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Fernando Henrique Cardoso: diferenças entre revisões

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Em outubro de 1968, retornou ao Brasil, passando a morar em uma casa no [[Morumbi (São Paulo)|Morumbi]].<ref name="Exílio" /> No mesmo ano assumiu por concurso público a [[cátedra]] de [[Ciência Política]] da USP, mas em abril de 1969 foi aposentado compulsoriamente e perdeu seus [[direitos políticos]] com base no [[Decreto-lei nº 477 de 26 de fevereiro de 1969|Decreto-lei 477]], conhecido como o "[[Ato Institucional Número Cinco|AI-5]] das universidades".<ref name="Entrevista do FHC sobre 1968">{{citar web|url=http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL463645-15530,00-E+ANTIDOTO+CONTRA+INTOLERANCIA+MUNDIAL+DIZ+FHC.html|título=68 é antídoto contra intolerância mundial, diz FHC|obra=G1|autor=Fabio Schivartche|data=10 de maio de 2008|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140222160124/http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL463645-15530,00-E+ANTIDOTO+CONTRA+INTOLERANCIA+MUNDIAL+DIZ+FHC.html|arquivodata=2014-02-22|acessodata=17 de fevereiro de 2014|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://sociologia.fflch.usp.br/node/190|título=Fernando Henrique Cardoso|obra=Departamento de Sociologia|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140222032204/http://sociologia.fflch.usp.br/node/190|arquivodata=2014-02-22|acessodata=17 de fevereiro de 2014|urlmorta=no}}</ref> Nos anos 1970, foi pesquisador e diretor do [[Centro Brasileiro de Análise e Planejamento]] (CEBRAP), sendo um de seus criadores.<ref name="Exílio" /> Ao mesmo tempo, também trabalhou no Centro de Estudos Latino-Americanos da [[Smithsonian Institution]], e, para manter sua família, passou a lecionar parte do ano no Brasil e outra parte no exterior.<ref name="Exílio" /><ref name="Entrevista do FHC sobre 1968" />
Em outubro de 1968, retornou ao Brasil, passando a morar em uma casa no [[Morumbi (São Paulo)|Morumbi]].<ref name="Exílio" /> No mesmo ano assumiu por concurso público a [[cátedra]] de [[Ciência Política]] da USP, mas em abril de 1969 foi aposentado compulsoriamente e perdeu seus [[direitos políticos]] com base no [[Decreto-lei nº 477 de 26 de fevereiro de 1969|Decreto-lei 477]], conhecido como o "[[Ato Institucional Número Cinco|AI-5]] das universidades".<ref name="Entrevista do FHC sobre 1968">{{citar web|url=http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL463645-15530,00-E+ANTIDOTO+CONTRA+INTOLERANCIA+MUNDIAL+DIZ+FHC.html|título=68 é antídoto contra intolerância mundial, diz FHC|obra=G1|autor=Fabio Schivartche|data=10-05-2008|wayb=20140222160124|acessodata=17-02-2014|urlmorta=não}}</ref><ref>{{citar web|url=http://sociologia.fflch.usp.br/node/190|título=Fernando Henrique Cardoso|obra=Departamento de Sociologia|wayb=20140222032204|acessodata=17-02-2014|urlmorta=sim}}</ref> Nos anos 1970, foi pesquisador e diretor do [[Centro Brasileiro de Análise e Planejamento]] (CEBRAP), sendo um de seus criadores.<ref name="Exílio" /> Ao mesmo tempo, também trabalhou no Centro de Estudos Latino-Americanos da [[Smithsonian Institution]], e, para manter sua família, passou a lecionar parte do ano no Brasil e outra parte no exterior.<ref name="Exílio" /><ref name="Entrevista do FHC sobre 1968" />


Em 1974, a convite de [[Ulysses Guimarães]], então presidente do [[Movimento Democrático Brasileiro (1966)|Movimento Democrático Brasileiro]] (MDB), coordenou a elaboração da plataforma eleitoral do partido.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0212200710.htm|título=Folha sabatina FHC na próxima quinta|obra=Folha de S. Paulo|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150106232229/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0212200710.htm|arquivodata=2015-01-06|data=2 de dezembro de 2007|acessodata=18 de fevereiro de 2014|urlmorta=no}}</ref> Cardoso estimulou o MDB a moldar-se no [[Partido Democrata (Estados Unidos)|Partido Democrata]] norte-americano e pregou que tanto fazendo alianças amplas como repudiando a luta armada, o partido chegaria ao poder pelo voto popular.<ref name="Eleições 1978">{{citar web|url=http://www.brasil247.com/pt/247/poder/5043/FHC-em-1978-%E2%80%93-um-pol%C3%ADtico-em-gesta%C3%A7%C3%A3o-FHC-Joaquim-Castanheira-Senado-Federal-elei%C3%A7%C3%B5es.htm|título=FHC em 1978 – um político em gestação|obra=Brasil 247|autor=Joaquim Castanheira|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150106222534/http://www.brasil247.com/pt/247/poder/5043/FHC-em-1978-%E2%80%93-um-pol%C3%ADtico-em-gesta%C3%A7%C3%A3o-FHC-Joaquim-Castanheira-Senado-Federal-elei%C3%A7%C3%B5es.htm|arquivodata=2015-01-06|acessodata=18 de fevereiro de 2014|urlmorta=no}}</ref><ref name="Fernando Henrique Cardoso">{{citar web|url=http://accaopopularlibertaria.files.wordpress.com/2011/03/fernando-henriques-cardoso-ou-fhc2.pdf|título=Fernando Henriques Cardoso ou FHC|obra=Fundação Champalimau|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150106232431/http://accaopopularlibertaria.files.wordpress.com/2011/03/fernando-henriques-cardoso-ou-fhc2.pdf|arquivodata=2015-01-06|acessodata=18 de fevereiro de 2014|urlmorta=no}}</ref>
Em 1974, a convite de [[Ulysses Guimarães]], então presidente do [[Movimento Democrático Brasileiro (1966)|Movimento Democrático Brasileiro]] (MDB), coordenou a elaboração da plataforma eleitoral do partido.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0212200710.htm|título=Folha sabatina FHC na próxima quinta|obra=Folha de S. Paulo|wayb=20150106232229|data=02-12-2007|acessodata=18-02-2014|urlmorta=não}}</ref> Cardoso estimulou o MDB a moldar-se no [[Partido Democrata (Estados Unidos)|Partido Democrata]] norte-americano e pregou que tanto fazendo alianças amplas como repudiando a luta armada, o partido chegaria ao poder pelo voto popular.<ref name="Eleições 1978">{{citar web|url=http://www.brasil247.com/pt/247/poder/5043/FHC-em-1978-%E2%80%93-um-pol%C3%ADtico-em-gesta%C3%A7%C3%A3o-FHC-Joaquim-Castanheira-Senado-Federal-elei%C3%A7%C3%B5es.htm|título=FHC em 1978 – um político em gestação|obra=Brasil 247|autor=Joaquim Castanheira|wayb=20150106222534|acessodata=18-02-2014|urlmorta=não}}</ref><ref name="Fernando Henrique Cardoso">{{citar web|url=http://accaopopularlibertaria.files.wordpress.com/2011/03/fernando-henriques-cardoso-ou-fhc2.pdf|título=Fernando Henriques Cardoso ou FHC|obra=Fundação Champalimau|wayb=20150106232431|acessodata=18-02-2014|urlmorta=não}}</ref>


Fernando Henrique saiu dos bastidores acadêmicos e começou a participar de campanhas políticas pessoalmente a partir das [[Eleições estaduais em São Paulo em 1978|eleições gerais de 1978]].<ref name="Eleições 1978" /><ref>{{citar web|url=http://books.google.com.br/books?id=JQ2metWO1LkC&printsec=frontcover&dq=biografia+completa+de+Fernando+Henrique+Cardoso&hl=pt-BR&sa=X&ei=j4e3U7v7DrbJsQTnhYKwCQ&ved=0CCYQ6AEwAA#v=onepage&q=biografia%20completa%20de%20Fernando%20Henrique%20Cardoso&f=false|título=A arte da política: a história que vivi|obra=Livraria Saraiva|autor=Fernando Henrique Cardoso|data=2006|acessodata=5 de julho de 2014}}</ref> Naquele ano, lançou-se candidato ao Senado Federal por [[São Paulo (estado)|São Paulo]].<ref name="Eleições 1978" /> Sua candidatura foi apoiada pela [[Esquerda política|esquerda]], por parcelas da classe média mais liberal, por artistas (como [[Chico Buarque de Holanda]]), e por lideranças sindicais (como o então sindicalista [[Luiz Inácio Lula da Silva|Lula da Silva]], que chegou a representá-lo em comícios).<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/pais/moreno/posts/2010/08/13/lula-ja-garantiu-eleicao-de-fh-315862.asp|título=Lula já garantiu eleição de FH|obra=O Globo|autor=Jorge Bastos Moreno|data=13 de agosto de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140222213342/http://oglobo.globo.com/pais/moreno/posts/2010/08/13/lula-ja-garantiu-eleicao-de-fh-315862.asp|arquivodata=2014-02-22|acessodata=18 de fevereiro de 2014|urlmorta=no}}</ref> Assim, obteve 1,2 milhão de votos, tornando-se suplente de [[André Franco Montoro|Franco Montoro]], também do MDB.<ref name="Eleições 1978" /><ref>{{citar web|url=http://www.seade.gov.br/produtos/moveleitoral/index.php?res=2|título=Total do Estado de São Paulo: Senador: 1978|obra=Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131019143249/http://www.seade.gov.br/produtos/moveleitoral/index.php?res=2|arquivodata=2013-10-19|acessodata=18 de fevereiro de 2014|urlmorta=yes}}</ref> O [[bipartidarismo]] vigente desde o início da [[Ditadura militar brasileira|ditadura militar]] foi extinto em 1979, passando a valer o [[Pluripartidarismo|multipartidarismo]].<ref>{{citar web|url=http://www.historialivre.com/brasil/partidos_politicos.pdf|título=História dos partidos políticos no Brasil|obra=História Livre|autor=Marcos Faber|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150106232120/http://www.historialivre.com/brasil/partidos_politicos.pdf|arquivodata=2015-01-06|acessodata=5 de janeiro de 2015|urlmorta=no}}</ref> Com isso, filiou-se ao [[Movimento Democrático Brasileiro (1980)|Partido do Movimento Democrático Brasileiro]] (PMDB), o sucessor natural do MDB.<ref>{{citar web|url=http://www.repolitica.com.br/fernandohenrique/perfil|título=Fernando Henrique|obra=Repolítica|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140221195007/http://www.repolitica.com.br/fernandohenrique/perfil|arquivodata=2014-02-21|acessodata=18 de fevereiro de 2014|urlmorta=no}}</ref><ref>{{Citar livro|autor=[[Olavo Brasil de Lima Jr.|Olavo Brasil de Lima Júnior]]|título=Democracia e Instituições políticas no Brasil dos anos 80|local=São Paulo|editora=Edições Loyola|ano=1993|páginas=67|isbn=85-17-00758-4}}</ref>
Fernando Henrique saiu dos bastidores acadêmicos e começou a participar de campanhas políticas pessoalmente a partir das [[Eleições estaduais em São Paulo em 1978|eleições gerais de 1978]].<ref name="Eleições 1978" /><ref>{{citar livro|url=http://books.google.com.br/books?id=JQ2metWO1LkC&printsec=frontcover&dq=biografia+completa+de+Fernando+Henrique+Cardoso&hl=pt-BR&sa=X&ei=j4e3U7v7DrbJsQTnhYKwCQ&ved=0CCYQ6AEwAA#v=onepage&q=biografia%20completa%20de%20Fernando%20Henrique%20Cardoso&f=false|título=A arte da política: a história que vivi|editora=Livraria Saraiva|local=São Paulo|autor=Fernando Henrique Cardoso|ano=2006|acessodata=05-07-2014}}</ref> Naquele ano, lançou-se candidato ao Senado Federal por [[São Paulo (estado)|São Paulo]].<ref name="Eleições 1978" /> Sua candidatura foi apoiada pela [[Esquerda política|esquerda]], por parcelas da classe média mais liberal, por artistas (como [[Chico Buarque de Holanda]]), e por lideranças sindicais (como o então sindicalista [[Luiz Inácio Lula da Silva|Lula da Silva]], que chegou a representá-lo em comícios).<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/pais/moreno/posts/2010/08/13/lula-ja-garantiu-eleicao-de-fh-315862.asp|título=Lula já garantiu eleição de FH|obra=O Globo|autor=Jorge Bastos Moreno|data=13-08-2010|wayb=20140222213342|acessodata=18-02-2014|urlmorta=sim}}</ref> Assim, obteve 1,2 milhão de votos, tornando-se suplente de [[André Franco Montoro|Franco Montoro]], também do MDB.<ref name="Eleições 1978" /><ref>{{citar web|url=http://www.seade.gov.br/produtos/moveleitoral/index.php?res=2|título=Total do Estado de São Paulo: Senador: 1978|obra=Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados|wayb=20131019143249|acessodata=18-02-2014|urlmorta=sim}}</ref> O [[bipartidarismo]] vigente desde o início da [[Ditadura militar brasileira|ditadura militar]] foi extinto em 1979, passando a valer o [[Pluripartidarismo|multipartidarismo]].<ref>{{citar web|url=http://www.historialivre.com/brasil/partidos_politicos.pdf|título=História dos partidos políticos no Brasil|obra=História Livre|autor=Marcos Faber|wayb=20150106232120|acessodata=05-01-2015|urlmorta=sim}}</ref> Com isso, filiou-se ao [[Movimento Democrático Brasileiro (1980)|Partido do Movimento Democrático Brasileiro]] (PMDB), o sucessor natural do MDB.<ref>{{citar web|url=http://www.repolitica.com.br/fernandohenrique/perfil|título=Fernando Henrique|obra=Repolítica|wayb=20140221195007|acessodata=18-02-2014|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{Citar livro|autor=[[Olavo Brasil de Lima Jr.|Olavo Brasil de Lima Júnior]]|título=Democracia e Instituições políticas no Brasil dos anos 80|local=São Paulo|editora=Edições Loyola|ano=1993|páginas=67|isbn=8515007584}}</ref>


== Senador por São Paulo ==
== Senador por São Paulo ==
[[Imagem:Fernando Henrique Cardoso, Ulysses Guimarães, Bernardo Cabral e Humberto Lucena durante a Assembleia Nacional Constituinte.jpg|thumb|esquerda|Fernando Henrique ao lado de [[Ulysses Guimarães]] durante sessão da [[Assembleia Nacional Constituinte de 1987]].]]
[[Imagem:Fernando Henrique Cardoso, Ulysses Guimarães, Bernardo Cabral e Humberto Lucena durante a Assembleia Nacional Constituinte.jpg|thumb|esquerda|Fernando Henrique ao lado de [[Ulysses Guimarães]] durante sessão da [[Assembleia Nacional Constituinte de 1987]].]]


O senador Franco Montoro foi eleito governador nas [[Eleições estaduais de São Paulo de 1982|eleições estaduais de 1982]].<ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/eleicoes-de-1982-foram-primeiro-passo-para-redemocratizacao-do-pais,8097552b1be6d310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html|titulo=Eleições de 1982 foram primeiro passo para redemocratização do País|publicado=Terra|autor=Daniel Favero|data=16 de março de 2013|acessodata=6 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150109032457/http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/eleicoes-de-1982-foram-primeiro-passo-para-redemocratizacao-do-pais,8097552b1be6d310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html|arquivodata=2015-01-09|urlmorta=no}}</ref> Consequentemente, Montoro renunciou ao cargo de senador, fazendo com que Cardoso assumisse seu mandato em 15 de março de 1983.<ref name="Biografia no site do Planalto">{{citar web|url=http://www4.planalto.gov.br/informacoespresidenciais/fernando-henrique-cardoso|título=Fernando Henrique Cardoso|obra=Palácio do Planalto|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141022104418/http://www4.planalto.gov.br/informacoespresidenciais/fernando-henrique-cardoso|arquivodata=2014-10-22|acessodata=28 de fevereiro de 2014|urlmorta=no}}</ref> A partir deste ano, com a posse de [[Lista de governadores das unidades federativas do Brasil (1983-1987)|dez governadores de oposição]] ao governo [[João Figueiredo]], Fernando Henrique passou a participar das articulações visando a transição da ditadura militar para a democracia, tornando-se um dos grandes fomentadores das [[Diretas-já]].<ref name="Direitas-já">{{citar web|url=http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2014/01/25/interna_politica,486008/diretas-30-anos-depois.shtml|título=Diretas, 30 anos depois|publicado=Diário de Pernambuco|obra=Correio Braziliense|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150109032710/http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2014/01/25/interna_politica,486008/diretas-30-anos-depois.shtml|arquivodata=2015-01-09|data=25 de janeiro de 2014|acessodata=6 de janeiro de 2015|urlmorta=no}}</ref> Com prestígio junto a [[Tancredo Neves]] e [[Ulisses Guimarães]] e trânsito entre os militares, contribuiu para que não houvesse radicalização política e que acontecesse uma transição pacífica da ditadura militar para a democracia em 1985.<ref name="Resultados eleitorais" /><ref name="Democracia">{{citar web|url=http://www.passado.com.br/ntc/default.asp?Cod=34|título=1995 - 2002 - Fernando Henrique Cardoso|publicado=Passado|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150109041317/http://www.passado.com.br/ntc/default.asp?Cod=34|arquivodata=2015-01-09|acessodata=6 de janeiro de 2015|urlmorta=no}}</ref> Teve voz na formação do governo Tancredo, mas a morte deste, seguida da ascensão de [[José Sarney]], reduziu sua área de influência.<ref name="Democracia" />
O senador Franco Montoro foi eleito governador nas [[Eleições estaduais de São Paulo de 1982|eleições estaduais de 1982]].<ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/eleicoes-de-1982-foram-primeiro-passo-para-redemocratizacao-do-pais,8097552b1be6d310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html|titulo=Eleições de 1982 foram primeiro passo para redemocratização do País|publicado=Terra|autor=Daniel Favero|data=16-03-2013|acessodata=06-01-2015|wayb=20150109032457|urlmorta=não}}</ref> Consequentemente, Montoro renunciou ao cargo de senador, fazendo com que Cardoso assumisse seu mandato em 15 de março de 1983.<ref name="Biografia no site do Planalto">{{citar web|url=http://www4.planalto.gov.br/informacoespresidenciais/fernando-henrique-cardoso|título=Fernando Henrique Cardoso|obra=Palácio do Planalto|wayb=20120907091221|acessodata=28-02-2014|urlmorta=sim}}</ref> A partir deste ano, com a posse de [[Lista de governadores das unidades federativas do Brasil (1983-1987)|dez governadores de oposição]] ao governo [[João Figueiredo]], Fernando Henrique passou a participar das articulações visando a transição da ditadura militar para a democracia, tornando-se um dos grandes fomentadores das [[Diretas-já]].<ref name="Direitas-já">{{citar web|url=http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2014/01/25/interna_politica,486008/diretas-30-anos-depois.shtml|título=Diretas, 30 anos depois|publicado=Diário de Pernambuco|obra=Correio Braziliense|wayb=20150109032710|data=25-01-2014|acessodata=06-01-2015|urlmorta=sim}}</ref> Com prestígio junto a [[Tancredo Neves]] e [[Ulisses Guimarães]] e trânsito entre os militares, contribuiu para que não houvesse radicalização política e que acontecesse uma transição pacífica da ditadura militar para a democracia em 1985.<ref name="Resultados eleitorais" /><ref name="Democracia">{{citar web|url=http://www.passado.com.br/ntc/default.asp?Cod=34|título=1995 - 2002 - Fernando Henrique Cardoso|publicado=Passado|wayb=20150109041317|acessodata=06-01-2015|urlmorta=sim}}</ref> Teve voz na formação do governo Tancredo, mas a morte deste, seguida da ascensão de [[José Sarney]], reduziu sua área de influência.<ref name="Democracia" />


[[Imagem:Fernando Henrique Cardoso na prefeitura de S.Paulo (1985).jpg|thumb|right|miniaturadaimagem|O senador Fernando Henrique Cardoso sentado na cadeira de prefeito na véspera da [[Eleição municipal de São Paulo em 1985]]. A foto foi estampada em vários jornais no dia da eleição.]]
[[Imagem:Fernando Henrique Cardoso na prefeitura de S.Paulo (1985).jpg|thumb|right|miniaturadaimagem|O senador Fernando Henrique Cardoso sentado na cadeira de prefeito na véspera da [[Eleição municipal de São Paulo em 1985]]. A foto foi estampada em vários jornais no dia da eleição.]]


Em 1985, licenciou-se do [[Senado Federal do Brasil|Senado Federal]] para concorrer à [[Eleição municipal de São Paulo em 1985|prefeitura de São Paulo]], apoiado por [[Mário Covas]], então mandatário.<ref>{{citar web|url=http://www.jb.com.br/pais/noticias/2011/06/18/ex-presidente-fhc-faz-80-anos-e-recebe-homenagens-do-psdb/|titulo=Ex-presidente FHC faz 80 anos e recebe homenagens do PSDB|publicado=Jornal do Brasil|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150109032909/http://www.jb.com.br/pais/noticias/2011/06/18/ex-presidente-fhc-faz-80-anos-e-recebe-homenagens-do-psdb/|arquivodata=2015-01-09|data=18 de junho de 2011|acessodata=29 de junho de 2014|urlmorta=no}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=ROSSI|primeiro=Clóvis|url=https://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/mario_covas-biografia.shtml|titulo=O engenheiro que sonhava ser presidente desde criança|acessodata=2022-01-13|website=www1.folha.uol.com.br}}</ref> Durante o último debate da eleição, o então candidato deixou de responder objetivamente a pergunta "o senhor acredita em Deus?", feita por [[Boris Casoy]].<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/4/02/brasil/17.html|titulo=Debate em 1985 afetou candidatura|publicado=Folha de S. Paulo|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150109032936/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/4/02/brasil/17.html|arquivodata=2015-01-09|data=2 de abril de 1994|acessodata=29 de junho de 2014|urlmorta=no}}</ref> O episódio chegou a ser considerado como "uma quase confissão" de que seria [[ateu]].<ref>{{citar web|url=http://www.revistabrasileiros.com.br/2013/07/07/ateus-gracas-a-deus/#.U696WvldVBF|título=Ateus, graças a Deus!|publicado=Brasileiros|autor=Alex Solnik|data=7 de julho de 2013|acessodata=28 de junho de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150109032616/http://www.revistabrasileiros.com.br/2013/07/07/ateus-gracas-a-deus/#.U696WvldVBF|arquivodata=2015-01-09|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1510201003.htm|título=Deus: uma regressão política|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Fernando de Barros e Silva|data=15 de outubro de 2010|acessodata=28 de junho de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150109032912/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1510201003.htm|arquivodata=2015-01-09|urlmorta=no}}</ref> Seu principal adversário, o ex-presidente [[Jânio Quadros]], explorou ao fim da campanha a suposta falta de crença de Fernando Henrique, realizando uma campanha difamatória de cunho religioso.<ref name="Campanha de 1985">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1510201009.htm|título=Cemitério|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Mônica Bergamo|data=15 de outubro de 2010|acessodata=28 de junho de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150109041344/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1510201009.htm|arquivodata=2015-01-09|urlmorta=no}}</ref> Posteriormente, ele afirmou nunca ter sido ateu.<ref>{{citar web|url=http://www.dgabc.com.br/Noticia/321936/fhc-diz-em-portugal-que-nunca-foi-ateu|título=FHC diz em Portugal que nunca foi ateu|publicado=Diário do Grande ABC|data=18 de abril de 1999|acessodata=28 de junho de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150110103907/http://www.dgabc.com.br/Noticia/321936/fhc-diz-em-portugal-que-nunca-foi-ateu|arquivodata=2015-01-10|urlmorta=no}}</ref> Outro episódio marcante daquela campanha foi FHC ter sentado na cadeira de prefeito na véspera da eleição. Explica em seu livro ''A arte da política: a história que vivi'', que fez um acordo para ser fotografado em tal situação "para o caso da vitória, pois as eleições estavam extremamente apertadas e, além de tudo, se a revista quisesse, como pretendia, trazer o novo prefeito na capa, não haveria como fotografá-lo a tempo no gabinete oficial"; na manhã do dia 15 de novembro a fotografia estava publicada nos jornais e revistas.<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc19059821.htm|titulo=Folha de S.Paulo - Tucano lamenta não ter sido prefeito - 19/05/98|acessodata=2022-01-13|website=www1.folha.uol.com.br}}</ref><ref name=":0">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=2gzHCgAAQBAJ&newbks=0&printsec=frontcover&hl=pt-BR|título=A arte da política: A história que vivi|ultimo=Cardoso|primeiro=Fernando Henrique|editora=Civilização Brasileira|ano=2015|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/candidato-em-1985-fh-sentou-na-cadeira-do-prefeito-de-sp-perdeu-eleicao-19069894|titulo=Candidato em 1985, FH sentou na cadeira do prefeito de SP e perdeu a eleição|acessodata=2022-01-13|website=Acervo O Globo|lingua=pt-br}}</ref> Jânio o derrotou por uma diferença de 3,37%, ou pouco mais de 141 mil votos.<ref name="Resultados eleitorais" /> Apesar de muitas especulações sobre as razões da derrota, escreveu que não ganhou somente porque não foi "capaz de convencer o povo de que seria bom prefeito".<ref name=":0" />
Em 1985, licenciou-se do [[Senado Federal do Brasil|Senado Federal]] para concorrer à [[Eleição municipal de São Paulo em 1985|prefeitura de São Paulo]], apoiado por [[Mário Covas]], então mandatário.<ref>{{citar web|url=http://www.jb.com.br/pais/noticias/2011/06/18/ex-presidente-fhc-faz-80-anos-e-recebe-homenagens-do-psdb/|titulo=Ex-presidente FHC faz 80 anos e recebe homenagens do PSDB|publicado=Jornal do Brasil|wayb=20150109032909|data=18-06-2011|acessodata=29-06-2014|urlmorta=não}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=ROSSI|primeiro=Clóvis|url=https://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/mario_covas-biografia.shtml|titulo=O engenheiro que sonhava ser presidente desde criança|acessodata=2022-01-13|website=Folha de S. Paulo}}</ref> Durante o último debate da eleição, o então candidato deixou de responder objetivamente a pergunta "o senhor acredita em Deus?", feita por [[Boris Casoy]].<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/4/02/brasil/17.html|titulo=Debate em 1985 afetou candidatura|publicado=Folha de S. Paulo|wayb=20150109032936|data=02-04-1994|acessodata=29-06-2014|urlmorta=não}}</ref> O episódio chegou a ser considerado como "uma quase confissão" de que seria [[ateu]].<ref>{{citar web|url=http://www.revistabrasileiros.com.br/2013/07/07/ateus-gracas-a-deus/#.U696WvldVBF|título=Ateus, graças a Deus!|publicado=Brasileiros|autor=Alex Solnik|data=07-07-2013|acessodata=28-06-2014|wayb=20150109080514|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1510201003.htm|título=Deus: uma regressão política|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Fernando de Barros e Silva|data=15-10-2010|acessodata=28-06-2014|wayb=20150109032912|urlmorta=não}}</ref> Seu principal adversário, o ex-presidente [[Jânio Quadros]], explorou ao fim da campanha a suposta falta de crença de Fernando Henrique, realizando uma campanha difamatória de cunho religioso.<ref name="Campanha de 1985">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1510201009.htm|título=Cemitério|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Mônica Bergamo|data=15-10-2010|acessodata=28-06-2014|wayb=20150109041344|urlmorta=não}}</ref> Posteriormente, ele afirmou nunca ter sido ateu.<ref>{{citar web|url=http://www.dgabc.com.br/Noticia/321936/fhc-diz-em-portugal-que-nunca-foi-ateu|título=FHC diz em Portugal que nunca foi ateu|publicado=Diário do Grande ABC|data=18-04-1999|acessodata=28-06-2014|wayb=20150110103907|urlmorta=não}}</ref> Outro episódio marcante daquela campanha foi FHC ter sentado na cadeira de prefeito na véspera da eleição. Explica em seu livro ''A arte da política: a história que vivi'', que fez um acordo para ser fotografado em tal situação "para o caso da vitória, pois as eleições estavam extremamente apertadas e, além de tudo, se a revista quisesse, como pretendia, trazer o novo prefeito na capa, não haveria como fotografá-lo a tempo no gabinete oficial"; na manhã do dia 15 de novembro a fotografia estava publicada nos jornais e revistas.<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc19059821.htm|titulo=FHC lamenta não ter sido prefeito|acessodata=2022-01-13|website=Folha de S.Paulo|data=19/05/1998}}</ref><ref name=":0">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=2gzHCgAAQBAJ&newbks=0&printsec=frontcover&hl=pt-BR|título=A arte da política: A história que vivi|ultimo=Cardoso|primeiro=Fernando Henrique|editora=Civilização Brasileira|local=Rio de Janeiro|ano=2015}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/candidato-em-1985-fh-sentou-na-cadeira-do-prefeito-de-sp-perdeu-eleicao-19069894|titulo=Candidato em 1985, FH sentou na cadeira do prefeito de SP e perdeu a eleição|data=12-04-2016|acessodata=2022-01-13|website=Acervo O Globo}}</ref> Jânio o derrotou por uma diferença de 3,37%, ou pouco mais de 141 mil votos.<ref name="Resultados eleitorais" /> Apesar de muitas especulações sobre as razões da derrota, escreveu que não ganhou somente porque não foi "capaz de convencer o povo de que seria bom prefeito".<ref name=":0" />


Fernando Henrique exerceu durante o [[governo Sarney]] o cargo de líder do governo e do PMDB no Senado (1985-1988).<ref name="Biografia no site do Planalto" /> Nas [[Eleições estaduais em São Paulo em 1986|eleições de 1986]], foi reeleito senador com 6,2 milhões de votos.<ref name="Resultados eleitorais">{{citar web|url=https://apps.tre-sp.jus.br/paulistica/#|título=Paulística Eleitoral|publicado=TRE-SP|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141006095109/https://apps.tre-sp.jus.br/paulistica/|arquivodata=2014-10-06|acessodata=29 de junho de 2014|urlmorta=no}}</ref><ref name="Biografia no e-Biografias">{{citar web|url=http://www.e-biografias.net/fernando_henrique_cardoso/|título=Biografia de Fernando Henrique Cardoso|publicado=E-Biografias|data=7 de maio de 2014|acessodata=30 de junho de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150106222502/http://www.e-biografias.net/fernando_henrique_cardoso/|arquivodata=2015-01-06|urlmorta=no}}</ref> Os peemedebistas tiveram uma grande vitória em todo o país devido a popularidade do [[Plano Cruzado]].<ref name="Biografia no Rondoniagora">{{citar web|url=http://www.rondoniagora.com/noticias/fhc-80anos-para-o-brasil-um-grande-estadistau-para-o-psdb-um-autentico-lider-2011-06-27.htm|título=FHC 80anos: para o Brasil, um grande estadista. Para o PSDB, um autêntico líder|publicado=Rondoniagora|autor=Aparício Carvalho|data=27 de junho de 2011|acessodata=30 de junho de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150106232530/http://www.rondoniagora.com/noticias/fhc-80anos-para-o-brasil-um-grande-estadistau-para-o-psdb-um-autentico-lider-2011-06-27.htm|arquivodata=2015-01-06|urlmorta=no}}</ref> Naquele ano, [[Mário Covas]] e Cardoso elegeram-se, nessa ordem, os senadores mais votados da história — cada um com mais votos do que o governador eleito [[Orestes Quércia]].<ref name="Biografia no Rondoniagora" /> Após a eleição, os dois tornaram-se os principais líderes nacionais do PMDB.<ref name="Biografia no Rondoniagora" /> Em 1988, devido à falta de espaço no PMDB, participou da fundação de um novo partido político, o [[Partido da Social Democracia Brasileira]] (PSDB). O político deixou os cargos de liderança do PMDB que tinha no Senado após filiar-se ao novo partido, sendo escolhido como líder dos tucanos na casa.<ref name="Biografia no site do Planalto" /> Entre 1987 e 1988, foi membro da [[Assembleia Nacional Constituinte de 1987|Assembleia Nacional Constituinte]], que elaborou a [[Constituição brasileira de 1988]].<ref name="Currículo completo">{{citar web|url=http://www.ifhc.org.br/wp-content/uploads/2013/08/CV_extenso_PORTUGUES_2013.pdf|título=Currículo de Fernando Henrique Cardoso|publicado=Instituto Fernando Henrique Cardoso|data=12 de agosto de 2013|acessodata=5 de julho de 2014}}</ref>
Fernando Henrique exerceu durante o [[governo Sarney]] o cargo de líder do governo e do PMDB no Senado (1985-1988).<ref name="Biografia no site do Planalto" /> Nas [[Eleições estaduais em São Paulo em 1986|eleições de 1986]], foi reeleito senador com 6,2 milhões de votos.<ref name="Resultados eleitorais">{{citar web|url=https://apps.tre-sp.jus.br/paulistica/#|título=Paulística Eleitoral|publicado=TRE-SP|wayb=20190128191030|acessodata=29-06-2014|urlmorta=sim}}</ref><ref name="Biografia no e-Biografias">{{citar web|url=http://www.e-biografias.net/fernando_henrique_cardoso/|título=Biografia de Fernando Henrique Cardoso|publicado=E-Biografias|data=07-05-2014|acessodata=30-06-2014|wayb=20150106222502|urlmorta=sim}}</ref> Os peemedebistas tiveram uma grande vitória em todo o país devido a popularidade do [[Plano Cruzado]].<ref name="Biografia no Rondoniagora">{{citar web|url=http://www.rondoniagora.com/noticias/fhc-80anos-para-o-brasil-um-grande-estadistau-para-o-psdb-um-autentico-lider-2011-06-27.htm|título=FHC 80anos: para o Brasil, um grande estadista. Para o PSDB, um autêntico líder|publicado=Rondoniagora|autor=Aparício Carvalho|data=27-06-2011|acessodata=30-06-2014|wayb=20150106232530|urlmorta=não}}</ref> Naquele ano, [[Mário Covas]] e Cardoso elegeram-se, nessa ordem, os senadores mais votados da história — cada um com mais votos do que o governador eleito [[Orestes Quércia]].<ref name="Biografia no Rondoniagora" /> Após a eleição, os dois tornaram-se os principais líderes nacionais do PMDB.<ref name="Biografia no Rondoniagora" /> Em 1988, devido à falta de espaço no PMDB, participou da fundação de um novo partido político, o [[Partido da Social Democracia Brasileira]] (PSDB). O político deixou os cargos de liderança do PMDB que tinha no Senado após filiar-se ao novo partido, sendo escolhido como líder dos tucanos na casa.<ref name="Biografia no site do Planalto" /> Entre 1987 e 1988, foi membro da [[Assembleia Nacional Constituinte de 1987|Assembleia Nacional Constituinte]], que elaborou a [[Constituição brasileira de 1988]].<ref name="Currículo completo">{{citar web|url=http://www.ifhc.org.br/wp-content/uploads/2013/08/CV_extenso_PORTUGUES_2013.pdf|título=Currículo de Fernando Henrique Cardoso|publicado=Instituto Fernando Henrique Cardoso|data=12-08-2013|acessodata=05-07-2014|wayb=20130918162631|urlmorta=sim}}</ref>


== Ministro de Estado ==
== Ministro de Estado ==


Fernando Henrique inicialmente apoiou o [[Governo Fernando Collor|governo]] do presidente [[Fernando Collor]]. Em discurso proferido em 24 de março de 1990, nove dias após o início da vigência do [[Plano Collor]], discursou: "Sabe vossa excelência que sou defensor do plano. Sabe vossa excelência que não sou só eu, mas o meu partido".<ref>{{citar web|url=http://www.senado.gov.br/publicacoes/anais/asp/PQ_Edita.asp?Periodo=2&Ano=1990&Livro=3&Tipo=9&Pagina=942|título=Diário do Congresso Nacional|publicado=Senado Federal|data=março de 1990|acessodata=6 de janeiro de 2015}}</ref> No entanto, durante o processo de [[Impeachment de Fernando Collor]], em setembro de 1992, foi favorável ao afastamento do presidente.<ref name="Democracia" /> Após o afastamento de Collor, em outubro de 1992, o vice-presidente [[Itamar Franco]] assumiu a Presidência da República, nomeando-o para o [[Ministério das Relações Exteriores (Brasil)|Ministério das Relações Exteriores]].<ref name="Ministério">{{citar web|url=https://www.youtube.com/watch?v=Aa3Od7HhQaY |titulo=Fernando Henrique Cardoso - Parte 3|publicado=YouTube|obra=The Biography Channel|data=30 de maio de 2011|acessodata=6 de janeiro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.rodaviva.fapesp.br/materia/782/entrevistados/fernando_henrique_cardoso_1994.htm|titulo=Fernando Henrique Cardoso|publicado=Roda Viva|data=21 de julho de 1994|acessodata=6 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141015095908/http://www.rodaviva.fapesp.br/materia/782/entrevistados/fernando_henrique_cardoso_1994.htm|arquivodata=2014-10-15|urlmorta=no}}</ref> Em novembro, FHC foi admitido por Itamar à [[Ordem do Mérito Militar]] já em seu mais alto grau, a Grã-Cruz especial.<ref name=OMM>{{Citar lei |jurisdição=Brasil |url=https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=24/11/1992&jornal=1&pagina=3 |título=Decreto |data=23 de novembro de 1992}}</ref>
Fernando Henrique inicialmente apoiou o [[Governo Fernando Collor|governo]] do presidente [[Fernando Collor]]. Em discurso proferido em 24 de março de 1990, nove dias após o início da vigência do [[Plano Collor]], discursou: "Sabe vossa excelência que sou defensor do plano. Sabe vossa excelência que não sou só eu, mas o meu partido".<ref>{{citar web|url=http://www.senado.gov.br/publicacoes/anais/asp/PQ_Edita.asp?Periodo=2&Ano=1990&Livro=3&Tipo=9&Pagina=942|título=Diário do Congresso Nacional|publicado=Senado Federal|data=março de 1990|acessodata=06-01-2015|wayb=20210117185301|urlmorta=sim}}</ref> No entanto, durante o processo de [[Impeachment de Fernando Collor]], em setembro de 1992, foi favorável ao afastamento do presidente.<ref name="Democracia" /> Após o afastamento de Collor, em outubro de 1992, o vice-presidente [[Itamar Franco]] assumiu a Presidência da República, nomeando-o para o [[Ministério das Relações Exteriores (Brasil)|Ministério das Relações Exteriores]].<ref name="Ministério">{{citar web|url=https://www.youtube.com/watch?v=Aa3Od7HhQaY|titulo=Fernando Henrique Cardoso - Parte 3|publicado=YouTube|obra=The Biography Channel|data=30-05-2011|acessodata=06-01-2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.rodaviva.fapesp.br/materia/782/entrevistados/fernando_henrique_cardoso_1994.htm|titulo=Fernando Henrique Cardoso|publicado=Roda Viva|data=21-07-1994|acessodata=06-01-2015|wayb=20141015095908|urlmorta=sim}}</ref> Em novembro, FHC foi admitido por Itamar à [[Ordem do Mérito Militar]] já em seu mais alto grau, a Grã-Cruz especial.<ref name=OMM>{{Citar lei|jurisdição=Brasil|url=https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=24/11/1992&jornal=1&pagina=3|título=Decreto|data=23 de novembro de 1992}}</ref>


Em maio de 1993, Itamar nomeou FHC para o [[Ministério da Fazenda (Brasil)|Ministério da Fazenda]];<ref name="Ministério" /><ref>{{Citar periódico|url=http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=2&pagina=2&data=20/05/1993|formato=PDF|título=Ministério da Fazenda: Decretos de 19 de maio de 1993|jornal=Diário Oficial da União (DOU)|autor=Governo Feederal|editora=Imprensa Nacional|número=94|local=Brasília|volume=2|página=2830|data=20 de maio de 1993|acessadoem=6 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141102040534/http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=2&pagina=2&data=20%2F05%2F1993|arquivodata=2014-11-02|urlmorta=no}}</ref> Itamar já havia realizado três trocas no comando do ministério em apenas sete meses.<ref>{{citar web|url=http://www.fazenda.gov.br/institucional/galeria-dos-ministros/republica|titulo=Galeria dos ex-ministros|publicado=Ministério da Fazenda|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150123213326/http://fazenda.gov.br/institucional/galeria-dos-ministros/republica|arquivodata=2015-01-23|acessodata=6 de janeiro de 2015|urlmorta=yes}}</ref> Devido a [[hiperinflação]], que chegou a 2400 por cento em 1993, o Ministério da Fazenda era o cargo de maior visibilidade do governo.<ref name="Ministério" /><ref>{{citar web|url=http://exame.abril.com.br/economia/noticias/os-6-piores-casos-de-hiperinflacao-da-historia|titulo=Os 6 piores casos de hiperinflação da história|publicado=Exame|autor=Eduardo Tavares|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150124123143/http://exame.abril.com.br/economia/noticias/os-6-piores-casos-de-hiperinflacao-da-historia|arquivodata=2015-01-24|data=16 de fevereiro de 2011|acessodata=6 de janeiro de 2015|urlmorta=no}}</ref><ref name="Plano Real">{{citar web|url=http://www.istoe.com.br/reportagens/161914_O+PLANO+ECONOMICO+QUE+DERROTOU+A+INFLACAO|titulo=O plano econômico que derrotou a inflação|publicado=IstoÉ|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150109041118/http://www.istoe.com.br/reportagens/161914_O+PLANO+ECONOMICO+QUE+DERROTOU+A+INFLACAO|arquivodata=2015-01-09|data=23 de setembro de 2011|acessodata=7 de janeiro de 2015|urlmorta=no}}</ref> Para combater a inflação, foi convocada pelo presidente uma equipe de economistas novos e experientes,<ref name="Ministério" /> da qual fizeram parte [[Pérsio Arida]], [[Armínio Fraga]], [[André Lara Resende]], [[Gustavo Franco]], [[Pedro Malan]], [[Edmar Bacha]], [[Winston Fritsch]], entre outros.<ref>{{citar web|url=http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1063/noticias/o-real-ficou-pela-metade|titulo="O Real ficou pela metade", diz Fernando Henrique|publicado=Exame|data=9 de abril de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140418033228/http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1063/noticias/o-real-ficou-pela-metade|arquivodata=2014-04-18|acessodata=6 de janeiro de 2015|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.varican.xpg.com.br/varican/Bpolitico/oshomensdop.HTM|titulo=Os Homens do Presidente FHC|publicado=UOL|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150106232040/http://www.varican.xpg.com.br/varican/Bpolitico/oshomensdop.HTM|arquivodata=2015-01-06|autor=Roberto Monteiro de Oliveira|data=15 de agosto de 2000|acessodata=6 de janeiro de 2015|urlmorta=no}}</ref> Juntos, começaram a arquitetar o [[Plano Real]], que foi dividido em três etapas, tendo sido as duas primeiras implantadas em seu período no ministério: o Programa de Ação Imediata, que estabeleceu em 1993 um conjunto de medidas voltadas para a redução e maior eficiência dos gastos da União;<ref>{{citar web|url=http://www.infoescola.com/economia/plano-real/|titulo=Plano Real|publicado=IG|autor=Thais Pacievitch|acessodata=6 de janeiro de 2015}}</ref> e a edição da Medida Provisória 434 em 1994, que criou a [[Unidade Real de Valor]], já prevendo sua posterior transformação no [[Real (moeda brasileira)|Real]].<ref name="Plano Real-2">{{citar web|url=http://liberzone.com.br/20-anos-plano-real-o-que-voce-realmente-precisa-saber/|titulo=20 anos do Plano Real: só o que você realmente precisa saber|publicado=Liberzone|autor=Mateus Maciel|data=1 de julho de 2007|acessodata=6 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150106224052/http://liberzone.com.br/20-anos-plano-real-o-que-voce-realmente-precisa-saber/|arquivodata=2015-01-06|urlmorta=no}}</ref> A terceira etapa foi implementada por [[Rubens Ricupero]], que encaminhou a medida provisória que disciplinou o Plano Real.<ref>{{citar web |url=http://20anosdoreal.epocanegocios.globo.com/entrevistarubensricupero.html |titulo=Rubens Ricupero |publicado=Negócios |autor=Michelle Ferreira |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150106222501/http://20anosdoreal.epocanegocios.globo.com/entrevistarubensricupero.html |arquivodata=2015-01-06 |acessodata=6 de janeiro de 2015 |urlmorta=no }}</ref>
Em maio de 1993, Itamar nomeou FHC para o [[Ministério da Fazenda (Brasil)|Ministério da Fazenda]];<ref name="Ministério" /><ref>{{Citar periódico|url=http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=2&pagina=2&data=20/05/1993|formato=PDF|título=Ministério da Fazenda: Decretos de 19 de maio de 1993|jornal=Diário Oficial da União (DOU)|autor=Governo Feederal|editora=Imprensa Nacional|número=94|local=Brasília|volume=2|página=2830|data=20-05-1993|acessodata=06-01-2015|wayb=20141102040534|urlmorta=não}}</ref> Itamar já havia realizado três trocas no comando do ministério em apenas sete meses.<ref>{{citar web|url=http://www.fazenda.gov.br/institucional/galeria-dos-ministros/republica|titulo=Galeria dos ex-ministros|publicado=Ministério da Fazenda|wayb=20150123213326|acessodata=06-01-2015|urlmorta=sim}}</ref> Devido a [[hiperinflação]], que chegou a 2400 por cento em 1993, o Ministério da Fazenda era o cargo de maior visibilidade do governo.<ref name="Ministério" /><ref>{{citar web|url=http://exame.abril.com.br/economia/noticias/os-6-piores-casos-de-hiperinflacao-da-historia|titulo=Os 6 piores casos de hiperinflação da história|publicado=Exame|autor=Eduardo Tavares|wayb=20150124123143|data=16-02-2011|acessodata=06-01-2015|urlmorta=não}}</ref><ref name="Plano Real">{{citar web|url=http://www.istoe.com.br/reportagens/161914_O+PLANO+ECONOMICO+QUE+DERROTOU+A+INFLACAO|titulo=O plano econômico que derrotou a inflação|publicado=IstoÉ|wayb=20150109041118|data=23-09-2011|acessodata=07-01-2015|urlmorta=não}}</ref> Para combater a inflação, foi convocada pelo presidente uma equipe de economistas novos e experientes,<ref name="Ministério" /> da qual fizeram parte [[Pérsio Arida]], [[Armínio Fraga]], [[André Lara Resende]], [[Gustavo Franco]], [[Pedro Malan]], [[Edmar Bacha]], [[Winston Fritsch]], entre outros.<ref>{{citar web|url=https://exame.com/revista-exame/o-real-ficou-pela-metade/|titulo="O Real ficou pela metade", diz Fernando Henrique|publicado=Exame|data=09-04-2014|wayb=20140418033228|acessodata=06-01-2015|urlmorta=não}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.varican.xpg.com.br/varican/Bpolitico/oshomensdop.HTM|titulo=Os Homens do Presidente FHC|publicado=Varican|wayb=20150106232040|autor=Roberto Monteiro de Oliveira|data=15-08-2000|acessodata=06-01-2015|urlmorta=sim}}</ref> Juntos, começaram a arquitetar o [[Plano Real]], que foi dividido em três etapas, tendo sido as duas primeiras implantadas em seu período no ministério: o Programa de Ação Imediata, que estabeleceu em 1993 um conjunto de medidas voltadas para a redução e maior eficiência dos gastos da União;<ref>{{citar web|url=http://www.infoescola.com/economia/plano-real/|titulo=Plano Real|publicado=Infoescola|autor=Thais Pacievitch|acessodata=06-01-2015}}</ref> e a edição da Medida Provisória 434 em 1994, que criou a [[Unidade Real de Valor]], já prevendo sua posterior transformação no [[Real (moeda brasileira)|Real]].<ref name="Plano Real-2">{{citar web|url=http://liberzone.com.br/20-anos-plano-real-o-que-voce-realmente-precisa-saber/|titulo=20 anos do Plano Real: só o que você realmente precisa saber|publicado=Liberzone|autor=Mateus Maciel|data=01-07-2007|acessodata=06-01-2015|wayb=20150106224052|urlmorta=sim}}</ref> A terceira etapa foi implementada por [[Rubens Ricupero]], que encaminhou a medida provisória que disciplinou o Plano Real.<ref>{{citar web|url=http://20anosdoreal.epocanegocios.globo.com/entrevistarubensricupero.html|titulo=Rubens Ricupero|publicado=Época Negócios|autor=Michelle Ferreira|wayb=20150106222501|ano=2014|acessodata=06-01-2015|urlmorta=não}}</ref>


Os efeitos do plano foram imediatos e promoveram o aumento da capacidade de consumo da população, o amplo controle da inflação e a redução da população miserável.<ref>{{citar web|url=http://www.historiabrasileira.com/brasil-republica/plano-real/|titulo=Plano Real|publicado=História Brasileira|autor=Antonio Gasparetto Junior|data=30 de novembro de 2010|acessodata=6 de janeiro de 2015}}</ref> A inflação média entre julho a novembro de 1994 ficou em 2,93 por cento.<ref>{{citar web|url=http://hcinvestimentos.com/2011/02/21/ipca-igpm-inflacao-historica/|titulo=IPCA e IGP-M: Inflação Histórica no Brasil |publicado=HC Investimentos |autor=Henrique Carvalho|data=21 de fevereiro de 2011|acessodata=6 de janeiro de 2015}}</ref> O sucesso do plano no combate a hiperinflação fez com que Fernando Henrique se tornasse um forte candidato à presidência.<ref name="20 anos de Plano Real">{{citar web|url=http://20anosdoreal.epocanegocios.globo.com/index.html#retrospectiva|titulo=20 anos do Plano Real|publicado=Negócios|autor=Marcela Bourroul e Michelle Ferreira|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150107012027/http://20anosdoreal.epocanegocios.globo.com/index.html#retrospectiva|arquivodata=2015-01-07|data=2014|acessodata=6 de janeiro de 2015|urlmorta=no}}</ref> No final de março de 1994, ele deixou o cargo de ministro da Fazenda para concorrer às [[Eleição presidencial no Brasil em 1994|eleições presidenciais]] daquele ano.<ref name="20 anos de Plano Real" />
Os efeitos do plano foram imediatos e promoveram o aumento da capacidade de consumo da população, o amplo controle da inflação e a redução da população miserável.<ref>{{citar web|url=http://www.historiabrasileira.com/brasil-republica/plano-real/|titulo=Plano Real|publicado=História Brasileira|autor=Antonio Gasparetto Junior|data=30-11-2010|acessodata=06-01-2015}}</ref> A inflação média entre julho a novembro de 1994 ficou em 2,93 por cento.<ref>{{citar web|url=http://hcinvestimentos.com/2011/02/21/ipca-igpm-inflacao-historica/|titulo=IPCA e IGP-M: Inflação Histórica no Brasil|publicado=HC Investimentos|autor=Henrique Carvalho|data=21-02-2011|acessodata=06-01-2015}}</ref> O sucesso do plano no combate a hiperinflação fez com que Fernando Henrique se tornasse um forte candidato à presidência.<ref name="20 anos de Plano Real">{{citar web|url=http://20anosdoreal.epocanegocios.globo.com/index.html#retrospectiva|titulo=20 anos do Plano Real|publicado=Época Negócios|autor=Marcela Bourroul e Michelle Ferreira|wayb=20150107012027|ano=2014|acessodata=06-01-2015|urlmorta=não}}</ref> No final de março de 1994, ele deixou o cargo de ministro da Fazenda para concorrer às [[Eleição presidencial no Brasil em 1994|eleições presidenciais]] daquele ano.<ref name="20 anos de Plano Real" />


A real participação de Fernando Henrique na elaboração e condução do plano gera divergências. Enquanto alguns afirmam que o plano foi organizado e dirigido exclusivamente pelos economistas ligados ao PSDB,<ref>{{citar web|url=http://www.cartacapital.com.br/economia/20-anos-depois-quem-sao-os-donos-do-plano-real-407.html|titulo=20 anos depois: quem são os donos do plano Real?|publicado=CartaCapital|autor=João Sicsú|data=17 de março de 2014|acessodata=26 de março de 2015}}</ref> o partido e o próprio FHC consideram-no o "pai do Real".<ref>{{citar web|url=http://economia.ig.com.br/2012-06-24/o-plano-real-se-chamava-plano-fhc.html|titulo=“O Plano Real se chamava Plano FHC”|publicado=Ig|autor=Tales Faria|data=24 de junho de 2012|acessodata=27 de março de 2015}}</ref> Posteriormente, Itamar declarou que "a todo instante assistimos na TV o PSDB comemorando os quinze anos do Plano Real. Oras, isso não nos magoa, mas é uma deturpação, uma negação da história."<ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,itamar-diz-que-psdb-nao-e-o-pai-do-plano-real,396314|titulo=Itamar diz que PSDB não é 'pai' do Plano Real|publicado=O Estado de S. Paulo|autor=Ana Conceição|data=1º de julho de 2009|acessodata=26 de março de 2015}}</ref> Ainda de acordo com Itamar, Fernando Henrique assinou as cédulas da então nova moeda após ter deixado o Ministério da Fazenda e que isso foi decisivo para sua eleição à presidência.<ref name="Assinatura das cédulas do Real">{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI2666669-EI7896,00-Itamar+FHC+assinou+cedulas+sem+ser+ministro.html|titulo=Itamar: FHC assinou cédulas sem ser ministro|publicado=Terra|obra=Jornal do Brasil|data=10 de março de 2008|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150107011431/http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI2666669-EI7896,00-Itamar+FHC+assinou+cedulas+sem+ser+ministro.html|arquivodata=2015-01-07|acessodata=6 de janeiro de 2015|urlmorta=no}}</ref> FHC negou a afirmação e afirmou que as assinaturas do real foram regulares.<ref name="Assinatura das cédulas do Real 2">{{citar web|url=http://www.psdb.org.br/fernando-henrique-assinatura-de-cedulas-do-real-foi-regular/|titulo=Fernando Henrique: assinatura de cédulas do real foi regular|publicado=Partido da Social Democracia Brasileira|data=11 de março de 2008|acessodata=6 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150107021436/http://www.psdb.org.br/fernando-henrique-assinatura-de-cedulas-do-real-foi-regular/|arquivodata=2015-01-07|urlmorta=no}}</ref>
A real participação de Fernando Henrique na elaboração e condução do plano gera divergências. Enquanto alguns afirmam que o plano foi organizado e dirigido exclusivamente pelos economistas ligados ao PSDB,<ref>{{citar web|url=http://www.cartacapital.com.br/economia/20-anos-depois-quem-sao-os-donos-do-plano-real-407.html|titulo=20 anos depois: quem são os donos do plano Real?|publicado=CartaCapital|autor=João Sicsú|data=17-03-2014|acessodata=26-03-2015}}</ref> o partido e o próprio FHC consideram-no o "pai do Real".<ref>{{citar web|url=http://economia.ig.com.br/2012-06-24/o-plano-real-se-chamava-plano-fhc.html|titulo=“O Plano Real se chamava Plano FHC”|publicado=Ig|autor=Tales Faria|data=24-06-2012|acessodata=27-03-2015|wayb=20120628114149|urlmorta=sim}}</ref> Posteriormente, Itamar declarou que "a todo instante assistimos na TV o PSDB comemorando os quinze anos do Plano Real. Oras, isso não nos magoa, mas é uma deturpação, uma negação da história."<ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,itamar-diz-que-psdb-nao-e-o-pai-do-plano-real,396314|titulo=Itamar diz que PSDB não é 'pai' do Plano Real|publicado=O Estado de S. Paulo|autor=Ana Conceição|data=01-07-2009|acessodata=26-03-2015}}</ref> Ainda de acordo com Itamar, Fernando Henrique assinou as cédulas da então nova moeda após ter deixado o Ministério da Fazenda e que isso foi decisivo para sua eleição à presidência.<ref name="Assinatura das cédulas do Real">{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI2666669-EI7896,00-Itamar+FHC+assinou+cedulas+sem+ser+ministro.html|titulo=Itamar: FHC assinou cédulas sem ser ministro|publicado=Terra|obra=Jornal do Brasil|data=10-03-2008|wayb=20150107011431|acessodata=06-01-2015|urlmorta=sim}}</ref> FHC negou a afirmação e afirmou que as assinaturas do real foram regulares.<ref name="Assinatura das cédulas do Real 2">{{citar web|url=http://www.psdb.org.br/fernando-henrique-assinatura-de-cedulas-do-real-foi-regular/|titulo=Fernando Henrique: assinatura de cédulas do real foi regular|publicado=Partido da Social Democracia Brasileira|data=11-03-2008|acessodata=06-01-2015|wayb=20150107021436|urlmorta=não}}</ref>


== Campanhas presidenciais ==
== Campanhas presidenciais ==
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{{Vertambém|Eleição presidencial no Brasil em 1994}}
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[[Imagem:Símbolo da campanha de Fernando Henrique Cardoso em 1994.jpg|thumb|Fernando Henrique exibindo sua mão aberta, gesto-símbolo da campanha de 1994]]
[[Imagem:Símbolo da campanha de Fernando Henrique Cardoso em 1994.jpg|thumb|Fernando Henrique exibindo sua mão aberta, gesto-símbolo da campanha de 1994]]
Itamar Franco pensou em dar visibilidade a [[José Aparecido de Oliveira]], então embaixador em [[Portugal]], com o objetivo de o credenciar para disputar a presidência na [[Eleição presidencial no Brasil em 1994|eleição de 1994]].<ref name="Eleições de 1994">{{citar web|url=http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/06/07/itamar-fhc-foi-candidato-por-exclusao-ele-era-o-terceiro-da-lista/|titulo=Itamar: FHC foi candidato por exclusão. Ele era o terceiro da lista|publicado=Conversa Afiada|autor=Paulo Henrique Amorim|data=7 de junho de 2010|acessodata=6 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150109031808/http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/06/07/itamar-fhc-foi-candidato-por-exclusao-ele-era-o-terceiro-da-lista/|arquivodata=2015-01-09|urlmorta=no}}</ref> No entanto, Oliveira adoeceu e desistiu de uma potencial candidatura.<ref name="Eleições de 1994" /> Com a desistência, o presidente passou a optar por [[Antônio Britto]], que era o [[Ministério da Previdência Social|ministro da Previdência Social]] e estava a frente nas pesquisas de opinião.<ref name="Eleições de 1994" /> Britto também recusou a ideia, preferindo candidatar-se ao [[Governo do Rio Grande do Sul]].<ref name="Eleições de 1994" /> O terceiro na preferência de Itamar era o ministro da Fazenda, Fernando Henrique, que relutava em candidatar-se.<ref name="Ministério" /><ref name="Eleições de 1994-2">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2703200609.htm|titulo=Serra: sair ou sair|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Jorge da Cunha Lima|data=27 de março de 2006|acessodata=6 de janeiro de 2015|arquivodata=2015-01-09|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150109032930/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2703200609.htm|urlmorta=no}}</ref> Como a possibilidade do plano não avançar com outro presidente era grande, ele acabou concordando em ser candidato.<ref name="Ministério" /><ref name="Eleições de 1994-3">{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,lula-foi-cogitado-para-suceder-itamar-revela-fhc,20021105p57028|titulo=Lula foi cogitado para suceder Itamar, revela FHC|publicado=Estadão|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150109041054/http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,lula-foi-cogitado-para-suceder-itamar-revela-fhc,20021105p57028|arquivodata=2015-01-09|data=5 de novembro de 2002|acessodata=6 de janeiro de 2015|urlmorta=no}}</ref>
Itamar Franco pensou em dar visibilidade a [[José Aparecido de Oliveira]], então embaixador em [[Portugal]], com o objetivo de o credenciar para disputar a presidência na [[Eleição presidencial no Brasil em 1994|eleição de 1994]].<ref name="Eleições de 1994">{{citar web|url=http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/06/07/itamar-fhc-foi-candidato-por-exclusao-ele-era-o-terceiro-da-lista/|titulo=Itamar: FHC foi candidato por exclusão. Ele era o terceiro da lista|publicado=Conversa Afiada|autor=Paulo Henrique Amorim|data=07-06-2010|acessodata=06-01-2015|wayb=20150109031808|urlmorta=não}}</ref> No entanto, Oliveira adoeceu e desistiu de uma potencial candidatura.<ref name="Eleições de 1994" /> Com a desistência, o presidente passou a optar por [[Antônio Britto]], que era o [[Ministério da Previdência Social|ministro da Previdência Social]] e estava a frente nas pesquisas de opinião.<ref name="Eleições de 1994" /> Britto também recusou a ideia, preferindo candidatar-se ao [[Governo do Rio Grande do Sul]].<ref name="Eleições de 1994" /> O terceiro na preferência de Itamar era o ministro da Fazenda, Fernando Henrique, que relutava em candidatar-se.<ref name="Ministério" /><ref name="Eleições de 1994-2">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2703200609.htm|titulo=Serra: sair ou sair|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Jorge da Cunha Lima|data=27-03-2006|acessodata=06-01-2015|wayb=20150109032930|urlmorta=não}}</ref> Como a possibilidade do plano não avançar com outro presidente era grande, ele acabou concordando em ser candidato.<ref name="Ministério" /><ref name="Eleições de 1994-3">{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,lula-foi-cogitado-para-suceder-itamar-revela-fhc,20021105p57028|titulo=Lula foi cogitado para suceder Itamar, revela FHC|publicado=Estadão|wayb=20150109041054|data=05-11-2002|acessodata=06-01-2015|urlmorta=não}}</ref>


Além dele, outros sete candidatos disputaram a Presidência da República.<ref name="Eleições de 1994-4" /> Seu principal concorrente foi Lula,<ref name="Eleições de 1994-4">{{citar web|url=http://memoriaglobo.globo.com/programas/jornalismo/coberturas/eleicoes-presidenciais-1994/sobre.htm|titulo=Eleições presidenciais - 1994|publicado=Memória Globo|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150109032024/http://memoriaglobo.globo.com/programas/jornalismo/coberturas/eleicoes-presidenciais-1994/sobre.htm|arquivodata=2015-01-09|data=2013|acessodata=6 de janeiro de 2015|urlmorta=no}}</ref> que havia se tornado o favorito após o impeachment de Fernando Collor em dezembro de 1992.<ref name="Eleições de 1994-4" /> Até junho de 1994, o petista liderou todas as pesquisas de intenções de votos.<ref name="Eleições de 1994-5">{{citar web|url=http://media.folha.uol.com.br/datafolha/2013/05/02/intvoto_pres_01101994.pdf |titulo=Intenções de voto para presidente - 1994 |publicado=DataFolha|data=1 de outubro de 1994 |acessodata=6 de janeiro de 2015}}</ref> Com a crescente aceitação popular ao Plano Real, que passou a vigorar em julho de 1994, FHC passou a liderar as pesquisas realizadas até a eleição.<ref name="Eleições de 1994-5" /> O plano e a estabilização dos preços tornaram-se a principal defesa de sua campanha.<ref name="Eleições de 1994-4" />
Além dele, outros sete candidatos disputaram a Presidência da República.<ref name="Eleições de 1994-4" /> Seu principal concorrente foi Lula,<ref name="Eleições de 1994-4">{{citar web|url=http://memoriaglobo.globo.com/programas/jornalismo/coberturas/eleicoes-presidenciais-1994/sobre.htm|titulo=Eleições presidenciais - 1994|publicado=Memória Globo|wayb=20150109032024|ano=2013|acessodata=06-01-2015|urlmorta=sim}}</ref> que havia se tornado o favorito após o impeachment de Fernando Collor em dezembro de 1992.<ref name="Eleições de 1994-4" /> Até junho de 1994, o petista liderou todas as pesquisas de intenções de votos.<ref name="Eleições de 1994-5">{{citar web|url=http://media.folha.uol.com.br/datafolha/2013/05/02/intvoto_pres_01101994.pdf|titulo=Intenções de voto para presidente - 1994|publicado=DataFolha|data=01-10-1994|acessodata=06-01-2015|wayb=20170709222834|urlmorta=sim}}</ref> Com a crescente aceitação popular ao Plano Real, que passou a vigorar em julho de 1994, FHC passou a liderar as pesquisas realizadas até a eleição.<ref name="Eleições de 1994-5" /> O plano e a estabilização dos preços tornaram-se a principal defesa de sua campanha.<ref name="Eleições de 1994-4" />


Além do PSDB, recebeu o apoio formal do [[Democratas (Brasil)|Partido da Frente Liberal]] (PFL) e do [[Partido Trabalhista Brasileiro (1981)|Partido Trabalhista Brasileiro]] (PTB).<ref name="Eleições de 1994-6">{{citar web|url=http://newsgroups.derkeiler.com/Archive/Soc/soc.culture.brazil/2006-05/msg00571.html|titulo=Lembram dos 5 dedos do FHC?|publicado=News Groups|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150109071250/http://newsgroups.derkeiler.com/Archive/Soc/soc.culture.brazil/2006-05/msg00571.html|arquivodata=2015-01-09|data=24 de maio de 2006|acessodata=7 de janeiro de 2015|urlmorta=no}}</ref> O candidato a vice-presidente foi escolhido pelo PFL, que indicou o senador alagoano [[Guilherme Palmeira]], mas denúncias de um esquema de corrupção com empreiteiras forçaram sua substituição.<ref name="Eleições de 1994-7">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/8/07/opiniao/1.html|titulo=Novas estratégias|publicado=Folha de S. Paulo|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150109070517/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/8/07/opiniao/1.html|arquivodata=2015-01-09|data=7 de agosto de 1994|acessodata=7 de janeiro de 2015|urlmorta=no}}</ref> Palmeira foi substituído pelo senador pernambucano [[Marco Maciel]].<ref name="Eleições de 1994-7" /> As candidaturas de FHC e Maciel tiveram como símbolo da campanha a mão aberta, que indicava as cinco prioridades em um eventual governo tucano: emprego, saúde, agricultura, segurança e educação.<ref name="Eleições de 1994-6" /><ref name="Eleições de 1994-8">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc09079802.htm|titulo=Marketeiros de FHC usarão temas sugeridos por ACM|publicado=Folha de S. Paulo|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150109071022/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc09079802.htm|data=9 de julho de 1998|acessodata=7 de janeiro de 2015|arquivodata=2015-01-09|urlmorta=no}}</ref>
Além do PSDB, recebeu o apoio formal do [[Democratas (Brasil)|Partido da Frente Liberal]] (PFL) e do [[Partido Trabalhista Brasileiro (1981)|Partido Trabalhista Brasileiro]] (PTB).<ref name="Eleições de 1994-6">{{citar web|url=http://newsgroups.derkeiler.com/Archive/Soc/soc.culture.brazil/2006-05/msg00571.html|titulo=Lembram dos 5 dedos do FHC?|publicado=News Groups|wayb=20150109071250|data=24-05-2006|acessodata=07-01-2015|urlmorta=sim}}</ref> O candidato a vice-presidente foi escolhido pelo PFL, que indicou o senador alagoano [[Guilherme Palmeira]], mas denúncias de um esquema de corrupção com empreiteiras forçaram sua substituição.<ref name="Eleições de 1994-7">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/8/07/opiniao/1.html|titulo=Novas estratégias|publicado=Folha de S. Paulo|wayb=20150109070517|data=07-08-1994|acessodata=07-01-2015|urlmorta=não}}</ref> Palmeira foi substituído pelo senador pernambucano [[Marco Maciel]].<ref name="Eleições de 1994-7" /> As candidaturas de FHC e Maciel tiveram como símbolo da campanha a mão aberta, que indicava as cinco prioridades em um eventual governo tucano: emprego, saúde, agricultura, segurança e educação.<ref name="Eleições de 1994-6" /><ref name="Eleições de 1994-8">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc09079802.htm|titulo=Marketeiros de FHC usarão temas sugeridos por ACM|publicado=Folha de S. Paulo|wayb=20150109071022|data=09-07-1998|acessodata=07-01-2015|urlmorta=não}}</ref>


O primeiro turno da eleição foi realizado em 3 de outubro. Fernando Henrique elegeu-se presidente da República com 34,3 milhões de votos (54,28%).<ref name="Eleições de 1994-9">{{citar web |url=http://www.duplipensar.net/dossies/historia-das-eleicoes/brasil-eleicao-presidencial-1994.html |titulo=Eleição para Presidente em 1994 |publicado=Duplipensar |arquivourl=https://web.archive.org/web/20141103233930/http://www.duplipensar.net/dossies/historia-das-eleicoes/brasil-eleicao-presidencial-1994.html |arquivodata=2014-11-03 |acessodata=7 de janeiro de 2015 |urlmorta=no }}</ref> O segundo colocado, Lula, obteve pouco mais de 27% dos votos.<ref name="Eleições de 1994-6" /> Na primeira entrevista coletiva concedida como presidente eleito, declarou:
O primeiro turno da eleição foi realizado em 3 de outubro. Fernando Henrique elegeu-se presidente da República com 34,3 milhões de votos (54,28%).<ref name="Eleições de 1994-9">{{citar web|url=http://www.duplipensar.net/dossies/historia-das-eleicoes/brasil-eleicao-presidencial-1994.html|titulo=Eleição para Presidente em 1994|publicado=Duplipensar|wayb=20141103233930|acessodata=07-01-2015|urlmorta=sim}}</ref> O segundo colocado, Lula, obteve pouco mais de 27% dos votos.<ref name="Eleições de 1994-6" /> Na primeira entrevista coletiva concedida como presidente eleito, declarou:
{{Cquote|[...] o Brasil cansou de medidas demagógicas e politiqueiras. Então, o Plano Real deve prosseguir com muita seriedade, sem nenhuma medida que diminua sua capacidade de controlar a inflação. E isso vai ter que ser feito a duras penas, porque está na hora de o Brasil pensar naqueles milhões de brasileiros que foram beneficiários do real. Esses mesmos que diziam a mim ''segura o real'', que não estão nas bolsas, que não estão nos bancos, que não estão nas empresas; que estão aí nos campos, nas periferias das grandes cidades, com seus salários que têm que ser preservados, e é em nome deles que o governo Itamar Franco deverá agir e eu também.|autor=FHC, presidente eleito<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/10/07/caderno_especial/6.html |titulo="Um líder político não se omite" |publicado=Folha de S. Paulo |data=7 de outubro de 1994 |acessodata=24 de fevereiro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://globotv.globo.com/rede-globo/memoria-globo/v/eleicoes-presidenciais-1994/3451046/ |titulo=Eleições Presidenciais - 1994 |publicado=Memória Globo |acessodata=22 de fevereiro de 2015}}</ref>}}
{{Cquote|[...] o Brasil cansou de medidas demagógicas e politiqueiras. Então, o Plano Real deve prosseguir com muita seriedade, sem nenhuma medida que diminua sua capacidade de controlar a inflação. E isso vai ter que ser feito a duras penas, porque está na hora de o Brasil pensar naqueles milhões de brasileiros que foram beneficiários do real. Esses mesmos que diziam a mim ''segura o real'', que não estão nas bolsas, que não estão nos bancos, que não estão nas empresas; que estão aí nos campos, nas periferias das grandes cidades, com seus salários que têm que ser preservados, e é em nome deles que o governo Itamar Franco deverá agir e eu também.|autor=FHC, presidente eleito<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/10/07/caderno_especial/6.html|titulo="Um líder político não se omite"|publicado=Folha de S. Paulo|data=07-10-1994|acessodata=24-02-2015}}</ref>}}


=== Candidatura presidencial em 1998 ===
=== Candidatura presidencial em 1998 ===
{{Vertambém|Eleição presidencial no Brasil em 1998}}
{{Vertambém|Eleição presidencial no Brasil em 1998}}
[[Imagem:Fernando Henrique Cardoso apresenta o programa de governo em 1998.jpg|thumb|240px|esquerda|Fernando Henrique, com Marco Maciel, apresenta seu programa de governo em 1998]]
[[Imagem:Fernando Henrique Cardoso apresenta o programa de governo em 1998.jpg|thumb|240px|esquerda|Fernando Henrique, com Marco Maciel, apresenta seu programa de governo em 1998]]
O mandato presidencial vigente quando Fernando Henrique assumiu o cargo foi estabelecido pela [[Assembleia Nacional Constituinte de 1987|Assembleia Nacional Constituinte]] em cinco anos sem a possibilidade de reeleição.<ref name="Eleição de 1998">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0212200703.htm|titulo=Reeleição foi aprovada sob FHC em 1997|publicado=Folha de S. Paulo|data=2 de dezembro de 2007|acessodata=7 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150108010016/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0212200703.htm|arquivodata=2015-01-08|urlmorta=no}}</ref> O governo federal começou a planejar a emenda constitucional permitindo a reeleição ainda em 1994,<ref name="Emenda da reeleição">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fol/pol/reelei/crono.htm|titulo=Cronologia da reeleição|publicado=Folha de S. Paulo|acessodata=7 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150108010024/http://www1.folha.uol.com.br/fol/pol/reelei/crono.htm|arquivodata=2015-01-08|urlmorta=no}}</ref> sendo apresentada em 1997.<ref name="Eleições de 1998-2">{{citar web|url=http://memoriaglobo.globo.com/programas/jornalismo/coberturas/eleicoes-presidenciais-1998/eleicoes-presidenciais-1998-a-historia.htm|titulo=Eleições presidenciais - 1998: a história|publicado=Memória Globo|acessodata=7 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150108010143/http://memoriaglobo.globo.com/programas/jornalismo/coberturas/eleicoes-presidenciais-1998/eleicoes-presidenciais-1998-a-historia.htm|arquivodata=2015-01-08|urlmorta=no}}</ref> O [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]] aprovou em 4 de junho daquele ano a emenda constitucional de número dezesseis, que permitiu uma reeleição consecutiva para o Executivo em todos os níveis.<ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm|titulo=Emenda constitucional nº 16, de 4 de junho de 1997|publicado=Presidência da República|data=4 de junho de 1997|acessodata=7 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141027171839/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm|arquivodata=2014-10-27|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc050616.htm|titulo=Congresso promulga emenda da reeleição|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Raquel Ulhôa|data=5 de junho de 1997|acessodata=7 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150108010057/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc050616.htm|arquivodata=2015-01-08|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fol/pol/po28012.htm|titulo=Câmara aprova emenda da reeleição|publicado=Folha de S. Paulo|data=29 de janeiro de 1997|acessodata=11 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150211220938/http://www1.folha.uol.com.br/fol/pol/po28012.htm|arquivodata=2015-02-11|urlmorta=no}}</ref> Meses após a ratificação, parlamentares governistas admitiram ter vendido seus votos e acabaram renunciando.<ref>{{citar web|url=http://cartamaior.com.br/?/Opiniao/A-compra-de-votos-para-a-reeleicao-de-FHC/26654|titulo=A compra de votos para a reeleição de FHC|publicado=Carta Maior|autor=Laurez Cerquei|data=20 de agosto de 2012|acessodata=7 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150108010339/http://cartamaior.com.br/?%2FOpiniao%2FA-compra-de-votos-para-a-reeleicao-de-FHC%2F26654|arquivodata=2015-01-08|urlmorta=no}}</ref> As investigações sobre o caso nunca avançaram.<ref name="Emenda da reeleição-2">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/06/1471142-fhc-reage-a-acusacao-de-lula-sobre-compra-de-votos-na-reeleicao.shtml|titulo=FHC reage à acusação de Lula sobre compra da votos na reeleição|publicado=Folha de S. Paulo|data=16 de junho de 2014|acessodata=7 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150108010020/http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/06/1471142-fhc-reage-a-acusacao-de-lula-sobre-compra-de-votos-na-reeleicao.shtml|arquivodata=2015-01-08|urlmorta=no}}</ref> Posteriormente, Cardoso admitiu a possibilidade de ter ocorrido compra de votos, declarando: "Houve compra de votos? Provavelmente. Foi feita pelo governo federal? Não foi. Pelo PSDB: não foi. Por mim, muito menos. Vocês se esquecem de que os governos estaduais estavam em jogo, que os governadores queriam a reeleição".<ref name="Emenda da reeleição-2" />
O mandato presidencial vigente quando Fernando Henrique assumiu o cargo foi estabelecido pela [[Assembleia Nacional Constituinte de 1987|Assembleia Nacional Constituinte]] em cinco anos sem a possibilidade de reeleição.<ref name="Eleição de 1998">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0212200703.htm|titulo=Reeleição foi aprovada sob FHC em 1997|publicado=Folha de S. Paulo|data=02-12-2007|acessodata=07-01-2015|wayb=20150108010016|urlmorta=não}}</ref> O governo federal começou a planejar a emenda constitucional permitindo a reeleição ainda em 1994,<ref name="Emenda da reeleição">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fol/pol/reelei/crono.htm|titulo=Cronologia da reeleição|publicado=Folha de S. Paulo|acessodata=07-01-2015|wayb=20150108010024|urlmorta=não}}</ref> sendo apresentada em 1997.<ref name="Eleições de 1998-2">{{citar web|url=http://memoriaglobo.globo.com/programas/jornalismo/coberturas/eleicoes-presidenciais-1998/eleicoes-presidenciais-1998-a-historia.htm|titulo=Eleições presidenciais - 1998: a história|publicado=Memória Globo|acessodata=07-01-2015|wayb=20150108010143|urlmorta=sim}}</ref> O [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]] aprovou em 4 de junho daquele ano a emenda constitucional de número dezesseis, que permitiu uma reeleição consecutiva para o Executivo em todos os níveis.<ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm|titulo=Emenda constitucional nº 16, de 4 de junho de 1997|publicado=Presidência da República|data=04-06-1997|acessodata=07-01-2015|wayb=20141027171839|urlmorta=não}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc050616.htm|titulo=Congresso promulga emenda da reeleição|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Raquel Ulhôa|data=05-06-1997|acessodata=07-01-2015|wayb=20150108010057|urlmorta=não}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fol/pol/po28012.htm|titulo=Câmara aprova emenda da reeleição|publicado=Folha de S. Paulo|data=29-01-1997|acessodata=11-02-2015|wayb=20150211220938|urlmorta=não}}</ref> Meses após a ratificação, parlamentares governistas admitiram ter vendido seus votos e acabaram renunciando.<ref>{{citar web|url=http://cartamaior.com.br/?/Opiniao/A-compra-de-votos-para-a-reeleicao-de-FHC/26654|titulo=A compra de votos para a reeleição de FHC|publicado=Carta Maior|autor=Laurez Cerquei|data=20-08-2012|acessodata=07-01-2015|wayb=20150108010339|urlmorta=sim}}</ref> As investigações sobre o caso nunca avançaram.<ref name="Emenda da reeleição-2">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/06/1471142-fhc-reage-a-acusacao-de-lula-sobre-compra-de-votos-na-reeleicao.shtml|titulo=FHC reage à acusação de Lula sobre compra da votos na reeleição|publicado=Folha de S. Paulo|data=16-06-2014|acessodata=07-01-2015|wayb=20150108010020|urlmorta=não}}</ref> Posteriormente, Cardoso admitiu a possibilidade de ter ocorrido compra de votos, declarando: "Houve compra de votos? Provavelmente. Foi feita pelo governo federal? Não foi. Pelo PSDB: não foi. Por mim, muito menos. Vocês se esquecem de que os governos estaduais estavam em jogo, que os governadores queriam a reeleição".<ref name="Emenda da reeleição-2" />


As [[Eleições gerais no Brasil em 1998|eleições gerais de 1998]] ocorreram durante uma [[crise econômica]], que comprometia a política econômica do governo.<ref name="Crise de 1998">{{citar web|url=http://www.santacruz.br/v4/download/janela-economica/2006/15-politica-e-economia-no-brasil.pdf|titulo=Política e Economia no Brasil: as Eleições Presidenciais de 1998|publicado=Santa Cruz|autor=Fábio Luiz San Martins|acessodata=7 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150108000833/http://www.santacruz.br/v4/download/janela-economica/2006/15-politica-e-economia-no-brasil.pdf|arquivodata=2015-01-08|urlmorta=no}}</ref> Após a [[Crise financeira na Rússia em 1998|declaração de moratória da Rússia]] em agosto daquele ano, o [[Real (moeda brasileira)|real]] sofreu intensa especulação e a sua desvalorização tornou-se incontrolável, o que colocava em risco a principal conquista governista.<ref name="Crise de 1998" /> A política de estabilidade e da continuidade de reformas para a suposta finalização do [[Plano Real]] foi o principal apelo da campanha eleitoral tucana, que baseou-se na ideia de que a continuidade do governo era fundamental para que a estabilização atingisse outros setores, estabelecendo metas para as áreas de saúde, agricultura, emprego, educação e segurança.<ref name="Read">MASON, Anthony. ''Memórias do Século XX - Vol. 6: Tempos Modernos, 1970-1999''. Tradução de Maria Clara de Mello Motta. [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]]: [[Reader's Digest]], 2004. ISBN 85-7645-016-X</ref>
As [[Eleições gerais no Brasil em 1998|eleições gerais de 1998]] ocorreram durante uma [[crise econômica]], que comprometia a política econômica do governo.<ref name="Crise de 1998">{{citar web|url=http://www.santacruz.br/v4/download/janela-economica/2006/15-politica-e-economia-no-brasil.pdf|titulo=Política e Economia no Brasil: as Eleições Presidenciais de 1998|publicado=Santa Cruz|autor=Fábio Luiz San Martins|acessodata=07-01-2015|wayb=20150108000833|urlmorta=sim}}</ref> Após a [[Crise financeira na Rússia em 1998|declaração de moratória da Rússia]] em agosto daquele ano, o [[Real (moeda brasileira)|real]] sofreu intensa especulação e a sua desvalorização tornou-se incontrolável, o que colocava em risco a principal conquista governista.<ref name="Crise de 1998" /> A política de estabilidade e da continuidade de reformas para a suposta finalização do [[Plano Real]] foi o principal apelo da campanha eleitoral tucana, que baseou-se na ideia de que a continuidade do governo era fundamental para que a estabilização atingisse outros setores, estabelecendo metas para as áreas de saúde, agricultura, emprego, educação e segurança.<ref name="Read">MASON, Anthony. ''Memórias do Século XX - Vol. 6: Tempos Modernos, 1970-1999''. Tradução de Maria Clara de Mello Motta. [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]]: [[Reader's Digest]], 2004. ISBN 85-7645-016-X</ref>


Sua candidatura foi apoiada por uma coligação de partidos de [[centro-direita]], como o PFL, [[Progressistas|PPB]] e PTB, contando com o apoio informal da maior parte dos membros do [[Movimento Democrático Brasileiro (1980)|Partido do Movimento Democrático Brasileiro]] (PMDB).<ref name="Crise de 1998" /><ref name="Eleição de 1998-4">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/fj1912200203.htm|titulo=Coalizão de FHC começou e terminou com o Plano Real|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Alan Marques|data=17 de setembro de 2002|acessodata=7 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150211221815/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/fj1912200203.htm|arquivodata=2015-02-11|urlmorta=no}}</ref> Seus principais oponentes foram [[Luiz Inácio Lula da Silva]] (PT) e [[Ciro Gomes]] ([[Cidadania (partido político)|PPS]]).<ref name="Eleições de 1998-2" /> Desde o início da campanha eleitoral, as pesquisas de opinião o indicavam como o candidato favorito.<ref name="Eleições de 1998-2" /><ref name="Eleição de 1998-5">{{citar web|url=http://www.ibope.com.br/pt-br/conhecimento/historicopesquisaeleitoral/Paginas/Pesquisa%20de%20inten%C3%A7%C3%A3o%20de%20voto%20estimulada%20para%20Presidente%20das%20Elei%C3%A7%C3%B5es%20de%201998.aspx|titulo=Pesquisa de intenção de voto estimulada para presidente das eleições de 1998|publicado=Ibope|acessodata=7 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150108005947/http://www.ibope.com.br/pt-br/conhecimento/historicopesquisaeleitoral/Paginas/Pesquisa%20de%20inten%C3%A7%C3%A3o%20de%20voto%20estimulada%20para%20Presidente%20das%20Elei%C3%A7%C3%B5es%20de%201998.aspx|arquivodata=2015-01-08|urlmorta=no}}</ref> Em 4 de outubro, foi reeleito com 35,9 milhões de votos (53,06%), contra 31,7% de Lula e 10,9% de Ciro.<ref name="Eleições de 1998-2" /> Desta forma, tornou-se o único presidente até então a conseguir dois mandatos nas urnas e o [[Lista de eleições presidenciais no Brasil|único até os dias atuais a ser eleito e reeleito no primeiro turno]].<ref name="Histórico das eleições presidenciais">{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/eleicoes/2014/blog/eleicao-em-numeros/post/brasil-tem-eleicao-para-presidente-mais-apertada-desde-1989.html|titulo=Brasil tem eleição para presidente mais apertada desde 1989|publicado=G1|autor=André Nery|data=26 de outubro de 2014|acessodata=7 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141209072258/http://g1.globo.com/politica/eleicoes/2014/blog/eleicao-em-numeros/post/brasil-tem-eleicao-para-presidente-mais-apertada-desde-1989.html|arquivodata=2014-12-09|urlmorta=no}}</ref>
Sua candidatura foi apoiada por uma coligação de partidos de [[centro-direita]], como o PFL, [[Progressistas|PPB]] e PTB, contando com o apoio informal da maior parte dos membros do [[Movimento Democrático Brasileiro (1980)|Partido do Movimento Democrático Brasileiro]] (PMDB).<ref name="Crise de 1998" /><ref name="Eleição de 1998-4">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/fj1912200203.htm|titulo=Coalizão de FHC começou e terminou com o Plano Real|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Alan Marques|data=17-09-2002|acessodata=07-01-2015|wayb=20150211221815|urlmorta=não}}</ref> Seus principais oponentes foram [[Luiz Inácio Lula da Silva]] (PT) e [[Ciro Gomes]] ([[Cidadania (partido político)|PPS]]).<ref name="Eleições de 1998-2" /> Desde o início da campanha eleitoral, as pesquisas de opinião o indicavam como o candidato favorito.<ref name="Eleições de 1998-2" /><ref name="Eleição de 1998-5">{{citar web|url=http://www.ibope.com.br/pt-br/conhecimento/historicopesquisaeleitoral/Paginas/Pesquisa%20de%20inten%C3%A7%C3%A3o%20de%20voto%20estimulada%20para%20Presidente%20das%20Elei%C3%A7%C3%B5es%20de%201998.aspx|titulo=Pesquisa de intenção de voto estimulada para presidente das eleições de 1998|publicado=Ibope|acessodata=07-01-2015|wayb=20150108005947|urlmorta=sim}}</ref> Em 4 de outubro, foi reeleito com 35,9 milhões de votos (53,06%), contra 31,7% de Lula e 10,9% de Ciro.<ref name="Eleições de 1998-2" /> Desta forma, tornou-se o único presidente até então a conseguir dois mandatos nas urnas e o [[Lista de eleições presidenciais no Brasil|único até os dias atuais a ser eleito e reeleito no primeiro turno]].<ref name="Histórico das eleições presidenciais">{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/eleicoes/2014/blog/eleicao-em-numeros/post/brasil-tem-eleicao-para-presidente-mais-apertada-desde-1989.html|titulo=Brasil tem eleição para presidente mais apertada desde 1989|publicado=G1|autor=André Nery|data=26-10-2014|acessodata=07-01-2015|wayb=20141209072258|urlmorta=não}}</ref>


== Presidente do Brasil ==
== Presidente do Brasil ==
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[[Imagem:FHC presidente em segundo mandato.jpg|thumb|170px|FHC durante seu segundo mandato como presidente da República]]
[[Imagem:FHC presidente em segundo mandato.jpg|thumb|170px|FHC durante seu segundo mandato como presidente da República]]


Fernando Henrique foi empossado o [[Lista de presidentes do Brasil|34º presidente do Brasil]] em 1º de janeiro de 1995, sucedendo [[Itamar Franco]].<ref>{{citar web|url=http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/ex-presidentes/fernando-henrique-cardoso|título=Fernando Henrique Cardoso|publicado=Biblioteca da Presidência da República|acessodata=27 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141008070850/http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/ex-presidentes/fernando-henrique-cardoso|arquivodata=2014-10-08|urlmorta=no}}</ref> [[Marco Maciel]], um experiente político pernambucano, ocupou a vice-presidência. No primeiro discurso de posse, diante dos membros do [[Congresso Nacional Brasileiro|Congresso Nacional]], declarou:<ref>{{citar web |url=http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/ex-presidentes/fernando-henrique-cardoso/discursos-de-posse/discurso-de-posse-1o-mandato/view |título=Discurso de posse - 1º mandato |publicado=Biblioteca da Presidência da República |acessodata=22 de fevereiro de 2015}}</ref>
Fernando Henrique foi empossado o [[Lista de presidentes do Brasil|34º presidente do Brasil]] em 1º de janeiro de 1995, sucedendo [[Itamar Franco]].<ref>{{citar web|url=http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/ex-presidentes/fernando-henrique-cardoso|título=Fernando Henrique Cardoso|publicado=Biblioteca da Presidência da República|acessodata=27-01-2015|wayb=20141008070850|urlmorta=sim}}</ref> [[Marco Maciel]], um experiente político pernambucano, ocupou a vice-presidência. No primeiro discurso de posse, diante dos membros do [[Congresso Nacional Brasileiro|Congresso Nacional]], declarou:<ref>{{citar web|url=http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/ex-presidentes/fernando-henrique-cardoso/discursos-de-posse/discurso-de-posse-1o-mandato/view|título=Discurso de posse - 1º mandato|publicado=Biblioteca da Presidência da República|acessodata=22-02-2015|wayb=20150225001546|urlmorta=sim}}</ref>


{{Quote1|Ao escolher a mim para sucedê-lo [Itamar Franco], a maioria absoluta dos brasileiros fez uma opção clara pela continuidade do Plano Real e das reformas estruturais necessárias para afastar, de uma vez por todas, o fantasma da inflação.}}
{{Quote1|Ao escolher a mim para sucedê-lo [Itamar Franco], a maioria absoluta dos brasileiros fez uma opção clara pela continuidade do Plano Real e das reformas estruturais necessárias para afastar, de uma vez por todas, o fantasma da inflação.}}


=== Política econômica ===
=== Política econômica ===
A política econômica do primeiro mandato priorizou a consolidação da [[estabilidade de preços]].<ref name="PEP">{{citar web|url=http://www.scielo.br/pdf/ts/v15n2/a08v15n2|título=Política econômica do segundo governo FHC: mudança em condições adversas|publicado=Scielo|autor=Gesner Oliveira e Frederico Turolla|data=Novembro de 2003|acessodata=29 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150130113116/http://www.scielo.br/pdf/ts/v15n2/a08v15n2|arquivodata=2015-01-30|urlmorta=no}}</ref> Neste período, o [[Real (moeda brasileira)|real]] foi mantido supervalorizado,<ref>{{citar web|url=http://achadoseconomicos.blogosfera.uol.com.br/2014/01/10/inflacao-anual-de-dilma-e-proxima-a-de-lula-e-inferior-a-de-fhc/|título=Inflação anual de Dilma é próxima à de Lula e inferior à de FHC|publicado=Uol economia|autor=Sílvio Guedes Crespo|data=10 de janeiro de 2014|acessodata=27 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150207003808/http://achadoseconomicos.blogosfera.uol.com.br/2014/01/10/inflacao-anual-de-dilma-e-proxima-a-de-lula-e-inferior-a-de-fhc/|arquivodata=2015-02-07|urlmorta=no}}</ref> houve um aumento da [[taxa básica de juros]], criação e aumento de impostos, corte de [[gastos públicos]] e incentivos a investidores,<ref name="PEP1">{{citar web|url=http://tcc.bu.ufsc.br/Economia291878|título=BOVESPA: uma análise do desempenho no período pós-Real|publicado=Universidade Federal de Santa Catarina|autor=Amilcar de Souza|data=2008|acessodata=29 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150130113040/http://tcc.bu.ufsc.br/Economia291878|arquivodata=2015-01-30|urlmorta=no}}</ref> e a aprovação de emendas constitucionais que facilitaram a entrada de empresas estrangeiras no país.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1997/8/07/dinheiro/13.html|título=FHC derruba vagas fixas em refinarias|publicado=Folha de S. Paulo|data=7 de agosto de 1997|acessodata=29 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150130132937/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1997/8/07/dinheiro/13.html|arquivodata=2015-01-30|urlmorta=no}}</ref> Entre os impostos instituídos, destacou-se a [[Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira]] (CPMF).<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1997/1/10/dinheiro/20.html|título=Tire as dúvidas sobre a CPMF|publicado=Folha de S. Paulo|data=10 de janeiro de 1997|acessodata=9 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150210051310/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1997/1/10/dinheiro/20.html|arquivodata=2015-02-10|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi19089921.htm|título=CPMF volta a ser cobrada em São Paulo|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Márcos Cézari|data=19 de agosto de 1999|acessodata=9 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150210045924/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi19089921.htm|arquivodata=2015-02-10|urlmorta=no}}</ref>
A política econômica do primeiro mandato priorizou a consolidação da [[estabilidade de preços]].<ref name="PEP">{{citar web|url=https://www.scielo.br/j/ts/a/Bq8MMGKBKCfqY9QLnwNFyfH/|título=Política econômica do segundo governo FHC: mudança em condições adversas|publicado=Scielo|autor=Gesner Oliveira e Frederico Turolla|data=Novembro de 2003|acessodata=29-01-2015|wayb=20150130113116|urlmorta=não}}</ref> Neste período, o [[Real (moeda brasileira)|real]] foi mantido supervalorizado,<ref>{{citar web|url=http://achadoseconomicos.blogosfera.uol.com.br/2014/01/10/inflacao-anual-de-dilma-e-proxima-a-de-lula-e-inferior-a-de-fhc/|título=Inflação anual de Dilma é próxima à de Lula e inferior à de FHC|publicado=UOL economia|autor=Sílvio Guedes Crespo|data=10-01-2014|acessodata=27-01-2015|wayb=20150207003808|urlmorta=não}}</ref> houve um aumento da [[taxa básica de juros]], criação e aumento de impostos, corte de [[gastos públicos]] e incentivos a investidores,<ref name="PEP1">{{citar web|url=http://tcc.bu.ufsc.br/Economia291878|título=BOVESPA: uma análise do desempenho no período pós-Real|publicado=Universidade Federal de Santa Catarina|autor=Amilcar de Souza|ano=2008|acessodata=29-01-2015|wayb=20150130113040|urlmorta=sim}}</ref> e a aprovação de emendas constitucionais que facilitaram a entrada de empresas estrangeiras no país.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1997/8/07/dinheiro/13.html|título=FHC derruba vagas fixas em refinarias|publicado=Folha de S. Paulo|data=07-08-1997|acessodata=29-01-2015|wayb=20150130132937|urlmorta=não}}</ref> Entre os impostos instituídos, destacou-se a [[Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira]] (CPMF).<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1997/1/10/dinheiro/20.html|título=Tire as dúvidas sobre a CPMF|publicado=Folha de S. Paulo|data=10-01-1997|acessodata=09-02-2015|wayb=20150210051310|urlmorta=não}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi19089921.htm|título=CPMF volta a ser cobrada em São Paulo|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Márcos Cézari|data=19-08-1999|acessodata=09-02-2015|wayb=20150210045924|urlmorta=não}}</ref>


Seu segundo mandato iniciou em meio a uma crise internacional que atingiu o país.<ref>{{citar web|url=http://puc-riodigital.com.puc-rio.br/Jornal/Economia/Segundo-governo%3A-metas-de-conter-inflacao-e-retomar-crescimento-25373.html#.VMe-aGjF9BE|título=Segundo governo: metas de conter inflação e retomar crescimento|publicado=PUC-RJ|autor=Davi Raposo|data=11 de novembro de 2014|acessodata=27 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150206084535/http://puc-riodigital.com.puc-rio.br/Jornal/Economia/Segundo-governo%3A-metas-de-conter-inflacao-e-retomar-crescimento-25373.html#.VMe-aGjF9BE|arquivodata=2015-02-06|urlmorta=no}}</ref> Em janeiro de 1999, houve uma [[Desvalorização do real em 1999|forte desvalorização do real]] após a mudança do regime de [[câmbio fixo]] para [[câmbio flutuante]].<ref>{{citar web |url=http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2008/09/19/ult4469u30989.jhtm |título=Bovespa sobe 9,57%, maior alta desde janeiro de 1999|publicado=Uol|data=19 de setembro de 2008|acessodata=9 de fevereiro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://economia.uol.com.br/cotacoes/noticias/redacao/2013/06/17/acao-da-vale-e-menor-que-patrimonio-pela-1-vez-desde-1999-diz-jornal.htm|título=Ação da Vale atinge o menor nível desde 1999, diz jornal|publicado=Uol Economia|data=17 de junho de 2013|acessodata=27 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150206020305/http://economia.uol.com.br/cotacoes/noticias/redacao/2013/06/17/acao-da-vale-e-menor-que-patrimonio-pela-1-vez-desde-1999-diz-jornal.htm|arquivodata=2015-02-06|urlmorta=no}}</ref> As crises econômicas do [[Crise econômica do México de 1994|México em 1994]], da [[Crise financeira asiática de 1997|Ásia em 1997]] e em especial a da [[Crise financeira na Rússia em 1998|Rússia em 1998]] contribuíram para que a desvalorização ocorresse,<ref>{{citar web |url=http://www.din.uem.br/sbpo/sbpo2003/pdf/arq0086.pdf |título=Crise monetária brasileira de 1999: uma análise econométrica da desvalorização do real em 1999 |data=4 de novembro de 2003 |acessodata=9 de fevereiro de 2015 |publicado=SBPO |autor=Luiz Roberto Murta, Gutemberg Hespanha Brasil e Robert Wayne Samohyl |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150210050459/http://www.din.uem.br/sbpo/sbpo2003/pdf/arq0086.pdf |arquivodata=2015-02-10 |urlmorta=no}}</ref> assim como o aumento da desconfiança externa com a incerteza da mudança do [[regime cambial]] e a diminuição da entrada de dólares.<ref>{{citar web|url=https://nepom.wordpress.com/2014/04/24/de-1999-a-2014-o-que-houve-com-o-cambio-brasileiro/|título=De 1999 a 2014 : O que houve com o câmbio brasileiro?|publicado=Nepom|data=24 de abril de 2014|acessodata=10 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150210212134/https://nepom.wordpress.com/2014/04/24/de-1999-a-2014-o-que-houve-com-o-cambio-brasileiro/|arquivodata=2015-02-10|urlmorta=no}}</ref> Esta situação levou o Brasil a uma grave crise financeira e política,<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/arquivo_veja/crises-financeiras-bolsas-acoes-cambio-calote-vulnerabilidade-defesas.shtml|título=Coleções » Crises financeiras|publicado=Veja|acessodata=9 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141225054002/http://veja.abril.com.br/arquivo_veja/crises-financeiras-bolsas-acoes-cambio-calote-vulnerabilidade-defesas.shtml|arquivodata=2014-12-25|urlmorta=no}}</ref> que comprometeu o discurso da estabilidade econômica.<ref>FILGUEIRAS, Luiz (2006). ''O neoliberalismo no Brasil: estrutura, dinâmica e ajuste do modelo econômico''. p. 179-206. in: BASUALDO, Eduardo M.; ARCEO, Enrique (orgs). [http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/grupos/basua/C05Filgueiras.pdf Neoliberalismo y sectores dominantes. Tendencias globales y experiencias nacionales]. CLACSO, Buenos Aires. Agosto de 2006.</ref> Para controlá-la, o governo aumentou os juros, que elevaram as taxas de juros reais aos mais altos índices de sua história, diminuiu as reservas internacionais para tentar conter a disparada do dólar e recorreu ao [[Fundo Monetário Internacional]] (FMI) três vezes para enfrentar a desconfiança dos investidores.<ref>{{citar web|url=http://infograficos.oglobo.globo.com/economia/as-crises-do-plano-real.html#5|título=As crises do Plano Real|publicado=O Globo|acessodata=9 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150210051831/http://infograficos.oglobo.globo.com/economia/as-crises-do-plano-real.html#5|arquivodata=2015-02-10|urlmorta=no}}</ref><ref name=FMI>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u53074.shtml |título=FHC fechou três acordos com o FMI; confira o histórico |publicado=Folha de S. Paulo |autor=Sandra Manfrini|data=7 de agosto de 2002 |acessodata=9 de fevereiro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/inter/reuters/2002/08/07/ult27u24674.jhtm|título=Brasil fecha acordo de US$ 30 bi com FMI para conter crise|publicado=Uol|autor=Walter Brandimarte e Daniela Machado|data=7 de agosto de 2002|acessodata=9 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150210044412/http://noticias.uol.com.br/inter/reuters/2002/08/07/ult27u24674.jhtm|arquivodata=2015-02-10|urlmorta=no}}</ref> O governo também implementou, em 1999, o chamado [[tripé macroeconômico]], que formou a base da politica econômica a partir de então, e cujos pilares eram: política de câmbio flutuante, metas fiscais e metas de inflação.<ref>{{citar web|url=https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/11/07/O-que-%C3%A9-o-trip%C3%A9-macroecon%C3%B4mico.-Ele-ainda-existe-no-Brasil|título=O que é o tripé macroeconômico?|publicado=NEXO Jornal|data=6 de novembro de 2016|acessodata=8 de dezembro de 2019}}</ref> Algumas medidas, como a alta dos juros, desestimularam o consumo interno e contribuíram para a elevação das [[Taxa de desemprego no Brasil|taxas de desemprego]].<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/fj1912200222.htm|título=Desemprego cresce; renda per capita sobe menos de 1% ao ano|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Fabrício Vieira|data=19 de dezembro de 2002|acessodata=27 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150206004535/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/fj1912200222.htm|arquivodata=2015-02-06|urlmorta=no}}</ref>
Seu segundo mandato iniciou em meio a uma crise internacional que atingiu o país.<ref>{{citar web|url=http://puc-riodigital.com.puc-rio.br/Jornal/Economia/Segundo-governo%3A-metas-de-conter-inflacao-e-retomar-crescimento-25373.html#.VMe-aGjF9BE|título=Segundo governo: metas de conter inflação e retomar crescimento|publicado=PUC-RJ|autor=Davi Raposo|data=11-11-2014|acessodata=27-01-2015|wayb=20150206084535|urlmorta=sim}}</ref> Em janeiro de 1999, houve uma [[Desvalorização do real em 1999|forte desvalorização do real]] após a mudança do regime de [[câmbio fixo]] para [[câmbio flutuante]].<ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2008/09/19/ult4469u30989.jhtm|título=Bovespa sobe 9,57%, maior alta desde janeiro de 1999|publicado=UOL|data=19-09-2008|acessodata=09-02-2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://economia.uol.com.br/cotacoes/noticias/redacao/2013/06/17/acao-da-vale-e-menor-que-patrimonio-pela-1-vez-desde-1999-diz-jornal.htm|título=Ação da Vale atinge o menor nível desde 1999, diz jornal|publicado=UOL Economia|data=17-06-2013|acessodata=27-01-2015|wayb=20150206020305|urlmorta=não}}</ref> As crises econômicas do [[Crise econômica do México de 1994|México em 1994]], da [[Crise financeira asiática de 1997|Ásia em 1997]] e em especial a da [[Crise financeira na Rússia em 1998|Rússia em 1998]] contribuíram para que a desvalorização ocorresse,<ref>{{citar web|url=http://www.din.uem.br/sbpo/sbpo2003/pdf/arq0086.pdf|título=Crise monetária brasileira de 1999: uma análise econométrica da desvalorização do real em 1999|data=04-11-2003|acessodata=09-02-2015|publicado=SBPO|autor=Luiz Roberto Murta, Gutemberg Hespanha Brasil e Robert Wayne Samohyl|wayb=20150210050459|urlmorta=não}}</ref> assim como o aumento da desconfiança externa com a incerteza da mudança do [[regime cambial]] e a diminuição da entrada de dólares.<ref>{{citar web|url=https://nepom.wordpress.com/2014/04/24/de-1999-a-2014-o-que-houve-com-o-cambio-brasileiro/|título=De 1999 a 2014 : O que houve com o câmbio brasileiro?|publicado=Nepom|data=24-04-2014|acessodata=10-02-2015|wayb=20150210212134|urlmorta=não}}</ref> Esta situação levou o Brasil a uma grave crise financeira e política,<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/arquivo_veja/crises-financeiras-bolsas-acoes-cambio-calote-vulnerabilidade-defesas.shtml|título=Coleções » Crises financeiras|publicado=Veja|acessodata=09-02-2015|wayb=20141225054002|urlmorta=sim}}</ref> que comprometeu o discurso da estabilidade econômica.<ref>{{citar web|url=http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/grupos/basua/C05Filgueiras.pdf|título=O neoliberalismo no Brasil: estrutura, dinâmica e ajuste do modelo econômico|autor=FILGUEIRAS, Luiz|data=Agosto de 2006|publicado=CLACSO|local=Buenos Aires|páginas=179-206|wayb=20111027143554|urlmorta=sim}}</ref> Para controlá-la, o governo aumentou os juros, que elevaram as taxas de juros reais aos mais altos índices de sua história, diminuiu as reservas internacionais para tentar conter a disparada do dólar e recorreu ao [[Fundo Monetário Internacional]] (FMI) três vezes para enfrentar a desconfiança dos investidores.<ref>{{citar web|url=http://infograficos.oglobo.globo.com/economia/as-crises-do-plano-real.html#5|título=As crises do Plano Real|publicado=O Globo|acessodata=09-02-2015|wayb=20150210051831|urlmorta=não}}</ref><ref name=FMI>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u53074.shtml|título=FHC fechou três acordos com o FMI; confira o histórico|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Sandra Manfrini|data=07-08-2002|acessodata=09-02-2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/inter/reuters/2002/08/07/ult27u24674.jhtm|título=Brasil fecha acordo de US$ 30 bi com FMI para conter crise|publicado=UOL|autor=Walter Brandimarte e Daniela Machado|data=07-08-2002|acessodata=09-02-2015|wayb=20150210044412|urlmorta=não}}</ref> O governo também implementou, em 1999, o chamado [[tripé macroeconômico]], que formou a base da politica econômica a partir de então, e cujos pilares eram: política de câmbio flutuante, metas fiscais e metas de inflação.<ref>{{citar web|url=https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/11/07/O-que-%C3%A9-o-trip%C3%A9-macroecon%C3%B4mico.-Ele-ainda-existe-no-Brasil|título=O que é o tripé macroeconômico?|publicado=NEXO Jornal|data=06-11-2016|acessodata=08-12-2019}}</ref> Algumas medidas, como a alta dos juros, desestimularam o consumo interno e contribuíram para a elevação das [[Taxa de desemprego no Brasil|taxas de desemprego]].<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/fj1912200222.htm|título=Desemprego cresce; renda per capita sobe menos de 1% ao ano|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Fabrício Vieira|data=19-12-2002|acessodata=27-01-2015|wayb=20150206004535|urlmorta=não}}</ref>


[[Imagem:Criação de empregos no governo Fernando Henrique Cardoso.png|thumb|Criação de empregos no governo FHC]]
[[Imagem:Criação de empregos no governo Fernando Henrique Cardoso.png|thumb|Criação de empregos no governo FHC]]


O governo adotou a terceirização de serviços e de empregos públicos em áreas que considerava como não essenciais.<ref name=Economia-1>{{citar web|url=http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/97115.html|título=Os presidentes da redemocratização|publicado=Câmara dos Deputados|data=28 de dezembro de 2006|acessodata=9 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150210050928/http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/97115.html|arquivodata=2015-02-10|urlmorta=no}}</ref> Em maio de 2000, Fernando Henrique sancionou a [[Lei de Responsabilidade Fiscal]] (LRF), que aumentou o rigor exigido na execução do [[orçamento público]] e limitou despesas com pessoal.<ref>{{citar web|url=http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/lei-de-responsabilidade-fiscal-foi-sancionada-por-fh-em-4-de-maio-de-2000-10674163|título=Lei de Responsabilidade Fiscal foi sancionada por FH em 4 de maio de 2000|publicado=O Globo|data=3 de novembro de 2013|acessodata=29 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150210052835/http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/lei-de-responsabilidade-fiscal-foi-sancionada-por-fh-em-4-de-maio-de-2000-10674163|arquivodata=2015-02-10|urlmorta=no}}</ref>
O governo adotou a terceirização de serviços e de empregos públicos em áreas que considerava como não essenciais.<ref name=Economia-1>{{citar web|url=http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/97115.html|título=Os presidentes da redemocratização|publicado=Câmara dos Deputados|data=28-12-2006|acessodata=09-02-2015|wayb=20150210050928|urlmorta=não}}</ref> Em maio de 2000, Fernando Henrique sancionou a [[Lei de Responsabilidade Fiscal]] (LRF), que aumentou o rigor exigido na execução do [[orçamento público]] e limitou despesas com pessoal.<ref>{{citar web|url=http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/lei-de-responsabilidade-fiscal-foi-sancionada-por-fh-em-4-de-maio-de-2000-10674163|título=Lei de Responsabilidade Fiscal foi sancionada por FH em 4 de maio de 2000|publicado=O Globo|data=03-11-2013|acessodata=29-01-2015|wayb=20150210052835|urlmorta=não}}</ref>


Entre 1995 a 2002, foram criados pouco mais de cinco milhões de empregos formais, com uma média anual de 627 mil novos empregos.<ref name="Empregos">{{citar web|url=http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-evolucao-da-taxa-de-desemprego|título=A evolução da taxa de desemprego|publicado=O Jornal de Todos os Brasis|data=20 de fevereiro de 2013|acessodata=29 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150130113227/http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-evolucao-da-taxa-de-desemprego|arquivodata=2015-01-30|urlmorta=no}}</ref><ref name="Empregos2">{{citar web|url=http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Geracao-de-emprego-Lula-15-milhoes-X-FHC-5-milhoes/4/15985|título=Geração de emprego: Lula 15 milhões X FHC 5 milhões|publicado=Carta Maior|autor=José Prata Araújo|data=6 de outubro de 2010|acessodata=29 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150130123019/http://cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FPolitica%2FGeracao-de-emprego-Lula-15-milhoes-X-FHC-5-milhoes%2F4%2F15985|arquivodata=2015-01-30|urlmorta=no}}</ref> Por outro lado, o [[desemprego]] cresceu 35% entre 1995 a 2001,<ref>{{citar web|url=http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/Desemprego-cai-com-Lula-mas-economistas-se-dividem-sobre-merito-do-governo/7/11540|título=Desemprego cai com Lula, mas economistas se dividem sobre mérito do governo|publicado=Carta Maior|autor=Rafael Sampaio|data=17 de outubro de 2006|acessodata=29 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150130123021/http://www.cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FEconomia%2FDesemprego-cai-com-Lula-mas-economistas-se-dividem-sobre-merito-do-governo%2F7%2F11540|arquivodata=2015-01-30|urlmorta=no}}</ref> atingindo os piores índices desde o fim da [[Ditadura Militar no Brasil|ditadura militar]].<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc30039807.htm|título=Saúde e desemprego atrapalham FHC|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Fernando Rodrigues|data=30 de março de 1998|acessodata=30 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150130132927/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc30039807.htm|arquivodata=2015-01-30|urlmorta=no}}</ref> A situação do desemprego agravou-se durante o segundo mandato, quando as taxas foram superiores aos 12% anuais.<ref>{{citar web|url=https://brasilfatosedados.files.wordpress.com/2010/09/1-4gc1.png|título=Desemprego - Taxa média anual (%)|publicado=Brasil fatos e dados|acessodata=30 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150130162503/http://brasilfatosedados.files.wordpress.com/2010/09/1-4gc1.png|arquivodata=2015-01-30|urlmorta=no}}</ref> Em maio de 2002, o desemprego atingiu um número recorde de 11,454 milhões de pessoas.<ref name=D11454>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/imprescindivel/dia/gd290502.htm|título=Brasil é prata no ranking do desemprego mundial|publicado=Folha de S. Paulo|data=29 de maio de 2002|acessodata=29 de janeiro de 2015}}</ref> Esses números deram ao Brasil a segunda colocação no ''ranking'' mundial de desemprego em números absolutos, sendo superado apenas pela [[Índia]].<ref name="D11454" /><ref name="D2002">{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/economia/021210_desempregodb.shtml|título=Desemprego sobe para nível recorde na América Latina|publicado=BBC|data=10 de dezembro de 2002|acessodata=29 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090301211046/http://www.bbc.co.uk/portuguese/economia/021210_desempregodb.shtml|arquivodata=2009-03-01|urlmorta=no}}</ref>
Entre 1995 a 2002, foram criados pouco mais de cinco milhões de empregos formais, com uma média anual de 627 mil novos empregos.<ref name="Empregos">{{citar web|url=http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-evolucao-da-taxa-de-desemprego|título=A evolução da taxa de desemprego|publicado=O Jornal de Todos os Brasis|data=20 de fevereiro de 2013|acessodata=29-01-2015|wayb=20150130113227|urlmorta=não}}</ref><ref name="Empregos2">{{citar web|url=http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Geracao-de-emprego-Lula-15-milhoes-X-FHC-5-milhoes/4/15985|título=Geração de emprego: Lula 15 milhões X FHC 5 milhões|publicado=Carta Maior|autor=José Prata Araújo|data=06-10-2010|acessodata=29-01-2015|wayb=20150130123019|urlmorta=sim}}</ref> Por outro lado, o [[desemprego]] cresceu 35% entre 1995 a 2001,<ref>{{citar web|url=http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/Desemprego-cai-com-Lula-mas-economistas-se-dividem-sobre-merito-do-governo/7/11540|título=Desemprego cai com Lula, mas economistas se dividem sobre mérito do governo|publicado=Carta Maior|autor=Rafael Sampaio|data=17-10-2006|acessodata=29-01-2015|wayb=20150130123021|urlmorta=sim}}</ref> atingindo os piores índices desde o fim da [[Ditadura Militar no Brasil|ditadura militar]].<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc30039807.htm|título=Saúde e desemprego atrapalham FHC|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Fernando Rodrigues|data=30-03-1998|acessodata=30-01-2015|wayb=20150130132927|urlmorta=não}}</ref> A situação do desemprego agravou-se durante o segundo mandato, quando as taxas foram superiores aos 12% anuais.<ref>{{citar web|url=https://brasilfatosedados.files.wordpress.com/2010/09/1-4gc1.png|título=Desemprego - Taxa média anual (%)|publicado=Brasil fatos e dados|acessodata=30-01-2015|wayb=20150130162503|urlmorta=não}}</ref> Em maio de 2002, o desemprego atingiu um número recorde de 11,454 milhões de pessoas.<ref name=D11454>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/imprescindivel/dia/gd290502.htm|título=Brasil é prata no ranking do desemprego mundial|publicado=Folha de S. Paulo|data=29-05-2002|acessodata=29-01-2015}}</ref> Esses números deram ao Brasil a segunda colocação no ''ranking'' mundial de desemprego em números absolutos, sendo superado apenas pela [[Índia]].<ref name="D11454" /><ref name="D2002">{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/economia/021210_desempregodb.shtml|título=Desemprego sobe para nível recorde na América Latina|publicado=BBC|data=10-12-2002|acessodata=29-01-2015|wayb=20090301211046|urlmorta=sim}}</ref>


A proporção da [[dívida pública]] em relação ao PIB cresceu de 30% para mais de 60%.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/economia/021025_balancoecodb.shtml|título=Queda da inflação é legado positivo de FHC|publicado=BBC|autor=Denize Bacoccina|data=26 de outubro de 2002|acessodata=29 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20050508110119/http://www.bbc.co.uk/portuguese/economia/021025_balancoecodb.shtml|arquivodata=2005-05-08|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/eleicoes/interna/0,5625,OI64578-EI380,00.html|título=FHC deixa inflação sob controle e dívida em alta para Lula|publicado=Terra|data=28 de outubro de 2002|acessodata=7 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150207072645/http://noticias.terra.com.br/eleicoes/interna/0,5625,OI64578-EI380,00.html|arquivodata=2015-02-07|urlmorta=no}}</ref> Este aumento se deve à queda das reservas internacionais,<ref>{{citar web|url=http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2002/10/40022.shtml|título=Evolução da Dívida Pública Brasileira|publicado=Centro de Mídia Independente|autor=Aumara Feu|data=27 de outubro de 2002|acessodata=22 de fevereiro de 2015}}</ref> as altas taxas de juros<ref>{{citar web|url=https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/122033|título=Divida Pública Brasileira nos governos FHC e Lula|publicado=Universidade Federal de Santa Catarina|autor=Marcelo Manoel Gonçalves|data=25 de julho de 2014|acessodata=22 de fevereiro de 2015}}</ref> e pela absorção das dívidas dos estados da federação com a Lei de Responsabilidade Fiscal.<ref>{{citar web|url=http://www.uff.br/econ/download/tds/UFF_TD206.pdf|título=Da Estruturação ao Equilíbrio Fiscal: uma análise das finanças públicas estaduais no governo FHC|publicado=Universidade Federal Fluminense|autor=Ana Paula Mawad e Viviane Luporini|data=Outubro de 2006|acessodata=22 de fevereiro de 2015}}</ref> Durante seus oito anos de governo, o [[PIB per capita|Produto Interno Bruto per capita]] caiu de US$ 4,85 mil para US$ 2,86 mil e a desigualdade de renda aumentou.<ref name="Dados-economia">{{citar web|url=http://www.istoe.com.br/reportagens/108279_DUAS+ERAS+EM+CONFRONTO+PARTE+1|título=Duas eras em confronto - Parte 1|publicado=Terra|autor=Amauri Segalla e Luiza Villaméa|data=29 de outubro de 2010|acessodata=9 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150209122951/http://www.istoe.com.br/reportagens/108279_DUAS+ERAS+EM+CONFRONTO+PARTE+1|arquivodata=2015-02-09|urlmorta=no}}</ref><ref name="Dados-economia2">{{citar web|url=http://www.ufpi.br/subsiteFiles/economia/arquivos/files/texto_14.pdf|título=A economia brasileira no período do "novo liberalismo"|publicado=Universidade Federal do Piauí|autor=Samuel Costa Filho|data=Março de 2002|acessodata=9 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150214141251/http://www.ufpi.br/subsiteFiles/economia/arquivos/files/texto_14.pdf|arquivodata=2015-02-14|urlmorta=no}}</ref>
A proporção da [[dívida pública]] em relação ao PIB cresceu de 30% para mais de 60%.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/economia/021025_balancoecodb.shtml|título=Queda da inflação é legado positivo de FHC|publicado=BBC|autor=Denize Bacoccina|data=26-10-2002|acessodata=29-01-2015|wayb=20050508110119|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/eleicoes/interna/0,5625,OI64578-EI380,00.html|título=FHC deixa inflação sob controle e dívida em alta para Lula|publicado=Terra|data=28-10-2002|acessodata=07-02-2015|wayb=20150207072645|urlmorta=sim}}</ref> Este aumento se deve à queda das reservas internacionais,<ref>{{citar web|url=http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2002/10/40022.shtml|título=Evolução da Dívida Pública Brasileira|publicado=Centro de Mídia Independente|autor=Aumara Feu|data=27-10-2002|acessodata=22-02-2015|wayb=20061115065943|urlmorta=sim}}</ref> as altas taxas de juros<ref>{{citar web|url=https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/122033|título=Divida Pública Brasileira nos governos FHC e Lula|publicado=Universidade Federal de Santa Catarina|autor=Marcelo Manoel Gonçalves|data=25-07-2014|acessodata=22-02-2015}}</ref> e pela absorção das dívidas dos estados da federação com a Lei de Responsabilidade Fiscal.<ref>{{citar web|url=http://www.uff.br/econ/download/tds/UFF_TD206.pdf|título=Da Estruturação ao Equilíbrio Fiscal: uma análise das finanças públicas estaduais no governo FHC|publicado=Universidade Federal Fluminense|autor=Ana Paula Mawad e Viviane Luporini|data=Outubro de 2006|acessodata=22-02-2015|wayb=20100816044630|urlmorta=sim}}</ref> Durante seus oito anos de governo, o [[PIB per capita|Produto Interno Bruto per capita]] caiu de US$ 4,85 mil para US$ 2,86 mil e a desigualdade de renda aumentou.<ref name="Dados-economia">{{citar web|url=http://www.istoe.com.br/reportagens/108279_DUAS+ERAS+EM+CONFRONTO+PARTE+1|título=Duas eras em confronto - Parte 1|publicado=Istoé|autor=Amauri Segalla e Luiza Villaméa|data=29-10-2010|acessodata=09-02-2015|wayb=20150209122951|urlmorta=não}}</ref><ref name="Dados-economia2">{{citar web|url=http://www.ufpi.br/subsiteFiles/economia/arquivos/files/texto_14.pdf|título=A economia brasileira no período do "novo liberalismo"|publicado=Universidade Federal do Piauí|autor=Samuel Costa Filho|data=Março de 2002|acessodata=09-02-2015|wayb=20150214141251|urlmorta=sim}}</ref>


==== Privatizações ====
==== Privatizações ====
{{Vertambém|Privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso}}
{{Vertambém|Privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso}}
O governo Fernando Henrique realizou as maiores [[Privatização no Brasil|privatizações da história do Brasil]].<ref name=A1>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/infograficos/2013/11/78768-as-principais-privatizacoes-de-cada-presidente.shtml|titulo=As principais privatizações de cada presidente|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Gustavo Patu e Mário Kanno|data=21 de novembro de 2013|acessodata=10 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150111070642/http://www1.folha.uol.com.br/infograficos/2013/11/78768-as-principais-privatizacoes-de-cada-presidente.shtml|arquivodata=2015-01-11|urlmorta=no}}</ref> Foram privatizadas rodovias federais,<ref>{{citar web|url=http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR79551-6009,00.html|titulo=Enfim, Lula privatizou...|publicado=Época|autor=Isabel Clemente, Andréa Leal e Maria Laura Neves|acessodata=9 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150210052000/http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR79551-6009,00.html|arquivodata=2015-02-10|urlmorta=no}}</ref> bancos estaduais,<ref name=Economia-1 /> empresas de telefonia e de energia.<ref>{{citar web|url=http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/noticias/privatizacao-aconteceu-em-1998-cercada-por-escandalo-20100301.html|titulo=Privatização aconteceu em 1998 cercada por escândalo|publicado=R7|data=3 de março de 2010|acessodata=9 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150211035123/http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/noticias/privatizacao-aconteceu-em-1998-cercada-por-escandalo-20100301.html|arquivodata=2015-02-11|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2014-09/conheca-propostas-dos-candidatos-presidencia-para-o-setor-de-energia|titulo=Conheça as propostas dos candidatos à Presidência para o setor de energia|publicado=Agência Brasil|autor=Carolina Gonçalves|data=13 de setembro de 2014|acessodata=9 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150210050251/http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2014-09/conheca-propostas-dos-candidatos-presidencia-para-o-setor-de-energia|arquivodata=2015-02-10|urlmorta=no}}</ref> O processo de privatizações havia sido iniciado pelo presidente [[Fernando Collor]] no começo da década de 1990,<ref name=A1 /><ref name=A2>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/economia/privatizacoes-ganharam-forca-partir-dos-anos-90-10448501|titulo=Privatizações ganharam força a partir dos anos 90|publicado=O Globo|autor=Mario Russo|data=21 de outubro de 2013|acessodata=10 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150111080549/http://oglobo.globo.com/economia/privatizacoes-ganharam-forca-partir-dos-anos-90-10448501|arquivodata=2015-01-11|urlmorta=no}}</ref> atendendo as diretrizes estabelecidas pelo [[Consenso de Washington]].<ref>{{Citar periódico|url=http://oglobo.globo.com/economia/privatizacoes-ganharam-forca-partir-dos-anos-90-10448501 |titulo=Privatizações ganharam força a partir dos anos 90 |jornal=O Globo |data=21 de outubro de 2013}}</ref> Calcula-se que durante os dois mandatos de FHC as privatizações levaram aos cofres públicos cerca de US$ 78,6 bilhões.<ref name="A2" /> O programa de privatizações tinha como objetivo resolver o problema do crescente endividamento do Estado.<ref name="A2" /> Entretanto, a venda das empresas não conseguiu conter o crescimento da [[dívida pública]],<ref name="A3">{{citar web|url=http://igepri.org/news/2011/08/o-primeiro-mandato-de-fhc-1995-1999-a-dialetica-do-desenvolvimento-na-nova-ordem/|titulo=O Primeiro Mandato de FHC (1995-1998): a Dialética do Desenvolvimento na Nova Ordem|publicado=Igepri News|data=9 de agosto de 2011|acessodata=10 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150111080045/http://igepri.org/news/2011/08/o-primeiro-mandato-de-fhc-1995-1999-a-dialetica-do-desenvolvimento-na-nova-ordem/|arquivodata=2015-01-11|urlmorta=yes}}</ref> mas beneficiou a população com a universalização de serviços básicos como energia e telecomunicações.<ref name="A2" />
O governo Fernando Henrique realizou as maiores [[Privatização no Brasil|privatizações da história do Brasil]].<ref name=A1>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/infograficos/2013/11/78768-as-principais-privatizacoes-de-cada-presidente.shtml|titulo=As principais privatizações de cada presidente|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Gustavo Patu e Mário Kanno|data=21-11-2013|acessodata=10-01-2015|wayb=20150111070642|urlmorta=não}}</ref> Foram privatizadas rodovias federais,<ref>{{citar web|url=http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR79551-6009,00.html|titulo=Enfim, Lula privatizou...|publicado=Época|autor=Isabel Clemente, Andréa Leal e Maria Laura Neves|acessodata=09-02-2015|wayb=20150210052000|urlmorta=não}}</ref> bancos estaduais,<ref name=Economia-1 /> empresas de telefonia e de energia.<ref>{{citar web|url=http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/noticias/privatizacao-aconteceu-em-1998-cercada-por-escandalo-20100301.html|titulo=Privatização aconteceu em 1998 cercada por escândalo|publicado=R7|data=3 de março de 2010|acessodata=09-02-2015|wayb=20150211035123|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2014-09/conheca-propostas-dos-candidatos-presidencia-para-o-setor-de-energia|titulo=Conheça as propostas dos candidatos à Presidência para o setor de energia|publicado=Agência Brasil|autor=Carolina Gonçalves|data=13-09-2014|acessodata=09-02-2015|wayb=20150210050251|urlmorta=não}}</ref> O processo de privatizações havia sido iniciado pelo presidente [[Fernando Collor]] no começo da década de 1990,<ref name=A1 /><ref name=A2>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/economia/privatizacoes-ganharam-forca-partir-dos-anos-90-10448501|titulo=Privatizações ganharam força a partir dos anos 90|publicado=O Globo|autor=Mario Russo|data=21-10-2013|acessodata=10-01-2015|wayb=20150111080549|urlmorta=não}}</ref> atendendo as diretrizes estabelecidas pelo [[Consenso de Washington]].<ref name="A2" /> Calcula-se que durante os dois mandatos de FHC as privatizações levaram aos cofres públicos cerca de US$ 78,6 bilhões.<ref name="A2" /> O programa de privatizações tinha como objetivo resolver o problema do crescente endividamento do Estado.<ref name="A2" /> Entretanto, a venda das empresas não conseguiu conter o crescimento da [[dívida pública]],<ref name="A3">{{citar web|url=http://igepri.org/news/2011/08/o-primeiro-mandato-de-fhc-1995-1999-a-dialetica-do-desenvolvimento-na-nova-ordem/|titulo=O Primeiro Mandato de FHC (1995-1998): a Dialética do Desenvolvimento na Nova Ordem|publicado=Igepri News|data=09-08-2011|acessodata=10-01-2015|wayb=20150111080045|urlmorta=sim}}</ref> mas beneficiou a população com a universalização de serviços básicos como energia e telecomunicações.<ref name="A2" />


O processo de privatizações teve oposição de partidos políticos e movimentos sociais, que apontavam irregularidades.<ref name="A4">{{citar web|url=http://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/governo-fernando-henrrique-cardoso|titulo=Governo Fernando Henrrique Cardoso|publicado=R7|autor=João Manuel Sanchez|acessodata=10 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150122040435/http://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/governo-fernando-henrrique-cardoso|arquivodata=2015-01-22|urlmorta=no}}</ref> As privatizações das empresas [[Vale S.A.|Vale do Rio Doce]] e [[Telecomunicações Brasileiras S.A.|Telebrás]] geraram muitas críticas e polêmicas, que denunciavam [[Propina (português brasileiro)|propinas]] durante os leilões,<ref name="Vale-9">{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/080502/p_080.html|titulo=A história de um pedido de comissão na privatização da Vale e as queixas de Benjamin Steinbruch sobre o comportamento de Ricardo Sérgio, o homem que falava grosso na Previ|publicado=Veja|autor=Eduardo Oinegue|data=8 de maio de 2002|acessodata=10 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130726024430/http://veja.abril.com.br/080502/p_080.html|arquivodata=2013-07-26|urlmorta=no}}</ref> vícios no edital de venda,<ref name="Vale-7">{{citar web|url=http://www.muco.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=245:escandalo-da-privatizacao-da-vale-do-rio-doce&catid=34:sala-dos-escandalos&Itemid=53|titulo=Escândalo da Privatização da Vale do Rio Doce|publicado=Museu da Corrupção|acessodata=10 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150111075932/http://www.muco.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=245:escandalo-da-privatizacao-da-vale-do-rio-doce&catid=34:sala-dos-escandalos&Itemid=53|arquivodata=2015-01-11|urlmorta=no}}</ref> subvalorização e favorecimentos.<ref name="Vale-10">{{citar web|url=http://www.radioagencianp.com.br/node/2688|titulo=Vídeos debatem a validade da privatização da Vale do Rio Doce|publicado=NP|autor=Juliano Domingues|data=25 de julho de 1997|acessodata=10 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150111080111/http://www.radioagencianp.com.br/node/2688|arquivodata=2015-01-11|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u70988.shtml |titulo=Privatização das teles foi seguida por escândalos |publicado=Folha de S. Paulo|data=29 de julho de 2007|acessodata=10 de janeiro de 2015}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc26059918.htm |titulo=Oposição quer impeachment de FHC |publicado=Folha de S. Paulo |autor=Lucas Figueiredo e Daniela Falcão |data=26 de maio de 1999 |acessodata=11 de janeiro de 2015 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150213182635/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc26059918.htm |arquivodata=2015-02-13 |urlmorta=no }}</ref> Existem até os dias atuais diversos processos judiciais abertos questionando a validade destas privatizações.<ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,dez-anos-depois-107-acoes-questionam-privatizacao-da-vale,45291|titulo=Dez anos depois, 107 ações questionam privatização da Vale|publicado=O Estado de S. Paulo|obra=Agência Brasil|data=2 de setembro de 2007|acessodata=10 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150111080138/http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,dez-anos-depois-107-acoes-questionam-privatizacao-da-vale,45291|arquivodata=2015-01-11|urlmorta=no}}</ref>
O processo de privatizações teve oposição de partidos políticos e movimentos sociais, que apontavam irregularidades.<ref name="A4">{{citar web|url=http://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/governo-fernando-henrrique-cardoso|titulo=Governo Fernando Henrrique Cardoso|publicado=R7|autor=João Manuel Sanchez|acessodata=10-01-2015|wayb=20150122040435|urlmorta=não}}</ref> As privatizações das empresas [[Vale S.A.|Vale do Rio Doce]] e [[Telecomunicações Brasileiras S.A.|Telebrás]] geraram muitas críticas e polêmicas, que denunciavam [[Propina (português brasileiro)|propinas]] durante os leilões,<ref name="Vale-9">{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/080502/p_080.html|titulo=A história de um pedido de comissão na privatização da Vale e as queixas de Benjamin Steinbruch sobre o comportamento de Ricardo Sérgio, o homem que falava grosso na Previ|publicado=Veja|autor=Eduardo Oinegue|data=08-05-2002|acessodata=10-01-2015|wayb=20130726024430|urlmorta=sim}}</ref> vícios no edital de venda,<ref name="Vale-7">{{citar web|url=http://www.muco.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=245:escandalo-da-privatizacao-da-vale-do-rio-doce&catid=34:sala-dos-escandalos&Itemid=53|titulo=Escândalo da Privatização da Vale do Rio Doce|publicado=Museu da Corrupção|acessodata=10-01-2015|wayb=20150111075932|urlmorta=sim}}</ref> subvalorização e favorecimentos.<ref name="Vale-10">{{citar web|url=http://www.radioagencianp.com.br/node/2688|titulo=Vídeos debatem a validade da privatização da Vale do Rio Doce|publicado=NP|autor=Juliano Domingues|data=25-07-1997|acessodata=10-01-2015|wayb=20150111080111|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u70988.shtml|titulo=Privatização das teles foi seguida por escândalos|publicado=Folha de S. Paulo|data=29-07-2007|acessodata=10-01-2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc26059918.htm|titulo=Oposição quer impeachment de FHC|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Lucas Figueiredo e Daniela Falcão|data=26-05-1999|acessodata=11-01-2015|wayb=20150213182635|urlmorta=não}}</ref> Existem até os dias atuais diversos processos judiciais abertos questionando a validade destas privatizações.<ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,dez-anos-depois-107-acoes-questionam-privatizacao-da-vale,45291|titulo=Dez anos depois, 107 ações questionam privatização da Vale|publicado=O Estado de S. Paulo|obra=Agência Brasil|data=02-09-2007|acessodata=10-01-2015|wayb=20150111080138|urlmorta=não}}</ref>


=== Política externa ===
=== Política externa ===
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[[Imagem:Geneva Ministerial Conference 18-20 May 1998 (9305962437).jpg|thumb|FHC e o presidente sul-africano [[Nelson Mandela]] durante a Conferência Ministerial de Geneva em maio de 1998.]]
[[Imagem:Geneva Ministerial Conference 18-20 May 1998 (9305962437).jpg|thumb|FHC e o presidente sul-africano [[Nelson Mandela]] durante a Conferência Ministerial de Geneva em maio de 1998.]]


Fernando Henrique assumiu pessoalmente a condução da política externa,<ref name="Externa-4">{{citar web|url=http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/civitas/article/view/9|título=De FHC a Lula|publicado=Civitas – Revista de Ciências Sociais|autor=Paulo Fagundes Vizentini|data=2005|acessodata=28 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150214163929/http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/civitas/article/view/9|arquivodata=2015-02-14|urlmorta=no}}</ref> fazendo com que o país tivesse uma participação mais ativa no cenário internacional.<ref name="Externa-2">{{citar web|url=http://paperroom.ipsa.org/papers/paper_3443.pdf|título=Relações Internacionais e política externa do Brasil nos governos FHC e Lula|autor=Camila Maria Risso Sale|acessodata=28 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150214164027/http://paperroom.ipsa.org/papers/paper_3443.pdf|arquivodata=2015-02-14|urlmorta=no}}</ref> Algumas de suas prioridades foram a promoção de uma maior integração regional, especialmente através do [[Mercosul]]; o estímulo a estratégia de diversificação de parceiros nas relações bilaterais; o desenvolvimento de ações junto às organizações econômicas multilaterais como a [[Organização Mundial do Comércio|OMC]]; e a elevação da posição de potência internacional do país.<ref name="Externa-4" /> Sua agenda, que objetivava inserir o Brasil no cenário internacional do pós-[[Guerra Fria]],<ref name="Externa" /> teve como diretrizes o respeito ao [[direito internacional]], o [[pacifismo]] e a defesa da [[Não intervencionismo|não intervenção]], a defesa dos princípios de [[autodeterminação]] e o [[pragmatismo]] como instrumento para a defesa dos interesses do país.<ref name="Externa">{{citar web|url=http://www.scielo.br/pdf/ts/v15n2/a03v15n2|título=Política externa no período FHC: a busca de autonomia pela integração|publicado=Scielo|autor=Tullo Vigevani, Marcelo F. de Oliveira e Rodrigo Cintra|data=Novembro de 2003|acessodata=27 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150214164104/http://www.scielo.br/pdf/ts/v15n2/a03v15n2|arquivodata=2015-02-14|urlmorta=no}}</ref> Em um texto publicado pela Revista Brasileira de Política Internacional, o presidente declarou que sua política externa era orientada pela "democracia, estabilidade monetária e abertura de mercados".<ref name="Externa-2" />
Fernando Henrique assumiu pessoalmente a condução da política externa,<ref name="Externa-4">{{citar web|url=http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/civitas/article/view/9|título=De FHC a Lula|publicado=Civitas – Revista de Ciências Sociais|autor=Paulo Fagundes Vizentini|ano=2005|acessodata=28-01-2015|wayb=20150214163929|urlmorta=não}}</ref> fazendo com que o país tivesse uma participação mais ativa no cenário internacional.<ref name="Externa-2">{{citar web|url=http://paperroom.ipsa.org/papers/paper_3443.pdf|título=Relações Internacionais e política externa do Brasil nos governos FHC e Lula|autor=Camila Maria Risso Sale|acessodata=28-01-2015|wayb=20150214164027|urlmorta=sim}}</ref> Algumas de suas prioridades foram a promoção de uma maior integração regional, especialmente através do [[Mercosul]]; o estímulo a estratégia de diversificação de parceiros nas relações bilaterais; o desenvolvimento de ações junto às organizações econômicas multilaterais como a [[Organização Mundial do Comércio|OMC]]; e a elevação da posição de potência internacional do país.<ref name="Externa-4" /> Sua agenda, que objetivava inserir o Brasil no cenário internacional do pós-[[Guerra Fria]],<ref name="Externa" /> teve como diretrizes o respeito ao [[direito internacional]], o [[pacifismo]] e a defesa da [[Não intervencionismo|não intervenção]], a defesa dos princípios de [[autodeterminação]] e o [[pragmatismo]] como instrumento para a defesa dos interesses do país.<ref name="Externa">{{citar web|url=http://www.scielo.br/pdf/ts/v15n2/a03v15n2|título=Política externa no período FHC: a busca de autonomia pela integração|publicado=Scielo|autor=Tullo Vigevani, Marcelo F. de Oliveira e Rodrigo Cintra|data=Novembro de 2003|acessodata=27-01-2015|wayb=20150214164104|urlmorta=não}}</ref> Em um texto publicado pela Revista Brasileira de Política Internacional, o presidente declarou que sua política externa era orientada pela "democracia, estabilidade monetária e abertura de mercados".<ref name="Externa-2" />


Entre as ações da política externa, destaca-se: FHC foi o primeiro presidente da América Latina a discursar na [[Assembleia Nacional Francesa]];<ref name="AF1">{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/071101/p_054.html|título=Em estado de graça|publicado=Veja|autor=Maurício Lima|data=7 de novembro de 2001|acessodata=28 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140501042238/http://veja.abril.com.br/071101/p_054.html|arquivodata=2014-05-01|urlmorta=no}}</ref> defendeu a criação do [[Estado Palestino]];<ref name="AF1" /><ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u26254.shtml|título=Leia íntegra do discurso de FHC na Assembléia da França|publicado=Folha de S. Paulo|data=31 de outubro de 2001|acessodata=28 de janeiro de 2015}}</ref> condenou os [[ataques de 11 de setembro de 2001|ataques terroristas de 11 de setembro de 2001]];<ref>{{citar web|url=http://www.espacoacademico.com.br/049/49bandeira.htm|título=Política Exterior do Brasil – De FHC a Lula|publicado=Revista Espaço Acadêmico|autor=Luiz Alberto Moniz Bandeira|data=Junho de 2005|acessodata=28 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150208062553/http://www.espacoacademico.com.br/049/49bandeira.htm|arquivodata=2015-02-08|urlmorta=yes}}</ref> fez campanha para a entrada do Brasil como membro permanente do [[Conselho de Segurança das Nações Unidas]];<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc08049816.htm|título=Brasil tem apoio para tentar vaga na Onu|publicado=Folha de S. Paulo|data=8 de abril de 1998|acessodata=28 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150208055400/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc08049816.htm|arquivodata=2015-02-08|urlmorta=no}}</ref> promulgou o [[Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares]] (TNP);<ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d2864.htm|título=Decreto Nº 2.864, de 7 de dezembro de 1998|publicado=Presidência da República|data=7 de dezembro de 1998|acessodata=28 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150208051220/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d2864.htm|arquivodata=2015-02-08|urlmorta=no}}</ref> fez a primeira viagem oficial a [[Cuba]];<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/241199/p_048.html|titulo=Como FHC gosta|publicado=Veja|autor=Vladimir Netto|data=24 de novembro de 1999|acessodata=11 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090828045806/http://veja.abril.com.br/241199/p_048.html|arquivodata=2009-08-28|urlmorta=no}}</ref> e inaugurou o [[Gasoduto Bolívia-Brasil]].<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fol/pol/ult080299113.htm|titulo=FHC inaugura gasoduto Brasil-Bolívia nesta terça em Corumbá|publicado=Folha de S. Paulo|data=8 de fevereiro de 1999|acessodata=8 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150208050031/http://www1.folha.uol.com.br/fol/pol/ult080299113.htm|arquivodata=2015-02-08|urlmorta=no}}</ref>
Entre as ações da política externa, destaca-se: FHC foi o primeiro presidente da América Latina a discursar na [[Assembleia Nacional Francesa]];<ref name="AF1">{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/071101/p_054.html|título=Em estado de graça|publicado=Veja|autor=Maurício Lima|data=07-11-2001|acessodata=28-01-2015|wayb=20140501042238|urlmorta=sim}}</ref> defendeu a criação do [[Estado Palestino]];<ref name="AF1" /><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u26254.shtml|título=Leia íntegra do discurso de FHC na Assembléia da França|publicado=Folha de S. Paulo|data=31-10-2001|acessodata=28-02-2015}}</ref> condenou os [[ataques de 11 de setembro de 2001|ataques terroristas de 11 de setembro de 2001]];<ref>{{citar web|url=http://www.espacoacademico.com.br/049/49bandeira.htm|título=Política Exterior do Brasil – De FHC a Lula|publicado=Revista Espaço Acadêmico|autor=Luiz Alberto Moniz Bandeira|data=Junho de 2005|acessodata=28-01-2015|wayb=20150208062553|urlmorta=sim}}</ref> fez campanha para a entrada do Brasil como membro permanente do [[Conselho de Segurança das Nações Unidas]];<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc08049816.htm|título=Brasil tem apoio para tentar vaga na Onu|publicado=Folha de S. Paulo|data=08-04-1998|acessodata=28-01-2015|wayb=20150208055400|urlmorta=não}}</ref> promulgou o [[Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares]] (TNP);<ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d2864.htm|título=Decreto Nº 2.864, de 7 de dezembro de 1998|publicado=Presidência da República|data=07-12-1998|acessodata=28-01-2015|wayb=20150208051220|urlmorta=não}}</ref> fez a primeira viagem oficial a [[Cuba]];<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/241199/p_048.html|titulo=Como FHC gosta|publicado=Veja|autor=Vladimir Netto|data=24-11-1999|acessodata=11-01-2015|wayb=20090828045806|urlmorta=sim}}</ref> e inaugurou o [[Gasoduto Bolívia-Brasil]].<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fol/pol/ult080299113.htm|titulo=FHC inaugura gasoduto Brasil-Bolívia nesta terça em Corumbá|publicado=Folha de S. Paulo|data=08-02-1999|acessodata=08-02-2015|wayb=20150208050031|urlmorta=não}}</ref>


[[Imagem:Viagens presidenciais de Fernando Henrique Cardoso.png|thumb|240x240px|esquerda|Países visitados pelo presidente Fernando Henrique durante seus dois mandatos]]
[[Imagem:Viagens presidenciais de Fernando Henrique Cardoso.png|thumb|240x240px|esquerda|Países visitados pelo presidente Fernando Henrique durante seus dois mandatos]]


Seu governo encaminhou 157 acordos de cooperação internacional ao [[Congresso Nacional Brasileiro]], sendo 38 acordos firmados com [[países desenvolvidos]], 18 com [[Países emergentes|emergentes]] e 101 com [[países em desenvolvimento]].<ref name="ACCFHC">{{citar web|url=http://e-legis.camara.leg.br/cefor/index.php/e-legis/article/viewFile/121/130|título=Acordos internacionais de cooperação nos governos Fernando Henrique e Lula|publicado=Câmara dos Deputados do Brasil|autor=Simone Diniz|data=2013|acessodata=29 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150208061955/http://e-legis.camara.leg.br/cefor/index.php/e-legis/article/viewFile/121/130|arquivodata=2015-02-08|urlmorta=no}}</ref> Outros 73 acordos de cooperação técnica foram encaminhados, priorizando os países da América do Sul e do [[Leste Europeu]].<ref name="ACCFHC" />
Seu governo encaminhou 157 acordos de cooperação internacional ao [[Congresso Nacional Brasileiro]], sendo 38 acordos firmados com [[países desenvolvidos]], 18 com [[Países emergentes|emergentes]] e 101 com [[países em desenvolvimento]].<ref name="ACCFHC">{{citar web|url=http://e-legis.camara.leg.br/cefor/index.php/e-legis/article/viewFile/121/130|título=Acordos internacionais de cooperação nos governos Fernando Henrique e Lula|publicado=Câmara dos Deputados do Brasil|autor=Simone Diniz|data=2013|acessodata=29-01-2015|wayb=20150208061955|urlmorta=não}}</ref> Outros 73 acordos de cooperação técnica foram encaminhados, priorizando os países da América do Sul e do [[Leste Europeu]].<ref name="ACCFHC" />


Durante seus oito anos de mandato, FHC fez 102 viagens em 407 dias no exterior.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2912201010.htm|título=Lula bate recorde de viagens pelo país em 2010|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Eduardo Scolese|data=29 de dezembro de 2010|acessodata=28 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110104005522/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2912201010.htm|arquivodata=2011-01-04|urlmorta=no}}</ref><ref name="Viagens">{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/01/150113_dilma_viagens_internacionais_ms_lgb|título=Dilma viaja menos da metade que Lula ao exterior|publicado=BBC|autor=Mariana Schreiber|data=21 de janeiro de 2015|acessodata=29 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150214165041/http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/01/150113_dilma_viagens_internacionais_ms_lgb|arquivodata=2015-02-14|urlmorta=no}}</ref> Suas viagens priorizaram os países da América do Sul, Europa e América do Norte.<ref name="Viagens" /> Em maio de 2002, bateu o recorde de viagens internacionais para um presidente brasileiro, que foi posteriormente superado por seu sucessor [[Luiz Inácio Lula da Silva]].<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2204200908.htm|título=Lula já supera FHC em número de dias de agenda no exterior|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Eduardo Scolese|data=22 de abril de 2009|acessodata=28 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090427200030/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2204200908.htm|arquivodata=2009-04-27|urlmorta=no}}</ref><ref name="Externa-3">{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/inter/afp/2002/05/17/ult34u41827.jhtm|título=FHC o presidente do Brasil que mais viajou|publicado=UOL|obra=Agence France-Presse|data=17 de maio de 2002|acessodata=28 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150214165240/http://noticias.uol.com.br/inter/afp/2002/05/17/ult34u41827.jhtm|arquivodata=2015-02-14|urlmorta=no}}</ref> No último ano de mandato, a agência de notícias francesa [[Agence France-Presse|AFP]] o classificou como "dirigente brasileiro que mais exerceu a chamada diplomacia presidencial" e "líder moral da América Latina".<ref name="Externa-3" /> O número recorde de viagens internacionais foi criticado por políticos oposicionistas, como Lula,<ref>{{citar web|url=https://www.dgabc.com.br/(X(1)S(kaadkpqqktagtecafmsgwr10))/Noticia/430643/lula-critica-fhc-e-diz-estar-certo-da-vitoria?referencia=colunas-lista|título=Lula critica FHC e diz estar certo da vitória|publicado=Diário do Grande ABC|data=23 de março de 2002|acessodata=29 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150214165322/https://www.dgabc.com.br/(X(1)S(kaadkpqqktagtecafmsgwr10))/Noticia/430643/lula-critica-fhc-e-diz-estar-certo-da-vitoria?referencia=colunas-lista|arquivodata=2015-02-14|urlmorta=no}}</ref> e parodiado pelo programa humorístico ''[[Casseta & Planeta, Urgente!]]'', que o apelidou de "Viajando Henrique Cardoso".<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/49354-na-onda-dos-humoristicos.shtml|título=Na onda dos humorísticos|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Fernando Rodrigues|data=17 de junho de 2002|acessodata=29 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20121113195233/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/49354-na-onda-dos-humoristicos.shtml|arquivodata=2012-11-13|urlmorta=no}}</ref>
Durante seus oito anos de mandato, FHC fez 102 viagens em 407 dias no exterior.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2912201010.htm|título=Lula bate recorde de viagens pelo país em 2010|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Eduardo Scolese|data=29-12-2010|acessodata=28-01-2015|wayb=20110104005522|urlmorta=não}}</ref><ref name="Viagens">{{citar web|url=https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/01/150113_dilma_viagens_internacionais_ms_lgb|título=Dilma viaja menos da metade que Lula ao exterior|publicado=BBC|autor=Mariana Schreiber|data=21-01-2015|acessodata=29-01-2015|wayb=20150214165041|urlmorta=não}}</ref> Suas viagens priorizaram os países da América do Sul, Europa e América do Norte.<ref name="Viagens" /> Em maio de 2002, bateu o recorde de viagens internacionais para um presidente brasileiro, que foi posteriormente superado por seu sucessor [[Luiz Inácio Lula da Silva]].<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2204200908.htm|título=Lula já supera FHC em número de dias de agenda no exterior|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Eduardo Scolese|data=22-04-2009|acessodata=28-01-2015|wayb=20090427200030|urlmorta=não}}</ref><ref name="Externa-3">{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/inter/afp/2002/05/17/ult34u41827.jhtm|título=FHC o presidente do Brasil que mais viajou|publicado=UOL|obra=Agence France-Presse|data=17-05-2002|acessodata=28-01-2015|wayb=20150214165240|urlmorta=não}}</ref> No último ano de mandato, a agência de notícias francesa [[Agence France-Presse|AFP]] o classificou como "dirigente brasileiro que mais exerceu a chamada diplomacia presidencial" e "líder moral da América Latina".<ref name="Externa-3" /> O número recorde de viagens internacionais foi criticado por políticos oposicionistas, como Lula,<ref>{{citar web|url=https://www.dgabc.com.br/(X(1)S(kaadkpqqktagtecafmsgwr10))/Noticia/430643/lula-critica-fhc-e-diz-estar-certo-da-vitoria?referencia=colunas-lista|título=Lula critica FHC e diz estar certo da vitória|publicado=Diário do Grande ABC|data=23-03-2002|acessodata=29-01-2015|wayb=20150214165322|urlmorta=não}}</ref> e parodiado pelo programa humorístico ''[[Casseta & Planeta, Urgente!]]'', que o apelidou de "Viajando Henrique Cardoso".<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/49354-na-onda-dos-humoristicos.shtml|título=Na onda dos humorísticos|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Fernando Rodrigues|data=17-02-2002|acessodata=29-01-2015|wayb=20121113195233|urlmorta=não}}</ref>


=== Política social ===
=== Política social ===
A política social foi baseada no documento "''Uma estratégia de desenvolvimento social''", lançado pela Presidência da República em 1996. O documento apresentou propostas de atuação para "garantir o direito social, promover a igualdade de oportunidades e proteger os grupos vulneráveis". O governo criou a [[Rede de Proteção Social|Rede Social Brasileira de Proteção Social]], formada por programas de transferência de renda, como a [[Bolsa-escola]] e o [[Auxílio-gás]].<ref>{{citar web|url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-20702003000200004&script=sci_arttext|título=A política social no período FHC e o sistema de proteção social|publicado=Scielo|autor=Sônia Draibe|data=Novembro de 2003|acessodata=12 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150212051212/http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-20702003000200004&script=sci_arttext|arquivodata=2015-02-12|urlmorta=no}}</ref> Para coordenar e articular as ações do governo, foi criado o [[Programa Comunidade Solidária]].<ref name="Ruth-4" />
A política social foi baseada no documento "''Uma estratégia de desenvolvimento social''", lançado pela Presidência da República em 1996. O documento apresentou propostas de atuação para "garantir o direito social, promover a igualdade de oportunidades e proteger os grupos vulneráveis". O governo criou a [[Rede de Proteção Social|Rede Social Brasileira de Proteção Social]], formada por programas de transferência de renda, como a [[Bolsa-escola]] e o [[Auxílio-gás]].<ref>{{citar web|url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-20702003000200004&script=sci_arttext|título=A política social no período FHC e o sistema de proteção social|publicado=Scielo|autor=Sônia Draibe|data=Novembro de 2003|acessodata=12-02-2015|wayb=20150212051212|urlmorta=não}}</ref> Para coordenar e articular as ações do governo, foi criado o [[Programa Comunidade Solidária]].<ref name="Ruth-4" />


Em fevereiro de 1999, FHC sancionou a criação dos [[Medicamento genérico|medicamentos genéricos]].<ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9787.htm|título=Lei Nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999|publicado=Presidência da República|data=10 de fevereiro de 1999|acessodata=12 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141129023620/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9787.htm|arquivodata=2014-11-29|urlmorta=no}}</ref> Em setembro de 2000, sancionou a Emenda Constitucional nº 29, que estabeleceu a destinação de patamares mínimos de recursos do governo federal, estados e municípios para a saúde pública.<ref name="Social">{{citar web|url=http://www.en.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/livros/Cap_6-10.pdf|título=Políticas sociais no Brasil: gasto social do governo federal de 1988 a 2002|publicado=IPEA|autor=Jorge Abrahão de Castro e José Celso Cardoso Jr.|acessodata=12 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150212061030/http://www.en.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/livros/Cap_6-10.pdf|arquivodata=2015-02-12|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm|título=Emenda Constitucional Nº 29, de 13 de setembro de 2000|publicado=Presidência da República|data=14 de setembro de 2000|acessodata=12 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141027171823/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm|arquivodata=2014-10-27|urlmorta=no}}</ref> Na área educacional, sancionou a [[Lei de Diretrizes e Bases da Educação|Lei de Diretrizes e Bases]] (LDB) e o [[Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério]] (Fundef).<ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm|título=Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996|publicado=Presidência da República|data=20 de dezembro de 1996|acessodata=12 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150214040549/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm|arquivodata=2015-02-14|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2110200220.htm|título=Anos FHC dão prioridade para o ensino fundamental|publicado=Folha de S. Paulo|data=21 de outubro de 2002|acessodata=27 de fevereiro de 2015}}</ref>
Em fevereiro de 1999, FHC sancionou a criação dos [[Medicamento genérico|medicamentos genéricos]].<ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9787.htm|título=Lei Nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999|publicado=Presidência da República|data=10-02-1999|acessodata=12-02-2015|wayb=20141129023620|urlmorta=não}}</ref> Em setembro de 2000, sancionou a Emenda Constitucional nº 29, que estabeleceu a destinação de patamares mínimos de recursos do governo federal, estados e municípios para a saúde pública.<ref name="Social">{{citar web|url=http://www.en.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/livros/Cap_6-10.pdf|título=Políticas sociais no Brasil: gasto social do governo federal de 1988 a 2002|publicado=IPEA|autor=Jorge Abrahão de Castro e José Celso Cardoso Jr.|acessodata=12-02-2015|wayb=20150212061030|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm|título=Emenda Constitucional Nº 29, de 13 de setembro de 2000|publicado=Presidência da República|data=14-09-2000|acessodata=12-02-2015|wayb=20141027171823|urlmorta=não}}</ref> Na área educacional, sancionou a [[Lei de Diretrizes e Bases da Educação|Lei de Diretrizes e Bases]] (LDB) e o [[Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério]] (Fundef).<ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm|título=Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996|publicado=Presidência da República|data=20-12-1996|acessodata=12-02-2015|wayb=20150214040549|urlmorta=não}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2110200220.htm|título=Anos FHC dão prioridade para o ensino fundamental|publicado=Folha de S. Paulo|data=21-10-2002|acessodata=27-02-2015}}</ref>


Em 1996, foi implementado o [[benefício de prestação continuada]] (BPC).<ref name="Social" /> Em novembro de 1999, Cardoso sancionou a lei 9.876, que mudou o cálculo das aposentadorias e instituiu o [[Fator Previdenciário]], ajudando a diminuir os déficits do [[Instituto Nacional do Seguro Social]] (INSS) ao retardar aposentadorias precoces.<ref>{{citar web|url=http://www.dgabc.com.br/Noticia/155504/fhc-sanciona-lei-com-novas-regras-para-aposentadoria|título=FHC sanciona lei com novas regras para aposentadoria|publicado=Diário do Grande ABC|data=26 de novembro de 1999|acessodata=9 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150210045936/http://www.dgabc.com.br/Noticia/155504/fhc-sanciona-lei-com-novas-regras-para-aposentadoria|arquivodata=2015-02-10|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://visaopanoramica.net/2009/08/05/comparacao-fhc-x-lula/|título=Comparação Lula x FHC|publicado=Visão Panorâmica|autor=Amilton Aquino|data=5 de agosto de 2009|acessodata=9 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150210052903/http://visaopanoramica.net/2009/08/05/comparacao-fhc-x-lula/|arquivodata=2015-02-10|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9876.htm|título=Lei nº 9.876, de 26 de novembro de 1999|publicado=Palácio do Planalto|data=26 de novembro de 1999|acessodata=9 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150210051214/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9876.htm|arquivodata=2015-02-10|urlmorta=no}}</ref> Um ano antes, ao defender a [[Previdência social no Brasil#História|reforma da Previdência]], declarou: "pessoas que se aposentam com menos de 50 anos são vagabundos, que se locupletam de um país de pobres e miseráveis".<ref>{{citar web|url=http://www2.uol.com.br/JC/_1998/1205/br1205n.htm|título=FHC chama aposentados jovens de vagabundos|publicado=UOL|data=12 de maio de 1998|acessodata=12 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150212061321/http://www2.uol.com.br/JC/_1998/1205/br1205n.htm|arquivodata=2015-02-12|urlmorta=no}}</ref>
Em 1996, foi implementado o [[benefício de prestação continuada]] (BPC).<ref name="Social" /> Em novembro de 1999, Cardoso sancionou a lei 9.876, que mudou o cálculo das aposentadorias e instituiu o [[Fator Previdenciário]], ajudando a diminuir os déficits do [[Instituto Nacional do Seguro Social]] (INSS) ao retardar aposentadorias precoces.<ref>{{citar web|url=http://www.dgabc.com.br/Noticia/155504/fhc-sanciona-lei-com-novas-regras-para-aposentadoria|título=FHC sanciona lei com novas regras para aposentadoria|publicado=Diário do Grande ABC|data=26-11-1999|acessodata=09-02-2015|wayb=20150210045936|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://visaopanoramica.net/2009/08/05/comparacao-fhc-x-lula/|título=Comparação Lula x FHC|publicado=Visão Panorâmica|autor=Amilton Aquino|data=05-08-2009|acessodata=09-02-2015|wayb=20150210052903|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9876.htm|título=Lei nº 9.876, de 26 de novembro de 1999|publicado=Palácio do Planalto|data=26-11-1999|acessodata=09-02-2015|wayb=20150210051214|urlmorta=não}}</ref> Um ano antes, ao defender a [[Previdência social no Brasil#História|reforma da Previdência]], declarou: "pessoas que se aposentam com menos de 50 anos são vagabundos, que se locupletam de um país de pobres e miseráveis".<ref>{{citar web|url=http://www2.uol.com.br/JC/_1998/1205/br1205n.htm|título=FHC chama aposentados jovens de vagabundos|publicado=UOL|data=12-05-1998|acessodata=12-02-2015|wayb=20150212061321|urlmorta=sim}}</ref>


O gasto social comparado ao produto interno bruto cresceu 1,8%, com maior ampliação durante o primeiro mandato.<ref name="Social" /><ref>{{citar web|url=http://brasildebate.com.br/entre-1995-e-2011-os-gastos-sociais-cresceram-de-112-para-162-do-pib/|título=Entre 1995 e 2011 os gastos sociais cresceram de 11,2% para 16,2% do PIB|publicado=Brasil Debate|data=23 de setembro de 2014|acessodata=11 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150212063711/http://brasildebate.com.br/entre-1995-e-2011-os-gastos-sociais-cresceram-de-112-para-162-do-pib/|arquivodata=2015-02-12|urlmorta=no}}</ref> Alguns índices sociais melhoraram, como o aumento de crianças nas escolas e a diminuição da pobreza.<ref name="Social-2">{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/181202/p_112.html|título=Herança FHC: dúvidas na economia e conquistas no social|publicado=Veja|autor=Monica Weinberg|data=18 de dezembro de 2002|acessodata=12 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141024042313/http://veja.abril.com.br/181202/p_112.html|arquivodata=2014-10-24|urlmorta=no}}</ref> Porém, pesquisas realizadas no último ano do governo indicaram que as maiores taxas de reprovação ao desempenho do presidente estavam ligadas à questão social.<ref name="Aprovação" /><ref>{{citar web|url=http://www.sardenberg.com.br/index.php/artigos/item/10385-por-que-ningu%C3%A9m-soube-dos-gastos-sociais-de-fhc|título=Porque ninguém soube dos gastos sociais de FHC?|publicado=Sardenberg|autor=Carlos Alberto Sardenberg|data=18 de novembro de 2002|acessodata=12 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150212061009/http://www.sardenberg.com.br/index.php/artigos/item/10385-por-que-ningu%C3%A9m-soube-dos-gastos-sociais-de-fhc|arquivodata=2015-02-12|urlmorta=no}}</ref> Uma matéria da revista [[Veja (revista)|Veja]], publicada em maio de 2002, concluiu: "a pobreza caiu, o consumo aumentou, mas a desigualdade manteve-se praticamente estável, com uma pequena diminuição que pouco alterou o quadro".<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/150502/p_114.html|título=Renda e consumo na era FHC|publicado=Veja|autor=André Lahóz|data=15 de maio de 2002|acessodata=12 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080308233647/http://veja.abril.com.br/150502/p_114.html|arquivodata=2008-03-08|urlmorta=no}}</ref>
O gasto social comparado ao produto interno bruto cresceu 1,8%, com maior ampliação durante o primeiro mandato.<ref name="Social" /><ref>{{citar web|url=http://brasildebate.com.br/entre-1995-e-2011-os-gastos-sociais-cresceram-de-112-para-162-do-pib/|título=Entre 1995 e 2011 os gastos sociais cresceram de 11,2% para 16,2% do PIB|publicado=Brasil Debate|data=23-09-2014|acessodata=11-02-2015|wayb=20150212063711|urlmorta=não}}</ref> Alguns índices sociais melhoraram, como o aumento de crianças nas escolas e a diminuição da pobreza.<ref name="Social-2">{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/181202/p_112.html|título=Herança FHC: dúvidas na economia e conquistas no social|publicado=Veja|autor=Monica Weinberg|data=18-12-2002|acessodata=12-02-2015|wayb=20141024042313|urlmorta=sim}}</ref> Porém, pesquisas realizadas no último ano do governo indicaram que as maiores taxas de reprovação ao desempenho do presidente estavam ligadas à questão social.<ref name="Aprovação" /><ref>{{citar web|url=http://www.sardenberg.com.br/index.php/artigos/item/10385-por-que-ningu%C3%A9m-soube-dos-gastos-sociais-de-fhc|título=Porque ninguém soube dos gastos sociais de FHC?|publicado=Sardenberg|autor=Carlos Alberto Sardenberg|data=18-11-2002|acessodata=12-02-2015|wayb=20150212061009|urlmorta=sim}}</ref> Uma matéria da revista [[Veja (revista)|Veja]], publicada em maio de 2002, concluiu: "a pobreza caiu, o consumo aumentou, mas a desigualdade manteve-se praticamente estável, com uma pequena diminuição que pouco alterou o quadro".<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/150502/p_114.html|título=Renda e consumo na era FHC|publicado=Veja|autor=André Lahóz|data=15-05-2002|acessodata=12-02-2015|wayb=20080308233647|urlmorta=sim}}</ref>


=== Relações com o Congresso ===
=== Relações com o Congresso ===
[[Imagem:Antônio Carlos Magalhães and Fernando Henrique Cardoso, Brasília 1998.jpg|thumb|upright|FHC e [[Antônio Carlos Magalhães]], presidente do Senado, em maio de 1998.]]
[[Imagem:Antônio Carlos Magalhães and Fernando Henrique Cardoso, Brasília 1998.jpg|thumb|upright|FHC e [[Antônio Carlos Magalhães]], presidente do Senado, em maio de 1998.]]


No primeiro mandato, o governo foi apoiado por uma coalizão formada por seis partidos ([[Partido da Social Democracia Brasileira|PSDB]], [[Movimento Democrático Brasileiro (1980)|PMDB]], [[Democratas (Brasil)|PFL]], [[Partido Trabalhista Brasileiro (1981)|PTB]], [[Progressistas|PPB]], [[Partido Liberal (1985)|PL]]), atingindo uma ampla maioria na [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]] e no [[Senado Federal do Brasil|Senado Federal]].<ref name=Congresso>{{citar web |url=http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/governo-fernando-henrique-cardoso-1995-2002-estabilidade-economica-e-democratizacao-das-politicas-sociais.htm|título=Governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002): Estabilidade econômica e democratização das políticas sociais|publicado=Uol|data=23 de novembro de 2006|acessodata=30 de janeiro de 2015}}</ref><ref name=Congresso-2>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/3/09/brasil/4.html|título=Líderes de FHC duvidam de base governista no Congresso |publicado=Folha de S. Paulo|data=9 de março de 1995|acessodata=30 de janeiro de 2015}}</ref> Durante uma sessão do plenário da câmara no primeiro ano de governo, parlamentares governistas chamaram a coalizão de "governo de colisão nacional", em referência ao que eles consideravam uma dificuldade em conseguir apoio para a aprovação das propostas do governo.<ref name=Congresso-2 /> Apesar disso, Fernando Henrique conseguiu aprovar com facilidade seus projetos, reformas constitucionais e conteve a oposição.<ref name=Congresso />
No primeiro mandato, o governo foi apoiado por uma coalizão formada por seis partidos ([[Partido da Social Democracia Brasileira|PSDB]], [[Movimento Democrático Brasileiro (1980)|PMDB]], [[Democratas (Brasil)|PFL]], [[Partido Trabalhista Brasileiro (1981)|PTB]], [[Progressistas|PPB]], [[Partido Liberal (1985)|PL]]), atingindo uma ampla maioria na [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]] e no [[Senado Federal do Brasil|Senado Federal]].<ref name=Congresso>{{citar web|url=http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/governo-fernando-henrique-cardoso-1995-2002-estabilidade-economica-e-democratizacao-das-politicas-sociais.htm|título=Governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002): Estabilidade econômica e democratização das políticas sociais|publicado=UOL|data=23-11-2006|acessodata=30-01-2015}}</ref><ref name=Congresso-2>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/3/09/brasil/4.html|título=Líderes de FHC duvidam de base governista no Congresso|publicado=Folha de S. Paulo|data=09-03-1995|acessodata=30-01-2015}}</ref> Durante uma sessão do plenário da câmara no primeiro ano de governo, parlamentares governistas chamaram a coalizão de "governo de colisão nacional", em referência ao que eles consideravam uma dificuldade em conseguir apoio para a aprovação das propostas do governo.<ref name=Congresso-2 /> Apesar disso, Fernando Henrique conseguiu aprovar com facilidade seus projetos, reformas constitucionais e conteve a oposição.<ref name=Congresso />


Após as [[Eleições gerais no Brasil em 1998|eleições gerais de 1998]], 400 dos 513 deputados federais e 70 dos 81 senadores eram filiados a partidos governistas.<ref>{{citar web|url=http://www.istoe.com.br/reportagens/28641_DE+OLHO+NA+CRISE|título=De olho na crise|publicado=Isto É|autor=Rachel Mello|data=3 de fevereiro de 1999|acessodata=30 de janeiro de 2015}}</ref> Durante o segundo mandato, teve maior dificuldade de governar devido à reorganização das oposições.<ref name=Congresso /> No [[Congresso Nacional Brasileiro|Congresso Nacional]], o [[Partido dos Trabalhadores]] (PT) liderou a oposição, articulando os movimentos sociais e sindicais de [[Esquerda política|esquerda]] e formando uma ampla frente de oposição parlamentar ([[Partido dos Trabalhadores|PT]], [[Partido Comunista do Brasil|PCdoB]], [[Partido Socialista Brasileiro (1985)|PSB]], [[Partido Democrático Trabalhista|PDT]], [[Partido Comunista Brasileiro|PCB]] e [[Cidadania (partido político)|PPS]]).<ref name=Congresso /> Entre as ações da oposição, destacou-se a [[Marcha dos 100 mil de Brasília em 1999|Marcha dos 100 mil de Brasília em agosto de 1999]], considerado o maior protesto contra seu governo.<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u50022.shtml|título=Maior protesto contra FHC reuniu 75 mil|publicado=Folha de S. Paulo|data=11 de junho de 2006|acessodata=30 de janeiro de 2015}}</ref> Apesar das críticas dos partidos de oposição às alianças políticas firmadas pelo governo, sua base parlamentar de apoio contribuiu para a estabilidade política, considerada um dos traços importantes de seu governo.<ref name=Congresso /><ref>{{citar web |url=http://noticias.uol.com.br/inter/reuters/2002/12/30/ult27u29971.jhtm|título=FHC deixa legado de estabilidade política para o paí|publicado=Uol|data=30 de dezembro de 2012|acessodata=30 de janeiro de 2015}}</ref>
Após as [[Eleições gerais no Brasil em 1998|eleições gerais de 1998]], 400 dos 513 deputados federais e 70 dos 81 senadores eram filiados a partidos governistas.<ref>{{citar web|url=http://www.istoe.com.br/reportagens/28641_DE+OLHO+NA+CRISE|título=De olho na crise|publicado=Isto É|autor=Rachel Mello|data=03-02-1999|acessodata=30-01-2015}}</ref> Durante o segundo mandato, teve maior dificuldade de governar devido à reorganização das oposições.<ref name=Congresso /> No [[Congresso Nacional Brasileiro|Congresso Nacional]], o [[Partido dos Trabalhadores]] (PT) liderou a oposição, articulando os movimentos sociais e sindicais de [[Esquerda política|esquerda]] e formando uma ampla frente de oposição parlamentar ([[Partido dos Trabalhadores|PT]], [[Partido Comunista do Brasil|PCdoB]], [[Partido Socialista Brasileiro (1985)|PSB]], [[Partido Democrático Trabalhista|PDT]], [[Partido Comunista Brasileiro|PCB]] e [[Cidadania (partido político)|PPS]]).<ref name=Congresso /> Entre as ações da oposição, destacou-se a [[Marcha dos 100 mil de Brasília em 1999|Marcha dos 100 mil de Brasília em agosto de 1999]], considerado o maior protesto contra seu governo.<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u50022.shtml|título=Maior protesto contra FHC reuniu 75 mil|publicado=Folha de S. Paulo|data=11-06-2006|acessodata=30-01-2015}}</ref> Apesar das críticas dos partidos de oposição às alianças políticas firmadas pelo governo, sua base parlamentar de apoio contribuiu para a estabilidade política, considerada um dos traços importantes de seu governo.<ref name=Congresso /><ref>{{citar web |url=http://noticias.uol.com.br/inter/reuters/2002/12/30/ult27u29971.jhtm|título=FHC deixa legado de estabilidade política para o paí|publicado=UOL|data=30-12-2002|acessodata=30-01-2015}}</ref>


=== Política energética ===
=== Política energética ===
A política energética buscou privatizar a geração e a distribuição de eletricidade, mantendo a transmissão como propriedade estatal.<ref name="PE">{{citar web|url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-69092002000300003&script=sci_arttext|título=O regime internacional de mudança climática e o Brasil|publicado=Scielo|autor=Eduardo Viola|data=Outubro de 2002|acessodata=4 de fevereiro de 2015}}</ref> Também procurou incrementar a geração termoelétrica (baseada em [[gás natural]]), quebrar o monopólio da [[Petrobrás]] na produção de petróleo, ocorrido com a sanção da [[Lei do Petróleo]],<ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9478.htm|título=Lei Nº 9.478, de 6 de agosto de 1997|publicado=Presidência da República|data=6 de agosto de 1997|acessodata=4 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150204074512/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9478.htm|arquivodata=2015-02-04|urlmorta=no}}</ref> e abrir novos campos petrolíferos pelo setor privado.<ref name="PE" /> A privatização da distribuição de energia elétrica ocorreu conforme programado pelo governo federal, mas contou com a resistência por parte de sindicatos e políticos nacionalistas.<ref name="PE" /> Mais de trinta empresas do setor foram privatizadas, sendo a [[Eletrobrás]] a maior empresa vendida.<ref>{{citar web|url=http://www.eletrobras.com.br/IN_Noticias_Assuntos/ocorridas.asp|título=Privatizações ocorridas|publicado=Eletrobrás|acessodata=4 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150204081236/http://www.eletrobras.com.br/IN_Noticias_Assuntos/ocorridas.asp|arquivodata=2015-02-04|urlmorta=no}}</ref> Na época, o governo argumentou que não havia recursos para expandir o setor e que a privatização tornava-se necessária.<ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,governo-vai-continuar-a-privatizar-setor-eletrico-diz-fhc,20010720p38884|título=Governo vai continuar a privatizar setor elétrico, diz FHC|publicado=O Estado de S. Paulo|data=20 de julho de 2001|acessodata=4 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150204084944/http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,governo-vai-continuar-a-privatizar-setor-eletrico-diz-fhc,20010720p38884|arquivodata=2015-02-04|urlmorta=no}}</ref>
A política energética buscou privatizar a geração e a distribuição de eletricidade, mantendo a transmissão como propriedade estatal.<ref name="PE">{{citar web|url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-69092002000300003&script=sci_arttext|título=O regime internacional de mudança climática e o Brasil|publicado=Scielo|autor=Eduardo Viola|data=Outubro de 2002|acessodata=04-02-2015}}</ref> Também procurou incrementar a geração termoelétrica (baseada em [[gás natural]]), quebrar o monopólio da [[Petrobrás]] na produção de petróleo, ocorrido com a sanção da [[Lei do Petróleo]],<ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9478.htm|título=Lei Nº 9.478, de 6 de agosto de 1997|publicado=Presidência da República|data=06-08-1997|acessodata=04-02-2015|wayb=20150204074512|urlmorta=não}}</ref> e abrir novos campos petrolíferos pelo setor privado.<ref name="PE" /> A privatização da distribuição de energia elétrica ocorreu conforme programado pelo governo federal, mas contou com a resistência por parte de sindicatos e políticos nacionalistas.<ref name="PE" /> Mais de trinta empresas do setor foram privatizadas, sendo a [[Eletrobrás]] a maior empresa vendida.<ref>{{citar web|url=http://www.eletrobras.com.br/IN_Noticias_Assuntos/ocorridas.asp|título=Privatizações ocorridas|publicado=Eletrobrás|acessodata=04-02-2015|wayb=20150204081236|urlmorta=sim}}</ref> Na época, o governo argumentou que não havia recursos para expandir o setor e que a privatização tornava-se necessária.<ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,governo-vai-continuar-a-privatizar-setor-eletrico-diz-fhc,20010720p38884|título=Governo vai continuar a privatizar setor elétrico, diz FHC|publicado=O Estado de S. Paulo|data=20-07-2001|acessodata=04-02-2015|wayb=20150204084944|urlmorta=não}}</ref>


Comparado com o aumento crescente da demanda de consumo ocorrido no país, os investimentos no setor elétrico foram limitados.<ref name="PE" /> Esta situação ajudou a provocar uma crise de abastecimento de energia elétrica a partir de maio de 2001, que ficou conhecida como a "[[Crise do apagão]]".<ref name="PE" /><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/helioschwartsman/ult510u356043.shtml|título=O apagar de uma era ou o Iluminismo de FHC|publicado=Folha de S. Paulo|data=17 de maio de 2001|acessodata=4 de fevereiro de 2015}}</ref> Além da falta de investimentos em geração e distribuição de energia, a crise foi agravada pela falta de chuvas.<ref>{{citar web|url=http://www.opovo.com.br/app/opovo/dom/2015/01/24/noticiasjornaldom,3382161/a-crise-da-energia.shtml|título=A crise da energia|publicado=O Povo|autor=Teresa Fernandes|data=25 de janeiro de 2015|acessodata=4 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150204082028/http://www.opovo.com.br/app/opovo/dom/2015/01/24/noticiasjornaldom,3382161/a-crise-da-energia.shtml|arquivodata=2015-02-04|urlmorta=no}}</ref> Com a escassez de chuvas, o nível de água dos reservatórios das hidrelétricas baixou e os brasileiros foram obrigados a racionar energia.<ref>{{citar web|url=http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/da-falta-de-estrutura-fez-se-crise-do-apagao-no-brasil-do-inicio-do-seculo-xxi-9396417|título=Da falta de estrutura fez-se a 'crise do apagão' no Brasil do início do século XXI|publicado=O Globo|data=7 de agosto de 2013|acessodata=27 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150213124434/http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/da-falta-de-estrutura-fez-se-crise-do-apagao-no-brasil-do-inicio-do-seculo-xxi-9396417|arquivodata=2015-02-13|urlmorta=no}}</ref> A crise acabou afetando a economia causando prejuízos bilionários,<ref>{{citar web|url=http://www.gazetadopovo.com.br/apagaonobrasil/conteudo.phtml?id=943486|título=Apagão de 2001 deu prejuízo de R$ 54,2 bilhões|publicado=Gazeta do Povo|autor=Guilherme Voitch|data=12 de novembro de 2009|acessodata=4 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150204081002/http://www.gazetadopovo.com.br/apagaonobrasil/conteudo.phtml?id=943486|arquivodata=2015-02-04|urlmorta=no}}</ref> e consequentemente provocou uma queda na popularidade de Fernando Henrique.<ref>{{citar web|url=http://infoener.iee.usp.br/infoener/hemeroteca/imagens/49816.htm|título=Crise energética afeta popularidade de FHC|publicado=O Estado de S. Paulo|autor=Renato Andrade|data=30 de maio de 2001|acessodata=4 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150204073719/http://infoener.iee.usp.br/infoener/hemeroteca/imagens/49816.htm|arquivodata=2015-02-04|urlmorta=no}}</ref>
Comparado com o aumento crescente da demanda de consumo ocorrido no país, os investimentos no setor elétrico foram limitados.<ref name="PE" /> Esta situação ajudou a provocar uma crise de abastecimento de energia elétrica a partir de maio de 2001, que ficou conhecida como a "[[Crise do apagão]]".<ref name="PE" /><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/helioschwartsman/ult510u356043.shtml|título=O apagar de uma era ou o Iluminismo de FHC|publicado=Folha de S. Paulo|data=17-05-2001|acessodata=04-02-2015}}</ref> Além da falta de investimentos em geração e distribuição de energia, a crise foi agravada pela falta de chuvas.<ref>{{citar web|url=http://www.opovo.com.br/app/opovo/dom/2015/01/24/noticiasjornaldom,3382161/a-crise-da-energia.shtml|título=A crise da energia|publicado=O Povo|autor=Teresa Fernandes|data=25-01-2015|acessodata=04-02-2015|wayb=20150204082028|urlmorta=sim}}</ref> Com a escassez de chuvas, o nível de água dos reservatórios das hidrelétricas baixou e os brasileiros foram obrigados a racionar energia.<ref>{{citar web|url=http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/da-falta-de-estrutura-fez-se-crise-do-apagao-no-brasil-do-inicio-do-seculo-xxi-9396417|título=Da falta de estrutura fez-se a 'crise do apagão' no Brasil do início do século XXI|publicado=O Globo|data=07-08-2013|acessodata=27-01-2015|wayb=20150213124434|urlmorta=não}}</ref> A crise acabou afetando a economia causando prejuízos bilionários,<ref>{{citar web|url=http://www.gazetadopovo.com.br/apagaonobrasil/conteudo.phtml?id=943486|título=Apagão de 2001 deu prejuízo de R$ 54,2 bilhões|publicado=Gazeta do Povo|autor=Guilherme Voitch|data=12-11-2009|acessodata=04-02-2015|wayb=20150204081002|urlmorta=sim}}</ref> e consequentemente provocou uma queda na popularidade de Fernando Henrique.<ref>{{citar web|url=http://infoener.iee.usp.br/infoener/hemeroteca/imagens/49816.htm|título=Crise energética afeta popularidade de FHC|publicado=O Estado de S. Paulo|autor=Renato Andrade|data=30-05-2001|acessodata=04-02-2015|wayb=20150204073719|urlmorta=sim}}</ref>


=== Política ambiental ===
=== Política ambiental ===
A política agrária do governo implantou assentamentos rurais e fortaleceu a [[agricultura familiar]].<ref>{{citar web|url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-20702003000200006&script=sci_arttext|título=A reforma agrária no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso|publicado=Scielo|autor=José de Souza Martins|data=Novembro de 2003|acessodata=3 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150203073435/http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-20702003000200006&script=sci_arttext|arquivodata=2015-02-03|urlmorta=no}}</ref> Neste sentido, foram criados o [[Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar]] (Pronaf), o Programa de Geração de Emprego e Renda Rural e a Previdência Rural.<ref>{{citar web|url=http://www.incra.gov.br/media/servicos/publicacao/outras_publicacoes/Compromisso%20de%20todos%20-%20Governo%20Fernando%20Henrique%20Cardoso.pdf|título=Reforma agrária: Compromisso de todos|publicado=Presidência da República|data=1997|acessodata=3 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150203072537/http://www.incra.gov.br/media/servicos/publicacao/outras_publicacoes/Compromisso%20de%20todos%20-%20Governo%20Fernando%20Henrique%20Cardoso.pdf|arquivodata=2015-02-03|urlmorta=no}}</ref> O governo acelerou o processo de assentamento de famílias de trabalhadores rurais sem-terra,<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u44443.shtml|título=Artigo: O legado de FHC e o Brasil de Lula|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Ted Goertzel|data=5 de janeiro de 2011|acessodata=3 de fevereiro de 2015}}</ref> assentando ao todo mais de um milhão de famílias.<ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI137176-EI1774,00-Governo+FHC+seria+o+que+mais+assentou+ate+hoje.html|título=Governo FHC seria o que mais assentou até hoje|publicado=Terra|primeiro=Aguirre|último=Talento|data=|acessodata=3 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150203073702/http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI137176-EI1774,00-Governo+FHC+seria+o+que+mais+assentou+ate+hoje.html|arquivodata=2015-02-03|urlmorta=no}}</ref> Durante seu mandato, foram criadas 145 [[terras indígenas]]<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/05/1276234-ritmo-de-concessao-de-terras-a-indigenas-e-o-menor-desde-fhc.shtml|título=Ritmo de concessão de terras a indígenas é o menor desde FHC|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Aguirre Talento|data=10 de maio de 2013|acessodata=3 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150203073212/http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/05/1276234-ritmo-de-concessao-de-terras-a-indigenas-e-o-menor-desde-fhc.shtml|arquivodata=2015-02-03|urlmorta=no}}</ref> e 81 [[unidades de conservação]].<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/brasil/dilma-nao-criou-nenhuma-nova-unidade-de-conservacao-na-amazonia-13479261|título=Dilma não criou nenhuma nova unidade de conservação na Amazônia|publicado=O Globo|autor=Catarina Alencastro|data=4 de agosto de 2014|acessodata=3 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150203080209/http://oglobo.globo.com/brasil/dilma-nao-criou-nenhuma-nova-unidade-de-conservacao-na-amazonia-13479261|arquivodata=2015-02-03|urlmorta=no}}</ref> Entre as iniciativas sancionadas, estão: a [[Lei de Crimes Ambientais|Lei da natureza]], que estabeleceu sanções penais e administrativas para crimes ambientais;<ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm|título=Lei Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998|publicado=Presidência da República|data=12 de fevereiro de 1998|acessodata=3 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150212154830/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm|arquivodata=2015-02-12|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://acritica.uol.com.br/especiais/FHC-Pai-real-referencia-ambiente_0_668333177.html|título=FHC, o 'Pai do real' é referência em meio ambiente|publicado=A crítica|data=22 de março de 2012|acessodata=3 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150203073503/http://acritica.uol.com.br/especiais/FHC-Pai-real-referencia-ambiente_0_668333177.html|arquivodata=2015-02-03|urlmorta=yes}}</ref> a lei 9.685, que institui o [[Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza]] (SNUC), responsável pela gestão das unidades de conservação;<ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm|título=Lei Nº 9.985, de 18 de julho de 2000|publicado=Presidência da República|data=18 de julho de 2000|acessodata=3 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150205221631/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9985.htm|arquivodata=2015-02-05|urlmorta=no}}</ref> e o [[Protocolo de Kyoto]].<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u6835.shtml|título=Fernando Henrique Cardoso assina o Protocolo de Kyoto|publicado=Folha de S. Paulo|data=23 de julho de 2002|acessodata=3 de fevereiro de 2015}}</ref>
A política agrária do governo implantou assentamentos rurais e fortaleceu a [[agricultura familiar]].<ref>{{citar web|url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-20702003000200006&script=sci_arttext|título=A reforma agrária no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso|publicado=Scielo|autor=José de Souza Martins|data=Novembro de 2003|acessodata=03-02-2015|wayb=20150203073435|urlmorta=não}}</ref> Neste sentido, foram criados o [[Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar]] (Pronaf), o Programa de Geração de Emprego e Renda Rural e a Previdência Rural.<ref>{{citar web|url=http://www.incra.gov.br/media/servicos/publicacao/outras_publicacoes/Compromisso%20de%20todos%20-%20Governo%20Fernando%20Henrique%20Cardoso.pdf|título=Reforma agrária: Compromisso de todos|publicado=Presidência da República|ano=1997|acessodata=03-02-2015|wayb=20150203072537|urlmorta=sim}}</ref> O governo acelerou o processo de assentamento de famílias de trabalhadores rurais sem-terra,<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u44443.shtml|título=Artigo: O legado de FHC e o Brasil de Lula|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Ted Goertzel|data=05-01-2011|acessodata=03-02-2015}}</ref> assentando ao todo mais de um milhão de famílias.<ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI137176-EI1774,00-Governo+FHC+seria+o+que+mais+assentou+ate+hoje.html|título=Governo FHC seria o que mais assentou até hoje|publicado=Terra|primeiro=Aguirre|último=Talento|ano=2003|acessodata=03-02-2015|wayb=20150203073702|urlmorta=sim}}</ref> Durante seu mandato, foram criadas 145 [[terras indígenas]]<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/05/1276234-ritmo-de-concessao-de-terras-a-indigenas-e-o-menor-desde-fhc.shtml|título=Ritmo de concessão de terras a indígenas é o menor desde FHC|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Aguirre Talento|data=10-05-2013|acessodata=03-02-2015|wayb=20150203073212|urlmorta=não}}</ref> e 81 [[unidades de conservação]].<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/brasil/dilma-nao-criou-nenhuma-nova-unidade-de-conservacao-na-amazonia-13479261|título=Dilma não criou nenhuma nova unidade de conservação na Amazônia|publicado=O Globo|autor=Catarina Alencastro|data=04-08-2014|acessodata=03-02-2015|wayb=20150203080209|urlmorta=não}}</ref> Entre as iniciativas sancionadas, estão: a [[Lei de Crimes Ambientais|Lei da natureza]], que estabeleceu sanções penais e administrativas para crimes ambientais;<ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm|título=Lei Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998|publicado=Presidência da República|data=12-02-1998|acessodata=03-02-2015|wayb=20150212154830|urlmorta=não}}</ref><ref>{{citar web|url=http://acritica.uol.com.br/especiais/FHC-Pai-real-referencia-ambiente_0_668333177.html|título=FHC, o 'Pai do real' é referência em meio ambiente|publicado=A crítica|data=22-03-2012|acessodata=03-02-2015|wayb=20150203073503|urlmorta=sim}}</ref> a lei 9.685, que institui o [[Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza]] (SNUC), responsável pela gestão das unidades de conservação;<ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm|título=Lei Nº 9.985, de 18 de julho de 2000|publicado=Presidência da República|data=18-07-2000|acessodata=03-02-2015|wayb=20150205221631|urlmorta=não}}</ref> e o [[Protocolo de Kyoto]].<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u6835.shtml|título=Fernando Henrique Cardoso assina o Protocolo de Kyoto|publicado=Folha de S. Paulo|data=23-07-2002|acessodata=03-02-2015}}</ref>


=== Opinião pública ===
=== Opinião pública ===
[[Imagem:Aprovação de Fernando Henrique Cardoso (1995-2003)-2.png|thumb|240px|Pesquisas de opinião pública sobre a aprovação do governo Fernando Henrique divulgadas pelo [[Datafolha]] entre março de 1995 a dezembro de 2002.]]
[[Imagem:Aprovação de Fernando Henrique Cardoso (1995-2003)-2.png|thumb|240px|Pesquisas de opinião pública sobre a aprovação do governo Fernando Henrique divulgadas pelo [[Datafolha]] entre março de 1995 a dezembro de 2002.]]


A aprovação do governo durante o primeiro mandato manteve-se na casa dos 40%.<ref name="Aprovação">{{citar web|url=http://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2002/12/1222326-fhc-encerra-mandato-com-reprovacao-maior-do-que-aprovacao.shtml|título=FHC encerra mandato com reprovação maior do que aprovação|obra=Datafolha|data=15 de dezembro de 2002|acessodata=9 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150131121918/http://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2002/12/1222326-fhc-encerra-mandato-com-reprovacao-maior-do-que-aprovacao.shtml|arquivodata=2015-01-31|urlmorta=no}}</ref> A maior taxa foi de 47%, registrada em dezembro de 1996, e o pior momento foi em junho daquele ano, quando era aprovado por 30% e reprovado por 25%.<ref name="Aprovação" />
A aprovação do governo durante o primeiro mandato manteve-se na casa dos 40%.<ref name="Aprovação">{{citar web|url=http://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2002/12/1222326-fhc-encerra-mandato-com-reprovacao-maior-do-que-aprovacao.shtml|título=FHC encerra mandato com reprovação maior do que aprovação|obra=Datafolha|data=15-12-2002|acessodata=09-01-2015|wayb=20150131121918|urlmorta=sim}}</ref> A maior taxa foi de 47%, registrada em dezembro de 1996, e o pior momento foi em junho daquele ano, quando era aprovado por 30% e reprovado por 25%.<ref name="Aprovação" />


No segundo mandato, teve uma reprovação maior do que aprovação em quase todo o período, variando de forma consistente.<ref name="Aprovação-2">{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/040401/p_040.html|título=Parece eletrocardiograma|obra=Veja|autor=Lia Abbud e Tatiana Chiari|data=4 de abril de 2001|acessodata=9 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090305114635/http://veja.abril.com.br/040401/p_040.html|arquivodata=2009-03-05|urlmorta=no}}</ref><ref name="Aprovação-3">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/05/1452344-aprovacao-de-dilma-tem-padrao-itamar-franco-diz-datafolha.shtml|título=Aprovação de Dilma tem padrão Itamar Franco, diz Datafolha|obra=Folha de S. Paulo|autor=Ricardo Mendonça|data=10 de maio de 2014|acessodata=9 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150131121902/http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/05/1452344-aprovacao-de-dilma-tem-padrao-itamar-franco-diz-datafolha.shtml|arquivodata=2015-01-31|urlmorta=no}}</ref> Em setembro de 1999, a aprovação foi de 13% e a reprovação de 56%.<ref name="Aprovação-5" /> Em julho de 2002, 31% aprovavam e 26% reprovavam.<ref name="Aprovação-5">{{citar web |url=http://media.folha.uol.com.br/datafolha/2013/05/02/aval_pres_15122002.pdf|título=Avaliação do governo FHC|obra=Datafolha|data=15 de dezembro de 2002|acessodata=9 de janeiro de 2015}}</ref> De acordo com uma pesquisa conduzida pelo [[Datafolha]], terminou o mandato aprovado por 26% e reprovado por 36%, superando a aprovação de [[José Sarney]] e [[Fernando Collor|Fernando Collor de Mello]], mas com popularidade menor do que [[Itamar Franco]] e do que a si próprio ao terminar o primeiro mandato.<ref name="Aprovação" />
No segundo mandato, teve uma reprovação maior do que aprovação em quase todo o período, variando de forma consistente.<ref name="Aprovação-2">{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/040401/p_040.html|título=Parece eletrocardiograma|obra=Veja|autor=Lia Abbud e Tatiana Chiari|data=04-04-2001|acessodata=09-01-2015|wayb=20090305114635|urlmorta=sim}}</ref><ref name="Aprovação-3">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/05/1452344-aprovacao-de-dilma-tem-padrao-itamar-franco-diz-datafolha.shtml|título=Aprovação de Dilma tem padrão Itamar Franco, diz Datafolha|obra=Folha de S. Paulo|autor=Ricardo Mendonça|data=10-05-2014|acessodata=09-01-2015|wayb=20150131121902|urlmorta=não}}</ref> Em setembro de 1999, a aprovação foi de 13% e a reprovação de 56%.<ref name="Aprovação-5" /> Em julho de 2002, 31% aprovavam e 26% reprovavam.<ref name="Aprovação-5">{{citar web |url=http://media.folha.uol.com.br/datafolha/2013/05/02/aval_pres_15122002.pdf|título=Avaliação do governo FHC|obra=Datafolha|data=15-12-2002|acessodata=09-01-2015}}</ref> De acordo com uma pesquisa conduzida pelo [[Datafolha]], terminou o mandato aprovado por 26% e reprovado por 36%, superando a aprovação de [[José Sarney]] e [[Fernando Collor|Fernando Collor de Mello]], mas com popularidade menor do que [[Itamar Franco]] e do que a si próprio ao terminar o primeiro mandato.<ref name="Aprovação" />


Ao deixar a presidência, uma pesquisa revelou que 35% dos eleitores consideravam que o país estava melhor do que antes do início do governo, enquanto que para 34% estava pior.<ref name="Aprovação" /> A pesquisa também indicou que as áreas mais aprovadas foram a saúde, educação, economia, controle da inflação e a área social.<ref name="Aprovação" /> Segundo a mesma pesquisa, os mais prejudicados pelo governo foram os trabalhadores, os setores da agricultura, comércio e serviços, e a indústria.<ref name="Aprovação" />
Ao deixar a presidência, uma pesquisa revelou que 35% dos eleitores consideravam que o país estava melhor do que antes do início do governo, enquanto que para 34% estava pior.<ref name="Aprovação" /> A pesquisa também indicou que as áreas mais aprovadas foram a saúde, educação, economia, controle da inflação e a área social.<ref name="Aprovação" /> Segundo a mesma pesquisa, os mais prejudicados pelo governo foram os trabalhadores, os setores da agricultura, comércio e serviços, e a indústria.<ref name="Aprovação" />
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[[Imagem:Inauguration of Luiz Inácio Lula da Silva in 2003.jpeg|thumb|esquerda|Posse de [[Luiz Inácio Lula da Silva]], em 1º de janeiro de 2003.]]
[[Imagem:Inauguration of Luiz Inácio Lula da Silva in 2003.jpeg|thumb|esquerda|Posse de [[Luiz Inácio Lula da Silva]], em 1º de janeiro de 2003.]]


Nas eleições de 2002, seu partido lança como candidato à presidência o senador por São Paulo [[José Serra]], um dos principais colaboradores do governo.<ref>{{citar web|url=http://www.portalpolitico.com.br/presidenciaveis.htm|título=Presidenciáveis|publicado=Portal Político|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150131200851/http://www.portalpolitico.com.br/presidenciaveis.htm|arquivodata=2015-01-31|urlmorta=no}}</ref> Todavia, saiu como vencedor no segundo turno do pleito o ex-sindicalista [[Luiz Inácio Lula da Silva|Luís Inácio Lula da Silva]], do [[Partido dos Trabalhadores|PT]], adversário político e crítico da política econômica do governo.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u41521.shtml |título=Após três eleições, Lula chega à Presidência da República|publicado=Folha de S. Paulo|data=27 de outubro de 2002|acessodata=31 de janeiro de 2015}}</ref> Para a transmissão do cargo, foi criado um chamado sistema de "governo de transição",<ref>{{citar web|url=http://www.observatoriouniversitario.org.br/documentos_de_trabalho/documentos_de_trabalho_10.pdf|título=Governo de Transição FHC-LULA: Constituição, funcionamento e resultados dos trabalhos realizados pela equipe do governo de transição FHC-Lula|publicado=Observatório Universitário|autor=Cátia C.Costa e Helenice Andrade|data=Junho de 2002|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150214171308/http://www.observatoriouniversitario.org.br/documentos_de_trabalho/documentos_de_trabalho_10.pdf|arquivodata=2015-02-14|urlmorta=no}}</ref> estabelecido através da Medida Provisória de número 76&nbsp;um modelo de partilhamento de pessoal e dados entre a antiga e a nova equipe que assumiria, contando inclusive com infraestrutura logística.<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/reuters/ult112u23595.shtml|título=Modelo de transição favorece biografia de FHC|publicado=Uol|autor=Isabel Versiani |data=27 de outubro de 2002 |acessodata=31 de janeiro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=10&newcod=172|título=Governo de transição|publicado=Cidades do Brasil|data=Setembro de 2002|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20071016225837/http://cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=10&newcod=172|arquivodata=2007-10-16|urlmorta=no}}</ref>
Nas eleições de 2002, seu partido lança como candidato à presidência o senador por São Paulo [[José Serra]], um dos principais colaboradores do governo.<ref>{{citar web|url=http://www.portalpolitico.com.br/presidenciaveis.htm|título=Presidenciáveis|publicado=Portal Político|acessodata=31 de janeiro de 2015|wayb=20150131200851|urlmorta=sim}}</ref> Todavia, saiu como vencedor no segundo turno do pleito o ex-sindicalista [[Luiz Inácio Lula da Silva|Luís Inácio Lula da Silva]], do [[Partido dos Trabalhadores|PT]], adversário político e crítico da política econômica do governo.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u41521.shtml|título=Após três eleições, Lula chega à Presidência da República|publicado=Folha de S. Paulo|data=27-10-2002|acessodata=31-01-2015}}</ref> Para a transmissão do cargo, foi criado um chamado sistema de "governo de transição",<ref>{{citar web|url=http://www.observatoriouniversitario.org.br/documentos_de_trabalho/documentos_de_trabalho_10.pdf|título=Governo de Transição FHC-LULA: Constituição, funcionamento e resultados dos trabalhos realizados pela equipe do governo de transição FHC-Lula|publicado=Observatório Universitário|autor=Cátia C.Costa e Helenice Andrade|data=Junho de 2002|acessodata=31-01-2015|wayb=20150214171308|urlmorta=não}}</ref> estabelecido através da Medida Provisória de número 76&nbsp;um modelo de partilhamento de pessoal e dados entre a antiga e a nova equipe que assumiria, contando inclusive com infraestrutura logística.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/reuters/ult112u23595.shtml|título=Modelo de transição favorece biografia de FHC|publicado=UOL|autor=Isabel Versiani|data=27-10-2002|acessodata=31-01-2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=10&newcod=172|título=Governo de transição|publicado=Cidades do Brasil|data=Setembro de 2002|acessodata=31-01-2015|wayb=20071016225837|urlmorta=sim}}</ref>


Fernando Henrique foi o primeiro civil eleito pelo voto direto que conseguiu terminar o mandato presidencial desde [[Juscelino Kubitschek]] e até aquele momento o [[Lista dos presidentes do Brasil por tempo no cargo|segundo presidente brasileiro que governou por mais tempo]], atrás apenas de [[Getúlio Vargas]].<ref>{{citar web|url=http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2010-10-03/em-121-anos-de-republica-brasil-elege-hoje-seu-36%C2%BA-presidente|título=Em 121 anos de República, Brasil elege hoje seu 36º presidente|publicado=Agência Brasil|autor=Iolando Lourenço e Ivan Richard|data=3 de outubro de 2010|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150214171415/http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2010-10-03/em-121-anos-de-republica-brasil-elege-hoje-seu-36%C2%BA-presidente|arquivodata=2015-02-14|urlmorta=no}}</ref> Em 1º de janeiro de 2003, transmitiu a presidência para [[Luiz Inácio Lula da Silva]], tornando-se o primeiro presidente democraticamente eleito a passar o cargo para outro igualmente eleito desde 1961.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0101200302.htm|título=Lula toma posse hoje como o 39º presidente do Brasil|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Plínio Fraga|data=1º de janeiro de 2003|acessodata=27 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150213125239/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0101200302.htm|arquivodata=2015-02-13|urlmorta=no}}</ref>
Fernando Henrique foi o primeiro civil eleito pelo voto direto que conseguiu terminar o mandato presidencial desde [[Juscelino Kubitschek]] e até aquele momento o [[Lista dos presidentes do Brasil por tempo no cargo|segundo presidente brasileiro que governou por mais tempo]], atrás apenas de [[Getúlio Vargas]].<ref>{{citar web|url=http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2010-10-03/em-121-anos-de-republica-brasil-elege-hoje-seu-36%C2%BA-presidente|título=Em 121 anos de República, Brasil elege hoje seu 36º presidente|publicado=Agência Brasil|autor=Iolando Lourenço e Ivan Richard|data=03-10-2010|acessodata=31-01-2015|wayb=20150214171415|urlmorta=não}}</ref> Em 1º de janeiro de 2003, transmitiu a presidência para [[Luiz Inácio Lula da Silva]], tornando-se o primeiro presidente democraticamente eleito a passar o cargo para outro igualmente eleito desde 1961.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0101200302.htm|título=Lula toma posse hoje como o 39º presidente do Brasil|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Plínio Fraga|data=01-01-2003|acessodata=27-01-2015|wayb=20150213125239|urlmorta=não}}</ref>


== Carreira acadêmica ==
== Carreira acadêmica ==
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[[Imagem:Posse de Fernando Henrique Cardoso na Academia Brasileira de Letras.jpg|thumb|Posse de Fernando Henrique na [[Academia Brasileira de Letras]], em setembro de 2013.]]
[[Imagem:Posse de Fernando Henrique Cardoso na Academia Brasileira de Letras.jpg|thumb|Posse de Fernando Henrique na [[Academia Brasileira de Letras]], em setembro de 2013.]]


Como sociólogo, escreveu obras importantes para a teoria do [[desenvolvimento econômico]] e [[desenvolvimento social|social]] e das [[relações internacionais]].<ref>{{citar web|url=http://www.portaldepaulinia.com.br/destaques/noticias-em-destaque/21650-fernando-henrique-cardoso-na-academia-brasileira-de-letras.html|título=Fernando Henrique Cardoso na Academia Brasileira de Letras|obra=Portal de Paulínia|data=30 de junho de 2013|acessodata=1º de março de 2015}}</ref> Participou dos grupos de estudos que resultaram na elaboração da [[Teoria da Dependência]], diferenciando-se da vertente [[marxista]] por sugerir que os países subdesenvolvidos deveriam se associar entre si e por ser contrário à tese de que os países do [[Terceiro Mundo|terceiro mundo]] só se desenvolveriam se tivessem uma [[revolução socialista]].<ref>{{citar web|url=http://www.cp2.g12.br/UAs/se/departamentos/sociologia/pespectiva_sociologica/Numero4/Artigos/tadzio.pdf|título=Subdesenvolvimento e dependência|autor=Tádzio Peters Coelho|acessodata=2 de março de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.youtube.com/watch?v=11rf5ZLP_I0|título=Teoria da Dependência|publicado=You Tube|data=10 de abril de 2014|acessodata=2 de março de 2015}}</ref>
Como sociólogo, escreveu obras importantes para a teoria do [[desenvolvimento econômico]] e [[desenvolvimento social|social]] e das [[relações internacionais]].<ref>{{citar web|url=http://www.portaldepaulinia.com.br/destaques/noticias-em-destaque/21650-fernando-henrique-cardoso-na-academia-brasileira-de-letras.html|título=Fernando Henrique Cardoso na Academia Brasileira de Letras|obra=Portal de Paulínia|data=30-06-2013|acessodata=01-03-2015|wayb=20150402164427|urlmorta=sim}}</ref> Participou dos grupos de estudos que resultaram na elaboração da [[Teoria da Dependência]], diferenciando-se da vertente [[marxista]] por sugerir que os países subdesenvolvidos deveriam se associar entre si e por ser contrário à tese de que os países do [[Terceiro Mundo|terceiro mundo]] só se desenvolveriam se tivessem uma [[revolução socialista]].<ref>{{citar web|url=http://www.cp2.g12.br/UAs/se/departamentos/sociologia/pespectiva_sociologica/Numero4/Artigos/tadzio.pdf|título=Subdesenvolvimento e dependência|autor=Tádzio Peters Coelho|acessodata=02-03-2015|wayb=20150403055825|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.youtube.com/watch?v=11rf5ZLP_I0|título=Teoria da Dependência|publicado=You Tube|data=10-04-2014|acessodata=02-03-2015}}</ref>


FHC é autor ou coautor de mais de vinte livros e de mais de cem artigos acadêmicos.<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/noticia/entretenimento/fernando-henrique-cardoso-e-eleito-membro-da-abl|título=Fernando Henrique Cardoso é eleito 'imortal' da ABL|publicado=Veja|data=27 de junho de 2013|acessodata=31 de janeiro de 2015}}</ref> Seus últimos trabalhos são voltados à análise de sua atuação como político e suas memórias, incluindo: ''A Arte da Política - a História que Vivi'' (2006);<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/220306/p_088.html|titulo=A arte de ser FHC|publicado=Veja|autor=Mario Sabino|data=22 de março de 2006|acessodata=31 de janeiro de 2015}}</ref> ''Cartas a um Jovem Político - para Construir um Brasil Melhor'' (2006);<ref>{{citar web|url=http://books.google.com.br/books/about/Cartas_a_Um_Jovem_Politico.html?hl=pt-BR&id=rMcMAAAAYAAJ&redir_esc=y |titulo=Cartas a Um Jovem Politico: Para Construir Um Pais Melhor|data=2006|acessodata=31 de janeiro de 2015}}</ref> ''Carta aos Brasileiros'' (2006);<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u83089.shtml|titulo=Leia íntegra da carta de FHC aos eleitores do PSDB|publicado=Folha de S. Paulo|data=7 de setembro de 2006|acessodata=31 de janeiro de 2015}}</ref> ''A Soma e o Resto: um Olhar Sobre a Vida aos 80 Anos'' (2011);<ref>{{citar web|url=http://livraria.folha.com.br/livros/biografias-e-memorias/soma-resto-fernando-henrique-cardoso-1173513.html|titulo=A Soma e o Resto|publicado=Livraria da Folha|acessodata=20 de fevereiro de 2015}}</ref> e ''O Improvável Presidente Do Brasil'' (2013).<ref>{{citar web|url=http://livraria.folha.com.br/livros/ciencia-politica/improvavel-presidente-brasil-fernando-henrique-1216977.html|titulo=O Improvável Presidente Do Brasil|publicado=Livraria da Folha|acessodata=20 de fevereiro de 2015}}</ref>
FHC é autor ou coautor de mais de vinte livros e de mais de cem artigos acadêmicos.<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/noticia/entretenimento/fernando-henrique-cardoso-e-eleito-membro-da-abl|título=Fernando Henrique Cardoso é eleito 'imortal' da ABL|publicado=Veja|data=27-06-2013|acessodata=31-01-2015}}</ref> Seus últimos trabalhos são voltados à análise de sua atuação como político e suas memórias, incluindo: ''A Arte da Política - a História que Vivi'' (2006);<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/220306/p_088.html|titulo=A arte de ser FHC|publicado=Veja|autor=Mario Sabino|data=22-03-2006|acessodata=31-01-2015|wayb=20071213112635|urlmorta=sim}}</ref> ''Cartas a um Jovem Político - para Construir um Brasil Melhor'' (2006);<ref>{{citar web|url=http://books.google.com.br/books/about/Cartas_a_Um_Jovem_Politico.html?hl=pt-BR&id=rMcMAAAAYAAJ&redir_esc=y|titulo=Cartas a Um Jovem Politico: Para Construir Um Pais Melhor|editora=Alegro|local=São Paulo|ano=2006|acessodata=31-01-2015}}</ref> ''Carta aos Brasileiros'' (2006);<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u83089.shtml|titulo=Leia íntegra da carta de FHC aos eleitores do PSDB|publicado=Folha de S. Paulo|data=07-09-2006|acessodata=31-01-2015}}</ref> ''A Soma e o Resto: um Olhar Sobre a Vida aos 80 Anos'' (2011);<ref>{{citar web|url=http://livraria.folha.com.br/livros/biografias-e-memorias/soma-resto-fernando-henrique-cardoso-1173513.html|titulo=A Soma e o Resto|publicado=Livraria da Folha|acessodata=20-02-2015|wayb=20150221044856|urlmorta=sim}}</ref> e ''O Improvável Presidente Do Brasil'' (2013).<ref>{{citar web|url=http://livraria.folha.com.br/livros/ciencia-politica/improvavel-presidente-brasil-fernando-henrique-1216977.html|titulo=O Improvável Presidente Do Brasil|publicado=Livraria da Folha|acessodata=20-02-2015|wayb=20131211142755|urlmorta=sim}}</ref>


Desde 1978, recebeu 29 títulos de doutor ''[[honoris causa]]'' de universidades brasileiras e estrangeiras.<ref name="Honoris causa">{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2013/12/04/homenagens-em-casa-fazem-lula-se-aproximar-de-fhc-em-numero-de-titulos-honoris-causa.htm|título=Homenagens "em casa" deixam Lula a três títulos honoris causa de FHC|publicado=Uol|autor=Wellington Ramalhoso|data=4 de dezembro de 2013|acessodata=1º de fevereiro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/lula-ganha-6-honoris-causa-e-pode-receber-mais-55-titulos,8ccdcc00a90ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html|título=Lula ganha 6º honoris causa e pode receber mais 55 títulos|publicado=Terra |data=20 de setembro de 2011|acessodata=1º de fevereiro de 2015}}</ref> Entre 1982 a 1986, foi presidente da [[Associação Internacional de Sociologia]] (AIS).<ref>{{citar web|url=http://www.isa-sociology.org/journeys-through-sociology/|título=Journeys through Sociology|publicado=International Sociological Association|acessodata=2 de março de 2015}}</ref> Também recebeu diversos outros prêmios e honrarias por sua carreira acadêmica,<ref>{{citar web|url=http://www.todamateria.com.br/fernando-henrique-cardoso/|título=Fernando Henrique Cardoso|publicado=Toda Matéria|acessodata=1º de março de 2015}}</ref> dos quais incluem: o [[Prêmio Kluge|prêmio John W. Kluge]], concedido a intelectuais da área de [[Ciências Humanas]] pela [[Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos]].<ref name="Prêmio John W. Kluge">{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/fhc-recebe-premio-de-us-1-mi-da-biblioteca-do-congresso-dos-eua,e92d0a43aa1da310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html|título=FHC recebe prêmio de US$ 1 mi da Biblioteca do Congresso dos EUA|publicado=Terra|data=11 de julho de 2012|acessodata=2 de fevereiro de 2015}}</ref><ref>{{citar web |url=http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2012-07-08/fernando-henrique-recebe-terca-feira-premio-da-biblioteca-do-congresso-americano|título=Fernando Henrique recebe terça-feira prêmio da Biblioteca do Congresso americano|publicado=Agência Brasil|autor=Gilberto Costa|data=8 de julho de 2012|acessodata=2 de fevereiro de 2015}}</ref> foi eleito em 2008 através de uma votação feita pela internet e organizada pela revista britânica ''[[Revista Prospect|Prospect]]'' um dos cem maiores intelectuais ainda vivos;<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/04/080424_fhcintelectualprospect_np.shtml|título=FHC entra em lista de 100 maiores intelectuais do mundo|obra=BBC Brasil|data=24 de abril de 2008|acessodata=9 de janeiro de 2015}}</ref> e foi escolhido em 2009 o décimo primeiro "pensador global" na lista dos cem maiores pensadores da revista ''[[Foreign Policy]]''.<ref name="Foreign Policy">{{citar web|url=http://rollingstone.uol.com.br/noticia/fernando-henrique-cardoso-e-11-maior-pensador-de-2009/|título=Fernando Henrique Cardoso é 11º maior pensador de 2009|obra=Rolling Stone|data=9 de dezembro de 2009|acessodata=2 de fevereiro de 2015}}</ref>
Desde 1978, recebeu 29 títulos de doutor ''[[honoris causa]]'' de universidades brasileiras e estrangeiras.<ref name="Honoris causa">{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2013/12/04/homenagens-em-casa-fazem-lula-se-aproximar-de-fhc-em-numero-de-titulos-honoris-causa.htm|título=Homenagens "em casa" deixam Lula a três títulos honoris causa de FHC|publicado=Uol|autor=Wellington Ramalhoso|data=04-12-2013|acessodata=01-02-2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/lula-ganha-6-honoris-causa-e-pode-receber-mais-55-titulos,8ccdcc00a90ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html|título=Lula ganha 6º honoris causa e pode receber mais 55 títulos|publicado=Terra|data=20-09-2011|acessodata=01-02-2015}}</ref> Entre 1982 a 1986, foi presidente da [[Associação Internacional de Sociologia]] (AIS).<ref>{{citar web|url=http://www.isa-sociology.org/journeys-through-sociology/|título=Journeys through Sociology|publicado=International Sociological Association|acessodata=02-03-2015}}</ref> Também recebeu diversos outros prêmios e honrarias por sua carreira acadêmica,<ref>{{citar web|url=http://www.todamateria.com.br/fernando-henrique-cardoso/|título=Fernando Henrique Cardoso|publicado=Toda Matéria|acessodata=01-03-2015}}</ref> dos quais incluem: o [[Prêmio Kluge|prêmio John W. Kluge]], concedido a intelectuais da área de [[Ciências Humanas]] pela [[Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos]].<ref name="Prêmio John W. Kluge">{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/fhc-recebe-premio-de-us-1-mi-da-biblioteca-do-congresso-dos-eua,e92d0a43aa1da310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html|título=FHC recebe prêmio de US$ 1 mi da Biblioteca do Congresso dos EUA|publicado=Terra|data=11-07-2012|acessodata=02-02-2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2012-07-08/fernando-henrique-recebe-terca-feira-premio-da-biblioteca-do-congresso-americano|título=Fernando Henrique recebe terça-feira prêmio da Biblioteca do Congresso americano|publicado=Agência Brasil|autor=Gilberto Costa|data=08-07-2012|acessodata=02-02-2015}}</ref> foi eleito em 2008 através de uma votação feita pela internet e organizada pela revista britânica ''[[Revista Prospect|Prospect]]'' um dos cem maiores intelectuais ainda vivos;<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/04/080424_fhcintelectualprospect_np.shtml|título=FHC entra em lista de 100 maiores intelectuais do mundo|obra=BBC Brasil|data=24-04-2008|acessodata=09-01-2015}}</ref> e foi escolhido em 2009 o décimo primeiro "pensador global" na lista dos cem maiores pensadores da revista ''[[Foreign Policy]]''.<ref name="Foreign Policy">{{citar web|url=http://rollingstone.uol.com.br/noticia/fernando-henrique-cardoso-e-11-maior-pensador-de-2009/|título=Fernando Henrique Cardoso é 11º maior pensador de 2009|obra=Rolling Stone|data=09-12-2009|acessodata=02-02-2015}}</ref>


Em 27 de junho de 2013, foi eleito para a [[Academia Brasileira de Letras]] (ABL) após ter concorrido com dez candidatos: Felisbelo da Silva, J.R. Guedes de Oliveira, Gildasio Santos Bezerra, Jeff Thomas, Carlos Magno de Melo, Eloi Ghio, Diego Mendes Sousa, Alvaro Corrêa de Oliveira, José William Vavruk e Arlindo Vicentine.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/06/1302405-fernando-henrique-confirma-favoritismo-e-e-eleito-para-a-academia-brasileira-de-letras.shtml|título=Fernando Henrique confirma favoritismo e é eleito para a Academia Brasileira de Letras|publicado=Folha de S. Paulo|data=27 de junho de 2013|acessodata=1º de fevereiro de 2015}}</ref> O sociólogo recebeu 34 votos dos 39 possíveis e passou a ocupar a cadeira 36, que havia sido aberta com a morte do jornalista [[João de Scantimburgo]].<ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/fhc-e-eleito-novo-membro-da-academia-brasileira-de-letras,8610b78c2b28f310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html |título=FHC é eleito novo membro da Academia Brasileira de Letras|publicado=Terra|data=27 de junho de 2013|acessodata=1º de fevereiro de 2015}}</ref> Fernando Henrique foi o terceiro ex-presidente brasileiro eleito para ABL, de onde também fizeram parte os ex-presidentes [[Getúlio Vargas]] e [[José Sarney]].<ref>{{citar web|url=http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/agenciabrasil/noticia/2013-09-10/fernando-henrique-toma-posse-como-membro-da-academia-brasileira-de-letras|título=Fernando Henrique toma posse como membro da Academia Brasileira de Letras|publicado=Agência Brasil|autor=Cristina Indio do Brasil|data=10 de setembro de 2013|acessodata=1º de fevereiro de 2015}}</ref>
Em 27 de junho de 2013, foi eleito para a [[Academia Brasileira de Letras]] (ABL) após ter concorrido com dez candidatos: Felisbelo da Silva, J.R. Guedes de Oliveira, Gildasio Santos Bezerra, Jeff Thomas, Carlos Magno de Melo, Eloi Ghio, Diego Mendes Sousa, Alvaro Corrêa de Oliveira, José William Vavruk e Arlindo Vicentine.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/06/1302405-fernando-henrique-confirma-favoritismo-e-e-eleito-para-a-academia-brasileira-de-letras.shtml|título=Fernando Henrique confirma favoritismo e é eleito para a Academia Brasileira de Letras|publicado=Folha de S. Paulo|data=27-06-2013|acessodata=01-02-2015}}</ref> O sociólogo recebeu 34 votos dos 39 possíveis e passou a ocupar a cadeira 36, que havia sido aberta com a morte do jornalista [[João de Scantimburgo]].<ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/fhc-e-eleito-novo-membro-da-academia-brasileira-de-letras,8610b78c2b28f310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html|título=FHC é eleito novo membro da Academia Brasileira de Letras|publicado=Terra|data=27-06-2013|acessodata=01-02-2015}}</ref> Fernando Henrique foi o terceiro ex-presidente brasileiro eleito para ABL, de onde também fizeram parte os ex-presidentes [[Getúlio Vargas]] e [[José Sarney]].<ref>{{citar web|url=http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/agenciabrasil/noticia/2013-09-10/fernando-henrique-toma-posse-como-membro-da-academia-brasileira-de-letras|título=Fernando Henrique toma posse como membro da Academia Brasileira de Letras|publicado=Agência Brasil|autor=Cristina Indio do Brasil|data=10-09-2013|acessodata=01-02-2015}}</ref>


== Vida pessoal ==
== Vida pessoal ==
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[[Imagem:Fernando Henrique Cardoso e Ruth Cardoso durante solenidade do Ministério da Defesa.jpg|thumb|O presidente Fernando Henrique e a primeira-dama [[Ruth Cardoso]] durante evento do Ministério da Defesa.]]
[[Imagem:Fernando Henrique Cardoso e Ruth Cardoso durante solenidade do Ministério da Defesa.jpg|thumb|O presidente Fernando Henrique e a primeira-dama [[Ruth Cardoso]] durante evento do Ministério da Defesa.]]


Em 1951, enquanto estudava Ciências Sociais na USP, conheceu [[Ruth Cardoso|Ruth Corrêa Leite]], que estudava [[filosofia]].<ref>{{Citar web|url=http://educacao.uol.com.br/biografias/ruth-cardoso.jhtm|título=Ruth Cardoso|publicado=Uol|acessadoem=7 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150108084747/http://educacao.uol.com.br/biografias/ruth-cardoso.jhtm|arquivodata=2015-01-08|urlmorta=no}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.terra.com.br/istoegente/edicoes/461/artigo94389-1.htm|título=Ruth Cardoso morre aos 77 anos|publicado=Terra|obra=Isto É|acessadoem=7 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150108084627/http://www.terra.com.br/istoegente/edicoes/461/artigo94389-1.htm|arquivodata=2015-01-08|urlmorta=no}}</ref> Casaram-se em 1953 e tiveram três filhos juntos: Paulo Henrique (1954), Luciana (1958) e Beatriz (1960).<ref name= LEO>LEONI, Brigitte Hersant. ''Fernando Henrique Cardoso: o Brasil do possível'' 1ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. 360&nbsp;pp. {{ISBN|85-209-0824-1}}.</ref> Ruth fez [[doutorado]] em [[antropologia]] pela [[Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo]],<ref name=Ruth-2>{{Citar web |url= http://www.centroruthcardoso.org.br/_shared%5Cfiles%5Ccrc_noticiario%5Canx%5C20100601115352_25-06-08-zzx.pdf |título= Reportagem especial: Morre Ruth Cardoso|publicado=Centro Ruth Cardoso|obra=Zero Hora|data=25 de junho de 2008|acessadoem=8 de janeiro de 2015}}</ref> e lecionou nas universidades do [[Universidade do Chile |Chile]], [[Universidade da Califórnia em Berkeley|Berkeley]] e [[Universidade Columbia|Columbia]].<ref name= Ruth-2 /><ref name=Ruth-3>{{Citar web |url= http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL612980-5601,00.html |título= Ex-primeira-dama Ruth Cardoso morre em São Paulo |publicado= Globo |obra= G1 |data= 24 de junho de 2008 |acessadoem= 8 de janeiro de 2015 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20150108084030/http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL612980-5601,00.html |arquivodata= 2015-01-08 |urlmorta= no }}</ref> Ela publicou livros e artigos no Brasil e no exterior sobre cultura e política.<ref>{{Citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI2969989-EI306,00-Conheca+a+trajetoria+de+Ruth+Cardoso.html|título=Conheça a trajetória de Ruth Cardoso|publicado=Terra|data=24 de junho de 2008|acessadoem=8 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150108084003/http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI2969989-EI306,00-Conheca+a+trajetoria+de+Ruth+Cardoso.html|arquivodata=2015-01-08|urlmorta=no}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.ifhc.org.br/ruth-cardoso/vida/|título=Vida e obra de Ruth Cardoso|publicado=Instituto Fernando Henrique Cardoso|acessadoem=8 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150108093831/http://www.ifhc.org.br/ruth-cardoso/vida/|arquivodata=2015-01-08|urlmorta=no}}</ref>
Em 1951, enquanto estudava Ciências Sociais na USP, conheceu [[Ruth Cardoso|Ruth Corrêa Leite]], que estudava [[filosofia]].<ref>{{Citar web|url=http://educacao.uol.com.br/biografias/ruth-cardoso.jhtm|título=Ruth Cardoso|publicado=UOL|acessodata=07-01-2015|wayb=20150108084747|urlmorta=não}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.terra.com.br/istoegente/edicoes/461/artigo94389-1.htm|título=Ruth Cardoso morre aos 77 anos|publicado=Terra|obra=Isto É|acessodata=07-01-2015|wayb=20150108084627|urlmorta=sim}}</ref> Casaram-se em 1953 e tiveram três filhos juntos: Paulo Henrique (1954), Luciana (1958) e Beatriz (1960).<ref name= LEO>LEONI, Brigitte Hersant. ''Fernando Henrique Cardoso: o Brasil do possível'' 1ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. 360&nbsp;pp. {{ISBN|85-209-0824-1}}.</ref> Ruth fez [[doutorado]] em [[antropologia]] pela [[Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo]],<ref name=Ruth-2>{{Citar web|url=http://www.centroruthcardoso.org.br/_shared%5Cfiles%5Ccrc_noticiario%5Canx%5C20100601115352_25-06-08-zzx.pdf|título= Reportagem especial: Morre Ruth Cardoso|publicado=Centro Ruth Cardoso|obra=Zero Hora|data=25-06-2008|acessodata=08-01-2015|wayb=20101222182457|urlmorta=sim}}</ref> e lecionou nas universidades do [[Universidade do Chile |Chile]], [[Universidade da Califórnia em Berkeley|Berkeley]] e [[Universidade Columbia|Columbia]].<ref name= Ruth-2 /><ref name=Ruth-3>{{Citar web|url=http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL612980-5601,00.html|título=Ex-primeira-dama Ruth Cardoso morre em São Paulo|publicado=Globo|obra=G1|data=24-08-2008|acessodata=08-01-2015|wayb=20150108084030|urlmorta=não}}</ref> Ela publicou livros e artigos no Brasil e no exterior sobre cultura e política.<ref>{{Citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI2969989-EI306,00-Conheca+a+trajetoria+de+Ruth+Cardoso.html|título=Conheça a trajetória de Ruth Cardoso|publicado=Terra|data=24-06-2008|acessodata=08-01-2015|wayb=20150108084003|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.ifhc.org.br/ruth-cardoso/vida/|título=Vida e obra de Ruth Cardoso|publicado=Instituto Fernando Henrique Cardoso|acessodata=08-01-2015|wayb=20150108093831|urlmorta=sim}}</ref>


Quando Fernando Henrique entrou para a política, Ruth discordou da decisão,<ref name=Ruth-5>{{Citar web|url=http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/dica-de-leitura/reportagem-imperdivel-da-revista-bravo-fhc-fala-de-sua-longa-relacao-com-dona-ruth-ela-me-ensinou-muito-de-seu-valor-intelectual-do-papel-da-mulher-em-sua-vida-e-nao-deixa-de-abordar-ne/|título=Reportagem imperdível da revista Bravo!: FHC fala de sua longa relação com Dona Ruth — “ela me ensinou muito” –, de seu valor intelectual, de sua obra, do papel da mulher em sua vida. E não deixa de abordar nem infidelidade conjugal|publicado=Abril|obra=Veja|prenome=Ricardo|sobrenome=Setti|data=29 de dezembro de 2013|acessadoem=8 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140307091642/http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/dica-de-leitura/reportagem-imperdivel-da-revista-bravo-fhc-fala-de-sua-longa-relacao-com-dona-ruth-ela-me-ensinou-muito-de-seu-valor-intelectual-do-papel-da-mulher-em-sua-vida-e-nao-deixa-de-abordar-ne/|arquivodata=2014-03-07|urlmorta=no}}</ref> um vez que temia pela falta de privacidade da família, mas sempre dedicou-se nas campanhas do marido.<ref name="Ruth-5" /> Durante a presidência, ela não gostava de ser chamada pelo tratamento [[Consorte de político|primeira-dama]] por considerá-lo um "americanismo desnecessário".<ref name="Ruth-2" /> Ela manteve-se longe da mídia e continuou trabalhando.<ref name=Ruth-8>{{Citar web |url= http://veja.abril.com.br/260504/entrevista.html |título= Não tem modelito |publicado= Abril |obra= Veja |prenome= Alexandre |sobrenome= Oltramari |data= 26 de maio de 2004 |acessadoem= 8 de janeiro de 2015 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20150128094658/http://veja.abril.com.br/260504/entrevista.html |arquivodata= 2015-01-28 |urlmorta= no }}</ref> Neste período, comandou o [[Programa Comunidade Solidária]], criado para articular os trabalhos sociais do governo.<ref name=Ruth-4>{{Citar web |url= http://veja.abril.com.br/especiais/filantropia/p_042.html |título= As parcerias dão resultado |publicado= Abril |obra= Veja |data= 2001 |acessadoem= 8 de janeiro de 2015 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20150106045418/http://veja.abril.com.br/especiais/filantropia/p_042.html |arquivodata= 2015-01-06 |urlmorta= no }}</ref><ref name= Ruth-6>{{Citar web|url=http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/ESSO/Edicoes/33/artigo207641-2.asp|título=Ruth Cardoso: Uma vida entre livros e comunidades|publicado=UOL|obra=Ciência e Vida|prenome=Daniel Rodrigues|sobrenome=Aurélio|data=2001|acessadoem=8 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150108084420/http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/ESSO/Edicoes/33/artigo207641-2.asp|arquivodata=2015-01-08|urlmorta=no}}</ref>
Quando Fernando Henrique entrou para a política, Ruth discordou da decisão,<ref name=Ruth-5>{{Citar web|url=http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/dica-de-leitura/reportagem-imperdivel-da-revista-bravo-fhc-fala-de-sua-longa-relacao-com-dona-ruth-ela-me-ensinou-muito-de-seu-valor-intelectual-do-papel-da-mulher-em-sua-vida-e-nao-deixa-de-abordar-ne/|título=Reportagem imperdível da revista Bravo!: FHC fala de sua longa relação com Dona Ruth — “ela me ensinou muito” –, de seu valor intelectual, de sua obra, do papel da mulher em sua vida. E não deixa de abordar nem infidelidade conjugal|publicado=Abril|obra=Veja|prenome=Ricardo|sobrenome=Setti|data=29-12-2013|acessodata=08-01-2015|wayb=20140307091642|urlmorta=sim}}</ref> um vez que temia pela falta de privacidade da família, mas sempre dedicou-se nas campanhas do marido.<ref name="Ruth-5" /> Durante a presidência, ela não gostava de ser chamada pelo tratamento [[Consorte de político|primeira-dama]] por considerá-lo um "americanismo desnecessário".<ref name="Ruth-2" /> Ela manteve-se longe da mídia e continuou trabalhando.<ref name=Ruth-8>{{Citar web|url=http://veja.abril.com.br/260504/entrevista.html|título=Não tem modelito|publicado=Abril|obra=Veja|prenome=Alexandre|sobrenome=Oltramari|data=26-05-2004|acessodata=08-01-2015|wayb=20150128094658|urlmorta=sim}}</ref> Neste período, comandou o [[Programa Comunidade Solidária]], criado para articular os trabalhos sociais do governo.<ref name=Ruth-4>{{Citar web|url=http://veja.abril.com.br/especiais/filantropia/p_042.html|título=As parcerias dão resultado|publicado=Abril|obra=Veja|ano=2001|acessodata=08-01-2015|wayb=20150106045418|urlmorta=sim}}</ref><ref name= Ruth-6>{{Citar web|url=http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/ESSO/Edicoes/33/artigo207641-2.asp|título=Ruth Cardoso: Uma vida entre livros e comunidades|publicado=UOL|obra=Ciência e Vida|prenome=Daniel Rodrigues|sobrenome=Aurélio|ano=2001|acessodata=08-01-2015|wayb=20150108084420|urlmorta=sim}}</ref>


Em abril de 2000, a revista ''[[Caros Amigos]]'' publicou uma reportagem em que questionava o silêncio da imprensa brasileira sobre a suposição da jornalista [[Miriam Dutra]] ter um filho com o então presidente.<ref name= "Filho">{{Citar web|url=http://www.quatrocantos.com/lendas/117_filho_fhc.htm|título=Os filhos adulterinos de FHC|publicado=Quatro Cantos|acessadoem=8 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150108084132/http://www.quatrocantos.com/lendas/117_filho_fhc.htm|arquivodata=2015-01-08|urlmorta=no}}</ref> A reportagem identificou seu suposto filho como Tomás Dutra Schmidt, nascido em setembro de 1991.<ref name= "Filho" /> Quando Fernando Henrique concorreu à Presidência da República pela primeira vez, o caso extraconjugal passou a ser assediado pela imprensa.<ref name="Filho-2" /> Mirian mudou-se para a [[Europa]] e se manteve em silêncio para não prejudicá-lo politicamente.<ref name= "Filho-2" /> Ele colaborou financeiramente com o sustento de Tomás e encontrava-se com o filho.<ref name= "Filho-2" /> Em 2009, Fernando Henrique reconheceu juridicamente Tomás como seu filho, embora já houvesse reconhecido a paternidade.<ref name= "Filho-2">{{Citar web|url= http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1511200905.htm |título=FHC decide reconhecer oficialmente filho que teve há 18 anos com jornalista|publicado= Folha da manhã | obra = Folha de S. Paulo | prenome =Mônica | sobrenome = Bergamo|data=15 de novembro de 2009|acessadoem=8 de janeiro de 2015}}</ref> Em 2011, foram realizados dois testes de DNA que revelaram que Tomás não era seu filho biológico.<ref name="Filho-3">{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/934897-filho-de-reporter-da-globo-nao-e-de-fhc-revela-dna.shtml|título=Filho de repórter da Globo não é de FHC, revela DNA|publicado=Folha da manhã|obra=Folha de S. Paulo|prenome=Mônica|sobrenome=Bergamo|data=25 de junho de 2011|acessadoem=8 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150108084724/http://www1.folha.uol.com.br/poder/934897-filho-de-reporter-da-globo-nao-e-de-fhc-revela-dna.shtml|arquivodata=2015-01-08|urlmorta=no}}</ref> Entretanto, manteve o reconhecimento da paternidade.<ref name=Filho-4>{{Citar web |url= http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/e-o-filho-nao-era-de-fhc-mas-fhc-decide-que-o-filho-continuara-seu/ |título= E o filho não era de FHC, mas FHC decide que o filho continuará seu |publicado= Abril |obra= Veja |prenome= Reinaldo |sobrenome= Azevedo |data= 25 de junho de 2011 |acessadoem= 8 de janeiro de 2015 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20140709110723/http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/e-o-filho-nao-era-de-fhc-mas-fhc-decide-que-o-filho-continuara-seu/ |arquivodata= 2014-07-09 |urlmorta= no }}</ref>
Em abril de 2000, a revista ''[[Caros Amigos]]'' publicou uma reportagem em que questionava o silêncio da imprensa brasileira sobre a suposição da jornalista [[Miriam Dutra]] ter um filho com o então presidente.<ref name= "Filho">{{Citar web|url=http://www.quatrocantos.com/lendas/117_filho_fhc.htm|título=Os filhos adulterinos de FHC|publicado=Quatro Cantos|acessodata=08-01-2015|wayb=20150108084132|urlmorta=não}}</ref> A reportagem identificou seu suposto filho como Tomás Dutra Schmidt, nascido em setembro de 1991.<ref name= "Filho" /> Quando Fernando Henrique concorreu à Presidência da República pela primeira vez, o caso extraconjugal passou a ser assediado pela imprensa.<ref name="Filho-2" /> Mirian mudou-se para a [[Europa]] e se manteve em silêncio para não prejudicá-lo politicamente.<ref name= "Filho-2" /> Ele colaborou financeiramente com o sustento de Tomás e encontrava-se com o filho.<ref name= "Filho-2" /> Em 2009, Fernando Henrique reconheceu juridicamente Tomás como seu filho, embora já houvesse reconhecido a paternidade.<ref name= "Filho-2">{{Citar web|url= http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1511200905.htm|título=FHC decide reconhecer oficialmente filho que teve há 18 anos com jornalista|publicado=Folha da manhã|obra=Folha de S. Paulo|prenome=Mônica|sobrenome=Bergamo|data=15-01-2009|acessodata=08-01-2015}}</ref> Em 2011, foram realizados dois testes de DNA que revelaram que Tomás não era seu filho biológico.<ref name="Filho-3">{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/934897-filho-de-reporter-da-globo-nao-e-de-fhc-revela-dna.shtml|título=Filho de repórter da Globo não é de FHC, revela DNA|publicado=Folha da manhã|obra=Folha de S. Paulo|prenome=Mônica|sobrenome=Bergamo|data=25-06-2011|acessodata=08-01-2015|wayb=20150108084724|urlmorta=não}}</ref> Entretanto, manteve o reconhecimento da paternidade.<ref name=Filho-4>{{Citar web |url= http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/e-o-filho-nao-era-de-fhc-mas-fhc-decide-que-o-filho-continuara-seu/ |título= E o filho não era de FHC, mas FHC decide que o filho continuará seu|publicado=Abril|obra=Veja|prenome=Reinaldo|sobrenome=Azevedo|data=25-06-2011|acessodata=08-01-2015|wayb=20140709110723|urlmorta=não}}</ref>


Ruth Cardoso faleceu em 24 de junho de 2008 vítima de [[arritmia cardíaca]].<ref name=Ruth-7>{{Citar web |url= http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/nacional/ruth-cardoso-morre-aos-77-anos-em-sao-paulo-1.118869 |título= Ruth Cardoso morre aos 77 anos em São Paulo |publicado= Verdes mares |obra= Diário do Nordeste |data= 25 de junho de 2008 |acessadoem= 8 de janeiro de 2015 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20150108084605/http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/nacional/ruth-cardoso-morre-aos-77-anos-em-sao-paulo-1.118869 |arquivodata= 2015-01-08 |urlmorta= no }}</ref> Durante entrevista em dezembro de 2013, FHC declarou que ela ficou sabendo do caso extraconjugal com Mirian quando a história foi revelada.<ref name= "Ruth-5" /> Também contou que não pensou em separação, declarando:<ref name="Ruth-5" />
Ruth Cardoso faleceu em 24 de junho de 2008 vítima de [[arritmia cardíaca]].<ref name=Ruth-7>{{Citar web|url=http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/nacional/ruth-cardoso-morre-aos-77-anos-em-sao-paulo-1.118869|título=Ruth Cardoso morre aos 77 anos em São Paulo|publicado=Verdes mares|obra=Diário do Nordeste|data=25-06-2008|acessodata=08-01-2015|wayb=20150108084605|urlmorta=sim}}</ref> Durante entrevista em dezembro de 2013, FHC declarou que ela ficou sabendo do caso extraconjugal com Mirian quando a história foi revelada.<ref name= "Ruth-5" /> Também contou que não pensou em separação, declarando:<ref name="Ruth-5" />
{{Cquote|Posso afirmar igualmente que Ruth morreu numa ótima fase de nossa união. À semelhança de qualquer casal, atravessamos etapas de maior e menor cumplicidade. Até criar nossos filhos, nos conservamos bem próximos. Depois, houve certo distanciamento. E, nos últimos quinze anos, uma reaproximação intensa […].}}
{{Cquote|Posso afirmar igualmente que Ruth morreu numa ótima fase de nossa união. À semelhança de qualquer casal, atravessamos etapas de maior e menor cumplicidade. Até criar nossos filhos, nos conservamos bem próximos. Depois, houve certo distanciamento. E, nos últimos quinze anos, uma reaproximação intensa […].}}


Em 2011, começou a namorar com Patrícia Kuntrád.<ref name="Casamento">{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/02/1408165-fhc-oficializou-uniao-com-a-namorada-em-cerimonia-discreta.shtml|título=FHC oficializou união com a namorada em cerimônia discreta|publicado=Folha da manhã|obra=Folha de S. Paulo|prenome=Daniela|sobrenome=Lima|data=6 de fevereiro de 2014|acessodata=7 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150108084717/http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/02/1408165-fhc-oficializou-uniao-com-a-namorada-em-cerimonia-discreta.shtml|arquivodata=2015-01-08|urlmorta=no}}</ref> Patrícia nasceu em 1978 e o conheceu na Fundação Fernando Henrique Cardoso,<ref name="Casamento-3">{{Citar web|url=http://www.diariodopoder.com.br/noticias/aos-82-aos-fhc-se-casa-com-ex-funcionaria-em-sao-paulo/|título=Aos 82 anos, FHC se casa com ex-funcionária em São Paulo|publicado=Diário do Poder|prenome=Naira|sobrenome=Trindade|data=4 de fevereiro de 2014|acessadoem=7 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150108084447/http://www.diariodopoder.com.br/noticias/aos-82-aos-fhc-se-casa-com-ex-funcionaria-em-sao-paulo/|arquivodata=2015-01-08|urlmorta=no}}</ref> onde trabalhava como secretária-executiva.<ref name="Casamento-2">{{Citar web|url=http://www.istoe.com.br/reportagens/347003_A+NOVA+MULHER+DE+FHC|título=A nova mulher de FHC|publicado=IstoÉ|prenome=Mário|sobrenome=Simas Filho|data=7 de fevereiro de 2014|acessadoem=7 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150108093345/http://www.istoe.com.br/reportagens/347003_A+NOVA+MULHER+DE+FHC|arquivodata=2015-01-08|urlmorta=no}}</ref> Em fevereiro de 2014, eles oficializaram a união através de um contrato de [[união estável]] com separação de bens.<ref name="Casamento" />
Em 2011, começou a namorar com Patrícia Kuntrád.<ref name="Casamento">{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/02/1408165-fhc-oficializou-uniao-com-a-namorada-em-cerimonia-discreta.shtml|título=FHC oficializou união com a namorada em cerimônia discreta|publicado=Folha da manhã|obra=Folha de S. Paulo|prenome=Daniela|sobrenome=Lima|data=06-02-2014|acessodata=07-01-2015|wayb=20150108084717|urlmorta=não}}</ref> Patrícia nasceu em 1978 e o conheceu na Fundação Fernando Henrique Cardoso,<ref name="Casamento-3">{{Citar web|url=http://www.diariodopoder.com.br/noticias/aos-82-aos-fhc-se-casa-com-ex-funcionaria-em-sao-paulo/|título=Aos 82 anos, FHC se casa com ex-funcionária em São Paulo|publicado=Diário do Poder|prenome=Naira|sobrenome=Trindade|data=04-02-2014|acessodata=07-01-2015|wayb=20150108084447|urlmorta=não}}</ref> onde trabalhava como secretária-executiva.<ref name="Casamento-2">{{Citar web|url=http://www.istoe.com.br/reportagens/347003_A+NOVA+MULHER+DE+FHC|título=A nova mulher de FHC|publicado=IstoÉ|prenome=Mário|sobrenome=Simas Filho|data=07-02-2014|acessodata=07-01-2015|wayb=20150108093345|urlmorta=não}}</ref> Em fevereiro de 2014, eles oficializaram a união através de um contrato de [[união estável]] com separação de bens.<ref name="Casamento" />


=== Religião ===
=== Religião ===
Fernando Henrique é [[Agnosticismo|agnóstico]].<ref name="Religião">{{citar web|url=https://showyou.com/v/y-ZZcmGBRLNf8/fernado-henrique-cardoso-se-diz-agn%C3%B3stico-no-programa-manhattan?u=viayoutube|título=Fernado Henrique Cardoso se diz agnóstico no programa Manhattan Conection na globo news|publicado=Showyou|acessodata=8 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150208082346/https://showyou.com/v/y-ZZcmGBRLNf8/fernado-henrique-cardoso-se-diz-agn%C3%B3stico-no-programa-manhattan?u=viayoutube|arquivodata=2015-02-08|urlmorta=no}}</ref> Em uma entrevista ao [[GloboNews|Globo News]], em janeiro de 2014, declarou:<ref name="Religião" /> {{Cquote|[...] Eu não vou dizer que [Deus] existe ou não existe e eu respeito as religiões. Em certos momentos eu tenho até um sentimento que, digamos, transcendente. Eu sou uma pessoa que gosta de ritual, eu gosto das missas, mas não é só isso. Eu acho que em certos momentos você tem que ter algo que vá além do cotidiano.}}
Fernando Henrique é [[Agnosticismo|agnóstico]].<ref name="Religião">{{citar web|url=https://showyou.com/v/y-ZZcmGBRLNf8/fernado-henrique-cardoso-se-diz-agn%C3%B3stico-no-programa-manhattan?u=viayoutube|título=Fernado Henrique Cardoso se diz agnóstico no programa Manhattan Conection na globo news|publicado=Showyou|acessodata=08-02-2015|wayb=20150208082346|urlmorta=sim}}</ref> Em uma entrevista ao [[GloboNews|Globo News]], em janeiro de 2014, declarou:<ref name="Religião" /> {{Cquote|[...] Eu não vou dizer que [Deus] existe ou não existe e eu respeito as religiões. Em certos momentos eu tenho até um sentimento que, digamos, transcendente. Eu sou uma pessoa que gosta de ritual, eu gosto das missas, mas não é só isso. Eu acho que em certos momentos você tem que ter algo que vá além do cotidiano.}}


No último debate para a eleição municipal de São Paulo em 1985, [[Boris Casoy]] perguntou a FHC sobre sua crença em Deus, tendo como resposta de Cardoso que ele (Boris) "disse que não me faria" tal questionamento.<ref>{{Citar web|titulo=Folha de S.Paulo - Debate em 1985 afetou candidatura - 2/4/1994|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/4/02/brasil/17.html|obra=www1.folha.uol.com.br|acessodata=2019-02-26}}</ref> O episódio chegou a ser apontado como o responsável pela sua derrota para [[Jânio Quadros|Jânio]], o que em 1994, para a [[Folha de S.Paulo|Folha de S. Paulo]], Cardoso afirmou discordar ("Mas, sinceramente, não acredito que aquele episódio tenha pesado no resultado da eleição. A própria Tutu ([[Dirce Tutu Quadros|Tutu Quadros]], filha de Jânio), dizia que aquela eleição foi roubada"), explicando também que acreditava em Deus, já havendo dito isso em outras oportunidades, e que sua resposta foi no sentido de que aquele tema, por ser íntimo, não deveria entrar em pauta na ocasião.<ref>{{Citar web|titulo=Folha de S.Paulo - 'Acredito em Deus', diz Fernando Henrique - 2/4/1994|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/4/02/brasil/16.html|obra=www1.folha.uol.com.br|acessodata=2019-02-26}}</ref> Em 2006, também para a Folha, afirmou ouvir missa pela TV, possuir um rosário na cabeceira e que "a religião está fazendo falta".<ref>{{Citar web|titulo=Folha de S.Paulo - FHC diz que Lula é competitivo e que atraso comanda o PT - 08/08/2006|url=https://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u81141.shtml|obra=www1.folha.uol.com.br|acessodata=2019-02-26|data=|publicado=|ultimo=|primeiro=|citacao=FHC, que chegou a ser chamado de ateu, disse gosta de ir à missa. "Às vezes até ouço pela TV. Tenho um rosário na minha cabeceira. Acho que a religião está fazendo falta."}}</ref>
No último debate para a eleição municipal de São Paulo em 1985, [[Boris Casoy]] perguntou a FHC sobre sua crença em Deus, tendo como resposta de Cardoso que ele (Boris) "disse que não me faria" tal questionamento.<ref>{{Citar web|titulo=Debate em 1985 afetou candidatura|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/4/02/brasil/17.html|obra=Folha de S.Paulo|data=02/04/1994|acessodata=2019-02-26}}</ref> O episódio chegou a ser apontado como o responsável pela sua derrota para [[Jânio Quadros|Jânio]], o que em 1994, para a [[Folha de S.Paulo|Folha de S. Paulo]], Cardoso afirmou discordar ("Mas, sinceramente, não acredito que aquele episódio tenha pesado no resultado da eleição. A própria Tutu ([[Dirce Tutu Quadros|Tutu Quadros]], filha de Jânio), dizia que aquela eleição foi roubada"), explicando também que acreditava em Deus, já havendo dito isso em outras oportunidades, e que sua resposta foi no sentido de que aquele tema, por ser íntimo, não deveria entrar em pauta na ocasião.<ref>{{Citar web|titulo='Acredito em Deus', diz Fernando Henrique|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/4/02/brasil/16.html|obra=Folha de S.Paulo |data=02/04/1994|acessodata=2019-02-26}}</ref> Em 2006, também para a Folha, afirmou ouvir missa pela TV, possuir um rosário na cabeceira e que "a religião está fazendo falta".<ref>{{Citar web|titulo=FHC diz que Lula é competitivo e que atraso comanda o PT|url=https://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u81141.shtml|acessodata=2019-02-26|data=08/08/2006|obra=Folha de S.Paulo|citacao=FHC, que chegou a ser chamado de ateu, disse gosta de ir à missa. "Às vezes até ouço pela TV. Tenho um rosário na minha cabeceira. Acho que a religião está fazendo falta."}}</ref>


== Vida pós-presidência ==
== Vida pós-presidência ==
[[Imagem:Selo de FHC.jpg|thumb|Homenagem filatélica dos [[Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos|Correios]] para FHC.<ref>{{citar web |url=http://blog.correios.com.br/filatelia/homenagem-ao-presidente-fernando-henrique-cardoso/ |titulo=Homenagem ao Presidente Fernando Henrique Cardoso |publicado=Correio |acessodata=22 de fevereiro de 2015}}</ref> ]]
[[Imagem:Selo de FHC.jpg|thumb|Homenagem filatélica dos [[Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos|Correios]] para FHC.<ref>{{citar web|url=http://blog.correios.com.br/filatelia/homenagem-ao-presidente-fernando-henrique-cardoso/|titulo=Homenagem ao Presidente Fernando Henrique Cardoso|publicado=Correio|acessodata=22-02-2015|wayb=20150224221604|urlmorta=sim}}</ref> ]]
Após deixar a presidência, Fernando Henrique começou a ministrar palestras para empresários e intelectuais.<ref name="Palestras">{{citar web|url=http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT718526-1653,00.html|titulo=Fernando Henrique S/A|publicado=Época|data=24 de abril de 2004|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150207004542/http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT718526-1653,00.html|arquivodata=2015-02-07|urlmorta=no}}</ref> Em abril de 2004, as estimativas dos valores de suas palestras rondavam a casa dos 150 mil reais no Brasil e cinquenta mil dólares no exterior.<ref name="Palestras" /> Em fevereiro de 2013, a ''[[Folha de S.Paulo|Folha de S. Paulo]]'' e o [[R7]] fizeram a mesma estimativa.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/revista/saopaulo/2013/04/14/1262012-quero-ser-guru.shtml|titulo=Quero ser guru|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Letícia Mori|data=14 de abril de 2013|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150207005937/http://www1.folha.uol.com.br/revista/saopaulo/2013/04/14/1262012-quero-ser-guru.shtml|arquivodata=2015-02-07|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://noticias.r7.com/economia/fotos/personalidades-cobram-ate-r-250-mil-por-palestra-de-uma-hora-veja-caches-20130219-26.html#fotos|titulo=Personalidades cobram até R$ 250 mil por palestra de uma hora. Veja cachês|publicado=R7|data=9 de fevereiro de 2013|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150209063450/http://noticias.r7.com/economia/fotos/personalidades-cobram-ate-r-250-mil-por-palestra-de-uma-hora-veja-caches-20130219-26.html#fotos|arquivodata=2015-02-09|urlmorta=no}}</ref>
Após deixar a presidência, Fernando Henrique começou a ministrar palestras para empresários e intelectuais.<ref name="Palestras">{{citar web|url=http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT718526-1653,00.html|titulo=Fernando Henrique S/A|publicado=Época|data=24-04-2004|acessodata=31-01-2015|wayb=20150207004542|urlmorta=não}}</ref> Em abril de 2004, as estimativas dos valores de suas palestras rondavam a casa dos 150 mil reais no Brasil e cinquenta mil dólares no exterior.<ref name="Palestras" /> Em fevereiro de 2013, a ''[[Folha de S.Paulo|Folha de S. Paulo]]'' e o [[R7]] fizeram a mesma estimativa.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/revista/saopaulo/2013/04/14/1262012-quero-ser-guru.shtml|titulo=Quero ser guru|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Letícia Mori|data=14-04-2013|acessodata=31-01-2015|wayb=20150207005937|urlmorta=não}}</ref><ref>{{citar web|url=http://noticias.r7.com/economia/fotos/personalidades-cobram-ate-r-250-mil-por-palestra-de-uma-hora-veja-caches-20130219-26.html#fotos|titulo=Personalidades cobram até R$ 250 mil por palestra de uma hora. Veja cachês|publicado=R7|data=09-02-2013|acessodata=31-01-2015|wayb=20150209063450|urlmorta=sim}}</ref>


Fernando Henrique é membro das diretorias do [[Clube de Madrid]] e do ''[[Inter-American Dialogue]]''.<ref>{{citar web|url=http://www.clubmadrid.org/en/miembro/fernando_henrique_cardoso|titulo=Cardoso, Fernando Henrique|publicado=Club de Madri|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141112160948/http://www.clubmadrid.org/en/miembro/fernando_henrique_cardoso|arquivodata=2014-11-12|urlmorta=yes}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.thedialogue.org/members|titulo=Members|publicado=Inter-American Dialogue|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141208012540/http://www.thedialogue.org/Members|arquivodata=2014-12-08|urlmorta=no}}</ref> Também é membro consultivo da ''Clinton Global Initiative'',<ref>{{citar web|url=http://www.ube.org.br/biografias-detalhe.asp?ID=306|titulo=Fernando Henrique Cardoso|publicado=União Brasileira de Escritores|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150207013132/http://www.ube.org.br/biografias-detalhe.asp?ID=306|arquivodata=2015-02-07|urlmorta=no}}</ref> do ''Watson Institute for International Studies'' da [[Universidade de Brown]],<ref>{{citar web|url=http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/bjir/about/editorialTeamBio/1468|titulo=Fernando Henrique Cardoso|publicado=UNESP|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150207014848/http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/bjir/about/editorialTeamBio/1468|arquivodata=2015-02-07|urlmorta=no}}</ref> da ''United Nations Foundation'',<ref>{{citar web|url=http://www.cpflcultura.com.br/wp/palestrante/fernando-henrique-cardoso/|titulo=Fernando Henrique Cardoso|publicado=CPFL Cultura|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150207003727/http://www.cpflcultura.com.br/wp/palestrante/fernando-henrique-cardoso/|arquivodata=2015-02-07|urlmorta=no}}</ref> do [[Instituto de Estudos Avançados de Princeton]],<ref>{{citar web|url=http://www.encyclopedia.com/article-1G2-3072100036/cardoso-fernando-1931-fernando.html|titulo=Cardoso, Fernando 1931- (Fernando Henrique Cardoso)|publicado=Encyclopedia|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150207024842/http://www.encyclopedia.com/article-1G2-3072100036/cardoso-fernando-1931-fernando.html|arquivodata=2015-02-07|urlmorta=no}}</ref> da [[Fundação Rockefeller]] e do Centro da Diplomacia Pública da [[Universidade do Sul da Califórnia]].<ref>{{citar web|url=http://www.rockefellerfoundation.org/newsroom/thomas-j-healey-fernando-henrique|titulo=Thomas J. Healey and Fernando Henrique Cardoso join Rockefeller Foundation Board of Trustees|publicado=The Rockefeller Foundation|data=6 de maio de 2002|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150213035031/http://www.rockefellerfoundation.org/newsroom/thomas-j-healey-fernando-henrique|arquivodata=2015-02-13|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.aspenideas.org/speaker/fernando-henrique-cardoso|titulo=Fernando Henrique Cardoso|publicado=Aspen Ideas|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150213042134/http://www.aspenideas.org/speaker/fernando-henrique-cardoso|arquivodata=2015-02-13|urlmorta=no}}</ref> Foi presidente do conselho da [[Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo]].<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/cultura/fernando-henrique-cardoso-deixa-presidencia-do-conselho-da-osesp-8808642|titulo=Fernando Henrique Cardoso deixa a presidência do conselho da Osesp|publicado=O Globo|data=25 de junho de 2013|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150213040234/http://oglobo.globo.com/cultura/fernando-henrique-cardoso-deixa-presidencia-do-conselho-da-osesp-8808642|arquivodata=2015-02-13|urlmorta=no}}</ref> Em 2007, tornou-se membro do ''[[The Elders]]'', grupo idealizado naquele mesmo ano por [[Nelson Mandela]] que reúne líderes globais com o objetivo de promover a paz e a defesa dos direitos humanos.<ref name="iFHC">{{citar web|url=http://ultimosegundo.ig.com.br/os-60-mais-poderosos/fernando-henrique-cardoso/524b7150d1a6d49813000007.html|titulo=Os 60 mais poderosos|publicado=iG|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150207012830/http://ultimosegundo.ig.com.br/os-60-mais-poderosos/fernando-henrique-cardoso/524b7150d1a6d49813000007.html|arquivodata=2015-02-07|urlmorta=no}}</ref>
Fernando Henrique é membro das diretorias do [[Clube de Madrid]] e do ''[[Inter-American Dialogue]]''.<ref>{{citar web|url=http://www.clubmadrid.org/en/miembro/fernando_henrique_cardoso|titulo=Cardoso, Fernando Henrique|publicado=Club de Madri|acessodata=31-01-2015|wayb=20141112160948|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.thedialogue.org/members|titulo=Members|publicado=Inter-American Dialogue|acessodata=31 de janeiro de 2015|wayb=20141208012540|urlmorta=sim}}</ref> Também é membro consultivo da ''Clinton Global Initiative'',<ref>{{citar web|url=http://www.ube.org.br/biografias-detalhe.asp?ID=306|titulo=Fernando Henrique Cardoso|publicado=União Brasileira de Escritores|acessodata=31-01-2015|wayb=20150207013132|urlmorta=sim}}</ref> do ''Watson Institute for International Studies'' da [[Universidade de Brown]],<ref>{{citar web|url=http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/bjir/about/editorialTeamBio/1468|titulo=Fernando Henrique Cardoso|publicado=UNESP|acessodata=31-01-2015|wayb=20150207014848|urlmorta=sim}}</ref> da ''United Nations Foundation'',<ref>{{citar web|url=http://www.cpflcultura.com.br/wp/palestrante/fernando-henrique-cardoso/|titulo=Fernando Henrique Cardoso|publicado=CPFL Cultura|acessodata=31-01-2015|wayb=20150207003727|urlmorta=sim}}</ref> do [[Instituto de Estudos Avançados de Princeton]],<ref>{{citar web|url=http://www.encyclopedia.com/article-1G2-3072100036/cardoso-fernando-1931-fernando.html|titulo=Cardoso, Fernando 1931- (Fernando Henrique Cardoso)|publicado=Encyclopedia|acessodata=31-01-2015|wayb=20150207024842|urlmorta=não}}</ref> da [[Fundação Rockefeller]] e do Centro da Diplomacia Pública da [[Universidade do Sul da Califórnia]].<ref>{{citar web|url=http://www.rockefellerfoundation.org/newsroom/thomas-j-healey-fernando-henrique|titulo=Thomas J. Healey and Fernando Henrique Cardoso join Rockefeller Foundation Board of Trustees|publicado=The Rockefeller Foundation|data=06-05-2002|acessodata=31-01-2015|wayb=20150213035031|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.aspenideas.org/speaker/fernando-henrique-cardoso|titulo=Fernando Henrique Cardoso|publicado=Aspen Ideas|acessodata=31-01-2015|wayb=20150213042134|urlmorta=sim}}</ref> Foi presidente do conselho da [[Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo]].<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/cultura/fernando-henrique-cardoso-deixa-presidencia-do-conselho-da-osesp-8808642|titulo=Fernando Henrique Cardoso deixa a presidência do conselho da Osesp|publicado=O Globo|data=25-06-2013|acessodata=31-01-2015|wayb=20150213040234|urlmorta=não}}</ref> Em 2007, tornou-se membro do ''[[The Elders]]'', grupo idealizado naquele mesmo ano por [[Nelson Mandela]] que reúne líderes globais com o objetivo de promover a paz e a defesa dos direitos humanos.<ref name="iFHC">{{citar web|url=http://ultimosegundo.ig.com.br/os-60-mais-poderosos/fernando-henrique-cardoso/524b7150d1a6d49813000007.html|titulo=Os 60 mais poderosos|publicado=iG|acessodata=31-01-2015|wayb=20150207012830|urlmorta=sim}}</ref>


É colunista dos jornais ''[[O Estado de S. Paulo]]'', ''[[O Globo]]'' e ''[[Gazeta do Povo]]'', nos quais escreve mensalmente textos sobre a conjuntura política, econômica e as questões sociais no Brasil e no mundo.<ref>{{citar web|url=http://www.agenciaoglobo.com.br/ui/produtos/swf/produtos05.swf|titulo=Fernando Henrique Cardoso|publicado=Agência O Globo|data=7 de setembro de 2006|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150214082107/http://www.agenciaoglobo.com.br/ui/produtos/swf/produtos05.swf|arquivodata=2015-02-14|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.estadao.com.br/colunas/fernando-henrique-cardoso|titulo=Fernando Henrique Cardoso|publicado=O Estado de S. Paulo |acessodata=31 de janeiro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?id=1529850|titulo=Chegou a hora|publicado=Gazeta do Povo|autor=Fernando Henrique Cardoso|data=1º de fevereiro de 2015|acessodata=13 de fevereiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150214175619/http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?id=1529850|arquivodata=2015-02-14|urlmorta=no}}</ref> Também preside a [[Instituto Fernando Henrique Cardoso|Fundação Fernando Henrique Cardoso]] (FFHC), uma instituição ''[[think tank]]'' sem fins lucrativos que busca reunir sua obra bem como promover discussões sobre o país e a [[América]].<ref>{{citar web|url=http://www.terra.com.br/istoe-temp/edicoes/2086/imprime155104.htm|titulo=Portas fechadas|autor=Octávio Costa e Luiza Villaméa|acessodata=31 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150213041631/http://www.terra.com.br/istoe-temp/edicoes/2086/imprime155104.htm|arquivodata=2015-02-13|urlmorta=no}}</ref> Em 2010, ao escrever o prefácio da nova tradução de ''O Príncipe'', acabou por revelar como se viu na presidência da República como um líder realista que conduziu o país para um novo estágio de desenvolvimento.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Carlo|primeiro=Josnei Di|data=2018|titulo=Maquiavéis brasileiros: notas sobre leituras de Maquiavel no Brasil|url=https://www.academia.edu/37254665/Maquiavéis_brasileiros_notas_sobre_leituras_de_Maquiavel_no_Brasil|jornal=Tomo|acessodata=}}</ref>
É colunista dos jornais ''[[O Estado de S. Paulo]]'', ''[[O Globo]]'' e ''[[Gazeta do Povo]]'', nos quais escreve mensalmente textos sobre a conjuntura política, econômica e as questões sociais no Brasil e no mundo.<ref>{{citar web|url=http://www.agenciaoglobo.com.br/ui/produtos/swf/produtos05.swf|titulo=Fernando Henrique Cardoso|publicado=Agência O Globo|data=07-09-2006|acessodata=31-01-2015|wayb=20150214082107|urlmorta=não}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.estadao.com.br/colunas/fernando-henrique-cardoso|titulo=Fernando Henrique Cardoso|publicado=O Estado de S. Paulo|acessodata=31-01-2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?id=1529850|titulo=Chegou a hora|publicado=Gazeta do Povo|autor=Fernando Henrique Cardoso|data=01-02-2015|acessodata=13-02-2015|wayb=20150214175619|urlmorta=sim}}</ref> Também preside a [[Instituto Fernando Henrique Cardoso|Fundação Fernando Henrique Cardoso]] (FFHC), uma instituição ''[[think tank]]'' sem fins lucrativos que busca reunir sua obra bem como promover discussões sobre o país e a [[América]].<ref>{{citar web|url=http://www.terra.com.br/istoe-temp/edicoes/2086/imprime155104.htm|titulo=Portas fechadas|autor=Octávio Costa e Luiza Villaméa|acessodata=31-01-2015|wayb=20150213041631|urlmorta=sim}}</ref> Em 2010, ao escrever o prefácio da nova tradução de ''O Príncipe'', acabou por revelar como se viu na presidência da República como um líder realista que conduziu o país para um novo estágio de desenvolvimento.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Carlo|primeiro=Josnei Di|ano=2018|titulo=Maquiavéis brasileiros: notas sobre leituras de Maquiavel no Brasil|url=https://www.academia.edu/37254665/Maquiavéis_brasileiros_notas_sobre_leituras_de_Maquiavel_no_Brasil|jornal=Tomo}}</ref>


FHC é presidente de honra do [[Partido da Social Democracia Brasileira]] (PSDB) desde maio de 2001.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u20040.shtml |titulo=FHC é eleito novo presidente de honra do PSDB|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Ricardo Mignone|data=19 de maio de 2001|acessodata=13 de janeiro de 2015}}</ref> Desde que deixou a presidência, descartou qualquer candidatura a cargo público eletivo.<ref>{{Citar web |url=https://ultimosegundo.ig.com.br/os-60-mais-poderosos/fernando-henrique-cardoso/524b7150d1a6d49813000007.html |título=Os 60 mais poderosos do país |publicado=Ig |data= |acessodata=8 de dezembro de 2019}}</ref> Apoiou todas as candidaturas de seus correligionários à presidência do país, discursando em favor de José Serra (2002),<ref>{{Citar web |url=http://feeds.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0610200211.htm |título=FHC dá apoio a Serra, mas faz acenos a Lula |publicado=Folha de S. Paulo |autor=Eliane Cantanhêde e Kennedy Alencar |data=6 de outubro de 2006 |acessodata=8 de dezembro de 2019}}</ref> [[Geraldo Alckmin]] (2006),<ref>{{Citar web |url=http://g1.globo.com/Noticias/Eleicoes/0,,AA1252257-6282,00-FHC+COBRA+MAIS+AGRESSIVIDADE+DO+PSDB+NA+CAMPANHA+DE+ALCKMIN.html |título=FHC COBRA MAIS AGRESSIVIDADE DO PSDB NA CAMPANHA DE ALCKMIN |publicado=G1 |obra=Reuters |data=22 de agosto de 2006 |acessodata=8 de dezembro de 2019}}</ref> Serra (2010),<ref>{{Citar web |url=http://www.vermelho.org.br/noticia/127181-1 |título=Após polêmica, PSDB resolve incluir FHC em evento para Serra |publicado=Vermelho |data=6 de abril de 2010 |acessodata=8 de dezembro de 2019}}</ref> [[Aécio Neves]] (2014)<ref>{{Citar web |url=https://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/10/1527587-fhc-diz-que-vai-pedir-apoio-de-marina-para-aecio-no-2-turno.shtml |título=FHC diz que vai pedir apoio de Marina para Aécio no 2º turno |publicado=Folha de S. Paulo |autor=David Friedlander |data=5 de outubro de 2014 |acessodata=8 de dezembro de 2019}}</ref> e Alckmin (2018).<ref>{{Citar web |url=https://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2018/noticias/2018/10/02/fhc-diz-que-votara-em-alckmin-e-que-suposta-alianca-com-pt-e-fake-news.htm |título=FHC diz que votará em Alckmin e que suposta aliança com PT é "fake news" |publicado=Uol |data=2 de outubro de 2018 |acessodata=8 de dezembro de 2019}}</ref> Até 2014, Aécio foi o único presidenciável tucano a defender explicitamente o governo FHC.<ref>{{Citar web |url=https://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/10/26/mesmo-derrotado-aecio-supera-votacoes-de-alckmin-e-serra-e-perde-para-fhc.htm |título=Mesmo derrotado, Aécio supera votações de Alckmin e Serra e perde para FHC |publicado=Uol |data=26 de outubro de 2014 |acessodata=8 de dezembro de 2019}}</ref> Todos os candidatos do partido chegaram ao segundo turno até a [[Eleição presidencial no Brasil em 2018|eleição de 2018]], quando FHC não manifestou explicitamente apoio a [[Jair Bolsonaro]] ou [[Fernando Haddad]]. No entanto, descartou qualquer aval à candidatura de Bolsonaro, afirmando que ele "representa tudo o que eu não gosto",<ref>{{Citar web |url=https://catracalivre.com.br/cidadania/fhc-declara-elenao-contra-bolsonaro-e-sinaliza-apoio-a-haddad/ |título=FHC declara #EleNão contra Bolsonaro e sinaliza apoio a Haddad |publicado=Catraca Livre |data=14 de outubro de 2018 |acessodata=8 de dezembro de 2019}}</ref> bem como "comprometeu-se" com Haddad a defender a liberdade democrática.<ref>{{Citar web |url=https://valor.globo.com/politica/noticia/2018/10/22/fhc-garante-a-haddad-apoio-a-democracia-mas-nao-a-sua-candidatura.ghtml |título=FHC garante a Haddad apoio à democracia, mas não à sua candidatura |publicado=O Globo |autor=Carolina Freitas e Andrea Jubé |data=22 de outubro de 2018 |acessodata=8 de dezembro de 2019}}</ref> Em 2021, manifestou arrependimento por ter anulado seu voto no segundo turno de 2018 ao invés de optar por Haddad.<ref>{{Citar web |url=https://www1.folha.uol.com.br/poder/2021/03/fhc-diz-sentir-certo-mal-estar-por-nao-ter-votado-em-haddad-contra-bolsonaro-em-2018.shtml |título=FHC diz sentir 'certo mal-estar' por não ter votado em Haddad contra Bolsonaro em 2018 |publicado=Folha de S. Paulo |autor=Tayguara Ribeiro |data=5 de março de 2021 |acessodata=26 de março de 2021}}</ref> No segundo turno da [[Eleição presidencial no Brasil em 2022|eleição de 2022]], FHC apoiou Lula.<ref>{{Citar web |url=https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2022/noticia/2022/10/05/fhc-anuncia-apoio-a-lula-no-segundo-turno.ghtml |titulo=FHC anuncia apoio a Lula no segundo turno |acessodata=2022-10-05 |website=G1}}</ref>
FHC é presidente de honra do [[Partido da Social Democracia Brasileira]] (PSDB) desde maio de 2001.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u20040.shtml|titulo=FHC é eleito novo presidente de honra do PSDB|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Ricardo Mignone|data=19-05-2001|acessodata=13-01-2015}}</ref> Desde que deixou a presidência, descartou qualquer candidatura a cargo público eletivo.<ref>{{Citar web |url=https://ultimosegundo.ig.com.br/os-60-mais-poderosos/fernando-henrique-cardoso/524b7150d1a6d49813000007.html|título=Os 60 mais poderosos do país|publicado=IG|acessodata=08-12-2019}}</ref> Apoiou todas as candidaturas de seus correligionários à presidência do país, discursando em favor de José Serra (2002),<ref>{{Citar web|url=http://feeds.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0610200211.htm|título=FHC dá apoio a Serra, mas faz acenos a Lula|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Eliane Cantanhêde e Kennedy Alencar|data=06-10-2002|acessodata=08-12-2019}}</ref> [[Geraldo Alckmin]] (2006),<ref>{{Citar web|url=http://g1.globo.com/Noticias/Eleicoes/0,,AA1252257-6282,00-FHC+COBRA+MAIS+AGRESSIVIDADE+DO+PSDB+NA+CAMPANHA+DE+ALCKMIN.html|título=FHC COBRA MAIS AGRESSIVIDADE DO PSDB NA CAMPANHA DE ALCKMIN|publicado=G1|obra=Reuters|data=22-08-2006|acessodata=08-12-2019}}</ref> Serra (2010),<ref>{{Citar web|url=http://www.vermelho.org.br/noticia/127181-1|título=Após polêmica, PSDB resolve incluir FHC em evento para Serra|publicado=Vermelho|data=06-04-2010|acessodata=08-12-2019}}</ref> [[Aécio Neves]] (2014)<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/10/1527587-fhc-diz-que-vai-pedir-apoio-de-marina-para-aecio-no-2-turno.shtml|título=FHC diz que vai pedir apoio de Marina para Aécio no 2º turno|publicado=Folha de S. Paulo|autor=David Friedlander|data=05-10-2014|acessodata=08-12-2019}}</ref> e Alckmin (2018).<ref>{{Citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2018/noticias/2018/10/02/fhc-diz-que-votara-em-alckmin-e-que-suposta-alianca-com-pt-e-fake-news.htm|título=FHC diz que votará em Alckmin e que suposta aliança com PT é "fake news"|publicado=UOL|data=02-10-2018|acessodata=08-12-2019}}</ref> Até 2014, Aécio foi o único presidenciável tucano a defender explicitamente o governo FHC.<ref>{{Citar web|url=https://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/10/26/mesmo-derrotado-aecio-supera-votacoes-de-alckmin-e-serra-e-perde-para-fhc.htm|título=Mesmo derrotado, Aécio supera votações de Alckmin e Serra e perde para FHC|publicado=UOL|data=26-10-2014|acessodata=08-12-2019}}</ref> Todos os candidatos do partido chegaram ao segundo turno até a [[Eleição presidencial no Brasil em 2018|eleição de 2018]], quando FHC não manifestou explicitamente apoio a [[Jair Bolsonaro]] ou [[Fernando Haddad]]. No entanto, descartou qualquer aval à candidatura de Bolsonaro, afirmando que ele "representa tudo o que eu não gosto",<ref>{{Citar web|url=https://catracalivre.com.br/cidadania/fhc-declara-elenao-contra-bolsonaro-e-sinaliza-apoio-a-haddad/|título=FHC declara #EleNão contra Bolsonaro e sinaliza apoio a Haddad|publicado=Catraca Livre|data=14-10-2018|acessodata=08-12-2019}}</ref> bem como "comprometeu-se" com Haddad a defender a liberdade democrática.<ref>{{Citar web|url=https://valor.globo.com/politica/noticia/2018/10/22/fhc-garante-a-haddad-apoio-a-democracia-mas-nao-a-sua-candidatura.ghtml|título=FHC garante a Haddad apoio à democracia, mas não à sua candidatura|publicado=O Globo|autor=Carolina Freitas e Andrea Jubé|data=22-10-2018|acessodata=08-12-2019}}</ref> Em 2021, manifestou arrependimento por ter anulado seu voto no segundo turno de 2018 ao invés de optar por Haddad.<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/poder/2021/03/fhc-diz-sentir-certo-mal-estar-por-nao-ter-votado-em-haddad-contra-bolsonaro-em-2018.shtml|título=FHC diz sentir 'certo mal-estar' por não ter votado em Haddad contra Bolsonaro em 2018|publicado=Folha de S. Paulo|autor=Tayguara Ribeiro|data=05-03-2021|acessodata=26-03-2021}}</ref> No segundo turno da [[Eleição presidencial no Brasil em 2022|eleição de 2022]], FHC apoiou Lula.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2022/noticia/2022/10/05/fhc-anuncia-apoio-a-lula-no-segundo-turno.ghtml|titulo=FHC anuncia apoio a Lula no segundo turno|acessodata=2022-10-05|website=G1}}</ref>


== Cronologia sumária ==
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====Fontes primárias====
====Fontes primárias====
* {{citar livro|último=Cardoso|primeiro=Fernando Henrique|título=Capitalismo e escravidão no Brasil Meridional: o negro na sociadade escravocrata do Rio Grande do Sul|publicado=Difusão Européia do Livro|series=Corpo e alma do Brasil|ano=1962|url=https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5499576/mod_resource/content/1/Capitalismo%20e%20escravid%C3%A3o%20no%20Brasil%20meridional%20by%20Fernando%20Henrique%20Cardoso%20%28z-lib.org%29.pdf|língua=pt|acessodata=2021-08-09}}
* {{citar livro|último=Cardoso|primeiro=Fernando Henrique|título=Capitalismo e escravidão no Brasil Meridional: o negro na sociadade escravocrata do Rio Grande do Sul|publicado=Difusão Européia do Livro|local=São Paulo|series=Corpo e alma do Brasil|ano=1962|url=https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5499576/mod_resource/content/1/Capitalismo%20e%20escravid%C3%A3o%20no%20Brasil%20meridional%20by%20Fernando%20Henrique%20Cardoso%20%28z-lib.org%29.pdf|língua=pt|acessodata=2021-08-09}}
* {{citar livro|último=Cardoso|primeiro=Fernando Henrique|título=A Arte da política: a história que vivi|local=Rio de Janeiro|isbn=85-200-0735-X|páginas=703|publicado=Civilização Brasileira|ano=2006}}
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* {{citar livro|último=Cardoso|primeiro=Fernando Henrique|título=The Accidental President of Brazil: A Memoir|local=Nova York|isbn=1586485962|páginas=313|publicado=PublicAffairs|ano=2007}}
* {{citar livro|último=Cardoso|primeiro=Fernando Henrique|título=The Accidental President of Brazil: A Memoir|local=Nova York|isbn=1586485962|páginas=313|publicado=PublicAffairs|ano=2007}}

Revisão das 21h44min de 19 de novembro de 2022

Fernando Henrique Cardoso
Fernando Henrique Cardoso
34.º Presidente do Brasil
Período 1.º de janeiro de 1995
a 1.º de janeiro de 2003
Vice-presidente Marco Maciel
Antecessor(a) Itamar Franco
Sucessor(a) Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro da Fazenda do Brasil
Período 19 de maio de 1993
a 30 de março de 1994
Presidente Itamar Franco
Antecessor(a) Eliseu Resende
Sucessor(a) Rubens Ricupero
Ministro das Relações Exteriores do Brasil
Período 5 de outubro de 1992
a 19 de maio de 1993
Presidente Itamar Franco
Antecessor(a) Celso Lafer
Sucessor(a) Celso Amorim
Senador por São Paulo
Período 15 de março de 1983
a 5 de outubro de 1992
Antecessor(a) Franco Montoro
Sucessor(a) Eva Blay
Dados pessoais
Nome completo Fernando Henrique Cardoso
Nascimento 18 de junho de 1931 (93 anos)
Rio de Janeiro, DF
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade de São Paulo
Prêmio(s)
Cônjuge Ruth Cardoso (1953–2008)

Patrícia Kundrát (desde 2014)

Filhos(as)
  • Paulo Henrique
  • Luciana
  • Beatriz
  • Tomás
Partido MDB (1974-1979)
PMDB (1980-1988)
PSDB (1988-presente)
Religião Nenhuma (agnosticismo)
Profissão Sociólogo, escritor, professor universitário e político
Assinatura Assinatura de Fernando Henrique Cardoso
Website Fundação FHC

Fernando Henrique Cardoso GColSEGColIHGColL, também conhecido como FHC (Rio de Janeiro, 18 de junho de 1931), é um professor, sociólogo, cientista político, escritor e político brasileiro. Filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), foi o 34.º presidente da República Federativa do Brasil entre 1995 e 2003. Natural da cidade do Rio de Janeiro, mudou-se com sua família para a cidade de São Paulo, onde se casou em 1953 com a antropóloga e sua colega de faculdade Ruth Vilaça Correia Leite, com quem teve três filhos. FHC graduou-se em Sociologia pela Universidade de São Paulo e mais tarde tornou-se professor emérito daquela universidade. Foi perseguido depois do golpe militar de 1964, exilando-se no Chile e na França, voltando ao Brasil em 1968. Lecionou em universidades estrangeiras e desenvolveu uma importante carreira acadêmica, tendo produzido diversos estudos sociais premiados.

FHC coordenou a elaboração da plataforma eleitoral do MDB. Em 1978, iniciou sua carreira política ao concorrer ao Senado Federal, elegendo-se suplente de Franco Montoro. Após a eleição deste para o governo de São Paulo, assumiu sua cadeira no Senado em março de 1983. Participou da campanha das Diretas Já, contribuindo para que não houvesse radicalização política durante a transição para a democracia. Foi derrotado por Jânio Quadros em 1985 para prefeito de São Paulo e reelegeu-se senador um ano depois. Tornou-se um dos principais líderes nacionais do PMDB e, juntamente com outros dissidentes do partido, ajudou a fundar o PSDB em 1988. Após o impeachment de Fernando Collor, foi nomeado por Itamar Franco como ministro das Relações Exteriores e ministro da Fazenda. Neste cargo, chefiou a elaboração do Plano Real, que estabilizou a economia. Com a ajuda do sucesso do plano, foi eleito Presidente da República no primeiro turno da eleição de 1994.

Foi empossado presidente em 1.º de janeiro de 1995. Prosseguiu com as reformas econômicas iniciadas, as taxas de inflação continuaram baixas, houve a privatização de diversas empresas e a abertura de mercado, que deu maior visibilidade no mercado externo. O governo conseguiu a aprovação de leis na área econômica e administrativa, como a que permitiu a reeleição para cargos executivos. Em 1998, venceu a eleição presidencial no primeiro turno, tornando-se o primeiro presidente até então a ser reeleito. Durante o segundo mandato, crises internacionais, uma forte desvalorização do Real, a crise do apagão e outros acontecimentos causaram uma grande queda de sua popularidade.

Atualmente preside a Fundação Fernando Henrique Cardoso, fundada por ele em 2004, e participa de diversos conselhos consultivos em diferentes órgãos no exterior, como o Clinton Global Initiative, Universidade Brown e United Nations Foundation. Também é membro do The Elders, da Academia Brasileira de Letras, e presidente de honra do PSDB.

Primeiros anos, educação e exílio

Fernando Henrique com sua mãe, Nayde, e seus irmãos mais novos em 1937

Nascido na cidade do Rio de Janeiro, em 18 de junho de 1931, Fernando Henrique Cardoso é o filho mais velho do militar Leônidas Cardoso e de Nayde Silva Cardoso.[2][3] Seu pai foi general de brigada e deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).[4] Sua mãe nasceu em Manaus proveniente de família alagoana, e fez formação secundária em um colégio de freiras.[4] FHC é oriundo de uma tradicional família de militares e políticos do Império do Brasil: seu bisavô foi o general Felicíssimo do Espírito Santo, deputado e senador pelo Partido Conservador e presidente da província de Goiás; e o avô foi o general de brigada Joaquim Ignácio Baptista Cardoso.[5][6][7]

A despeito da ancestralidade ilustre, FHC reconheceu sua ascendência africana, contrariamente ao comportamento usual das classes dominantes no Brasil, inclusive de ex-presidentes da República.[nota 1] Em 1994, ainda candidato à Presidência da República, causou surpresa ao se declarar "mulatinho", com um "pé na cozinha" (a bisavó era negra).[9][10] Entidades ligadas ao movimento negro consideraram os termos usados como "pejorativos" e "preconceituosos"; Fernando Henrique negou que tivesse usado a expressão "pé na cozinha".[11] Anos depois, já como presidente, ele voltou a se referir aos seus antepassados negros: "basta olhar para mim para ver que branco no Brasil é um conceito relativo", declarou em seu discurso de homenagem ao presidente sul-africano Thabo Mbeki.[12]

Foto tirada durante sua formatura do ginasial em 1945.

Fernando Henrique recebeu a instrução básica no Rio de Janeiro.[13] A partir de 1940, com a transferência de seu pai para a cidade de São Paulo, o jovem prosseguiu seus estudos em colégios particulares da capital paulista até o ensino superior, quando ingressou no curso de Ciências Sociais da Universidade de São Paulo (USP).[2][13] Formou-se bacharel em Ciências Sociais em 1952, especializando-se em Sociologia no ano seguinte.[14] Foi professor da Faculdade de Economia entre 1952 a 1953, analista de ensino da cadeira de Sociologia da Faculdade de Filosofia em 1953. Em 1955, foi primeiro-assistente de Florestan Fernandes e auxiliar de ensino do sociólogo francês Roger Bastide, então professor visitante.[14][15] Em 1954, foi eleito, representando os ex-alunos, o mais jovem membro do Conselho Universitário da USP.[15][14] Obteve o título de Doutor em Ciências Sociais em 1961 com sua tese sobre o capitalismo e a escravidão no sul do Brasil.[16][15] Optando pela carreira acadêmica, especializou-se na França e tornou-se professor de Ciência Política na USP, onde obteve o grau de livre-docente em 1963.[17]

Em meados da década de 1950, auxiliou na edição da revista "Fundamentos", do Partido Comunista Brasileiro (PCB), com o qual simpatizava, mas nunca chegou a se filiar.[14][15] Estudioso do marxismo, por influência de Florestan Fernandes, chegou a integrar um grupo de estudos dedicado à leitura e discussão da obra O Capital.[18] Outros autores de sua predileção foram Maquiavel, Antonio Gramsci e Alexis de Tocqueville.[5] Já em sua fase como acadêmico, sua principal influência em sociologia passou a ser Max Weber.[19] Após a invasão da Hungria pelos soviéticos em 1956, interrompeu suas relações com o PCB.[15]

Com o advento do Golpe militar de 1964, Fernando Henrique, ameaçado de prisão pelo governo, decidiu autoexilar-se no Chile, onde viveu até 1967.[20] Posteriormente, seguiu para a França e passou a lecionar na Universidade de Paris X - Nanterre.[21] Foi nessa mesma universidade que o sociólogo testemunhou os protestos que deram início ao movimento de Maio de 1968.[20] Ainda no exílio, também lecionou nas universidades de Stanford e Berkeley, nos Estados Unidos, de Cambridge na Inglaterra e na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais na França.[22][23][24]

Durante o período do exílio, publicou vários livros e artigos sobre a burocracia estatal, as elites industriais e, em particular, a teoria da dependência.[25] O livro Dependência e desenvolvimento na América Latina: ensaio de interpretação sociológica, escrito em coautoria com Enzo Faletto, editado no México (como Dependencia y desarrollo en América Latina; ensayo de interpretación sociológica; Siglo XXI, 1969) e depois no Brasil (Rio de Janeiro: Zahar, 1970),[26] é considerado um marco nos estudos sobre a teoria do desenvolvimento e foi traduzido para dezesseis idiomas.[27][28][29] Este livro seria a sua contribuição aos estudos de sociologia e desenvolvimento mais aclamada, especialmente nos Estados Unidos.[25]

Início da carreira política

Fernando Henrique durante a década de 1970

Em outubro de 1968, retornou ao Brasil, passando a morar em uma casa no Morumbi.[20] No mesmo ano assumiu por concurso público a cátedra de Ciência Política da USP, mas em abril de 1969 foi aposentado compulsoriamente e perdeu seus direitos políticos com base no Decreto-lei 477, conhecido como o "AI-5 das universidades".[24][30] Nos anos 1970, foi pesquisador e diretor do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), sendo um de seus criadores.[20] Ao mesmo tempo, também trabalhou no Centro de Estudos Latino-Americanos da Smithsonian Institution, e, para manter sua família, passou a lecionar parte do ano no Brasil e outra parte no exterior.[20][24]

Em 1974, a convite de Ulysses Guimarães, então presidente do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), coordenou a elaboração da plataforma eleitoral do partido.[31] Cardoso estimulou o MDB a moldar-se no Partido Democrata norte-americano e pregou que tanto fazendo alianças amplas como repudiando a luta armada, o partido chegaria ao poder pelo voto popular.[32][33]

Fernando Henrique saiu dos bastidores acadêmicos e começou a participar de campanhas políticas pessoalmente a partir das eleições gerais de 1978.[32][34] Naquele ano, lançou-se candidato ao Senado Federal por São Paulo.[32] Sua candidatura foi apoiada pela esquerda, por parcelas da classe média mais liberal, por artistas (como Chico Buarque de Holanda), e por lideranças sindicais (como o então sindicalista Lula da Silva, que chegou a representá-lo em comícios).[35] Assim, obteve 1,2 milhão de votos, tornando-se suplente de Franco Montoro, também do MDB.[32][36] O bipartidarismo vigente desde o início da ditadura militar foi extinto em 1979, passando a valer o multipartidarismo.[37] Com isso, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), o sucessor natural do MDB.[38][39]

Senador por São Paulo

Fernando Henrique ao lado de Ulysses Guimarães durante sessão da Assembleia Nacional Constituinte de 1987.

O senador Franco Montoro foi eleito governador nas eleições estaduais de 1982.[40] Consequentemente, Montoro renunciou ao cargo de senador, fazendo com que Cardoso assumisse seu mandato em 15 de março de 1983.[41] A partir deste ano, com a posse de dez governadores de oposição ao governo João Figueiredo, Fernando Henrique passou a participar das articulações visando a transição da ditadura militar para a democracia, tornando-se um dos grandes fomentadores das Diretas-já.[42] Com prestígio junto a Tancredo Neves e Ulisses Guimarães e trânsito entre os militares, contribuiu para que não houvesse radicalização política e que acontecesse uma transição pacífica da ditadura militar para a democracia em 1985.[43][44] Teve voz na formação do governo Tancredo, mas a morte deste, seguida da ascensão de José Sarney, reduziu sua área de influência.[44]

O senador Fernando Henrique Cardoso sentado na cadeira de prefeito na véspera da Eleição municipal de São Paulo em 1985. A foto foi estampada em vários jornais no dia da eleição.

Em 1985, licenciou-se do Senado Federal para concorrer à prefeitura de São Paulo, apoiado por Mário Covas, então mandatário.[45][46] Durante o último debate da eleição, o então candidato deixou de responder objetivamente a pergunta "o senhor acredita em Deus?", feita por Boris Casoy.[47] O episódio chegou a ser considerado como "uma quase confissão" de que seria ateu.[48][49] Seu principal adversário, o ex-presidente Jânio Quadros, explorou ao fim da campanha a suposta falta de crença de Fernando Henrique, realizando uma campanha difamatória de cunho religioso.[50] Posteriormente, ele afirmou nunca ter sido ateu.[51] Outro episódio marcante daquela campanha foi FHC ter sentado na cadeira de prefeito na véspera da eleição. Explica em seu livro A arte da política: a história que vivi, que fez um acordo para ser fotografado em tal situação "para o caso da vitória, pois as eleições estavam extremamente apertadas e, além de tudo, se a revista quisesse, como pretendia, trazer o novo prefeito na capa, não haveria como fotografá-lo a tempo no gabinete oficial"; na manhã do dia 15 de novembro a fotografia estava publicada nos jornais e revistas.[52][53][54] Jânio o derrotou por uma diferença de 3,37%, ou pouco mais de 141 mil votos.[43] Apesar de muitas especulações sobre as razões da derrota, escreveu que não ganhou somente porque não foi "capaz de convencer o povo de que seria bom prefeito".[53]

Fernando Henrique exerceu durante o governo Sarney o cargo de líder do governo e do PMDB no Senado (1985-1988).[41] Nas eleições de 1986, foi reeleito senador com 6,2 milhões de votos.[43][55] Os peemedebistas tiveram uma grande vitória em todo o país devido a popularidade do Plano Cruzado.[56] Naquele ano, Mário Covas e Cardoso elegeram-se, nessa ordem, os senadores mais votados da história — cada um com mais votos do que o governador eleito Orestes Quércia.[56] Após a eleição, os dois tornaram-se os principais líderes nacionais do PMDB.[56] Em 1988, devido à falta de espaço no PMDB, participou da fundação de um novo partido político, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). O político deixou os cargos de liderança do PMDB que tinha no Senado após filiar-se ao novo partido, sendo escolhido como líder dos tucanos na casa.[41] Entre 1987 e 1988, foi membro da Assembleia Nacional Constituinte, que elaborou a Constituição brasileira de 1988.[57]

Ministro de Estado

Fernando Henrique inicialmente apoiou o governo do presidente Fernando Collor. Em discurso proferido em 24 de março de 1990, nove dias após o início da vigência do Plano Collor, discursou: "Sabe vossa excelência que sou defensor do plano. Sabe vossa excelência que não sou só eu, mas o meu partido".[58] No entanto, durante o processo de Impeachment de Fernando Collor, em setembro de 1992, foi favorável ao afastamento do presidente.[44] Após o afastamento de Collor, em outubro de 1992, o vice-presidente Itamar Franco assumiu a Presidência da República, nomeando-o para o Ministério das Relações Exteriores.[59][60] Em novembro, FHC foi admitido por Itamar à Ordem do Mérito Militar já em seu mais alto grau, a Grã-Cruz especial.[1]

Em maio de 1993, Itamar nomeou FHC para o Ministério da Fazenda;[59][61] Itamar já havia realizado três trocas no comando do ministério em apenas sete meses.[62] Devido a hiperinflação, que chegou a 2400 por cento em 1993, o Ministério da Fazenda era o cargo de maior visibilidade do governo.[59][63][64] Para combater a inflação, foi convocada pelo presidente uma equipe de economistas novos e experientes,[59] da qual fizeram parte Pérsio Arida, Armínio Fraga, André Lara Resende, Gustavo Franco, Pedro Malan, Edmar Bacha, Winston Fritsch, entre outros.[65][66] Juntos, começaram a arquitetar o Plano Real, que foi dividido em três etapas, tendo sido as duas primeiras implantadas em seu período no ministério: o Programa de Ação Imediata, que estabeleceu em 1993 um conjunto de medidas voltadas para a redução e maior eficiência dos gastos da União;[67] e a edição da Medida Provisória 434 em 1994, que criou a Unidade Real de Valor, já prevendo sua posterior transformação no Real.[68] A terceira etapa foi implementada por Rubens Ricupero, que encaminhou a medida provisória que disciplinou o Plano Real.[69]

Os efeitos do plano foram imediatos e promoveram o aumento da capacidade de consumo da população, o amplo controle da inflação e a redução da população miserável.[70] A inflação média entre julho a novembro de 1994 ficou em 2,93 por cento.[71] O sucesso do plano no combate a hiperinflação fez com que Fernando Henrique se tornasse um forte candidato à presidência.[72] No final de março de 1994, ele deixou o cargo de ministro da Fazenda para concorrer às eleições presidenciais daquele ano.[72]

A real participação de Fernando Henrique na elaboração e condução do plano gera divergências. Enquanto alguns afirmam que o plano foi organizado e dirigido exclusivamente pelos economistas ligados ao PSDB,[73] o partido e o próprio FHC consideram-no o "pai do Real".[74] Posteriormente, Itamar declarou que "a todo instante assistimos na TV o PSDB comemorando os quinze anos do Plano Real. Oras, isso não nos magoa, mas é uma deturpação, uma negação da história."[75] Ainda de acordo com Itamar, Fernando Henrique assinou as cédulas da então nova moeda após ter deixado o Ministério da Fazenda e que isso foi decisivo para sua eleição à presidência.[76] FHC negou a afirmação e afirmou que as assinaturas do real foram regulares.[77]

Campanhas presidenciais

Candidatura presidencial em 1994

Fernando Henrique exibindo sua mão aberta, gesto-símbolo da campanha de 1994

Itamar Franco pensou em dar visibilidade a José Aparecido de Oliveira, então embaixador em Portugal, com o objetivo de o credenciar para disputar a presidência na eleição de 1994.[78] No entanto, Oliveira adoeceu e desistiu de uma potencial candidatura.[78] Com a desistência, o presidente passou a optar por Antônio Britto, que era o ministro da Previdência Social e estava a frente nas pesquisas de opinião.[78] Britto também recusou a ideia, preferindo candidatar-se ao Governo do Rio Grande do Sul.[78] O terceiro na preferência de Itamar era o ministro da Fazenda, Fernando Henrique, que relutava em candidatar-se.[59][79] Como a possibilidade do plano não avançar com outro presidente era grande, ele acabou concordando em ser candidato.[59][80]

Além dele, outros sete candidatos disputaram a Presidência da República.[81] Seu principal concorrente foi Lula,[81] que havia se tornado o favorito após o impeachment de Fernando Collor em dezembro de 1992.[81] Até junho de 1994, o petista liderou todas as pesquisas de intenções de votos.[82] Com a crescente aceitação popular ao Plano Real, que passou a vigorar em julho de 1994, FHC passou a liderar as pesquisas realizadas até a eleição.[82] O plano e a estabilização dos preços tornaram-se a principal defesa de sua campanha.[81]

Além do PSDB, recebeu o apoio formal do Partido da Frente Liberal (PFL) e do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).[83] O candidato a vice-presidente foi escolhido pelo PFL, que indicou o senador alagoano Guilherme Palmeira, mas denúncias de um esquema de corrupção com empreiteiras forçaram sua substituição.[84] Palmeira foi substituído pelo senador pernambucano Marco Maciel.[84] As candidaturas de FHC e Maciel tiveram como símbolo da campanha a mão aberta, que indicava as cinco prioridades em um eventual governo tucano: emprego, saúde, agricultura, segurança e educação.[83][85]

O primeiro turno da eleição foi realizado em 3 de outubro. Fernando Henrique elegeu-se presidente da República com 34,3 milhões de votos (54,28%).[86] O segundo colocado, Lula, obteve pouco mais de 27% dos votos.[83] Na primeira entrevista coletiva concedida como presidente eleito, declarou:

Candidatura presidencial em 1998

Fernando Henrique, com Marco Maciel, apresenta seu programa de governo em 1998

O mandato presidencial vigente quando Fernando Henrique assumiu o cargo foi estabelecido pela Assembleia Nacional Constituinte em cinco anos sem a possibilidade de reeleição.[88] O governo federal começou a planejar a emenda constitucional permitindo a reeleição ainda em 1994,[89] sendo apresentada em 1997.[90] O Congresso Nacional aprovou em 4 de junho daquele ano a emenda constitucional de número dezesseis, que permitiu uma reeleição consecutiva para o Executivo em todos os níveis.[91][92][93] Meses após a ratificação, parlamentares governistas admitiram ter vendido seus votos e acabaram renunciando.[94] As investigações sobre o caso nunca avançaram.[95] Posteriormente, Cardoso admitiu a possibilidade de ter ocorrido compra de votos, declarando: "Houve compra de votos? Provavelmente. Foi feita pelo governo federal? Não foi. Pelo PSDB: não foi. Por mim, muito menos. Vocês se esquecem de que os governos estaduais estavam em jogo, que os governadores queriam a reeleição".[95]

As eleições gerais de 1998 ocorreram durante uma crise econômica, que comprometia a política econômica do governo.[96] Após a declaração de moratória da Rússia em agosto daquele ano, o real sofreu intensa especulação e a sua desvalorização tornou-se incontrolável, o que colocava em risco a principal conquista governista.[96] A política de estabilidade e da continuidade de reformas para a suposta finalização do Plano Real foi o principal apelo da campanha eleitoral tucana, que baseou-se na ideia de que a continuidade do governo era fundamental para que a estabilização atingisse outros setores, estabelecendo metas para as áreas de saúde, agricultura, emprego, educação e segurança.[97]

Sua candidatura foi apoiada por uma coligação de partidos de centro-direita, como o PFL, PPB e PTB, contando com o apoio informal da maior parte dos membros do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).[96][98] Seus principais oponentes foram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PPS).[90] Desde o início da campanha eleitoral, as pesquisas de opinião o indicavam como o candidato favorito.[90][99] Em 4 de outubro, foi reeleito com 35,9 milhões de votos (53,06%), contra 31,7% de Lula e 10,9% de Ciro.[90] Desta forma, tornou-se o único presidente até então a conseguir dois mandatos nas urnas e o único até os dias atuais a ser eleito e reeleito no primeiro turno.[100]

Presidente do Brasil

FHC durante seu segundo mandato como presidente da República

Fernando Henrique foi empossado o 34º presidente do Brasil em 1º de janeiro de 1995, sucedendo Itamar Franco.[101] Marco Maciel, um experiente político pernambucano, ocupou a vice-presidência. No primeiro discurso de posse, diante dos membros do Congresso Nacional, declarou:[102]

Política econômica

A política econômica do primeiro mandato priorizou a consolidação da estabilidade de preços.[103] Neste período, o real foi mantido supervalorizado,[104] houve um aumento da taxa básica de juros, criação e aumento de impostos, corte de gastos públicos e incentivos a investidores,[105] e a aprovação de emendas constitucionais que facilitaram a entrada de empresas estrangeiras no país.[106] Entre os impostos instituídos, destacou-se a Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF).[107][108]

Seu segundo mandato iniciou em meio a uma crise internacional que atingiu o país.[109] Em janeiro de 1999, houve uma forte desvalorização do real após a mudança do regime de câmbio fixo para câmbio flutuante.[110][111] As crises econômicas do México em 1994, da Ásia em 1997 e em especial a da Rússia em 1998 contribuíram para que a desvalorização ocorresse,[112] assim como o aumento da desconfiança externa com a incerteza da mudança do regime cambial e a diminuição da entrada de dólares.[113] Esta situação levou o Brasil a uma grave crise financeira e política,[114] que comprometeu o discurso da estabilidade econômica.[115] Para controlá-la, o governo aumentou os juros, que elevaram as taxas de juros reais aos mais altos índices de sua história, diminuiu as reservas internacionais para tentar conter a disparada do dólar e recorreu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) três vezes para enfrentar a desconfiança dos investidores.[116][117][118] O governo também implementou, em 1999, o chamado tripé macroeconômico, que formou a base da politica econômica a partir de então, e cujos pilares eram: política de câmbio flutuante, metas fiscais e metas de inflação.[119] Algumas medidas, como a alta dos juros, desestimularam o consumo interno e contribuíram para a elevação das taxas de desemprego.[120]

Criação de empregos no governo FHC

O governo adotou a terceirização de serviços e de empregos públicos em áreas que considerava como não essenciais.[121] Em maio de 2000, Fernando Henrique sancionou a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que aumentou o rigor exigido na execução do orçamento público e limitou despesas com pessoal.[122]

Entre 1995 a 2002, foram criados pouco mais de cinco milhões de empregos formais, com uma média anual de 627 mil novos empregos.[123][124] Por outro lado, o desemprego cresceu 35% entre 1995 a 2001,[125] atingindo os piores índices desde o fim da ditadura militar.[126] A situação do desemprego agravou-se durante o segundo mandato, quando as taxas foram superiores aos 12% anuais.[127] Em maio de 2002, o desemprego atingiu um número recorde de 11,454 milhões de pessoas.[128] Esses números deram ao Brasil a segunda colocação no ranking mundial de desemprego em números absolutos, sendo superado apenas pela Índia.[128][129]

A proporção da dívida pública em relação ao PIB cresceu de 30% para mais de 60%.[130][131] Este aumento se deve à queda das reservas internacionais,[132] as altas taxas de juros[133] e pela absorção das dívidas dos estados da federação com a Lei de Responsabilidade Fiscal.[134] Durante seus oito anos de governo, o Produto Interno Bruto per capita caiu de US$ 4,85 mil para US$ 2,86 mil e a desigualdade de renda aumentou.[135][136]

Privatizações

O governo Fernando Henrique realizou as maiores privatizações da história do Brasil.[137] Foram privatizadas rodovias federais,[138] bancos estaduais,[121] empresas de telefonia e de energia.[139][140] O processo de privatizações havia sido iniciado pelo presidente Fernando Collor no começo da década de 1990,[137][141] atendendo as diretrizes estabelecidas pelo Consenso de Washington.[141] Calcula-se que durante os dois mandatos de FHC as privatizações levaram aos cofres públicos cerca de US$ 78,6 bilhões.[141] O programa de privatizações tinha como objetivo resolver o problema do crescente endividamento do Estado.[141] Entretanto, a venda das empresas não conseguiu conter o crescimento da dívida pública,[142] mas beneficiou a população com a universalização de serviços básicos como energia e telecomunicações.[141]

O processo de privatizações teve oposição de partidos políticos e movimentos sociais, que apontavam irregularidades.[143] As privatizações das empresas Vale do Rio Doce e Telebrás geraram muitas críticas e polêmicas, que denunciavam propinas durante os leilões,[144] vícios no edital de venda,[145] subvalorização e favorecimentos.[146][147][148] Existem até os dias atuais diversos processos judiciais abertos questionando a validade destas privatizações.[149]

Política externa

FHC e o presidente sul-africano Nelson Mandela durante a Conferência Ministerial de Geneva em maio de 1998.

Fernando Henrique assumiu pessoalmente a condução da política externa,[150] fazendo com que o país tivesse uma participação mais ativa no cenário internacional.[151] Algumas de suas prioridades foram a promoção de uma maior integração regional, especialmente através do Mercosul; o estímulo a estratégia de diversificação de parceiros nas relações bilaterais; o desenvolvimento de ações junto às organizações econômicas multilaterais como a OMC; e a elevação da posição de potência internacional do país.[150] Sua agenda, que objetivava inserir o Brasil no cenário internacional do pós-Guerra Fria,[152] teve como diretrizes o respeito ao direito internacional, o pacifismo e a defesa da não intervenção, a defesa dos princípios de autodeterminação e o pragmatismo como instrumento para a defesa dos interesses do país.[152] Em um texto publicado pela Revista Brasileira de Política Internacional, o presidente declarou que sua política externa era orientada pela "democracia, estabilidade monetária e abertura de mercados".[151]

Entre as ações da política externa, destaca-se: FHC foi o primeiro presidente da América Latina a discursar na Assembleia Nacional Francesa;[153] defendeu a criação do Estado Palestino;[153][154] condenou os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001;[155] fez campanha para a entrada do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas;[156] promulgou o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP);[157] fez a primeira viagem oficial a Cuba;[158] e inaugurou o Gasoduto Bolívia-Brasil.[159]

Países visitados pelo presidente Fernando Henrique durante seus dois mandatos

Seu governo encaminhou 157 acordos de cooperação internacional ao Congresso Nacional Brasileiro, sendo 38 acordos firmados com países desenvolvidos, 18 com emergentes e 101 com países em desenvolvimento.[160] Outros 73 acordos de cooperação técnica foram encaminhados, priorizando os países da América do Sul e do Leste Europeu.[160]

Durante seus oito anos de mandato, FHC fez 102 viagens em 407 dias no exterior.[161][162] Suas viagens priorizaram os países da América do Sul, Europa e América do Norte.[162] Em maio de 2002, bateu o recorde de viagens internacionais para um presidente brasileiro, que foi posteriormente superado por seu sucessor Luiz Inácio Lula da Silva.[163][164] No último ano de mandato, a agência de notícias francesa AFP o classificou como "dirigente brasileiro que mais exerceu a chamada diplomacia presidencial" e "líder moral da América Latina".[164] O número recorde de viagens internacionais foi criticado por políticos oposicionistas, como Lula,[165] e parodiado pelo programa humorístico Casseta & Planeta, Urgente!, que o apelidou de "Viajando Henrique Cardoso".[166]

Política social

A política social foi baseada no documento "Uma estratégia de desenvolvimento social", lançado pela Presidência da República em 1996. O documento apresentou propostas de atuação para "garantir o direito social, promover a igualdade de oportunidades e proteger os grupos vulneráveis". O governo criou a Rede Social Brasileira de Proteção Social, formada por programas de transferência de renda, como a Bolsa-escola e o Auxílio-gás.[167] Para coordenar e articular as ações do governo, foi criado o Programa Comunidade Solidária.[168]

Em fevereiro de 1999, FHC sancionou a criação dos medicamentos genéricos.[169] Em setembro de 2000, sancionou a Emenda Constitucional nº 29, que estabeleceu a destinação de patamares mínimos de recursos do governo federal, estados e municípios para a saúde pública.[170][171] Na área educacional, sancionou a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).[172][173]

Em 1996, foi implementado o benefício de prestação continuada (BPC).[170] Em novembro de 1999, Cardoso sancionou a lei 9.876, que mudou o cálculo das aposentadorias e instituiu o Fator Previdenciário, ajudando a diminuir os déficits do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ao retardar aposentadorias precoces.[174][175][176] Um ano antes, ao defender a reforma da Previdência, declarou: "pessoas que se aposentam com menos de 50 anos são vagabundos, que se locupletam de um país de pobres e miseráveis".[177]

O gasto social comparado ao produto interno bruto cresceu 1,8%, com maior ampliação durante o primeiro mandato.[170][178] Alguns índices sociais melhoraram, como o aumento de crianças nas escolas e a diminuição da pobreza.[179] Porém, pesquisas realizadas no último ano do governo indicaram que as maiores taxas de reprovação ao desempenho do presidente estavam ligadas à questão social.[180][181] Uma matéria da revista Veja, publicada em maio de 2002, concluiu: "a pobreza caiu, o consumo aumentou, mas a desigualdade manteve-se praticamente estável, com uma pequena diminuição que pouco alterou o quadro".[182]

Relações com o Congresso

FHC e Antônio Carlos Magalhães, presidente do Senado, em maio de 1998.

No primeiro mandato, o governo foi apoiado por uma coalizão formada por seis partidos (PSDB, PMDB, PFL, PTB, PPB, PL), atingindo uma ampla maioria na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.[183][184] Durante uma sessão do plenário da câmara no primeiro ano de governo, parlamentares governistas chamaram a coalizão de "governo de colisão nacional", em referência ao que eles consideravam uma dificuldade em conseguir apoio para a aprovação das propostas do governo.[184] Apesar disso, Fernando Henrique conseguiu aprovar com facilidade seus projetos, reformas constitucionais e conteve a oposição.[183]

Após as eleições gerais de 1998, 400 dos 513 deputados federais e 70 dos 81 senadores eram filiados a partidos governistas.[185] Durante o segundo mandato, teve maior dificuldade de governar devido à reorganização das oposições.[183] No Congresso Nacional, o Partido dos Trabalhadores (PT) liderou a oposição, articulando os movimentos sociais e sindicais de esquerda e formando uma ampla frente de oposição parlamentar (PT, PCdoB, PSB, PDT, PCB e PPS).[183] Entre as ações da oposição, destacou-se a Marcha dos 100 mil de Brasília em agosto de 1999, considerado o maior protesto contra seu governo.[186] Apesar das críticas dos partidos de oposição às alianças políticas firmadas pelo governo, sua base parlamentar de apoio contribuiu para a estabilidade política, considerada um dos traços importantes de seu governo.[183][187]

Política energética

A política energética buscou privatizar a geração e a distribuição de eletricidade, mantendo a transmissão como propriedade estatal.[188] Também procurou incrementar a geração termoelétrica (baseada em gás natural), quebrar o monopólio da Petrobrás na produção de petróleo, ocorrido com a sanção da Lei do Petróleo,[189] e abrir novos campos petrolíferos pelo setor privado.[188] A privatização da distribuição de energia elétrica ocorreu conforme programado pelo governo federal, mas contou com a resistência por parte de sindicatos e políticos nacionalistas.[188] Mais de trinta empresas do setor foram privatizadas, sendo a Eletrobrás a maior empresa vendida.[190] Na época, o governo argumentou que não havia recursos para expandir o setor e que a privatização tornava-se necessária.[191]

Comparado com o aumento crescente da demanda de consumo ocorrido no país, os investimentos no setor elétrico foram limitados.[188] Esta situação ajudou a provocar uma crise de abastecimento de energia elétrica a partir de maio de 2001, que ficou conhecida como a "Crise do apagão".[188][192] Além da falta de investimentos em geração e distribuição de energia, a crise foi agravada pela falta de chuvas.[193] Com a escassez de chuvas, o nível de água dos reservatórios das hidrelétricas baixou e os brasileiros foram obrigados a racionar energia.[194] A crise acabou afetando a economia causando prejuízos bilionários,[195] e consequentemente provocou uma queda na popularidade de Fernando Henrique.[196]

Política ambiental

A política agrária do governo implantou assentamentos rurais e fortaleceu a agricultura familiar.[197] Neste sentido, foram criados o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Programa de Geração de Emprego e Renda Rural e a Previdência Rural.[198] O governo acelerou o processo de assentamento de famílias de trabalhadores rurais sem-terra,[199] assentando ao todo mais de um milhão de famílias.[200] Durante seu mandato, foram criadas 145 terras indígenas[201] e 81 unidades de conservação.[202] Entre as iniciativas sancionadas, estão: a Lei da natureza, que estabeleceu sanções penais e administrativas para crimes ambientais;[203][204] a lei 9.685, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), responsável pela gestão das unidades de conservação;[205] e o Protocolo de Kyoto.[206]

Opinião pública

Pesquisas de opinião pública sobre a aprovação do governo Fernando Henrique divulgadas pelo Datafolha entre março de 1995 a dezembro de 2002.

A aprovação do governo durante o primeiro mandato manteve-se na casa dos 40%.[180] A maior taxa foi de 47%, registrada em dezembro de 1996, e o pior momento foi em junho daquele ano, quando era aprovado por 30% e reprovado por 25%.[180]

No segundo mandato, teve uma reprovação maior do que aprovação em quase todo o período, variando de forma consistente.[207][208] Em setembro de 1999, a aprovação foi de 13% e a reprovação de 56%.[209] Em julho de 2002, 31% aprovavam e 26% reprovavam.[209] De acordo com uma pesquisa conduzida pelo Datafolha, terminou o mandato aprovado por 26% e reprovado por 36%, superando a aprovação de José Sarney e Fernando Collor de Mello, mas com popularidade menor do que Itamar Franco e do que a si próprio ao terminar o primeiro mandato.[180]

Ao deixar a presidência, uma pesquisa revelou que 35% dos eleitores consideravam que o país estava melhor do que antes do início do governo, enquanto que para 34% estava pior.[180] A pesquisa também indicou que as áreas mais aprovadas foram a saúde, educação, economia, controle da inflação e a área social.[180] Segundo a mesma pesquisa, os mais prejudicados pelo governo foram os trabalhadores, os setores da agricultura, comércio e serviços, e a indústria.[180]

Eleição presidencial de 2002 e transição

Posse de Luiz Inácio Lula da Silva, em 1º de janeiro de 2003.

Nas eleições de 2002, seu partido lança como candidato à presidência o senador por São Paulo José Serra, um dos principais colaboradores do governo.[210] Todavia, saiu como vencedor no segundo turno do pleito o ex-sindicalista Luís Inácio Lula da Silva, do PT, adversário político e crítico da política econômica do governo.[211] Para a transmissão do cargo, foi criado um chamado sistema de "governo de transição",[212] estabelecido através da Medida Provisória de número 76 um modelo de partilhamento de pessoal e dados entre a antiga e a nova equipe que assumiria, contando inclusive com infraestrutura logística.[213][214]

Fernando Henrique foi o primeiro civil eleito pelo voto direto que conseguiu terminar o mandato presidencial desde Juscelino Kubitschek e até aquele momento o segundo presidente brasileiro que governou por mais tempo, atrás apenas de Getúlio Vargas.[215] Em 1º de janeiro de 2003, transmitiu a presidência para Luiz Inácio Lula da Silva, tornando-se o primeiro presidente democraticamente eleito a passar o cargo para outro igualmente eleito desde 1961.[216]

Carreira acadêmica

Posse de Fernando Henrique na Academia Brasileira de Letras, em setembro de 2013.

Como sociólogo, escreveu obras importantes para a teoria do desenvolvimento econômico e social e das relações internacionais.[217] Participou dos grupos de estudos que resultaram na elaboração da Teoria da Dependência, diferenciando-se da vertente marxista por sugerir que os países subdesenvolvidos deveriam se associar entre si e por ser contrário à tese de que os países do terceiro mundo só se desenvolveriam se tivessem uma revolução socialista.[218][219]

FHC é autor ou coautor de mais de vinte livros e de mais de cem artigos acadêmicos.[220] Seus últimos trabalhos são voltados à análise de sua atuação como político e suas memórias, incluindo: A Arte da Política - a História que Vivi (2006);[221] Cartas a um Jovem Político - para Construir um Brasil Melhor (2006);[222] Carta aos Brasileiros (2006);[223] A Soma e o Resto: um Olhar Sobre a Vida aos 80 Anos (2011);[224] e O Improvável Presidente Do Brasil (2013).[225]

Desde 1978, recebeu 29 títulos de doutor honoris causa de universidades brasileiras e estrangeiras.[226][227] Entre 1982 a 1986, foi presidente da Associação Internacional de Sociologia (AIS).[228] Também recebeu diversos outros prêmios e honrarias por sua carreira acadêmica,[229] dos quais incluem: o prêmio John W. Kluge, concedido a intelectuais da área de Ciências Humanas pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.[230][231] foi eleito em 2008 através de uma votação feita pela internet e organizada pela revista britânica Prospect um dos cem maiores intelectuais ainda vivos;[232] e foi escolhido em 2009 o décimo primeiro "pensador global" na lista dos cem maiores pensadores da revista Foreign Policy.[233]

Em 27 de junho de 2013, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL) após ter concorrido com dez candidatos: Felisbelo da Silva, J.R. Guedes de Oliveira, Gildasio Santos Bezerra, Jeff Thomas, Carlos Magno de Melo, Eloi Ghio, Diego Mendes Sousa, Alvaro Corrêa de Oliveira, José William Vavruk e Arlindo Vicentine.[234] O sociólogo recebeu 34 votos dos 39 possíveis e passou a ocupar a cadeira 36, que havia sido aberta com a morte do jornalista João de Scantimburgo.[235] Fernando Henrique foi o terceiro ex-presidente brasileiro eleito para ABL, de onde também fizeram parte os ex-presidentes Getúlio Vargas e José Sarney.[236]

Vida pessoal

Casamentos e filhos

O presidente Fernando Henrique e a primeira-dama Ruth Cardoso durante evento do Ministério da Defesa.

Em 1951, enquanto estudava Ciências Sociais na USP, conheceu Ruth Corrêa Leite, que estudava filosofia.[237][238] Casaram-se em 1953 e tiveram três filhos juntos: Paulo Henrique (1954), Luciana (1958) e Beatriz (1960).[239] Ruth fez doutorado em antropologia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo,[240] e lecionou nas universidades do Chile, Berkeley e Columbia.[240][241] Ela publicou livros e artigos no Brasil e no exterior sobre cultura e política.[242][243]

Quando Fernando Henrique entrou para a política, Ruth discordou da decisão,[244] um vez que temia pela falta de privacidade da família, mas sempre dedicou-se nas campanhas do marido.[244] Durante a presidência, ela não gostava de ser chamada pelo tratamento primeira-dama por considerá-lo um "americanismo desnecessário".[240] Ela manteve-se longe da mídia e continuou trabalhando.[245] Neste período, comandou o Programa Comunidade Solidária, criado para articular os trabalhos sociais do governo.[168][246]

Em abril de 2000, a revista Caros Amigos publicou uma reportagem em que questionava o silêncio da imprensa brasileira sobre a suposição da jornalista Miriam Dutra ter um filho com o então presidente.[247] A reportagem identificou seu suposto filho como Tomás Dutra Schmidt, nascido em setembro de 1991.[247] Quando Fernando Henrique concorreu à Presidência da República pela primeira vez, o caso extraconjugal passou a ser assediado pela imprensa.[248] Mirian mudou-se para a Europa e se manteve em silêncio para não prejudicá-lo politicamente.[248] Ele colaborou financeiramente com o sustento de Tomás e encontrava-se com o filho.[248] Em 2009, Fernando Henrique reconheceu juridicamente Tomás como seu filho, embora já houvesse reconhecido a paternidade.[248] Em 2011, foram realizados dois testes de DNA que revelaram que Tomás não era seu filho biológico.[249] Entretanto, manteve o reconhecimento da paternidade.[250]

Ruth Cardoso faleceu em 24 de junho de 2008 vítima de arritmia cardíaca.[251] Durante entrevista em dezembro de 2013, FHC declarou que ela ficou sabendo do caso extraconjugal com Mirian quando a história foi revelada.[244] Também contou que não pensou em separação, declarando:[244]

Em 2011, começou a namorar com Patrícia Kuntrád.[252] Patrícia nasceu em 1978 e o conheceu na Fundação Fernando Henrique Cardoso,[253] onde trabalhava como secretária-executiva.[254] Em fevereiro de 2014, eles oficializaram a união através de um contrato de união estável com separação de bens.[252]

Religião

Fernando Henrique é agnóstico.[255] Em uma entrevista ao Globo News, em janeiro de 2014, declarou:[255]

No último debate para a eleição municipal de São Paulo em 1985, Boris Casoy perguntou a FHC sobre sua crença em Deus, tendo como resposta de Cardoso que ele (Boris) "disse que não me faria" tal questionamento.[256] O episódio chegou a ser apontado como o responsável pela sua derrota para Jânio, o que em 1994, para a Folha de S. Paulo, Cardoso afirmou discordar ("Mas, sinceramente, não acredito que aquele episódio tenha pesado no resultado da eleição. A própria Tutu (Tutu Quadros, filha de Jânio), dizia que aquela eleição foi roubada"), explicando também que acreditava em Deus, já havendo dito isso em outras oportunidades, e que sua resposta foi no sentido de que aquele tema, por ser íntimo, não deveria entrar em pauta na ocasião.[257] Em 2006, também para a Folha, afirmou ouvir missa pela TV, possuir um rosário na cabeceira e que "a religião está fazendo falta".[258]

Vida pós-presidência

Homenagem filatélica dos Correios para FHC.[259]

Após deixar a presidência, Fernando Henrique começou a ministrar palestras para empresários e intelectuais.[260] Em abril de 2004, as estimativas dos valores de suas palestras rondavam a casa dos 150 mil reais no Brasil e cinquenta mil dólares no exterior.[260] Em fevereiro de 2013, a Folha de S. Paulo e o R7 fizeram a mesma estimativa.[261][262]

Fernando Henrique é membro das diretorias do Clube de Madrid e do Inter-American Dialogue.[263][264] Também é membro consultivo da Clinton Global Initiative,[265] do Watson Institute for International Studies da Universidade de Brown,[266] da United Nations Foundation,[267] do Instituto de Estudos Avançados de Princeton,[268] da Fundação Rockefeller e do Centro da Diplomacia Pública da Universidade do Sul da Califórnia.[269][270] Foi presidente do conselho da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.[271] Em 2007, tornou-se membro do The Elders, grupo idealizado naquele mesmo ano por Nelson Mandela que reúne líderes globais com o objetivo de promover a paz e a defesa dos direitos humanos.[272]

É colunista dos jornais O Estado de S. Paulo, O Globo e Gazeta do Povo, nos quais escreve mensalmente textos sobre a conjuntura política, econômica e as questões sociais no Brasil e no mundo.[273][274][275] Também preside a Fundação Fernando Henrique Cardoso (FFHC), uma instituição think tank sem fins lucrativos que busca reunir sua obra bem como promover discussões sobre o país e a América.[276] Em 2010, ao escrever o prefácio da nova tradução de O Príncipe, acabou por revelar como se viu na presidência da República como um líder realista que conduziu o país para um novo estágio de desenvolvimento.[277]

FHC é presidente de honra do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) desde maio de 2001.[278] Desde que deixou a presidência, descartou qualquer candidatura a cargo público eletivo.[279] Apoiou todas as candidaturas de seus correligionários à presidência do país, discursando em favor de José Serra (2002),[280] Geraldo Alckmin (2006),[281] Serra (2010),[282] Aécio Neves (2014)[283] e Alckmin (2018).[284] Até 2014, Aécio foi o único presidenciável tucano a defender explicitamente o governo FHC.[285] Todos os candidatos do partido chegaram ao segundo turno até a eleição de 2018, quando FHC não manifestou explicitamente apoio a Jair Bolsonaro ou Fernando Haddad. No entanto, descartou qualquer aval à candidatura de Bolsonaro, afirmando que ele "representa tudo o que eu não gosto",[286] bem como "comprometeu-se" com Haddad a defender a liberdade democrática.[287] Em 2021, manifestou arrependimento por ter anulado seu voto no segundo turno de 2018 ao invés de optar por Haddad.[288] No segundo turno da eleição de 2022, FHC apoiou Lula.[289]

Cronologia sumária

Ver também

Notas

  1. Segundo o historiador Alberto da Costa e Silva, o Brasil já teve outros presidentes mulatos, incluindo Rodrigues Alves, Washington Luís e Nilo Peçanha. Contudo, eles escondiam suas origens, porque na época ainda se tratava de tabu.[8]

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Bibliografia

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Bibliografia complementar

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Reflexões sobre a presidência de Fernando Henrique

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  • Bianchi, Alvaro (1997). A Crise Brasileira e o Governo Fhc. São Paulo: Xamã. 147 páginas. ISBN 85-8583325-4 
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Fontes primárias

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