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Gleisi Hoffmann: diferenças entre revisões

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Revisão das 22h58min de 14 de outubro de 2015

Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann em outubro de 2014
Senadora pelo Paraná Paraná
Período 1 de fevereiro de 2011
até atualidade
licenciada entre 8 de junho de 2011 a 2 de fevereiro de 2014
Ministra-chefe da Casa Civil do Brasil Brasil
Período 8 de junho de 2011
até 2 de fevereiro de 2014
Presidente Dilma Rousseff
Antecessor(a) Antonio Palocci
Sucessor(a) Aloizio Mercadante
Secretária de Reestruturação Administrativa do Mato Grosso do Sul Mato Grosso do Sul
Período 1999
até 2000[1]
Dados pessoais
Nascimento 6 de setembro de 1965 (58 anos)
Curitiba, Paraná
Alma mater Faculdade de Direito de Curitiba
Cônjuge Paulo Bernardo
Partido PT
Profissão Advogada

Gleisi Helena Hoffmann (Curitiba, 6 de setembro de 1965) é uma advogada e política brasileira,[2] ex-ministra-chefe da Casa Civil do Brasil.[3] Exerce atualmente o cargo de Senadora da República Federativa do Brasil, representando o Estado do Paraná.

Biografia

De família de origem alemã, recebeu o nome de Gleisi em referência à Grace Kelly.[4] Viveu a infância e adolescência na Vila Lindóia, bairro de Curitiba, ao lado do pai Júlio, da mãe Getúlia e dos três irmãos.[4]

Recebeu educação básica no colégio Nossa Senhora Esperança, administrado pelas irmãs bernardinas, onde permaneceu até a oitava série.[4] Em seguida, integrou o Colégio Medianeira, de formação jesuítica.[4] Durante a adolescência, pensou em seguir a vida como freira no Rio Grande do Sul, mas foi impedida pelo pai.[4]

Antes de ingressar na universidade, cursou Eletrotécnica no Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR), onde desenvolveu a militância estudantil ao ser eleita presidente da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas de Curitiba (Umesc) e, posteriormente, para a União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).[4]

Em 1987 iniciou a graduação em direito da Faculdade de Direito de Curitiba e, em seguida, obteve especialização em Gestão de Organizações Públicas e Administração Financeira[5] na Associação Brasileira de Orçamento Público, e na Escola Superior de Assuntos Fazendários do Ministério da Fazenda.[4]

Carreira política

Autor: Wilson Dias/ABrGleisi Hoffmann na 10 ª edição do Congresso Internacional Brasil Competitivo em 2012

Em 1983[4] Gleisi teve o PC do B como o primeiro partido político, herança do seu período no movimento estudantil.[6] Nesse período, recebeu influências de seus livros de cabeceira, As Veias Abertas da América Latina, de Eduardo Galeano, e Manifesto Comunista, de Marx e Engels, conforme revelação ao jornalista Aroldo Murá Haygert no livro Vozes do Paraná 2.[4]

Durante o período de graduação, passou a atuar como assessora parlamentar na Assembleia Legislativa do Paraná.[6] Em seguida, integrou a assessoria do então vereador Jorge Samek, de Curitiba, o mesmo que a levou para a Itaipu Binacional e, mais tarde, ao PT.[6]

Em Itaipu, desenvolveu ações de responsabilidade social para funcionários, comunidade de Foz do Iguaçu e Paraguai[4], como reestruturação do Hospital Ministro Costa Cavalcanti e criação da Casa Abrigo, voltado a mulheres e crianças vítimas de violência doméstica.[4]

Integrante do PT desde 1989, foi, em 1999, secretária de Reestruturação Administrativa, no Mato Grosso do Sul, durante a gestão de Zeca do PT, na qual promoveu corte de gastos e cargos comissionados[4], e, em seguida, secretária de Gestão Pública da prefeitura de Londrina.[7] Compôs, em 2002, a equipe de transição de governo de Luiz Inácio Lula da Silva, quando seria nomeada a diretora financeira da Itaipu Binacional. Ali permaneceu até início de 2006, ano em que disputaria seu primeiro cargo eletivo. Na disputa por uma vaga ao Senado Federal não obteve êxito apesar de expressiva votação.[7]

Tornou-se presidente do PT no Paraná e, em 2008, candidatou-se à prefeitura de sua cidade natal, Curitiba, com chapa encabeceada com o Deputado federal Celso Martinelli de Barros (PP),mas obteve o segundo lugar com 18,17% do votos,[8] derrotada por Beto Richa.[6]

Em março de 2014, em comitiva com o ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva,foi anunciada a pré-candidatura de Gleisi como candidata ao governo do Paraná.[9]

Foto oficial de senadora (Agência Senado)

Em 2010 disputou novamente o cargo de senadora, elegendo-se desta vez como a primeira mulher e mais votada[4], juntamente com Roberto Requião.[10]

Quando senadora, criou um projeto de lei que extingue os 14º e 15º salários dos parlamentares. Depois de dois anos em tramitação no Congresso, o projeto foi aprovado pela casa em fevereiro de 2013.[11] O projeto prevê uma redução nos custos de quase R$32 milhões.[12]

Ministra-chefe da Casa Civil

Com o pedido de demissão de Antonio Palocci em 7 de junho de 2011, Gleisi foi, no mesmo dia, indicada ministra-chefe da Casa Civil[13], e tomou posse no dia seguinte em cerimônia no Palácio do Planalto.[14] Em sua vaga no Senado Federal assumiu seu primeiro suplente Sérgio de Souza, do PMDB.[15]

Em uma análise pessoal de seu desempenho na administração federal, a ministra indagou sua pouca experiência nesse âmbito e que lamenta não poder concluir todas a propostas pertinentes, como finalizar as concessões de rodovias e aeroportos.[16]

Gleisi afirmou em dezembro de 2013 que a presidente Dilma Rousseff pretende realizar uma reforma ministerial em 2014 e que provavelmente irá deixar a pasta e que poderá concorrer as eleições ao governo do Paraná.[16]

Gleisi deixou a Casa Civil em fevereiro de 2014[17] e retornou ao Senado.[18] Foi sucedida por Aloizio Mercadante.[19]

Operação Lava Jato

O doleiro Alberto Youssef, envolvido no esquema investigado pela Operação Lava Jato, afirmou em delação premiada que a campanha política de Gleisi Hoffmann nas eleições de 2010 recebeu R$ 1 milhão.[20] Paulo Roberto Costa também confirmou a acusação, dizendo que o marido de Gleisi, Paulo Bernardo, é que teria solicitado a ajuda deste valor na campanha.[21] Gleisi e Paulo Bernardo negam as acusações.[22] Segundo o jornal Folha de S.Paulo, seu nome foi citado em janeiro de 2015 na delação premiada da Operação Lava Jato.[23] Em 6 de março de 2015, o nome de Gleisi foi incluído na lista de políticos envolvidos na Operação Lava Jato,[24] e o Ministro Teori Zavascki do Supremo Tribunal Federal, autorizou a instauração do Inquérito PET-5257, bem como a realização de diligências.[25] Um julgamento realizado pelo STF em 23 de setembro de 2015 decide que Gleisi Hoffmann não será investigada dentro da Lava-Jato. O argumento do relator do caso, o ministro Dias Toffoli, é que a Lava-Jato se dedica à corrupção na Petrobras e não em outros setores.[26]

Vida pessoal

Seu primeiro matrimônio foi com o jornalista Neilor Toscan.[5] Atualmente é casada com o político Paulo Bernardo,[27] com quem tem dois filhos (João Augusto e Gabriela Sofia).[4][5]

Referências

  1. «Petistas de MS 'festejam' indicação de Gleisi Hoffmann para a Casa Civil». Mídiamax. 7 de junho de 2011. Consultado em 22 de dezembro de 2012 
  2. «Diário Oficial da União». Imprensa Nacional. 8 de junho de 2011. Consultado em 8 de junho de 2011 
  3. «Pelos poderes de Gleisi». O Povo. 18 de junho de 2011. Consultado em 10 de julho de 2011 
  4. a b c d e f g h i j k l m n Nova ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann pensou em ser freira. UOL (8 de junho de 2011). Página visitada em 9 de junho de 2011
  5. a b c «Umas e outras». Jornal de Beltrão. 22 de abril de 2008. Consultado em 4 de fevereiro de 2011 
  6. a b c d Conheça a trajetória política de Gleisi Hoffmann. O Estado de S. Paulo (7 de junho de 2011). Página visitada em 7 de junho de 2011
  7. a b «Eleições 2006 - Paraná - Apuração do 1º turno». G1. Consultado em 4 de fevereiro de 2011 
  8. «'Não esperava tantos votos', diz Beto Richa». G1. 5 de outubro de 2008. Consultado em 4 de fevereiro de 2011 
  9. «"Lula lança Gleisi Hoffmann como candidata ao governo do PR"». Terra. Consultado em 31 de Julho de 2014 
  10. «Eleições 2010 - Resultados - Paraná». Terra Networks. 3 de outubro de 2010. Consultado em 4 de fevereiro de 2011 
  11. «'Câmara aprova por unanimidade fim do pagamento de 14º e 15º salários a parlamentares',». UOL. 27 de fevereiro de 2013. Consultado em 06 de abril de 2013  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  12. «'Fim de 14º e 15º salários representam uma economia anual de R$ 31,7 milhões',». UOL. 28 de fevereiro de 2013. Consultado em 06 de abril de 2013  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  13. «Palocci deixa governo; Gleisi Hoffman assume Casa Civil». IG. 7 de junho de 2011. Consultado em 7 de junho de 2011 
  14. «Gleisi diz que Dilma manifesta 'apreço' ao Congresso ao escolhê-la». G1. Consultado em 8 de fevereiro de 2011 
  15. «Após saída de Palocci, nova chefe da Casa Civil toma posse nesta quarta». G1. Consultado em 8 de fevereiro de 2011 
  16. a b «Prestes a deixar Casa Civil, Gleisi diz que superou 'pouca experiência'». G1. Consultado em 8 de dezembro de 2013 
  17. «Gleisi Hoffmann deixa a Casa Civil na segunda». Jornal Novo Tempo. Consultado em 19 de fevereiro de 2014 
  18. «Gleisi Hoffmann retorna ao Senado». Correio do Estado. Consultado em 19 de fevereiro de 2014 
  19. «Gleisi transmite o cargo ao sucessor na Casa Civil, Aloizio Mercadante». G1. Consultado em 19 de fevereiro de 2014 
  20. «Doleiro confirma pagamento a ex-ministra». Yahoo. 5 de novembro de 2014. Consultado em 5 de novembro de 2014 
  21. «Delator diz que pagou R$ 1 mi a ex-ministra». Folha de S.Paulo. 18 de outubro de 2014. Consultado em 5 de novembro de 2014 
  22. «Gleisi e Bernardo negam ter recebido de Youssef». Yahoo. 5 de novembro de 2014. Consultado em 5 de novembro de 2014 
  23. Katna Baran e Kelli Kadanus (5 de março de 2015). «Gleisi e Paulo Bernardo estão na lista da Lava a Jato, diz jornal». Paraná Online. Consultado em 5 de março de 2015 
  24. Severino Motta - Folha de S.Paulo (06 de março de 2015). «Teori divulga lista com 54 investigados da Lava Jato». Folha de S.Paulo. Consultado em 06 de março de 2015  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  25. Notícias STF (06 de março de 2015). «Ministro Teori Zavascki autoriza abertura de inquérito e revoga sigilo em investigação sobre Petrobras». Portal STF  Verifique data em: |data= (ajuda)
  26. ZH Notícias (23 de setembro de 2015). «STF decide que Lava-Jato não vai investigar Gleisi Hoffmann». Zero Hora 
  27. «Nova ministra da Casa Civil, é vegetariana». Vida Vegetariana. 9 de junho de 2011. Consultado em 10 de julho de 2011 

Ligações externas

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