem desde o início da Idade do Ferro (século XI a.C.) até o final do século I a.C. Antes disso (Idade do Bronze), a arte grega do continente e das ilhas (excetuando-se Creta, onde havia uma tradição diferente chamada arte minoica) é conhecida como arte micênica, e a arte grega mais tardia, chamada helenística, é considerada integrante da cultura do Império Romano (arte romana).

Os gregos, inicialmente um conjunto de tribos relativamente autônomas que apresentavam fatores culturais comuns, como a língua e a religião, instalaram-se no Peloponeso nos inícios do primeiro milênio antes de Cristo, dando início a uma das mais influentes culturas da Antiguidade.

Após a fase orientalizante (entre o século XI a.C. e 650 a.C.), cujas manifestações artísticas foram inspiradas pela cultura mesopotâmica, a arte grega conheceu um primeiro momento de maturidade durante o período arcaico, que se prolongou até 475 a.C. Marcado pela expansão geográfica, pelo desenvolvimento econômico e pelo incremento das relações internacionais, assistiu-se nesta altura à definição dos fundamentos estéticos e formais que caracterizarão as posteriores produções artísticas gregas.

Após as guerras com os Persas, a arte grega adquiriu maior independência em relação às outras culturas mediterrânicas e expandiu-se para todas as suas colônias da Ásia Menor, da Sicília e de Itália (conjunto de territórios conhecidos por Magna Grécia).

Protagonizado pela cidade de Atenas, sob o forte patrocínio de Péricles, o último período artístico da Grécia, conhecido por Fase Clássica, estendeu-se desde 475 a.C. até 323 a.C., ano em que morreu o rei macedônico Alexandre Magno.

As manifestações artísticas gregas, que conheceram grande unidade ideológica e morfológica, encontraram os seus alicerces numa filosofia antropocêntrica de sentido racionalista que inspirou as duas características fundamentais deste estilo: por um lado a dimensão humana e o interesse pela representação do homem e, por outro, a tendência para o idealismo traduzido na adoção de cânones ou regras fixas (análogas às leis da natureza) que definiam sistemas de proporções e de relações formais para todas as produções artísticas, desde a arquitetura à escultura.

Esportes

A Chama Olímpica durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas de 2004 no Estádio Olímpico de Atenas

A Grécia, que recebeu as primeiras Olimpíadas modernas, tem uma longa tradição desportiva. A Seleção Grega de Futebol venceu o Euro 2004 disputado em Portugal contra a Seleção Portuguesa de Futebol no jogo final. O Campeonato grego de futebol é o maior campeonato de futebol profissional no país composto por 16 equipes. Os clubes mais bem sucedidos são o Olympiacos, Panathinaikos e AEK Atenas.

Como o local de nascimento do Jogos Olímpicos, a Grécia recebeu recentemente as Olimpíadas de 2004 e os primeiros Jogos Olímpicos modernos em 1896.

Ver também

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