Jarbas Passarinho: diferenças entre revisões
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É filho de Inácio de Loiola Passarinho e Júlia Gonçalves Passarinho. Ingressou na carreira militar, na arma de [[Artilharia]], chegando ao posto de [[tenente-coronel]] quando da deposição de [[João Goulart]] e a subsequente instauração do [[Ditadura militar no Brasil (1964-1985)|Regime Militar de 1964]], durante o qual foi ingressou na política. |
É filho de Inácio de Loiola Passarinho e Júlia Gonçalves Passarinho. Ingressou na carreira militar, na arma de [[Artilharia|Artilharia da Academia Militar das Agulhas Negras]], chegando ao posto de [[tenente-coronel]] quando da deposição de [[João Goulart]] e a subsequente instauração do [[Ditadura militar no Brasil (1964-1985)|Regime Militar de 1964]], durante o qual foi ingressou na política. |
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Em 15 de junho de 1964 foi empossado [[Lista de governadores do Pará|governador]] do [[Pará]] em lugar do deposto [[Aurélio Correia do Carmo|Aurélio do Carmo]] cuja presença à frente do executivo foi dispensada pelo novo regime. Jarbas Passarinho filiou-se à [[Aliança Renovadora Nacional|ARENA]] e após deixar o governo<ref>Governou de 15 de junho de 1964 até 31 de janeiro de 1966.</ref> foi [[Eleição|eleito]] [[Senado Federal do Brasil|senador]] em 1966, mas em seguida foi nomeado ministro do Trabalho e Previdência Social no governo [[Costa e Silva]]<ref>Permaneceu no cargo entre 15 de março de 1967 e 31 de agosto de 1969 quando o presidente afastou-se por motivos de saúde.</ref> sendo mantido no cargo pela [[Junta militar brasileira|Junta Militar de 1969]] que assumiu o poder após o afastamento do presidente da República até que o presidente [[Emílio Garrastazu Médici]] o nomeou ministro da Educação, de 30 de outubro de 1969 a 15 de março de 1974. Em sua atuação como ministro de estado foi signatário do [[Ato Institucional Número Cinco]] em 13 de dezembro de 1968. É de autoria, do então Ministro Jarbas Passarinho, a célebre frase que dirigiu ao Presidente Costa e Silva por ocasião da assinatura do AI-5: "Sei que a Vossa Excelência repugna, como a mim e a todos os membros desse Conselho, enveredar pelo caminho da ditadura pura e simples, mas me parece que claramente é esta que está diante de nós. [...] Às favas, senhor presidente, neste momento, todos os escrúpulos de consciência”.<ref>{{citar web|URL = https://pt.wikiquote.org/wiki/Jarbas_Passarinho|título = Jarbas Passarinho|data = 2007|acessadoem = 20 de agosto de 2014|autor = Jarbas Passarinho|publicado = Wikiquote}}</ref> |
Em 15 de junho de 1964 foi empossado [[Lista de governadores do Pará|governador]] do [[Pará]] em lugar do deposto [[Aurélio Correia do Carmo|Aurélio do Carmo]] cuja presença à frente do executivo foi dispensada pelo novo regime. Jarbas Passarinho filiou-se à [[Aliança Renovadora Nacional|ARENA]] e após deixar o governo<ref>Governou de 15 de junho de 1964 até 31 de janeiro de 1966.</ref> foi [[Eleição|eleito]] [[Senado Federal do Brasil|senador]] em 1966, mas em seguida foi nomeado ministro do Trabalho e Previdência Social no governo [[Costa e Silva]]<ref>Permaneceu no cargo entre 15 de março de 1967 e 31 de agosto de 1969 quando o presidente afastou-se por motivos de saúde.</ref> sendo mantido no cargo pela [[Junta militar brasileira|Junta Militar de 1969]] que assumiu o poder após o afastamento do presidente da República até que o presidente [[Emílio Garrastazu Médici]] o nomeou ministro da Educação, de 30 de outubro de 1969 a 15 de março de 1974. Em sua atuação como ministro de estado foi signatário do [[Ato Institucional Número Cinco]] em 13 de dezembro de 1968. É de autoria, do então Ministro Jarbas Passarinho, a célebre frase que dirigiu ao Presidente Costa e Silva por ocasião da assinatura do AI-5: "Sei que a Vossa Excelência repugna, como a mim e a todos os membros desse Conselho, enveredar pelo caminho da ditadura pura e simples, mas me parece que claramente é esta que está diante de nós. [...] Às favas, senhor presidente, neste momento, todos os escrúpulos de consciência”.<ref>{{citar web|URL = https://pt.wikiquote.org/wiki/Jarbas_Passarinho|título = Jarbas Passarinho|data = 2007|acessadoem = 20 de agosto de 2014|autor = Jarbas Passarinho|publicado = Wikiquote}}</ref> |
Revisão das 13h34min de 30 de outubro de 2016
Jarbas Passarinho GCC • GCIH • GCM • GCIP | |
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Jarbas Passarinho GCC • GCIH • GCM • GCIP | |
Senador da República pelo Pará | |
Período | 1º de fevereiro de 1987 a 1º de fevereiro de 1995 |
Período | 1º de fevereiro de 1967 a 1º de fevereiro de 1983 (2 mandatos consecutivos) |
Presidente do Senado Federal do Brasil | |
Período | 24 de fevereiro de 1981 a 1 de fevereiro de 1983 |
Antecessor(a) | Luís Viana Filho |
Sucessor(a) | Nilo Coelho |
Ministro da Justiça do Brasil | |
Período | 15 de outubro de 1990 a 2 de abril de 1992 |
Presidente | Fernando Collor de Mello |
Antecessor(a) | Bernardo Cabral |
Sucessor(a) | Célio Borja |
Ministro da Previdência Social do Brasil | |
Período | 11 de novembro de 1983 a 15 de março de 1985 |
Presidente | João Baptista Figueiredo |
Antecessor(a) | Hélio Beltrão |
Sucessor(a) | Waldir Pires |
Ministro da Educação do Brasil | |
Período | 3 de novembro de 1969 a 15 de março de 1974 |
Presidente | Emílio Garrastazu Médici |
Antecessor(a) | Favorino Bastos Mércio |
Sucessor(a) | Ney Braga |
Ministro do Trabalho do Brasil | |
Período | 15 de março de 1967 a 30 de outubro de 1969 |
Presidente | Artur da Costa e Silva Junta Governativa Provisória de 1969 |
Antecessor(a) | Luís Gonzaga do Nascimento e Silva |
Sucessor(a) | Júlio Barata |
28.º Governador do Pará | |
Período | 15 de junho de 1964 a 31 de janeiro de 1966 |
Antecessor(a) | Aurélio do Carmo |
Sucessor(a) | Alacid Nunes |
Dados pessoais | |
Nascimento | 11 de janeiro de 1920 Xapuri, Acre |
Morte | 5 de junho de 2016 (96 anos) Brasília, Distrito Federal |
Partido | ARENA (1965-1980) PDS (1980-1993) PPR (1993-1995) PPB (1995-2003) PP (2003-2016) |
Profissão | militar, político |
Jarbas Gonçalves Passarinho (Xapuri, 11 de janeiro de 1920 — Brasília, 5 de junho de 2016[1]) foi um militar e político brasileiro.
Biografia
É filho de Inácio de Loiola Passarinho e Júlia Gonçalves Passarinho. Ingressou na carreira militar, na arma de Artilharia da Academia Militar das Agulhas Negras, chegando ao posto de tenente-coronel quando da deposição de João Goulart e a subsequente instauração do Regime Militar de 1964, durante o qual foi ingressou na política.
Em 15 de junho de 1964 foi empossado governador do Pará em lugar do deposto Aurélio do Carmo cuja presença à frente do executivo foi dispensada pelo novo regime. Jarbas Passarinho filiou-se à ARENA e após deixar o governo[2] foi eleito senador em 1966, mas em seguida foi nomeado ministro do Trabalho e Previdência Social no governo Costa e Silva[3] sendo mantido no cargo pela Junta Militar de 1969 que assumiu o poder após o afastamento do presidente da República até que o presidente Emílio Garrastazu Médici o nomeou ministro da Educação, de 30 de outubro de 1969 a 15 de março de 1974. Em sua atuação como ministro de estado foi signatário do Ato Institucional Número Cinco em 13 de dezembro de 1968. É de autoria, do então Ministro Jarbas Passarinho, a célebre frase que dirigiu ao Presidente Costa e Silva por ocasião da assinatura do AI-5: "Sei que a Vossa Excelência repugna, como a mim e a todos os membros desse Conselho, enveredar pelo caminho da ditadura pura e simples, mas me parece que claramente é esta que está diante de nós. [...] Às favas, senhor presidente, neste momento, todos os escrúpulos de consciência”.[4]
Em 14 de novembro de 1969 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, em 2 de março de 1971 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e em 2 de novembro de 1972 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública de Portugal.[5]
Reeleito senador em 1974 foi um dos poucos arenistas a vencer no pleito daquele ano[6] e com o passar dos anos foi um dos fundadores do PDS e presidiu o Senado Federal (1981-1983) durante o governo João Figueiredo. Sua liderança foi posta à prova a partir do cisma entre ele e Alacid Nunes, outrora seu maior aliado. Progressivamente afastados cada um usou de influência para controlar o PDS local e como Passarinho dispunha do apoio de Brasília os alacidistas apoiaram e elegeram o deputado federal Jader Barbalho governador do Pará em 1982, mesmo ele sendo filiado ao PMDB. No mesmo ano Passarinho foi derrotado por Hélio Gueiros na disputa pelo Senado. Um ano depois foi nomeado ministro da Previdência Social pelo presidente João Figueiredo entre 14 de novembro de 1983 e 15 de março de 1985.
Por ocasião das eleições de 1986 aceitou uma coligação com o PMDB de Jader Barbalho e nisso Hélio Gueiros foi eleito governador com Almir Gabriel e Jarbas Passarinho eleitos senadores, porém o acerto não o demoveu de fazer oposição ao governo José Sarney.[7] Eleito presidente do diretório nacional do PDS, renunciou pouco antes das eleição presidencial de 1989.
Em 26 de novembro de 1987 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito de Portugal.[5]
Ministro da Justiça no governo Fernando Collor de 13 de outubro de 1990 a 2 de abril de 1992, deixou o cargo antes das investigações que resultariam no impeachment presidencial. Seu papel de maior relevo foi o de presidente da CPI do Orçamento, todavia esse fato não impediu sua derrota quando concorreu ao governo do Pará pelo PPR em 1994 derrotado por Almir Gabriel.[8]
Morte
Jarbas Passarinho morreu na manhã de 5 de junho de 2016, aos 96 anos, em Brasília, em decorrência de problemas de saúde atribuídos à idade avançada, segundo comunicado oficial.[9] No mesmo dia, a ex-senadora Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, manifestou-se no Facebook, declarando:
"Tenho um reconhecimento pessoal a fazer: mesmo com todas as críticas pertinentes às suas ideias sobre Educação, foi no Mobral – criado por ele, quando ministro– que aprendi a ler e escrever "
Ela reconheceu que "Jarbas Passarinho será, certamente, lembrado por seu alinhamento com a ditadura militar”, mas também defendeu as “evidentes qualidades intelectuais e habilidades políticas" do ex-ministro. "Pouca gente sabe também que, na Assembleia Constituinte, ele assumiu a defesa de alguns direitos importantes das populações indígenas, que sem seu apoio dificilmente seriam aprovados”, disse Marina, que, como Passarinho, nasceu no Acre. [10]
Jarbas Passarinho era pai de cinco filhos e, desde 1987, viúvo de Ruth de Castro Gonçalves Passarinho.[11]
Notas e referências
- ↑ «Jarbas Passarinho, ex-governador do Pará e ex-ministro, morre em Brasília». Política. 5 de junho de 2016. Consultado em 5 de junho de 2016
- ↑ Governou de 15 de junho de 1964 até 31 de janeiro de 1966.
- ↑ Permaneceu no cargo entre 15 de março de 1967 e 31 de agosto de 1969 quando o presidente afastou-se por motivos de saúde.
- ↑ Jarbas Passarinho (2007). «Jarbas Passarinho». Wikiquote. Consultado em 20 de agosto de 2014
- ↑ a b «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Jarbas Gonçalves Passarinho". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 3 de abril de 2016
- ↑ Além de Jarbas Passarinho foram eleitos Teotônio Vilela (AL), Luís Viana Filho (BA), Henrique de La Rocque (MA), Mendes Canale (MT) e Petrônio Portela (PI).
- ↑ De acordo com o arquivo on line do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) foi eleito com 336.041 votos.
- ↑ Após vencer as eleições em primeiro turno foi derrotado no segundo e conforme o TSE o terceiro mais votado pertencia ao PT.
- ↑ Morre aos 96 anos o ex-ministro Jarbas Passarinho
- ↑ Marina faz homenagem a Jarbas Passarinho e sofre críticas na internet Por Estevão Taiar. Valor, 6 de junho de 2016 .
- ↑ Morre aos 96 anos o ex-ministro Jarbas Passarinho. Por Gustavo Uribe e Marcelo Ridenti. Folha de S. Paulo, 5 de junho de 2016.
Ligações externas
- «Biografia na página do Senado Federal»
- «Biografia na página do Parsifal»
- Eleições gerais no Pará em 1994 Acesso em 5 de fevereiro de 2010.
- Página oficial da Presidência da República Acesso em 4 de fevereiro de 2010.
Precedido por Aurélio do Carmo |
Governador do Pará 1964 — 1966 |
Sucedido por Alacid Nunes |
Precedido por Nascimento e Silva |
Ministro do Trabalho e Previdência Social 1967 — 1969 |
Sucedido por Júlio Barata |
Precedido por Favorino Mércio |
Ministro da Educação 1969 — 1974 |
Sucedido por Ney Braga |
Precedido por Luís Viana Filho |
Presidente do Senado Federal 1981 — 1983 |
Sucedido por Nilo Coelho |
Precedido por Hélio Beltrão |
Ministro da Previdência Social 1983 — 1985 |
Sucedido por Waldir Pires |
Precedido por Bernardo Cabral |
Ministro da Justiça 1990 — 1992 |
Sucedido por Célio Borja |
Precedido por Lobão da Silveira |
Senador pelo Pará 1967 — 1983 |
Sucedido por Hélio Gueiros |
Precedido por Gabriel Hermes |
Senador pelo Pará 1987 — 1995 |
Sucedido por Ademir Andrade |
- Nascidos em 1920
- Mortos em 2016
- Ministros do Governo Costa e Silva
- Ministros do Governo Provisório de 1969
- Ministros do Governo Médici
- Ministros do Governo Figueiredo
- Ministros do Governo Collor
- Ministros da Previdência Social do Brasil
- Ministros do Trabalho do Brasil
- Ministros da Educação do Brasil
- Ministros da Justiça do Brasil
- Presidentes do Senado Federal do Brasil
- Governadores do Pará
- Senadores do Pará
- Grandes Oficiais da Ordem do Ipiranga
- Naturais de Xapuri
- Militares do Acre
- Membros da Aliança Renovadora Nacional
- Membros do Partido Democrático Social
- Grã-Cruzes da Ordem Militar de Cristo
- Grã-Cruzes da Ordem do Infante D. Henrique
- Grã-Cruzes da Ordem da Instrução Pública
- Grã-Cruzes da Ordem do Mérito