Companhia Paulista de Trens Metropolitanos

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Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
Informações
Local Região Metropolitana de São Paulo
Tipo de transporte Trem metropolitano
Número de linhas 6
Tráfego 832,9 milhões[1] (2014)
Website www.cptm.sp.gov.br
Dados técnicos
Extensão do sistema 258,4 km
Bitola 1,60 m
Mapa da Rede

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) é uma sociedade de economia mista vinculada à Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo. Criada pela lei nº 7.861[2] de 28 de maio de 1992, a partir de ferrovias já existentes na Região Metropolitana de São Paulo.

A CPTM possui atualmente 92 estações ativas em seis linhas, que totalizam 258,4 km na sua malha ferroviária. Este sistema faz parte da Rede Metropolitana de São Paulo.

História

O início

A história da ferrovia no estado de São Paulo remonta ao ano de 1867 com a construção da primeira ligação entre as cidades de Santos, São Paulo e Jundiaí pela São Paulo Railway, inaugurada em 16 de fevereiro de 1867, que atravessava o planalto paulista descendo a serra do mar.

Em 1946 a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (EFSJ), controlada pelo governo federal, assumiu a operação da estrada de ferro que hoje forma as linhas 7 - Rubi e 10 - Turquesa. Em 1957 as ferrovias federais são unificadas numa única empresa estatal, a Rede Ferroviária Federal (RFFSA).

A Companhia São Paulo e Rio de Janeiro construiu, na década de 1870, uma linha férrea que conectava São Paulo às cidades do Vale do Paraíba que atualmente constitui em parte a atual linha 11 - Coral.

Em 1890 esta ferrovia foi incorporada pela Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB). No ano de 1926 foi construída por essa mesma empresa uma variante a este tronco principal chamado de variante Poá, que forma hoje em sua totalidade a linha 12 - Safira da CPTM. A EFCB é extinta em 1957, com a criação da RFFSA.

Por outro lado, a Estrada de Ferro Sorocabana construiu, em 1875, uma ligação entre as cidades de São Paulo e Sorocaba, que corresponde parcialmente à atual linha 8 - Diamante.

Em meados de 1937 a Estrada de Ferro Sorocabana construiu um ramal ligando as cidades de Mairinque a de Santos com o objetivo de derrubar o monopólio que a SPR possuía na ligação entre o planalto paulista e o litoral. Mais tarde com o objetivo de encurtar a distancia entre a capital paulista e a cidade de Santos foi construido, em 1957, o ramal Jurubatuba que partia da estação Imperatriz Leopoldina e ia até a estação Evangelista de Souza já no ramal Mairinque-Santos formando hoje, em parte, a Linha 9 - Esmeralda da CPTM.

A FEPASA

Todas as ferrovias controladas pelo governo estadual foram unificadas em 1971, para formar a Ferrovia Paulista SA (FEPASA). A FEPASA criou a FEPASA DRM, que era uma divisão que só administrava o transporte de passageiros dentro das regiões metropolitanas do estado. Essa foi incorporada à CPTM em 1996 para que se iniciasse a privatização da malha da FEPASA e permanecesse os serviços de transporte metropolitano de passageiros sob controle do estado.

Privatização da RFFSA

Em 1998 a FEPASA foi absorvida pela Rede Ferroviária Federal (RFFSA), para que esta fosse também leiloada junto com toda a malha ferroviária pertencente a RFFSA, sendo assim denominada Malha Paulista da RFFSA.

As seções urbanas da RFFSA de todo o pais originaram, nos anos 1970, a Empresa Brasileira de Transporte Urbano (EBTU) sendo substituída, em 1984, pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

Estação da Luz

Em 1992 a seção paulistana da CBTU foi transferida para o controle da CPTM, criada no dia 28 de maio do mesmo ano. E o efetivo controle do sistema ocorreu no ano de 1994. No início da gestão da CPTM, a ocorrência frequente de panes, assédio contra mulheres, comércio ambulante, greves, entre outros,[3] levaria parte dos passageiros dos trens a causarem uma série de depredações de trens e estações entre 30 de setembro de 16 de outubro de 1996.[4]

Ver artigo principal: Tumultos na CPTM em 1996

Hoje

Atualmente são transportados pelas suas linhas, que cortam 22 municípios, cerca de 2,7 milhão de usuários por dia, atingindo um recorde de mais de 3 milhões de passageiros em novembro de 2013[5]. Por ter uma malha ferroviária tão extensa e degradada, o Governo do Estado de São Paulo começou a modernizar a CPTM investindo 1,5 bilhão de dólares na empresa desde 1995 até 2004.[6] Para promover "a uniformização da comunicação visual dos dois sistemas e para facilitar a locomoção e a localização dos usuários e de turistas" o Governo do Estado alterou, em março de 2008, a nomenclatura das linhas pertencentes à CPTM, integrando-as à nomenclatura utilizada pelo Metrô de São Paulo. Foi atribuído a cada linha um número (a começar do número 7, somando-se às linhas outras seis linhas do Metrô já em operação, em construção ou em projeto) e o nome de uma pedra preciosa.[7]

Ver artigo principal: Nomenclatura das linhas da CPTM

Tabela do sistema

Linha Terminais Comprimento (km) Estações Funcionamento Observações
7
Rubi
LuzFrancisco Morato 38,969 14 Diariamente, das 4:00 a 0:00. Aos sábados até a 01:00 do domingo. Possui extensão operacional. Veja quadro abaixo.
Antiga Linha A - Marrom / Antigo Trecho da Linha Noroeste-Sudeste da CBTU.
8
Diamante
Júlio PrestesItapevi 35,283 20 Diariamente, das 4:00 a 0:00. Aos sábados até a 01:00 do domingo. Possui extensão operacional. Veja quadro abaixo.
Antiga Linha B - Cinza / Antiga Linha Oeste do Trem Metropolitano da FEPASA.
9
Esmeralda
OsascoGrajaú 32,8 18 Diariamente, das 4:00 a 0:00. Aos sábados até a 01:00 do domingo. Antiga Linha C - Celeste / Antiga Linha Sul do Trem Metropolitano da FEPASA.
10
Turquesa
Brás[8]Rio Grande da Serra 34,960 13 Diariamente, das 4:00 a 0:00. Aos sábados até a 01:00 do domingo. Antiga Linha D - Bege / Antigo Trecho da Linha Noroeste-Sudeste da CBTU.
11
Coral
LuzMogi das Cruzes 39,7
(Expresso Leste)
12
(Expresso Leste)
Diariamente, das 4:00 a 0:00. Aos sábados até a 01:00 do domingo. Operação Expresso Leste (LuzMogi das Cruzes)
Antiga Linha E - Laranja / Antiga Linha Tronco da CBTU.
12
Safira
BrásCalmon Viana 38,822 13 Diariamente, das 4:00 a 0:00. Aos sábados até a 01:00 do domingo. Antiga Linha F - Violeta / Antiga Linha Variante da CBTU.
Extensões Operacionais
Linha Terminais Comprimento (km) Estações Funcionamento
7
Rubi
Francisco MoratoJundiaí 21,5 5 Diariamente, das 4:00 a 0:00. Aos sábados até a 01:00 do domingo.
8
Diamante
ItapeviAmador Bueno 6,3[9] 3 Diariamente, das 4:00 a 0:00.[9]
11
Coral
SuzanoEstudantes 13,1
5
Diariamente, das 4:00 a 0:00. Aos sábados até a 01:00 do domingo.

[9]

(*) Trecho em construção • (**) Trecho em projeto

Frota

Ver artigo principal: Frota da CPTM

Obras e projetos

Ver artigo principal: Obras e projetos da CPTM

A CPTM herdou linhas que no passado, foram fundamentais para o desenvolvimento social e econômico do Estado de São Paulo, e que hoje são essenciais para a mobilidade na Grande São Paulo. Estações construídas no século XIX e que nunca foram reformadas, trens antigos e deteriorados, atrasos e falta de segurança nas estações e outros problemas como as invasões da faixa de domínio da empresa, foram alguns dos principais problemas encontrados depois da transferência feita entre o Governo Federal (CBTU) e o Governo do Estado de São Paulo (CPTM).

Hoje os problemas citados estão sendo contornados, com os investimentos feitos desde 1994. Contudo ainda restam muitos problemas no campo estrutural da empresa compreendendo estações e o headway.

Linha Terminais Comprimento (km) Estações Funcionamento Observações
9
Esmeralda
Grajaú ↔ Varginha[10] 4,5 2 --- Em construção[11]
11
Coral
Guaianases ↔ Suzano 5 5 --- Em construção [12]
12
Safira
Calmon VianaSuzano 2,6 1 --- Em construção
13
Jade
Engenheiro Goulart ↔ Aeroporto de Guarulhos 39 15 --- Em construção[13]

Trem Intra Metropolitano

A CPTM operou um trem urbano na Baixada Santista chamado Trem Intra-Metropolitano (TIM) entre os anos de 1996 e 1999, que ligava os municípios de São Vicente e Santos. Hoje está em construção um sistema de VLT pela EMTU para substituir o TIM.

Ver também

Predefinição:Portal-sp Predefinição:Portal-São Paulo (cidade)

Referências

  1. http://www.cptm.sp.gov.br/a-companhia/BalancosDemonstrativos/CPTM%20-%20Relat%C3%B3rio%20da%20Administra%C3%A7%C3%A3o%202014%20-%20FINAL.pdf
  2. «Lei Nº 7.861». Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Consultado em 2 de junho de 2011 
  3. Suzy Gasparini (7 de maio de 1995). «Superlotação ameaça vida de usuário do trem urbano». Folha de S. Paulo, Ano, Edição nº Caderno Folha ABCD, páginas 1 e 
  4. Fabio Schivartche/Otavio Cabral (15 de outubro de 1996). «Depredação suspende trens por 4 meses». Folha de S. Paulo, ano 76, edição nº 24667 Caderno São Paulo , página 1. Consultado em 10 de fevereiro de 2013 
  5. «CPTM bate recorde de passageiros transportados». UOL. Consultado em 31 de dezembro de 2013 
  6. [ligação inativa] «Sobre a CPTM». CPTM 
  7. «Linhas de trens de São Paulo mudam de nome». A Tarde. 29 de março de 2008. Consultado em 2 de junho de 2011 
  8. CPTM (27 de dezembro de 2011). «CPTM altera modelo operacional nas Linhas 7 e 10». Consultado em 10 de janeiro de 2012 
  9. a b c [1]
  10. «CPTM - Plano de expansão e novos projetos» (PDF). Consultado em 10 de janeiro de 2012 
  11. Imprensa Oficial do Estado de São Paulo (24 de setembro de 2012). «Página da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo sobre a licitação para contratação das obras». 09 de agosto de 2013. Consultado em 09 de agosto de 2013  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  12. Douglas Pires (23 de dezembro de 2015). «Estação da CPTM de Suzano será inaugurada em janeiro, diz companhia». G1 
  13. Imprensa Oficial do Estado de São Paulo (20 de dezembro de 2013). «Linha de trens até Aeroporto de Guarulhos tem obras iniciadas». 20 de dezembro de 2013. Consultado em 20 de dezembro de 2013 

Ligações externas

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