Macapá

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Macapá
  Município do Brasil  
Vista noturna de Macapá.
Vista noturna de Macapá.
Vista noturna de Macapá.
Símbolos
Bandeira de Macapá
Bandeira
Brasão de armas de Macapá
Brasão de armas
Hino
Lema Macapá, cidade forte.
Gentílico macapaense
Localização
Localização de Macapá no Amapá
Localização de Macapá no Amapá
Localização de Macapá no Amapá
Macapá está localizado em: Brasil
Macapá
Localização de Macapá no Brasil
Mapa
Mapa de Macapá
Coordenadas 0° 02' 18.84" N 51° 03' 59.10" O
País Brasil
Unidade federativa Amapá
Região metropolitana Macapá
Municípios limítrofes Norte: Ferreira Gomes, Cutias e Amapá
Leste: Oceano Atlântico
Sudeste: Itaubal e o Delta do rio Amazonas.
Sudoeste: Santana
Noroeste: Porto Grande.
Distância até a capital 1 791 km[1]
História
Fundação 4 de fevereiro de 1758 (266 anos)
Administração
Distritos
Prefeito(a) Clécio Luis (sem partido, 2013 – 2016)
Características geográficas
Área total [3] 6 407,123 km²
População total (IBGE/2015[4]) 456 171 hab.
Densidade 71,2 hab./km²
Clima equatorial
Altitude 14 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[5]) 0,733 alto
PIB (IBGE/2013[6]) R$ 8 247 833 mil
PIB per capita (IBGE/2013[6]) R$ 18 862,71
Sítio Prefeitura de Macapá (Prefeitura)
Câmara Municipal de Macapá (Câmara)

Macapá é um município brasileiro, capital e maior cidade do estado do Amapá. Situa-se no sudeste do estado e é a única capital estadual brasileira que não possui interligação por rodovia a outras capitais.[7] Além disso, é a única cortada pela linha do Equador e que se localiza às margens do rio Amazonas. Macapá pertence à mesorregião do sul do Amapá, à microrregião homônima e está localizada no extremo norte do país, a 1 791 quilômetros de Brasília.

O município detém o 98º maior produto interno bruto da nação, com 5,21 bilhões de reais e é a quinta cidade mais rica do norte brasileiro, respondendo por 2,85% de todo o produto interno bruto (PIB) da região. Na Amazônia, é a terceira maior aglomeração urbana, com 3,5% da população de toda a Região Norte do Brasil,[4] reunindo em sua região metropolitana quase 560 mil habitantes. Aproximadamente 60% da população do estado está na capital.[8] Sua área é de 6.407 km² representando 4,4863 % do Estado, 0,1663 % da Região e 0,0754 % de todo o território brasileiro[9]

As estimativas de 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a população de Macapá é de 456 171 habitantes, sendo o 51° município mais populoso do Brasil e o quinto da Região Norte.

Etimologia

A toponímia é de origem tupi, como uma variação de "macapaba", que quer dizer lugar de muitas bacabas, uma palmeira nativa da região (Oenocarpus bacaba Mart.). Segundo o tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro, porém, o topônimo "Macapá" possui origem no termo da língua geral setentrional macapaba, que significa "lugar de macabas" (macaba, macaba + aba, lugar).[10] Segundo o Dicionário Aurélio, "macaba" é uma árvore frutífera sertaneja.[11] Antes de ter o nome de "Macapá", o primeiro nome concedido oficialmente às terras da cidade foi Adelantado de Nueva Andaluzia, em 1544, por Carlos V de Espanha, numa concessão a Francisco de Orellana, navegador espanhol que esteve na região.[12]

História

Macapá, capital do Amapá, fica situada na latitude 00° 02' 18.84" N e longitude 51° 03' 59.10" O. A toponímia é de origem tupi, como uma variação de "macapaba", que quer dizer lugar de muitas bacabas, uma palmeira nativa da região, a bacabeira, de nome científico Oenocarpus bacaba Mart. Antes de ter o nome de Macapá, o primeiro nome concedido oficialmente às terras da cidade foi Adelantado de Nueva Andaluzia, em 1544, por Carlos V de Espanha, numa concessão a Francisco de Orellana, navegador espanhol que esteve na região.

A história de Macapá se prende à defesa e à fortificação das fronteiras do Brasil Colônia, quando estabelecido um destacamento militar, criado em 1738. Posteriormente, na Praça São Sebastião (atual praça Veiga Cabral), a 4 de fevereiro de 1758, foi levantado o Pelourinho, na presença do Capitão General do Estado do Grão-Pará, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, fundando a Vila de São José de Macapá. A partir de então, foram surgindo edificações, até hoje preservadas, que constituem em verdadeiro patrimônio cultural, como a Fortaleza de São José de Macapá, uma das sete maravilhas brasileiras.

A antiga Intendência de Macapá, hoje em dia, é o Museu Histórico Joaquim Caetano da Silva. A data da inauguração deste prédio foi 15 de novembro de 1895, quando Coriolano Jucá era Intendente. O edifício, em estilo neoclássico, foi usado desde o período de Vila até o extinto Território Federal do Amapá, ornado com esculturas e figuras antropomorfas que representam as artes e a indústria. As pilhas, louvres e vasos foram confeccionados na arte da faiança em Portugal em 1932. Foi restaurado para abrigar a Prefeitura de Macapá, tendo como interventor do estado do Pará o major Magalhães Barata e como prefeito o também major Eliezer Levy.

A igreja de São José de Macapá é um marco histórico, cuja construção foi iniciada em 1752, seis anos antes da criação oficial da Vila de São José de Macapá. A igreja matriz foi inaugurada em 5 de março de 1761, sendo o Padre Joaquim Pair o seu primeiro vigário. A imagem original do padroeiro São José, esculpida em madeira, tem 35 cm de altura, sendo considerada uma das relíquias sacras mais importantes do Estado. Nas paredes, os quadros do Padre Lino retratam uma passagem bíblica. As pinturas: do lado esquerdo de quem adentra pela entrada principal está "Os Desterrados" ou fuga para o Egito; à direita está "São José Carpinteiro e o Menino Jesus". Já houve um período em que a paróquia ficou sem vigário por 40 anos. Em 1904, o padre Francisco Hiller e o intendente coronel Teodoro Mendes restauraram a igreja.

A Escola de 1º Grau Barão do Rio Branco foi a primeira escola em alvenaria de Macapá, tendo sido inaugurada em 13 de setembro de 1946, pelo governo do Território Federal do Amapá na gestão do capitão Janary Nunes. Nesta escola também funcionou o 1º cinema de Macapá, o ex-Cine Territorial. As máquinas não foram mais usadas e tudo está no mais completo abandono. Outros prédios, como o Mercado Central, o Hospital de Especialidades e a Maternidade Mãe Luzia também fazem parte de antigas construções das décadas de 1940, 50 e 60.

O Trapiche Eliezer Levy é uma homenagem ao então prefeito Eliezer Levy, que, na época, recebeu recursos do Interventor do Pará, Magalhães Barata, para execução da obra. Durante muito tempo foi o ponto de chegada e saída da cidade. Inspirou poetas como Alcy Araújo, que foi chamado de "Poeta do Cais". Antes do trapiche, as embarcações aportavam na chamada Pedra do Guindaste, onde hoje está a imagem de São José. Na última reforma, o trapiche recebeu uma estrutura de concreto, onde funciona um restaurante e um bondinho para transportar os frequentadores. As embarcações aportam em outros lugares, tais como o "igarapé das mulheres" e as rampas em frente ao bairro Santa Inês, próximo do centro comercial. O Trapiche Eliezer Levy, com 472 metros de comprimento, é uma das atrações turísticas da cidade.

Litígio com a França

No início do século XVIII, Francisco Xavier de Mendonça Furtado foi enviado pelo governo português para a direção do Extremo Norte com o fim de solucionar o problema de fortificação do Cabo Norte, então denominado Costa do Macapá, pois a coroa portuguesa vivia temerosa de ataque dos corsários franceses.

Em 1836, os franceses estabeleceram um efêmero posto militar na margem do lago Amapá, abandonado graças à intervenção britânica. Em 1841, Brasil e França concordaram em neutralizar o Amapá até a solução da pendência. No entanto, todas as conversações posteriores (1842, 1844, 1855, 1857) fracassaram. Só vingou uma declaração de 1862 sobre a competência comum para julgar os criminosos do território.

Primeira bandeira da República de Cunani (1886-1887).
Estados da República em 1889.

Em 1853, o senador Cândido Mendes de Almeida propôs a criação da província de Oiapóquia. As populações locais também pleitearam a medida em sucessivos memoriais (1859, 1870), sempre sem resultado. Em 1886 uma república francesa independente foi criada na região do Cunani, entre o Caciporé e o Calçoene. Para seu presidente, elegeu-se o aventureiro Jules Gros, que instalou o governo em seu apartamento em Paris, nomeou o ministério e criou uma ordem honorífica, a Estrela do Cunani, que lhe deu grandes lucros. O próprio governo francês encarregou-se, em 1887, de liquidar essa república, que ressurgiria por breve período em 1901 com o nome de Estado Livre de Cunani, sob a chefia de outro aventureiro, Adolphe Brezet, que também se intitulava duque de Brezet e de Beaufort e visconde de São João.

"O Marquês de Pombal expulsando os jesuítas" (Louis-Michel van Loo e Claude-Joseph Vernet, 1766).

Com a Proclamação da República no Brasil a situação na região fronteiriça ficou caótica. Seus habitantes elegeram, então, um triunvirato governativo (1894): Francisco Xavier da Veiga Cabral, chamado o Cabralzinho, cônego Domingos Maltês e Desidério Antônio Coelho. Os franceses nomearam capitão-governador do Amapá o preto velho Trajano, cuja prisão provocou a intervenção militar da Guiana. A canhoneira Bengali, sob o comando do capitão Lunier, desembarcou um contingente de 300 homens e houve luta. Lunier foi morto com 33 dos seus. França e Brasil assinaram um tratado de arbitragem (1897).

O barão do Rio Branco, vitorioso dois anos antes na questão de limites com a Argentina, foi encarregado (1898) de defender a posição brasileira perante o conselho federal suíço, escolhido como tribunal arbitral. Em 5 de abril de 1899, Rio Branco entregou sua "Memória apresentada pelos Estados Unidos do Brasil à Confederação Suíça", e, em 6 de dezembro do mesmo, ano uma segunda memória, em resposta aos argumentos franceses. Como anexo, apresentou o trabalho de Joaquim Caetano da Silva "O Oiapoque e o Amazonas", de 1861, em que se louvava e que constituía valioso subsídio ao estudo da matéria. Reunidos, os documentos formavam cinco volumes e incluíam um atlas com 86 mapas. A sentença, de 1º de dezembro de 1900, redigida pelo conselheiro federal coronel Edouard Müller, deu a vitória ao Brasil, que incorporou, a seu território, 260 000 quilômetros quadrados

Século XX à contemporaneidade

O presidente da República, Getúlio Vargas, a partir do decreto-lei nº 5 812, estabelece a criação dos territórios federais, dentre eles, o território do Amapá. Com o Decreto-Lei nº 6 550, a capital (que até então era o município de Amapá) passa a ser Macapá. O desenvolvimento da cidade foi lento no inicio do século XX, porém a intensa migração trouxe pessoas de várias partes da nação em busca de melhorias de vida. Os principais fatores foram os investimentos do governo federal em construção civil e a garimpagem por volta das décadas de 1970 e 1980. Na última década, o crescimento populacional da cidade foi de 40,45%.

Com o crescimento intenso de sua população, foram projetados bairros e conjuntos habitacionais para impedir as ocupações irregulares. Os bairros Boné Azul, Cidade Nova I e Cidade Nova II, para citar alguns exemplos, foram criados por Anníbal Barcelos com este objetivo. Mesmo assim, nos últimos anos, houve aumento no número de invasões de áreas de ressaca, o que contribuiu para acentuar os impactos ambientais.[13]

Política

Municipal

Entre a década de 1930 e meados da de 1940, o município teve prefeitos nomeados pelo governador do Pará, pois ainda pertencia ao Estado.

O prefeito da cidade de Macapá é Clécio Luis, eleito em outubro de 2012 com 50,59% dos votos válidos. O poder executivo da cidade é representado por ele e seu gabinete de secretários municipais, seguindo o modelo proposto pela Constituição Federal. Já o poder legislativo, é representado pela câmara municipal, ou seja, pelos 23 vereadores eleitos para cargos de quatro anos. Atualmente, a cidade tem 253,3 mil eleitores.

Símbolos municipais

À esquerda, a bandeira da cidade de Macapá e, à direita, o brasão.

Seu desenho consiste em um retângulo dividido em cinco faixas horizontais de diferentes larguras. A primeira, a terceira e a quinta são de mesma largura e mais largas que as demais e estão em vermelho, amarelo e verde, respectivamente. A segunda e a quarta, que são mais estreitas, estão em branco. No centro da bandeira está a representação de uma guarita da Fortaleza de São José de Macapá, na cor prata. O mesmo desenho também está presente do escudo do brasão municipal.

O Brasão de Armas do Município de Macapá, idealizado por Herivelto Maciel, consiste num escudo em cores verde, vermelho e branca, com contornos negros. Na parte superior, a data 1856 marca o ano em que Macapá foi elevada à categoria de Município pela Lei Estadual (do Pará, a qual o município estava vinculado) nº 281, de 6 de setembro de 1856.

E o hino, cujo autor é Terezinha de Jesus Bastos Fernandes, apresenta duas estrofes de oito versos, uma com cinco versos e a outra com quatro versos. Ele é uma marcha animada, executada em compasso quaternário. O hino é amparado pelo Decreto nº 264/92-PMM, de 1º de julho de 1992.

Subdivisões

Configuração dos bairros

Rua Leopoldo Machado, esquina com a Avenida FAB, no centro de Macapá.

Macapá, atualmente, conta com 59 bairros oficiais e cerca de seis conjuntos. Segundo dados da pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística a 2010, o bairro mais populoso do município é o Buritizal (Zona Sul) com 25.651 habitantes, seguido do Novo Horizonte (Zona Norte) com 24 360 moradores. Dentre os quinze bairros mais populosos da capital, cinco estão na Zona Norte da cidade, oito na Zona Sul e dois na Zona Central. A cidade possui cinco bairros que são banhados pelo Rio Amazonas: Cidade Nova, Centro, Perpétuo Socorro, Santa Inês e Araxá. O menor bairro da cidade é o Boné Azul, localizado na Zona Norte.

As áreas nobres da capital se localizam (na sua maioria) afastadas do centro comercial. Alguns exemplos são: Santa Rita, Alvorada, Cabralzinho, Buritizal e outros conjuntos residenciais fechados. Os edifícios residenciais estão localizados principalmente no Centro, no bairro do Trem e Santa Rita. Atualmente, a cidade conta com 162 739 moradias, segundo os últimos levantamentos.[carece de fontes?]

Região metropolitana

Ver artigo principal: Região Metropolitana de Macapá

A Região Metropolitana de Macapá (RMM), que conta com 509 883 habitantes, é uma área de livre comércio entre os municípios de Macapá e Santana que estão sofrendo o processo de conurbação, isto é, integração de duas (ou mais) cidades de forma física. A área metropolitana foi criada a 26 de Fevereiro de 2003 pela Lei Complementar Estadual nº 21 e abrange uma área total de 7 984,640 km². É a 32ª maior região metropolitana do Brasil.[14][15]

Geografia

A cidade está localizada na mesorregião do sul do Amapá e na microrregião de Macapá. A maior parte de seu território encontra-se acima da linha do Equador. Limita-se ao norte com o município de Ferreira Gomes, ao leste com o Oceano Atlântico, ao sudeste com Itaubal e ao sudoeste com Santana (cidade com a qual é conurbada). Macapá é uma cidade bem traçada.

Relevo

O relevo de Macapá é de formação rochosa, com grande potencial turístico, com uma altitude de 14 metros acima do nível do mar. E a cidade é cercada e entrecortada pelas chamadas "áreas de ressaca", que são áreas alagadas e de lagoas, onde parte do dia está coberta pelas águas e outras é um terreno lamacento.[16]

Solo

Existe a predominância de latossolos amarelos nos terrenos terciários detrítico-argilosos.[17]

Clima

Maiores acumulados de precipitação em 24 horas
registrados em Macapá por meses (INMET)[18][19]
Mês Acumulado Data Mês Acumulado Data
Janeiro 171,3 mm 17/01/2006 Julho 101,6 mm 08/07/1989
Fevereiro 215,8 mm 17/02/2004 Agosto 76,1 mm 04/08/1971
Março 166,4 mm 21/03/1973 Setembro 57,7 mm 02/09/1985
Abril 143,4 mm 01/04/1981 Outubro 85,8 mm 30/10/2011
Maio 175 mm 04/05/1974 Novembro 98,8 mm 20/11/1989
Junho 120,4 mm 21/06/2011 Dezembro 140,2 mm 09/12/2008
Período: 01/12/1967-presente

O clima do município de Macapá é quente e úmido, com temperatura máxima entre 33 °C e a mínima entre 23 °C. A sensação térmica no verão pode passar dos 40 °C. As chuvas ocorrem nos meses de dezembro a agosto, não chegando a atingir 3.000 mm. A estação das secas se inicia no mês de setembro e vai até meados de novembro, quando se registram as temperaturas mais altas.

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1967 (a partir de 1º de dezembro) a menor temperatura registrada em Macapá foi de 19,6 °C em 31 de janeiro de 1996,[20] e a maior atingiu 39,6 °C em 10 de novembro de 1987.[21] O maior acumulado de precipitação registrado em 24 horas foi de 215,8 mm em 17 de fevereiro de 2004. Alguns outros grandes acumulados foram 175 mm em 4 de maio de 1974, 171,3 mm em 17 de janeiro de 2006 e 166,4 mm em 21 de março de 1973.[22]

Dados climatológicos para Macapá
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 34,3 34,1 34,4 34,2 36 35,1 35,2 35,7 36,1 36,6 37,1 35,8 37,1
Temperatura máxima média (°C) 30,9 30,2 30,4 30,7 31,3 31,8 32,1 32,8 33,4 33,8 33,4 32,4 31,9
Temperatura média compensada (°C) 26,6 26,2 26,4 26,6 27 27,1 27,2 27,9 28,5 28,8 28,7 27,8 27,4
Temperatura mínima média (°C) 23,6 23,5 23,7 24 24,2 24 23,9 24,3 24,3 24,4 24,3 24 24
Temperatura mínima recorde (°C) 19,6 20,4 21,1 21,4 21,4 21 20,2 21 21 21 21 20,4 19,6
Precipitação (mm) 268,1 369,3 400,1 376,4 308,4 252,4 203,9 96,3 25,4 22,7 58,1 144,6 2 525,7
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 17 20 22 21 21 18 16 9 3 2 4 9 162
Umidade relativa compensada (%) 84,5 87,1 87,2 87,2 86,2 84,1 82,1 78 73,1 71 72,5 78,1 80,9
Horas de sol 158,1 117,1 120,9 125,8 164,5 198,9 234,3 267,6 273,6 285,3 254,9 215 2 416
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1991-2020; horas de sol: 1981-2010;[23] recordes de temperatura: 01/12/1967-presente)[18][19]

Vegetação

A vegetação de Macapá constitui-se principalmente de florestas, que predominam ainda em quase todo o município, onde o desmatamento provocado pela ação do homem ainda é pouco acentuado. Há árvores de grande porte como a samaumeira, acariquara, angelim, maçaranduba etc.[24]

Hidrografia

O município está inserido, quase que integralmente, na Bacia Hidrográfica do Rio Jari, com exceção da parte sul, que é de domínio do Rio Cajari.

A hidrografia da capital é diversificada, caracterizando-se por rios, igarapés, lagoas e cachoeiras, tendo como seus principais rios: o Amazonas, que passa em frente à cidade e, além de ser um dos seus cartões postais, é um dos maiores rios pesqueiros do mundo; e o Araguari, que desemboca no rio Amazonas, é onde há a maior concentração de cachoeiras do Estado do Amapá.

Além disso, existem ainda o Igarapé da Fortaleza, sendo este um dos mais importantes, pois separa o município de Macapá do município de Santana; e a Lagoa do Curiaú, onde há várias espécies de peixes.

Parques e espaços públicos

A cidade conta com um grande número de praças espalhadas por seu território. Uma das mais conhecidas é a Praça do Forte (também conhecida como Parque do Forte), que está localizada ao lado da Fortaleza de São José. Além de muito popular é também uma das mais visitadas. Outro importante espaço público é a Praça Barão do Rio Branco, que se localiza na Avenida Fab e foi fundada 1950. A atual praça Veiga Cabral, foi inaugurada com o nome de São Sebastião e ocorreu nela o lançamento da pedra fundamental da Igreja de São José de Macapá. Há a Praça Abdallah Houat que se encontra no complexo Beira-Rio a poucos metros do Rio Amazonas e a Praça Nossa Senhora da Conceição em frente a igreja de mesmo nome no bairro do Trem. Cada bairro do município tem sua praça própria.

Demografia

Macapá é uma cidade em constante expansão, com área de 6 407,123 km². Sua expansão se define pela divisão da cidade pela Delta do rio Amazonas. Estima-se que nesta cidade residam em torno de 456 171 habitantes, divididos em 195 497 homens e 202 416 mulheres, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2015, porém o Ministério da Saúde aumenta esse número em 5% quando são repassados recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) para a cidade, elevando-o para 417 809 moradores.[4] Uma população bastante miscigenada, praticamente todos os Estados brasileiros estão representados em Macapá. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Macapá possuía 212.539 eleitores em 2010.[25] Macapá teve considerável crescimento populacional a partir de 2000, como pode verificar no gráfico abaixo.

Evolução demográfica de Macapá


O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Macapá é considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sendo seu valor de 0,772. Considerando apenas a educação o valor do índice é de 0,904, enquanto o do Brasil é 0,849, o índice da longevidade é de 0,715 (o brasileiro é 0,638) e o de renda é de 0,697 (o do Brasil é 0,723).[26] Macapá possui a maioria dos indicadores acima da média segundo o PNUD. A renda per capita é de 11.962,88 reais, a taxa de alfabetização é 97,78% e a expectativa de vida é de 72,45 anos. O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,42,[27] sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor. A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 36,1% e a incidência da pobreza subjetiva é de 36,64%. A população macapaense é composta de 41,9% de brancos, 48,9% de pardos, 6,4% de pretos e 2,8% de pessoas de outras etnias.[28]

Migração

Macapá tem um enorme contingente de pessoas de outros estados da federação. Pessoas vindas do Pará, Maranhão, Ceará e de estados do sul e sudeste buscam na capital melhores condições de vida. Este fluxo intenso somado a outros fatores resulta no aumento do número de veículos motorizados na cidade, no aumento da criminalidade e a ocupação irregular das áreas de mananciais do município. Estes fatores tem promovido uma transformação no espaço urbano da cidade, um exemplo é a mudança de uma cidade horizontalizada para uma capital que vem experimentando uma verticalização urbana.

Economia

Atividades econômicas em Macapá (2012)[29]

Predefinição:PIB de Macapá Uma boa vocação em Macapá é o comércio, além do extrativismo, agricultura e indústria. Com localização privilegiada em relação a sua posição geográfica, tem grandes possibilidades de relações comerciais com a América Central, América do Norte e a Europa. A criação da Zona de Livre Comércio de Macapá, regulamentada pela Lei Federal 8 387, de 30 de dezembro de 1991 e do Decreto 517, de 8 de maio de 1992, possibilitou oportunidades de negócios para a economia do estado, principalmente para a indústria, comércio, serviços e o turismo. Apesar de investimentos de outros estados brasileiros e de capital estrangeiro, ainda há um grande mercado a ser explorado. Contudo, há pontos negativos nesta nova vertente econômica, podendo-se detectar, facilmente, o crescimento populacional desordenado e a falta de planejamento urbano. Conforme dados da SUFRAMA, as áreas de Livre Comércio de Macapá e Santana abrangem uma área de 220 km², correspondente a parte dos municípios de Macapá e Santana. As vias de acesso: fluvial (rios Amazonas, Oiapoque, Jari, Araguari e Maracá) e aéreo.

Energia

O sistema de geração de energia no Estado é realizado pela Eletronorte S/A por duas usinas: uma térmica a óleo diesel UTE-Santana e uma hidroelétrica UHE-Coaracy Nunes. Também é realizada geração de energia para a mineração pela Amapari Energia S/A, uma térmica a óleo diesel UTE-Serra do Navio. A distribuição de energia para Macapá e demais municípios é realizada pela CEA, uma estatal do Governo do Estado do Amapá.

Potencialidades

Mineração, extração de madeiras, pecuária, piscicultura, açaí, castanha-do-Pará, borracha, andiroba, copaíba e plantas medicinais.

Indústria

O distrito industrial localiza-se em Santana, às margens do Rio Matapi e cortado pela Rodovia Macapá-Mazagão. Possui uma área de 463 hectares, sendo 280 já implantados e distribuídos em 11 quadras e 73 lotes, com a infraestrutura necessária para a implantação de projetos industriais. Está distante 20,7 km de Macapá; 8 km de Santana e 26 km do Aeroporto Internacional de Macapá. Dispõe de acesso pela Rodovia Macapá/Santana/Mazagão e pelo Rio Matapi.

Comércio

Macapá tem uma vocação natural para o comércio, em razão de sua localização geográfica privilegiada que favorece as transações comerciais com as Américas Central, do Norte e com a Europa. A maior parte da renda do município vem dos serviços e o comércio movimenta grande parte da economia.

Comunicação

Os principais meios de comunicação que a população utiliza são: a televisão, as rádios, a internet, os jornais impressos e as telefonias fixas e móveis.

Telefonia Fixa

A Oi (antiga Telemar) e a Embratel fazem a cobertura telefônica fixa na cidade.

Telefonia Móvel

As operadoras que mantêm cobertura na região são a Claro, a Oi, a TIM e a Vivo, estas com sinal apenas na capital e vizinhanças, no interior do estado apenas VIVO e OI (ou uma ou outra, nunca juntas), operam.

Rádio

  • FMs: Jovem FM (92,3 MHz), Amapá FM (93,3 MHz), Senado FM (93,9 MHz), Equatorial FM (94,5 MHz), Marco Zero FM (99,1 MHz), Forte FM (99,9 MHz, São José FM (100,5 MHz), (101,9 MHz), 102 FM (102,9 MHz), Boas Novas FM (104,9 MHz), Comunitária Novo Tempo FM (105,9 MHz).
  • AMs: Difusora AM (630 kHz), Equatorial AM (Rádio Globo) (670 kHz), Marco Zero AM (760 kHz), Porto AM (1020 kHz), Mazagão AM (1310 kHz).

Jornais

Circulam atualmente em todo o Estado do Amapá quatro impressos diários e alguns semanais sem estabilidade periódica.

  • Jornal do Dia: fundado em 4 de fevereiro de 1987, data do aniversário de Macapá, por Otaciano Bento Pereira e Irene Pereira. Considera-se o primeiro diário da capital, mesmo tendo surgido após o "Jornal do Povo", do jornalista Haroldo Franco, que permaneceu entre agosto de 1973 e 1984 e já circulou diariamente por alguns meses. O primeiro diretor foi Júlio Maria Pinto Pereira. O "Jornal do Dia" surgiu como "Gazeta Trabalhista", de 1986.
  • Correio do Amapá: fundado por Célio Ubirajara Dias, em 2010. O principal objetivo do jornal foi expor as notícias com imparcialidade. Aborda temas como cultura local, artigos e notícias. Circula diariamente em Macapá e em outros municípios do Estado.
  • Diário do Amapá: fundado por Luiz Melo, em 1993. O jornal nasceu como tabloide e aborda assuntos como política até cultura. Dá maior destaque aos artigos e opinião.
  • Folha do Amapá: jornal semanal, fundado em 3 de maio de 1991 com o objetivo de apoiar João Alberto Rodrigues Capiberibe, na época candidato à Prefeitura de Macapá. Por ser semanal, o jornal dá maior destaque a reportagens mais trabalhadas. Chegou a circular diariamente por alguns meses. Entre os anos de 1996 e 2000, ficou desativado.
  • A Gazeta: fundado em 10 de outubro de 2002, pelo empresário Sillas Assis Júnior. Iniciou como semanal e atualmente circula diariamente.

Transporte

Ônibus comercial no centro de Macapá.
Coletivo

Macapá conta com um transporte público regular e com altas tarifas, a décima oitava tarifa mais cara do país. Isso faz com que a população, que depende desse transporte, enfrente grandes problemas. As empresas responsáveis pelos ônibus na cidade são: Sião Thur, União Macapá, Cidade de Macapá, Amazon Tur, Capital Morena e Viação Macapá (que é responsável pelo transporte interurbano).

Em 2012, Macapá possuía uma frota de 113 673 veículos.[30]

Aéreo

A cidade possui um aeroporto com uma pista de 2 100 metros de comprimento e 40 metros de largura, que opera voos nacionais e internacionais (para a Guiana Francesa), e que tem capacidade para receber aviões de médio porte como: Boeing 737 e Boeing 767 e Airbus A320 e Airbus A330. O aeroporto é a melhor alternativa para as pessoas que vão para outras capitais.

Rodoviário

Macapá não possui nenhuma ligação rodoviária com outra capital,[31] mas conta com um terminal rodoviário. As principais rodovias, que fazem ligação com as cidades e comunidades no interior, são:

Turismo

A capital do meio do mundo possui pontos turísticos que revelam um pouco da história, cultura e religiosidade de pessoas que sabem preservar e divulgar os seus valores. Os principais pontos turísticos da capital são:

Fortaleza de São José do Macapá

A Fortaleza de São José de Macapá.
A Fortaleza de São José do Macapá na visão interna.

Projetada pelo engenheiro Henrique Antônio Gallúcio, foi inspirada em modelo do engenheiro militar francês Sebastien Le Preste, Marquês de Vauban. A Fortaleza de São José de Macapá é, para os amapaenses, uma das maiores referências, por representar um marco cultural, arquitetônico e histórico. Está localizada às margens do Rio Amazonas, em frente à capital amapaense.

Foi erguida entre 1764 e 1782 pelas mãos de negros, índios e escravos da época da colonização portuguesa. No passado, tinha a função de garantir o domínio lusitano no extremo norte do Brasil. Hoje, é um dos principais pontos turísticos de Macapá.

Vista de cima, a fortaleza assemelha-se a uma estrela, pela disposição de seus quatro baluartes, batizados, pelo então Governador e Capitão-General Fernando da Costa de Athayde Teive, com os nomes de: Madre de Deus, São Pedro, Nossa Senhora da Conceição e São José.

Na parte de dentro, encontram-se os prédios que abrigavam os antigos armazéns, capela, casa de oficiais e do comandante, casamatas, paiol e hospital, além dos elementos externos componentes do complexo, como revelim, redente, fosso seco e baterias baixas.

Marco Zero, ponto de Macapá, AP. Neste local, a latitude é de zero grau.

Marco Zero

Construção do monumento, com o relógio do sol, para marcar o local onde a linha imaginária divide a Terra em dois hemisférios,a cidade tem o privilégio de assistir ao fenômeno chamado de Equinócio, uma manifestação em que os raios do sol, no seu movimento aparente, incidem diretamente sobre a linha do Equador. Nesse período, os dias e as noites têm a mesma duração em todo o planeta. A ocorrência desse fenômeno se dá em dois momentos: em março, conhecido como equinócio da Primavera, e em setembro, chamado de equinócio de Outono. O Monumento Marco Zero também possui no seu terraço um espaço para shows, além de salão para exposições, bar e lanchonete e lojas para venda de produtos locais. É o mais conhecido ponto turístico de Macapá.

Estádio Zerão

Ver artigo principal: Estádio Milton Corrêa

Estádio Glicério Marques

Panela do Amapá

Criada, especialmente, para atender ao turista e valorizar a gastronomia regional, com seus temperos exóticos e restaurantes com comidas típicas.

Sambódromo de Macapá

Sambódromo de Macapá.

Foi inaugurado em 1998. Está localizado no Complexo do Marco Zero, onde se realizam os desfiles das escolas de samba e dos blocos carnavalescos, o festival de quadrilha junina e grandes shows musicais. Tem capacidade para aproximadamente 18 mil pessoas. Existe um projeto denominado "Cidade do Samba", que tem como objetivo modernizar e ampliar o sambódromo. A cidade do samba foi inaugurada em 19 de Dezembro de 2011 com show de Arlindo Cruz. O custo dos cinco galpões foi de 8 417 217,92 reais e cada galpão tem setor administrativo refrigerado, cozinha, bar, banheiros, instalações elétrica e hidráulica, caixa d’água, exaustores e lixeiras. A área externa é uma opção de lazer para moradores do bairro Zerão, que já aproveitam a estrutura de bancos, jardins e iluminação.

Trapiche Eliezer Levy

Originariamente construído na década de 40, por muito tempo foi o ponto de chegada e saída da cidade. Antes do trapiche, as embarcações aportavam na chamada Pedra do Guindaste, onde hoje está colocada a imagem de São José. Passou por muitas reformas, até ser totalmente reconstruído em concreto armado, constituindo um padrão estrutural permanente, o que contribuiu para melhoria urbanística de Macapá e para a preservação da história do povo amapaense. O trapiche tem 472 metros de comprimento e é servido por um bondinho elétrico para transporte de turistas, sorveteria, área coberta, estação de embarque e desembarque de passageiros, restaurante e uma pequena praça.

Pedra do Guindaste

Está localizada em frente à cidade, ao lado do Trapiche Eliezer Levy, a cerca de 300 metros da orla de Macapá. A pedra original foi derrubada pela colisão de um barco. Em seu lugar, foi construído um bloco de concreto e, sobre ele, uma imagem de São José - Padroeiro de Macapá. Existem muitas lendas em torno da Pedra do Guindaste, que, ao longo dos tempos, vem servindo de inspiração a muitos artistas regionais.  

Sociedade

Educação

Macapá é um importante centro educacional do Estado do Amapá, tanto no ensino médio como superior, e concentra a maioria das escolas e faculdades públicas e particulares. Existem, em Macapá, 18 instituições de ensino superior, que ofertam 74 cursos, dentre eles Direito e Medicina. Nestes cursos, em 2009, estavam matriculados cerca de 20 mil acadêmicos, segundo dados obtidos junto ao IBGE.

Instituições de Ensino Superior Públicas
  • UNIFAP (Universidade Federal do Amapá)
  • UEAP (Universidade Estadual do Amapá)
  • IFAP (Instituto Federal do Amapá)
Instituições de Ensino Superior Privadas
Bibliotecas públicas
  • Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda
  • Biblioteca da Universidade Federal do Amapá
  • Biblioteca Pública de Macapá

Segurança, violência e criminalidade

Em pesquisas realizadas recentemente, constatou-se que a cidade é uma das capitais brasileiras onde os jovens estão mais vulneráveis à violência, o índice de vulnerabilidade da capital é de 0,455, outras capitais da região são Porto Velho e Belém.[32] Segundo dados levantados pela Unesco, houve um aumento de 38% dos homicídios nos últimos anos nas cidades de Macapá e Cuiabá.[33][34] A cidade é a 19° capital mais segura do país, sendo superada por todas as capitais da região norte, exceto por Porto Velho. O risco de homicídio a cada 100 mil habitantes em Macapá é de 40,90.[35]

Dentre os bairros mais perigosos da cidade estão: Perpétuo Socorro, Laguinho, Buritizal, São Lázaro, Santa Rita, Marabaixo e Pacoval, estes são dados do Sistema Informatizado de Ocorrências Policiais (Siop). No que tange violência contra a mulher os mais perigosos são: Novo Buritizal, Novo Horizonte, Congós e Pacoval (estes três registraram em 2011 cerca de 42% dos casos).

Eventos

Expofeira

A Expofeira é realizada todos os anos no Parque de Exposições da Fazendinha (distrito de Macapá). Patrocinada pelo Governo do Estado, o evento já possui mais de 40 edições e movimenta milhões de reais, além de gerar anualmente cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos. Além de vários shows com artistas nacionais, outro destaque da feira é o rodeio, que leva milhares de amapaenses à arena de rodeio.

Sermão da Montanha

O Sermão da Montanha é um evento de caráter religioso (cristão protestante) realizado todos os anos na Sexta-feira da Paixão pela Igreja do Evangelho Quadrangular. Sua primeira edição foi em 2008 na Praça da Bandeira. Depois, mudou-se para a Praça do Barão do Rio Branco. As edições sempre contam com o show musical da banda Exaltação de Belém. Segundo dados do Corpo de bombeiros, cerca de 30 mil pessoas já assistiram ao evento durante esses anos de realização.

Círio de Nazaré

Catedral de São José, no centro da cidade.

O Círio de Nazaré é um evento católico adotado do Estado do Pará, realizado na capital Belém. A Festa de Nossa Senhora de Nazaré foi realizada no ano de 1934, quando Macapá ainda pertencia ao Estado do Pará, e foi idealizada pelo entusiasmo do Senhor Major Eliezer Levy, prefeito municipal da cidade, que, juntamente com outras pessoas, como José Santana, Martinho Borges da Fonseca, Cesário dos Reis Cavalcante, Manoel Eudóxio Pereira, Sophia Mendes Coutinho, Ernestina Santana, Rita Cavalcante e Tereza Serra e Silva, organizou e levou em frente a feliz ideia, dando origem ao primeiro "Círio" de Nazaré em 6 de novembro de 1934, que, apesar das dificuldades da época, revestiu-se de grande beleza.

A transladação noturna da imagem de Nazaré, na véspera do Círio, saiu da Igreja de São José, para a residência do Senhor Cesário dos Reis Cavalcante, localizada na chamada "Rua da Praia" (hoje, Avenida Amazonas), e dessa novamente, para a Matriz de São José. O cortejo do Círio foi pequeno, porém, bem organizado: na frente, um esquadrão de vinte cavaleiros; logo em seguida, anjos conduzindo as bandeiras do Brasil e da Igreja; continuando o carro dos anjos e o "Escaler" da Marujada, rememorando um dos milagres da Virgem.

Hoje, o Círio de Nazaré de Macapá reúne mais de 250 000 pessoas. Acontecendo anualmente no segundo domingo do mês de outubro, a festa se tornou o maior evento religioso do Estado, atraindo turistas e movimentando o setor econômico do município.

Cultura

Igreja de São José de Macapá

A Igreja de São José é o monumento mais antigo da cidade, sua construção data do século XVIII. Sua inauguração ocorreu no dia 6 de março de 1671 com a presença de dom Frei Miguel de Bulhões, membro da Companhia de Jesus. O interior do templo é todo pintado de branco e nele são realizados os festejos em homenagem a São José, festejos esses que incluem missas, ladainhas e outros rituais católicos. Localiza-se na Rua São José, em frente à Praça Veiga Cabral, no centro da cidade.

Museu Sacaca

Denominado em homenagem a um dos mais populares cidadãos da história amapaense, neste local estão reproduzidas as habitações de várias etnias indígenas, caboclos ribeirinhos e castanheiros. O museu conta com apresentação de palestras, exposições e seminários.

Centro de Cultura Negra

É um centro de valorização da cultura negra do Amapá. Inaugurado em 5 de setembro de 1998, no bairro do Laguinho, representa a revitalização da cultura negra no Estado. Com seis blocos edificados numa aérea de 7,2 mil m², compreende um anfiteatro, museu, auditório, espaço afro-religioso, sala multiúso e administração. Trata-se de um espaço democrático que é utilizado, principalmente, para divulgar e preservar a cultura afro-brasileira.

Teatro das Bacabeiras

O Teatro das Bacabeiras.

Localizado no centro de Macapá, em frente a Praça Veiga Cabral, é o centro das manifestações artísticas e culturais do povo amapaense. Com arquitetura moderna, conta com 703 poltronas em seu ambiente, além de sala de dança, camarins individuais e coletivos e um grande palco.

O espaço foi construído entre 1984 e 1990, bem depois de terminados os tempos dos barões ou a belle époque da borracha. Com linhas modernas de estilo italiano, o teatro é considerado um dos maiores patrimônios arquitetônicos de Macapá. Sua construção, à época, não ocorreu sem ferozes críticas, pois foi edificado na área onde se realizava tradicionalmente o "Arraial de São José".[36]

Centro Cultural Franco Amapaense

O Centro Cultural Franco Amapaense nasceu de um projeto, assinado em 2003, entre os Governos do Brasil e da França e já tinha como meta expandir o diálogo de concretização bilateral. A parceria foi fundamental na construção do espaço. O Centro conta com salas de estudo, biblioteca, além de um auditório com capacidade para 250 pessoas. O objetivo é dinamizar a educação e popularizar o ensino da língua e cultura francesa.

Museu Histórico Joaquim Caetano da Silva

O Museu Histórico Joaquim Caetano da Silva foi inaugurado em 1990 e expõe documentos, fotografias, peças arqueológicas e manuscritos dos séculos XIX e XX. Foi originado do extinto Museu Territorial, criado pelo governador da época, Janary Nunes. O centro histórico conta a história desde as pesquisas arqueológicas no Estado do Amapá até a origem dos primeiros prédios.

Casa do Artesão

Localizado na rua Azarias Neto no centro, é o maior centro do artesanato amapaense. Seu principal objetivo é fomentar a atividade artesanal no Estado e promover a geração de trabalho e renda para os artesãos locais, possibilitando assim, a exposição e a comercialização de seus produtos. O artesanato indígena também está presente, representado pelos trabalhos dos povos Waiãpi, Karipuna, Palikur, Galibi, Apari, Waina, Tirió e Kaxuiana. Na confecção das peças são utilizados vime, madeira, argila, fibra vegetal, sementes, penas, entre outros elementos retirados da natureza, sem impactar o meio ambiente.

Feriados

  • 4 de fevereiro: Aniversário da cidade (feriado municipal)
  • 19 de março: São José, padroeiro da cidade (feriado municipal)
  • 5 de outubro: Criação do estado do Amapá (feriado estadual)

[37]

Religião

O domínio na cidade é católico, porém, possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Igreja Luterana, a Igreja Presbiteriana, a Igreja Metodista, a Igreja Adventista, a Igreja Batista, a Assembleia de Deus, a Igreja Videira Verdadeira, a Igreja do Evangelho Quadrangular, a Igreja Universal do Reino de Deus, as Testemunhas de Jeová, entre outras. Atualmente, vem crescendo o número de protestantes em Macapá.

Entre outras religiões, destaca-se, em Macapá, o número de adeptos ao Judaísmo, ao Islamismo, Testemunhas de Jeová e Igreja Messiânica Mundial - religiões que vêm apresentando um pequeno crescimento nos últimos anos.

O município possui 72,15% de católicos, ou seja, 204 406 pessoas; 24,12% de protestantes, equivalente a 68 334 pessoas; 1,02% de espíritas; 0,94% de umbandistas; 0,63% judaicos; 0,55% de orientais; 0,50% não tem religião e 0,9% é de outras religiões.[38]

Relações Comerciais

Macapá possui vários parceiros comerciais espalhados pelo Brasil e pelo Mundo.

Cidades irmãs

Cidades-irmãs de Macapá:

Ver também

Referências

  1. Em Sampa. «Distâncias entre Cidades». Consultado em 20 de fevereiro de 2011 
  2. Enciclopédia dos Municípios Brasileiros (2007). «Macapá - Histórico» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 2 de outubro de 2013  |arquivourl= é mal formado: timestamp (ajuda)
  3. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010. Cópia arquivada em 9 de novembro de 2011 
  4. a b c «Estimativas da população residente no Brasil e Unidades da Federação com data de referência em 1º de julho de 2015» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 28 de agosto de 2015. Consultado em 30 de agosto de 2015 
  5. Atlas do Desenvolvimento Humano (29 de julho de 2013). «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Consultado em 9 de setembro de 2013. Cópia arquivada em 9 de setembro de 2013 
  6. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios». Consultado em 2 de janeiro de 2016  Texto "macapa" ignorado (ajuda); Texto "produto-interno-bruto-dos-municipios-2013 " ignorado (ajuda)
  7. «Macapá, na Linha Imaginária entre dois hemisférios». Ethernet. Consultado em 1 fevereiro. 2011 
  8. Brasil Escola. «Aspectos da População do Amapá» 
  9. Confederação Nacional dos Municípios (CMN). «Dados gerais do município de Macapá - AP» 
  10. NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 584.
  11. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 056.
  12. «Macapá». Ethernet. Consultado em 1 fevereiro. 2011 
  13. 17 de Novembro de 2008. «Batalhão Ambiental e MPE/AP constatam degradação ambiental no Amapá». Portal da Amazônia. Consultado em 1 fevereiro de 2011 
  14. G1 (2010). «Confira o ranking das maiores regiões metropolitanas». Globo.com. Consultado em 4 de dezembro de 2010 
  15. «Tabela 793 — População residente, em 1º de abril de 2007: Publicação Completa». Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA). 14 de novembro de 2007. Consultado em 30 de maio de 2008 
  16. «Carcinofauna e ictiofauna associadas a vegetação aquática em uma área inundável, Macapá – AP» (PDF). Cópia arquivada (PDF) em 09 de setembro de 2011  Verifique data em: |arquivodata= (ajuda)
  17. INPE: Estimativas Anuais desde 1988 até 2009
  18. a b Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). «Banco de dados meteorológicos». Consultado em 20 de novembro de 2020 
  19. a b INMET. «Estação: MACAPÁ (82098)». Consultado em 20 de novembro de 2020 
  20. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Temperatura-Mínima-INMET_Macapá-AP
  21. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Temperatura-Máxima-INMET_Macapá-AP
  22. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Precipitação-INMET_MacapáoAP
  23. INMET. «Normais climatológicas do Brasil». Consultado em 23 de março de 2022 
  24. http://earthobservatory.nasa.gov/Newsroom/NasaNews/2006/2006091923131.html
  25. «Eleitorado de macapá». IBGE cidades @. 02 de fevereiro de 2011. Consultado em 28 de maio de 2010  Verifique data em: |data= (ajuda)
  26. IPEADATA. «Desenvolvimento humano dos municípios brasileiros». Consultado em 22 de outubro de 2010 
  27. «Mapa de pobreza e desigualdade - Municípios Brasileiros 2003 - Cidades@ - IBGE». Consultado em 22 de outubro de 2010 
  28. IBGE, IBGE (2000). «População de macapá por raça e cor» (pdf). IBGE Tendências demográficas. Consultado em 23 de outubro de 2010 
  29. «Atividades econômicas em Macapá (2012)». Plataforma DataViva. Consultado em 13 de janeiro de 2014 
  30. «Frota do município de Macapá (2012)». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2012  Texto "macapa" ignorado (ajuda); Texto "frota-2012 " ignorado (ajuda); Texto "acessodata 6 de setembro de 2013 " ignorado (ajuda)
  31. Eras, Sabrina. "S.O.S Amazônia", Mundo Estranho, Edição nº 98, Abril de 2010, p.29.
  32. «SP é capital com menos jovens expostos à violência, diz pesquisa». G1. 24 de novembro de 2009. Consultado em 25 de novembro de 2009 
  33. «Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008». Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (RITLA). 29 de janeiro de 2008. Consultado em 26 de outubro de 2008 
  34. Solange Azevedo (28 de julho de 2007). «Cidades violentas perdem negócios». Brazil Studies Program. Consultado em 26 de outubro de 2008 
  35. «Sociedade - O Ranking das capitais». Revista Época - Globo 
  36. «Tatro das Bacabeiras». Consultado em 03 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  37. «Calendário com feriados - Macapá-AP» (htm). Consultado em 5 de fevereiro de 2012 
  38. IBGE. «População residente por cor ou raça e religião» (htm). SIDRA - Sistema IBGE de recuperação automática. Consultado em 31 de outubro de 2010 
  39. «História Atual de Macapá». Assembléia Legislativa do Amapá. Consultado em 03 fev. 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)

Ligações externas

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Macapá