O Rio Grande do Sul apresenta uma rica diversidade cultural. De uma forma sucinta, pode-se concluir que a cultura do estado tem duas vertentes: a [[gaúcha]] propriamente dita, com raízes nos antigos gaúchos que habitavam os pampas; a outra vertente é a cultura trazida pela [[colonização]] [[Europa|européia]], efetuada por colonos [[portugueses]], [[espanhóis]] e [[Imigração|imigrante]]s [[Alemanha|alemães]] e [[Itália|italianos]].
A primeira é marcada pela vida no campo e pela criação [[Bovinae|bovina]]. A cultura gaúcha nasceu na fronteira entre a [[Argentina]], o [[Uruguai]] e o Sul do Brasil. Os gaúchos viviam em uma sociedade [[nômade]], baseada na [[pecuária]]. Mais tarde, com o estabelecimento das fazendas de gado, eles acabaram por se estabelecer em grandes estâncias espalhadas pelos pampas. O gaúcho era mestiço de [[índio]], [[portugueses|português]] e [[espanhóis|espanhol]], e a sua cultura foi bastante influenciada pela cultura dos índios [[guarani]]s, [[charruas]] e pelos colonos [[hispânico]]s.
[[Imagem:Gauchos.jpg|thumb|left|200px|[[Gaúchos]] engajados em dança típica.]]
No [[século XIX]], o Rio Grande do Sul começou a ser colonizado por imigrantes europeus. Os alemães começaram a se estabelecer ao longo do [[rio dos Sinos]], a partir de [[1824]]. Ali estabeleceram uma sociedade baseada na [[agricultura]] e na criação familiar, bem distinta dos grandes [[Latifúndio|latifundiários]] gaúchos que habitavam os pampas. Até [[1850]], os alemães ganhavam facilmente as terras e se tornavam pequenos proprietários, porém, após essa data, a distribuição de terras no Brasil tornou-se mais restrita, impedindo a colonização de ser efetuada nas proximidades do [[Vale dos Sinos]]. A partir de então, os colonos alemães passaram a se expandir, buscando novas terras em lugares mais longes e levando a [[cultura da Alemanha]] para diversas regiões do Rio Grande do Sul.
A colonização alemã se expandiu nas terras baixas, parando nas encostas das serras. Quem colonizou as serras do Rio Grande do Sul foram outra [[etnia]]: os italianos. Imigrantes vindos da Itália começaram a se estabelecer nas [[Serras Gaúchas]] a partir de [[1875]]. A oferta de terras era mais retrista, pois a maior parte já estava ocupada pelos gaúchos ou por colonos alemães. Os italianos trouxeram seus hábitos e introduziram na região a [[vinicultura]], ainda hoje a base da economia de diversos municípios gaúchos.
===Museus===
:''Veja também o artigo [[Lista de museus do Rio Grande do Sul]]
O Rio Grande do Sul é, atualmente, o estado com maior número de [[museu]]s do Brasil, somando 66 espalhados em seu território.
Ponto geográfico estratégico para a fixação do domínio lusitano, a Barra do Rio Grande de São Pedro constituía-se no local ideal para que lá se instalasse um reduto militar com acesso marítimo ao interior, e em meio caminho entre Laguna e a Colônia do Sacramento.
Em 1737, o brigadeiro José da Silva Paes transpôs a Barra do Rio Grande de São Pedro, ali fundando o presídio do Rio Grande, e erguendo o Forte Jesus, Maria e José. A foz da Lagoa dos Patos, no Oceano Atlântico, considerada erroneamente como rio, foi a origem do nome da primeira povoação do Rio Grande do Sul, a atual cidade do Rio Grande.
Em 1742, os colonizadores fundaram a vila de Porto dos Casais, depois chamada Porto Alegre. As lutas pela posse das terras, entre portugueses e espanhóis, tiveram fim em 1801, quando os próprios gaúchos dominaram os Sete Povos, incorporando-os ao seu território. Em 1807, a área foi elevada à categoria de capitania. A cidade de Viamão antecedeu Porto Alegre como sede do governo. Grupos de imigrantesalemães começaram a chegar a partir de 1824 e de italianos após 1875.
O Rio Grande do Sul, em meados de 1880, apresentava uma economia de caráter fundamentalmente agropecuário, dividida em duas matrizes socioeconômicas: a atividade ligada à pecuária e ao charque na região da Campanha (sul do estado) e a agricultura e o artesanato colonial na Serra (norte do estado). Contudo, a produção de ambas as matrizes dirigia-se para um destino comum: abastecer o mercado interno brasileiro de alimentos, dando ao Rio Grande do Sul a famosa denominação de “celeiro do Brasil”. O estado estava integrado assim em uma divisão regional do trabalho do Brasil: como estado periférico, produzia alimentos e matérias-primas (como o couro) para a atividade agroexportadora no Brasil central. Como o estado produzia bens de baixo valor em um mercado altamente competitivo, a acumulação de capital era relativamente mais baixa no Rio Grande do que no resto do Brasil. Podem-se encontrar nas cidades os famosos CTGs (Centro de Tradições Gaúchas) onde cultivam-se as tradições do estado.
Contudo, o setor mais progressista da economia sul-rio-grandense daquela época já se tornava a agricultura colonial, a qual apresentava um grande potencial de capitalização, incentivando assim o desenvolvimento das atividades comerciais e industriais no estado.
Durante o século XIX, o Rio Grande do Sul foi palco de revoltas federalistas, como a Guerra dos Farrapos (1835-45), e participou da luta contra Rosas (1852) e da Guerra do Paraguai (1864-70). As disputas políticas locais foram acirradas no início da República e só no governo de Getúlio Vargas (1928) o estado foi pacificado.
A economia gaúcha na República Velha não apresentou uma brusca ruptura em relação às suas características no período do Império. Isto é, o Rio Grande do Sul continuou inserido na divisão regional do trabalho, na economia brasileira: encarregava-se primordialmente de abastecer o mercado interno nacional, com especial atenção à região agroexportadora cafeeira, de bens de base primária, como o charque, produtos agrícolas coloniais e o couro, usados como alimentos e matérias-primas. Porém, o crescimento econômico estadual enfrentava barreiras muito restritivas nessa época: do lado da pecuária, por essa atividade ter sido explorada de maneira meramente extensiva, o crescimento era limitado pela expansão de apenas dois fatores – terra e gado – os quais, por serem mas específicos do que fatores produtivos como capital e mão-de-obra, eram relativamente mais escassos. Do lado da agricultura, mas afetando também a pecuária, o crescimento da produção rio-grandense estava vinculado à expansão da demanda interna brasileira por bens primários, sendo por isso limitado às necessidades do mercado interno brasileiro.
A floresta subtropical é uma floresta mista, composta por formações de latifoliadas e de coníferas. Estas últimas são representadas pelo pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), que não aparece em agrupamentos puros. A floresta mista ou Mata de Araucárias recobria as porções mais elevadas do estado, isto é, a maior parte do planalto nordeste e partes do centro. Essa formação ocupa grande parte do planalto gaúcho e ainda parte dos estados de São Paulo, Santa Catarina e Paraná. Atualmente, é a única das florestas que sofre maior exploração econômica em todo o Brasil, por ser a única que apresenta grande número de indivíduos da mesma espécie (pinheiros) em agrupamentos suficientemente densos (embora não puros) para permitir ainda mais o extrativismo vegetal.
Predomina no sul e oeste gaúcho. Existência das pradarias propícias à criação de gado. Em uma área na altura da cidade de Alegrete existem areais, comumente confundidos com desertos. A área "desertificada" não tem características diretamente ligadas a um deserto, como as geadas por exemplo, que cobrem de branco essa mancha na Campanha Gaúcha todos invernos. A ocorrência dos areais é natural, porém tem se agravado devido à ação antrópica.
Vegetação litorânea
Vegetação úmida ao longo do litoral gaúcho, com grandes extensões de areia.
Abrange as demais regiões gaúchas e é uma formação vegetal brasileira. Acompanhava o litoral do país, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte (regiões meridional e nordeste). Nas regiões Sul e Sudeste chegava até Argentina e Paraguai.
Clima
O clima do Rio Grande do Sul é subtropical úmido (ou temperado), constituído por quatro estações razoavelmente bem definidas, com invernos moderadamente frios e verões quentes (amenos nas partes mais elevadas), separados por estações intermediárias com aproximadamente três meses de duração, e chuvas bem distribuídas ao longo do ano.
Devido às diferenças altimétricas, o clima do estado divide-se ainda, segundo a classificação climática de Köppen, nos tipos Cfa e Cfb. O clima subtropical úmido com verões amenos (Cfb) ocorre na Serra do Sudeste e na Serra do Nordeste, onde as temperaturas médias dos meses de verão ficam abaixo dos 22°C, e o tipo Cfa nas demais regiões, onde a temperatura média do mais quente ultrapassa os 22°C.
Devido à sua situação latitudinal (inserida no contexto das latitudes médias), o Rio Grande do Sul apresenta características peculiares diferentes do clima do resto do Brasil. As temperaturas do estado, em diversas regiões, estão entre as mais baixas do inverno brasileiro, chegando a -6°C em cidades como Bom Jesus, São José dos Ausentes e Vacaria, com geadas freqüentes e ocasional precipitação de neve.
A temperatura mínima registrada no estado foi de -9,8°C no município de Bom Jesus, em 1º de agosto de 1955[5], enquanto a temperatura máxima registrada foi de 42,6°C em Jaguarão, no sul do estado, em 1943[6]. Municípios como Uruguaiana, Lajeado e Campo Bom destacam-se em recordes de temperaturas altas no verão, registrando temperaturas que por vezes chegam aos 40°C. O estado está ainda sujeito, no outono e no inverno, ao fenômeno do veranico, que consiste de uma sucessão de dias com temperaturas anormalmente elevadas para a estação.
No estado, a neve ocorre com maior freqüência nas regiões serranas do nordeste, entre as altitudes de 900 a 1400 m, denominadas de campos de cima da serra, onde estão as cidades mais frias do país, como São José dos Ausentes, Bom Jesus e Cambará do Sul (acima de 1000 m de altitude), e Vacaria (acima de 900 m), locais em que o fenômeno ocorre praticamente em todos os anos (geralmente com fraca intensidade e em poucos dias no inverno), além de outras cidades acima dos 600 metros de elevação, de forma mais esporádica. No resto do estado, a neve é muito rara ou nunca registrada. Porém, fortes geadas podem atingir toda a área estadual.
O Rio Grande do Sul é um dos estados do Brasil mais atingidos por esse tipo de fenômeno. O maior tornado já registrado no estado foi o de Muitos Capões, atingindo o fator F2 na Escala Fujita. Todos os tornados já registrados no estado foram:
O relevo gaúcho é bastante variado, com um planalto ao norte, depressões no centro e planícies costeiras. Ao norte, ultrapassando os 1000 metros e podendo chegar a menos de 100 metros no Vale do Taquari.
O ponto culminante do estado é o Pico do Monte Negro, em São José dos Ausentes, nos Campos de Cima da Serra, com 1410 metros, à beira da Serra Geral.
O Rio Grande do Sul tem quatro unidades morfológicas: Planalto Norte-Riograndense (ou Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná ou Planalto meridional), Depressão Central, Escudo Sul-riograndense (Serras de Sudeste) e Planície Costeira.
Formado por rochas basálticas da era mesozóica, essa área fica a nordeste do estado, onde se encontram as partes mais altas do estado, podendo chegar aos 1000 metros. O ponto mais alto é o Pico do Monte Negro, na cidade de São José dos Ausentes, com 1410 metros. O relevo rio-grandense é caracterizado por coxilhas suaves e vales rasos. Sem transição, as ondulações suaves dão lugar à paredões verticais e rochas basálticas.
Com uma altitude média de 950 metros, nos dias claros pode-se divisar o Oceano Atlântico desde as bordas dos cânions, bem como diversas cidades próximas da costa, como Praia Grande (SC) ou Torres (RS). Formado a partir de intensas atividades vulcânicas havidas há milhões de anos, sucessivos derrames de lava vieram originar o Planalto Sul brasileiro, coberto por campos limpos, matas de araucárias e inúmeras nascentes de rios cristalinos. Ao leste, este imenso platô é subitamente interrompido por abismos verticais que levam à região litorânea, daí originando-se o nome de Aparados da Serra. Em alguns pontos, decorrentes de desmoronamentos, falhas naturais da rocha e processos de erosão, encontram-se grandiosos cânions, tais como o Itaimbezinho.
O Itaimbezinho é um cânion (ou desfiladeiro) situado no Parque Nacional de Aparados da Serra, a cerca de 170 quilômetros ao nor-nordeste de Porto Alegre, próximo à fronteira do estado de Santa Catarina. O cânion tem uma extensão de 5,8 quilômetros, com uma largura máxima de dois quilômetros e uma altura máxima de cerca de 700 metros, sendo percorrido pelo arroio Perdizes. Dentre estes, existem outros como Churriado, o Malacara e o Fortaleza.
Depressão Central
Ao centro do estado fica a Depressão Central, que são terrenos de baixa altitude ligados de leste a oeste, beirados por terras baixas, não passando de 400 metros de altitude, onde se encontram importantes cidades como Porto Alegre, Santa Maria, Bagé e São Gabriel.
Escudo Sul-Riograndense
Logo ao sul localiza-se o Escudo Sul-Riograndense, também conhecido como Serras de Sudeste, que é formado de rochas do período Pré-Cambriano e, por isso, desgastado pela erosão. O ponto mais alto não ultrapassa os 600 metros de altitude. Abrange cidades como Camaquã e Canguçu.
Abrange toda a faixa litorânea do Rio Grande do sul e algumas áreas da Grande Porto Alegre, onde os terrenos estão em baixa altitude. Corresponde a uma faixa arenosa com mais de 622 quilômetros de extensão, com grande ocorrência de lagunas e lagos. As lagunas são lagos de águas salgadas, portanto ligadas ao mar. As mais famosas são: Laguna dos Patos, Lagoa Mirim e Lagoa da Mangueira. Na cidade de Torres, se localiza a única ilha oceânica do estado, a Ilha dos Lobos.
Abrange o porto mais importante do estado, o de Rio Grande, e cidades como Torres e Capão da Canoa.
O estado Rio Grande do Sul é dividido em sete (7) mesorregiões, trinta e cinco (35) microrregiões e quatrocentos e noventa e seis (496) municípios, segundo o IBGE.
O Rio Grande do Sul abriga uma única ilha oceânica, a Ilha dos Lobos, localizada na cidade de Torres. É a única ilha brasileira a abrigar leões-marinhos em certas épocas do ano, e uma das duas mais importantes áreas de concentração deste animal no litoral brasileiro. [7]
Apresenta duas das maiores cidades do estado, Pelotas e Rio Grande, e tem a segunda maior população nas aglomerações, aproximando-se de 600 mil habitantes.
A Região Metropolitana de Porto Alegre é a maior do Sul do Brasil e a quarta maior do Brasil. A Região Metropolitana de Porto Alegre, também conhecida como a Grande Porto Alegre, reúne 31 municípios do estado do Rio Grande do Sul em intenso processo de conurbação. O termo refere-se à extensão da capital Porto Alegre, formando com seus municípios lindeiros uma mancha urbana contínua. Sua população é de 4.101.042 habitantes, com uma densidade demográfica de aproximadamente 414,78 hab/km². Conta com os municípios de:
O Rio Grande do Sul enfrenta diversos problemas ambientais em seu território, resultantes da má apropriação de recursos naturais.
Muitos desses problemas são facilmente identificáveis por abrangerem grandes extensões territoriais e por afetarem diretamente a qualidade de vida da população.
Na região da Campanha, próxima à cidade de Alegrete, existe um grande pedaço de terra em "processo de desertificação", em conseqüência da criação extensiva de gado bovino.
Atualmente, a grande preocupação é a substituição dos campos (pampa) pelo plantio de eucaliptos e pinus, que deterioram a fertilidade do solo, modificando o ecossistema típico desta região. [8]
O Rio Grande do Sul é um estado com vastas opções de turismo. O estado recebe anualmente cerca de 2,0 milhões de turistas de fora do país. As praias do litoral norte nas cidade de Capão da Canoa, Tramandaí e Torres são as mais conhecidas no estado, esta última apresentando falésias. São três pedras que ficam na beira do mar, sendo que uma delas avança mar a dentro em uma altura de 30 metros.
As serras atraem milhares de turistas todos os anos, no inverno e verão. As cidades de Gramado e Canela são conhecidas na época de Natal pela decoração das cidades, juntamente com os parques natalinos. No inverno, os turistas visitam essas cidades juntamente com São José dos Ausentes e Cambará do Sul, devido às temperaturas baixas, muitas vezes negativas e com a possibilidade de queda de neve, para a felicidade dos turistas.
Embora com menor destaque turístico, a região de Pelotas, reconhecida por ser a cidade brasileira do doce e por possuir grandes monumentos e prédios tradicionais e seculares, vem alcançando destaque com a festa anual denominada Fenadoce.
As Serras Gaúchas são as maiores produtoras de vinhos do Brasil.
Na serras do estado (Bento Gonçalves e Garibaldi), se localizam a maior concentração de produtores de vinho do país. Mais ao sul, na região da Campanha, está situada a segunda mais importante área produtora. As vinícolas gaúchas são premiadas internacionalmente, em razão da alta qualidade de seus vinhos e espumantes. [9]
O estado é privilegiado pela sua condição geo-climática, estando situado no início da faixa entre os paralelos 30° e 50°, considerada ideal para a procução de uva vinífera. Isso lhe permite a produção de cepas nobres de uvas européias, como Merlot, Chardonnay e Cabernet Sauvignon, entre outras. A uva e o vinho gaúchos são produzidos sob as melhores técnicas disponíveis e condições tecnologicas avançadas, a exemplo das melhores regiões vinícolas da Europa. [9]
Litoral
Ao Norte, o litoral do estado nasce em uma pequena faixa entre o mar e a serra, onde se encontra o maior cordão de lagos da América Latina. São cerca de 50 lagos, que se ligam através de rios e canais. No sul, encontra-se o maior complexo lacustre do mundo, constituído pela Lagoa dos Patos e Lagoa Mirim, as duas maiores do Brasil. Nesse ponto, passa a ser acompanhado por áreas de reservas naturais de preservação que vão até o extremo sul do Brasil, na cidade de Chuí. A costa é retilínea, com cerca de 622 km de extenção, constituindo uma das mais extensas e contínuas praias arenosas do mundo, na qual o visitante encontra rios, praias de água doce, mar aberto, dunas móveis e fixas, com mais de 10 metros de altura, lagos e serras, um complexo único e de rara beleza.
Na cidade de Nova Prata, em meio à mata nativa, há um parque temático com fontes que jorram águas termais numa temperatura de 41°C, e que possuem excelentes propriedades medicinais e terapêuticas.
Aparados da Serra (RS-SC), criado pelo decreto 47.446 (7 de Dezembro de 1959), com 10.250 ha, onde se encontra o Itaimbézinho, um dos maiores cânions do Brasil.
da Serra Geral, RS-SC, criado pelo decreto 531 (5 de Maio de 1992), com 17.300 ha, onde estão se destacam cânions como o Fortaleza, o Churriado e o Malacara.
O Rio Grande do Sul, conforme censo do IBGE em 2006, totalizou 10.978.587 habitantes , com 18 cidades com mais de 100.000 habitantes, tendo duplicado sua população em relação a 1960. Ocupa o quinto lugar entre os estados brasileiros e vem mantendo esta posição desde 1940, à exceção de 1970, quando o Paraná ocupou o quinto e o Rio Grande do Sul o sexto lugar, devido principalmente à intensa emigração de rio-grandenses para outros estados nessa década.
O Rio Grande do Sul pode ser considerado homogêneo em relação à distribuição das cidades em seu território, com exceção da Grande Porto Alegre, que concentra 4.200.000 habitantes aproximadamente
Ao analisarmos as 22 regiões do estado, constata-se que sete apresentam crescimento acima da média estadual, estando seis delas situadas no eixo Porto Alegre-Caxias do Sul. Isto indica uma concentração populacional cada vez mais intensa nas regiões em torno deste eixo. A região do Paranhana-Encosta da Serra, com 2,94%, seguida do Litoral, com 2,83% são as que possuem as taxas mais altas do estado. Quinze cresceram a taxas inferiores à média ou apresentaram taxas negativas. As Missões, Fronteira Noroeste, Noroeste Colonial e Médio Alto Uruguai apontam para uma perda significativa de população com taxas entre 0,04% e 0,86%.
O crescimento vegetativo está em torno de 1,1% ao ano, tem uma população referente a 10.978.587 em 2006 e é, segundo o IBGE, composto por:
Fonte: PNAD (dados obtidos por meio de pesquisa de autodeclaração).
Milicianos, portugueses e espanhóis
Típico gaúcho em seu cavalo. Desfile da Semana Farroupilha de 2006
Anteriormente, no século XVIII, o Rio Grande do Sul era uma região disputada entre portugueses e espanhóis. A ocupação iniciou-se de fato com os milicianos, que eram tropeiros de São Paulo e Minas Gerais, sendo reforçada com a vinda de casais açorianos na década de 1750. Essa imigração açoriana foi promovida pela Coroa Portuguesa, para estabelecer o domínio português na região.
Os espanhóis introduziram a criação de gado, que rapidamente tornou-se a economia predominante no Rio Grande do Sul. A população se concentrava nos pampas, tendo havido uma fusão de costumes espanhóis, portugueses e indígenas, que deram origem ao tipo regional gaúcho. Embora o gaúcho fosse mais português que espanhol, a influência cultural vinda dos países vizinhos tornaram os gaúchos dos pampas bastante hispanizados, a ponto de falarem um dialeto que misturava elementos espanhóis e portugueses.
Povos ameríndios
No estado existiu a presença de três grandes grupos indígenas: guaranis, pampeanos e gês.
Antes e mesmo depois da chegada dos europeus, esses grupos indígenas empreenderam movimentos migratórios característicos de seu modo de vida semi-nômade.
Os guaranis ocupavam as margens da Lagoa dos Patos, o litoral norte do Rio Grande do Sul, as bacias dos rios Jacuí e Ibicuí, incluindo a região dos Sete Povos das Missões. Apesar da variedade de dialetos, o tupi-guarani era o tronco lingüístico comum a esses grupos indígenas.
Os pampeanos constituíram um conjunto de tribos que ocupavam o sul e o sudoeste do estado.
Os gês possivelmente eram os mais antigos habitantes da banda oriental do rio Uruguai. É provável que essas tribos começaram a se instalar na região por volta do século II a.C.
Os gês do atual Rio Grande do Sul foram dizimados pelos bandeirantes, guaranis missioneiros, colonizadores portugueses e ítalo-germânicos.
Africanos e afro-descendentes escravizados foram levados para os territórios do atual Rio Grande do Sul desde os momentos iniciais da ocupação luso-brasileira do litoral, no início do século XVIII. Esse processo se acelerou com a produção de trigo e, a seguir, de charque, a partir de 1780. A produção pastoril e a urbana apoiaram-se também fortemente no trabalho do negro escravizado. Inicialmente, os africanos escravizados no Rio Grande do Sul foram trazidos, em grande número, da costa da atual Angola, em geral desde o porto do Rio de Janeiro.[11] O Rio Grande permaneceu sempre como capitania e província com forte população escravizada, tendo conhecido forte exportação de cativos nascidos no Sul para São Paulo, na segunda metade do século XIX. Fato singular no processo demográfico do Brasil, a população escravizada rio-grandense continuou expandindo-se, mesmo após o fim do tráfico transatlântico de trabalhadores escravizados, em 1850. Foi também muito forte a resistência dos trabalhadores escravizados no Rio Grande do Sul, através de fugas sistemáticas, com destaque para o período da Guerra Farroupilha, formação de pequenos quilombos, resistência ao trabalho, organização de insurreições.
A população do Rio Grande do Sul não passava de 100 mil pessoas no ano da Independência do Brasil, composta por estancieiros e seus escravos, sendo a grande maioria concentrada na região dos pampas ou na região de Porto Alegre. Preocupado com a escassez de habitantes e a cobiça dos países vizinhos sobre o Sul do Brasil, o Imperador Dom Pedro I resolveu atrair imigrantes para a região. Casado com a princesa austríaca Dona Leopoldina, o imperador optou pelos imigrantes alemães, conhecidos por serem trabalhadores e guerreiros. O major Antonio Schaffer foi mandado para a Alemanha e ficou responsável por encontrar pessoas que estivessem dispostar a imigrar para o Brasil. Nos arredores de Hamburgo, o major agrupou 9 famílias, ao todo 39 pessoas que, após vários dias de viagem, chegaram ao Rio de Janeiro e mais tarde foram encaminhadas para o Rio Grande do Sul.
Mapa mostrando a dispersão das colônias alemãs no Sul do Brasil em 1905.
Os primeiros alemães chegaram ao que seria atualmente a cidade de São Leopoldo, a 25 de julho de 1824. Foram-lhes prometidos 50 hectares de terra para cada família, além de porcos, cavalos e sementes para que pudessem se desenvolver. Apenas as terras foram dadas, sendo os alemães prontamente abandonados à própria sorte nos primeiros anos. A região era coberta por florestas e os imigrantes tinham que construir suas próprias casas e desenvolver a terra para sua sobrevivência. Nos primeiros 6 anos, entraram no Rio Grande do Sul 5.350 alemães. Apesar de abandonados pelo governo brasileiro, os colonos se expandiram por toda a região do Vale do Rio dos Sinos, mantendo-se distantes dos estancieiros gaúchos que estavam à procura de mão-de-obra barata para criar o gado.
Nos primeiros 50 anos de colonização, foram introduzidos mais de 30 mil alemães no Rio Grande do Sul. Eles se agruparam em diversas colônias rurais, dependendo da região de origem. Porém, com o passar do tempo, houve a mistura de alemães das mais diversas partes da Alemanha. As colônias nasceram principalmente na beira de rios, e ali nascia um novo Rio Grande do Sul, totalmente diferente do mundo gaúcho. Os colonos alemães criaram em terras brasileiras o ambiente que deixaram na Alemanha, mantendo a língua alemã e as tradições germânicas. Mas, com o decorrer da colonização, inevitavelmente os colonos alemães passaram a ter contato com a população gaúcha, ocorrendo o fenômeno do abrasileiramento desses imigrantes.
Na região do Vale dos Sinos, os alemães deram os primeiros passos da indústria brasileira. Ali foram criadas fábricas de sapatos, têxtil e de algodão, principalmente para o mercado regional.
Imigrantes italianos
Casa de pedra e madeira do fim do século XIX, um exemplar típico da arquitetura italiana da zona rural de Caxias do Sul.
Em 1870, o governo do Rio Grande do Sul criou colônias na região das Serras gaúchas e esperava-se atrair 40 mil imigrantes alemães para que ocupassem a região. Porém, as notícias de que os alemães estavam enfrentando problemas no Brasil fizeram com que cada vez menos imigrantes viessem da Alemanha. Isso obrigou o governo a procurar por uma nova fonte de imigrantes: os italianos. Em 1875, chegou o primeiro grupo, oriundo da Lombardia, que se estabeleceu em Nova Milano. Mais grupos, vindos principalmente da região do Vêneto, mas também do Trentino e do Friuli, se instalaram na região onde atualmente estão as cidades de Garibaldi, Bento Gonçalves, Farroupilha e Caxias do Sul. Depois alguns grupos se deslocaram para as regiões de Encantado, Guaporé, Veranópolis, Serafina Corrêa e Casca e, posteriormente, para a região de Santa Maria, Vale Vêneto, Nova Treviso e Silveira Martins. Ali eles passaram a viver da plantação de milho, trigo e outros produtos agrícolas, porém, a introdução do cultivo de vinho na região tornou a vinicultura a principal economia dos colonos italianos. De 1875 a 1914, cerca de 100 mil italianos foram introduzidos no Rio Grande do Sul. A colonização italiana foi efetuada no alto das serras, pois as terras baixas já estavam ocupadas pelos alemães. Assim, nas regiões altas do Rio Grande do Sul, a cultura de origem italiana predomina.
Comunidade judaica
A comunidade judaica do Rio Grande do Sul é a terceira maior do Brasil, depois das de São Paulo e Rio de Janeiro.[carece de fontes?] A comunidade judaica gaúcha forma uma minoria inserida e integrada na sociedade rio-grandense. Este grupo social está concentrado, em sua grande maioria, em Porto Alegre, e é composto de um grande número de profissionais liberais, empresários e diversos membros que se destacam nas áreas culturais, artística e acadêmica. Existem comunidades organizadas no interior do Estado, as maiores se encontram nas cidades de Santa Maria, Passo Fundo, Erechim e Pelotas.
Línguas minoritárias
Além do português, no Rio Grande do Sul também são faladas outras línguas como o caingangue ou o mbyá-guaraní, de povos autóctones.
Considerável parte do povo gaúcho, em geral os descendentes de imigrantes alemães e italianos, dentre outros, também falam os seguintes idiomas:
Plattdietch ou plattdüütsch, que é uma junção dos dialetos do baixo-alemão em uma só língua (falado em partes dos Países Baixos, sul da Dinamarca, norte da Alemanha e noroeste da Polônia, com a sua existência lingüística reconhecida oficialmente pela União Européia) ao qual pertence o dialeto Pomerano falado em várias regiões do sul do Brasil, na pequenina vila Dona Otília, localizada no município de Roque Gonzales, e nas cidades de Blumenau e Pomerode, no estado vizinho de Santa Catarina; O termo Plattdeutsch é usado na Alemanha para diferenciar o Hochdeutsch (alemão formal) dos dialetos, sendo todos estes referenciados como Plattdeutsch.
Talian (versão sul-brasileira do vêneto) falado principalmente na região de Caxias do Sul, Bento Gonçalves e outras cidades e lugarejos da região italiana do Rio Grande do Sul;
Outras línguas, finalmente, em menor escala, ainda existem vários outros núcleos de idiomas e dialetos no Rio Grande do Sul (i.e. polaco, lituano, árabe ou iídiche.)
Indicadores
Alfabetização
O índice de educação, calculado pela ONU, foi de 0,904 em 2000. Em 2007, o Rio Grande do Sul foi o estado brasileiro que obteve a média geral mais alta no ENEM, com 56,27 pontos. Na redação, os estudantes gaúchos de instituições públicas também garantiram o melhor desempenho, alcançando a média de 59,74 pontos. [13]
Faixa Etária
Estado (por 1000 hab)
De 10 a 14 anos
98,8
De 15 a 19 anos
97,0
Acima de 19 anos
90,4
Taxa de Analfabetismo no estado
4,8
De 7 a 14 anos
98,0% está na escola
Saúde
Indicador
Estado (por 1000 hab)
Número de Médicos
2,30
Número de Dentistas
0.95
Número de Enfermeiros
0,85
Número de Farmacêuticos
0,54
Número de Leitos
3,20
Saneamento
Indicador
Estado (% da população atendida)
Abastecimento de água
96,2
Esgotamento sanitário
96,7
Coleta de lixo
83,7
Qualidade de vida também é prevenção de doenças e tratamento confiável de enfermidades. O estado dispõe de infra-estrutura ampla, e altamente qualificada.
Entretanto, segundo pesquisa recentemente realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com a organização não-governamental Trata Brasil em 2007, o estado é o último no país no quesito saneamento básico. Embora seja um estado bem desenvolvido em vários quesitos, o acesso ao esgoto tratado é de apenas 15% da população.[14][15]
A Região Metropolitana de Porto Alegre é a penúltima, entre 10 pesquisadas em 2007, no recolhimento e tratamento de esgoto. Em Porto Alegre, apenas 27% do esgoto recebe tratamento. O Rio Grande do Sul, apesar de não estar nas últimas colocações, apenas 14,77% da população tem esgoto canalizado e tratado. Isso significa que os dejetos da grande maioria vão para os arroios e rios, contaminando as águas. [16].
Porém, estão previstas obras e, em cinco anos, a previsão é de que 77% dos porto-alegrenses, terão esgoto tratado. [16]
O Rio Grande do Sul apresenta uma rica diversidade cultural. De uma forma sucinta, pode-se concluir que a cultura do estado tem duas vertentes: a gaúcha propriamente dita, com raízes nos antigos gaúchos que habitavam os pampas; a outra vertente é a cultura trazida pela colonizaçãoeuropéia, efetuada por colonos portugueses, espanhóis e imigrantesalemães e italianos.
A primeira é marcada pela vida no campo e pela criação bovina. A cultura gaúcha nasceu na fronteira entre a Argentina, o Uruguai e o Sul do Brasil. Os gaúchos viviam em uma sociedade nômade, baseada na pecuária. Mais tarde, com o estabelecimento das fazendas de gado, eles acabaram por se estabelecer em grandes estâncias espalhadas pelos pampas. O gaúcho era mestiço de índio, português e espanhol, e a sua cultura foi bastante influenciada pela cultura dos índios guaranis, charruas e pelos colonos hispânicos.
No século XIX, o Rio Grande do Sul começou a ser colonizado por imigrantes europeus. Os alemães começaram a se estabelecer ao longo do rio dos Sinos, a partir de 1824. Ali estabeleceram uma sociedade baseada na agricultura e na criação familiar, bem distinta dos grandes latifundiários gaúchos que habitavam os pampas. Até 1850, os alemães ganhavam facilmente as terras e se tornavam pequenos proprietários, porém, após essa data, a distribuição de terras no Brasil tornou-se mais restrita, impedindo a colonização de ser efetuada nas proximidades do Vale dos Sinos. A partir de então, os colonos alemães passaram a se expandir, buscando novas terras em lugares mais longes e levando a cultura da Alemanha para diversas regiões do Rio Grande do Sul.
A colonização alemã se expandiu nas terras baixas, parando nas encostas das serras. Quem colonizou as serras do Rio Grande do Sul foram outra etnia: os italianos. Imigrantes vindos da Itália começaram a se estabelecer nas Serras Gaúchas a partir de 1875. A oferta de terras era mais retrista, pois a maior parte já estava ocupada pelos gaúchos ou por colonos alemães. Os italianos trouxeram seus hábitos e introduziram na região a vinicultura, ainda hoje a base da economia de diversos municípios gaúchos.
A existência de movimentos para a constituição de um Estado independente gaúcho são tradicionais na história do Rio Grande do Sul. O maior e mais bem sucedido até hoje foi o da Revolução Farroupilha, em 1835, quando foi proclamada a República Riograndense, que teve duração de 10 anos. Após inúmeras batalhas travadas com o império brasileiro, foi assinado o acordo de paz e o Rio Grande do Sul voltou a fazer parte do Estado brasileiro.
Atualmente há grupos que questionam junto à população gaúcha a união com o Brasil e outros ainda que apresentam-se como representantes dos habitantes do Rio Grande do Sul e demais estados do Sul. Até o momento, não há qualquer estudo que comprove o quanto estes movimentos são representativos na região. Seus defensores afirmam que o Estado do Rio Grande do Sul constitui uma nação própria, com cultura e realidade social diferente da brasileira. Há ainda os que defendem uma união federalista com os estados de Santa Catarina e Paraná e, assim, reclamam o direito à autodeterminação política, econômica, social e cultural da Região Sul.
Com uma população de quase 11 milhões de habitantes, o Rio Grande do Sul é a quarta maior economia nacional, pelo tamanho do seu produto interno bruto, que chega a 8,8% do PIB nacional, superado apenas por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, respectivamente.
A economia do estado possui uma associação com os mercados nacional e internacional superior a média brasileira. Desta forma, a participação da economia gaúcha tem oscilado conforme a evolução da economia do Brasil e também de acordo com a dinâmica das exportações.
O Rio Grande do Sul apresenta-se como um estado que se destaca pela sua produção agrícola e pecuária. O setor agropecuário apresentou, em 2004, uma participação de 15,9% no produto interno bruto do estado. No entanto, sabe-se que esta participação é ainda maior se considerada a repercussão na cadeia produtiva que o setor movimenta.
A maior concentração do rebanho gaúcho está no oeste e sul do estado, junto à presença dos campos ou integrado com a produção de arroz. As quatro regiões que apresentam maior rebanho, correspondendo a 57,3% do rebanho gaúcho são: Fronteira Oeste, Sul, Central (10,8%), e Campanha. Destacam-se os municípios de Santana do Livramento com 593.601 cabeças, Alegrete com 558.948, Dom Pedrito com 450.558 e São Gabriel com 414.414 cabeças.
A pecuária gaúcha caracteriza-se por se desenvolver em sistemas extensivos de produção. Tendo o campo nativo com base da alimentação dos animais.
No estado: bovinos, suínos, aves e ovinos
Indústria
Os dados da estrutura do PIB do estado mostram que a indústria responde cerca de um terço (1/3) da economia do Rio Grande do Sul, sendo a maior fatia desta participação responsabilidade da indústria de transformação, já que a indústria extrativa mineral possui uma participação pouco expressiva dentro da economia gaúcha. O estado apresenta uma indústria diversificada que se desenvolveu a partir das agroindústrias e de outros segmentos ligados ao setor primário.
A matriz industrial estruturou-se sobre quatro complexos básicos: o agroindustrial, que inclui as indústrias de alimentos, bebidas e as que utilizam insumos agrícolas; o complexo coureiro-calçadista; o complexo químico; e o complexo metal-mecânico. A indústria de transformação gaúcha alcançou a segunda posição no parque nacional.
O Rio Grande do Sul possui um dos parques automotivos mais completos de toda a América Latina. O setor automotivo responde por 13% do PIB industrial gaúcho. O pólo de autopeças da região de Caxias do Sul é o segundo mais importante do país, composto por mais de 2.200 empresas, geradoras de cerca de 40 mil postos de trabalho, com faturamento de 1.200.000.000 de dólares.
As maiores empresas da cadeia de automóveis e autopeças são tanto multinacionais quanto empresas gaúchas internacionalmente reconhecidas. Hoje, o Rio Grande do Sul produz cerca de 70% das colheitadeiras e mais de 50% dos ônibus e tratores brasileiros.
Exportações
A balança comercial do estado apresentou algumas oscilações durante os anos 90, decorrentes dos planos econômicos que afetaram a relação de competividade, principalmente no período de câmbio sobrevalorizado, somada ao próprio processo de abertura da economia acelerado a partir do início da década. A essa trajetória deve-se acrescentar a emergência do projeto de integração econômica do Cone Sul: a constituição do Mercado Comum do Sul (Mercosul).
Horário e energia
O fuso horário é igual ao de Brasília: três horas a menos em relação a Greenwich - UTC-3. Uma vez por ano - em geral entre outubro e fevereiro - adota-se o horário de verão, no qual os relógios são adiantados uma hora para poupar energia. A tensão elétrica no estado é de 110 e 220 volts, dependendo da região.
Transportes
Hidrovias
O Rio Grande do Sul apresenta uma importante malha hidroviária, concentrada nas bacias Litorânea e do Guaíba. Nessas bacias estão os principais rios de rota rio Jacuí, rio Taquari e rio dos Sinos, além do Guaíba e da Lagoa dos Patos. Atualmente, a navegação no rio Uruguai é de pequena importância, assim como de seu principal afluente, o rio Ibicuí, o único que apresenta condição navegável.
A principal rota hidroviária do estado é Porto Alegre-Rio Grande, que aprensenta calado de 5,2 metros.
O Porto de Rio Grande é de grande importância para o Mercosul, e também o principal ponto der multimodalidade do estado, fazendo com que parte do sistema rodoviário e ferroviário tenham o Porto de Rio Grande como foco. O Porto de Rio Grande, em 2005, chegou a 18 milhões de toneladas, consolidado como o segundo maior porto com movimento de containers do Brasil, e o terceiro em cargas.
O Aeroporto Salgado Filho localiza-se em Porto Alegre e é o mais importante do estado, tendo uma movimentação de 2,8 milhões de passageiros ao ano, envolvendo o movimento de 64 mil aeronaves por ano.
Em setembro de 2001 foi concluído um novo terminal, que tem capacidade para atender uma demanda de até quatro milhões de passageiros/ano, podendo receber até 28 aeronaves de grande porte.
O Rio Grande do Sul, hoje, possui uma malha de 3.260 quilômetros de linhas e ramais ferroviários, utilizadas para cargas. A maior parte apresenta bitola de um metro, sendo que apenas cinco quilômetros apresentam bitola mista, com objetivo de realizar a integração com as malhas argentinas e uruguaias.
Atualmente, alguns trechos das ferrovias não estão em operação regular e os terminais ferroviários que apresentam maior concentração de cargas localizam-se nas proximidades da Grande Porto Alegre, Passo Fundo, em Cruz Alta e Uruguaiana.
O sistema rodoviário é responsável pela maior parte da carga transportada e pela quase totalidade do transporte de passageiros no Rio Grande do Sul. O estado possui 153.960 km de rodovias, sob jurisdição nacional, estadual ou municipal.
A malha nacional estrutura a rede de transporte com rodovias longitudinais, diagonais, transversais e de ligação. As principais rodovias são:
A telefonia móvel celular teve início no estado em 1992, com apenas 600 acessos e com duas empresas prestadoras de serviço. Já em 2001, o estado contava com quase dois milhões de acessos, apresentando uma densidade de aproximadamente 19,4 acessos/100hab.
O Rio Grande do Sul possui atualmente dois times de futebol pertencentes à primeira divisão do futebol brasileiro, estes foram campeões mundiais, são eles: