Imigração no Brasil: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m ajustes semiautomáticos, replaced: Departamento de Polícia Federal → Polícia Federal do Brasil
m Foram preenchidas 127 referências com reFill () Caramba, cento e vinte e sete!
Linha 1: Linha 1:
[[Ficheiro:Monumento ao Imigrante2.jpg|thumb|Monumento Nacional ao Imigrante, em [[Caxias do Sul]], no [[Rio Grande do Sul]].]]
[[Ficheiro:Monumento ao Imigrante2.jpg|thumb|Monumento Nacional ao Imigrante, em [[Caxias do Sul]], no [[Rio Grande do Sul]].]]
'''Imigração no Brasil''' refere-se ao conjunto de [[povo]]s que [[Imigração|imigraram]] para o [[Brasil]] ao longo de sua [[História do Brasil|história]]. Ela deixou fortes marcas na [[demografia]], na [[cultura]] e na [[economia]] do país. Um dos primeiros povos a ocupar o território que hoje forma o Brasil foram os [[Povos indígenas do Brasil|índios]], que são [[Genética|geneticamente]] de origem [[Ásia|asiática]].<ref>[http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/asiaticos-e-amerindios-sao-ancestrais-do-homem-moderno-aponta-dna.html Asiáticos e índios vêm de grupo chinês de 40 mil anos, mostra DNA]</ref> Segundo a tese mais aceita, a sua chegada ao [[Continente Americano|continente americano]] deu-se através do [[estreito de Bering]], em data ainda controversa, mas durante a [[Idade do Gelo]].<ref name="Fagundes">Fagundes, Nelson J. R. et al. [http://www.familytreedna.com/pdf/Fagundes-et-al.pdf "Mitochondrial Population Genomics Supports a Single Pre-Clovis Origin with a Coastal Route for the Peopling of the Americas"]. In: ''The American Journal of Human Genetics'', 2008; 82:1–10</ref> As estimativas quanto ao número de indígenas que existiam no Brasil à época do [[Descoberta do Brasil|descobrimento do país por Portugal]] variam de 1,8 milhão a 6 milhões de indígenas.<ref name="biblioteca.ibge.gov.br">http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv6687.pdf</ref> John Hemming estimou o número de indígenas no Brasil, à época do descobrimento, em 3,2 milhões.<ref>Ouro Vermelho, páginas 728 a 737, EDUSP, São Paulo, 2007)</ref> Em 1500, desembarcaram, no atual [[Litoral do Brasil|litoral brasileiro]], os primeiros [[portugueses]]. Estima-se que, até o fim do [[Brasil Colônia]], em 1822, entre 500 e 700 mil lusitanos se deslocaram para o Brasil.<ref name="Ribeiro">RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro, Companhia de Bolso, fourth reprint, 2008 (2008)</ref><ref>[http://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/portugueses Presença portuguesa: de colonizadores a imigrantes]</ref>
'''Imigração no Brasil''' refere-se ao conjunto de [[povo]]s que [[Imigração|imigraram]] para o [[Brasil]] ao longo de sua [[História do Brasil|história]]. Ela deixou fortes marcas na [[demografia]], na [[cultura]] e na [[economia]] do país. Um dos primeiros povos a ocupar o território que hoje forma o Brasil foram os [[Povos indígenas do Brasil|índios]], que são [[Genética|geneticamente]] de origem [[Ásia|asiática]].<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/asiaticos-e-amerindios-sao-ancestrais-do-homem-moderno-aponta-dna.html|título=Asiáticos e índios vêm de grupo chinês de 40 mil anos, mostra DNA|primeiro =Da|último =AFP|data=24 de janeiro de 2013|website=Ciência e Saúde}}</ref> Segundo a tese mais aceita, a sua chegada ao [[Continente Americano|continente americano]] deu-se através do [[estreito de Bering]], em data ainda controversa, mas durante a [[Idade do Gelo]].<ref name="Fagundes">Fagundes, Nelson J. R. et al. [http://www.familytreedna.com/pdf/Fagundes-et-al.pdf "Mitochondrial Population Genomics Supports a Single Pre-Clovis Origin with a Coastal Route for the Peopling of the Americas"]. In: ''The American Journal of Human Genetics'', 2008; 82:1–10</ref> As estimativas quanto ao número de indígenas que existiam no Brasil à época do [[Descoberta do Brasil|descobrimento do país por Portugal]] variam de 1,8 milhão a 6 milhões de indígenas.<ref name="biblioteca.ibge.gov.br">http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv6687.pdf</ref> John Hemming estimou o número de indígenas no Brasil, à época do descobrimento, em 3,2 milhões.<ref>Ouro Vermelho, páginas 728 a 737, EDUSP, São Paulo, 2007)</ref> Em 1500, desembarcaram, no atual [[Litoral do Brasil|litoral brasileiro]], os primeiros [[portugueses]]. Estima-se que, até o fim do [[Brasil Colônia]], em 1822, entre 500 e 700 mil lusitanos se deslocaram para o Brasil.<ref name="Ribeiro">RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro, Companhia de Bolso, fourth reprint, 2008 (2008)</ref><ref>{{citar web|url=https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/portugueses|título=IBGE - Brasil: 500 anos de povoamento - território brasileiro e povoamento - portugueses|website=brasil500anos.ibge.gov.br}}</ref>


Em decorrência do [[tráfico negreiro]], entre meados do século XVI até a sua extinção, em 1850, entre 4 e 5 milhões de africanos foram levados ao Brasil na condição de [[escravo]]s,<ref>[http://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/negros Presença negra]</ref><ref name="voyage">{{citar web |url=http://www.slavevoyages.org/tast/assessment/estimates.faces;jsessionid=443988F569B730F1FAAC8A88EE24B11F |título=Regiões de origem dos Africanos desembarcados no Brasil |editor= |data=2015 |acessodata=4 de junho de 2015}}</ref> o que torna o Brasil o país que mais recebeu africanos em toda a História.<ref>[http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/31026/brasil+e+um+pais+de+colonizacao+mais+africana+do+que+europeia+diz+historiador+.shtml "Brasil é um país de colonização mais africana do que europeia", diz historiador]</ref>
Em decorrência do [[tráfico negreiro]], entre meados do século XVI até a sua extinção, em 1850, entre 4 e 5 milhões de africanos foram levados ao Brasil na condição de [[escravo]]s,<ref>{{citar web|url=https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/negros|título=IBGE - Brasil: 500 anos de povoamento - território brasileiro e povoamento - negros|website=brasil500anos.ibge.gov.br}}</ref><ref name="voyage">{{citar web |url=http://www.slavevoyages.org/tast/assessment/estimates.faces;jsessionid=443988F569B730F1FAAC8A88EE24B11F |título=Regiões de origem dos Africanos desembarcados no Brasil |editor= |data=2015 |acessodata=4 de junho de 2015}}</ref> o que torna o Brasil o país que mais recebeu africanos em toda a História.<ref>{{citar web|url=https://operamundi.uol.com.br/permalink/31026|título="Brasil é um país de colonização mais africana do que europeia", diz historiador|website=operamundi.uol.com.br}}</ref>


No século XIX, teve início a imigração de outros povos europeus para o Brasil, em particular da [[Itália]], rivalizando numericamente com os portugueses, seguidos por fluxos de espanhóis e de alemães. No início do século XX, intensificou-se o fluxo migratório oriundo da [[Ásia]], particularmente de [[Imigração japonesa no Brasil|japoneses]] e de [[Imigração árabe no Brasil|sírio-libaneses]].<ref>[http://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/japoneses/razoes-da-emigracao-japonesa Razões da emigração japonesa]</ref><ref>[http://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/arabes/origem-e-destino-dos-imigrantes Origem e destino dos imigrantes]
No século XIX, teve início a imigração de outros povos europeus para o Brasil, em particular da [[Itália]], rivalizando numericamente com os portugueses, seguidos por fluxos de espanhóis e de alemães. No início do século XX, intensificou-se o fluxo migratório oriundo da [[Ásia]], particularmente de [[Imigração japonesa no Brasil|japoneses]] e de [[Imigração árabe no Brasil|sírio-libaneses]].<ref>{{citar web|url=https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/japoneses/razoes-da-emigracao-japonesa|título=IBGE - Brasil: 500 anos de povoamento - território brasileiro e povoamento - japoneses - razões da emigração japonesa|website=brasil500anos.ibge.gov.br}}</ref><ref>[http://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/arabes/origem-e-destino-dos-imigrantes Origem e destino dos imigrantes]
</ref> A maior parte desses imigrantes foi destinada a plantações de café no estado de São Paulo,<ref name="domingues" /> embora muitos tenham tido, como destino, os centros urbanos, em particular São Paulo e Rio de Janeiro,<ref name="lucia lippi oliveira" /> bem como colônias rurais no Brasil meridional.<ref name="trento" /> Entre 1884 e 1959, entraram, no Brasil, 4 734 494 imigrantes, sendo 1 507 695 italianos e 1 391 898 portugueses.<ref name="biblioteca.ibge.gov.br"/><ref>[http://brasil500anos.ibge.gov.br/estatisticas-do-povoamento/imigracao-por-nacionalidade-1884-1933 estatísticas do povoamento»imigração por nacionalidade (1884/1933)]</ref>
</ref> A maior parte desses imigrantes foi destinada a plantações de café no estado de São Paulo,<ref name="domingues" /> embora muitos tenham tido, como destino, os centros urbanos, em particular São Paulo e Rio de Janeiro,<ref name="lucia lippi oliveira" /> bem como colônias rurais no Brasil meridional.<ref name="trento" /> Entre 1884 e 1959, entraram, no Brasil, 4 734 494 imigrantes, sendo 1 507 695 italianos e 1 391 898 portugueses.<ref name="biblioteca.ibge.gov.br"/><ref>{{citar web|url=https://brasil500anos.ibge.gov.br/estatisticas-do-povoamento/imigracao-por-nacionalidade-1884-1933|título=IBGE - Brasil: 500 anos de povoamento - estatísticas do povoamento - imigração por nacionalidade (1884/1933)|website=brasil500anos.ibge.gov.br}}</ref>


Na década de 1960, o Brasil deixou de ser um grande receptor de imigrantes, passando a ser um país expulsor de trabalhadores, a partir da década de 1980, sobretudo para os [[Estados Unidos]], o [[Paraguai]], a [[Europa]] e o [[Japão]].<ref>[http://www.brasileirosnomundo.itamaraty.gov.br/a-comunidade/estimativas-populacionais-das-comunidades/estimativas-populacionais-das-comunidades-brasileiras-no-mundo-2013/Estimativas%20Brasileiros%20no%20Mundo%202013.pdf Tabela do MRE]</ref> Essa tendência manteve-se constante até recentemente, uma vez que vem sendo observado o crescimento da imigração para o Brasil, em particular de países como Portugal <ref name="oestrangeiro.org">http://oestrangeiro.org/2013/05/22/exclusivo-os-numeros-exatos-e-atualizados-de-estrangeiros-no-brasil-2/</ref>, a [[Bolívia]] e o [[Haiti]].<ref>[http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150819_racismo_imigrantes_jp_rm Racismo contra imigrantes no Brasil é constante, diz pesquisador]</ref>
Na década de 1960, o Brasil deixou de ser um grande receptor de imigrantes, passando a ser um país expulsor de trabalhadores, a partir da década de 1980, sobretudo para os [[Estados Unidos]], o [[Paraguai]], a [[Europa]] e o [[Japão]].<ref>{{citar web|url=http://www.brasileirosnomundo.itamaraty.gov.br/a-comunidade/estimativas-populacionais-das-comunidades/estimativas-populacionais-das-comunidades-brasileiras-no-mundo-2013/Estimativas%20Brasileiros%20no%20Mundo%202013.pdf|título=Tabela do MRE|website=itamaraty.gov.br}}</ref> Essa tendência manteve-se constante até recentemente, uma vez que vem sendo observado o crescimento da imigração para o Brasil, em particular de países como Portugal,<ref name="oestrangeiro.org">{{citar web|url=https://oestrangeiro.org/2013/05/22/exclusivo-os-numeros-exatos-e-atualizados-de-estrangeiros-no-brasil-2/|título=EXCLUSIVO: OS NÚMEROS EXATOS E ATUALIZADOS DE ESTRANGEIROS NO BRASIL.|data=22 de maio de 2013|website=oestrangeiro.org}}</ref> a [[Bolívia]] e o [[Haiti]].<ref>{{citar web|url=https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150819_racismo_imigrantes_jp_rm|título=Racismo contra imigrantes no Brasil é constante, diz pesquisador|website=BBC News Brasil}}</ref>


== Ocupação pré-cabralina ==
== Ocupação pré-cabralina ==
Linha 16: Linha 16:
A tese mais aceita é que os povos indígenas das Américas são descendentes de [[caça]]dores asiáticos que cruzaram o [[Estreito de Bering]] passando da [[Sibéria]] para a [[América do Norte]]. Os mais antigos povoadores do atual território brasileiro chegaram há aproximadamente 12 mil anos. Contudo, foi encontrado, em [[Lagoa Santa (Minas Gerais)|Lagoa Santa]] ([[Minas Gerais]]), o [[crânio]] de uma mulher de traços [[negroide]]s, batizada de [[Luzia (fóssil)|Luzia]], que viveu há 11 500 anos. Deste modo, alguns pesquisadores consideram provável que populações negroides também tenham vivido nas [[Américas]], e que estas foram [[Assassínio em massa|exterminadas]] ou [[Assimilação cultural|assimiladas]] pelos povos [[mongoloide]]s muitos [[século]]s antes da chegada dos europeus.<ref>[http://www.fafich.ufmg.br/pae/apoio/aspopulacoesindigenasnoterritoriobrasileiro.pdf SOUZA, Wanessa de. As populações indígenas no território brasileiro]</ref>
A tese mais aceita é que os povos indígenas das Américas são descendentes de [[caça]]dores asiáticos que cruzaram o [[Estreito de Bering]] passando da [[Sibéria]] para a [[América do Norte]]. Os mais antigos povoadores do atual território brasileiro chegaram há aproximadamente 12 mil anos. Contudo, foi encontrado, em [[Lagoa Santa (Minas Gerais)|Lagoa Santa]] ([[Minas Gerais]]), o [[crânio]] de uma mulher de traços [[negroide]]s, batizada de [[Luzia (fóssil)|Luzia]], que viveu há 11 500 anos. Deste modo, alguns pesquisadores consideram provável que populações negroides também tenham vivido nas [[Américas]], e que estas foram [[Assassínio em massa|exterminadas]] ou [[Assimilação cultural|assimiladas]] pelos povos [[mongoloide]]s muitos [[século]]s antes da chegada dos europeus.<ref>[http://www.fafich.ufmg.br/pae/apoio/aspopulacoesindigenasnoterritoriobrasileiro.pdf SOUZA, Wanessa de. As populações indígenas no território brasileiro]</ref>


Estima-se que, no início da colonização portuguesa, cerca de quatro milhões de [[ameríndio]]s viviam no atual território brasileiro.<ref>[http://www.aracruz.com.br/show_arz.do?act=stcNews&lastRoot=63&id=5&lang=1 Aracruz [Celulose&#93;. A questão indígena no Brasil e no Espírito Santo]</ref> Encontravam-se divididos em diversos grupos étnico-linguísticos: [[Línguas tupis-guaranis|tupis-guaranis]] (região do litoral), [[macro-jê]] ou [[tapuias]] (região do [[Planalto Central do Brasil]]), [[Línguas aruaques|aruaques]] ([[Amazônia]]) e [[Línguas caribes|caraíbas]] (Amazônia).<ref>[http://www.suapesquisa.com/indios/ Índios do Brasil]</ref>
Estima-se que, no início da colonização portuguesa, cerca de quatro milhões de [[ameríndio]]s viviam no atual território brasileiro.<ref>{{citar web|url=http://www.aracruz.com.br/show_arz.do?act=stcNews&lastRoot=63&id=5&lang=1|título=Aracruz [Celulose&#93;. A questão indígena no Brasil e no Espírito Santo|website=aracruz.com.br}}</ref> Encontravam-se divididos em diversos grupos étnico-linguísticos: [[Línguas tupis-guaranis|tupis-guaranis]] (região do litoral), [[macro-jê]] ou [[tapuias]] (região do [[Planalto Central do Brasil]]), [[Línguas aruaques|aruaques]] ([[Amazônia]]) e [[Línguas caribes|caraíbas]] (Amazônia).<ref>{{citar web|url=https://www.suapesquisa.com/indios/|título=Índios do Brasil - história, cultura, sociedade indígena, arte, tribos|website=www.suapesquisa.com}}</ref>


== Imigração no Brasil Colônia ==
== Imigração no Brasil Colônia ==
Linha 40: Linha 40:
No século XVII, desembarcaram 550 mil [[Escravidão no Brasil|africanos]] e 50 mil [[Reino de Portugal|portugueses]].
No século XVII, desembarcaram 550 mil [[Escravidão no Brasil|africanos]] e 50 mil [[Reino de Portugal|portugueses]].


O desenvolvimento da [[mineração]] trouxe para o Brasil centenas de milhares de africanos, que foram escravizados na extração de ouro. Um fato novo foi, pela primeira vez na História da colônia, a vinda de um enorme contingente de colonos portugueses. Tal surto migratório deve-se a alguns fatores: Portugal e, em particular, a região do [[Minho (província)|Minho]], teve uma alta taxa de crescimento populacional e, em consequência, superpopulação. As notícias de que na colônia sul-americana estava ocorrendo a exploração da mineração serviu como esperança para milhares de portugueses que resolveram cruzar o [[Oceano Atlântico]] e se aventurar nas [[Minas Gerais]].<ref>[http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/povoamento/portugueses/imigtransicao.html]</ref> A imigração de casais [[Açores|açorianos]] para o litoral do Sul do Brasil foi de fundamental importância para a demografia da região.<ref>[http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/7tipos/acores.html]</ref>
O desenvolvimento da [[mineração]] trouxe para o Brasil centenas de milhares de africanos, que foram escravizados na extração de ouro. Um fato novo foi, pela primeira vez na História da colônia, a vinda de um enorme contingente de colonos portugueses. Tal surto migratório deve-se a alguns fatores: Portugal e, em particular, a região do [[Minho (província)|Minho]], teve uma alta taxa de crescimento populacional e, em consequência, superpopulação. As notícias de que na colônia sul-americana estava ocorrendo a exploração da mineração serviu como esperança para milhares de portugueses que resolveram cruzar o [[Oceano Atlântico]] e se aventurar nas [[Minas Gerais]].<ref>{{citar web|url=https://educa.ibge.gov.br/|título=IBGE Educa|website=IBGE - Educa}}</ref> A imigração de casais [[Açores|açorianos]] para o litoral do Sul do Brasil foi de fundamental importância para a demografia da região.<ref>[http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/7tipos/acores.html]</ref>


No século XVIII, desembarcaram um milhão e 600 mil africanos e 600 mil portugueses no Brasil. O Brasil passou a possuir a maior população africana fora da África e a maior população lusitana fora de Portugal.
No século XVIII, desembarcaram um milhão e 600 mil africanos e 600 mil portugueses no Brasil. O Brasil passou a possuir a maior população africana fora da África e a maior população lusitana fora de Portugal.
Linha 61: Linha 61:
Os primeiros grupos de imigrantes não lusos e não africanos chegaram ao Brasil, de forma organizada, somente depois da [[abertura dos portos]] de 1808.
Os primeiros grupos de imigrantes não lusos e não africanos chegaram ao Brasil, de forma organizada, somente depois da [[abertura dos portos]] de 1808.


Excetuando os portugueses e alguns poucos estrangeiros que se tornaram súditos de Portugal, os primeiros imigrantes voluntários a vir para o Brasil após a abertura dos portos foram os chineses de [[Macau]] que chegaram ao [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] em 1808.<ref name="doré">[http://www.lusotopie.sciencespobordeaux.fr/dore.pdf DORÉ, Andrea. Os Macaenses no Brasil. Lusotopie 2000, pp. 224-225 (visitada em 22 de agosto de 2008)]</ref><ref name="lima">[http://catalogos.bn.br/redememoria/chineses.html LIMA, Silvio Cezar de Souza. Os filhos do império celeste: a imigração chinesa e sua incorporação à nacionalidade brasileira. Rede de Memória Virtual Brasileira (visitada em 22 de agosto de 2008)]</ref> Cerca de 300 chineses de [[Macau]] foram trazidos pelo governo do príncipe regente (futuro rei [[D. João VI]]) com o objetivo de introduzir o cultivo de [[chá]] no Brasil. Eles tiveram importante participação na aclimatação de plantas feitas pelo recém-criado [[Jardim Botânico do Rio de Janeiro]]<ref name="doré" /><ref name="lima" />
Excetuando os portugueses e alguns poucos estrangeiros que se tornaram súditos de Portugal, os primeiros imigrantes voluntários a vir para o Brasil após a abertura dos portos foram os chineses de [[Macau]] que chegaram ao [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] em 1808.<ref name="doré">[http://www.lusotopie.sciencespobordeaux.fr/dore.pdf DORÉ, Andrea. Os Macaenses no Brasil. Lusotopie 2000, pp. 224-225 (visitada em 22 de agosto de 2008)]</ref><ref name="lima">{{citar web|url=http://catalogos.bn.br/redememoria/chineses.html|título=LIMA, Silvio Cezar de Souza. Os filhos do império celeste: a imigração chinesa e sua incorporação à nacionalidade brasileira. Rede de Memória Virtual Brasileira (visitada em 22 de agosto de 2008)|website=bn.br}}</ref> Cerca de 300 chineses de [[Macau]] foram trazidos pelo governo do príncipe regente (futuro rei [[D. João VI]]) com o objetivo de introduzir o cultivo de [[chá]] no Brasil. Eles tiveram importante participação na aclimatação de plantas feitas pelo recém-criado [[Jardim Botânico do Rio de Janeiro]]<ref name="doré" /><ref name="lima" />


Entretanto, a mão-de-obra livre de imigrantes estrangeiros ainda era considerada dispensável pelos grandes fazendeiros. Na primeira metade do [[século XIX]] ainda desembarcaram no Brasil cerca de um milhão e 300 mil [[África subsaariana|africanos subsaarianos]], certamente o maior grupo de imigrantes recebido neste período.
Entretanto, a mão-de-obra livre de imigrantes estrangeiros ainda era considerada dispensável pelos grandes fazendeiros. Na primeira metade do [[século XIX]] ainda desembarcaram no Brasil cerca de um milhão e 300 mil [[África subsaariana|africanos subsaarianos]], certamente o maior grupo de imigrantes recebido neste período.
Linha 148: Linha 148:
Os [[ucranianos]] também rumaram em sua maioria para o Paraná e colonizaram a região de [[Prudentópolis]].
Os [[ucranianos]] também rumaram em sua maioria para o Paraná e colonizaram a região de [[Prudentópolis]].


Imigrantes [[Rússia|russos]] também vieram, mas em pouca quantidade.<ref>[http://www.news-of-russia.info/russia/russos.htm Os Russos e o Brasil] News of Russia</ref><ref>[http://www.brasil-russia.com.br/comunidade.htm Câmara de Comércio e Indústria Brasil - Rússia]</ref>
Imigrantes [[Rússia|russos]] também vieram, mas em pouca quantidade.<ref>[http://www.news-of-russia.info/russia/russos.htm Os Russos e o Brasil] News of Russia</ref><ref>{{citar web|url=http://www.brasil-russia.com.br/comunidade.htm|título=CÂMARA DE COMÉRCIO E INDUSTRIA BRASIL _ RUSSIA|website=www.brasil-russia.com.br}}</ref>


Os imigrantes eslavos se dedicaram principalmente à agricultura com plantações de [[milho]], [[feijão]], [[repolho]], [[batata]] etc. Difundiram o uso do [[arado]] e de outras técnicas agrícolas no Paraná. Trouxeram consigo um modelo de [[carroça]] tipicamente eslava, utilizada até hoje no Paraná para o transporte de materiais e de produção [[Agricultura|agrícola]].
Os imigrantes eslavos se dedicaram principalmente à agricultura com plantações de [[milho]], [[feijão]], [[repolho]], [[batata]] etc. Difundiram o uso do [[arado]] e de outras técnicas agrícolas no Paraná. Trouxeram consigo um modelo de [[carroça]] tipicamente eslava, utilizada até hoje no Paraná para o transporte de materiais e de produção [[Agricultura|agrícola]].
Linha 170: Linha 170:
O fomento imigracionista surgia não apenas como solução para resolver a suposta escassez de mão de obra na agricultura, mas também para proporcionar o branqueamento da população brasileira com a entrada maciça de brancos europeus no país. Para justificar a importação em massa da força de trabalho europeia, a classe dominante difundia a ideia de que os europeus eram culturalmente superiores aos brasileiros.<ref name="domingues"/> A imagem fabricada de um imigrante europeu culto, exímio profissional, qualificado para exercer qualquer serviço na agricultura ou na indústria, ao lado da imagem do brasileiro e, sobretudo, do negro, como um imprestável responsável pelo atraso do país, servia para legitimar a atração do branco europeu.<ref name="domingues"/> A realidade, contudo, se mostrava diversa da imagem vendida: a maior parte desses imigrantes não possuía qualificações ou habilidades especiais, tampouco traziam recursos econômicos ou educacionais particulares.<ref name = "hasenbalg">[[Carlos Hasenbalg|HASENBALG, Carlos]]. ''Discriminação e Desigualdades Raciais no Brasil''. Editoria UFMG, 2005.</ref> Os imigrantes italianos que foram para São Paulo eram oriundos de regiões agrárias e normalmente suas condições social e cultural eram deploráveis. O censo de 1920 mostrou que, na cidade de São Paulo, a taxa de [[alfabetização]] dos brasileiros maiores de 14 anos (80,3%) era maior que a dos imigrantes residentes na cidade (62,3%) da mesma faixa etária.<ref name="domingues"/>
O fomento imigracionista surgia não apenas como solução para resolver a suposta escassez de mão de obra na agricultura, mas também para proporcionar o branqueamento da população brasileira com a entrada maciça de brancos europeus no país. Para justificar a importação em massa da força de trabalho europeia, a classe dominante difundia a ideia de que os europeus eram culturalmente superiores aos brasileiros.<ref name="domingues"/> A imagem fabricada de um imigrante europeu culto, exímio profissional, qualificado para exercer qualquer serviço na agricultura ou na indústria, ao lado da imagem do brasileiro e, sobretudo, do negro, como um imprestável responsável pelo atraso do país, servia para legitimar a atração do branco europeu.<ref name="domingues"/> A realidade, contudo, se mostrava diversa da imagem vendida: a maior parte desses imigrantes não possuía qualificações ou habilidades especiais, tampouco traziam recursos econômicos ou educacionais particulares.<ref name = "hasenbalg">[[Carlos Hasenbalg|HASENBALG, Carlos]]. ''Discriminação e Desigualdades Raciais no Brasil''. Editoria UFMG, 2005.</ref> Os imigrantes italianos que foram para São Paulo eram oriundos de regiões agrárias e normalmente suas condições social e cultural eram deploráveis. O censo de 1920 mostrou que, na cidade de São Paulo, a taxa de [[alfabetização]] dos brasileiros maiores de 14 anos (80,3%) era maior que a dos imigrantes residentes na cidade (62,3%) da mesma faixa etária.<ref name="domingues"/>


Nenhum estado colocou em prática o projeto de [[Branqueamento racial|branqueamento]] com tanta veemência como São Paulo. No ano de 1900, 44,5% dos 1.074.511 imigrantes que viviam no Brasil moravam nesse estado.<ref name="hasenbalg"/> A chegada de tantos imigrantes empurrou sobretudo [[Afro-brasileiro|negros e mulatos]] para os empregos subalternos em São Paulo,<ref name="vantagens">http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0011-52582010000300001&lng=en&nrm=iso</ref> fato que também ocorreu, em menor escala, no Rio de Janeiro. A mão de obra predominantemente estrangeira se concentrou sobretudo no [[Oeste Paulista]]. Nas regiões cafeeiras de Minas Gerais e do Rio de Janeiro a maioria dos trabalhadores eram brasileiros. É comum afirmar-se erroneamente que a [[abolição da escravidão]] em 1888 desencadeou a falta de mão de obra nas lavouras pois os [[escravo]]s libertos saíram das fazendas para procurar trabalho nas cidades. Isto aconteceu em pequena escala e somente no [[vale do Paraíba|vale do Paraíba do Sul]] onde a lavoura cafeeira estava em rápida decadência de produção. Vários fazendeiros perceberam que o fim da escravidão era inevitável e fizeram acordos com os escravos nos quais estes eram alforriados mas se comprometiam a ficar trabalhando na mesma fazenda com direito a pequenos salários ou em regime de [[colonato]].<ref name="stein">STEIN, Stanley J.; "''Vassouras: Um município brasileiro do café, 1850-1910''". Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1990</ref>
Nenhum estado colocou em prática o projeto de [[Branqueamento racial|branqueamento]] com tanta veemência como São Paulo. No ano de 1900, 44,5% dos 1.074.511 imigrantes que viviam no Brasil moravam nesse estado.<ref name="hasenbalg"/> A chegada de tantos imigrantes empurrou sobretudo [[Afro-brasileiro|negros e mulatos]] para os empregos subalternos em São Paulo,<ref name="vantagens">{{citar periódico|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0011-52582010000300001&lng=en&nrm=iso&tlng=pt|título=Advantages for immigrants, disadvantages for Blacks: employment, property, family structure, and literacy in post-abolition Western São Paulo|primeiro =Karl|último =Monsma|publicado=|periódico=Dados|volume=53|número=3|páginas=509–543|via=SciELO|doi=10.1590/S0011-52582010000300001}}</ref> fato que também ocorreu, em menor escala, no Rio de Janeiro. A mão de obra predominantemente estrangeira se concentrou sobretudo no [[Oeste Paulista]]. Nas regiões cafeeiras de Minas Gerais e do Rio de Janeiro a maioria dos trabalhadores eram brasileiros. É comum afirmar-se erroneamente que a [[abolição da escravidão]] em 1888 desencadeou a falta de mão de obra nas lavouras pois os [[escravo]]s libertos saíram das fazendas para procurar trabalho nas cidades. Isto aconteceu em pequena escala e somente no [[vale do Paraíba|vale do Paraíba do Sul]] onde a lavoura cafeeira estava em rápida decadência de produção. Vários fazendeiros perceberam que o fim da escravidão era inevitável e fizeram acordos com os escravos nos quais estes eram alforriados mas se comprometiam a ficar trabalhando na mesma fazenda com direito a pequenos salários ou em regime de [[colonato]].<ref name="stein">STEIN, Stanley J.; "''Vassouras: Um município brasileiro do café, 1850-1910''". Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1990</ref>


A expansão das colheitas de café atraíram 70% dos mais de seis milhões de imigrantes desembarcados no Brasil. Entre 1820 e 1903, desembarcaram no Brasil cerca de um milhão e 140 mil [[italianos]], 549 mil [[portugueses]], 212 mil [[espanhóis]] e 89 mil [[alemães]].<ref name="Entrada de estrangeiros no Brasil">[http://www.scielo.br/img/revistas/rsp/v8s0/03t2.gif Entrada de estrangeiros no Brasil]</ref> Em números menores, pessoas de todos os cantos da Europa.
A expansão das colheitas de café atraíram 70% dos mais de seis milhões de imigrantes desembarcados no Brasil. Entre 1820 e 1903, desembarcaram no Brasil cerca de um milhão e 140 mil [[italianos]], 549 mil [[portugueses]], 212 mil [[espanhóis]] e 89 mil [[alemães]].<ref name="Entrada de estrangeiros no Brasil">[http://www.scielo.br/img/revistas/rsp/v8s0/03t2.gif Entrada de estrangeiros no Brasil]</ref> Em números menores, pessoas de todos os cantos da Europa.


É preciso registrar que não eram somente considerações de caráter étnico que estiveram por trás do estímulo à imigração europeia: a população brasileira era no geral muito pequena, para um território muito grande.<ref name="ub.edu">http://www.ub.edu/geocrit/sn-94-10.htm</ref> Ademais, a vinda de mão de obra assalariada, assim se esperava, proporcionaria desenvolvimento às cidades e ao comércio, a geração de serviços de infraestrutura, com desenvolvimento para o país.<ref name="ub.edu"/>
É preciso registrar que não eram somente considerações de caráter étnico que estiveram por trás do estímulo à imigração europeia: a população brasileira era no geral muito pequena, para um território muito grande.<ref name="ub.edu">{{citar web|url=http://www.ub.edu/geocrit/sn-94-10.htm|título=O Programa de Colonização no Rio Grande do Sul|website=www.ub.edu}}</ref> Ademais, a vinda de mão de obra assalariada, assim se esperava, proporcionaria desenvolvimento às cidades e ao comércio, a geração de serviços de infraestrutura, com desenvolvimento para o país.<ref name="ub.edu"/>


A imigração continuou alta durante o início do [[século XX]] diminuindo após a [[década de 1930]].
A imigração continuou alta durante o início do [[século XX]] diminuindo após a [[década de 1930]].


Entraram nesse período diversos grupos de imigrantes no Brasil, dos mais numerosos, entre 1904 e 1972, desembarcaram um milhão e 240 mil [[portugueses]], 505 mil [[espanhóis]], 484 mil [[italianos]], 248 mil [[japoneses]] e 171 mil [[alemães]].<ref name="Entrada de estrangeiros no Brasil" /> Em números menores, pessoas de todos os cantos da Europa. Os imigrantes passam a compor a maior parte dos operários nas fábricas e primeiras indústrias brasileiras..<ref name="Gli_italiani_in_Brasile">[http://www.consultanazionaleemigrazione.it/itestero/Gli_italiani_in_Brasile.pdf Gli italiani in Brasile]</ref>
Entraram nesse período diversos grupos de imigrantes no Brasil, dos mais numerosos, entre 1904 e 1972, desembarcaram um milhão e 240 mil [[portugueses]], 505 mil [[espanhóis]], 484 mil [[italianos]], 248 mil [[japoneses]] e 171 mil [[alemães]].<ref name="Entrada de estrangeiros no Brasil" /> Em números menores, pessoas de todos os cantos da Europa. Os imigrantes passam a compor a maior parte dos operários nas fábricas e primeiras indústrias brasileiras..<ref name="Gli_italiani_in_Brasile">{{citar web|url=http://www.consultanazionaleemigrazione.it/itestero/Gli_italiani_in_Brasile.pdf|título=Gli italiani in Brasile|website=consultanazionaleemigrazione.it}}</ref>


==== Mão de Obra Italiana ====
==== Mão de Obra Italiana ====
Linha 204: Linha 204:


=== Imigração urbana ===
=== Imigração urbana ===
Grande parte dos imigrantes que chegaram ao Brasil na virada do século XX rumaram para as cidades. Alguns grupos de imigrantes tinham predileção pelos centros urbanos, em particular os portugueses. Essa leva de imigração trouxe para o Brasil gente pobre proveniente das regiões do norte e nordeste de Portugal, em particular do Minho, do Douro e de Trás-os-Montes. Enquanto os italianos concentraram-se sobretudo na lavoura cafeeira, os portugueses concentravam-se nas atividades do pequeno comércio ou ingressavam nas fileiras de operários que se formavam no Rio de Janeiro e em São Paulo.<ref name="lucia lippi oliveira">{{citar livro |título =O Brasil dos Imigrantes |url=https://books.google.com.br/books?id=Jx5964WRb5wC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_vpt_reviews#v=onepage&q&f=false |ultimo=Oliveira |primeiro=Lucia Lippi |páginas = 74–74|ano=2001 |editora=Jorge Zahar Editor |edição=2ª |local=Rio de Janeiro |isbn=8571105774}}</ref>
Grande parte dos imigrantes que chegaram ao Brasil na virada do século XX rumaram para as cidades. Alguns grupos de imigrantes tinham predileção pelos centros urbanos, em particular os portugueses. Essa leva de imigração trouxe para o Brasil gente pobre proveniente das regiões do norte e nordeste de Portugal, em particular do Minho, do Douro e de Trás-os-Montes. Enquanto os italianos concentraram-se sobretudo na lavoura cafeeira, os portugueses concentravam-se nas atividades do pequeno comércio ou ingressavam nas fileiras de operários que se formavam no Rio de Janeiro e em São Paulo.<ref name="lucia lippi oliveira">{{citar livro |título =O Brasil dos Imigrantes |url=https://books.google.com.br/books?id=Jx5964WRb5wC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_vpt_reviews#v=onepage&q&f=false |ultimo=Oliveira |primeiro=Lucia Lippi |páginas = 74–74|ano=2001 |editora=Jorge Zahar Editor |edição=2ª |local=Rio de Janeiro |isbn=8571105774}}</ref>
[[Imagem:Italians Sao Paulo.jpg|thumb|Imigrantes italianos numa fábrica de São Paulo.]]
[[Imagem:Italians Sao Paulo.jpg|thumb|Imigrantes italianos numa fábrica de São Paulo.]]
Na mesma altura em que chegavam ao Rio de Janeiro as massas de portugueses, a cidade também recebia grande número de ex-escravos recém-saídos do cativeiro, bem como de migrantes nordestinos fugindo dos flagelos da seca. Assim, coexistiam no tecido urbano do Rio de Janeiro esses três grupos (libertos, nordestinos e estrangeiros), ajudando a criar os conflitos urbanos que marcaram a cidade no início do século XX. Longe de corresponder ao imaginário de "branco superior" idealizado pela elite brasileira, os imigrantes europeus tinham precária qualificação profissional, laços familiares enfraquecidos e desconheciam os códigos urbanos. Assim, eles vieram engrossar a população pobre que se concentrava no Rio de Janeiro ou em São Paulo.<ref name="lucia lippi oliveira" />
Na mesma altura em que chegavam ao Rio de Janeiro as massas de portugueses, a cidade também recebia grande número de ex-escravos recém-saídos do cativeiro, bem como de migrantes nordestinos fugindo dos flagelos da seca. Assim, coexistiam no tecido urbano do Rio de Janeiro esses três grupos (libertos, nordestinos e estrangeiros), ajudando a criar os conflitos urbanos que marcaram a cidade no início do século XX. Longe de corresponder ao imaginário de "branco superior" idealizado pela elite brasileira, os imigrantes europeus tinham precária qualificação profissional, laços familiares enfraquecidos e desconheciam os códigos urbanos. Assim, eles vieram engrossar a população pobre que se concentrava no Rio de Janeiro ou em São Paulo.<ref name="lucia lippi oliveira" />


Os estrangeiros que se fixaram nos centros urbanos encontraram um ambiente bem mais hostil do que aqueles que rumaram para as zonas rurais. Enquanto as regiões agrícolas eram enormes e era fácil encontrar emprego, nos centros urbanos a competição no mercado de trabalho se mostrava mais acirrada. Em consequência, os imigrantes eram vistos pelos brasileiros como competidores no mercado de trabalho e eram frequentemente vítimas de agressividade e [[xenofobia]] por parte dos brasileiros, como foi o caso dos portugueses no Rio de Janeiro e dos italianos em São Paulo.<ref name="fogo">{{citar web|url=http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000845753|título=Fogo cruzado : os imigrantes Italianos entre o barrete frígio e o saco de coar café|publicado=Biblioteca Digital da UNICAMP|formato=PDF-''download'' com cadastro|data=maio de 2012|autor=Melina Roberto Rovina|língua2= |accessodata=21/1/2014}}</ref> Contudo, a medida que os imigrantes percebiam que nas fazendas a exploração do trabalho e os pequenos salários não eram interessantes, cada vez mais pessoas rumavam para os centros urbanos.<ref name="trento">Angelo Trento, ''Do outro lado do Atlântico: um século de imigração italiana no Brasil''. Studio Nobel, 1989. ISBN 852130563X, 9788521305637.</ref>
Os estrangeiros que se fixaram nos centros urbanos encontraram um ambiente bem mais hostil do que aqueles que rumaram para as zonas rurais. Enquanto as regiões agrícolas eram enormes e era fácil encontrar emprego, nos centros urbanos a competição no mercado de trabalho se mostrava mais acirrada. Em consequência, os imigrantes eram vistos pelos brasileiros como competidores no mercado de trabalho e eram frequentemente vítimas de agressividade e [[xenofobia]] por parte dos brasileiros, como foi o caso dos portugueses no Rio de Janeiro e dos italianos em São Paulo.<ref name="fogo">{{citar web|url=http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000845753|título=Fogo cruzado : os imigrantes Italianos entre o barrete frígio e o saco de coar café|publicado=Biblioteca Digital da UNICAMP|formato=PDF-''download'' com cadastro|data=maio de 2012|autor=Melina Roberto Rovina|língua= |acessodata=21/1/2014}}</ref> Contudo, a medida que os imigrantes percebiam que nas fazendas a exploração do trabalho e os pequenos salários não eram interessantes, cada vez mais pessoas rumavam para os centros urbanos.<ref name="trento">Angelo Trento, ''Do outro lado do Atlântico: um século de imigração italiana no Brasil''. Studio Nobel, 1989. ISBN 852130563X, 9788521305637.</ref>


Chegando em um momento em que havia a transição do trabalho escravo para o assalariado, os imigrantes conseguiram monopolizar amplos setores produtivos no tecido urbano de São Paulo, do Rio de Janeiro e de outras capitais menores. Muitos começavam como [[Caixeiro-viajante|mascates]] e, reunindo algum pecúlio, abriam sua própria loja. A presença de imigrantes entre o proletariado era maciça nos dois principais centros urbanos brasileiros. O Brasil começou um processo de industrialização na década de 1890 e muitos imigrantes, em grande parte mulheres e crianças, foram empregados nas fábricas nascentes.<ref>[http://www.anpuhsp.org.br/sp/downloads/CD%20XIX/PDF/Autores%20e%20Artigos/Maria%20Aparecida%20Macedo%20Pascal.pdf IMIGRANTES PORTUGUESES: ANARQUISTAS E COMUNISTAS SOB O OLHAR DO DEOPS]</ref>
Chegando em um momento em que havia a transição do trabalho escravo para o assalariado, os imigrantes conseguiram monopolizar amplos setores produtivos no tecido urbano de São Paulo, do Rio de Janeiro e de outras capitais menores. Muitos começavam como [[Caixeiro-viajante|mascates]] e, reunindo algum pecúlio, abriam sua própria loja. A presença de imigrantes entre o proletariado era maciça nos dois principais centros urbanos brasileiros. O Brasil começou um processo de industrialização na década de 1890 e muitos imigrantes, em grande parte mulheres e crianças, foram empregados nas fábricas nascentes.<ref>{{citar web|url=http://www.anpuhsp.org.br/sp/downloads/CD%20XIX/PDF/Autores%20e%20Artigos/Maria%20Aparecida%20Macedo%20Pascal.pdf|título=IMIGRANTES PORTUGUESES: ANARQUISTAS E COMUNISTAS SOB O OLHAR DO DEOPS|website=anpuhsp.org.br}}</ref>


Em 1901, 90% dos operários em São Paulo eram estrangeiros e, em 1906, eles eram 44% no Rio de Janeiro. A situação de miséria vivida por esses estrangeiros era evidente nos bairros populares do Brás, Barra Funda e Bela Vista, na capital paulista, onde se concentravam os italianos. Em 1904, cerca de 30% da população de São Paulo morava em [[cortiço]]s, onde viviam amontoadas uma média de seis a dez pessoas, uma vez que os operários não tinham condições de arcar com os custos de outras moradias melhores. Nos bairros habitados por europeus em São Paulo, as ruas estavam sempre cobertas de lama, o esgoto corria a céu aberto, a água consumida era frequentemente contaminada, a higiene não existia e o mau cheiro tornava o ar irrespirável.<ref name="trento" />
Em 1901, 90% dos operários em São Paulo eram estrangeiros e, em 1906, eles eram 44% no Rio de Janeiro. A situação de miséria vivida por esses estrangeiros era evidente nos bairros populares do Brás, Barra Funda e Bela Vista, na capital paulista, onde se concentravam os italianos. Em 1904, cerca de 30% da população de São Paulo morava em [[cortiço]]s, onde viviam amontoadas uma média de seis a dez pessoas, uma vez que os operários não tinham condições de arcar com os custos de outras moradias melhores. Nos bairros habitados por europeus em São Paulo, as ruas estavam sempre cobertas de lama, o esgoto corria a céu aberto, a água consumida era frequentemente contaminada, a higiene não existia e o mau cheiro tornava o ar irrespirável.<ref name="trento" />
Linha 251: Linha 251:
Na década de 1960, o Brasil deixou de receber grandes levas de imigrantes. Os portugueses, que eram os únicos que ainda imigravam em massa para o Brasil, passaram a deslocar-se preferencialmente para outros países da Europa.<ref name="brasil-europa"/> Na década de 1970, houve algum fluxo de imigrantes entrando no Brasil, vindo principalmente da [[Coreia do Sul]], [[China]], [[Bolívia]], [[Peru]], [[Paraguai]] e de [[África|países africanos]]. Esses imigrantes, porém, já não tinham o impacto demográfico que tiveram as outras imigrações mais antigas no Brasil.<ref>[http://www.projetofabrica.com.br/i-migrantes/imigrantes_sp.htm]</ref>
Na década de 1960, o Brasil deixou de receber grandes levas de imigrantes. Os portugueses, que eram os únicos que ainda imigravam em massa para o Brasil, passaram a deslocar-se preferencialmente para outros países da Europa.<ref name="brasil-europa"/> Na década de 1970, houve algum fluxo de imigrantes entrando no Brasil, vindo principalmente da [[Coreia do Sul]], [[China]], [[Bolívia]], [[Peru]], [[Paraguai]] e de [[África|países africanos]]. Esses imigrantes, porém, já não tinham o impacto demográfico que tiveram as outras imigrações mais antigas no Brasil.<ref>[http://www.projetofabrica.com.br/i-migrantes/imigrantes_sp.htm]</ref>
[[Ficheiro:Bolivian Carnival in São Paulo city (12888892793).jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Festejos de carnaval da comunidade boliviana de São Paulo]]
[[Ficheiro:Bolivian Carnival in São Paulo city (12888892793).jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Festejos de carnaval da comunidade boliviana de São Paulo]]
Na década de 1980, considerada a [[década perdida]] na [[América Latina]], com desemprego em alta e [[inflação]] galopante,<ref>[http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/especiais/50-anos-do-golpe-de-1964/preco-do-milagre-8kginp9fgre8302hetptcz4um Preço do milagre]</ref> o Brasil tornou-se um país de emigração, no qual mais saíam pessoas do que entravam.<ref>[http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142012000200009 Migração internacional e desenvolvimento econômico]</ref>
Na década de 1980, considerada a [[década perdida]] na [[América Latina]], com desemprego em alta e [[inflação]] galopante,<ref>{{citar web|url=https://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/especiais/50-anos-do-golpe-de-1964/preco-do-milagre-8kginp9fgre8302hetptcz4um|título=Preço do milagre|website=Gazeta do Povo}}</ref> o Brasil tornou-se um país de emigração, no qual mais saíam pessoas do que entravam.<ref>{{citar periódico|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-40142012000200009&lng=en&nrm=iso&tlng=pt|título=International migration and economic development|primeiro =Jan|último =Brzozowski|data=1 de agosto de 2012|publicado=|periódico=Estudos Avançados|volume=26|número=75|páginas=137–156|via=SciELO|doi=10.1590/S0103-40142012000200009}}</ref>


Nos últimos anos, contudo, o número de imigrantes no Brasil tem crescido de forma robusta. Segundo dados da [[Polícia Federal do Brasil|Polícia Federal]], 1 847 274 estrangeiros residiam no Brasil em março de 2015. Desses, 1 189 947 eram "permanentes"; 595 800 "temporários"; 45 404 "provisórios"; 11 230 "fronteiriços"; 4 842 "refugiados" e 51 "asilados". Três fatores explicam o aumento da imigração para o Brasil: o declínio da taxa de crescimento populacional brasileira, que abre espaço no mercado de trabalho para os estrangeiros; as barreiras impostas nos países desenvolvidos à entrada de imigrantes, o que desloca a migração Sul-Norte para um padrão Sul-Sul e a ampliação da presença de empresas brasileiras no exterior, fazendo com que estrangeiros passem a ver o Brasil como um país de oportunidades.<ref name="O panorama da imigração no Brasil">[http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/o-panorama-da-imigracao-no-brasil O panorama da imigração no Brasil]</ref>
Nos últimos anos, contudo, o número de imigrantes no Brasil tem crescido de forma robusta. Segundo dados da [[Polícia Federal do Brasil|Polícia Federal]], 1 847 274 estrangeiros residiam no Brasil em março de 2015. Desses, 1 189 947 eram "permanentes"; 595 800 "temporários"; 45 404 "provisórios"; 11 230 "fronteiriços"; 4 842 "refugiados" e 51 "asilados". Três fatores explicam o aumento da imigração para o Brasil: o declínio da taxa de crescimento populacional brasileira, que abre espaço no mercado de trabalho para os estrangeiros; as barreiras impostas nos países desenvolvidos à entrada de imigrantes, o que desloca a migração Sul-Norte para um padrão Sul-Sul e a ampliação da presença de empresas brasileiras no exterior, fazendo com que estrangeiros passem a ver o Brasil como um país de oportunidades.<ref name="O panorama da imigração no Brasil">{{citar web|url=https://exame.abril.com.br/brasil/o-panorama-da-imigracao-no-brasil/|título=O panorama da imigração no Brasil|data=7 de julho de 2015|website=EXAME}}</ref>


O aumento no número de estrangeiros no Brasil vem sendo acompanhado por certa oposição de parcela da [[sociedade]] e da [[mídia]]. A despeito disso, segundo a socióloga Patricia Tavares, os imigrantes estão chegando e sendo contratados e "trazendo ao país um conhecimento que o brasileiro muitas vezes ainda não possui".<ref name="O panorama da imigração no Brasil"/> Segundo o ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, o Brasil precisaria absorver pelo menos seis milhões de profissionais estrangeiros para suprir a carência de mão de obra qualificada que existe no país, carência essa que compromete seriamente o desenvolvimento da economia brasileira. Os imigrantes compõem apenas 0,9% da população brasileira, quando a média mundial é de 3%,<ref>[http://brasil.elpais.com/brasil/2014/07/05/economia/1404575451_147449.html A qualificação de profissionais será chave para o crescimento econômico do Brasil]</ref> sendo maior em países como [[Alemanha]] (9%)<ref>http://www.pordata.pt/Europa/Popula%C3%A7%C3%A3o+estrangeira+em+percentagem+da+popula%C3%A7%C3%A3o+residente-1624 População estrangeira em % da população residente na Europa]</ref>, [[Estados Unidos]] (13,6%) ou [[Austrália]] (25%).<ref>[http://www.abs.gov.au/ausstats/abs@.nsf/Lookup/by%20Subject/1370.0~2010~Chapter~Overseas%20born%20population%20(3.6) OVERSEAS BORN POPULATION]</ref>
O aumento no número de estrangeiros no Brasil vem sendo acompanhado por certa oposição de parcela da [[sociedade]] e da [[mídia]]. A despeito disso, segundo a socióloga Patricia Tavares, os imigrantes estão chegando e sendo contratados e "trazendo ao país um conhecimento que o brasileiro muitas vezes ainda não possui".<ref name="O panorama da imigração no Brasil"/> Segundo o ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, o Brasil precisaria absorver pelo menos seis milhões de profissionais estrangeiros para suprir a carência de mão de obra qualificada que existe no país, carência essa que compromete seriamente o desenvolvimento da economia brasileira. Os imigrantes compõem apenas 0,9% da população brasileira, quando a média mundial é de 3%,<ref>{{citar web|url=https://brasil.elpais.com/brasil/2014/07/05/economia/1404575451_147449.html|título=A qualificação de profissionais será chave para o crescimento econômico do Brasil|primeiro =Beatriz|último =Borges|data=5 de julho de 2014|website=EL PAÍS}}</ref> sendo maior em países como [[Alemanha]] (9%),<ref>http://www.pordata.pt/Europa/Popula%C3%A7%C3%A3o+estrangeira+em+percentagem+da+popula%C3%A7%C3%A3o+residente-1624 População estrangeira em % da população residente na Europa]</ref> [[Estados Unidos]] (13,6%) ou [[Austrália]] (25%).<ref>{{citar web|url=http://www.abs.gov.au/ausstats/abs@.nsf/Lookup/by+Subject/1370.0~2010~Chapter~Overseas+born+population+(3.6)|título=Chapter - Overseas born population (3.6)|primeiro =c=AU; o=Commonwealth of Australia; ou=Australian Bureau of|último =Statistics|data=15 de setembro de 2010|website=www.abs.gov.au}}</ref>


A legislação imigratória brasileira é considerada a segunda mais rígida e burocrática do mundo, depois da China. Isso dificulta a entrada de uma mão de obra mais qualificada no país. No primeiro semestre de 2011, 50 mil portugueses iniciaram trâmites para adquirir um [[visto]] de residência no Brasil,<ref>[http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/23124/guarda+costeira+da+argelia+interceptou+barco+com+imigrantes+espanhois+diz+jornal.shtml Guarda Costeira da Argélia interceptou barco com imigrantes espanhóis, diz jornal]</ref> porém somente 1.564 imigrou de fato para o país.<ref name="emigracao">{{Citar web |url=http://www.observatorioemigracao.secomunidades.pt/np4/?newsId=3924&fileName=OEm_EmigracaoPortuguesa2014_RelatorioEst.pdf|título=Emigração Portuguesa Relatório Estatístico 2014 |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> Segundo uma pesquisa da Secretaria de Assuntos Estratégicos, 73,7% dos brasileiros são a favor da chegada de estrangeiros com elevada qualificação profissional, ao passo que 74,3% são contrários a imigrantes sem documentação.<ref>[http://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/29/politica/1432914508_370989.html Atrasado no contexto mundial, Brasil estuda agora como atrair imigrantes]</ref>
A legislação imigratória brasileira é considerada a segunda mais rígida e burocrática do mundo, depois da China. Isso dificulta a entrada de uma mão de obra mais qualificada no país. No primeiro semestre de 2011, 50 mil portugueses iniciaram trâmites para adquirir um [[visto]] de residência no Brasil,<ref>{{citar web|url=https://operamundi.uol.com.br/permalink/23124|título=Guarda Costeira da Argélia interceptou barco com imigrantes espanhóis, diz jornal|website=operamundi.uol.com.br}}</ref> porém somente 1.564 imigrou de fato para o país.<ref name="emigracao">{{Citar web |url=http://www.observatorioemigracao.secomunidades.pt/np4/?newsId=3924&fileName=OEm_EmigracaoPortuguesa2014_RelatorioEst.pdf|título=Emigração Portuguesa Relatório Estatístico 2014 |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> Segundo uma pesquisa da Secretaria de Assuntos Estratégicos, 73,7% dos brasileiros são a favor da chegada de estrangeiros com elevada qualificação profissional, ao passo que 74,3% são contrários a imigrantes sem documentação.<ref>{{citar web|url=https://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/29/politica/1432914508_370989.html|título=Atrasado no contexto mundial, Brasil estuda agora como atrair imigrantes|primeiro =María|último =Martín|data=8 de junho de 2015|website=EL PAÍS}}</ref>
[[Ficheiro:Haitianosnoacre.jpg|thumb|esquerda|Imigrantes do [[Haiti]] em alojamento improvisado em [[Brasileia]], no [[Acre]].]]
[[Ficheiro:Haitianosnoacre.jpg|thumb|esquerda|Imigrantes do [[Haiti]] em alojamento improvisado em [[Brasileia]], no [[Acre]].]]


Dentre os fluxos migratórios recentes no Brasil, destacam-se os imigrantes [[Imigração boliviana no Brasil|bolivianos]], que são empregados nas pequenas indústrias de roupas de [[São Paulo (estado)|São Paulo]], em geral propriedade de imigrantes coreanos.<ref>[http://www.metodista.br/cidadania/numero-26/imigrantes-bolivianos-vivem-como-escravos-em-sao-paulo Imigrantes bolivianos vivem como escravos em São Paulo] [[Universidade Metodista de São Paulo]]</ref> Muitos bolivianos vivem no Brasil sem documentação e são explorados e submetidos a jornadas exaustivas de trabalho. O embaixador Jerjes Justiniano estimou que pode haver entre 50 e 100 mil bolivianos trabalhando em [[Redução a condição análoga à de escravo|situação análoga à de escravo]] no Brasil.<ref>[http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/03/la-paz-brasil-empregaria-como-escravos-de-5000-a-100000-bolivianos.html La Paz: Brasil empregaria como escravos de 50 00 a 100 000 bolivianos]</ref> Imigrantes colombianos também cruzam a fronteira aos milhares, fugindo do [[Guerra Civil na Colômbia|conflito armado]] na [[Colômbia]].<ref>[http://www.bbc.co.uk/portuguese/avconsole/bb_wm_fs.shtml?redirect=fs.shtml&lang=pt-br&nbram=1&nbwm=1&bbwm=1&bbram=1&ms3=22&ms_javascript=true&ws_pathtostory=http://www.bbc.co.uk/go/wsindex/int/sg/portuguese/-/portuguese/news/avfile/2008/03/&ws_storyid=080311_colombiavale_pu&bbcws=2 Refúgio no Brasil] BBC Brasil (vídeo)</ref>
Dentre os fluxos migratórios recentes no Brasil, destacam-se os imigrantes [[Imigração boliviana no Brasil|bolivianos]], que são empregados nas pequenas indústrias de roupas de [[São Paulo (estado)|São Paulo]], em geral propriedade de imigrantes coreanos.<ref>{{citar web|url=http://www.metodista.br/cidadania/numero-26/imigrantes-bolivianos-vivem-como-escravos-em-sao-paulo|título=Imigrantes bolivianos vivem como escravos em São Paulo] [[Universidade Metodista de São Paulo]|website=metodista.br}}</ref> Muitos bolivianos vivem no Brasil sem documentação e são explorados e submetidos a jornadas exaustivas de trabalho. O embaixador Jerjes Justiniano estimou que pode haver entre 50 e 100 mil bolivianos trabalhando em [[Redução a condição análoga à de escravo|situação análoga à de escravo]] no Brasil.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/03/la-paz-brasil-empregaria-como-escravos-de-5000-a-100000-bolivianos.html|título=La Paz: Brasil empregaria como escravos de 50.00 a 100.000 bolivianos|primeiro =France|último =Presse|data=8 de março de 2013|website=Mundo}}</ref> Imigrantes colombianos também cruzam a fronteira aos milhares, fugindo do [[Guerra Civil na Colômbia|conflito armado]] na [[Colômbia]].<ref>[http://www.bbc.co.uk/portuguese/avconsole/bb_wm_fs.shtml?redirect=fs.shtml&lang=pt-br&nbram=1&nbwm=1&bbwm=1&bbram=1&ms3=22&ms_javascript=true&ws_pathtostory=http://www.bbc.co.uk/go/wsindex/int/sg/portuguese/-/portuguese/news/avfile/2008/03/&ws_storyid=080311_colombiavale_pu&bbcws=2 Refúgio no Brasil] BBC Brasil (vídeo)</ref>


A presença brasileira na [[Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti]], a partir de 2004, ampliou as relações entre os dois países e uma das consequências foi o aumento da [[imigração haitiana no Brasil]]. A rota aberta pelos haitianos no [[Acre]] é muito usada desde 2008 por imigrantes do [[Senegal]], que se deslocam em especial para o Rio Grande do Sul.<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/12/1385564-cidades-do-interior-gaucho-recebem-onda-de-migracao-senegalesa.shtml Cidades do interior gaúcho recebem onda de migração senegalesa], Folha de S. Paulo</ref>
A presença brasileira na [[Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti]], a partir de 2004, ampliou as relações entre os dois países e uma das consequências foi o aumento da [[imigração haitiana no Brasil]]. A rota aberta pelos haitianos no [[Acre]] é muito usada desde 2008 por imigrantes do [[Senegal]], que se deslocam em especial para o Rio Grande do Sul.<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/12/1385564-cidades-do-interior-gaucho-recebem-onda-de-migracao-senegalesa.shtml Cidades do interior gaúcho recebem onda de migração senegalesa], Folha de S. Paulo</ref>


Devido à [[diáspora bolivariana]], em [[2017]] mais de 40 000 novos refugiados venezuelanos procuraram abrigo somente em [[Boa Vista (Roraima)|Boa Vista]], no estado de [[Roraima]], no [[Norte do Brasil|norte do país]], causando assim uma [[Imigração venezuelana no Brasil|crise de refugiados venezuelanos no Brasil]]<ref>[https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/16/politica/1518736071_492585.html Venezuela: Com mais de 40.000 venezuelanos em Roraima, Brasil acorda para sua 'crise de refugiados'], El País Brasil</ref>.
Devido à [[diáspora bolivariana]], em [[2017]] mais de 40 000 novos refugiados venezuelanos procuraram abrigo somente em [[Boa Vista (Roraima)|Boa Vista]], no estado de [[Roraima]], no [[Norte do Brasil|norte do país]], causando assim uma [[Imigração venezuelana no Brasil|crise de refugiados venezuelanos no Brasil]].<ref>[https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/16/politica/1518736071_492585.html Venezuela: Com mais de 40.000 venezuelanos em Roraima, Brasil acorda para sua 'crise de refugiados'], El País Brasil</ref>


{{limpar}}
{{limpar}}
Linha 312: Linha 312:
|1
|1
|{{BOLb}}[[Bolívia]]
|{{BOLb}}[[Bolívia]]
|38 826 (censo de 2010)<ref name="brasil-europa"/>; 50 240 <ref name="oestrangeiro.org"/> 350 000<ref>{{citar web|URL = http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/08/mais-de-2-mil-bolivianos-respondem-processo-de-expulsao-no-brasil.html|título = Consulado Boliviano estima presença de 350 mil bolivianos no Brasil|data = |acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref> - 550 000<ref>{{citar web|URL = http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/grande-sao-paulo-pode-ter-ate-500-mil-bolivianos-es0z58td2egmx78zzz8mk5npq|título = Até 500 mil bolivianos podem estar morando em São Paulo|data = |acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>(outras estimativas)
|38 826 (censo de 2010);<ref name="brasil-europa"/> 50 240<ref name="oestrangeiro.org"/> 350 000<ref>{{citar web|URL = http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/08/mais-de-2-mil-bolivianos-respondem-processo-de-expulsao-no-brasil.html|título = Consulado Boliviano estima presença de 350 mil bolivianos no Brasil|data = |acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref> - 550 000<ref>{{citar web|URL = http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/grande-sao-paulo-pode-ter-ate-500-mil-bolivianos-es0z58td2egmx78zzz8mk5npq|título = Até 500 mil bolivianos podem estar morando em São Paulo|data = |acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>(outras estimativas)
|-
|-
|2
|2
Linha 328: Linha 328:
|5
|5
|{{JAPb}}[[Japão]]
|{{JAPb}}[[Japão]]
|49 038 <ref name="brasil-europa">{{Citar web |url=http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A4AC03DE1014AE84B00AD57D1/Pesquisa%20MIGRA%C3%87%C3%83O%20BRASIL%20%E2%80%93%20EUROPA%20%20A%20situa%C3%A7%C3%A3o%20dos%20migrantes%20brasileiros%20na%20Espanha%20e%20Portugal%20e%20de%20portugueses%20e%20espanh%C3%B3is%20no%20Brasil%20aspectos%20legais%20e%20viv%C3%AAncias.pdf|título=MIGRAÇÃO BRASIL – EUROPA |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> 91 042 <ref>{{Citar periódico|data=2013-05-22|titulo=EXCLUSIVO: OS NÚMEROS EXATOS E ATUALIZADOS DE ESTRANGEIROS NO BRASIL.|url=http://oestrangeiro.org/2013/05/22/exclusivo-os-numeros-exatos-e-atualizados-de-estrangeiros-no-brasil-2/|lingua=pt-BR}}</ref>
|49 038<ref name="brasil-europa">{{Citar web |url=http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A4AC03DE1014AE84B00AD57D1/Pesquisa%20MIGRA%C3%87%C3%83O%20BRASIL%20%E2%80%93%20EUROPA%20%20A%20situa%C3%A7%C3%A3o%20dos%20migrantes%20brasileiros%20na%20Espanha%20e%20Portugal%20e%20de%20portugueses%20e%20espanh%C3%B3is%20no%20Brasil%20aspectos%20legais%20e%20viv%C3%AAncias.pdf|título=MIGRAÇÃO BRASIL – EUROPA |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> 91 042<ref>{{Citar periódico|data=2013-05-22|titulo=EXCLUSIVO: OS NÚMEROS EXATOS E ATUALIZADOS DE ESTRANGEIROS NO BRASIL.|url=http://oestrangeiro.org/2013/05/22/exclusivo-os-numeros-exatos-e-atualizados-de-estrangeiros-no-brasil-2/}}</ref>
|-
|-
|6
|6
|{{VENb}}[[Venezuela]]
|{{VENb}}[[Venezuela]]
|30 000 a 60 000 (estimativas de 2018)<ref>{{Citar periódico|titulo=3 dados sobre venezuelanos no Brasil que contrariam o senso comum|url=https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/03/06/3-dados-sobre-venezuelanos-no-Brasil-que-contrariam-o-senso-comum|jornal=Nexo Jornal|lingua=pt-BR}}</ref>
|30 000 a 60 000 (estimativas de 2018)<ref>{{Citar periódico|titulo=3 dados sobre venezuelanos no Brasil que contrariam o senso comum|url=https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/03/06/3-dados-sobre-venezuelanos-no-Brasil-que-contrariam-o-senso-comum|jornal=Nexo Jornal}}</ref>
|-
|-
|7
|7
Linha 340: Linha 340:
|8
|8
|{{ITAb}}[[Itália]]
|{{ITAb}}[[Itália]]
|37 146 <ref name="brasil-europa" /> 73 126<ref name="oestrangeiro.org"/>
|37 146<ref name="brasil-europa" /> 73 126<ref name="oestrangeiro.org"/>
|-
|-
|9
|9
|{{ESPb}}[[Espanha]]
|{{ESPb}}[[Espanha]]
|30 723<ref name="brasil-europa" /> 59 985 <ref name="oestrangeiro.org"/>
|30 723<ref name="brasil-europa" /> 59 985<ref name="oestrangeiro.org"/>
|-
|-
|10
|10
|{{ARGb}}[[Argentina]]
|{{ARGb}}[[Argentina]]
|29 075<ref>{{citar web|URL = http://oestrangeiro.org/2013/05/22/exclusivo-os-numeros-exatos-e-atualizados-de-estrangeiros-no-brasil-2/|título = Os números de estrangeiros no Brasil|data = |acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref> 42 202 <ref name="oestrangeiro.org"/>
|29 075<ref>{{citar web|URL = http://oestrangeiro.org/2013/05/22/exclusivo-os-numeros-exatos-e-atualizados-de-estrangeiros-no-brasil-2/|título = Os números de estrangeiros no Brasil|data = |acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref> 42 202<ref name="oestrangeiro.org"/>
|-
|-
|11
|11
Linha 428: Linha 428:
=== Imigrantes portugueses ===
=== Imigrantes portugueses ===
{{Artigo principal|[[Imigração portuguesa no Brasil]]}}
{{Artigo principal|[[Imigração portuguesa no Brasil]]}}
[[Ficheiro:RealGabinetePortuguesLeitura1.jpg|thumb|direita|[[Real Gabinete Português de Leitura]], no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], fundado por um grupo de imigrantes [[portugueses]]. É a maior [[biblioteca]] de [[autor]]es portugueses fora de [[Portugal]].<ref>[http://www.realgabinete.com.br/ Real Gabinete Português de Leitura]</ref>]]
[[Ficheiro:RealGabinetePortuguesLeitura1.jpg|thumb|direita|[[Real Gabinete Português de Leitura]], no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], fundado por um grupo de imigrantes [[portugueses]]. É a maior [[biblioteca]] de [[autor]]es portugueses fora de [[Portugal]].<ref>{{citar web|url=http://www.realgabinete.com.br/|título=RGPL - Real Gabinete Portugu�s de Leitura|website=www.realgabinete.com.br}}</ref>]]


Os [[portugueses]] representam o maior contingente de imigrantes entrados no [[Brasil]]. O censo de 2010 encontrou 137 973 portugueses no Brasil,<ref name="brasil-europa"/> concentrados nos grandes centros urbanos, com destaque especial para o [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] e [[São Paulo (cidade)|São Paulo]].
Os [[portugueses]] representam o maior contingente de imigrantes entrados no [[Brasil]]. O censo de 2010 encontrou 137 973 portugueses no Brasil,<ref name="brasil-europa"/> concentrados nos grandes centros urbanos, com destaque especial para o [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] e [[São Paulo (cidade)|São Paulo]].
Linha 450: Linha 450:


No [[Bixiga]], a festa dos [[italianos]] é a festa de [[Nossa Senhora Achiropita]], realizada todos os anos durante os fins de semana de agosto e comemorada desde 1926 por imigrantes e descendentes de italianos da região da [[Calábria]], no sul da [[Itália]].
No [[Bixiga]], a festa dos [[italianos]] é a festa de [[Nossa Senhora Achiropita]], realizada todos os anos durante os fins de semana de agosto e comemorada desde 1926 por imigrantes e descendentes de italianos da região da [[Calábria]], no sul da [[Itália]].

Os italianos deixaram suas marcas em todos os lugares que passaram, influenciando hábitos [[alimentação|alimentares]] e [[língua|linguísticos]] em todas as regiões onde se estabeleceram.
Os italianos deixaram suas marcas em todos os lugares que passaram, influenciando hábitos [[alimentação|alimentares]] e [[língua|linguísticos]] em todas as regiões onde se estabeleceram.


Linha 456: Linha 456:
{{Artigo principal|[[Imigração espanhola no Brasil]]}}
{{Artigo principal|[[Imigração espanhola no Brasil]]}}


Depois dos [[portugueses]] e [[italianos]], é o terceiro maior contingente imigratório do [[Brasil]]. Fixando-se principalmente nos [[estado (subdivisão)|estados]] de [[São Paulo (estado)|São Paulo]], [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], [[Minas Gerais]] e [[Rio Grande do Sul]], iniciaram suas atividades em [[fazenda]]s, mas acabaram por migrar para as [[cidade]]s. Atualmente, tal como os portugueses, os [[espanhóis]] têm migrado para países [[Europa|europeus]], sendo restrita sua participação entre os imigrantes que chegaram após 1970.<ref>{{Citar web |url=http://www.jstor.org/pss/40340799 |título=La emigración española a Europa en los años 70: Francia y Suiza como países de acogida |língua2=es |autor=BABIANO, José; FARRÉ, Sebastián |obra=Fundacion Instituto de Historia Social |data=2002 |acessodata=27 de janeiro de 2011}}</ref>
Depois dos [[portugueses]] e [[italianos]], é o terceiro maior contingente imigratório do [[Brasil]]. Fixando-se principalmente nos [[estado (subdivisão)|estados]] de [[São Paulo (estado)|São Paulo]], [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], [[Minas Gerais]] e [[Rio Grande do Sul]], iniciaram suas atividades em [[fazenda]]s, mas acabaram por migrar para as [[cidade]]s. Atualmente, tal como os portugueses, os [[espanhóis]] têm migrado para países [[Europa|europeus]], sendo restrita sua participação entre os imigrantes que chegaram após 1970.<ref>{{Citar web |url=http://www.jstor.org/pss/40340799 |título=La emigración española a Europa en los años 70: Francia y Suiza como países de acogida |língua=es |autor=BABIANO, José; FARRÉ, Sebastián |obra=Fundacion Instituto de Historia Social |data=2002 |acessodata=27 de janeiro de 2011}}</ref>


===Imigrantes alemães===
===Imigrantes alemães===
{{Artigo principal|[[Imigração alemã no Brasil]]}}
{{Artigo principal|[[Imigração alemã no Brasil]]}}
[[Ficheiro:Joaquina Bier 01.jpg|thumb|esquerda|[[Gramado]], uma cidade marcada pelos ''traços'' [[alemães]].]]
[[Ficheiro:Joaquina Bier 01.jpg|thumb|esquerda|[[Gramado]], uma cidade marcada pelos ''traços'' [[alemães]].]]
As primeiras levas de [[imigração alemã no Brasil|imigrantes alemães]] chegaram em 1824 e, desde então, deram preferência à [[região Sul do Brasil]], onde fundaram a [[São Leopoldo|colônia de São Leopoldo]], no [[Rio Grande do Sul]]. A partir de 1850, foram se instalando em [[Santa Catarina]], sobretudo no [[vale do Itajaí]], onde surgiram [[Brusque]], [[Joinville]] e [[Blumenau]], cidades de marcantes características alemãs. Atualmente, a [[São Paulo (cidade)|cidade de São Paulo]], sobretudo o [[bairro]] de [[Santo Amaro (bairro de São Paulo)|Santo Amaro]],<ref name="Imigração Alemã no Brasil">{{Citar web |url=http://www.infoescola.com/historia/imigracao-alema-no-brasil/ |título=Imigração Alemã no Brasil |língua2=pt |autor=PACIEVITCH, Thais |publicado=Info Escola |data= |acessodata=27 de janeiro de 2011}}</ref> e os [[Região Sul do Brasil|três estados sulinos]] abrigam quase a totalidade dos imigrantes alemães e seus descendentes brasileiros.<ref name="Imigração Alemã no Brasil"/>
As primeiras levas de [[imigração alemã no Brasil|imigrantes alemães]] chegaram em 1824 e, desde então, deram preferência à [[região Sul do Brasil]], onde fundaram a [[São Leopoldo|colônia de São Leopoldo]], no [[Rio Grande do Sul]]. A partir de 1850, foram se instalando em [[Santa Catarina]], sobretudo no [[vale do Itajaí]], onde surgiram [[Brusque]], [[Joinville]] e [[Blumenau]], cidades de marcantes características alemãs. Atualmente, a [[São Paulo (cidade)|cidade de São Paulo]], sobretudo o [[bairro]] de [[Santo Amaro (bairro de São Paulo)|Santo Amaro]],<ref name="Imigração Alemã no Brasil">{{Citar web |url=http://www.infoescola.com/historia/imigracao-alema-no-brasil/ |título=Imigração Alemã no Brasil |autor=PACIEVITCH, Thais |publicado=Info Escola |data= |acessodata=27 de janeiro de 2011}}</ref> e os [[Região Sul do Brasil|três estados sulinos]] abrigam quase a totalidade dos imigrantes alemães e seus descendentes brasileiros.<ref name="Imigração Alemã no Brasil"/>


===Imigrantes japoneses===
===Imigrantes japoneses===
Linha 479: Linha 479:
Os [[Brasil]] passou a receber, durante os [[década de 1970|anos 1970]], um expressivo número de [[América do Sul|sul-americanos]], principalmente [[paraguai]]os, [[Bolívia|bolivianos]], [[uruguai]]os, [[Argentina|argentinos]] e [[chile]]nos. Nos [[década de 1980|anos 1980]], o fluxo maior passou a ser de [[Coreia|coreanos]] e [[China|chineses]], sobretudo de [[República da China|Formosa]], mas estes, como os [[América Latina|latino-americanos]], vivem em boa parte clandestinamente, uma vez que sua presença é impossibilitada por leis que estabelecem cotas máximas de imigrantes por nacionalidade{{Carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}.<ref>ANTUNES, Celso. ''Outros grupos imigrantes''. In: ____________. ''Geografia do Brasil: 2º grau''. São Paulo: Scipione, 1990. p. 135.</ref> Dados da prefeitura de São Paulo indicam que há cerca de 100 mil coreanos e descendentes vivendo no Brasil, grande parte deles na cidade de São Paulo.<ref>{{Citar web |url=http://www.pucsp.br/rever/rv3_2004/p_shoji.pdf |título= |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>
Os [[Brasil]] passou a receber, durante os [[década de 1970|anos 1970]], um expressivo número de [[América do Sul|sul-americanos]], principalmente [[paraguai]]os, [[Bolívia|bolivianos]], [[uruguai]]os, [[Argentina|argentinos]] e [[chile]]nos. Nos [[década de 1980|anos 1980]], o fluxo maior passou a ser de [[Coreia|coreanos]] e [[China|chineses]], sobretudo de [[República da China|Formosa]], mas estes, como os [[América Latina|latino-americanos]], vivem em boa parte clandestinamente, uma vez que sua presença é impossibilitada por leis que estabelecem cotas máximas de imigrantes por nacionalidade{{Carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}.<ref>ANTUNES, Celso. ''Outros grupos imigrantes''. In: ____________. ''Geografia do Brasil: 2º grau''. São Paulo: Scipione, 1990. p. 135.</ref> Dados da prefeitura de São Paulo indicam que há cerca de 100 mil coreanos e descendentes vivendo no Brasil, grande parte deles na cidade de São Paulo.<ref>{{Citar web |url=http://www.pucsp.br/rever/rv3_2004/p_shoji.pdf |título= |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>


Já os [[russos]] se estabeleceram em [[Ponta Grossa]], [[Paraná]],<ref>[http://www.diocesepontagrossa.com.br/index.php?setor=HISTDIOCESE02A Os Estrangeiros no Povoamento]</ref><ref>[http://www.pontagrossa.pr.gov.br/historia História da Cidade], Prefeitura de Ponta Grossa</ref> e os [[Áustria|austríacos]], em [[Treze Tílias]], [[Santa Catarina]].<ref>[http://www.imigrantesbrasil.com/2008/05/treze-tlias-uma-cidade-fundada-por.html#axzz1ykDgbgN9 Treze Tílias, Uma Cidade Fundada Por Imigrantes Austríacos]</ref><ref>[http://www.tirolerfest.com.br/index2.php?id=003 Treza Tílias]</ref>
Já os [[russos]] se estabeleceram em [[Ponta Grossa]], [[Paraná]],<ref>[http://www.diocesepontagrossa.com.br/index.php?setor=HISTDIOCESE02A Os Estrangeiros no Povoamento]</ref><ref>[http://www.pontagrossa.pr.gov.br/historia História da Cidade], Prefeitura de Ponta Grossa</ref> e os [[Áustria|austríacos]], em [[Treze Tílias]], [[Santa Catarina]].<ref>{{citar web|url=http://www.imigrantesbrasil.com/2008/05/treze-tlias-uma-cidade-fundada-por.html#axzz1ykDgbgN9|título=Treze Tílias, Uma Cidade Fundada Por Imigrantes Austríacos|website=imigrantesbrasil.com}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.tirolerfest.com.br/index2.php?id=003|título=Treza Tílias|website=tirolerfest.com.br}}</ref>


Dentre as [[regiões do Brasil|regiões brasileiras]], as que mais receberam imigrantes foram a [[Região Sul do Brasil|Sul]] e a [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]], e principalmente o [[estado de São Paulo]], que recebeu quase a metade dos imigrantes entrados no [[Brasil]]. Apenas na [[São Paulo (cidade)|capital paulista]], há imigrantes de mais de cem nacionalidades diferentes.
Dentre as [[regiões do Brasil|regiões brasileiras]], as que mais receberam imigrantes foram a [[Região Sul do Brasil|Sul]] e a [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]], e principalmente o [[estado de São Paulo]], que recebeu quase a metade dos imigrantes entrados no [[Brasil]]. Apenas na [[São Paulo (cidade)|capital paulista]], há imigrantes de mais de cem nacionalidades diferentes.
Linha 495: Linha 495:
As políticas de imigração brasileira foram fortemente influenciadas pelas propostas de branqueamento que impregnaram o imaginário social e político brasileiro durante a primeira metade do [[século XX]].<ref name="ennes">[http://www.politicahoje.com/sociologia/publicacoes/publicacao_1_9.pdf ENNES, Marcelo Alario. "Imigração e Direitos na Região Noroeste Paulista". Estudos de Sociologia, Recife: Revista do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPE, vol. 12, n. 1, pp.58-59] (Visitado em 16 de outubro de 2008)</ref> Deve-se ressaltar que esta política de imigração não foi típica do Brasil, mas comum em quase todos países das [[Américas]], [[Oceania]] e, até, da [[Africa]] colonizados com população de origem europeia. Em geral, estes países, como por exemplo os [[Estados Unidos]], restringiram até a entrada de imigrantes do sul da Europa (sul-italianos, espanhóis, portugueses, gregos, etc) enquanto beneficiavam a entrada de imigrantes do norte da Europa (ingleses, escoceses, alemães, suecos, noruegueses, etc).
As políticas de imigração brasileira foram fortemente influenciadas pelas propostas de branqueamento que impregnaram o imaginário social e político brasileiro durante a primeira metade do [[século XX]].<ref name="ennes">[http://www.politicahoje.com/sociologia/publicacoes/publicacao_1_9.pdf ENNES, Marcelo Alario. "Imigração e Direitos na Região Noroeste Paulista". Estudos de Sociologia, Recife: Revista do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPE, vol. 12, n. 1, pp.58-59] (Visitado em 16 de outubro de 2008)</ref> Deve-se ressaltar que esta política de imigração não foi típica do Brasil, mas comum em quase todos países das [[Américas]], [[Oceania]] e, até, da [[Africa]] colonizados com população de origem europeia. Em geral, estes países, como por exemplo os [[Estados Unidos]], restringiram até a entrada de imigrantes do sul da Europa (sul-italianos, espanhóis, portugueses, gregos, etc) enquanto beneficiavam a entrada de imigrantes do norte da Europa (ingleses, escoceses, alemães, suecos, noruegueses, etc).


Apesar disto, houve quem sugerisse a vinda de imigrantes da [[África]] ou da [[China]] para suprir a falta de mão de obra no [[Brasil]]. Chegou até a haver uma incipiente imigração de chineses, porém não houve continuidade, pois apenas europeus eram considerados [[Civilização|civilizados]] o suficiente para imigrarem para o Brasil.<ref>[http://www.coc.fiocruz.br/pos_graduacao/completos/limascs.pdf LIMA, Silvio Cezar de Souza. Determinismo biológico e imigração chinesa em Nicolau Moreira (1870-1890), pp. 104. Dissertation of Master degree in History of Health Sciences. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2005]</ref>
Apesar disto, houve quem sugerisse a vinda de imigrantes da [[África]] ou da [[China]] para suprir a falta de mão de obra no [[Brasil]]. Chegou até a haver uma incipiente imigração de chineses, porém não houve continuidade, pois apenas europeus eram considerados [[Civilização|civilizados]] o suficiente para imigrarem para o Brasil.<ref>{{citar web|url=http://www.coc.fiocruz.br/pos_graduacao/completos/limascs.pdf|título=LIMA, Silvio Cezar de Souza. Determinismo biológico e imigração chinesa em Nicolau Moreira (1870-1890), pp. 104. Dissertation of Master degree in History of Health Sciences. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2005|website=fiocruz.br}}</ref>


Como consequência da política de branqueamento, hoje a maior parte dos brasileiros possui um número maior de ascendentes europeus do que africanos ou ameríndios, mesmos os autodeclarados negros. Além disto, entre os grupos brancos há um número maior de ascendentes negros do que em outros países.<ref>[http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0017063 The Genomic Ancestry of Individuals from Different Geographical Regions of Brazil Is More Uniform Than Expected]</ref>
Como consequência da política de branqueamento, hoje a maior parte dos brasileiros possui um número maior de ascendentes europeus do que africanos ou ameríndios, mesmos os autodeclarados negros. Além disto, entre os grupos brancos há um número maior de ascendentes negros do que em outros países.<ref>{{citar periódico|url=https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0017063|título=The Genomic Ancestry of Individuals from Different Geographical Regions of Brazil Is More Uniform Than Expected|primeiro1 =Guilherme|último1 =Suarez-Kurtz|primeiro2 =Vinicius A.|último2 =Sortica|primeiro3 =Marco A.|último3 =Romano-Silva|primeiro4 =Fabrício|último4 =Rios-Santos|primeiro5 =Ândrea Kely Campos|último5 =Ribeiro-dos-Santos|primeiro6 =Clarice|último6 =Racciopi|primeiro7 =Jamila A.|último7 =Perini|primeiro8 =Élida B.|último8 =Ojopi|primeiro9 =Milene Raiol de|último9 =Moraes|primeiro10 =Maria Elisabete Amaral de|último10 =Moraes|primeiro11 =Manoel Odorico|último11 =Moraes|primeiro12 =Raquel Carvalho|último12 =Montenegro|primeiro13 =Luiz Alexandre Viana|último13 =Magno|primeiro14 =Fabiana|último14 =Kohlrausch|primeiro15 =Fernanda de Souza Gomes|último15 =Kehdy|primeiro16 =Mara H.|último16 =Hutz|primeiro17 =Julia Pasqualini|último17 =Genro|primeiro18 =Mateus|último18 =Fuchshuber-Moraes|primeiro19 =Giuliano Di|último19 =Pietro|primeiro20 =Sérgio D. J.|último20 =Pena|data=16 de fevereiro de 2011|publicado=|periódico=PLOS ONE|volume=6|número=2|páginas=e17063|via=PLoS Journals|doi=10.1371/journal.pone.0017063|pmid=21359226|pmc=PMC3040205}}</ref>


=== Primeiras leis de imigração da República ===
=== Primeiras leis de imigração da República ===
Linha 550: Linha 550:


{| class="wikitable" style="float: center; margin: 2em auto 2em auto"
{| class="wikitable" style="float: center; margin: 2em auto 2em auto"
! colspan="11" |População estrangeira, não naturalizada, nos censos de 1900 e 1920.<ref name="censoss">{{Citar web|url=https://archive.org/search.php?query=VI%20Recenseamento%20Geral%20do%20Brasil%20AND%20mediatype%3Atexts|título=“Censos demográficos brasileiros” |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>
! colspan="11" |População estrangeira, não naturalizada, nos censos de 1900 e 1920.<ref name="censoss">{{Citar web|url=https://archive.org/search.php?query=VI%20Recenseamento%20Geral%20do%20Brasil%20AND%20mediatype%3Atexts|título=“Censos demográficos brasileiros” |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>
|-
|-
! rowspan="2"|Estado|| colspan="9" | Período || rowspan="2" |
! rowspan="2"|Estado|| colspan="9" | Período || rowspan="2" |
Linha 570: Linha 570:
| align="left"|[[Santa Catarina]]|| 21 179|| 6,61%|| 23 274 || 3,48%
| align="left"|[[Santa Catarina]]|| 21 179|| 6,61%|| 23 274 || 3,48%
|-align="right"
|-align="right"
| align="left"|[[Espírito Santo]]|| 20 124 || 9,59% || 16 976 || 3,71%
| align="left"|[[Espírito Santo]]|| 20 124 || 9,59% || 16 976 || 3,71%
|-align="right"
|-align="right"
| align="left"|[[Mato Grosso]]|| 95 || 0,08% || 25 086 || 10,17%
| align="left"|[[Mato Grosso]]|| 95 || 0,08% || 25 086 || 10,17%
|-align="right"
|-align="right"
| align="left"|[[Pará]]|| 2.201 || 0,5% || 22 089 || 2,2%
| align="left"|[[Pará]]|| 2.201 || 0,5% || 22 089 || 2,2%
|-align="right"
|-align="right"
| align="left"|Resto do Brasil|| 49 312 || menos de 1%|| 46 208 || menos de 1%
| align="left"|Resto do Brasil|| 49 312 || menos de 1%|| 46 208 || menos de 1%
Linha 593: Linha 593:
As conclusões de Clevelário são as seguintes: considerando a hipótese 1 (irrealisticamente baixa), a população de origem imigrante em 1980 seria de 14.730.710 pessoas, ou 12,38% da população total. Considerando a hipótese 2 (com base em Neiva), seria de 17.609.052 de pessoas, ou 14,60% do total da população. Considerando a hipótese 3 (com base em Mortara e considerada mais realista), seria de 22.088.829 de pessoas, ou 18,56% do total da população. Considerando a hipótese 4 (sem retorno nenhum), a população de origem imigrante seria de 29.348.423 pessoas, ou 24,66% do total.<ref>http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/rev_inf/vol14_n1e2_1997/vol14_n1e2_1997_3artigo_51_71.pdf Tabela 5, p.59; Tabela 6, p.60.</ref> Clevelário acredita que o número mais provável é de cerca de 18%, superior à estimativa anterior de Mortara de 1947.<ref>.http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/rev_inf/vol14_n1e2_1997/vol14_n1e2_1997_3artigo_51_71.pdf Abstract, p. 71.</ref>
As conclusões de Clevelário são as seguintes: considerando a hipótese 1 (irrealisticamente baixa), a população de origem imigrante em 1980 seria de 14.730.710 pessoas, ou 12,38% da população total. Considerando a hipótese 2 (com base em Neiva), seria de 17.609.052 de pessoas, ou 14,60% do total da população. Considerando a hipótese 3 (com base em Mortara e considerada mais realista), seria de 22.088.829 de pessoas, ou 18,56% do total da população. Considerando a hipótese 4 (sem retorno nenhum), a população de origem imigrante seria de 29.348.423 pessoas, ou 24,66% do total.<ref>http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/rev_inf/vol14_n1e2_1997/vol14_n1e2_1997_3artigo_51_71.pdf Tabela 5, p.59; Tabela 6, p.60.</ref> Clevelário acredita que o número mais provável é de cerca de 18%, superior à estimativa anterior de Mortara de 1947.<ref>.http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/rev_inf/vol14_n1e2_1997/vol14_n1e2_1997_3artigo_51_71.pdf Abstract, p. 71.</ref>


Segundo pesquisa de 2016 publicada pelo [[IPEA]], em um universo de 46.801.772 nomes de brasileiros analisados, 18% deles tinham ao menos um sobrenome de origem não ibérica (germânico, italiano, leste europeu ou japonês).<ref>{{Citar web|url = http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_2229.pdf|título = SOBRENOMES E ANCESTRALIDADE NO BRASIL|data = setembro de 2016|acessodata = 17/11/2016|publicado = IPEA|autor =Leonardo Monasterio|língua2=pt}}</ref>
Segundo pesquisa de 2016 publicada pelo [[IPEA]], em um universo de 46.801.772 nomes de brasileiros analisados, 18% deles tinham ao menos um sobrenome de origem não ibérica (germânico, italiano, leste europeu ou japonês).<ref>{{Citar web|url = http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_2229.pdf|título = SOBRENOMES E ANCESTRALIDADE NO BRASIL|data = setembro de 2016|acessodata = 17/11/2016|publicado = IPEA|autor =Leonardo Monasterio}}</ref>


===Línguas alóctones no Brasil===
===Línguas alóctones no Brasil===
{{Artigo principal|Línguas do Brasil}}
{{Artigo principal|Línguas do Brasil}}
Os estados de [[Santa Catarina]]<ref name="santacatarinalei">[http://server03.pge.sc.gov.br/LegislacaoEstadual/2009/014951-011-0-2009-001.htm LEI Nº 14.951, de 11 de novembro de 2009]</ref><ref>[http://www.cacador.net/portal/Noticias.aspx?cdNoticia=16388&cdNoticiaDivisao=2 Rotary apresenta ações na Câmara. FEIBEMO divulga cultura italiana]</ref><ref>[http://www.editorasaomiguel.com.br/correio/edicoes/reportagem.php?cod_rep=6071 Fóruns sobre o Talian - Eventos comemoram os 134 anos da imigração italiana]</ref> e [[Rio Grande do Sul]] possuem o [[Talian]] como patrimônio linguístico aprovado oficialmente no estado.<ref name="rstalian">[http://www.ipol.org.br/ler.php?cod=597 Aprovado projeto que declara o Talian como patrimônio do RS], acessado em [[21 de agosto]] de [[2011]]</ref> Além do Talian, o Rio Grande do Sul também possui o [[Riograndenser Hunsrückisch]] como patrimônio estadual,<ref name="rslei">[http://www.al.rs.gov.br/legis/M010/M0100018.asp?Hid_IdNorma=58094 LEI 14.061 - DECLARA INTEGRANTE DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL A “LÍNGUA HUNSRIK”, DE ORIGEM GERMÂNICA]</ref><ref name="rsleijulho2012">[http://www.al.rs.gov.br/legis/M010/M0100099.ASP?Hid_Tipo=TEXTO&Hid_TodasNormas=58094&hTexto=&Hid_IDNorma=58094 LEI Nº 14.061, de 23 de julho de 2012 - Declara integrante do patrimônio histórico e cultural do estado do Rio Grande do Sul a língua hunsrik, de origem germânica]</ref> enquanto o [[Espírito Santo]] possui as línguas [[língua pomerana|pomerana]], junto com a [[língua alemã]], como patrimônios culturais estaduais.<ref name="pomeranoses"/><ref name="plenarioes">[http://www.ipol.org.br/ler.php?cod=690 Plenário aprova em segundo turno a PEC do patrimônio]</ref><ref>[http://www.revistajuridica.com.br/noticia_integra_new.asp?id=187110 ALEES - PEC que trata do patrimônio cultural retorna ao Plenário]</ref>
Os estados de [[Santa Catarina]]<ref name="santacatarinalei">{{citar web|url=http://server03.pge.sc.gov.br/LegislacaoEstadual/2009/014951-011-0-2009-001.htm|título=LEI-014951|website=server03.pge.sc.gov.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.cacador.net/|título=Portal Caçador Online|website=Portal Caçador Online}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.editorasaomiguel.com.br/correio/edicoes/reportagem.php?cod_rep=6071|título=Fóruns sobre o Talian - Eventos comemoram os 134 anos da imigração italiana|website=editorasaomiguel.com.br}}</ref> e [[Rio Grande do Sul]] possuem o [[Talian]] como patrimônio linguístico aprovado oficialmente no estado.<ref name="rstalian">{{citar web|url=http://www.ipol.org.br/ler.php?cod=597|título=Aprovado projeto que declara o Talian como patrimônio do RS], acessado em [[21 de agosto]] de [[2011]|website=ipol.org.br}}</ref> Além do Talian, o Rio Grande do Sul também possui o [[Riograndenser Hunsrückisch]] como patrimônio estadual,<ref name="rslei">{{citar web|url=http://www.al.rs.gov.br/legis/M010/M0100018.asp?Hid_IdNorma=58094|título=Sistema Legis|website=www.al.rs.gov.br}}</ref><ref name="rsleijulho2012">{{citar web|url=http://www.al.rs.gov.br/legis/M010/M0100099.ASP?Hid_Tipo=TEXTO&Hid_TodasNormas=58094&hTexto=&Hid_IDNorma=58094|título=Texto da Norma|website=www.al.rs.gov.br}}</ref> enquanto o [[Espírito Santo]] possui as línguas [[língua pomerana|pomerana]], junto com a [[língua alemã]], como patrimônios culturais estaduais.<ref name="pomeranoses"/><ref name="plenarioes">{{citar web|url=http://www.ipol.org.br/ler.php?cod=690|título=Plenário aprova em segundo turno a PEC do patrimônio|website=ipol.org.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.revistajuridica.com.br/noticia_integra_new.asp?id=187110|título=ALEES - PEC que trata do patrimônio cultural retorna ao Plenário|website=revistajuridica.com.br}}</ref>


Há no Brasil estações de [[Radiodifusão|rádio]] em [[Pommersch|língua pomerana]]<ref>[http://pommerradio.com.br/programacao.php Pommer Rádio, programação]</ref> e [[talian]].<ref>[http://talian.net.br/radiotalian/ Radio Talian], Scomìnsio</ref> Em [[2013]] foi lançada no Brasil a [[revista]] ''Brasil Talian'', que busca divulgar a língua [[talian]].<ref>[http://talian.net.br/scominsio/attachment/revista_talian_brasil_01 Revista Talian Brasil]</ref><ref>[http://www.talianinelmondo.com.br/assine-a-revista-talian-brasil Revista Talian Brasil], Taliani nel mondo</ref>
Há no Brasil estações de [[Radiodifusão|rádio]] em [[Pommersch|língua pomerana]]<ref>{{citar web|url=http://pommerradio.com.br/programacao.php|título=Pommer Rádio, programação|website=pommerradio.com.br}}</ref> e [[talian]].<ref>[http://talian.net.br/radiotalian/ Radio Talian], Scomìnsio</ref> Em [[2013]] foi lançada no Brasil a [[revista]] ''Brasil Talian'', que busca divulgar a língua [[talian]].<ref>{{citar web|url=http://talian.net.br/scominsio/attachment/revista_talian_brasil_01|título=Revista Talian Brasil|website=talian.net.br}}</ref><ref>[http://www.talianinelmondo.com.br/assine-a-revista-talian-brasil Revista Talian Brasil], Taliani nel mondo</ref>


Também está em fase de produção o vídeo-documentário ''Brasil Talian'',<ref>[http://www.radiosolaris.com.br/www/portal/?view=noticia&id_noticia=3762 Filme Brasil Talian é pré-lançado]</ref> com direção e roteiro de André Costantin e a produção executiva do historiador Fernando Roveda.<ref>[http://www.radiosolaris.com.br/www/portal/index.php?view=noticia&id_noticia=3691 Brasil Talian documentado em filme]</ref> O pré-lançamento ocorreu em [[18 de novembro]] de [[2011]], data que marcou o início da produção do documentário.<ref>[http://www.marisaformolo.com.br/z11/noticiasInterna.php?menu=ultimas_noticias&url=marisa_busca_apoio_para_documentario_sobre_cultura_italiana_produzido_em_antonio_prado Marisa busca apoio para documentário sobre cultura italiana produzido em Antonio Prado]</ref><ref>[http://www.radiosolaris.com.br/www/portal/?view=noticia&id_noticia=18796 Brasil Talian é co-produzido em Trento]</ref>
Também está em fase de produção o vídeo-documentário ''Brasil Talian'',<ref>{{citar web|url=http://www.radiosolaris.com.br/www/portal/?view=noticia&id_noticia=3762|título=Filme Brasil Talian é pré-lançado|website=radiosolaris.com.br}}</ref> com direção e roteiro de André Costantin e a produção executiva do historiador Fernando Roveda.<ref>{{citar web|url=http://www.radiosolaris.com.br/www/portal/index.php?view=noticia&id_noticia=3691|título=Brasil Talian documentado em filme|website=radiosolaris.com.br}}</ref> O pré-lançamento ocorreu em [[18 de novembro]] de [[2011]], data que marcou o início da produção do documentário.<ref>{{citar web|url=http://www.marisaformolo.com.br/z11/noticiasInterna.php?menu=ultimas_noticias&url=marisa_busca_apoio_para_documentario_sobre_cultura_italiana_produzido_em_antonio_prado|título=Marisa busca apoio para documentário sobre cultura italiana produzido em Antonio Prado|website=marisaformolo.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.radiosolaris.com.br/www/portal/?view=noticia&id_noticia=18796|título=Brasil Talian é co-produzido em Trento|website=radiosolaris.com.br}}</ref>


Em [[Holambra]] ([[São Paulo (estado)|São Paulo]]) o [[holandês]] também é ensinado nas [[escola]]s, embora não seja co-oficial no município.<ref>[http://www.infojovem.org.br/infopedia/tematicas/relacoes-internacionais/imigrantes-no-brasil/ Imigrantes no Brasil]</ref><ref>[http://www.fflch.usp.br/dlcv/lport/flp/images/arquivos/FLP9/Ferraz.pdf O panorama lingüístico brasileiro: A coexistência de línguas minoritárias com o português]</ref> Há também diversos [[Enclave étnico|bairros étnicos]] no país, especialmente no [[Região Sul do Brasil|Sul]] e no [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]]: Alguns exemplos são [[Colônia (bairro de São Paulo)|Colônia]], bairro alemão que surgiu através da [[Colônia Paulista]], no distrito de [[Parelheiros]];<ref name="vejasp.abril.com.br">[http://vejasp.abril.com.br/materia/colonia-bairro-alemao-tem-festa-tipica Colônia, o bairro alemão, tem festa típica]</ref><ref name="Colônia Paulista">[http://www.saopaulominhacidade.com.br/bairros_colonia_paulista.asp Colônia Paulista]</ref> [[Liberdade (bairro de São Paulo)|Liberdade]], reduto de [[Imigração japonesa no Brasil|imigrantes japoneses]],<ref name="Portal do Bairro Liberdade">[http://www.portal-bairro-liberdade.com.br/ Portal do Bairro Liberdade]</ref><ref name="História da Imigração Japonesa">[http://www.saopaulo.sp.gov.br/imigracaojaponesa/historia.php História da Imigração Japonesa]</ref> e [[Bixiga]], reduto de [[Imigração italiana no Brasil|imigrantes italianos]],<ref name="Bairro do Bixiga">[http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/500-bairro-do-bixiga Bairro do Bixiga]</ref><ref name="origineitaliana.blogspot.ca">[http://origineitaliana.blogspot.ca/2009/09/fotos-do-bairro-do-bixiga-em-sao-paulo.html Bairro do Bixiga, reduto italiano em São Paulo]</ref> ambos na [[São Paulo (cidade)|cidade de São Paulo]], enquanto no município de [[Piracicaba]], os bairros [[Santa Olímpia (Piracicaba)|Santa Olímpia]] e [[Santana (Piracicaba)|Santana]], redutos de [[tirol]]eses, formam a [[Colônia Tirolesa de Piracicaba]].<ref>[http://viagem.hsw.uol.com.br/sao-paulo-turismo4.htm Bexiga e Liberdade]</ref><ref>[http://web.letras.up.pt/aphes29/data/4th/AnaLuciaDuarteLanna_Texto.pdf Os italianos de Bixiga, São Paulo]</ref> Já em [[Minas Gerais]], há uma colônia pomerana no distrito de [[Vila Neitzel]], em [[Itueta]].<ref>[http://www.nanademinas.com.br/exibe-cultura.php?id=928 Descendentes de etnia germânica vivem isolados em área rural de Minas]</ref><ref>[http://www.brasilalemanha.com.br/portal/index.php?p=noticias&getID=5307 Pomeranos em busca de recursos federais]</ref><ref>[http://www.guiaresplendor.com.br/noticias/resistencia-cultural Resistência cultural - Imigrantes que buscaram no Brasil melhores condições de vida, ficaram isolados e sem apoio do poder público], acessado em [[2 de novembro]] de [[2011]]</ref>
Em [[Holambra]] ([[São Paulo (estado)|São Paulo]]) o [[holandês]] também é ensinado nas [[escola]]s, embora não seja co-oficial no município.<ref>{{citar web|url=http://www.infojovem.org.br/infopedia/descubra-e-aprenda/relacoes-internacionais/imigrantes-no-brasil/|título=Imigrantes no Brasil - InfoJovem|website=infojovem.org.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.fflch.usp.br/dlcv/lport/flp/images/arquivos/FLP9/Ferraz.pdf|título=O panorama lingüístico brasileiro: A coexistência de línguas minoritárias com o português|website=usp.br}}</ref> Há também diversos [[Enclave étnico|bairros étnicos]] no país, especialmente no [[Região Sul do Brasil|Sul]] e no [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]]: Alguns exemplos são [[Colônia (bairro de São Paulo)|Colônia]], bairro alemão que surgiu através da [[Colônia Paulista]], no distrito de [[Parelheiros]];<ref name="vejasp.abril.com.br">{{citar web|url=https://vejasp.abril.com.br/cidades/colonia-bairro-alemao-tem-festa-tipica/|título=Colônia, o bairro alemão, tem festa típica|website=VEJA SÃO PAULO}}</ref><ref name="Colônia Paulista">{{citar web|url=http://www.saopaulominhacidade.com.br/bairros_colonia_paulista.asp|título=Colônia Paulista|website=saopaulominhacidade.com.br}}</ref> [[Liberdade (bairro de São Paulo)|Liberdade]], reduto de [[Imigração japonesa no Brasil|imigrantes japoneses]],<ref name="Portal do Bairro Liberdade">{{citar web|url=http://www.portal-bairro-liberdade.com.br/|título=Untitled Document|website=www.portal-bairro-liberdade.com.br}}</ref><ref name="História da Imigração Japonesa">{{citar web|url=http://www.saopaulo.sp.gov.br/|título=Governo do Estado de São Paulo|website=Governo do Estado de São Paulo}}</ref> e [[Bixiga]], reduto de [[Imigração italiana no Brasil|imigrantes italianos]],<ref name="Bairro do Bixiga">{{citar web|url=http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/500-bairro-do-bixiga|título=Bairro do Bixiga|website=cidadedesaopaulo.com}}</ref><ref name="origineitaliana.blogspot.ca">{{citar web|url=http://origineitaliana.blogspot.com/2009/09/fotos-do-bairro-do-bixiga-em-sao-paulo.html|título=Bairro do Bixiga, reduto italiano em São Paulo|primeiro =Hermes|último =Lorenzon|website=origineitaliana.blogspot.com}}</ref> ambos na [[São Paulo (cidade)|cidade de São Paulo]], enquanto no município de [[Piracicaba]], os bairros [[Santa Olímpia (Piracicaba)|Santa Olímpia]] e [[Santana (Piracicaba)|Santana]], redutos de [[tirol]]eses, formam a [[Colônia Tirolesa de Piracicaba]].<ref>{{citar web|url=http://viagem.hsw.uol.com.br/sao-paulo-turismo4.htm|título=Bexiga e Liberdade|website=uol.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://web.letras.up.pt/aphes29/data/4th/AnaLuciaDuarteLanna_Texto.pdf|título=Os italianos de Bixiga, São Paulo|website=up.pt}}</ref> Já em [[Minas Gerais]], há uma colônia pomerana no distrito de [[Vila Neitzel]], em [[Itueta]].<ref>[http://www.nanademinas.com.br/exibe-cultura.php?id=928 Descendentes de etnia germânica vivem isolados em área rural de Minas]</ref><ref>{{citar web|url=http://www.brasilalemanha.com.br/portal/index.php?p=noticias&getID=5307|título=Pomeranos em busca de recursos federais|website=brasilalemanha.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.guiaresplendor.com.br/noticias/resistencia-cultural|título=Resistência cultural - Imigrantes que buscaram no Brasil melhores condições de vida, ficaram isolados e sem apoio do poder público], acessado em [[2 de novembro]] de [[2011]|website=guiaresplendor.com.br}}</ref>


;
;
Linha 618: Linha 618:
'''Rio Grande do Sul'''
'''Rio Grande do Sul'''


*[[Serafina Corrêa]]<ref>[http://www.serafinacorrea.rs.gov.br/site/noticia/noticia_detalhe.php?gCdNoticia=406 Vereadores aprovam o talian como língua co-oficial do município], acessado em [[21 de agosto]] de [[2011]]</ref><ref>[http://rosario.redescalabriniana.org/noticia/Talian-em-busca-de-mais-reconhecimento Talian em busca de mais reconhecimento]</ref>
*[[Serafina Corrêa]]<ref>{{citar web|url=http://www.serafinacorrea.rs.gov.br/site/noticia/noticia_detalhe.php?gCdNoticia=406|título=Município de Serafina Corr�a Vereadores aprovam o talian como l�ngua co-oficial do munic�pio|website=www.serafinacorrea.rs.gov.br}}</ref><ref>[http://rosario.redescalabriniana.org/noticia/Talian-em-busca-de-mais-reconhecimento Talian em busca de mais reconhecimento]</ref>


[[Ficheiro:Pomeranoespiritosanto.svg|right|250px|thumb|[[Município]]s em que a [[Pommersch|língua pomerana]] é co-oficial no [[Espírito Santo]].]]
[[Ficheiro:Pomeranoespiritosanto.svg|right|250px|thumb|[[Município]]s em que a [[Pommersch|língua pomerana]] é co-oficial no [[Espírito Santo]].]]
Linha 627: Linha 627:
;Espírito Santo
;Espírito Santo


*[[Domingos Martins]]<ref name="pomeranoses">[http://www.rog.com.br/claudiovereza2/mostraconteudos.asp?cod_conteudo=735 O povo pomerano no ES]</ref><ref>[http://www.ce.ufes.br/educacaodocampo/down/cdrom2/pdf/texto18.pdf A escolarização entre descendentes pomeranos em Domingos Martins]</ref><ref name="farese">[http://www.farese.edu.br/pages/artigos/pdf/ismael/A%20co-oficializa%C3%A7%C3%A3o%20da%20L%20Pomer.pdf A co-oficialização da língua pomerana]</ref>
*[[Domingos Martins]]<ref name="pomeranoses">{{citar web|url=http://www.rog.com.br/claudiovereza2/mostraconteudos.asp?cod_conteudo=735|título=O povo pomerano no ES|website=rog.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.ce.ufes.br/educacaodocampo/down/cdrom2/pdf/texto18.pdf|título=A escolarização entre descendentes pomeranos em Domingos Martins|website=ufes.br}}</ref><ref name="farese">{{citar web|url=http://www.farese.edu.br/pages/artigos/pdf/ismael/A%20co-oficializa%C3%A7%C3%A3o%20da%20L%20Pomer.pdf|título=A co-oficialização da língua pomerana|website=farese.edu.br}}</ref>
*[[Laranja da Terra]]<ref name="pomeranoses"/><ref name="farese"/>
*[[Laranja da Terra]]<ref name="pomeranoses"/><ref name="farese"/>
*[[Pancas]]<ref name="pomeranoses"/><ref>[http://gabeira.locaweb.com.br/causas/causa.asp?id=941&idSubd=40 No Brasil, pomeranos buscam uma cultura que se perde], acessado em [[21 de agosto]] de [[2011]]</ref>
*[[Pancas]]<ref name="pomeranoses"/><ref>[http://gabeira.locaweb.com.br/causas/causa.asp?id=941&idSubd=40 No Brasil, pomeranos buscam uma cultura que se perde], acessado em [[21 de agosto]] de [[2011]]</ref>
*[[Santa Maria de Jetibá]]<ref name="pomeranoses"/><ref name="Smj">[http://www.pmsmj.es.gov.br/pgn/1282439/educacao-lingua-e-cultura-pomerana-alcancam-100/ Língua e cultura pomerana alcançam 100% da rede municipal de Santa Maria], acessado em [[16 de fevereiro]] de [[2014]]</ref><ref>[http://www.ipol.org.br/imprimir.php?cod=604 Lei dispõe sobre a cooficialização da língua pomerana no município de Santa maria de Jetibá, Estado do Espírito Santo]</ref>
*[[Santa Maria de Jetibá]]<ref name="pomeranoses"/><ref name="Smj">{{citar web|url=http://www.pmsmj.es.gov.br/pgn/1282439/educacao-lingua-e-cultura-pomerana-alcancam-100/|título=Língua e cultura pomerana alcançam 100% da rede municipal de Santa Maria], acessado em [[16 de fevereiro]] de [[2014]|website=es.gov.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.ipol.org.br/imprimir.php?cod=604|título=Lei dispõe sobre a cooficialização da língua pomerana no município de Santa maria de Jetibá, Estado do Espírito Santo|website=ipol.org.br}}</ref>
*[[Vila Pavão]]<ref name="pomeranoses"/><ref>[http://www.secult.es.gov.br/?id=/aqui_tem_cultura/artigos/materia.php&cd_matia=1371 Vila Pavão, Uma Pomerânia no norte do Espirito Santo], acessado em [[21 de agosto]] de [[2011]]</ref>
*[[Vila Pavão]]<ref name="pomeranoses"/><ref>{{citar web|url=https://secult.es.gov.br/|título=SECULT - Secretaria de Estado da Cultura|primeiro =|último =PRODEST|website=SECULT}}</ref>


:;Santa Catarina
:;Santa Catarina
:;
:;
:;* [[Pomerode]]<ref>[http://www.leismunicipais.com.br/twitter/222/legislacao/lei-2251-2010-pomerode-sc.html Pomerode institui língua alemã como co-oficial no Município.]</ref><ref>[http://www.vemprapomerode.com.br/cultura/patrimonio/pagina/lingua-alema Patrimônio - Língua alemã]</ref>
:;* [[Pomerode]]<ref>{{citar web|url=http://www.leismunicipais.com.br/twitter/222/legislacao/lei-2251-2010-pomerode-sc.html|título=Pomerode institui língua alemã como co-oficial no Município.|website=leismunicipais.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.vemprapomerode.com.br/cultura/patrimonio/pagina/lingua-alema|título=Patrimônio - Língua alemã|website=vemprapomerode.com.br}}</ref>
:;Rondônia
:;Rondônia


*[[Espigão do Oeste]] (em fase de aprovação)<ref>[http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000101925 Ontem e hoje : percurso linguistico dos pomeranos de Espigão D'Oeste-RO]</ref><ref>[http://www.prefeituraespigao.com.br/noticias/sessao-solene-em-homenagem-a-comunidade-pomerana,941 Sessão Solene em homenagem a Comunidade Pomerana]</ref><ref>[http://www.academicoo.com/tese-dissertacao/ontem-e-hoje-percurso-linguistico-dos-pomeranos-de-espigao-d-oeste-ro percurso linguistico dos pomeranos de Espigão D Oeste-RO], acessado em [[2 de novembro]] de [[2011]]</ref><ref>[http://www.espigaonews.com/viewmanchete.asp?idmanchete=2457 Comunidade Pomerana realiza sua tradicional festa folclórica]</ref>
*[[Espigão do Oeste]] (em fase de aprovação)<ref>{{citar web|url=http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000101925|título=Documento n�o encontrado|website=www.bibliotecadigital.unicamp.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.prefeituraespigao.com.br/noticias/sessao-solene-em-homenagem-a-comunidade-pomerana,941|título=Sessão Solene em homenagem a Comunidade Pomerana|website=prefeituraespigao.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.academicoo.com/tese-dissertacao/ontem-e-hoje-percurso-linguistico-dos-pomeranos-de-espigao-d-oeste-ro|título=Ontem e hoje : percurso linguistico dos pomeranos de Espigão D Oeste-RO - Artigos, TCC, Teses e Dissertações|website=www.academicoo.com}}</ref><ref>[http://www.espigaonews.com/viewmanchete.asp?idmanchete=2457 Comunidade Pomerana realiza sua tradicional festa folclórica]</ref>


;
;
Linha 646: Linha 646:
:;Rio Grande do Sul
:;Rio Grande do Sul


*[[Canguçu]]<ref>[http://wp.clicrbs.com.br/maiscangucu/2010/06/18/vereadores-propoem-ensino-da-lingua-pomerana-nas-escolas-do-municipio/ Vereadores propõem ensino da língua pomerana nas escolas do município], acessado em [[21 de agosto]] de [[2011]]</ref><ref>[http://www.cangucuemfoco.com.br/2010/07/bancada-pp-comenta-co-oficializacao.html Bancada PP comenta co-oficialização pomerana]</ref>
*[[Canguçu]]<ref>{{citar web|url=http://wp.clicrbs.com.br/maiscangucu/2010/06/18/vereadores-propoem-ensino-da-lingua-pomerana-nas-escolas-do-municipio/|título=clicRBS Canguçu » Arquivo » Vereadores propõem ensino da língua pomerana nas escolas do município|website=clicrbs.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.cangucuemfoco.com.br/2010/07/bancada-pp-comenta-co-oficializacao.html|título=BANCADA PP COMENTA CO-OFICIALIZAÇÃO POMERANA - Canguçu em Foco|website=www.cangucuemfoco.com.br}}</ref>
*[[São Lourenço do Sul]]<ref>[http://www.jornaltradicao.com.br/site/content/variedades/index.php?noticia=8912 Projeto Pomerando tem repercussão na região]</ref><ref>[http://www.jornaltradicao.com.br/site/content/variedades/index.php?noticia=7272 Primeiros passos no resgate à escrita pomerana em São Lourenço do Sul]</ref>
*[[São Lourenço do Sul]]<ref>{{citar web|url=http://www.jornaltradicao.com.br/site/content/variedades/index.php?noticia=8912|título=Projeto Pomerando tem repercussão na região - Jornal Tradição - O Elo da notícia até você|website=www.jornaltradicao.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.jornaltradicao.com.br/site/content/variedades/index.php?noticia=7272|título=Primeiros passos no resgate à escrita pomerana em São Lourenço do Sul - Jornal Tradição - O Elo da notícia até você|website=www.jornaltradicao.com.br}}</ref>


;
;
Linha 655: Linha 655:
:;Santa Catarina
:;Santa Catarina


*[[Antônio Carlos (Santa Catarina)|Antônio Carlos]]<ref>[http://www.ipol.org.br/upload/Image/lei1.jpg Cooficialização da língua alemã em Antônio Carlos]</ref>
*[[Antônio Carlos (Santa Catarina)|Antônio Carlos]]<ref>{{citar web|url=http://www.ipol.org.br/upload/Image/lei1.jpg|título=Cooficialização da língua alemã em Antônio Carlos|website=ipol.org.br}}</ref>
*[[Treze Tílias]] (o ensino da língua é obrigatório nas [[escola]]s, estando em fase de oficialização nos serviços públicos do município)<ref>[http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:JN3g5dpwFg0J:www.tropicalfm99.com.br/noticia.php%3Fnoticia%3D000714+treze+tilias+lingua+alema&cd=13&hl=pt-PT&ct=clnk VEREADORES DE TREZE TÍLIAS SE REUNIRAM ONTEM]</ref><ref>[http://guiaroberto.vilabol.uol.com.br/trezet.htm TREZE TÍLIAS]</ref><ref>[http://guarios.com.br/guanews/roteiros.php?id=5 Um pedaço da Aústria no Brasil], Treze Tílias</ref>
*[[Treze Tílias]] (o ensino da língua é obrigatório nas [[escola]]s, estando em fase de oficialização nos serviços públicos do município)<ref>{{citar web|url=http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:JN3g5dpwFg0J:www.tropicalfm99.com.br/noticia.php%3Fnoticia%3D000714+treze+tilias+lingua+alema&cd=13&hl=pt-PT&ct=clnk|título=VEREADORES DE TREZE TÍLIAS SE REUNIRAM ONTEM|website=googleusercontent.com}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.bol.uol.com.br/|título=BOL - O e-mail grátis do Brasil|website=BOL}}</ref><ref>[http://guarios.com.br/guanews/roteiros.php?id=5 Um pedaço da Aústria no Brasil], Treze Tílias</ref>
:;Rio Grande do Sul
:;Rio Grande do Sul
*[[Santa Maria do Herval]]<ref>[http://www.rle.ucpel.tche.br/index.php/rle/article/view/76/48 A sala de aula de alemão para falantes de dialeto: realidades e mitos]</ref><ref>[http://dzeit.blogspot.ca/2009/03/apresentando-santa-maria-do-herval-rs.html Apresentando... Santa Maria do Herval]</ref><ref>[http://www.brasilalemanha.com.br/portal/notice_print.php?id=5643 Dialetos Hunsrik e Talian na ofensiva no Sul] - ''Em Santa Maria do Herval, regiăo de Novo Hamburgo, RS, surge forte a mobilizaçăo em favor do Hunsrik - a faceta brasileira/latino-americana do Hunsrückisch. Em Serafina Correa, RS, floresce o talian'' - acessado em [[21 de agosto]] de [[2011]]</ref> também chamada de ''[[Teewald]]'' em alemão.<ref>[http://www.cidadesdomeubrasil.com.br/rs/santa_maria_do_herval História da cidade de Santa Maria do Herval]</ref><ref name="nomescidades"/>
*[[Santa Maria do Herval]]<ref>[http://www.rle.ucpel.tche.br/index.php/rle/article/view/76/48 A sala de aula de alemão para falantes de dialeto: realidades e mitos]</ref><ref>[http://www.brasilalemanha.com.br/portal/notice_print.php?id=5643 Dialetos Hunsrik e Talian na ofensiva no Sul] - ''Em Santa Maria do Herval, regiăo de Novo Hamburgo, RS, surge forte a mobilizaçăo em favor do Hunsrik - a faceta brasileira/latino-americana do Hunsrückisch. Em Serafina Correa, RS, floresce o talian'' - acessado em [[21 de agosto]] de [[2011]]</ref> também chamada de ''[[Teewald]]'' em alemão.<ref>{{citar web|url=https://www.cidadesdomeubrasil.com.br/rs/santa_maria_do_herval|título=Cidade de Santa Maria do Herval Rio Grande do Sul - Cidades do meu Brasil|website=www.cidadesdomeubrasil.com.br}}</ref><ref name="nomescidades"/>


;
;
Linha 666: Linha 666:
:;Rio Grande do Sul
:;Rio Grande do Sul


*[[Nova Petrópolis]]<ref>[http://www.camaranovapetropolis.com.br/UPLarquivos/201220101443063.pdf Câmara Municipal de Vereadores de Nova Petrópolis]</ref><ref>[http://www.camaranovapetropolis.com.br/UPLarquivos/221220101102423.pdf Ata 047/2010]</ref><ref>[http://www.leismunicipais.com.br/lei-organica/novapetropolis-rs/4136 Art. 153 § 3º da Lei Orgânica]</ref><ref>[http://www.novapetropolis.rs.gov.br/int_noticias.php?id=218&tipo=3 Em Nova Petrópolis 100% da população é alfabetizada], quinto parágrafo</ref>
*[[Nova Petrópolis]]<ref>{{citar web|url=http://www.camaranovapetropolis.com.br/UPLarquivos/201220101443063.pdf|título=Câmara Municipal de Vereadores de Nova Petrópolis|website=camaranovapetropolis.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.camaranovapetropolis.com.br/UPLarquivos/221220101102423.pdf|título=Ata 047/2010|website=camaranovapetropolis.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.leismunicipais.com.br/lei-organica/novapetropolis-rs/4136|título=Art. 153 § 3º da Lei Orgânica|website=leismunicipais.com.br}}</ref><ref>[http://www.novapetropolis.rs.gov.br/int_noticias.php?id=218&tipo=3 Em Nova Petrópolis 100% da população é alfabetizada], quinto parágrafo</ref>
:;Santa Catarina
:;Santa Catarina
*[[Blumenau]]<ref>[http://www.leismunicipais.com.br/legislacao-de-blumenau/775049/lei-complementar-487-2004-blumenau-sc.html Lei Complementar nº 487/2004 de Blumenau]</ref><ref>[http://e-ipol.org/linguas-de-imigracao/alemao/conselho-da-lingua-alema-de-blumenau-balanco-e-perspectivas/ Conselho da Língua Alemã de Blumenau: balanço e perspectivas]</ref><ref>[http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/977082/lei-complementar-487-04-blumenau Lei Complementar 487/04 | Lei Complementar nº 487 de 25 de novembro de 2004 de Blumenau]</ref>
*[[Blumenau]]<ref>{{citar web|url=http://www.leismunicipais.com.br/legislacao-de-blumenau/775049/lei-complementar-487-2004-blumenau-sc.html|título=Lei Complementar nº 487/2004 de Blumenau|website=leismunicipais.com.br}}</ref><ref>[http://e-ipol.org/linguas-de-imigracao/alemao/conselho-da-lingua-alema-de-blumenau-balanco-e-perspectivas/ Conselho da Língua Alemã de Blumenau: balanço e perspectivas]</ref><ref>{{citar web|url=https://c-mara-municipal-de-blumenau.jusbrasil.com.br/legislacao/977082/lei-complementar-487-04|título=Lei Complementar 487/04 - Lei Complementar nº 487 de 25 de novembro de 2004, Câmara Municipal de Blumenau|website=Jusbrasil}}</ref>


;
;
Linha 676: Linha 676:
:;Espírito Santo
:;Espírito Santo


*[[Venda Nova do Imigrante]] (ensino obrigatório)<ref>[http://folhadaterra.com.br/website/site/Noticia.aspx?id=2942 Língua italiana na rede municipal de ensino]</ref><ref>[http://www.camaravni.es.gov.br/noticias_online.asp?id_noticia=842 Aprovado em primeira votação, projeto emendado propõe um ano de caráter experimental em Venda Nova]</ref><ref>[http://radiofmz.com.br/website/site/Noticia.aspx?id=3588 Convênio para ensino da língua italiana em nível municipal]</ref>
*[[Venda Nova do Imigrante]] (ensino obrigatório)<ref>[http://folhadaterra.com.br/website/site/Noticia.aspx?id=2942 Língua italiana na rede municipal de ensino]</ref><ref>{{citar web|url=http://www.camaravni.es.gov.br/noticias_online.asp?id_noticia=842|título=Aprovado em primeira votação, projeto emendado propõe um ano de caráter experimental em Venda Nova|website=es.gov.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://radiofmz.com.br/website/site/Noticia.aspx?id=3588|título=Convênio para ensino da língua italiana em nível municipal|website=radiofmz.com.br}}</ref>
:;Paraná
:;Paraná
*[[Francisco Beltrão]] (ensino obrigatório)<ref>[http://www.franciscobeltrao.pr.gov.br/arquivos/legislacao/898.DOC LEI Nº 3018/2003 - 02.10.03 - Dispõe sobre a oficialização de aulas de língua italiana nas escolas da Rede Municipal de Ensino]</ref><ref>[http://www1.leismunicipais.com.br/legislacao-de-francisco-beltrao/669887/lei-3018-2003-francisco-beltrao-pr.html Lei Ordinária nº 3018/2003 de Francisco Beltrão, dispõe sobre a oficialização de aulas de língua italiana nas escolas]</ref>
*[[Francisco Beltrão]] (ensino obrigatório)<ref>{{citar web|url=http://www.franciscobeltrao.pr.gov.br/arquivos/legislacao/898.DOC|título=LEI Nº 3018/2003 - 02.10.03 - Dispõe sobre a oficialização de aulas de língua italiana nas escolas da Rede Municipal de Ensino|website=pr.gov.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.leismunicipais.com.br/legislacao-de-francisco-beltrao/669887/lei-3018-2003-francisco-beltrao-pr.html|título=Lei Ordinária nº 3018/2003 de Francisco Beltrão, dispõe sobre a oficialização de aulas de língua italiana nas escolas|website=leismunicipais.com.br}}</ref>
:;Rio Grande do Sul
:;Rio Grande do Sul
*[[Antônio Prado]] (ensino obrigatório)<ref>[http://www.camaraaprado.com.br/revista_eletronica_detalhe.php?id=731 Elaboração de Projeto de Lei para o ensino obrigatório da língua italiana nas escolas municipais]</ref><ref>[http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=115&Numero=183&Caderno=9&Noticia=119621 Língua italiana em Antônio Prado], Italiano integra currículo escolar</ref>
*[[Antônio Prado]] (ensino obrigatório)<ref>{{citar web|url=http://www.camaraaprado.com.br/revista_eletronica_detalhe.php?id=731|título=Elaboração de Projeto de Lei para o ensino obrigatório da língua italiana nas escolas municipais|website=camaraaprado.com.br}}</ref><ref>[http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=115&Numero=183&Caderno=9&Noticia=119621 Língua italiana em Antônio Prado], Italiano integra currículo escolar</ref>
:;Santa Catarina
:;Santa Catarina
*[[Brusque]] (ensino obrigatório)<ref>[http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/9618423/lei-3113-08-brusque Lei 3113/08, Brusque - Institui o ensino da língua italiana no currículo da rede municipal de ensino e dá outras provicências]</ref><ref>[http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/940069/lei-3113-08-brusque-0 Lei 3113/08 | Lei nº 3113 de 14 de agosto de 2008 de Brusque]</ref><ref>[http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/9618411/art-1-da-lei-3113-08-brusque Art. 1 da Lei 3113/08, Brusque]</ref><ref>[http://www.brusque.sc.gov.br/web/agenda_evento.php?noticia=172:Secretaria_de_Educacao_esclarece_a_situacao_sobre_o_Ensino_da_Lingua_Italiana Secretaria de Educação esclarece a situação sobre o Ensino da Língua Italiana]</ref>
*[[Brusque]] (ensino obrigatório)<ref>{{citar web|url=https://www.jusbrasil.com.br/topicos/25110340/lei-n-3113-de-14-de-agosto-de-2008-do-municipio-de-brusque|título=Lei 3113/08, Brusque|website=Jusbrasil}}</ref><ref>{{citar web|url=https://cm-brusque.jusbrasil.com.br/legislacao/940069/lei-3113-08|título=Lei 3113/08 - Lei nº 3113 de 14 de agosto de 2008, Câmara Municipal de Brusque|website=Jusbrasil}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.jusbrasil.com.br/topicos/25110319/artigo-1-da-lei-n-3113-de-14-de-agosto-de-2008-do-municipio-de-brusque|título=Art. 1 da Lei 3113/08, Brusque|website=Jusbrasil}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.brusque.sc.gov.br/web/agenda_evento.php?noticia=172:Secretaria_de_Educacao_esclarece_a_situacao_sobre_o_Ensino_da_Lingua_Italiana|título=Secretaria de Educação esclarece a situação sobre o Ensino da Língua Italiana|website=sc.gov.br}}</ref>
*[[Criciúma]] (ensino obrigatório)<ref>[http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/984309/lei-4159-01-criciuma-0 Lei 4159/01 | Lei nº 4159 de 29 de maio de 2001 de Criciuma]</ref><ref>[http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/9933877/lei-4159-01-criciuma Lei nº 4.159 de 29 de Maio de 2001 - Institui a disciplina de língua italiana]</ref>
*[[Criciúma]] (ensino obrigatório)<ref>{{citar web|url=https://cm-criciuma.jusbrasil.com.br/legislacao/984309/lei-4159-01|título=Lei 4159/01 - Lei nº 4159 de 29 de maio de 2001, Câmara Municipal da Criciuma|website=Jusbrasil}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.jusbrasil.com.br/topicos/25735714/lei-n-4159-de-29-de-maio-de-2001-do-municipio-de-criciuma|título=Lei 4159/01, Criciuma|website=Jusbrasil}}</ref>
:;São Paulo
:;São Paulo
*[[Bragança Paulista]] (ensino obrigatório)<ref>[http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/592287/lei-2953-96-braganca-paulista-sp Lei 2953/96 | Lei nº 2953 de 30 de setembro de 1996 de Braganca Paulista]</ref>
*[[Bragança Paulista]] (ensino obrigatório)<ref>{{citar web|url=https://camara-municipal-da-braganca-paulista.jusbrasil.com.br/legislacao/592287/lei-2953-96|título=Lei 2953/96 - Lei nº 2953 de 30 de setembro de 1996, Câmara Municipal da Braganca Paulista|website=Jusbrasil}}</ref>
*[[São José dos Campos]] (ensino facultativo)<ref>[http://ceaam.net/sjc/legislacao/leis/1996/L4947.htm Lei municipal Nº 4.947/96]</ref>
*[[São José dos Campos]] (ensino facultativo)<ref>{{citar web|url=http://ceaam.net/sjc/legislacao/leis/1996/L4947.htm|título=Lei municipal Nº 4.947/96|website=ceaam.net}}</ref>
*[[São Paulo (cidade)|São Paulo]] (ensino facultativo)<ref>[http://www.camara.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2603:secretario-de-educacao-renova-convenio-para-ensino-de-italiano-nas-escolas-municipais&catid=37:eventos&Itemid=94 Secretário de educação renova convênio para ensino de italiano nas escolas munipais]</ref>
*[[São Paulo (cidade)|São Paulo]] (ensino facultativo)<ref>{{citar web|url=http://www.saopaulo.sp.leg.br/|título=Home|website=Câmara Municipal de São Paulo}}</ref>


;
;
Linha 695: Linha 695:


:;Amazonas
:;Amazonas
:;* [[Tabatinga (Amazonas)|Tabatinga]]: os colombianos são a nacionalidade mais representativa do município, que guarda laços estreitos com o país vizinho.
:;* [[Tabatinga (Amazonas)|Tabatinga]]: os colombianos são a nacionalidade mais representativa do município, que guarda laços estreitos com o país vizinho.
:;
:;
:;Espírito Santo
:;Espírito Santo


*[[Águia Branca]], colonizada por [[Polônia|poloneses]].<ref>[http://www.polonicus.com.br/site/biblioteca_interna.php?cod=36 A colônia polonesa em Águia Branca atualmente: análise de uma pesquisa]</ref><ref>[http://www.prefeituradeaguiabranca.com.br/vem-ai-a-13a-festa-do-imigrante-polones-em-aguia-branca/ Vem ai a 13ª Festa do Imigrante Polonês de Águia Branca]</ref><ref>[http://www.prefeituradeaguiabranca.com.br/historia-do-municipio/ História do Município]</ref><ref>[http://www.cidadesdomeubrasil.com.br/es/aguia_branca Águia Branca - Espírito Santo]</ref><ref>[http://www.consuladopoloniasp.org.br/publicar/view-eve.php?id=554 Consulado Geral da República da Polônia em São Paulo]</ref>
*[[Águia Branca]], colonizada por [[Polônia|poloneses]].<ref>{{citar web|url=http://www.polonicus.com.br/site/biblioteca_interna.php?cod=36|título=POLONICUS - Revista de Reflex�o Brasil-Pol�nia|website=www.polonicus.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.prefeituradeaguiabranca.com.br/vem-ai-a-13a-festa-do-imigrante-polones-em-aguia-branca/|título=Vem ai a 13ª Festa do Imigrante Polonês de Águia Branca|website=prefeituradeaguiabranca.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.prefeituradeaguiabranca.com.br/historia-do-municipio/|título=História do Município|website=prefeituradeaguiabranca.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.cidadesdomeubrasil.com.br/es/aguia_branca|título=Cidade de Águia Branca Espírito Santo - Cidades do meu Brasil|website=www.cidadesdomeubrasil.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.consuladopoloniasp.org.br/publicar/view-eve.php?id=554|título=Consulado Geral da República da Polônia em São Paulo|website=consuladopoloniasp.org.br}}</ref>
:;Minas Gerais
:;Minas Gerais
* [[Itueta]], [[Vila Neitzel]], colônia [[Pomeranos|pomerana]]
* [[Itueta]], [[Vila Neitzel]], colônia [[Pomeranos|pomerana]]


:;Mato Grosso do Sul
:;Mato Grosso do Sul
:;* [[Ponta Porã]]: município que faz fronteira seca com a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, tendo na nacionalidade paraguaia a maioria dos seus imigrantes e sendo influenciando grandemente pelo país vizinho em diversos aspectos culturais, como na culinária, na música e sobretudo no hábito do tereré <ref name="exame.abril.com.br">{{Citar web|url=https://exame.abril.com.br/brasil/as-cidades-do-brasil-com-mais-moradores-estrangeiros/|titulo=As cidades do Brasil com mais moradores estrangeiros {{!}} EXAME|acessodata=2018-06-09|obra=exame.abril.com.br|lingua=pt-BR}}</ref>
:;* [[Ponta Porã]]: município que faz fronteira seca com a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, tendo na nacionalidade paraguaia a maioria dos seus imigrantes e sendo influenciando grandemente pelo país vizinho em diversos aspectos culturais, como na culinária, na música e sobretudo no hábito do tereré <ref name="exame.abril.com.br">{{Citar web|url=https://exame.abril.com.br/brasil/as-cidades-do-brasil-com-mais-moradores-estrangeiros/|titulo=As cidades do Brasil com mais moradores estrangeiros {{!}} EXAME|acessodata=2018-06-09|obra=exame.abril.com.br}}</ref>
:;
:;
:;Paraná
:;Paraná


*[[Carambeí]], colônia holandesa.<ref>{{citar web|url =http://www.gel.org.br/estudoslinguisticos/volumes/38/EL_V38N2_24.pdf |título=Os “holandeses” de Carambeí e suas línguas: um estudo sobre atitudes lingüísticas|autor=Letícia Fraga |publicado=Universidade Estadual de Ponta Grossa|data=2009|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url =http://www.celsul.org.br/Encontros/08/holandeses_de_carambei.pdf |título=O português dos holandeses de Carambeí: identidade e r-forte|autor=Letícia Fraga |publicado=Universidade Estadual de Ponta Grossa|data=2008|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref>
*[[Carambeí]], colônia holandesa.<ref>{{citar web|url =http://www.gel.org.br/estudoslinguisticos/volumes/38/EL_V38N2_24.pdf |título=Os “holandeses” de Carambeí e suas línguas: um estudo sobre atitudes lingüísticas|autor=Letícia Fraga |publicado=Universidade Estadual de Ponta Grossa|data=2009|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url =http://www.celsul.org.br/Encontros/08/holandeses_de_carambei.pdf |título=O português dos holandeses de Carambeí: identidade e r-forte|autor=Letícia Fraga |publicado=Universidade Estadual de Ponta Grossa|data=2008|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref>
*Curitiba: [[Santa Felicidade]], reduto de [[italia]]nos.<ref>[http://www.curitiba-parana.net/santa-felicidade.htm Santa Felicidade]</ref>
*Curitiba: [[Santa Felicidade]], reduto de [[italia]]nos.<ref>{{citar web|url=http://www.curitiba-parana.net/santa-felicidade.htm|título=Bairro de Santa Felicidade em Curitiba|website=www.curitiba-parana.net}}</ref>
*[[Foz do Iguaçu]], município com forte influência árabe.<ref>{{citar web|url =http://www.academia.edu/1100707/%C3%81rabes_e_mu%C3%A7ulmanos_em_Foz_do_Igua%C3%A7u_e_Ciudad_del_Este_Notas_para_uma_re-interpreta%C3%A7%C3%A3o |título=Árabes e muçulmanos em Foz do Iguaçu e Ciudad del Este Notas para uma re-interpretação|autor= |publicado=|data=|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url =http://tede.unioeste.br/tede/tde_arquivos/4/TDE-2006-12-21T130333Z-107/Publico/TUPIARA%20GUARESCHI.pdf|título=Imigração Árabe em Foz do Iguaçu: A construção de uma identidade étnica|autor=Tupiara Guareschi Ykegaya|publicado=Universidade Estadual do Oeste do Paraná|data=2006|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref>
*[[Foz do Iguaçu]], município com forte influência árabe.<ref>{{citar web|url =http://www.academia.edu/1100707/%C3%81rabes_e_mu%C3%A7ulmanos_em_Foz_do_Igua%C3%A7u_e_Ciudad_del_Este_Notas_para_uma_re-interpreta%C3%A7%C3%A3o |título=Árabes e muçulmanos em Foz do Iguaçu e Ciudad del Este Notas para uma re-interpretação|autor= |publicado=|data=|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url =http://tede.unioeste.br/tede/tde_arquivos/4/TDE-2006-12-21T130333Z-107/Publico/TUPIARA%20GUARESCHI.pdf|título=Imigração Árabe em Foz do Iguaçu: A construção de uma identidade étnica|autor=Tupiara Guareschi Ykegaya|publicado=Universidade Estadual do Oeste do Paraná|data=2006|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref>
*[[Guarapuava]], município com influência germânica, especialmente na localidade de [[Entre Rios (Guarapuava)|Entre Rios]].<ref>{{citar web|url =http://bicen-tede.uepg.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=886 |título=Políticas Linguísticas na Colônia "Alemã" de Entre Rios: O papel do Colégio Imperatriz Dona Leopoldina|autor=Adriana Della Vecchia |publicado=Universidade Estadual de Ponta Grossa|data=2013|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref>
*[[Guarapuava]], município com influência germânica, especialmente na localidade de [[Entre Rios (Guarapuava)|Entre Rios]].<ref>{{citar web|url =http://bicen-tede.uepg.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=886 |título=Políticas Linguísticas na Colônia "Alemã" de Entre Rios: O papel do Colégio Imperatriz Dona Leopoldina|autor=Adriana Della Vecchia |publicado=Universidade Estadual de Ponta Grossa|data=2013|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref>
Linha 716: Linha 716:
*[[Palmeira (Paraná)|Palmeira]], município com influência germânica.<ref name="aen">{{citar web|url =http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=82528 |título=Aulas trazem a Europa para dentro das escolas do Paraná|autor= |publicado=Agência Estadual de Notícias|data=28 de dezembro de 2014|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url =http://www.celsul.org.br/Encontros/08/trilinguismo_col_fritz_kliewer.pdf |título=O trilingüismo no Colégio Fritz Kliewer de Witmarsum (Paraná) |autor=Elvine Siemens Dück |publicado=Anais do CELSUL 2008 |data=2008|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref>
*[[Palmeira (Paraná)|Palmeira]], município com influência germânica.<ref name="aen">{{citar web|url =http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=82528 |título=Aulas trazem a Europa para dentro das escolas do Paraná|autor= |publicado=Agência Estadual de Notícias|data=28 de dezembro de 2014|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url =http://www.celsul.org.br/Encontros/08/trilinguismo_col_fritz_kliewer.pdf |título=O trilingüismo no Colégio Fritz Kliewer de Witmarsum (Paraná) |autor=Elvine Siemens Dück |publicado=Anais do CELSUL 2008 |data=2008|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref>
*[[Prudentópolis]], município com forte influência ucraniana.<ref name="aen " /><ref>{{citar web|url =http://www.encontro2012.rj.anpuh.org/resources/anais/15/1338408389_ARQUIVO_LOURENCORESENDEDACOSTA-ANPUHRJ2012.pdf |título=A Língua ucraniana no currículo escolar de algumas escolas de Prudentópolis-PR (1990-2010)|autor=Lourenço Resende da Costa |publicado=ANPUH-RIO|data=2012|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url =http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/a-ucrania-no-parana-edum3ky6o6sp9ko0qgypwhtfy |título=A Ucrânia no Paraná|autor=Márcio Pimenta |publicado=Gazeta do Povo|data=19 de setembro de 2014|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref>
*[[Prudentópolis]], município com forte influência ucraniana.<ref name="aen " /><ref>{{citar web|url =http://www.encontro2012.rj.anpuh.org/resources/anais/15/1338408389_ARQUIVO_LOURENCORESENDEDACOSTA-ANPUHRJ2012.pdf |título=A Língua ucraniana no currículo escolar de algumas escolas de Prudentópolis-PR (1990-2010)|autor=Lourenço Resende da Costa |publicado=ANPUH-RIO|data=2012|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url =http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/a-ucrania-no-parana-edum3ky6o6sp9ko0qgypwhtfy |título=A Ucrânia no Paraná|autor=Márcio Pimenta |publicado=Gazeta do Povo|data=19 de setembro de 2014|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref>
*[[Rolândia]], município com forte influência germânica.<ref>[http://www.rolandia.pr.gov.br/index.php/rolandia História de Rolândia]</ref>
*[[Rolândia]], município com forte influência germânica.<ref>{{citar web|url=http://www.rolandia.pr.gov.br/index.php/rolandia|título=Prefeitura do município de Rolândia|website=www.rolandia.pr.gov.br}}</ref>
*[[São Mateus do Sul]], município com forte influência polonesa.<ref name="diaadia" /><ref>{{citar web|url =http://jornalaconteceu.com.br/educacao-e-cultura/com-homenagens-bencaos-e-carreata-e-aberto-o-mes-polones-em-sao-mateus-do-sul/ |título=Tem início o mês polonês em São Mateus do Sul|autor=|publicado=Jornal Aconteceu|data=7 de agosto de 2015|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url =http://www.saomateusdosul.pr.gov.br/o-municipio/historia/ |título=História|autor=|publicado=Prefeitura Municipal de São Mateus do Sul|data=|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref>
*[[São Mateus do Sul]], município com forte influência polonesa.<ref name="diaadia" /><ref>{{citar web|url =http://jornalaconteceu.com.br/educacao-e-cultura/com-homenagens-bencaos-e-carreata-e-aberto-o-mes-polones-em-sao-mateus-do-sul/ |título=Tem início o mês polonês em São Mateus do Sul|autor=|publicado=Jornal Aconteceu|data=7 de agosto de 2015|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url =http://www.saomateusdosul.pr.gov.br/o-municipio/historia/ |título=História|autor=|publicado=Prefeitura Municipal de São Mateus do Sul|data=|acessodata=6 de setembro de 2015}}</ref>


:;Rio de Janeiro
:;Rio de Janeiro
*[[Itatiaia]]
*[[Itatiaia]]
**[[Penedo (Itatiaia)]], reduto de imigrantes [[Finlândia|finlandêses]]<ref>[http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/clube-finlandia]</ref>
**[[Penedo (Itatiaia)]], reduto de imigrantes [[Finlândia|finlandêses]]<ref>{{citar web|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/clube-finlandia|título=Clube Finlândia - Mapa de Cultura RJ|website=mapadecultura.rj.gov.br}}</ref>
*[[Nova Friburgo]]
*[[Nova Friburgo]]
**[[São Pedro da Serra (Nova Friburgo)|São Pedro da Serra]], reduto de imigrantes alemães e suíços<ref>[http://novafriburgosuicosealemaes.xpg.uol.com.br/]</ref>
**[[São Pedro da Serra (Nova Friburgo)|São Pedro da Serra]], reduto de imigrantes alemães e suíços<ref>[http://novafriburgosuicosealemaes.xpg.uol.com.br/]</ref>


:;Rio Grande do Sul
:;Rio Grande do Sul
*[[Dois Irmãos]], colonizada por alemães,<ref>[http://www.rotaromantica.com.br/pt-BR/dois-irmaos/historia História]</ref> é chamada em alemão de ''Baumschneiss''.<ref name="nomescidades">[http://www.jornaldoisirmaos.com.br/2014/02/voce-fala-hunsrik-ou-alemao.html Você fala hunsrik ou alemão? (Xprëche sii Hunsrik Xprooch oder deutsch?)], Jornal Dois Irmãos</ref>
*[[Dois Irmãos]], colonizada por alemães,<ref>{{citar web|url=http://www.rotaromantica.com.br/pt-BR/dois-irmaos/historia|título=História|website=rotaromantica.com.br}}</ref> é chamada em alemão de ''Baumschneiss''.<ref name="nomescidades">[http://www.jornaldoisirmaos.com.br/2014/02/voce-fala-hunsrik-ou-alemao.html Você fala hunsrik ou alemão? (Xprëche sii Hunsrik Xprooch oder deutsch?)], Jornal Dois Irmãos</ref>
*[[Morro Reuter]], cidade de colonização alemã, é denominada germanicamente ''Reutersberg''.<ref name="nomescidades"/>
*[[Morro Reuter]], cidade de colonização alemã, é denominada germanicamente ''Reutersberg''.<ref name="nomescidades"/>
*[[Walachai]], povoado de alemães.<ref>[http://itaucinemas.com.br/filme/walachai Walachai]</ref><ref>[http://www.revistadehistoria.com.br/secao/em-dia/walachai-entra-no-mapa Walachai entra no mapa]</ref><ref>[http://www.cultura.rs.gov.br/v2/2013/10/a-historia-de-walachai-e-lancada-na-feira-do-livro-de-morro-reuter/ A História de Walachai é lançada na Feira do Livro de Morro Reuter]</ref> Existe o [[documentário]] ''Walachai'', dirigida por Rejane Zilles, que conta a história do povoado.<ref>[http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2013/05/estreia-walachai-mostra-colonia-alema-peculiar-do-sul-do-brasil.html Estreia: 'Walachai' mostra colônia alemã peculiar do sul do Brasil]</ref><ref>[http://cinema.uol.com.br/noticias/reuters/2013/05/23/documentario-walachai-descreve-comunidade-peculiar-do-sul-do-brasil.htm Documentário "Walachai" descreve comunidade peculiar do sul do Brasil]</ref>
*[[Walachai]], povoado de alemães.<ref>{{citar web|url=http://itaucinemas.com.br/filme/walachai|título=Walachai|website=itaucinemas.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.revistadehistoria.com.br/secao/em-dia/walachai-entra-no-mapa|título=Walachai entra no mapa|website=revistadehistoria.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=https://sedactel.rs.gov.br/inicial|título=SEDACTEL|website=SEDACTEL}}</ref> Existe o [[documentário]] ''Walachai'', dirigida por Rejane Zilles, que conta a história do povoado.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2013/05/estreia-walachai-mostra-colonia-alema-peculiar-do-sul-do-brasil.html|título=Estreia: 'Walachai' mostra colônia alemã peculiar do sul do Brasil|primeiro =Da|último =Reuters|data=23 de maio de 2013|website=Cinema}}</ref><ref>{{citar web|url=https://cinema.uol.com.br/noticias/reuters/2013/05/23/documentario-walachai-descreve-comunidade-peculiar-do-sul-do-brasil.htm|título=Documentário "Walachai" descreve comunidade peculiar do sul do Brasil|website=cinema.uol.com.br}}</ref>
*Novo Hamburgo: [[Hamburgo Velho]], bairro de colonização alemã.<ref>[http://novohamburgo.org/site/nossa-cidade/historia/colonizacao-hamburger-berg/ Colonização], Hamburger Berg</ref>
*Novo Hamburgo: [[Hamburgo Velho]], bairro de colonização alemã.<ref>[http://novohamburgo.org/site/nossa-cidade/historia/colonizacao-hamburger-berg/ Colonização], Hamburger Berg</ref>
*[[Santa Cruz do Sul]], um dos principais núcleos da colonização [[Alemanha|alemã]] do [[Rio Grande do Sul]].<ref name="PORTO, Aurélio 1934, p.168">PORTO, Aurélio. O trabalho alemão no Rio Grande do Sul, Graf, Santa Terezinha, Porto Alegre, 1934, p.168.</ref><ref name="monta">{{citar livro|autor=MONTALI, Lilia|titulo=Do núcleo colonial ao capitalismo monopolista: produção de fumo em Santa Cruz do Sul|paginas=167|ano=1979|editor=Dissertação de Mestrado em Sociologia – Universidade de São Paulo}}</ref>
*[[Santa Cruz do Sul]], um dos principais núcleos da colonização [[Alemanha|alemã]] do [[Rio Grande do Sul]].<ref name="PORTO, Aurélio 1934, p.168">PORTO, Aurélio. O trabalho alemão no Rio Grande do Sul, Graf, Santa Terezinha, Porto Alegre, 1934, p.168.</ref><ref name="monta">{{citar livro|autor=MONTALI, Lilia|titulo=Do núcleo colonial ao capitalismo monopolista: produção de fumo em Santa Cruz do Sul|paginas=167|ano=1979|editor=Dissertação de Mestrado em Sociologia – Universidade de São Paulo}}</ref>
*Porto Alegre: [[Bom Fim]], reduto de [[Judaísmo|judeus]].<ref>[http://web.archive.org/web/20091104024143/http://www.corposaudavel.com.br/eventos/imigracao-judaica A Imigração - História]</ref>
*Porto Alegre: [[Bom Fim]], reduto de [[Judaísmo|judeus]].<ref>{{citar web|url=http://web.archive.org/web/20091104024143/http://www.corposaudavel.com.br/eventos/imigracao-judaica|título=Corpo Saudável - Corpo Saudável - Centenário da Imigração Judaica no Rio Grande do Sul|data=4 de novembro de 2009|website=web.archive.org}}</ref>
*[[Chuí]]: cidade com mais de 30% da população de origem uruguaia<ref name="exame.abril.com.br"/>
*[[Chuí]]: cidade com mais de 30% da população de origem uruguaia<ref name="exame.abril.com.br"/>
*Santana do Livramento: além de vizinha ao Uruguai, a população imigrante mais numerosa do município pertence ao país vizinho, que exerce importante influencia cultural na região.<ref name="exame.abril.com.br"/>
*Santana do Livramento: além de vizinha ao Uruguai, a população imigrante mais numerosa do município pertence ao país vizinho, que exerce importante influencia cultural na região.<ref name="exame.abril.com.br"/>


:;Santa Catarina
:;Santa Catarina
*[[Joinville]], reduto de [[suíço]]s, principalmente oriundos do [[Schaffhausen (cantão)|Cantão de Schaffhausen]].<ref>[http://www.joinville.sc.gov.br/noticia/5053-Dia+Nacional+da+Su%C3%AD%C3%A7a+ser%C3%A1+comemorado+em+Joinville.html Dia Nacional da Suíça será comemorado em Joinville]</ref> Existe também um filme-documentário sobre esta imigração, denominado ''Suíços Brasileiros – Uma História Esquecida'',<ref>[http://www.swisscam.com.br/filme-mostra-realidade-de-emigrantes-suicos..html Filme mostra realidade de emigrantes suíços]</ref><ref>[http://www.swissinfo.ch/por/cultura/Filme_que_conta_emigracao_de_suicos_esta_pronto.html?cid=36883306 Filme que conta emigração de suíços está pronto]</ref> produzido pela suíça Katharina Beck.<ref>[http://ndonline.com.br/joinville/plural/108573-aos-suicos-o-lugar-na-historia-de-joinville-que-lhes-pertence.html Aos suíços, o lugar na história de Joinville que lhes pertence]</ref><ref>[http://www.joinville.sc.gov.br/noticia/2216-Filme+%22Su%C3%AD%C3%A7os+Brasileiros+%E2%80%93+Uma+Hist%C3%B3ria+Esquecida%22+ser%C3%A1+apresentado+nesta+sexta+(29-6)+em+Joinville.html Filme "Suíços Brasileiros – Uma História Esquecida" será apresentado nesta sexta (29/6) em Joinville]</ref><ref>[http://www.suicosbrasileiros.com.br/ Sítio oficial do filme]</ref>
*[[Joinville]], reduto de [[suíço]]s, principalmente oriundos do [[Schaffhausen (cantão)|Cantão de Schaffhausen]].<ref>{{citar web|url=http://www.joinville.sc.gov.br/noticia/5053-Dia+Nacional+da+Su%C3%AD%C3%A7a+ser%C3%A1+comemorado+em+Joinville.html|título=Dia Nacional da Suíça será comemorado em Joinville|website=sc.gov.br}}</ref> Existe também um filme-documentário sobre esta imigração, denominado ''Suíços Brasileiros – Uma História Esquecida'',<ref>{{citar web|url=http://www.swisscam.com.br/filme-mostra-realidade-de-emigrantes-suicos..html|título=Swisscam - Filme mostra realidade de emigrantes suíços.|website=www.swisscam.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.swissinfo.ch/por/cultura/joinville_filme-que-conta-emigra%C3%A7%C3%A3o-de-su%C3%AD%C3%A7os-est%C3%A1-pronto/36883306|título=Filme que conta emigração de suíços está pronto|primeiro =Luiz Carlos Beraldo, Curitiba|último =swissinfo.ch|website=SWI swissinfo.ch}}</ref> produzido pela suíça Katharina Beck.<ref>{{citar web|url=https://ndonline.com.br/joinville/plural/aos-suicos-o-lugar-na-historia-de-joinville-que-lhes-pertence|título=Aos suíços, o lugar na história de Joinville que lhes pertence|website=ndonline.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.joinville.sc.gov.br/noticia/2216-Filme+%22Su%C3%AD%C3%A7os+Brasileiros+%E2%80%93+Uma+Hist%C3%B3ria+Esquecida%22+ser%C3%A1+apresentado+nesta+sexta+(29-6)+em+Joinville.html|título=Filme "Suíços Brasileiros – Uma História Esquecida" será apresentado nesta sexta (29/6) em Joinville|website=sc.gov.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.suicosbrasileiros.com.br/|título=::Suiços ::|website=www.suicosbrasileiros.com.br}}</ref>
*[[São Pedro de Alcântara]], cidade colonizada por alemães.<ref>[http://www.pmspa.sc.gov.br/conteudo/?item=17922&fa=9623&PHPSESSID=vui8b1h7e9bv04s879v53tdbi2 Como tudo começou...]</ref>
*[[São Pedro de Alcântara]], cidade colonizada por alemães.<ref>{{citar web|url=http://www.pmspa.sc.gov.br/conteudo/?item=17922&fa=9623&PHPSESSID=vui8b1h7e9bv04s879v53tdbi2|título=Como tudo começou...|website=sc.gov.br}}</ref>
*[[Mesorregião do Sul Catarinense|Sul Catarinense]], região colonizada por italianos.<ref>[http://www.santacatarinaturismo.com.br/destinos_relatos.php?id=33&idpai= Sul catarinense tem sotaque italiano]</ref><ref>[http://www.santacatarinabrasil.com.br/pt/chegam-os-alemaes-e-os-italianos/ Chegam os alemães e os italianos]</ref>
*[[Mesorregião do Sul Catarinense|Sul Catarinense]], região colonizada por italianos.<ref>{{citar web|url=http://www.santacatarinaturismo.com.br/destinos_relatos.php?id=33&idpai=|título=Sul catarinense tem sotaque italiano|website=santacatarinaturismo.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.santacatarinabrasil.com.br/pt/chegam-os-alemaes-e-os-italianos/|título=Chegam os alemães e os italianos|website=santacatarinabrasil.com.br}}</ref>
*[[Mesorregião do Vale do Itajaí|Vale do Itajaí]], região colonizada por alemães.<ref>WITTMANN, Angelina C. R. - A Ferrovia no Vale do Itajaí - Estrada de Ferro Santa Catarina -Blumenau: Edifurb, 2010. - 304 p.:il.</ref>
*[[Mesorregião do Vale do Itajaí|Vale do Itajaí]], região colonizada por alemães.<ref>WITTMANN, Angelina C. R. - A Ferrovia no Vale do Itajaí - Estrada de Ferro Santa Catarina -Blumenau: Edifurb, 2010. - 304 p.:il.</ref>
*Blumenau: [[Vila Itoupava]], reduto de descendentes de alemães.<ref>[http://www.arquivodeblumenau.com.br/vilaitoupava.html Centro Cultural da Vila Itoupava]</ref><ref>[http://www.feriasbrasil.com.br/sc/blumenau/vilaitoupava.cfm Vila Itoupava]</ref>
*Blumenau: [[Vila Itoupava]], reduto de descendentes de alemães.<ref>{{citar web|url=http://www.arquivodeblumenau.com.br/vilaitoupava.html|título=Centro Cultural da Vila Itoupava|website=arquivodeblumenau.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.feriasbrasil.com.br/sc/blumenau/vilaitoupava.cfm|título=Vila Itoupava, Blumenau - Veja dicas no F�rias Brasil|website=www.feriasbrasil.com.br}}</ref>


:;São Paulo
:;São Paulo
*[[Piracicaba]]: [[Santa Olímpia (Piracicaba)|Santa Olímpia]] e [[Santana (Piracicaba)|Santana]], redutos de [[tirol]]eses, formam a [[Colônia Tirolesa de Piracicaba]]<ref>[http://www.santaolimpia.com.br/ Santa Olímpia]</ref>
*[[Piracicaba]]: [[Santa Olímpia (Piracicaba)|Santa Olímpia]] e [[Santana (Piracicaba)|Santana]], redutos de [[tirol]]eses, formam a [[Colônia Tirolesa de Piracicaba]]<ref>{{citar web|url=http://www.santaolimpia.com.br/|título=Manutenção|website=Santa Olímpia}}</ref>
*[[Pedrinhas Paulista]]: reduto de imigrantes italianos do pós Segunda Guerra<ref>{{Citar web|url=http://www.pedrinhaspaulista.sp.gov.br/index1.php?pag=T1RjPU9EZz1PVFU9T0dVPU9HST1PVEE9T0dFPU9HRT0=&idmenu=214|titulo=PREFEITURA MUNICIPAL DE PEDRINHAS PAULISTAS|acessodata=2018-06-09|obra=www.pedrinhaspaulista.sp.gov.br|ultimo=Sitemas|primeiro=Webline}}</ref>
*[[Pedrinhas Paulista]]: reduto de imigrantes italianos do pós Segunda Guerra<ref>{{Citar web|url=http://www.pedrinhaspaulista.sp.gov.br/index1.php?pag=T1RjPU9EZz1PVFU9T0dVPU9HST1PVEE9T0dFPU9HRT0=&idmenu=214|titulo=PREFEITURA MUNICIPAL DE PEDRINHAS PAULISTAS|acessodata=2018-06-09|obra=www.pedrinhaspaulista.sp.gov.br|ultimo=Sitemas|primeiro=Webline}}</ref>
*[[Tupã]]: Distrito de [[Varpa]], reduto de imigrantes da Lituânia e da Letônia
*[[Tupã]]: Distrito de [[Varpa]], reduto de imigrantes da Lituânia e da Letônia
*[[Nova Odessa]]: imigrantes letões, lituanos e russos.
*[[Nova Odessa]]: imigrantes letões, lituanos e russos.
*[[Sorocaba]]: maior colônia espanhola do estado de SP<ref>{{Citar web|url=http://www.casadeespanasorocaba.org.br/pagina.php?cat=12&catp=1|titulo=Casa de España Sorocaba - Don Felipe II|acessodata=2018-06-09|obra=www.casadeespanasorocaba.org.br}}</ref>
*[[Sorocaba]]: maior colônia espanhola do estado de SP<ref>{{Citar web|url=http://www.casadeespanasorocaba.org.br/pagina.php?cat=12&catp=1|titulo=Casa de España Sorocaba - Don Felipe II|acessodata=2018-06-09|obra=www.casadeespanasorocaba.org.br}}</ref>
*[[Indaiatuba]]: Colônia [[Helvetia (bairro)|Helvétia]]. reduto de imigrantes suíços<ref>{{Citar periódico|titulo=home|url=http://helvetia.org.br|lingua=pt-BR}}</ref>
*[[Indaiatuba]]: Colônia [[Helvetia (bairro)|Helvétia]]. reduto de imigrantes suíços<ref>{{Citar periódico|titulo=home|url=http://helvetia.org.br}}</ref>
*[[Americana]]: imigrantes confederados dos Estados Unidos<ref>{{Citar periódico|data=2015-02-09|titulo=A Cidade Brasileira Onde a Herança dos Confederados Norte-americanos Ainda Vive|url=https://www.vice.com/pt_br/article/78ze3g/a-cidade-brasileira-onde-a-heranca-dos-confederados-norte-americanos-ainda-vive|jornal=Vice|lingua=pt-br}}</ref>
*[[Americana]]: imigrantes confederados dos Estados Unidos<ref>{{Citar periódico|data=2015-02-09|titulo=A Cidade Brasileira Onde a Herança dos Confederados Norte-americanos Ainda Vive|url=https://www.vice.com/pt_br/article/78ze3g/a-cidade-brasileira-onde-a-heranca-dos-confederados-norte-americanos-ainda-vive|jornal=Vice}}</ref>
*[[Bastos]]: antiga colônia japonesa, possui importante população nipo-descendente em números proporcionais.<ref>{{Citar periódico|titulo=O Nikkei-go de Bastos|url=http://www.discovernikkei.org/pt/journal/2016/9/5/nikkeigo-bastos|jornal=Descubra Nikkei|lingua=en}}</ref>
*[[Bastos]]: antiga colônia japonesa, possui importante população nipo-descendente em números proporcionais.<ref>{{Citar periódico|titulo=O Nikkei-go de Bastos|url=http://www.discovernikkei.org/pt/journal/2016/9/5/nikkeigo-bastos|jornal=Descubra Nikkei|lingua=en}}</ref>
*[[São Paulo (cidade)|São Paulo]]
*[[São Paulo (cidade)|São Paulo]]
**[[Bixiga]], reduto de [[Imigração italiana no Brasil|imigrantes italianos]]<ref name="Bairro do Bixiga" /><ref name="origineitaliana.blogspot.ca" />
**[[Bixiga]], reduto de [[Imigração italiana no Brasil|imigrantes italianos]]<ref name="Bairro do Bixiga" /><ref name="origineitaliana.blogspot.ca" />
**[[Bom Retiro (bairro de São Paulo)|Bom Retiro]], reduto de judeus<ref>[http://almanaque.folha.uol.com.br/bairros_bom_retiro.htm História dos bairros paulistanos - Bom Retiro], [[Folha de S.Paulo]]</ref><ref>[http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/09/1341980-mostra-resgata-historia-de-judeus-que-ajudaram-a-construir-o-bom-retiro.shtml Mostra resgata história de judeus que ajudaram a construir o Bom Retiro], [[Folha de S.Paulo]]</ref>
**[[Bom Retiro (bairro de São Paulo)|Bom Retiro]], reduto de judeus<ref>{{citar web|url=http://almanaque.folha.uol.com.br/bairros_bom_retiro.htm|título=Banco de Dados Folha - Acervo de Jornais|website=almanaque.folha.uol.com.br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/09/1341980-mostra-resgata-historia-de-judeus-que-ajudaram-a-construir-o-bom-retiro.shtml|título=Mostra resgata história de judeus que ajudaram a construir o Bom Retiro - 14/09/2013 - Cotidiano|website=Folha de S.Paulo}}</ref>
**[[Colônia (bairro de São Paulo)|Colônia]], bairro alemão que surgiu através da [[Colônia Paulista]], no distrito de [[Parelheiros]].<ref name="vejasp.abril.com.br" /><ref name="Colônia Paulista" />
**[[Colônia (bairro de São Paulo)|Colônia]], bairro alemão que surgiu através da [[Colônia Paulista]], no distrito de [[Parelheiros]].<ref name="vejasp.abril.com.br" /><ref name="Colônia Paulista" />
**[[Higienópolis]], reduto de judeus<ref name="nome">{{citar web|url=http://www.cidade.usp.br/educar2002/modulo1/alunos/maria.silveira/0001/tpl_anotacao.html|titulo=Desvendando o bairro de Higienópolis |autor=Maria Margarida Carvalho De Silveira|data=|publicado= Cidade do Conhecimento|acessodata=14/11/2010}}</ref><ref>{{citar web|url=http://almanaque.folha.uol.com.br/bairros_bom_retiro.htm|título=HISTÓRIA DOS BAIRROS PAULISTANOS}}</ref>
**[[Higienópolis]], reduto de judeus<ref name="nome">{{citar web|url=http://www.cidade.usp.br/educar2002/modulo1/alunos/maria.silveira/0001/tpl_anotacao.html|titulo=Desvendando o bairro de Higienópolis |autor=Maria Margarida Carvalho De Silveira|data=|publicado= Cidade do Conhecimento|acessodata=14/11/2010}}</ref><ref>{{citar web|url=http://almanaque.folha.uol.com.br/bairros_bom_retiro.htm|título=HISTÓRIA DOS BAIRROS PAULISTANOS}}</ref>

Revisão das 16h32min de 9 de janeiro de 2019

Monumento Nacional ao Imigrante, em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.

Imigração no Brasil refere-se ao conjunto de povos que imigraram para o Brasil ao longo de sua história. Ela deixou fortes marcas na demografia, na cultura e na economia do país. Um dos primeiros povos a ocupar o território que hoje forma o Brasil foram os índios, que são geneticamente de origem asiática.[1] Segundo a tese mais aceita, a sua chegada ao continente americano deu-se através do estreito de Bering, em data ainda controversa, mas durante a Idade do Gelo.[2] As estimativas quanto ao número de indígenas que existiam no Brasil à época do descobrimento do país por Portugal variam de 1,8 milhão a 6 milhões de indígenas.[3] John Hemming estimou o número de indígenas no Brasil, à época do descobrimento, em 3,2 milhões.[4] Em 1500, desembarcaram, no atual litoral brasileiro, os primeiros portugueses. Estima-se que, até o fim do Brasil Colônia, em 1822, entre 500 e 700 mil lusitanos se deslocaram para o Brasil.[5][6]

Em decorrência do tráfico negreiro, entre meados do século XVI até a sua extinção, em 1850, entre 4 e 5 milhões de africanos foram levados ao Brasil na condição de escravos,[7][8] o que torna o Brasil o país que mais recebeu africanos em toda a História.[9]

No século XIX, teve início a imigração de outros povos europeus para o Brasil, em particular da Itália, rivalizando numericamente com os portugueses, seguidos por fluxos de espanhóis e de alemães. No início do século XX, intensificou-se o fluxo migratório oriundo da Ásia, particularmente de japoneses e de sírio-libaneses.[10][11] A maior parte desses imigrantes foi destinada a plantações de café no estado de São Paulo,[12] embora muitos tenham tido, como destino, os centros urbanos, em particular São Paulo e Rio de Janeiro,[13] bem como colônias rurais no Brasil meridional.[14] Entre 1884 e 1959, entraram, no Brasil, 4 734 494 imigrantes, sendo 1 507 695 italianos e 1 391 898 portugueses.[3][15]

Na década de 1960, o Brasil deixou de ser um grande receptor de imigrantes, passando a ser um país expulsor de trabalhadores, a partir da década de 1980, sobretudo para os Estados Unidos, o Paraguai, a Europa e o Japão.[16] Essa tendência manteve-se constante até recentemente, uma vez que vem sendo observado o crescimento da imigração para o Brasil, em particular de países como Portugal,[17] a Bolívia e o Haiti.[18]

Ocupação pré-cabralina

Reconstituição cranofacial de Luzia
Índia guajajara e seu filho.

A tese mais aceita é que os povos indígenas das Américas são descendentes de caçadores asiáticos que cruzaram o Estreito de Bering passando da Sibéria para a América do Norte. Os mais antigos povoadores do atual território brasileiro chegaram há aproximadamente 12 mil anos. Contudo, foi encontrado, em Lagoa Santa (Minas Gerais), o crânio de uma mulher de traços negroides, batizada de Luzia, que viveu há 11 500 anos. Deste modo, alguns pesquisadores consideram provável que populações negroides também tenham vivido nas Américas, e que estas foram exterminadas ou assimiladas pelos povos mongoloides muitos séculos antes da chegada dos europeus.[19]

Estima-se que, no início da colonização portuguesa, cerca de quatro milhões de ameríndios viviam no atual território brasileiro.[20] Encontravam-se divididos em diversos grupos étnico-linguísticos: tupis-guaranis (região do litoral), macro-jê ou tapuias (região do Planalto Central do Brasil), aruaques (Amazônia) e caraíbas (Amazônia).[21]

Imigração no Brasil Colônia

O território nacional não foi imediatamente ocupado pelos europeus a partir do Descobrimento do Brasil em 1500. A colonização começou somente a partir de 1532. Antes disso, havia apenas feitorias nas quais o pau-brasil era armazenado esperando os navios que vinham da Metrópole. Apenas alguns degredados, desertores e náufragos haviam se estabelecido em definitivo no Brasil, vivendo e se miscigenando com as tribos indígenas.

Estimativa da imigração portuguesa para o Brasil-Colônia[22]
Período 1500-1700 1701-1760 1808-1817
Quantidade 100 000 600 000 24 000

A maior parte dos colonos que vieram para o Brasil não foram os degredados. Quem de fato promoveu a colonização inicial foram as famílias ricas de Portugal. Todavia, não havia uma hegemonia socioeconômica entre os colonos. Ao mesmo tempo em que houve um predomínio de 90% de famílias de classe alta nas zonas mais ricas, como Pernambuco e Bahia, nas regiões periféricas, como o Maranhão, a esmagadora maioria dos portugueses era pobre.[23]

Para efetuar a colonização, o rei de Portugal dividiu a colônia em capitanias hereditárias que foram entregues a nobres portugueses, denominados donatários. As tentativas de exploração dos ameríndios como escravos nas plantações e engenhos de cana-de-açúcar levaram a vários conflitos.[24] de modo que apenas duas capitanias hereditárias prosperaram: Pernambuco e São Vicente. Apesar disto, a presença portuguesa se consolidou no século XVI com a criação do Governo Geral do Brasil. Embora em número bastante reduzido, os colonos portugueses conseguiram ocupar o litoral e os ameríndios, perseguidos ou assolados por epidemias, foram migrando para o Sertão e a Amazônia. Aqueles que restaram foram escravizados, aculturados e se misturaram aos portugueses, formando uma população híbrida, mestiça, de mamelucos.[25]

No século XVI, desembarcaram, no Brasil, em torno de 50 mil portugueses e 50 mil africanos.[26]

O desenvolvimento da cultura de cana-de-açúcar faz crescer o número de escravos africanos desembarcados nas colônias portuguesas das Américas, vindos sobretudo de Angola e da Costa da Mina para o litoral do atual nordeste brasileiro. A imigração portuguesa continuou reduzida, tendo em vista que o Reino de Portugal não tinha população suficiente para mandar grande número de colonos para ocupar suas possessões nas Américas. A população se concentrou nas regiões litorâneas que formam as atuais regiões nordeste e sudeste do Brasil. O restante das possessões portuguesas nas Américas segue sem ocupação europeia, abrigando povos indígenas estabelecidos e também aqueles refugiados das regiões litorâneas.

No século XVII, desembarcaram 550 mil africanos e 50 mil portugueses.

O desenvolvimento da mineração trouxe para o Brasil centenas de milhares de africanos, que foram escravizados na extração de ouro. Um fato novo foi, pela primeira vez na História da colônia, a vinda de um enorme contingente de colonos portugueses. Tal surto migratório deve-se a alguns fatores: Portugal e, em particular, a região do Minho, teve uma alta taxa de crescimento populacional e, em consequência, superpopulação. As notícias de que na colônia sul-americana estava ocorrendo a exploração da mineração serviu como esperança para milhares de portugueses que resolveram cruzar o Oceano Atlântico e se aventurar nas Minas Gerais.[27] A imigração de casais açorianos para o litoral do Sul do Brasil foi de fundamental importância para a demografia da região.[28]

No século XVIII, desembarcaram um milhão e 600 mil africanos e 600 mil portugueses no Brasil. O Brasil passou a possuir a maior população africana fora da África e a maior população lusitana fora de Portugal.

Entrada de escravos africanos no Brasil[29]
Período 1500-1700 1701-1760 1761-1829 1830-1855
Quantidade 510 000 958 000 1 720 000 618 000

O tráfico internacional de escravos da África subsaariana para o Brasil foi um movimento migratório, embora forçado. Seu início ocorreu na segunda metade do século XVI, e desenvolveu-se no século XVIII, atingiu seu ápice por volta de 1845 até ser bruscamente extinto em 1850.

Escravos em um porão de embarcação. Johann Moritz Rugendas, ca. 1810.

O tráfico negreiro foi uma atividade altamente lucrativa e contou, até 1850, com amparo legal. Iniciou oficialmente em 1559, quando a metrópole portuguesa decidiu permitir o ingresso de escravos vindos da África no Brasil. Antes disso, porém, transações envolvendo escravos africanos já ocorriam no Brasil, sendo a escassez de mão de obra um dos principais argumentos dos colonos.

Imigração após a Independência

Os primeiros grupos de imigrantes não lusos e não africanos chegaram ao Brasil, de forma organizada, somente depois da abertura dos portos de 1808.

Excetuando os portugueses e alguns poucos estrangeiros que se tornaram súditos de Portugal, os primeiros imigrantes voluntários a vir para o Brasil após a abertura dos portos foram os chineses de Macau que chegaram ao Rio de Janeiro em 1808.[30][31] Cerca de 300 chineses de Macau foram trazidos pelo governo do príncipe regente (futuro rei D. João VI) com o objetivo de introduzir o cultivo de chá no Brasil. Eles tiveram importante participação na aclimatação de plantas feitas pelo recém-criado Jardim Botânico do Rio de Janeiro[30][31]

Entretanto, a mão-de-obra livre de imigrantes estrangeiros ainda era considerada dispensável pelos grandes fazendeiros. Na primeira metade do século XIX ainda desembarcaram no Brasil cerca de um milhão e 300 mil africanos subsaarianos, certamente o maior grupo de imigrantes recebido neste período.

Nova Friburgo durante sua colonização 1820-1830.
Ver artigo principal: Imigração suíça no Brasil

O primeiro movimento organizado, contratado pelo governo brasileiro, de imigrantes europeus foi a imigração suíça para a região serrana do Rio de Janeiro.[32]

Em 16 de maio de 1818, o príncipe regente baixou um decreto autorizando o agente do Cantão de Friburgo, Sebastião Nicolau Gachet, a estabelecer uma colônia de cem famílias de imigrantes suíços. Entre 1819 e 1820, chegaram, ao Brasil, 261 famílias de colonos suíços, 161 a mais do que havia sido combinado nos contratos, totalizando 1 686 imigrantes. A sua maioria era composta de suíços de cultura e língua francesa. Os imigrantes estabeleceram-se na fazenda do Morro Queimado, situada na então vila de Cantagalo. A região era conhecida pelo seu clima ameno e relevo acidentado, o mais semelhante que poderia haver no Rio de Janeiro com a Suíça. Muitos dos imigrantes suíços logo abandonaram seus lotes e se dispersaram por toda a região serrana e centro-norte do estado do Rio de Janeiro, em busca de terras férteis e mais acessíveis.

O segundo movimento organizado foi de imigrantes alemães que também se estabeleceram na mesma região em 3 maio de 1824. A colônia de suíços e alemães originou a atual cidade de Nova Friburgo no Rio de Janeiro.

Carta do Banco Mauá a Inácio da Cunha Galvão comunicando a chegada de 35 italianos ao porto do Rio de Janeiro, em conformidade com o contrato estabelecido pelo governo imperial em 1874. O vapor Rivadavia foi o primeiro a transportar imigrantes subsidiados. Arquivo Nacional.

Desde a Independência do Brasil, diversas leis proibiram o tráfico internacional de escravos para o Brasil, mas foi somente com pressão militar e política da Grã-Bretanha e a atuação do ministro Eusébio de Queiroz a partir de 1850 que terminou o tráfico negreiro. O Brasil começou então a pensar em atrair imigrantes não portugueses. Nas fazendas, começou a se utilizar o colonato, uma forma de trabalho semiassalariado. O imigrante e sua família recebiam o salário misto, entre dinheiro e um pedaço de terra para plantar seu próprio sustento. As jornadas de trabalho exaustivas e a exploração por parte dos fazendeiros faziam os primeiros imigrantes deixarem as plantações de café e partirem para os centros urbanos, onde se dedicaram ao comércio e à indústria.

A dificuldade destes imigrantes europeus se adaptarem ao sertão do Oeste do Estado de São Paulo foi assim explicado pelo governador de São Paulo, Washington Luís, em sua mensagem ao Congresso do Estado de São Paulo (atual Assembleia Legislativa), em 1922:

Povoamento imigrante no sul

Após a independência, a imigração passou a fazer parte da política Imperial, pois o Sul do Brasil continuava sem a presença de aglomerados urbanos europeus que garantissem a soberania do Império do Brasil, mantendo o povoamento pelos diversos Povos indígenas do Brasil. Nesse contexto, o Império brasileiro passou a incentivar a implantação de núcleo de colonos imigrantes no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Imigração alemã no sul

Ver artigo principal: Imigração alemã no Brasil
Oratório do Bosque Alemão, em Curitiba.

O Imperador do Brasil passou a se dedicar a ocupação das terras vazias do Sul do Brasil. Para cumprir essa tarefa, o governo brasileiro optou pela vinda de imigrantes. O Brasil acabara de se tornar independente de Portugal, portanto, os portugueses não podiam ser. A imperatriz do Brasil, Dona Leopoldina, era austríaca e, por essa razão, o Brasil optou por trazer imigrantes germânicos para o país. Os alemães tornaram-se os terceiros imigrantes europeus a se estabelecerem no Brasil, após os portugueses e os suíços que fundaram Nova Friburgo. Cidade esta, que também recebeu a primeira leva de imigrantes alemães em 3 de maio de 1824.

Outro grupo de colonos alemães aportou no Brasil em 1824. Foram recrutados pelo major Jorge Antônio Schäffer e encaminhados para o atual município de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Os colonos tiveram que construir suas próprias casas, receberam sementes para a plantação e gado para o sustento. De início, São Leopoldo não se desenvolveu. Porém, com a chegada de novos imigrantes, a colônia cresceu. A partir de São Leopoldo, os alemães desbravaram a região, seguindo o caminho dos rios. Em alguns anos, toda a região do Vale do Rio dos Sinos estava sendo ocupada pelos colonos germânicos. Em 1826, surgiu o primeiro curtume na região do vale. A seguir, foram construídos moinhos de trigo, uma fábrica de sabão, ferrarias, oficinas de lapidação de pedras, além de um número enorme de sapatarias (ainda hoje um dos maiores pólos da indústria calçadista do Brasil).

A colonização continuou a medida que os alemães, em sua maioria partindo de São Leopoldo, buscavam novas terras em lugares mais distantes. Essas colônias já não eram patrocinadas pelo governo, mas colônias privadas. Colônias antigas, como Novo Hamburgo, estabelecida pouco tempo depois de São Leopoldo, serviu de apoio para a criação de colônias mais novas, como São José do Hortêncio (1826),Estrela (1853), Lajeado (1853) e Teutônia (1868). Outras colônias, só foram criadas tempos depois, como Ijuí (1890), Sobradinho (1901) e Erechim(1908). Essas últimas colônias já não eram exclusivamente alemãs, pois agregavam imigrantes de outras nacionalidades. A imigração alemã no Rio Grande do Sul foi contínua. Entre 1824 e 1830 entraram no Rio Grande 5.350 alemães. Depois de 1830 até 1844 a imigração foi interrompida. Entre 1844 e 50 foram introduzidos mais dez mil, e entre 1860 e 1889 outros dez mil. Entre 1890 e 1914 chegaram mais 17 mil. Os protestantes formaram a maioria dessa corrente imigratória e igrejas luteranas foram estabelecidas nas colônias para atender aos fiéis. Porém, o número de católicos também era grande. Com o passar do tempo, a maior parte dos alemães e descendentes passaram a ser católicos.

Joinville, Santa Catarina
Arquitetura de origem germânica em Blumenau, SC

Em Santa Catarina, os primeiros colonos alemães aportaram em 1829, na atual cidade de São Pedro de Alcântara. Essa colônia fracassou. A grande colonização germânica no estado só ocorreu um pouco mais tarde, a partir de 1850. A colônia de Blumenau, no vale do Rio Itajaí-Açu, foi criada por Hermann Blumenau em 1850. Acompanhado por outros 17 alemães, Hermann achou um clima da região agradável, cortada pelo rio, propícia para a fundação de uma colônia. Em 1860, ele vende a colônia para o governo imperial e em 1880, Blumenau torna-se município, contando com 15.000 habitantes, em sua maioria alemães. Em 1851, inicia-se a colonização de outra região de Santa Catarina, a partir da fundação da Colônia Dona Francisca, atualmente Joinville. Entre 1850 e 1888, chegaram à região 17.000 colonos alemães, em sua maioria protestantes, agricultores sem recursos, comerciantes e artesãos. A partir dessa colônia, os alemães se expandiram e colonizaram todo o norte de Santa Catarina.

No Paraná, os alemães também marcaram forte presença em todas as regiões do estado. A primeira colônia foi fundada em 1829 em Rio Negro. Em 1855 alemães originários da Prússia fundam as Colônias de Terra Nova e Santa Leopoldina em Castro. Entre 1877 e 1879, chegou número apreciável de alemães vindos da Rússia (os alemães do Rio Volga, ver artigo: Alemães-Bessarábios).

A maior parte dos imigrantes chegou no início do século XX, vindos diretamente da Alemanha, e se estabeleceram sobretudo nas regiões leste e sul (em cidades como Curitiba, Ponta Grossa, Palmeira, Rio Negro, Ivaí, Irati, Cruz Machado, entre outras). Em meados dos anos 1950, pessoas oriundas de colônias alemãs em Santa Catarina e Rio Grande do Sul também migraram para a Região Oeste e Sudoeste do estado. Nesta mesma época Suábios da região do Rio Danúbio criaram Entre Rios, em Guarapuava, e imigrantes oriundos de Danzig ocuparam a região de Cambé e Rolândia, no Norte do estado.

Em Curitiba, os imigrantes alemães começaram a chegar, em maior número, a partir de 1833, e influenciaram fortemente a cultura e a economia local. Muitos casarões, alguns ainda existentes nos bairros São Francisco, Hauer, Pilarzinho, Lamenha Pequena e Vista Alegre, foram construídos por alemães. Para preservar a cultura germânica, os imigrantes organizaram-se em sociedades teuto-brasileiras, como o Clube Concórdia, Clube Rio Branco, Duque de Caxias, Clube Thalia, Graciosa Country Club e o Coritiba FC.

Hoje, a maior colônia de alemães Paranaenses está no município de Marechal Cândido Rondon, que guarda na fachada das casas, na culinária e no rosto de seus habitantes a marca da colonização.

Imigração alemã para o Brasil (1824-1969)[22]
Período 1824-47 1848-72 1872-79 1880-89 1890-99 1900-09 1910-19 1920-29 1930-39 1940-49 1950-59 1960-69
Quantidade 8 176 19 553 14 325 18 901 17 084 13 848 25 902 75 801 27 497 6 807 16 643 5 659

Imigração italiana para o sul

Ver artigo principal: Imigração italiana no Brasil
Casa de pedra em Nova Veneza: marco da colonização italiana.
Rio Grande do Sul

As primeiras colônias italianas do Sul do Brasil nasceram na Serra Gaúcha, entre os vales dos rios Caí e das Antas, limitando-se ao norte com os campos de Cima da Serra, e ao sul com as colônias alemãs do vale dos rios das Antas e Caí.

Os italianos foram atraídos para o Sul do Brasil com o intuito de substituir a colonização alemã, pois, na Alemanha, criara-se mecanismos para impedir a imigração para o Brasil, pois muitas denúncias contra essa imigração eram feitas, tendo em vista que muitos passavam privações no país. Os colonos alemães, assim que chegavam ao Rio Grande do Sul, rumavam para as colônias já estabelecidas, apartando-se de se aventurar nas matas fechadas das serras. Para ocupar as matas fechadas, optou-se pela vinda de imigrantes italianos.

No ano de 1875, foram criadas as colônias Conde D'Eu e Dona Isabel, atuais Bento Gonçalves e Garibaldi. No mesmo ano, criou-se a colônia Caxias (atualmente Caxias do Sul) e em 1877 Silveira Martins. A partir dessas quatro colônias, os italianos passaram a se expandir pelas região serrana.

Caxias do Sul tornou-se a colônia mais próspera da região, servindo de base para o surgimentos de diversas outras, como Mariana Pimentel (1888), Barão do Triunfo (1888), Vila Nova de Santo Antonio (1888), Jaguari (1889), Ernesto Alves (1890) e Marquês do Erval (1891). Ali plantavam produtos de subsistência, como o milho e o trigo. Mas o cultivo que marcou sua presença no Rio Grande do Sul foi a videira.

A maior parte desses imigrantes eram camponeses vindos do Norte da Itália, e se tornavam pequenos cultivadores no Brasil. Estima-se que do total de imigrantes que veio para o estado, 54% era de vênetos, 33% de lombardos, 7% de trentinos, 4,5% de friulanos e as outras regiões forneceram os restantes 1,5%. Calcula-se que, entre 1875 e 1914, entraram no estado entre 80 e 100 mil italianos.

Santa Catarina

Em Santa Catarina, imigrantes italianos vindos da Sardenha já habitavam a região de Nova Itália (hoje, São João Batista) desde 1836. Porém, a imigração só começaria de fato em 1875. Foram criadas as colônias de Rio dos Cedros, Rodeio, Ascurra e Apiúna, em torno da colônia alemã de Blumenau; Porto Franco (atual Botuverá) e Nova Trento, em torno da colônia Brusque. A colonização italiana se deu em maior expressividade no sul do estado, no vale do rio Tubarão, as colônias de Azambuja, Pedras Grandes e Treze de Maio: no vale do Urussanga, os núcleos de Urussanga, Acioli de Vasconcelos (atual Cocal) e Criciúma. Outras colônias foram criadas e ocupadas por italianos vindos do Rio Grande do Urussanga, Sul.

Paraná

No Paraná, os primeiros colonos italianos chegaram em 1878 e se fixaram no litoral, porém pouco tempo depois partiram para a região de Curitiba, fixando-se em diversas cidades. Neste estado, os italianos vieram principalmente trabalhar na produção do café.

Bosque do Papa, em Curitiba (PR). Reconstituição de residência dos primeiros imigrantes poloneses do estado.

Imigração eslava no sul

Arquitetura ucraniana no Parque Tingui, em Curitiba.

Os povos eslavos, em sua maioria poloneses, formaram a maior corrente imigratória no estado do Paraná.

Entre 1869 e 1920, estima-se que 60 000 poloneses entraram no Brasil, dos quais 95% estabeleceram-se no Paraná, nas colônias de Mallet, Cruz Machado, São Mateus do Sul, Irati e União da Vitória e na região de Curitiba. Em menor quantidade, rumaram para o interior dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Os ucranianos também rumaram em sua maioria para o Paraná e colonizaram a região de Prudentópolis.

Imigrantes russos também vieram, mas em pouca quantidade.[33][34]

Os imigrantes eslavos se dedicaram principalmente à agricultura com plantações de milho, feijão, repolho, batata etc. Difundiram o uso do arado e de outras técnicas agrícolas no Paraná. Trouxeram consigo um modelo de carroça tipicamente eslava, utilizada até hoje no Paraná para o transporte de materiais e de produção agrícola.

Mão de obra Imigrante no café em São Paulo

Capa da revista "O Imigrante", 1908.
Porto de Santos, porta de entrada de milhões de imigrantes que foram para as plantações de café.

O momento mais importante da história da imigração no Brasil iniciou-se no fim do século XIX. Este processo imigratório, incentivado pelo governo e pelos senhores do café, objetivava utilizar trabalhadores europeus nas plantações de café.

A '(des)necessidade' da imigração

A entrada de escravos africanos no Brasil terminou bruscamente em 1850. A alta mortalidade infantil e a grande desproporção de homens em relação a mulheres[35] fazia com que a população escrava se reproduzisse muito lentamente. Por volta de 1880, a mão de obra escrava estava notoriamente envelhecida.[36] Em 1878, dez anos antes da Abolição da Escravatura, o Congresso Agrícola realizado no Rio de Janeiro reuniu cafeicultores para discutir a questão da mão de obra. Optou-se por pressionar o governo a fim de facilitar a vinda de imigrantes europeus.[37]

A classe dominante paulista passou a incentivar a entrada maciça de imigrantes europeus sob o argumento de que havia escassez de mão de obra com o fim da escravidão. Por muito tempo, a historiografia brasileira, de um modo geral, aceitou esse argumento sem fazer maiores questionamentos.[12] Contudo, segundo o historiador Petrônio Domingues, não havia escassez de mão de obra na São Paulo de finais do século XIX. Domingues calculou que havia no Brasil, naquela época, cerca de 4 milhões de brasileiros ociosos, entre negros e não negros. Entre 1851 e 1900, entraram, no Brasil, 2 milhões de imigrantes, ou seja, metade do total de nacionais fora do mercado de trabalho. Não existia, portanto, uma real necessidade de atrair esse contingente de imigrantes para o país, pois os próprios brasileiros poderiam ter suprido a demanda.[12]

Para Lúcio Kowarick, o incentivo à imigração europeia se deu por razões estritamente econômicas. O excesso na oferta de trabalhadores permitiu aos empregadores manter os salários em níveis baixos, favorecendo a dominação da classe subalterna pela elite e ainda minando a organização política dos trabalhadores.[38] Domingues discorda pois, pautado somente no critério custo/benefício, teria sido mais vantajoso aos fazendeiros paulistas ter contratado trabalhadores vindos do Nordeste do Brasil que, quando requisitados, migraram em massa para trabalhar nos seringais da Amazônia entre 1876 e 1914. Neste caso, não haveria necessidade de uma imigração em massa de europeus para São Paulo e sim de um deslocamento de migrantes brasileiros vindos de regiões de economia estagnada. Outra questão levantada por Domingues é o fato de que a classe dominante paulista, uma vez optando pela imigração estrangeira, incentivou a vinda de europeus e rechaçou a de africanos.[12]

Mapa de 1886 usado para promover a imigração no estado de São Paulo

O fomento imigracionista surgia não apenas como solução para resolver a suposta escassez de mão de obra na agricultura, mas também para proporcionar o branqueamento da população brasileira com a entrada maciça de brancos europeus no país. Para justificar a importação em massa da força de trabalho europeia, a classe dominante difundia a ideia de que os europeus eram culturalmente superiores aos brasileiros.[12] A imagem fabricada de um imigrante europeu culto, exímio profissional, qualificado para exercer qualquer serviço na agricultura ou na indústria, ao lado da imagem do brasileiro e, sobretudo, do negro, como um imprestável responsável pelo atraso do país, servia para legitimar a atração do branco europeu.[12] A realidade, contudo, se mostrava diversa da imagem vendida: a maior parte desses imigrantes não possuía qualificações ou habilidades especiais, tampouco traziam recursos econômicos ou educacionais particulares.[39] Os imigrantes italianos que foram para São Paulo eram oriundos de regiões agrárias e normalmente suas condições social e cultural eram deploráveis. O censo de 1920 mostrou que, na cidade de São Paulo, a taxa de alfabetização dos brasileiros maiores de 14 anos (80,3%) era maior que a dos imigrantes residentes na cidade (62,3%) da mesma faixa etária.[12]

Nenhum estado colocou em prática o projeto de branqueamento com tanta veemência como São Paulo. No ano de 1900, 44,5% dos 1.074.511 imigrantes que viviam no Brasil moravam nesse estado.[39] A chegada de tantos imigrantes empurrou sobretudo negros e mulatos para os empregos subalternos em São Paulo,[40] fato que também ocorreu, em menor escala, no Rio de Janeiro. A mão de obra predominantemente estrangeira se concentrou sobretudo no Oeste Paulista. Nas regiões cafeeiras de Minas Gerais e do Rio de Janeiro a maioria dos trabalhadores eram brasileiros. É comum afirmar-se erroneamente que a abolição da escravidão em 1888 desencadeou a falta de mão de obra nas lavouras pois os escravos libertos saíram das fazendas para procurar trabalho nas cidades. Isto aconteceu em pequena escala e somente no vale do Paraíba do Sul onde a lavoura cafeeira estava em rápida decadência de produção. Vários fazendeiros perceberam que o fim da escravidão era inevitável e fizeram acordos com os escravos nos quais estes eram alforriados mas se comprometiam a ficar trabalhando na mesma fazenda com direito a pequenos salários ou em regime de colonato.[41]

A expansão das colheitas de café atraíram 70% dos mais de seis milhões de imigrantes desembarcados no Brasil. Entre 1820 e 1903, desembarcaram no Brasil cerca de um milhão e 140 mil italianos, 549 mil portugueses, 212 mil espanhóis e 89 mil alemães.[42] Em números menores, pessoas de todos os cantos da Europa.

É preciso registrar que não eram somente considerações de caráter étnico que estiveram por trás do estímulo à imigração europeia: a população brasileira era no geral muito pequena, para um território muito grande.[43] Ademais, a vinda de mão de obra assalariada, assim se esperava, proporcionaria desenvolvimento às cidades e ao comércio, a geração de serviços de infraestrutura, com desenvolvimento para o país.[43]

A imigração continuou alta durante o início do século XX diminuindo após a década de 1930.

Entraram nesse período diversos grupos de imigrantes no Brasil, dos mais numerosos, entre 1904 e 1972, desembarcaram um milhão e 240 mil portugueses, 505 mil espanhóis, 484 mil italianos, 248 mil japoneses e 171 mil alemães.[42] Em números menores, pessoas de todos os cantos da Europa. Os imigrantes passam a compor a maior parte dos operários nas fábricas e primeiras indústrias brasileiras..[44]

Mão de Obra Italiana

Italianos no porto a espera da chance de entrar no navio.
Ver artigo principal: Imigração italiana no Brasil

A mão de obra italiana foi a mais usada durante o ciclo do café no Brasil. Os italianos passaram a imigrar em larga escala pois, a maioria sendo camponesa, não tinham acesso às terras na Itália. Com a esperança de se tornarem proprietários de terras, imigravam para o Brasil. Mas chegando aqui, apenas aqueles que eram encaminhados para o Sul do país tornaram-se proprietários, enquanto a massa que foi mandada para as fazendas de café iam trabalhar nas plantações de terceiros.

Com o fim da escravidão, iniciou-se a entrada de centenas de milhares de italianos no Brasil. Entre 1870 e 1920, momento áureo do largo período denominado como da "grande imigração", os italianos corresponderam a 42 por cento do total dos imigrantes entrados no Brasil, ou seja, em 3,3 milhões de pessoas, os italianos eram cerca de 1,4 milhão.

Mão de Obra Espanhola

Ver artigo principal: Imigração espanhola no Brasil

Embora a colheita do café tenha sido marcada pelo largo uso da mão-de-obra de imigrantes italianos, os espanhóis tornaram-se o segundo maior grupo a trabalhar nos cafezais. A imigração espanhola no Brasil iniciou-se na década de 1880. No início do século XX, a imigração de italianos para o Brasil passou a arrefecer, então o governo brasileiro passou a atrair maior contingente de espanhóis, mandando-os para trabalhar nas colheitas de café. Mais de 750 mil espanhóis desembarcaram no Brasil entre 1880 e 1950, a maior parte rumou para os cafezais paulistas.

Mão de Obra Japonesa

Cartaz japonês promovendo a imigração ao Brasil.
Ver artigo principal: Imigração japonesa no Brasil

Em 1902, o governo da Itália proibiu a imigração subsidiada de italianos para São Paulo. As fazendas de café passaram a sentir a falta de trabalhadores com a diminuição drástica da chegada de imigrantes italianos. Apesar do nítido preconceito contra imigrantes asiáticos, a partir de 1908, o governo brasileiro passou a aceitar a entrada de imigrantes japoneses.

Nos primeiros sete anos, vieram mais 3.434 famílias (14.983 pessoas). Com o começo da I Guerra Mundial (1914), explodiu a imigração: entre 1917 e 1940, vieram 164 mil japoneses para o Brasil. 75% foram para São Paulo, visto que o estado concentrava a maior parte dos cafezais.

Imigração urbana

Grande parte dos imigrantes que chegaram ao Brasil na virada do século XX rumaram para as cidades. Alguns grupos de imigrantes tinham predileção pelos centros urbanos, em particular os portugueses. Essa leva de imigração trouxe para o Brasil gente pobre proveniente das regiões do norte e nordeste de Portugal, em particular do Minho, do Douro e de Trás-os-Montes. Enquanto os italianos concentraram-se sobretudo na lavoura cafeeira, os portugueses concentravam-se nas atividades do pequeno comércio ou ingressavam nas fileiras de operários que se formavam no Rio de Janeiro e em São Paulo.[13]

Imigrantes italianos numa fábrica de São Paulo.

Na mesma altura em que chegavam ao Rio de Janeiro as massas de portugueses, a cidade também recebia grande número de ex-escravos recém-saídos do cativeiro, bem como de migrantes nordestinos fugindo dos flagelos da seca. Assim, coexistiam no tecido urbano do Rio de Janeiro esses três grupos (libertos, nordestinos e estrangeiros), ajudando a criar os conflitos urbanos que marcaram a cidade no início do século XX. Longe de corresponder ao imaginário de "branco superior" idealizado pela elite brasileira, os imigrantes europeus tinham precária qualificação profissional, laços familiares enfraquecidos e desconheciam os códigos urbanos. Assim, eles vieram engrossar a população pobre que se concentrava no Rio de Janeiro ou em São Paulo.[13]

Os estrangeiros que se fixaram nos centros urbanos encontraram um ambiente bem mais hostil do que aqueles que rumaram para as zonas rurais. Enquanto as regiões agrícolas eram enormes e era fácil encontrar emprego, nos centros urbanos a competição no mercado de trabalho se mostrava mais acirrada. Em consequência, os imigrantes eram vistos pelos brasileiros como competidores no mercado de trabalho e eram frequentemente vítimas de agressividade e xenofobia por parte dos brasileiros, como foi o caso dos portugueses no Rio de Janeiro e dos italianos em São Paulo.[45] Contudo, a medida que os imigrantes percebiam que nas fazendas a exploração do trabalho e os pequenos salários não eram interessantes, cada vez mais pessoas rumavam para os centros urbanos.[14]

Chegando em um momento em que havia a transição do trabalho escravo para o assalariado, os imigrantes conseguiram monopolizar amplos setores produtivos no tecido urbano de São Paulo, do Rio de Janeiro e de outras capitais menores. Muitos começavam como mascates e, reunindo algum pecúlio, abriam sua própria loja. A presença de imigrantes entre o proletariado era maciça nos dois principais centros urbanos brasileiros. O Brasil começou um processo de industrialização na década de 1890 e muitos imigrantes, em grande parte mulheres e crianças, foram empregados nas fábricas nascentes.[46]

Em 1901, 90% dos operários em São Paulo eram estrangeiros e, em 1906, eles eram 44% no Rio de Janeiro. A situação de miséria vivida por esses estrangeiros era evidente nos bairros populares do Brás, Barra Funda e Bela Vista, na capital paulista, onde se concentravam os italianos. Em 1904, cerca de 30% da população de São Paulo morava em cortiços, onde viviam amontoadas uma média de seis a dez pessoas, uma vez que os operários não tinham condições de arcar com os custos de outras moradias melhores. Nos bairros habitados por europeus em São Paulo, as ruas estavam sempre cobertas de lama, o esgoto corria a céu aberto, a água consumida era frequentemente contaminada, a higiene não existia e o mau cheiro tornava o ar irrespirável.[14]

A competição pelo lucro nas fábricas era feita por meio da redução dos custos de produção, com grande exploração da força de trabalho, o que fomentou a união e a luta dos trabalhadores em busca dos seus direitos trabalhistas. O Brasil, outrora uma sociedade escravagista de difícil mobilidade social, transformava-se numa sociedade de classe moderna, baseada no trabalho assalariado. Os principais grupos de imigrantes (italianos, portugueses e espanhóis) já tinham na Europa um contato muito próximo com os movimentos socialistas, anarquistas e sindicalistas. Muitos dos imigrantes eram ligados a círculos anarquistas em suas cidades natais e trouxeram para o Brasil suas ideias. Com o passar do tempo, essa mentalidade foi se espalhando pelas fábricas e contando com o apoio dos demais operários estrangeiros e brasileiros, que promoviam greves em busca de melhores condições de trabalho. Não por acaso, a maioria dos grandes líderes sindicais do Brasil do começo do século XX eram de nacionalidade italiana.[47]

A miséria inicial dos imigrantes no Brasil também refletia-se no envolvimento regular de europeus no mundo do crime no tecido urbano brasileiro. Esses homens e mulheres, emigrando em situação de pobreza, em muitos casos permaneceram pobres, quando não miseráveis. A passagem de um ambiente rural para o urbano, conduzindo à quebra dos vínculos familiares e à precariedade do trabalho, levavam muitos estrangeiros a terminarem seus dias na mendicância e vadiagem ou a abraçarem a criminalidade como forma de vida. Com o decreto nº 1 641 de 7 de janeiro de 1907, que regulamentava a entrada e expulsão de estrangeiros, observou-se o crescente número de expulsões de estrangeiros do país em decorrência de práticas criminosas.[48]

Se é bem verdade que a maioria dos imigrantes, especialmente os recém-chegados, eram absorvidos nos níveis mais baixos da estrutura ocupacional urbana brasileira, por meio de sucessivas mudanças ocupacionais e em decorrência da preferência dos empregadores, eles experimentaram uma rápida e ascendente mudança social.[49] Essa ascensão social não foi acompanhada pelo resto da população brasileira, em particular os negros e mulatos que, embora inicialmente no mesmo nível social dos imigrantes, tenderem a continuar pobres.[40]

Sírio-libaneses e armênios

Armarinho sírio em São Paulo, 1950.
Sírio-Libanês: um dos hospitais mais importantes do Brasil
Ver artigo principal: Imigração árabe no Brasil

Os imigrantes árabes começaram a desembarcar no Brasil em fins do século XIX. No início do século XX, esse fluxo imigratório cresceu e passou a se tornar importante desembarcando no Brasil cerca de 70 mil árabes. Em sua maioria, eram comerciantes sírios e libaneses que se tornaram mascates no Brasil, percorrendo as grandes cidades e as fazendas do interior para vender seus produtos. Com o passar do tempo, passaram a fundar pequenas lojas de comércio (armarinhos) nos centros urbanos e prosperaram. Ficaram conhecidos como "turcos", pois, no início da imigração, sírio-libaneses eram cidadãos (árabes) do Império Turco-Otomano.

Esse grupo se destacou, uma vez que, dotados de um espírito empresarial, esses imigrantes logo prosperaram, se tornando atacadistas e grandes industriais, especialmente do ramo varejista. É notável a presença de descendentes de libaneses e sírios na medicina e na política.

O fluxo de imigrantes sírio-libaneses também foi acompanhado por armênios que viviam em regiões próximas.

Chineses e coreanos

Templo budista Zu Lai, em Cotia (SP)

A medida que cessava do fluxo de imigrantes japoneses, aumentou o fluxo de imigrantes oriundos de territórios que tinham pertencido ao Japão como chineses de Taiwan e coreanos. É interessante notar que estes imigrantes que chegavam no Brasil nas décadas de 1960 e 1970 eram pessoas que tinham aprendido a falar fluentemente japonês nas escolas durante o período de ocupação japonesa.

Chineses e coreanos geralmente dedicaram-se ao pequeno comércio das grandes cidades, especialmente São Paulo.

Imigrações recentes

Pessoas autorizadas a trabalhar no Brasil oriundas de países sul-americanos em 2009.

Na década de 1960, o Brasil deixou de receber grandes levas de imigrantes. Os portugueses, que eram os únicos que ainda imigravam em massa para o Brasil, passaram a deslocar-se preferencialmente para outros países da Europa.[50] Na década de 1970, houve algum fluxo de imigrantes entrando no Brasil, vindo principalmente da Coreia do Sul, China, Bolívia, Peru, Paraguai e de países africanos. Esses imigrantes, porém, já não tinham o impacto demográfico que tiveram as outras imigrações mais antigas no Brasil.[51]

Festejos de carnaval da comunidade boliviana de São Paulo

Na década de 1980, considerada a década perdida na América Latina, com desemprego em alta e inflação galopante,[52] o Brasil tornou-se um país de emigração, no qual mais saíam pessoas do que entravam.[53]

Nos últimos anos, contudo, o número de imigrantes no Brasil tem crescido de forma robusta. Segundo dados da Polícia Federal, 1 847 274 estrangeiros residiam no Brasil em março de 2015. Desses, 1 189 947 eram "permanentes"; 595 800 "temporários"; 45 404 "provisórios"; 11 230 "fronteiriços"; 4 842 "refugiados" e 51 "asilados". Três fatores explicam o aumento da imigração para o Brasil: o declínio da taxa de crescimento populacional brasileira, que abre espaço no mercado de trabalho para os estrangeiros; as barreiras impostas nos países desenvolvidos à entrada de imigrantes, o que desloca a migração Sul-Norte para um padrão Sul-Sul e a ampliação da presença de empresas brasileiras no exterior, fazendo com que estrangeiros passem a ver o Brasil como um país de oportunidades.[54]

O aumento no número de estrangeiros no Brasil vem sendo acompanhado por certa oposição de parcela da sociedade e da mídia. A despeito disso, segundo a socióloga Patricia Tavares, os imigrantes estão chegando e sendo contratados e "trazendo ao país um conhecimento que o brasileiro muitas vezes ainda não possui".[54] Segundo o ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, o Brasil precisaria absorver pelo menos seis milhões de profissionais estrangeiros para suprir a carência de mão de obra qualificada que existe no país, carência essa que compromete seriamente o desenvolvimento da economia brasileira. Os imigrantes compõem apenas 0,9% da população brasileira, quando a média mundial é de 3%,[55] sendo maior em países como Alemanha (9%),[56] Estados Unidos (13,6%) ou Austrália (25%).[57]

A legislação imigratória brasileira é considerada a segunda mais rígida e burocrática do mundo, depois da China. Isso dificulta a entrada de uma mão de obra mais qualificada no país. No primeiro semestre de 2011, 50 mil portugueses iniciaram trâmites para adquirir um visto de residência no Brasil,[58] porém somente 1.564 imigrou de fato para o país.[59] Segundo uma pesquisa da Secretaria de Assuntos Estratégicos, 73,7% dos brasileiros são a favor da chegada de estrangeiros com elevada qualificação profissional, ao passo que 74,3% são contrários a imigrantes sem documentação.[60]

Imigrantes do Haiti em alojamento improvisado em Brasileia, no Acre.

Dentre os fluxos migratórios recentes no Brasil, destacam-se os imigrantes bolivianos, que são empregados nas pequenas indústrias de roupas de São Paulo, em geral propriedade de imigrantes coreanos.[61] Muitos bolivianos vivem no Brasil sem documentação e são explorados e submetidos a jornadas exaustivas de trabalho. O embaixador Jerjes Justiniano estimou que pode haver entre 50 e 100 mil bolivianos trabalhando em situação análoga à de escravo no Brasil.[62] Imigrantes colombianos também cruzam a fronteira aos milhares, fugindo do conflito armado na Colômbia.[63]

A presença brasileira na Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti, a partir de 2004, ampliou as relações entre os dois países e uma das consequências foi o aumento da imigração haitiana no Brasil. A rota aberta pelos haitianos no Acre é muito usada desde 2008 por imigrantes do Senegal, que se deslocam em especial para o Rio Grande do Sul.[64]

Devido à diáspora bolivariana, em 2017 mais de 40 000 novos refugiados venezuelanos procuraram abrigo somente em Boa Vista, no estado de Roraima, no norte do país, causando assim uma crise de refugiados venezuelanos no Brasil.[65]

Pessoas autorizadas a trabalhar no Brasil oriundas de países norte-americanos em 2009.
  4040 pessoas.
  684 pessoas.
  368 pessoas.
Pessoas autorizadas a trabalhar no Brasil oriundas de países europeus em 2009.
  2 528 a 648 pessoas.
  523 a 184 pessoas.
  177 a 50 pessoas.
Países europeus e levantinos de onde houve imigração significativa para o Brasil, início da metade do século XX.
  1º
  2º
  3º
  4º
Total de estrangeiros autorizados a trabalhar no Brasil por estado em 2009.
Pessoas autorizadas a trabalhar no Brasil por origem em 2009. Organizadas por maior ascendência.
  Estadunidense
  Italiano
  Português
  Chinês
  Espanhol
  Cubano
  Inglês
  Alemão
  Francês
  Japonês

Imigrantes atuais no Brasil por país de origem

Colocação País Total
1 BolíviaBolívia 38 826 (censo de 2010);[50] 50 240[17] 350 000[66] - 550 000[67](outras estimativas)
2 PortugalPortugal 137 973[59] 277 727[17]
3 Estados UnidosEstados Unidos 70 000[68]
4 HaitiHaiti 50 000[69]
5 JapãoJapão 49 038[50] 91 042[70]
6 VenezuelaVenezuela 30 000 a 60 000 (estimativas de 2018)[71]
7 ParaguaiParaguai 39 222[50]
8 ItáliaItália 37 146[50] 73 126[17]
9 EspanhaEspanha 30 723[50] 59 985[17]
10 ArgentinaArgentina 29 075[72] 42 202[17]
11 ChileChile 28 371[73]
12 UruguaiUruguai 24 031[50]
13 PolóniaPolônia 22 467
14 PeruPeru 20 000
15 AlemanhaAlemanha 16 227[50]
16 CubaCuba 14 462[74]
17 UcrâniaUcrânia 10 234
18 ChinaChina 9 227
19 AngolaAngola 5 000
20 LíbanoLíbano 4 974
21 ColômbiaColômbia 4 159[75]

Estrangeiros pedintes de refúgio no Brasil em 2018

Os dados são dentre os meses de janeiro a abril do mesmo ano.[76]

Colocação País Total
1 VenezuelaVenezuela 14 449
2 HaitiHaiti 1 428
3 CubaCuba 733
4 ChinaChina 461
5 BangladeshBangladesh 326

Grupos étnicos imigrantes

Imigrantes portugueses

Ver artigo principal: Imigração portuguesa no Brasil
Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro, fundado por um grupo de imigrantes portugueses. É a maior biblioteca de autores portugueses fora de Portugal.[77]

Os portugueses representam o maior contingente de imigrantes entrados no Brasil. O censo de 2010 encontrou 137 973 portugueses no Brasil,[50] concentrados nos grandes centros urbanos, com destaque especial para o Rio de Janeiro e São Paulo.

O fluxo imigratório português se acelerou a partir do ciclo do ouro, em Minas Gerais (século XVIII), e manteve-se relativamente elevado até a década de 1950; a partir daí, os portugueses passaram a emigrar para a França, Alemanha e outros países europeus, graças à recuperação econômica do continente. Na década de 1970, devido ao processo de descolonização, o Brasil recebeu uma onda de imigrantes portugueses provenientes, principalmente, das ex-colônias portuguesas na África (Angola e Moçambique).

Imigrantes italianos

Ver artigo principal: Imigração italiana no Brasil

A imigração italiana no Brasil foi intensa, tendo como ápice a faixa de tempo entre os anos de 1880 e 1930. A maior parte do Imigrantes Italianos foram para São Paulo, Minas Gerais e para estados da região sul do Brasil: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

São Paulo tornou-se o maior pólo receptor de italianos, que inicialmente se encaminharam para as zonas cafeicultoras do interior. Em pouco tempo, entretanto, acabaram por migrar para a capital, vindo a se constituir uma importante mão de obra para a indústria que então se iniciava na cidade.

Os italianos influenciaram muito na cultura, arquitetura, música e até na forma do paulistano falar. Durante muito tempo, na maioria dos bairros da cidade de São Paulo, se falava mais italiano e dialetos mediterrâneos (Língua vêneta, Língua napolitana etc) do que o próprio português. Com o tempo e com o nascimento dos filhos oriundis, isso acabou influenciando a criarem uma espécie de dialeto que usa expressões e palavras em italiano e dialetos, misturado a palavras em português, criando um "Paulistanês" ainda hoje muito falado em bairros tradicionais de imigrantes italianos principalmente pelos Mooquenses (Moradores do bairro da Mooca).

Nos bairros de maior concentração de imigrantes e descendentes, como Brás, Bixiga e Mooca foram, fortemente mantidas, as tradições culturais e principalmente religiosas dos colonos, que mantinham sua fé e cultura através de reuniões nos clubes e festas de rua, com muita comida, bebida e música típica italiana.

No Brás, é feita uma das mais tradicionais festas de imigrantes italianos de São Paulo, A Festa de Nossa Senhora de Casaluce, organizada desde de 1900 pelos italianos e descendentes da região de Napoli. Também no bairro do Brás é feita a festa de San Vito Mártir, o padroeiro da cidade de Polignano a Mare, da região da Puglia, que foi trazida para cidade de São Paulo por imigrantes vindos do sul da Italia.

Na Mooca, a festa tradicional e de extrema devoção católica é para "San Gennaro", Santo padroeiro de Nápoles e de boa parte da Campânia, que é a terra de muitos dos imigrantes que se instalaram na Mooca. Além de ser o santo padroeiro do bairro, San Gennaro é padroeiro de Little Italy (Manhattan), bairro dos imigrantes italianos de Nova York; da Società Sportiva Calcio Napoli; e do Clube Atlético Juventus da Mooca.

No Bixiga, a festa dos italianos é a festa de Nossa Senhora Achiropita, realizada todos os anos durante os fins de semana de agosto e comemorada desde 1926 por imigrantes e descendentes de italianos da região da Calábria, no sul da Itália.

Os italianos deixaram suas marcas em todos os lugares que passaram, influenciando hábitos alimentares e linguísticos em todas as regiões onde se estabeleceram.

Imigrantes espanhóis

Ver artigo principal: Imigração espanhola no Brasil

Depois dos portugueses e italianos, é o terceiro maior contingente imigratório do Brasil. Fixando-se principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, iniciaram suas atividades em fazendas, mas acabaram por migrar para as cidades. Atualmente, tal como os portugueses, os espanhóis têm migrado para países europeus, sendo restrita sua participação entre os imigrantes que chegaram após 1970.[78]

Imigrantes alemães

Ver artigo principal: Imigração alemã no Brasil
Gramado, uma cidade marcada pelos traços alemães.

As primeiras levas de imigrantes alemães chegaram em 1824 e, desde então, deram preferência à região Sul do Brasil, onde fundaram a colônia de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. A partir de 1850, foram se instalando em Santa Catarina, sobretudo no vale do Itajaí, onde surgiram Brusque, Joinville e Blumenau, cidades de marcantes características alemãs. Atualmente, a cidade de São Paulo, sobretudo o bairro de Santo Amaro,[79] e os três estados sulinos abrigam quase a totalidade dos imigrantes alemães e seus descendentes brasileiros.[79]

Imigrantes japoneses

Bairro da Liberdade, em São Paulo.
Ver artigo principal: Imigração japonesa no Brasil

A imigração japonesa teve início em 1908, quando aportou no Brasil o navio Kasato Maru, com 165 famílias a bordo. Estabeleceram-se inicialmente no estado de São Paulo e depois no Pará, onde se desenvolve importante núcleo produtor de pimenta-do-reino (Tomé-Açu). Fixaram-se principalmente em colônias rurais, onde introduziram importantes inovações na indústria de hortifrutigranjeiros. Na cidade de São Paulo, foram se concentrando num bairro — a Liberdade —, que adquirindo características de sua cultura, perceptíveis principalmente nas ruas e cartazes. Além disso, instalados no cinturão verde em torno da cidade, são responsáveis pela maior parte do estabelecimento de frutas, legumes, verduras, aves e ovos para a população da metrópole paulista.

Atualmente, estima-se em mais de 1 milhão e 200 mil os japoneses e seus descendentes até a quarta geração vivendo no Brasil.[80]

Outros grupos imigrantes

Entre os do leste europeu, o maior destaque numérico cabe aos poloneses e ucranianos, que se fixaram, em sua maioria, no Paraná, dedicando-se à agricultura e pecuária.

Os sírio-libaneses (árabes) distribuem-se por todo o território nacional, dedicando-se a atividades predominantemente urbanas, como o comércio e a indústria. Vieram principalmente na segunda metade do século XIX e na primeira década do século XXI, mais precisamente em 2006, devido à segunda guerra do Líbano.

Os judeus, sobretudo de origem alemã e eslava, vieram para o Brasil principalmente às vésperas e durante a Segunda Guerra Mundial dirigindo-se para o Sul e o Sudeste. Passaram a dedicar-se, como os árabes, a atividades urbanas (especialmente comércio e indústria).

Museu da Imigração do Estado de São Paulo no bairro do Brás, em São Paulo.

Os Brasil passou a receber, durante os anos 1970, um expressivo número de sul-americanos, principalmente paraguaios, bolivianos, uruguaios, argentinos e chilenos. Nos anos 1980, o fluxo maior passou a ser de coreanos e chineses, sobretudo de Formosa, mas estes, como os latino-americanos, vivem em boa parte clandestinamente, uma vez que sua presença é impossibilitada por leis que estabelecem cotas máximas de imigrantes por nacionalidade[carece de fontes?].[81] Dados da prefeitura de São Paulo indicam que há cerca de 100 mil coreanos e descendentes vivendo no Brasil, grande parte deles na cidade de São Paulo.[82]

Já os russos se estabeleceram em Ponta Grossa, Paraná,[83][84] e os austríacos, em Treze Tílias, Santa Catarina.[85][86]

Dentre as regiões brasileiras, as que mais receberam imigrantes foram a Sul e a Sudeste, e principalmente o estado de São Paulo, que recebeu quase a metade dos imigrantes entrados no Brasil. Apenas na capital paulista, há imigrantes de mais de cem nacionalidades diferentes.

Atualmente, o ciclo migratório têm-se invertido, e o Brasil, que sempre recebeu imigrantes, passou a partir da década de 1980 do século XX por uma fase de surto emigratório. As diversas crises sócio-econômicas do país têm levado parcelas da população a procurarem saídas no exterior, especialmente nos Estados Unidos e na Europa. A melhoria econômica recente no Brasil com a moeda forte, aliada a outros fatores como a xenofobia crescente em diversos países, contribuem para um processo de retorno de levas de emigrados brasileiros (especialmente dos Estados Unidos, que passam por uma crise econômica) e a redução do fluxo emigratório observado até 2003.

Políticas de imigração do Brasil

Política de branqueamento do país

No final do século XIX, houve a disseminação no Brasil de conceitos de superioridade racial que tinham se desenvolvido e adquirido grande prestígio no exterior. O pensamento científico brasileiro da época, que era fortemente marcado pelo positivismo, adotou "teses científicas" de darwinismo social e eugenia racial para defender o branqueamento da população como fator necessário para o desenvolvimento do Brasil. A elite social e política brasileira, que era majoritariamente branca, passou a considerar como certo que o país não se desenvolvia porque sua população era, em sua grande maioria, composta por negros e mestiços. A imigração não era considerada somente um meio de suprir a mão de obra necessária na lavoura, ou de colonizar o território nacional coberto por matas virgens, mas também com meio de "melhorar" a população brasileira pelo aumento da quantidade de europeus.[87]

Refletindo o ideal de branqueamento, João Batista de Lacerda, diretor do Museu Nacional, e único sul-americano a apresentar um relatório no I Congresso Universal de Raças, em Londres, no ano de 1911, afirmou que: "no Brasil já se viram filhos de métis apresentarem, na terceira geração, todos os caracteres físicos da raça branca[...]. Alguns retêm uns poucos traços da sua ascendência negra por influência dos atavismo(…) mas a influência da seleção sexual (…) tende a neutralizar a do atavismo, e remover dos descendentes dos métis todos os traços da raça negra(…) Em virtude desse processo de redução étnica, é lógico esperar que no curso de mais um século os métis tenham desaparecido do Brasil. Isso coincidirá com a extinção paralela da raça negra em nosso meio".

A proposta de "branqueamento" da população brasileira com imigrantes europeus sempre foi apresentada como se fosse ciência comprovada. Entre seus defensores destacaram-se principalmente os médicos como Sílvio Romero em Pernambuco, Nina Rodrigues na Bahia e João Francisco Lacerda no Rio de Janeiro,[88] além do sociólogo Francisco José de Oliveira Viana, autor do livro clássico "Populações Meridionais do Brasil", publicado em 1918.[89] Nina Rodrigues, considerado o criador da Medicina Legal brasileira, escreveu nesta época: "a civilização ariana está representada no Brasil por uma fraca minoria da raça branca a quem ficou o encargo de defende-la (…) (dos) atos anti-sociais das raças inferiores…".

As políticas de imigração brasileira foram fortemente influenciadas pelas propostas de branqueamento que impregnaram o imaginário social e político brasileiro durante a primeira metade do século XX.[88] Deve-se ressaltar que esta política de imigração não foi típica do Brasil, mas comum em quase todos países das Américas, Oceania e, até, da Africa colonizados com população de origem europeia. Em geral, estes países, como por exemplo os Estados Unidos, restringiram até a entrada de imigrantes do sul da Europa (sul-italianos, espanhóis, portugueses, gregos, etc) enquanto beneficiavam a entrada de imigrantes do norte da Europa (ingleses, escoceses, alemães, suecos, noruegueses, etc).

Apesar disto, houve quem sugerisse a vinda de imigrantes da África ou da China para suprir a falta de mão de obra no Brasil. Chegou até a haver uma incipiente imigração de chineses, porém não houve continuidade, pois apenas europeus eram considerados civilizados o suficiente para imigrarem para o Brasil.[90]

Como consequência da política de branqueamento, hoje a maior parte dos brasileiros possui um número maior de ascendentes europeus do que africanos ou ameríndios, mesmos os autodeclarados negros. Além disto, entre os grupos brancos há um número maior de ascendentes negros do que em outros países.[91]

Primeiras leis de imigração da República

Em 1890, o presidente Deodoro da Fonseca e o ministro da Agricultura Francisco Glicério assinaram o decreto no 528 que determinava que a entrada de imigrantes da África e da Ásia dependeria da autorização do Congresso Nacional. O mesmo decreto não restringia, até incentivava, a imigração de europeus. O decreto teve que ser revogado em 1907 para permitir a entrada de imigrantes japoneses.[31]

Em 1902, o governo da Itália emitiu o decreto Prinetti que proibiu a imigração subsidiada de italianos para o Brasil. As fazendas de café sentiram a falta de trabalhadores com a diminuição da chegada de imigrantes e, então, o governo brasileiro passou a aceitar o recebimento de imigrantes japoneses, que se iniciou em 1908.

Lei de Cotas

Durante a Assembleia Nacional Constituinte de 1933, a ideia de "branqueamento" da população brasileira com imigrantes europeus foi defendida pelos médicos e deputados Miguel Couto (eleito pelo Distrito Federal, hoje Rio de Janeiro), Artur Neiva da Bahia e Antonio Xavier de Oliveira do Ceará. Juntos, eles pediam, principalmente, o fim da imigração dos degenerados "aborígenes nipões" (japoneses).[89]

O resultado foi a aprovação por larga maioria de uma lei que estabelecia cotas de imigração sem fazer menção a raça ou nacionalidade, e proibia a concentração populacional de imigrantes. Segundo o texto constitucional, o Brasil só poderia receber, por ano, no máximo 2% do total de imigrantes da cada nacionalidade que tinha imigrado nos últimos 50 anos. Apenas os portugueses foram excluídos dessa lei. Esta lei pouco afetou a imigração de europeus, como italianos e espanhóis, que já tinham entrado em grande quantidade no Brasil e cujo fluxo migratório era descendente. Entretanto, o regime de cotas, que irá vigorar até a década de 1980, restringiu a imigração de japoneses, assim como, futuramente, a de coreanos e chineses.

Com isso, a imigração foi gradativamente decaindo. Com as crises econômicas, o Brasil deixou de ser um país atrativo para os imigrantes.

Proposta de fim de imigração de japoneses

A Assembleia Nacional Constituinte de 1946 votou uma emenda no 3165 proposta pelo deputado carioca Miguel Couto Filho que dizia apenas: "É proibida a entrada no país de imigrantes japoneses de qualquer idade e de qualquer procedência". Na votação final, houve um empate com 99 votos contra e 99 a favor. O senador Fernando de Melo Viana, que presidia a sessão constituinte, exerceu então o voto de Minerva recusando a emenda. Por apenas um voto, a imigração de japoneses não foi proibida pela Constituição de 1946.[89]

Brasil: incentivo à imigração de mão de obra qualificada

Em 26 de julho de 2012, a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, por meio da portaria Nº 50, de 25 de julho de 2012, publicada no Diário Oficial da União, institui um Grupo de Trabalho para desenvolver estudos sobre a questão da imigração no Brasil. Está sendo feita uma análise do potencial do fluxo migratório, sua importância para o desenvolvimento do País e as formas de estimulá-lo. Com isso, pretende-se reunir subsídios para a formulação de propostas que possam aprimorar a política nacional de imigração existente e os projetos em tramitação sobre o tema.

Em uma breve análise histórica, estudo mostra o país chegou a ter 7,3% de sua população composta por imigrantes. Hoje tem apenas 0,3%. A população brasileira atual é 10 vezes maior que a população do início do século XX, mas o número de imigrantes no Brasil equivale à metade do existente em 1900.

Dentre as razões da ampliação de mão de obra estrangeira, em especial a qualificada, está o de se evitar o aumento dos custos de produção, facilitar a incorporação de novas tecnologias e inovação e favorecer o ambiente plural e meritocrático.

Impacto da imigração

A população brasileira foi formada pela união de seus habitantes indígenas aos milhões de imigrantes que chegaram ao longo de quinhentos anos. A diversidade étnica e cultural do Brasil deve-se em grande parte às diversas nacionalidades que escolheram ou foram obrigadas (no caso dos africanos subsaarianos) a emigrar. A miscigenação de diferentes raças compõe, assim, o rico mosaico étnico-cultural brasileiro.

Imigração para o Brasil, por nacionalidade e períodos[22]
Nacionalidade Período Total
1884-1893 1894-1903 1904-1913 1914-1923 1924-1933 1934-1944 1945-1949 1950-1954 1955-1959
Alemães 22 778 6 698 33 859 29 339 61 723 N/D 5 188 12 204 4 633 176 422
Espanhóis 113 116 102 142 224 672 94 779 52 405 N/D 4 092 53 357 38 819 683 382
Italianos 510 533 537 784 196 521 86 320 70 177 N/D 15 312 59 785 31 263 1 507 695
Japoneses - - 11 868 20 398 110 191 N/D 12 5 447 28 819 188 723
Portugueses 170 621 155 542 384 672 201 252 233 650 N/D 26 268 123 082 96 811 1 391 898
Sírios e Libaneses 96 7 124 45 803 20 400 20 400 N/D N/A N/A N/A 189 727
Outros 66 524 42 820 109 222 51 493 164 586 N/D 29 552 84 851 47.599 596.647
Total 979 572 852 11 1 006 617 503 981 713 132 N/D 92 412 338 726 247 944 4 734 494
População estrangeira, não naturalizada, nos censos de 1900 e 1920.[92]
Estado Período
População estrangeira (1900) Porcentagem da população População estrangeira (1920) Porcentagem da população
São Paulo 476 778 20,89% 820 567 17,87%
Distrito Federal (atual município do Rio de Janeiro) 195 894 24,14% 235 300 20,32%
Rio Grande do Sul 129 329 11,26% 136 076 6,23%
Minas Gerais 90 319 2,51% 80 061 1,36%
Rio de Janeiro 49 823 5,38% 48 401 3,10%
Paraná 39 457 12,06% 59 119 8,52%
Santa Catarina 21 179 6,61% 23 274 3,48%
Espírito Santo 20 124 9,59% 16 976 3,71%
Mato Grosso 95 0,08% 25 086 10,17%
Pará 2.201 0,5% 22 089 2,2%
Resto do Brasil 49 312 menos de 1% 46 208 menos de 1%
Total 1 074 511 6,2% 1 513 635 4,94%

No tocante ao período da "grande imigração", ocorrido entre 1880 e 1920, os censos de 1900 e 1920 mostram que cerca de 80% da população estrangeira no Brasil se concentrava nos estados da região Sudeste, zona mais rica do Brasil, onde estavam as melhores ofertas de trabalho. Os estados de São Paulo e a então capital, o Rio de Janeiro, eram os maiores receptores de imigrantes, sendo que os estrangeiros chegaram a compor 24,14% da população do Rio de Janeiro e 20,89% de São Paulo no ano de 1900. Os outros dois estados do Sudeste, Minas Gerais e Espírito Santo, também contavam com significativa presença estrangeira. Os outros 20% dos estrangeiros residentes se concentravam sobretudo nos estados do Sul, especialmente no Rio Grande do Sul. No resto do Brasil, a presença de estrangeiros era bastante reduzida, correspondendo a menos de 1% da população local.[92] A única exceção foi o estado do Pará, no extremo Norte, que recebeu significativo número de comerciantes portugueses nos primeiros anos do século XX.[93]

Em relação à nacionalidade, em praticamente todos os estados a maioria absoluta dos estrangeiros era proveniente da Europa. A única exceção era o estado do Mato Grosso, no qual a nacionalidade estrangeira mais numerosa em 1920 era a paraguaia. Na maioria dos estados, os italianos eram o grupo estrangeiro mais numeroso, com exceção da cidade do Rio de Janeiro e do estado homônimo, bem como do Pará, nos quais os portugueses eram os mais numerosos. As nacionalidades estrangeiras mais numerosas no Brasil eram a italiana, portuguesa, espanhola e alemã. Além dos europeus, havia uma presença notável de pessoas oriundas do Oriente Médio (da Síria e do Líbano), bem como do Japão. No Rio Grande do Sul, a comunidade uruguaia também era notável.[92]

Demógrafos brasileiros há muito tempo analisam o impacto demográfico que teve a onda de imigração para o Brasil nos séculos XIX e XX. De acordo com Judicael Clevelário,[94] a maioria dos estudos sobre o impacto da imigração têm seguido as conclusões de Giorgio Mortara das décadas de 1940 e 1950. Mortara concluiu que apenas cerca de 15% do crescimento demográfico do Brasil, de 1840 e 1940, deveu-se à imigração, e que a população de origem imigrante (imigrantes e descendentes) era de 16% da população total do Brasil.[95]

No entanto, de acordo com Clevelário, Mortara não levou devidamente em conta o crescimento endógeno total da população de origem imigrante,[96] devido à fixação predominantemente rural dos imigrantes (regiões rurais tendem a ter taxas superiores de natalidade que cidades). Clevelário, pois, além de ampliar os cálculos até 1980, os refez, chegando a conclusões um pouco diferentes.

Um dos problemas no cálculo do impacto da imigração é que as taxas de retorno dos imigrantes são desconhecidas. Clevelário fixou quatro diferentes hipóteses sobre as taxas de retorno. A primeira, que ele considera alta demais, é que 50% dos imigrantes voltaram a seus países de origem. A segunda é baseada na obra de Arthur Neiva, que supõe que a taxa de retorno do Brasil foi maior do que a dos Estados Unidos (30%), mas menor do que a da Argentina (47%). A terceira hipótese é de Mortara, que postula uma taxa de 20% para o século XIX, 35% para as duas primeiras décadas do século XX, e 25% para 1920. Embora o próprio Mortara considerava esta hipótese subestimada, Clevelário pensa que é mais próximo da realidade. A última hipótese, também sendo irrealista, coloca uma taxa de retorno de 0%.[97]

As conclusões de Clevelário são as seguintes: considerando a hipótese 1 (irrealisticamente baixa), a população de origem imigrante em 1980 seria de 14.730.710 pessoas, ou 12,38% da população total. Considerando a hipótese 2 (com base em Neiva), seria de 17.609.052 de pessoas, ou 14,60% do total da população. Considerando a hipótese 3 (com base em Mortara e considerada mais realista), seria de 22.088.829 de pessoas, ou 18,56% do total da população. Considerando a hipótese 4 (sem retorno nenhum), a população de origem imigrante seria de 29.348.423 pessoas, ou 24,66% do total.[98] Clevelário acredita que o número mais provável é de cerca de 18%, superior à estimativa anterior de Mortara de 1947.[99]

Segundo pesquisa de 2016 publicada pelo IPEA, em um universo de 46.801.772 nomes de brasileiros analisados, 18% deles tinham ao menos um sobrenome de origem não ibérica (germânico, italiano, leste europeu ou japonês).[100]

Línguas alóctones no Brasil

Ver artigo principal: Línguas do Brasil

Os estados de Santa Catarina[101][102][103] e Rio Grande do Sul possuem o Talian como patrimônio linguístico aprovado oficialmente no estado.[104] Além do Talian, o Rio Grande do Sul também possui o Riograndenser Hunsrückisch como patrimônio estadual,[105][106] enquanto o Espírito Santo possui as línguas pomerana, junto com a língua alemã, como patrimônios culturais estaduais.[107][108][109]

Há no Brasil estações de rádio em língua pomerana[110] e talian.[111] Em 2013 foi lançada no Brasil a revista Brasil Talian, que busca divulgar a língua talian.[112][113]

Também está em fase de produção o vídeo-documentário Brasil Talian,[114] com direção e roteiro de André Costantin e a produção executiva do historiador Fernando Roveda.[115] O pré-lançamento ocorreu em 18 de novembro de 2011, data que marcou o início da produção do documentário.[116][117]

Em Holambra (São Paulo) o holandês também é ensinado nas escolas, embora não seja co-oficial no município.[118][119] Há também diversos bairros étnicos no país, especialmente no Sul e no Sudeste: Alguns exemplos são Colônia, bairro alemão que surgiu através da Colônia Paulista, no distrito de Parelheiros;[120][121] Liberdade, reduto de imigrantes japoneses,[122][123] e Bixiga, reduto de imigrantes italianos,[124][125] ambos na cidade de São Paulo, enquanto no município de Piracicaba, os bairros Santa Olímpia e Santana, redutos de tiroleses, formam a Colônia Tirolesa de Piracicaba.[126][127] Já em Minas Gerais, há uma colônia pomerana no distrito de Vila Neitzel, em Itueta.[128][129][130]

Estados brasileiros que possuem patrimônios linguísticos aprovados oficialmente em âmbito estadual

Municípios brasileiros que possuem língua co-oficial talian (ou dialeto vêneto)

Rio Grande do Sul

Municípios em que a língua pomerana é co-oficial no Espírito Santo.
Municípios brasileiros que possuem língua co-oficial pomerana (ou Pommersch)
Espírito Santo
Santa Catarina
Rondônia
Municípios que oficializaram o ensino da língua pomerana (ou Pommersch)
Rio Grande do Sul
Municípios brasileiros que possuem língua co-oficial hunsriqueana (ou Hunsrückish)
Santa Catarina
Rio Grande do Sul
Municípios brasileiros que oficializaram o ensino da língua alemã
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
Municípios brasileiros que oficializaram o ensino da língua italiana
Espírito Santo
Paraná
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
São Paulo

Enclaves étnicos brasileiros sem uma legislação específica para a proteção da língua

Ainda há reconhecidas no Brasil diversas colônias formadas por imigrantes, que vieram a formar município, distritos ou bairros étnicos. Tais enclaves formam regiões, que embora ainda não tenham uma legislação específica para a proteção da língua alóctone, continuam sendo um reduto cultural de diferentes etnias. Algumas regiões são:

Amazonas
Tabatinga
  • os colombianos são a nacionalidade mais representativa do município, que guarda laços estreitos com o país vizinho.
Espírito Santo
Minas Gerais
Mato Grosso do Sul
Ponta Porã
  • município que faz fronteira seca com a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, tendo na nacionalidade paraguaia a maioria dos seus imigrantes e sendo influenciando grandemente pelo país vizinho em diversos aspectos culturais, como na culinária, na música e sobretudo no hábito do tereré [185]
Paraná
Rio de Janeiro
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
São Paulo

Ver também

Predefinição:Portal-Brasil

Referências

  1. AFP, Da (24 de janeiro de 2013). «Asiáticos e índios vêm de grupo chinês de 40 mil anos, mostra DNA». Ciência e Saúde 
  2. Fagundes, Nelson J. R. et al. "Mitochondrial Population Genomics Supports a Single Pre-Clovis Origin with a Coastal Route for the Peopling of the Americas". In: The American Journal of Human Genetics, 2008; 82:1–10
  3. a b http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv6687.pdf
  4. Ouro Vermelho, páginas 728 a 737, EDUSP, São Paulo, 2007)
  5. RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro, Companhia de Bolso, fourth reprint, 2008 (2008)
  6. «IBGE - Brasil: 500 anos de povoamento - território brasileiro e povoamento - portugueses». brasil500anos.ibge.gov.br 
  7. «IBGE - Brasil: 500 anos de povoamento - território brasileiro e povoamento - negros». brasil500anos.ibge.gov.br 
  8. «Regiões de origem dos Africanos desembarcados no Brasil». 2015. Consultado em 4 de junho de 2015 
  9. «"Brasil é um país de colonização mais africana do que europeia", diz historiador». operamundi.uol.com.br 
  10. «IBGE - Brasil: 500 anos de povoamento - território brasileiro e povoamento - japoneses - razões da emigração japonesa». brasil500anos.ibge.gov.br 
  11. Origem e destino dos imigrantes
  12. a b c d e f g DOMINGUES, Petrônio. Uma História Não Contada - Negro, Racismo e Branqueamento em São Paulo no Pós-Abolição. Editoria SENAC, 2003.
  13. a b c Oliveira, Lucia Lippi (2001). O Brasil dos Imigrantes 2ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. pp. 74–74. ISBN 8571105774 
  14. a b c Angelo Trento, Do outro lado do Atlântico: um século de imigração italiana no Brasil. Studio Nobel, 1989. ISBN 852130563X, 9788521305637.
  15. «IBGE - Brasil: 500 anos de povoamento - estatísticas do povoamento - imigração por nacionalidade (1884/1933)». brasil500anos.ibge.gov.br 
  16. «Tabela do MRE» (PDF). itamaraty.gov.br 
  17. a b c d e f «EXCLUSIVO: OS NÚMEROS EXATOS E ATUALIZADOS DE ESTRANGEIROS NO BRASIL.». oestrangeiro.org. 22 de maio de 2013 
  18. «Racismo contra imigrantes no Brasil é constante, diz pesquisador». BBC News Brasil 
  19. SOUZA, Wanessa de. As populações indígenas no território brasileiro
  20. «Aracruz [Celulose]. A questão indígena no Brasil e no Espírito Santo». aracruz.com.br 
  21. «Índios do Brasil - história, cultura, sociedade indígena, arte, tribos». www.suapesquisa.com 
  22. a b c IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
  23. Brasil: 500 Anos de Povoamento. Imigração Restrita: 1500-1700 (visitado em 16 de outubro de 2008)
  24. Bueno, Eduardo. Capitães do Brasil. São Paulo: Editora Objetiva, 2006
  25. Site Espaço Acadêmico
  26. Brasil: 500 Anos de Povoamento. Povoamento 1500-1700 (visitado em 16 de outubro de 2008)
  27. «IBGE Educa». IBGE - Educa 
  28. [1]
  29. IBGE. Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de janeiro : IBGE, 2000. Apêndice: Estatísticas de 500 anos de povoamento. p. 223 apud IBGE. Desembarques no Brasil (visitado em 23 de agosto de 2008)
  30. a b DORÉ, Andrea. Os Macaenses no Brasil. Lusotopie 2000, pp. 224-225 (visitada em 22 de agosto de 2008)
  31. a b c «LIMA, Silvio Cezar de Souza. Os filhos do império celeste: a imigração chinesa e sua incorporação à nacionalidade brasileira. Rede de Memória Virtual Brasileira (visitada em 22 de agosto de 2008)». bn.br 
  32. Imigração no Brasil Colégio São Francisco
  33. Os Russos e o Brasil News of Russia
  34. «CÂMARA DE COMÉRCIO E INDUSTRIA BRASIL _ RUSSIA». www.brasil-russia.com.br 
  35. TOLEDO, Renato Pompeu de. À Sombra da Escravidão (visitada em 22 de agosto de 2008) [ligação inativa]
  36. STEIN, Stanley J.; Vassouras - Um Município Brasileiro do Café. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1990
  37. SANTOS, Sales Augusto dos. Historical roots of the "whitening" of Brazil. Translated by Lawrence Hallewell. Latin American Perspectives. Issue 122, Vol. 29 No I, January 2002, p 62.
  38. KOWARICK, Lúcio. Trabalho e Vadiagem: A Origem do trabalho Livre no Brasil. Editoria Brasiliense, 1987.
  39. a b HASENBALG, Carlos. Discriminação e Desigualdades Raciais no Brasil. Editoria UFMG, 2005.
  40. a b Monsma, Karl. «Advantages for immigrants, disadvantages for Blacks: employment, property, family structure, and literacy in post-abolition Western São Paulo». Dados. 53 (3): 509–543. doi:10.1590/S0011-52582010000300001 – via SciELO 
  41. STEIN, Stanley J.; "Vassouras: Um município brasileiro do café, 1850-1910". Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1990
  42. a b Entrada de estrangeiros no Brasil
  43. a b «O Programa de Colonização no Rio Grande do Sul». www.ub.edu 
  44. «Gli italiani in Brasile» (PDF). consultanazionaleemigrazione.it 
  45. Melina Roberto Rovina (maio de 2012). «Fogo cruzado : os imigrantes Italianos entre o barrete frígio e o saco de coar café» (PDF-download com cadastro). Biblioteca Digital da UNICAMP. Consultado em 21 de janeiro de 2014 
  46. «IMIGRANTES PORTUGUESES: ANARQUISTAS E COMUNISTAS SOB O OLHAR DO DEOPS» (PDF). anpuhsp.org.br 
  47. [file:///C:/Users/dias/Downloads/206%20(1).pdf ANARQUISMO ITALIANO E IMIGRAÇÃO AO BRASIL]
  48. Imigrantes: histórias de fracassos no outro lado do Atlântico
  49. Carlos Hansenbalg (2005). Discriminação e Desigualdades Raciais no Brasil. [S.l.]: Humanitas. pp. 316–316 
  50. a b c d e f g h i «MIGRAÇÃO BRASIL – EUROPA» (PDF) 
  51. [2]
  52. «Preço do milagre». Gazeta do Povo 
  53. Brzozowski, Jan (1 de agosto de 2012). «International migration and economic development». Estudos Avançados. 26 (75): 137–156. doi:10.1590/S0103-40142012000200009 – via SciELO 
  54. a b «O panorama da imigração no Brasil». EXAME. 7 de julho de 2015 
  55. Borges, Beatriz (5 de julho de 2014). «A qualificação de profissionais será chave para o crescimento econômico do Brasil». EL PAÍS 
  56. http://www.pordata.pt/Europa/Popula%C3%A7%C3%A3o+estrangeira+em+percentagem+da+popula%C3%A7%C3%A3o+residente-1624 População estrangeira em % da população residente na Europa]
  57. Statistics, c=AU; o=Commonwealth of Australia; ou=Australian Bureau of (15 de setembro de 2010). «Chapter - Overseas born population (3.6)». www.abs.gov.au 
  58. «Guarda Costeira da Argélia interceptou barco com imigrantes espanhóis, diz jornal». operamundi.uol.com.br 
  59. a b «Emigração Portuguesa Relatório Estatístico 2014» (PDF) 
  60. Martín, María (8 de junho de 2015). «Atrasado no contexto mundial, Brasil estuda agora como atrair imigrantes». EL PAÍS 
  61. {{citar web|url=http://www.metodista.br/cidadania/numero-26/imigrantes-bolivianos-vivem-como-escravos-em-sao-paulo%7Ctítulo=Imigrantes bolivianos vivem como escravos em São Paulo] [[Universidade Metodista de São Paulo]|website=metodista.br}}
  62. Presse, France (8 de março de 2013). «La Paz: Brasil empregaria como escravos de 50.00 a 100.000 bolivianos». Mundo 
  63. Refúgio no Brasil BBC Brasil (vídeo)
  64. Cidades do interior gaúcho recebem onda de migração senegalesa, Folha de S. Paulo
  65. Venezuela: Com mais de 40.000 venezuelanos em Roraima, Brasil acorda para sua 'crise de refugiados', El País Brasil
  66. «Consulado Boliviano estima presença de 350 mil bolivianos no Brasil» 
  67. «Até 500 mil bolivianos podem estar morando em São Paulo» 
  68. «70,000 american citizens live in Brazil» 
  69. «Brasil terá 50 mil imigrantes até o fim do ano» 
  70. «EXCLUSIVO: OS NÚMEROS EXATOS E ATUALIZADOS DE ESTRANGEIROS NO BRASIL.». 22 de maio de 2013 
  71. «3 dados sobre venezuelanos no Brasil que contrariam o senso comum». Nexo Jornal 
  72. «Os números de estrangeiros no Brasil» 
  73. «Chilenos no exterior» (PDF) 
  74. «Mapeamento dos 14 mil médicos cubanos espalhados pelo Brasil» 
  75. «Colombianos no exterior» 
  76. «Número de estrangeiros que pediram refúgio no Brasil aumenta 161% em 2018; maioria é de venezuelanos» 
  77. [http://www.realgabinete.com.br/ «RGPL - Real Gabinete Portugu�s de Leitura»]. www.realgabinete.com.br  replacement character character in |título= at position 29 (ajuda)
  78. BABIANO, José; FARRÉ, Sebastián (2002). «La emigración española a Europa en los años 70: Francia y Suiza como países de acogida». Fundacion Instituto de Historia Social (em espanhol). Consultado em 27 de janeiro de 2011 
  79. a b PACIEVITCH, Thais. «Imigração Alemã no Brasil». Info Escola. Consultado em 27 de janeiro de 2011 
  80. http://www.terrabrasileira.net/folclore/influenc/japones.html  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  81. ANTUNES, Celso. Outros grupos imigrantes. In: ____________. Geografia do Brasil: 2º grau. São Paulo: Scipione, 1990. p. 135.
  82. (PDF) http://www.pucsp.br/rever/rv3_2004/p_shoji.pdf  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  83. Os Estrangeiros no Povoamento
  84. História da Cidade, Prefeitura de Ponta Grossa
  85. «Treze Tílias, Uma Cidade Fundada Por Imigrantes Austríacos». imigrantesbrasil.com 
  86. «Treza Tílias». tirolerfest.com.br 
  87. VAINFAS, Ronaldo. Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, p 152
  88. a b ENNES, Marcelo Alario. "Imigração e Direitos na Região Noroeste Paulista". Estudos de Sociologia, Recife: Revista do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPE, vol. 12, n. 1, pp.58-59 (Visitado em 16 de outubro de 2008)
  89. a b c SUZUKI Jr, Matinas. História da discriminação brasileira contra os japoneses sai do limbo in Folha de S.Paulo, 20 de abril de 2008 (visitada em 17 de agosto de 2008)
  90. «LIMA, Silvio Cezar de Souza. Determinismo biológico e imigração chinesa em Nicolau Moreira (1870-1890), pp. 104. Dissertation of Master degree in History of Health Sciences. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2005» (PDF). fiocruz.br 
  91. Suarez-Kurtz, Guilherme; Sortica, Vinicius A.; Romano-Silva, Marco A.; Rios-Santos, Fabrício; Ribeiro-dos-Santos, Ândrea Kely Campos; Racciopi, Clarice; Perini, Jamila A.; Ojopi, Élida B.; Moraes, Milene Raiol de; Moraes, Maria Elisabete Amaral de; Moraes, Manoel Odorico; Montenegro, Raquel Carvalho; Magno, Luiz Alexandre Viana; Kohlrausch, Fabiana; Kehdy, Fernanda de Souza Gomes; Hutz, Mara H.; Genro, Julia Pasqualini; Fuchshuber-Moraes, Mateus; Pietro, Giuliano Di; Pena, Sérgio D. J. (16 de fevereiro de 2011). «The Genomic Ancestry of Individuals from Different Geographical Regions of Brazil Is More Uniform Than Expected». PLOS ONE. 6 (2): e17063. PMC PMC3040205Acessível livremente Verifique |pmc= (ajuda). PMID 21359226. doi:10.1371/journal.pone.0017063 – via PLoS Journals 
  92. a b c «"Censos demográficos brasileiros"» 
  93. http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2010/docs_pdf/tema_1/abep2010_2086.pdf
  94. http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/rev_inf/vol14_n1e2_1997/vol14_n1e2_1997_3artigo_51_71.pdf
  95. Mortara, Giorgio. O aumento da População do Brasil Entre 1872 e 1940.
  96. http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/rev_inf/vol14_n1e2_1997/vol14_n1e2_1997_3artigo_51_71.pdf p.52
  97. http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/rev_inf/vol14_n1e2_1997/vol14_n1e2_1997_3artigo_51_71.pdf p.57
  98. http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/rev_inf/vol14_n1e2_1997/vol14_n1e2_1997_3artigo_51_71.pdf Tabela 5, p.59; Tabela 6, p.60.
  99. .http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/rev_inf/vol14_n1e2_1997/vol14_n1e2_1997_3artigo_51_71.pdf Abstract, p. 71.
  100. Leonardo Monasterio (setembro de 2016). «SOBRENOMES E ANCESTRALIDADE NO BRASIL» (PDF). IPEA. Consultado em 17 de novembro de 2016 
  101. a b «LEI-014951». server03.pge.sc.gov.br 
  102. «Portal Caçador Online». Portal Caçador Online 
  103. «Fóruns sobre o Talian - Eventos comemoram os 134 anos da imigração italiana». editorasaomiguel.com.br 
  104. a b {{citar web|url=http://www.ipol.org.br/ler.php?cod=597%7Ctítulo=Aprovado projeto que declara o Talian como patrimônio do RS], acessado em 21 de agosto de [[2011]|website=ipol.org.br}}
  105. a b «Sistema Legis». www.al.rs.gov.br 
  106. a b «Texto da Norma». www.al.rs.gov.br 
  107. a b c d e f «O povo pomerano no ES». rog.com.br 
  108. a b «Plenário aprova em segundo turno a PEC do patrimônio». ipol.org.br 
  109. «ALEES - PEC que trata do patrimônio cultural retorna ao Plenário». revistajuridica.com.br 
  110. «Pommer Rádio, programação». pommerradio.com.br 
  111. Radio Talian, Scomìnsio
  112. «Revista Talian Brasil». talian.net.br 
  113. Revista Talian Brasil, Taliani nel mondo
  114. «Filme Brasil Talian é pré-lançado». radiosolaris.com.br 
  115. «Brasil Talian documentado em filme». radiosolaris.com.br 
  116. «Marisa busca apoio para documentário sobre cultura italiana produzido em Antonio Prado». marisaformolo.com.br 
  117. «Brasil Talian é co-produzido em Trento». radiosolaris.com.br 
  118. «Imigrantes no Brasil - InfoJovem». infojovem.org.br 
  119. «O panorama lingüístico brasileiro: A coexistência de línguas minoritárias com o português» (PDF). usp.br 
  120. a b «Colônia, o bairro alemão, tem festa típica». VEJA SÃO PAULO 
  121. a b «Colônia Paulista». saopaulominhacidade.com.br 
  122. a b «Untitled Document». www.portal-bairro-liberdade.com.br 
  123. a b «Governo do Estado de São Paulo». Governo do Estado de São Paulo 
  124. a b «Bairro do Bixiga». cidadedesaopaulo.com 
  125. a b Lorenzon, Hermes. «Bairro do Bixiga, reduto italiano em São Paulo». origineitaliana.blogspot.com 
  126. «Bexiga e Liberdade». uol.com.br 
  127. «Os italianos de Bixiga, São Paulo» (PDF). up.pt 
  128. Descendentes de etnia germânica vivem isolados em área rural de Minas
  129. «Pomeranos em busca de recursos federais». brasilalemanha.com.br 
  130. {{citar web|url=http://www.guiaresplendor.com.br/noticias/resistencia-cultural%7Ctítulo=Resistência cultural - Imigrantes que buscaram no Brasil melhores condições de vida, ficaram isolados e sem apoio do poder público], acessado em 2 de novembro de [[2011]|website=guiaresplendor.com.br}}
  131. [http://www.serafinacorrea.rs.gov.br/site/noticia/noticia_detalhe.php?gCdNoticia=406 «Município de Serafina Corr�a Vereadores aprovam o talian como l�ngua co-oficial do munic�pio»]. www.serafinacorrea.rs.gov.br  replacement character character in |título= at position 27 (ajuda)
  132. Talian em busca de mais reconhecimento
  133. «A escolarização entre descendentes pomeranos em Domingos Martins» (PDF). ufes.br 
  134. a b «A co-oficialização da língua pomerana» (PDF). farese.edu.br 
  135. No Brasil, pomeranos buscam uma cultura que se perde, acessado em 21 de agosto de 2011
  136. {{citar web|url=http://www.pmsmj.es.gov.br/pgn/1282439/educacao-lingua-e-cultura-pomerana-alcancam-100/%7Ctítulo=Língua e cultura pomerana alcançam 100% da rede municipal de Santa Maria], acessado em 16 de fevereiro de [[2014]|website=es.gov.br}}
  137. «Lei dispõe sobre a cooficialização da língua pomerana no município de Santa maria de Jetibá, Estado do Espírito Santo». ipol.org.br 
  138. PRODEST. «SECULT - Secretaria de Estado da Cultura». SECULT 
  139. «Pomerode institui língua alemã como co-oficial no Município.». leismunicipais.com.br 
  140. «Patrimônio - Língua alemã». vemprapomerode.com.br 
  141. [http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000101925 «Documento n�o encontrado»]. www.bibliotecadigital.unicamp.br  replacement character character in |título= at position 12 (ajuda)
  142. «Sessão Solene em homenagem a Comunidade Pomerana». prefeituraespigao.com.br 
  143. «Ontem e hoje : percurso linguistico dos pomeranos de Espigão D Oeste-RO - Artigos, TCC, Teses e Dissertações». www.academicoo.com 
  144. Comunidade Pomerana realiza sua tradicional festa folclórica
  145. «clicRBS Canguçu » Arquivo » Vereadores propõem ensino da língua pomerana nas escolas do município». clicrbs.com.br 
  146. «BANCADA PP COMENTA CO-OFICIALIZAÇÃO POMERANA - Canguçu em Foco». www.cangucuemfoco.com.br 
  147. «Projeto Pomerando tem repercussão na região - Jornal Tradição - O Elo da notícia até você». www.jornaltradicao.com.br 
  148. «Primeiros passos no resgate à escrita pomerana em São Lourenço do Sul - Jornal Tradição - O Elo da notícia até você». www.jornaltradicao.com.br 
  149. «Cooficialização da língua alemã em Antônio Carlos». ipol.org.br 
  150. «VEREADORES DE TREZE TÍLIAS SE REUNIRAM ONTEM». googleusercontent.com 
  151. «BOL - O e-mail grátis do Brasil». BOL 
  152. Um pedaço da Aústria no Brasil, Treze Tílias
  153. A sala de aula de alemão para falantes de dialeto: realidades e mitos
  154. Dialetos Hunsrik e Talian na ofensiva no Sul - Em Santa Maria do Herval, regiăo de Novo Hamburgo, RS, surge forte a mobilizaçăo em favor do Hunsrik - a faceta brasileira/latino-americana do Hunsrückisch. Em Serafina Correa, RS, floresce o talian - acessado em 21 de agosto de 2011
  155. «Cidade de Santa Maria do Herval Rio Grande do Sul - Cidades do meu Brasil». www.cidadesdomeubrasil.com.br 
  156. a b c Você fala hunsrik ou alemão? (Xprëche sii Hunsrik Xprooch oder deutsch?), Jornal Dois Irmãos
  157. «Câmara Municipal de Vereadores de Nova Petrópolis» (PDF). camaranovapetropolis.com.br 
  158. «Ata 047/2010» (PDF). camaranovapetropolis.com.br 
  159. «Art. 153 § 3º da Lei Orgânica». leismunicipais.com.br 
  160. Em Nova Petrópolis 100% da população é alfabetizada, quinto parágrafo
  161. «Lei Complementar nº 487/2004 de Blumenau». leismunicipais.com.br 
  162. Conselho da Língua Alemã de Blumenau: balanço e perspectivas
  163. «Lei Complementar 487/04 - Lei Complementar nº 487 de 25 de novembro de 2004, Câmara Municipal de Blumenau». Jusbrasil 
  164. Língua italiana na rede municipal de ensino
  165. «Aprovado em primeira votação, projeto emendado propõe um ano de caráter experimental em Venda Nova». es.gov.br 
  166. «Convênio para ensino da língua italiana em nível municipal». radiofmz.com.br 
  167. «LEI Nº 3018/2003 - 02.10.03 - Dispõe sobre a oficialização de aulas de língua italiana nas escolas da Rede Municipal de Ensino». pr.gov.br 
  168. «Lei Ordinária nº 3018/2003 de Francisco Beltrão, dispõe sobre a oficialização de aulas de língua italiana nas escolas». leismunicipais.com.br 
  169. «Elaboração de Projeto de Lei para o ensino obrigatório da língua italiana nas escolas municipais». camaraaprado.com.br 
  170. Língua italiana em Antônio Prado, Italiano integra currículo escolar
  171. «Lei 3113/08, Brusque». Jusbrasil 
  172. «Lei 3113/08 - Lei nº 3113 de 14 de agosto de 2008, Câmara Municipal de Brusque». Jusbrasil 
  173. «Art. 1 da Lei 3113/08, Brusque». Jusbrasil 
  174. «Secretaria de Educação esclarece a situação sobre o Ensino da Língua Italiana». sc.gov.br 
  175. «Lei 4159/01 - Lei nº 4159 de 29 de maio de 2001, Câmara Municipal da Criciuma». Jusbrasil 
  176. «Lei 4159/01, Criciuma». Jusbrasil 
  177. «Lei 2953/96 - Lei nº 2953 de 30 de setembro de 1996, Câmara Municipal da Braganca Paulista». Jusbrasil 
  178. «Lei municipal Nº 4.947/96». ceaam.net 
  179. «Home». Câmara Municipal de São Paulo 
  180. [http://www.polonicus.com.br/site/biblioteca_interna.php?cod=36 «POLONICUS - Revista de Reflex�o Brasil-Pol�nia»]. www.polonicus.com.br  replacement character character in |título= at position 30 (ajuda)
  181. «Vem ai a 13ª Festa do Imigrante Polonês de Águia Branca». prefeituradeaguiabranca.com.br 
  182. «História do Município». prefeituradeaguiabranca.com.br 
  183. «Cidade de Águia Branca Espírito Santo - Cidades do meu Brasil». www.cidadesdomeubrasil.com.br 
  184. «Consulado Geral da República da Polônia em São Paulo». consuladopoloniasp.org.br 
  185. a b c «As cidades do Brasil com mais moradores estrangeiros | EXAME». exame.abril.com.br. Consultado em 9 de junho de 2018 
  186. Letícia Fraga (2009). «Os "holandeses" de Carambeí e suas línguas: um estudo sobre atitudes lingüísticas» (PDF). Universidade Estadual de Ponta Grossa. Consultado em 6 de setembro de 2015 
  187. Letícia Fraga (2008). «O português dos holandeses de Carambeí: identidade e r-forte» (PDF). Universidade Estadual de Ponta Grossa. Consultado em 6 de setembro de 2015 
  188. «Bairro de Santa Felicidade em Curitiba». www.curitiba-parana.net 
  189. «Árabes e muçulmanos em Foz do Iguaçu e Ciudad del Este Notas para uma re-interpretação». Consultado em 6 de setembro de 2015 
  190. Tupiara Guareschi Ykegaya (2006). «Imigração Árabe em Foz do Iguaçu: A construção de uma identidade étnica» (PDF). Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Consultado em 6 de setembro de 2015 
  191. Adriana Della Vecchia (2013). «Políticas Linguísticas na Colônia "Alemã" de Entre Rios: O papel do Colégio Imperatriz Dona Leopoldina». Universidade Estadual de Ponta Grossa. Consultado em 6 de setembro de 2015 
  192. a b Antonio Leocadio Cabral Reis; Marcos Aurélio Tarlombani da Silveira. «A imigração polonesa no território parananese:Aspectos culturais e distribuição espacial das colônias polonesas no espaço geográfico paranaense» (PDF). Consultado em 6 de setembro de 2015 
  193. VALQUIRIA ELITA RENK (2009). «APRENDI FALAR PORTUGUÊS NA ESCOLA! O PROCESSO DE NACIONALIZAÇÃO DAS ESCOLAS ÉTNICAS POLONESAS E UCRANIANAS NO PARANÁ» (PDF). Universidade Federal do Paraná. Consultado em 6 de setembro de 2015 
  194. Alcimara Aparecida Foetsch (2007). «PAISAGEM, CULTURA E IDENTIDADE: OS POLONESES EM RIO CLARO DO SUL, MALLET (PR)». Revista Caminhos da Geografia. Consultado em 6 de setembro de 2015 
  195. Nossa Cidade, Marechal Cândido Rondon
  196. a b «Aulas trazem a Europa para dentro das escolas do Paraná». Agência Estadual de Notícias. 28 de dezembro de 2014. Consultado em 6 de setembro de 2015 
  197. Elvine Siemens Dück (2008). «O trilingüismo no Colégio Fritz Kliewer de Witmarsum (Paraná)» (PDF). Anais do CELSUL 2008. Consultado em 6 de setembro de 2015 
  198. Lourenço Resende da Costa (2012). «A Língua ucraniana no currículo escolar de algumas escolas de Prudentópolis-PR (1990-2010)» (PDF). ANPUH-RIO. Consultado em 6 de setembro de 2015 
  199. Márcio Pimenta (19 de setembro de 2014). «A Ucrânia no Paraná». Gazeta do Povo. Consultado em 6 de setembro de 2015 
  200. «Prefeitura do município de Rolândia». www.rolandia.pr.gov.br 
  201. «Tem início o mês polonês em São Mateus do Sul». Jornal Aconteceu. 7 de agosto de 2015. Consultado em 6 de setembro de 2015 
  202. «História». Prefeitura Municipal de São Mateus do Sul. Consultado em 6 de setembro de 2015 
  203. «Clube Finlândia - Mapa de Cultura RJ». mapadecultura.rj.gov.br 
  204. [3]
  205. «História». rotaromantica.com.br 
  206. «Walachai». itaucinemas.com.br 
  207. «Walachai entra no mapa». revistadehistoria.com.br 
  208. «SEDACTEL». SEDACTEL 
  209. Reuters, Da (23 de maio de 2013). «Estreia: 'Walachai' mostra colônia alemã peculiar do sul do Brasil». Cinema 
  210. «Documentário "Walachai" descreve comunidade peculiar do sul do Brasil». cinema.uol.com.br 
  211. Colonização, Hamburger Berg
  212. PORTO, Aurélio. O trabalho alemão no Rio Grande do Sul, Graf, Santa Terezinha, Porto Alegre, 1934, p.168.
  213. MONTALI, Lilia (1979). Dissertação de Mestrado em Sociologia – Universidade de São Paulo, ed. Do núcleo colonial ao capitalismo monopolista: produção de fumo em Santa Cruz do Sul. [S.l.: s.n.] 167 páginas 
  214. «Corpo Saudável - Corpo Saudável - Centenário da Imigração Judaica no Rio Grande do Sul». web.archive.org. 4 de novembro de 2009 
  215. «Dia Nacional da Suíça será comemorado em Joinville». sc.gov.br 
  216. «Swisscam - Filme mostra realidade de emigrantes suíços.». www.swisscam.com.br 
  217. swissinfo.ch, Luiz Carlos Beraldo, Curitiba. «Filme que conta emigração de suíços está pronto». SWI swissinfo.ch 
  218. «Aos suíços, o lugar na história de Joinville que lhes pertence». ndonline.com.br 
  219. «Filme "Suíços Brasileiros – Uma História Esquecida" será apresentado nesta sexta (29/6) em Joinville». sc.gov.br 
  220. «::Suiços ::». www.suicosbrasileiros.com.br 
  221. «Como tudo começou...». sc.gov.br 
  222. «Sul catarinense tem sotaque italiano». santacatarinaturismo.com.br 
  223. «Chegam os alemães e os italianos». santacatarinabrasil.com.br 
  224. WITTMANN, Angelina C. R. - A Ferrovia no Vale do Itajaí - Estrada de Ferro Santa Catarina -Blumenau: Edifurb, 2010. - 304 p.:il.
  225. «Centro Cultural da Vila Itoupava». arquivodeblumenau.com.br 
  226. [https://www.feriasbrasil.com.br/sc/blumenau/vilaitoupava.cfm «Vila Itoupava, Blumenau - Veja dicas no F�rias Brasil»]. www.feriasbrasil.com.br  replacement character character in |título= at position 42 (ajuda)
  227. «Manutenção». Santa Olímpia 
  228. Sitemas, Webline. «PREFEITURA MUNICIPAL DE PEDRINHAS PAULISTAS». www.pedrinhaspaulista.sp.gov.br. Consultado em 9 de junho de 2018 
  229. «Casa de España Sorocaba - Don Felipe II». www.casadeespanasorocaba.org.br. Consultado em 9 de junho de 2018 
  230. «home» 
  231. «A Cidade Brasileira Onde a Herança dos Confederados Norte-americanos Ainda Vive». Vice. 9 de fevereiro de 2015 
  232. «O Nikkei-go de Bastos». Descubra Nikkei (em inglês) 
  233. «Banco de Dados Folha - Acervo de Jornais». almanaque.folha.uol.com.br 
  234. «Mostra resgata história de judeus que ajudaram a construir o Bom Retiro - 14/09/2013 - Cotidiano». Folha de S.Paulo 
  235. Maria Margarida Carvalho De Silveira. «Desvendando o bairro de Higienópolis». Cidade do Conhecimento. Consultado em 14 de novembro de 2010 
  236. «HISTÓRIA DOS BAIRROS PAULISTANOS» 

Ligações externas

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Imigração no Brasil