Iguaí

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Iguaí
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Iguaí
Bandeira
Brasão de armas de Iguaí
Brasão de armas
Hino
Lema Iguaí, terra querida!
Gentílico iguaiense
Localização
Localização de Iguaí na Bahia
Localização de Iguaí na Bahia
Localização de Iguaí na Bahia
Iguaí está localizado em: Brasil
Iguaí
Localização de Iguaí no Brasil
Mapa
Mapa de Iguaí
Coordenadas 14° 45' 21" S 40° 05' 20" O
País Brasil
Unidade federativa Bahia
Municípios limítrofes Ibicuí, Nova Canaã, Poções, Dário Meira e Boa Nova
Distância até a capital 497 km
História
Fundação 12 de dezembro de 1952 (71 anos)
Administração
Prefeito(a) Ronaldo Moitinho (PSD, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 860,223 km²
População total (IBGE/2010[2]) 25 705 hab.
Densidade 29,9 hab./km²
Clima Tropical

Bioma = Mata Atlântica

Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,552 baixo
PIB (IBGE/2018[4]) R$ 184,937,71 mil
PIB per capita (IBGE/2018[4]) R$ 7 177,34

Iguaí é um município brasileiro do estado da Bahia.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Sua população em 2016 era de 30.865 habitantes (Censo 2016). Seu território é de 860,223 km². Foi emancipada em 12 de dezembro de 1952.

Está situado no vale do Gongogi, Bacia do rio de Contas, encravado entre as regiões da Mata Atlântica, Planalto de Vitória da Conquista e bacia do Colonião, fazendo fronteira com os municípios de Ibicuí, distante 16 km Nova Canaã, distante 7 km Poções, distante 54,1 km, Dário Meira e Boa Nova, de Ilhéus 149 km, de Itabuna 119 km, de Vitória da Conquista 120 km, de Itapetinga 100 km, de Jequié 140 km. A cidade foi construída às margens do Rio Gongogi onde se localizavam as fazendas Iracema de propriedade de José Cândido da Silva e Planície de propriedade de Ramiro Engrácio de Matos que chegou à região por volta de 1923.

Iguaí possui 5 distritos: Iguaibi, o distrito mais desenvolvido situado à beira do Gongogi, terra de Arthur Amaral, um conhecido falecido que dá nome ao único colégio de ginásio do interior iguaiense; Ibiporanga, que está localizada num morro também perto do Gongogi; Ponto Chique, localizado perto de Iguaibi; Palmeirinha, outro pequeno povoado; e Altamira, que tem esse nome por estar abaixo de uma enorme montanha de onde nasce o rio dos Índios. Altamira encontra-se perto da divisa com Dário Meira e Boa Nova. Existem várias fazendas na região, inclusive a de João Sampaio (fazenda Palmeira), um dos fazendeiros mais tradicionais e respeitados de Iguaí.

História[editar | editar código-fonte]

O território que atualmente compõe o município de Iguaí fazia parte do município de Poções até o ano de 1928. Era constituído, na maior parte de sua extensão, por matas virgens, rios e contava com uma esparsa população nativa e de poucos imigrantes.

Poucas eram as propriedades agrícolas, destacando-se entre elas a fazenda Iracema, do Sr. José Cândido da Silva, a qual fazia divisa com a Fazenda Planície do Sr. Ramiro Engrácio de Matos, que foi um dos primeiros fazendeiros desbravadores a chegar à região, vindo do distrito de Areia (hoje Ubaíra) por volta de 1923 e em cuja fazenda está localizada hoje a maior parte da cidade de Iguaí.

Em 22 de maio de 1929, Fulgêncio Alves Teixeira, vindo do município de Rio de Contas, chefiando uma caravana de tropeiros de umas quarenta pessoas, inclusive de sua família, chegou nesta região, com o objetivo de iniciar a exploração das terras incultas. Pouco tempo depois vinha também Bráulio Clementino Novaes, trazendo a sua família e animado com os mesmos objetivos.

No domingo 26 de maio de 1929, em reunião informal, reuniram-se alguns moradores locais, na residência de Fulgêncio Alves Teixeira, e, em meio a uma reunião amistosa, foi anunciada a ideia da formação de um núcleo urbano, o que foi unanimemente aprovada por todos que ali se encontravam.

De logo, Manoel Pires da Silva, concordou que fosse a futura povoação formada em terrenos da fazenda Iracema, de sua propriedade podendo ser escolhido outro local que oferecesse melhores condições, o que recaiu também sobre as terras da Fazenda Planície de Ramiro Engrácio de Matos, onde hoje está plantada a maior parte da cidade de Iguaí.

Foram eleitas as terras que ficavam nas proximidades do rio Gongogi, ou seja, as Fazendas Iracema e Panície. Após acordo entre os interessados, foram iniciados os trabalhos de medição, pelo agrimensor Valeriano Souza, sob a orientação e administração de Fulgencio Alves Teixeira, em 21 de setembro de 1929, tendo começado a construção de casas de sopapo e adobe para residências e comércio, cuja inauguração oficial se deu nos princípios do ano de 1930.

A povoação chamou-se primitivamente de "Comercinho do Major Fulgêncio", por ter sido ele o pioneiro na orientação e administração da mesma. Mais tarde passou a chamar-se "Lavrinhas", por ser grande parte da população oriunda da zona das Lavras Diamantinas.

Decorrido algum tempo e em virtude de ficar a povoação às margens do rio Gongogi, dentro da Fazenda Iracema e Planície, onde os indígenas, primitivos habitantes da região, se abasteciam de água, foi-lhe dado o nome de "Iguaí", vocábulo tupi-guarani que quer dizer fonte de beber água.

O Decreto estadual nº 8.021, de 15 de março de 1932, criou o distrito de Iguaí com sede no arraial do mesmo nome, abrangendo os distritos policiais de Água Fria, Boa Vista e Ibiporanga e pertencendo ao município de Poções.

Por força da Lei estadual nº 513, de 12 de dezembro de 1952, foi elevada à categoria de cidade a vila de Iguaí e criado o município do mesmo nome com território desmembrado do de Poções e constituído de distrito único, o da sede.

O primeiro prefeito nomeado de Iguaí foi Anatálio Schettini e o primeiro a ser eleito em eleições livres foi Carlos Ribeiro Freire que antes era vereador.

Posteriormente, foi criado o distrito de Ponto Chique, pela Lei estadual nº 628, de 30 de dezembro de 1953. Atualmente faz parte de Iguaí, além da séde, os distritos de Iguaibi, Ibiporanga, Altamira, Ponto Chique e Palmeirinha.

Prefeitos de Iguaí a partir de 1952[editar | editar código-fonte]

  • 1952 a 1954 - Anatálio Schettini (nomeado)
  • 1954 a 1958 - Carlos Ribeiro Freire
  • 1958 a 1962 - Almir Ferreira
  • 1962 a 1966 - Carlos Ribeiro Freire
  • 1966 a 1970 - Netanias Alves Veiga
  • 1970 a 1972 - Luiz Cerqueira
  • 1972 a 1976 - João de Oliveira Matos
  • 1976 a 1982 - Laidinor Ribeiro
  • 1982 a 1988 - Netanias Alves Veiga
  • 1988 a 1992 - Aurelino Pinheiro Bonfim
  • 1992 a 1996 - Arivaldo Souza Vieira
  • 1996 a jun/2000 - Wanderley F. Lima
  • Jun/2000 a Dez/2000 - João Luiz dos Santos
  • Jan/2001 a 2004 Arlene Veiga Vieira
  • 2004 a 2008 - Arlene Veiga Vieira
  • 2009 a 2012 - Ronaldo Moitinho dos Santos
  • 2013 a 2016 - Murilo Veiga
  • 2017 a 2020 - Ronaldo Moitinho dos Santos (Atual Prefeito)

Resumo[editar | editar código-fonte]

  • Em 1954 - Carlos Freire ganhou a eleição para Manoel Martins
  • Em 1958 - Almir ganhou a eleição para Zezito
  • Em 1962 - Carlos Freire ganhou para Leonel Matos
  • Em 1966 - Netanias Alves Veiga ganhou para Gerson Novaes
  • Em 1970 - Luiz Cerqueira ganhou para Nilson
  • Em 1972 - João Matos foi candidato único
  • Em 1976 - Dr. Laidinor venceu Netanias Alves Veiga
  • Em 1982 - Netanias Alves Veiga venceu Dr. Tinho vice Dr. José Rodrigues da Silva
  • Em 1988 - Aurelino venceu Dr. Wanderley Fraga Lima
  • Em 1992 - Arivaldo Vieira venceu Dr. Valdeci Lima
  • Em 1996 - Dr. Wanderley Fraga Lima Vice João Luiz venceu Getúlio Gomes
  • Jun/2000 - Dr. Wanderley Fraga Lima renunciou.
  • Jun/2000 - João Luiz assumiu a Prefeitura
  • Out/2000 - Drª. Arlene Veiga venceu João Luiz

Setembro/2004 Dr. Wanderley morreu;

  • Em 2004 – Drª. Arlene Veiga venceu Dr. José Anailton
  • Em 2008 - Ronaldo Moitinho dos Santos (Rony) venceu Neto Lima
  • Em 2012 - Murilo Veiga Vieira Vice Dr. Normando Macedo venceu Ronaldo Moitinho dos Santos Vice Dr. Rafael Moura
  • Em 2016 - Ronaldo Moitinho Vice Aurelino venceu Murilo Veiga e seu Vice Ico Gomes.

Economia[editar | editar código-fonte]

O município possui uma bacia hidrográfica com mais de 1600 nascentes, 180 cachoeiras e cascatas, dezenas de rios, vales e serras. Com produção agrícola diversificada tendo sua maior tradição na pecuária leiteira e de corte, cacau, cafeicultura. Outros pontos, como a Serra do Ouro com seus 1.226 metros de altitude.

Em 2019, o salário médio mensal era de 1.7 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 6.5%. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 240 de 417 e 294 de 417, respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição 3754 de 5570 e 4723 de 5570, respectivamente. Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 51.8% da população nessas condições, o que o colocava na posição 195 de 417 dentre as cidades do estado e na posição 1042 de 5570 dentre as cidades do Brasil.

  • Total de receitas realizadas (2017) R$ 78.780,18 (×1000)
  • Total de despesas realizadas (2017) R$ 59.483,34 (×1000)

Saúde[editar | editar código-fonte]

A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 16.28 para 1.000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 12.3 para cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os municípios do estado, fica nas posições 177 de 417 e 13 de 417, respectivamente. Quando comparado a cidades do Brasil todo, essas posições são de 1677 de 5570 e 192 de 5570, respectivamente.[carece de fontes?]

Educação[editar | editar código-fonte]

  • Taxa de escolarização de 6 a 14 anos (2010) está em 94.10%
  • Matrículas no Ensino Fundamental (2020) 3.443 matrículas
  • Matrículas no Ensino Médio (2020) 902 matrículas
  • Docentes no Ensino Fundamental (2020) 236 docentes
  • Docentes no Ensino Médio (2020) 49 docentes
  • Número de estabelecimentos no Ensino Fundamental (2020) 31 escolas
  • Número de estabelecimentos no Ensino Médio (2020) 3 escolas[carece de fontes?]

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. «População no último censo». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 25 de junho de 2020 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 24 de agosto de 2013 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 25 de junho de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]