Bahia: diferenças entre revisões
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[[Ficheiro:Mapa da Bahia - 1922.jpg|thumb|Mapa da Bahia em 1922.]] |
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Seu território está situado na fachada atlântica do Brasil. O relevo é caracterizado pela presença de [[planície]]s, [[planalto]]s, e [[depressão (geografia)|depressões]] e as formas tabulares e planas ([[chapada]]s, [[chapadão|chapadões]], [[Tabuleiro costeiro|tabuleiros]]). As altitudes da Bahia são modestas, de modo geral: o território baiano possui uma elevação relativa, já que 90% de sua área está acima de duzentos metros em relação ao [[nível do mar]]. |
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[[Ficheiro:Chapada diamantina.jpg|thumb|Vista da Chapada Diamantina]] |
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Os pontos mais elevados na Bahia são o [[Pico do Barbado]], com 2 033,3 metros, localizado na Serra dos Barbados, entre os municípios de [[Abaíra]] e [[Rio do Pires]] e o [[Pico das Almas]], com 1 836 metros, localizado entre os municípios de [[Érico Cardoso]], [[Livramento de Nossa Senhora]] e [[Rio de Contas]], na Serra das Almas. |
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O planalto e a [[baixada]] são as suas duas grandes unidades morfológicas bastante caracterizadas. |
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Os chapadões e as chapadas presentes no relevo mostram que a [[erosão]] trabalhou em busca de formas tabulares. Um conjunto de chapadões situados a oeste recebe, na altura do estado, o nome de [[Espigão Mestre]]. |
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Os [[planalto]]s ocupam quase todo o estado, apresentando uma série de patamares, por onde cruzam [[rio]]s vindos da [[Chapada Diamantina]], da [[serra do Espinhaço]], que nasce no centro de [[Minas Gerais]], indo até o norte do estado, e a própria Chapada Diamantina, de formato tabular, marcando seus limites a norte e a leste. O planalto [[semi-árido]], localizado no [[sertão brasileiro]], caracterizado por baixas [[altitude]]s. |
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O [[relevo]] que predomina o estado baiano é a [[Depressão (geografia)|depressão]]. |
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As planícies estão situadas na [[litoral|região litorânea]], onde a altitude não ultrapassa os 200 metros. Ali, surgem [[praia]]s, [[duna]]s, [[restinga]]s e até [[pântano]]s. Quanto mais se anda rumo ao interior, mais surgem terrenos com solos relativamente férteis, onde aparecem [[colina]]s que se estendem até o [[oceano]]. As planícies aluviais se formam a partir dos [[rio Paraguaçu|rios Paraguaçu]], [[rio Jequitinhonha|Jequitinhonha]], [[rio Itapicuri|Itapicuri]], de Contas, e [[rio Mucuri|Mucuri]], que descem da região de planalto, enquanto o [[rio São Francisco]] atua na formação do [[vale do São Francisco]], onde o solo apresenta formação calcária. |
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Um único recorte no litoral baiano, determina o surgimento do [[Recôncavo baiano]], cuja superfície apresenta solo variado, sendo muito pouco fértil em algumas áreas, enquanto em outras a fertilidade é favorecida pela presença do [[solo]] [[massapê]], formado por terras de origem [[argila|argilosa]]. |
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[[Ficheiro:Postal3 Praia Itapuan.jpg|thumb|[[Praia de Itapuã]]]] |
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Ao norte, o limite é o [[Rio São Francisco]], no município de [[Curaçá]], divisa com [[Pernambuco]]. Sendo a [[latitude]] 8º 32' 00" e a longitude 39º 22' 49". Ao sul, o limite extremo é a [[Barra]] do [[Riacho Doce]], no município de [[Mucuri]], na divisa com o [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]]. Sendo a latitude 18º 20' 07" e a [[longitude]] 39º 39' 48". No leste, o ponto extremo é a Barra do [[Rio Real]], no município de [[Jandaíra]], na divisa com o [[Oceano Atlântico]]. Sendo a latitude 11º 27' 07" e a longitude 37º 20' 37". O ponto extremo do oeste é o divisor de águas, no município de [[Formosa do Rio Preto]], divisa com o [[Tocantins]]. Sendo a latitude 11º 17' 21" e a longitude 46º 36' 59". |
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O centro geográfico do Estado fica na cidade de Seabra, na Praça Luiz Acosta, defronte ao prédio dos Correios. Coordenadas 12º 25.098 S e 41º48.105 W (informação Google Earth). |
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Revisão das 01h49min de 24 de setembro de 2011
A Bahia ou Baía[3][4][9][10] é uma das 27 unidades federativas do Brasil. É o sétimo estado mais rico do país. Está situada ao sul da Região Nordeste do Brasil e é o maior estado da região, fazendo limites com oito outros estados federados brasileiros, a saber: Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Piauí (N); Tocantins e Goiás (O); Minas Gerais e Espírito Santo (S). A leste, é banhada pelo Oceano Atlântico e tem, com novecentos km, a mais extensa costa de todos os estados do Brasil com acesso ao Oceano Atlântico. Ocupa uma área de 567 295,669 km², sendo pouco maior que a França. Dentre os estados nordestinos, a Bahia representa a maior extensão territorial, a maior população, o maior produto interno bruto, além de ser o estado que mais recebe turistas na região[11].
A capital estadual é Salvador. Além dela, há outras cidades influentes na rede urbana baiana, como as capitais regionais Feira de Santana, Vitória da Conquista, o bipolo Itabuna-Ilhéus, Barreiras e o bipolo Juazeiro-Petrolina,[12] esta última é um município pernambucano e núcleo, junto com Juazeiro, da RIDE Polo Petrolina e Juazeiro. A essas, somam-se, por sua população e importância econômica, três municípios integrantes da Grande Salvador: Camaçari, Lauro de Freitas e Simões Filho; e os municípios interioranos de Alagoinhas, Eunápolis, Jequié, Teixeira de Freitas, Porto Seguro e Paulo Afonso.
Parte mais antiga e primeiro núcleo de riqueza açucareira da América Portuguesa, recebeu a Bahia imenso contingente e enorme influência de trabalhadores compulsórios africanos, trazidos pelos colonizadores europeus para seus engenhos e fazendas, em especial do Golfo da Guiné, das antigamente chamadas costas dos escravos, da pimenta, do marfim e do ouro, no oeste africano, com destaque para o país iorubá e o antigo reino de Daomé. Diferentemente disso, muito depois, o Rio de Janeiro recebeu escravos de Angola e Moçambique. Assim, a influência da cultura africana na Bahia permaneceu alta na música, na culinária, na religião, no modo de vida de sua população, não só ao redor de Salvador e Recôncavo baiano, mas, principalmente, em toda a costa baiana. Um dos símbolos mais importantes do estado é a da negra com o tabuleiro de acarajé, vestida de turbante, colares e brincos dourados, pulseira, saias compridas e armadas, blusa de renda e adereços de pano da costa, a típica baiana.
Foi na Bahia, entre Santa Cruz de Cabrália e Porto Seguro, que a frota de Pedro Álvares Cabral ancorou, no ano de 1500, marcando o descobrimento do Brasil pelos europeus. Em 1º de novembro de 1501, o navegante florentino Américo Vespúcio, a serviço da Coroa portuguesa, descobriu e batizou a Baía de Todos-os-Santos, maior reentrância de mar no litoral desde a foz do Rio Amazonas até o estuário do Rio da Prata. A povoação formada nessas margens tornou-se a primeira sede do governo-geral em março de 1549 com a chegada do fidalgo Tomé de Sousa, a mando do rei D. João III de Portugal para fundar a que seria, pelos próximos 214 anos, a cidade-capital da América Portuguesa.
É conhecida como Terra da Felicidade por causa de sua população alegre e festiva[13]. Possui um alto potencial turístico, que vem sendo muito explorado através de seu litoral, o maior do Brasil, da Chapada Diamantina, do Recôncavo e de outras belezas naturais e de valor histórico e cultural.
Apesar de ser a sétima maior economia do Brasil, com o produto interno bruto superior a 100 000 000 000 de reais, são pouco mais de 8 000 reais de PIB per capita. Isso gera um quadro em que a renda é mal distribuída, se refletindo no Índice de Desenvolvimento Humano: 0,742 em 2005, o nono menor do Brasil, equivalente ao Índice de Desenvolvimento Humano de 2005 do Sri Lanca.
História
Colonização portuguesa
Local de chegada dos primeiros portugueses ao Brasil no ano de 1500, a região do que viria a ser o estado da Bahia começou a ser povoada em 1534. Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral, fundou Salvador, que se tornou a primeira capital do país em 1549, sendo, por muitos anos, a maior cidade das Américas. Em 1572, o governo colonial dividiu o país em dois governos: um, em Salvador e o outro, no Rio de Janeiro. A situação se manteve até 1581, quando a capital do Brasil passou a ser, novamente, apenas Salvador. A capital foi transferida para o Rio de Janeiro definitivamente em 1763 pelo Marquês de Pombal.
Em Salvador, concentrou-se uma grande população de europeus, índios, negros e mestiços - em decorrência da economia centrada no comércio com dezenas de engenhos instalados na vasta região do Recôncavo.
O território original da Bahia compreendia a margem direita do Rio São Francisco (a esquerda pertencia a Pernambuco). Estava, basicamente, dividido entre dois grandes feudos: a Casa da Ponte e a Casa da Torre, dos senhores Guedes de Brito e Garcia d'Ávila, respectivamente - promotores da ocupação de seu território.
Invasões neerlandesas
No século XVII, a grande produção de pau-brasil e de açúcar, mercadorias valorizadas na época, no Nordeste do Brasil, fez essa região integrar-se ao comércio internacional, atraindo também corsários europeus.[14] Assim, Salvador, a sede colonial do Império Português no Brasil, foi visada e atacada por outras potências europeias da época, em especial Inglaterra e Países Baixos, até que, em 1624, foi conquistada pela Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (CIO). Os neerlandeses, liderados por Jacob Willekems e Johan van Dorf[15] e com a participação de Piet Hein[14], chegaram à capital baiana com inúmeras embarcações e mais de 3 600 soldados, enquanto, no outro lado, sem receber reforços, havia apenas oitenta militares que debandaram com a maioria da população na iminência do ataque. Os neerlandeses chegaram à praça deserta, exceto pelo governador, que segurava a espada em riste prometendo defender a cidade até a morte. Foi detido.
Salvador chegou a ficar sob domínio neerlandês por um ano (1624-1625),[14] mas foi retomada por tropas pernambucanas na chamada jornada dos vassalos, com ajuda da esquadra luso-espanhola comandada por Fadrique de Toledo Osorio. No Recôncavo, organizado nas pequenas vilas, prepararam a reação, com ajuda e empenho do Dom Marcos Teixeira de Mendonça, bispo da Bahia.[15]
Nova invasão ocorreu em 1638, período em que Maurício de Nassau dominava boa parte do Nordeste, mas foi fortemente repelida. Embora tenham falhado, Piet Hein e Witte de With, junto a outros que tentaram tomar Salvador, novamente capturaram vários navios portugueses com uma grande carga de açúcar.[14][15]
Conjuração Baiana
Em 1798, a Bahia foi cenário da Conjuração Baiana, que propunha a formação da República Baiense - movimento pouco difundido, mas com repressão superior àquela da Inconfidência Mineira: seus líderes eram negros instruídos (os alfaiates João de Deus Nascimento, Manuel Faustino dos Santos Lira e os soldados Lucas Dantas do Amorim Torres e Luís Gonzaga das Virgens) associados a uma elite liberal (Cipriano Barata, Moniz Barreto e Aguilar Pantoja), mas só os populares foram executados, mais precisamente no Largo da Piedade a 8 de novembro de 1799.
Independência
As lutas pela emancipação tiveram início na Bahia, ainda em 1821 e, mesmo após a declaração de independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, o estado continuou em luta contra as tropas portuguesas até a rendição destas, ocorrida no dia 2 de julho de 1823, após diversas batalhas. A data, feriado estadual, é comemorada pelos baianos como o Dia da Independência da Bahia.
Outras revoltas
Com a independência do Brasil, os baianos exigiram maior autonomia e destaque. Como a resposta foi negativa, organizaram levantes armados que foram sufocados pelo governo central. Foi o caso da Federação do Guanais, levante de 1832.
Em 1834, a Bahia foi palco da Revolta dos Malês (como eram conhecidos os escravos africanos islamizados), tida como a maior revolta escrava da história do Brasil. Com a República, ocorreram outros incidentes políticos importantes, como a Guerra de Canudos e o bombardeio de Salvador, em 1912. A Bahia contribuiu ativamente para a história brasileira e muitos expoentes baianos constituem nomes de proa na política, cultura e ciência do país.
Política
A história da política no estado brasileiro da Bahia confunde-se, muitas vezes, com a política do país - e boa parte dela equivale à mesma, uma vez que Salvador, por muitos anos, foi a capital da Colônia.
Contando sempre com expoentes no cenário político nacional, a Bahia é um dos mais representativos estados da federação.
Durante o período imperial, contou com diversos primeiros-ministros; na fase republicana, estiveram à frente de vários movimentos nacionais baianos como Rui Barbosa, Cezar Zama, Aristides Spínola e outros.
Na República Velha, dominou o cenário estadual José Joaquim Seabra; durante a Era Vargas surgiu a figura de Juracy Magalhães e em contraposição, com a redemocratização do pós-guerra, o socialista Octávio Mangabeira.
Durante o regime militar, surgiu a figura de Antônio Carlos Magalhães, que dominou o cenário político estadual por três décadas, com breve derrota para Waldir Pires, na década de 1980, ocupando o cargo de senador, quando de sua morte.
Poder Executivo
O poder executivo é exercido pelo governador Jaques Wagner (no cargo até 2014) e pelo vice-governador Otto Alencar, com o auxílio dos secretários de estado. O Palácio de Ondina, situado no bairro de Ondina, é a sede do governo.
Poder Legislativo
O poder legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, constituída pelos representantes do povo (deputados estaduais) eleitos em votação direta para o mandato de quatro anos. A Assembleia Legislativa da Bahia possui 63 deputados estaduais.
Assembleia Legislativa
Cabe à Assembleia Legislativa, com a sanção (aprovação) do governador do estado, dispor sobre todas as matérias de competência do estado e especificamente sobre:
- Tributos, arrecadação e distribuição de rendas;
- Planos e programas estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
- Criação, transformação, extinção de cargos, empregos e funções públicas na administração direta, autárquica e fundacional e fixação da renumeração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
- Organização judiciária do Ministério Público, da Procuradoria-Geral do Estado, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas, da Polícia Militar, da Polícia Civil e demais órgãos da administração pública;
- Normas suplementares de direito urbanístico, bem como de planejamento e execução de políticas urbanas.
Tribunal de Contas
O Tribunal de Contas, através de seus conselheiros, auxilia a Assembleia Legislativa na apreciação das contas prestadas anualmente pelo governador do estado, no julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis (fundações, empresas etc.) por dinheiro, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público estadual e as contas que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.
Além deste, possui o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que auxilia as Câmaras municipais na apreciação das contas dos respectivos executivos.
Poder Judiciário
O Tribunal de Justiça possui sede na capital, em prédio denominado Palácio da Justiça, situado no Centro Administrativo da Bahia. A Justiça do Trabalho está ligada à Quinta região, que compreende todo o estado e possui sede na capital. A Justiça Federal está vinculada à primeira região com sede em Brasília.
Subdivisões
A Bahia, assim como todos os outros estados brasileiros, está politicamente dividida em municípios. Ao total, existem 417 municípios baianos, o que torna a Bahia o quarto maior estado segundo a quantidade de municípios.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divide as unidades federativas do Brasil em meso e microrregiões para fins estatísticos de estudo, agrupando os municípios conforme aspectos socioeconômicos. Deste modo, há sete mesorregiões e 32 microrregiões no estado.
Uma outra divisão, desta vez para fins de coordenação de ações de promoção turística, o Programa de Desenvolvimento Turístico (PRODETUR) subdividiu o território baiano em zonas turísticas, as quais são Baía de Todos os Santos, Costa dos Coqueiros, Costa do Dendê, Costa do Cacau, Costa das Baleias, Costa do Descobrimento, Caminhos do Oeste, Chapada Diamantina e Lagos do São Francisco.
Até meados da década de 2000, o Governo da Bahia agrupava os municípios baianos segundo características econômicas, formando as regiões Metropolitana de Salvador, Extremo Sul, Oeste, Serra Geral, Litoral Norte, Sudoeste, Litoral Sul, Médio São Francisco, Baixo-médio São Francisco, Irecê, Chapada Diamantina, Recôncavo Sul, Piemonte da Diamantina, Paraguaçu e Nordeste. Atualmente, essa divisão foi substituída pelos 26 Territórios de Identidade, a saber: Irecê, Velho Chico, Chapada Diamantina, Sisal, Litoral Sul, Baixo Sul, Extremo Sul, Itapetinga, Vale do Jiquiriçá, Sertão do São Francisco, Oeste Baiano, Bacia do Paramirim, Sertão Produtivo, Piemonte do Paraguaçu, Bacia do Jacuípe, Piemonte da Diamantina, Semiárido Nordeste II, Agreste de Alagoinhas/Litoral Norte, Portal do Sertão, Vitória da Conquista, Recôncavo, Médio Rio de Contas, Bacia do Rio Corrente, Itaparica, Piemonte Norte do Itapicuru, Metropolitana de Salvador[16].
A Bahia também é repartida em 26 partes pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh), que, para gestão das bacias hidrográficas e dos recursos hídricos, criou as 26 regiões hidrográficas, chamadas de Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA)[17].
Símbolos oficiais
Na Bandeira do Brasil, o Estado da Bahia é representado pela estrela Gamma Crucis (γ Crucis) da constelação do Cruzeiro do Sul (Crux).[18]
Bandeira
Nenhuma lei existe criando ou disciplinando a bandeira do estado. Foi criada pelo médico baiano Diocleciano Ramos que, numa reunião do Partido Republicano, propôs este símbolo como representativo da agremiação política, em 25 de maio de 1889.
Com forte inspiração na bandeira dos Estados Unidos, mesclada com um triângulo evocativo ao símbolo maçônico já adotado nas conjurações mineira e baiana - muito embora as cores azul, vermelho e branco já tivessem figurado como símbolos da revolta de 1798 conhecida como Revolta dos Alfaiates.
O uso, entretanto, consagrado pelo povo, veio a ser obrigatório por decreto do Governador Juracy Magalhães, em 11 de junho de 1960 (Decreto nº 17628).
Brasão de armas
Constitui-se o brasão de armas do Estado da Bahia dos seguintes elementos:
- Timbre com uma estrela, que simboliza o estado.
- Escudo com uma embarcação com a vela içada, onde um marinheiro acena com um lenço branco. Ao fundo, vê-se o Monte Pascoal, local do primeiro registro visual de terra pela esquadra de Cabral.
- Insígnia com dois tenentes sobre listel com o lema:
- PER ARDVA SVRGO - que significa, numa tradução literal: "Pela dificuldade, venço"[2].
- Tenentes: à esquerda, um homem seminu, com uma marreta, uma bigorna e uma roda, representando a indústria local; à direita, uma mulher com barrete frígio (símbolo da república), carregando a bandeira da Bahia, que jaz atrás do triângulo maçônico.
Encimando o brasão, o nome do estado e, abaixo deste, o nome do Brasil.
Hino
Com letra de Ladislau dos Santos Titara e música de José dos Santos Barreto, o hino faz referência à data máxima do Estado, o 2 de Julho de 1823 - quando o estado, finalmente, tornou-se independente do jugo português e se uniu ao restante do Brasil, após grandes batalhas, referidas na composição - a exemplo de Cabrito e Pirajá.
Geografia
A Bahia é o quinto estado do país em extensão territorial e equivale a 36,3% da área total do Nordeste brasileiro e 6,64% do território nacional. Da área de 567 295,67 km², cerca de setenta por cento encontram-se na região do semiárido. O seu litoral é o maior entre os estados brasileiros, com 1 183 quilômetros. Possui famosas praias, como a Praia de Itapuã, diversas vezes homenageada em músicas e poesias.
Hidrografia
O principal rio é o São Francisco, que corta o estado na direção sul-norte. Com importância análoga, os rios Paraguaçu - maior rio genuinamente baiano - e o de Contas - maior bacia situada apenas no estado -, que se somam aos rios Jequitinhonha, Itapicuru, Capivari, Rio Grande, entre outros, compõem um total de dezesseis bacias hidrográficas.
O estado encontra-se com 57,19% de seu território dentro do polígono das secas, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).[19]
Em março de 2009, através da resolução número 43 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh) o estado foi dividido em 26 regiões, chamadas de Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA).[17]
Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA):
Aff,to mto cansado quero saber qual é a capital do rio.eu nao sei,gente me ajuda por favor
Clima
Devido à sua latitude, o clima tropical predomina em toda a Bahia, apresentando temperaturas elevadas, em que as médias de temperatura anuais, em geral ultrapassam os 30 °C, entretanto na serra do Espinhaço as temperaturas são mais amenas e agradáveis. Contudo, no sertão, o clima é o semiárido, em que os índices pluviométricos são bastantes baixos, sendo comuns os longos períodos de seca.
Há distinções apenas quanto aos índices de precipitação em cada uma das diferentes regiões. Enquanto que no litoral e na região de Ilhéus, a umidade é maior, e os índices de chuvas podem ultrapassar os 1 500 mm anuais, no sertão pode não chegar aos quinhentos mm anuais.
A estação das chuvas é irregular, consequentemente podendo falhar totalmente em certos anos, desencadeando a seca, que é mais marcante no interior, com exceção para região do vale do rio São Francisco.
Vegetação
Fitogeograficamente, possui três grandes formações vegetais: a caatinga, a vegetação predominante, a floresta tropical úmida e cerrado. A caatinga se localiza em toda a região norte, na área da depressão do São Francisco, e na serra do Espinhaço, deixando para o cerrado apenas a parte ocidental e para a floresta tropical úmida, o sudeste.
A floresta tropical úmida sofreu forte impacto da exploração antrópica, em que se devastou madeiras de lei. Nesses locais, vem ocorrendo o reflorestamento com o eucalipto.
Ecologia
Foram criadas 36 áreas de proteção ambiental (APAs), totalizando 128 unidades de conservação cadastradas no estado, instituídas por decretos e portarias federais, estaduais e municipais. A incidência das APAs se deve a sua adequação e orientação às atividades humanas sendo mais flexíveis. Considerando os diferentes biomas, cerrado, caatinga e floresta (Mata Atlântica), constata-se que com maior percentual de unidades de conservação encontra-se em áreas de florestas devido à sua fragmentação e estado de degradação. As Reservas Particulares (RPPN) surgem como opção de preservação totalizando 46 unidades.
Além dessas formas de estabelecer áreas protegidas, há os parques estaduais e nacionais, também protegidas por lei. São sete nacionais (Marinho dos Abrolhos, Chapada Diamantina, Descobrimento, Grande Sertão Veredas - também localizado em Minas Gerais -, Monte Pascoal e Nascentes do Rio Parnaíba - também localizado no Piauí, Maranhão e Tocantins - e Pau Brasil) e três estaduais (Serra do Conduru, Morro do Chapéu e Sete Passagens).
Entretanto, nem sempre o meio ambiente está livre de poluição na Bahia. Acidentes e crimes ambientais como queimadas, contaminação por metais pesados e derramamento de petróleo e de outros derivados de combustíveis fósseis são alguns dos principais problemas ambientais baianos. O caso mais recente ocorreu na Praia de Caípe, no município de São Francisco do Conde, onde cerca de 2,5 metros cúbicos de óleo provenientes da Refinaria Landulpho Alves, provocando não só impactos ambientais como econômicos.[20]
Demografia
De acordo com estimativas de 2007 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a Bahia é o quarto estado brasileiro mais populoso e o 15º mais povoado, com uma população de 14 080 654 habitantes distribuída em 567 295,7 km² resultando em 24,93 hab./km². Se fosse um país, a Bahia seria o 65º em população, entre o Camboja (64º: 14 132 398 hab.) e o Equador (65º: 13 752 593 hab.) e 149º em densidade demográfica, entre a República Democrática do Congo (148º: 25 hab./km²) e o Moçambique (149º: 24 hab./km²) e à frente do Brasil (150º: 21 hab./km²).
Em relação aos ciganos, a Bahia é o estado brasileiro onde há a maior quantidade de grupos vivendo, segundo pesquisa inédita do IBGE.[21]
Etnias
Cor/Raça | Porcentagem[22] |
---|---|
Pardos | 63,4% |
Brancos | 20,3% |
Pretos | 15,7% |
Amarelos ou indígenas | 0,6% |
A Bahia é o centro da cultura afro-brasileira e boa parte da sua população é de origem africana, com uma maior porcentagem de pardos, seguidos por brancos, pretos e ameríndios.
Um estudo genético realizado no Recôncavo Baiano confirmou o alto grau de ancestralidade africana na região. Foram analisadas pessoas da área urbana dos municípios de Cachoeira e Maragojipe, além de quilombolas da área rural de Cachoeira. A ancestralidade africana foi de 80,4%, a europeia 10,8% e a indígena 8,8%.[23]
Um estudo genético realizado na população de Salvador confirmou que a maior contribuição genética da cidade é a africana (49,2%), seguida pela europeia (36,3%) e indígena (14,5%). O estudo também concluiu que indivíduos que possuem sobrenome com conotação religiosa tendem a ter maior grau de ancestralidade africana (54,9%) e a pertencer a classes sociais menos favorecidas.[24]
Populações indígenas
As populações indígenas localizados na Bahia pertencem, em grande maioria, ao tronco linguístico macro-jê. Dentre elas, estão os grupos indígenas Pataxó, Pataxó-hã-hã-hãe, Quiriri e o extinto Camacã. Grande parte dos índios vem perdendo o hábito do idioma materno, passando a falar a língua portuguesa. As tribos e aldeias indígenas estão bastante distribuídas pela Bahia em terras e reservas indígenas.
Etnias indígenas | Pessoas[25] |
---|---|
Atikum | 249 |
Kaimbé | 903 |
Kantaruré | 332 |
Kiriri | 2 167 |
Pankararé | 1 304 |
Pankaru | 107 |
Pataxó | 11 084 |
Tupinambá | 4 083 |
Pataxó-Hã-Hã-Hãe | 2 388 |
Truká | 131 |
Tumbalalá | 1 090 |
Tuxá | 1 568 |
Xukuru-Kariri | 55 |
Total | 25 816 |
De acordo com informações da ANAÍ-Bahia e da FUNAI, os pataxós vivem, principalmente, na costa do Atlântico Sul, no municípios de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Prado e Itamaraju; os pataxós-hã-hã-hães vivem no sudeste baiano nas Áreas Indígenas Fazenda Baiana e Caramuru/Paraguassu; os ribeirinhos tuxás vivem nas margens do rio São Francisco no norte de Bahia, nas Áreas Indígenas Ibotirama (município de Ibotirama), Rodelas e Nova Rodelas (município de Rodelas), e também em Pernambuco; os pancararés (Pankararé) que vivem nas Áreas Indígenas Brejo do Burgo e Pankararé, localizadas ao norte da Estação Ecológica Raso da Catarina, nos municípios de Nova Glória e Glória; os índios quiriris (Kiriri) moram na Terra Indígena Kiriri, entre os municípios de Ribeira do Pombal e Banzaê, e na Área Indígena Barra à margem esquerda do São Francisco, no município de Muquém de São Francisco; vizinhos a estes, os caimbés (Kaimbé) estão espalhados pela Área Indígena Massacará e pelas localidades de Muriti e Tocas, todas dentro do município de Euclides da Cunha; já os índios tumbalalás vivem no antigo aldeamento do Pambu, também às margens do São Francisco entre os municípios de Abaré e Curaçá; os cantarurés (Kantaruré) habitando a Terra Indígena Kantaruré da Batida, no município de Glória; a pequena etnia dos pancarus (Pankaru) que habitam a Reserva Indígena Vargem Alegre, localizada ao norte da serra do Ramalho, no município de Bom Jesus da Lapa.[26]
Há também a presença dos tupinambás de Olivença em Ilhéus, Una e Buerarema, geréns, trucás (Truká ou Tur-Ká), aticuns-umãs (Aticum ou Atikim-Umã) e Xukuru-Kariris. O território baiano foi habitado ainda pelos sapuiás e camacãs.
É no sul da Bahia que está localizada a Aldeia da Pedra Branca, à qual pertencia o índio Galdino, que foi queimado vivo por jovens de classe média-alta num ponto de ônibus de Brasília, em 1997.
Cidades mais populosas
A cidade mais populosa do estado é Salvador (capital do estado, com 2 998 056 habitantes), que também é a terceira cidade brasileira mais populosa, sendo seguida por Feira de Santana, Vitória da Conquista, Juazeiro, Ilhéus, Itabuna, Camaçari, Barreiras, Jequié, Lauro de Freitas, Teixeira de Freitas e Porto Seguro.
Bahia (Estimativa 2024 do IBGE)[27] | Municípios mais populosos da |||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Salvador Feira de Santana | |||||||||||
Posição | Localidade | Região intermediária | Pop. | Posição | Localidade | Região intermediária | Pop. | ||||
1 | Salvador | Salvador | 2 568 928 | 11 | Jequié | Vitória da Conquista | 168 733 | ||||
2 | Feira de Santana | Feira de Santana | 657 948 | 12 | Alagoinhas | Salvador | 160 662 | ||||
3 | Vitória da Conquista | Vitória da Conquista | 394 024 | 13 | Teixeira de Freitas | Ilhéus-Itabuna | 153 332 | ||||
4 | Camaçari | Salvador | 319 394 | 14 | Eunápolis | Ilhéus-Itabuna | 120 515 | ||||
5 | Juazeiro | Juazeiro | 254 481 | 15 | Simões Filho | Salvador | 120 394 | ||||
6 | Lauro de Freitas | Salvador | 217 960 | 16 | Paulo Afonso | Paulo Afonso | 119 128 | ||||
7 | Itabuna | Ilhéus-Itabuna | 196 676 | 17 | Luís Eduardo Magalhães | Barreiras | 116 662 | ||||
8 | Ilhéus | Ilhéus-Itabuna | 189 028 | 18 | Santo Antônio de Jesus | Santo Antônio de Jesus | 109 267 | ||||
9 | Porto Seguro | Ilhéus-Itabuna | 181 007 | 19 | Guanambi | Guanambi | 93 065 | ||||
10 | Barreiras | Barreiras | 170 667 | 20 | Valença | Santo Antônio de Jesus | 90 028 |
Economia
A Bahia responde por cerca de trinta por cento do produto interno bruto do Nordeste brasileiro e por mais da metade das exportações da região. É o sétimo estado brasileiro que mais produz riqueza. A economia do estado baseia-se na indústria (química, petroquímica, informática, automobilística e suas peças), agropecuária (mandioca, feijão, cacau e coco), mineração, turismo e nos serviços. Existe o importante Polo petroquímico de Camaçari, onde funciona, entre outros empreendimentos, uma montadora Ford, estando o complexo industrial localizado na cidade de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. As atividades agropecuárias ocupam cerca de setenta por cento da população ativa do estado.
Anos | PIB (em reais) |
PIB per capita (em reais) |
---|---|---|
2002 | 60 671 843 | 4 525 |
2003 | 68 146 924 | 5 031 |
2004 | 79 083 228 | 5 780 |
2005 | 90 942 993 | 6 583 |
Setor primário
Agricultura
A agricultura está dividida em grande lavoura comercial, a pequena lavoura comercial e a agricultura de subsistência. A grande lavoura está baseada na cultura da cana-de-açúcar e integrada com modernas usinas e na do cacau. Entre as pequenas culturas comerciais, a mandioca, o coco-da-baía, o fumo, o café, o agave, o algodão, a cebola, dendê (e consequente azeite-de-dendê) são as produções em destaque. As culturas de subsistência estão em todo o território, sendo que a cultura da mandioca é a mais importante, seguida pelo feijão, o milho, o café e a banana.
A Bahia é o primeiro produtor nacional de cacau, sisal, mamona, coco, feijão e mandioca, sendo os dois últimos mais voltados para a subsistência do que para a comercialização. A região de Itabuna é uma das mais propícias áreas para o cultivo do cacau em toda a Bahia. Tem bons índices também na produção de milho e cana-de-açúcar.
Outra região do estado que merece a devida atenção é aquela compreendida pelo Rio São Francisco, conhecida também como Vale do São Francisco, compreendendo as cidades de Juazeiro, Curaçá, Casa Nova, Sobradinho, dentre outras. A região é a maior produtora de frutas tropicais do país, essa fruticultura é irrigada, tem crescido e exporta para os mercados europeu, asiático e estadunidense.
Além de ser o principal produtor de cacau, é também o principal exportador de cacau no Brasil. Recentemente, o cultivo da soja aumentou substancialmente no oeste do estado.
Pecuária
Importante elemento da economia baiana, a pecuária bovina ocupa hoje o sexto lugar nacional, enquanto a caprina registra atualmente os maiores números do setor em todo o Brasil, mas também se destacando os rebanhos de ovinos.
Extrativismo
As atividades extrativas vegetais têm pequena participação na economia baiana. Entretanto tem reservas consideráveis de minérios e de petróleo. A mineração baseia-se essencialmente na produção de ouro, cobre, magnesita, cromita, sal-gema, barita, manganês, chumbo, urânio, ferro, talco, columbita, prata, cristal de rocha e zinco.
Setor secundário
Indústria
A indústria na Bahia é relativamente modesta, apesar do crescimento dos últimos 20 anos, não representa uma grande força econômica no estado, volta-se para os setores da química, petroquímica, agroindústria, informática, automobilística e suas peças, produtos alimentares, têxtil e fumo.
Porém na cidade de Salvador, estão concentradas as indústrias metalúrgicas, mecânicas, gráficas, de material elétrico e comunicações.
Com um crescimento sustentado de grupos de pesquisa a uma taxa de 30% ao ano, a Bahia saltou da 9ª para a sexta posição [29] no ranking nacional em 2005, abrindo espaço para o projeto da Tecnovia: um grande parque tecnológico em Salvador, tendo como prioridades TI, biotecnologia e energia. A primeira área do complexo tem previsão para ser inaugurada em 2010[30].
A primeira biofábrica do país se encontra na cidade sertaneja de Juazeiro, no vale do Rio São Francisco.
Energia
Conta com abundante suprimento de energia elétrica, fornecido pelo complexo hidrelétrico de Paulo Afonso e pelas hidrelétricas de Sobradinho e Itapebi, que juntas produzem quase seis mil megawatts de energia.
A Bahia é dos maiores produtores nacionais de petróleo e gás natural. Há um importante centro petroquímico foi criado em Camaçari, o Polo Petroquímico de Camaçari, e uma refinaria em São Francisco do Conde, a Refinaria Landulpho Alves, ambas as construções estão localizadas na região metropolitana de Salvador.
Setor terciário
A Chapada é um dos polos turísticos mais completos do Brasil. Dispõe de aeroportos, boa malha rodoviária, hotéis de alto padrão com selos de reconhecimento como o do grupo "Roteiro de Charme". Por causa do turismo, a Chapada Diamantina passou a ser uma das áreas mais desenvolvidas da Bahia. Os principais municípios são: Lençóis, Andaraí, Mucugê e Palmeiras.
Os principais veículos da imprensa baiana são o tradicional jornal A Tarde, que também possui uma emissora de rádio; a TV Salvador (emissora local), Correio da Bahia, TV Bahia e outras emissoras que transmitem a Rede Globo no interior do estado, todas as empresas da Rede Bahia; o jornal Tribuna da Bahia; a emissora de TV Band Bahia, e a emissora da Bandnews FM em Salvador; e as emissoras de televisão TV Aratu, TV Educativa da Bahia (mantida pelo governo estadual), TV Itapoan e a TV Cabrália. Destacam-se três grupos de mídia baianos: a Rede Bahia de Televisão, o Grupo A TARDE e o Grupo Metrópole.
Infraestrutura
Educação
Ano | Português | Redação |
---|---|---|
2006[31] Média |
33,27 (17º) 36,90 |
51,53 (11º) 52,08 |
2007[32] Média |
46,79 (14º) 51,52 |
56,23 (8º) 55,99 |
2008[33] Média |
36,70 (19º) 41,69 |
58,71 (12º) 59,35 |
A Bahia possui um longo histórico na área de educação, desde os primeiros jesuítas que já no século XVI instalaram escolas em Salvador, então a capital da Colônia. Educadores de renome como Abílio Cezar Borges, Ernesto Carneiro Ribeiro e Anísio Teixeira capitanearam o proscênio educacional do país.
A escola pública na Bahia é basicamente estadual e municipal, sendo que o município tem uma preocupação maior com a ensino fundamental (primeira à quarta série) e o governo estadual com a educação fundamental também, mas só da quinta à oitava série, além do ensino médio. O governo federal tem pouca participação na formação direta da população, porém muitos recursos utilizados por estas instituições escolares são provenientes dos fundos federais.
Atualmente, a Bahia conta com oito universidades, sendo quatro públicas estaduais (UNEB, UEFS, UESB e UESC), duas públicas federais (UFBA e UFRB) e duas particulares/privadas (UCSal e UNIFACS). Além dessas, o estado conta ainda com a UNIVASF sediada em Petrolina (PE), que possui um campus em Juazeiro.
De acordo com a edição de julho de 2008 do Ranking Web of World Universities, somente sete instituições de ensino superior baianas estão presentes entre as 119 melhores brasileiras que fazem parte das 5 000 melhores do mundo. Reputa-se como a melhor universidade do estado da Bahia a Universidade Federal da Bahia, que é também a melhor de todo o norte e nordeste brasileiro, ocupando o 692º lugar entre as melhores universidades do mundo, o 17º entre as latino-americanas e o 11º entre brasileiras. Após a UFBA, figura a UNIFACS que está na 3 560ª posição no mundo e 76ª no Brasil, seguida da UEFS (3 733º no mundo e 82º no Brasil), da UNEB (4 037º no mundo e 92º no Brasil), FIB (4 060º no mundo e 93º no Brasil), da UESC (4835º no mundo e 116º no Brasil) e da UESB (4 872º no mundo e 118º no Brasil).[35]
Transportes
Tendo Feira de Santana como eixo polarizador, o sistema rodoviário tem como vias principais a BR-242, que liga Salvador ao oeste baiano e à capital federal; a BR-101 de sentido norte/sul com traçado paralelo ao litoral; a BR-116 que liga a metrópole ao sudoeste, além da BR-324, que liga Feira de Santana a Salvador. Outras rodovias estaduais e federais atendem ao tráfego de longa distância ou atendem as sedes dos municípios fazendo parte de um sistema combinado que se complementam a exemplo da BR-110, BR-415, BR-407, BA-099, e BA-001 rodovia litorânea.
A Bahia conta com quatro portos, sendo o de Aratu, o de Ilhéus e o de Salvador marítimos e o de Juazeiro fluvial. O de Ilhéus é o maior exportador de cacau do Brasil.
A Bahia conta com dez aeroportos, sendo o Internacional Dois de Julho, também conhecido como Internacional de Salvador Deputado Luís Eduardo Magalhães, o quinto aeroporto mais movimentado do Brasil o primeiro do nordeste e o 20° da América Latina, respondendo por mais de trinta por cento do movimento de passageiros dessa região do país. Os outros são Aeroporto de Barreiras, em Barreiras; Aeroporto João Durval Carneiro, em Feira de Santana; Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus; Aeroporto Horácio de Mattos, em Lençóis; Aeroporto de Paulo Afonso, em Paulo Afonso; Aeroporto de Porto Seguro, em Porto Seguro; Aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo, em Vitória da Conquista; Aeroporto de Valença, em Valença; e Aeroporto de Caravelas, em Caravelas.
A Bahia é cortada por várias ferrovias,[36] entre elas estão a Estrada de Ferro Bahia-Minas, que vai de Caravelas, na Bahia, ao norte de Minas,[37] e a Viação Férrea Federal do Leste Brasileiro, que integrava a Bahia com os estados de Minas Gerais, Sergipe, Pernambuco e Piauí.[38] Além dessas duas interestaduais, existe a Estrada de Ferro de Nazaré e a de Ilhéus, esta última possuía projetos de expansão para chegar a Vitória da Conquista e para ligar a outras do estado e à E. F. Bahia-Minas.[39] Todas essas linhas férreas já não estão mais em atividade.[37][38][39]
Está sendo construído o primeiro metrô do estado da Bahia, o Metrô de Salvador.
Saúde
A saúde na Bahia não é das melhores do país, problemas típicos da saúde brasileira ocorrem no estado. Algumas doenças tem altos índices de doentes, como o câncer de mama, que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, atinge cerca de dois mil novos casos anualmente.[40] Apesar disso, certas práticas que poderiam salvar muitas vidas não são comuns no estado, a exemplo da doação de órgãos. 60% das famílias baianas se recusam a doar órgãos de parentes, índice bem maior do que a média nacional que é de 25%.[41]
Entre as doenças mais comuns, estão a dengue e a meningite, as quais estão alastrando-se por todo o território baiano e não apenas infectam os baianos, mas também provocam a morte.[42][43]
Na parte da estrutura, destaca-se o Hopital Geral do Estado (HGE) na Bahia, mas também há outros como o Hospital Santo Antônio, Hospital Sarah Kubitschek, Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos.
As ciências médicas estão também organizadas, assim, as sociedades científicas Academia de Medicina da Bahia e Academia de Medicina de Feira de Santana desenvolvem e publicam as pesquisas médicas dos especialistas baianos.
Cultura
Esporte
Museus
Alguns museus da Bahia são Museu Afro-Brasileiro, Museu de Arte da Bahia, Museu de Arte Moderna da Bahia, Memorial dos Governadores Bahia, Museu Carlos Costa Pinto, Museu Henriqueta Catharino, Fundação Casa de Jorge Amado e Museu Geográfico da Bahia. No interior do estado, destaca-se o Museu Histórico de Jequié, com um importante acervo sobre a história e cultura da região sudoeste. O Museu dos Humildes em Santo Amaro, arte sacra, o Hansen em Cachoeira, o Danneman em São Felix, com sua Bienal do Recôncavo.
Festas
Na Bahia, ocorrem várias festas durante o ano todo. As principais são a Lavagem do Senhor de Bonfim, o Carnaval da Bahia e as diversas micaretas que ocorrem no ano todo sendo este evento momesco fora de época uma criação baiana. Há também a Festa junina São João com destaque para a cidade de Cruz das Almas e Irecê que todos os anos trazem grandes atrações da música brasileira. Ainda tem a tradicional Vaquejada de Serrinha, que acontece sempre junto ao feriado de 7 de setembro.
Em Salvador, acontece sempre, no começo do ano, o Festival de Verão de Salvador. Em Vitória da Conquista, durante o inverno, acontece o Festival de Inverno.
Literatura
No período mais recente, temos uma Bahia pródiga de autores imortais, como Castro Alves, Adonias Filho, Jorge Amado, e João Ubaldo Ribeiro. Os dois últimos são autores excepcionais, de literatura fácil e rica de detalhes sobre a Bahia. São, ao mesmo tempo, radiografias da vida no estado. No entanto, ao se falar em romances, a "produção" está reduzida, restringe-se a pequenos versos e passagens que remontam o estilo medieval.[44] Paralelamente, a literatura de cordel persiste principalmente no sertão, onde violeiros transmitem a tradição cordelista por meio de sua cantoria.[44]
Artesanato
No campo do artesanato da Bahia, destacam-se a cerâmica decorativa, marca da influência indígena, a renda de bilros e outros tipos de bordados, bonecas de pano, os santeiros e carrancas, objetos feitos de couro, metal, pedras e os destinados à cozinha, como o pilão e gamela.[44]
Música
Nas últimas décadas, a Bahia tem sido um verdadeiro celeiro musical. Surgiram muitos artistas (músicos, instrumentistas, cantores, compositores e intérpretes) de grande influência no cenário musical nacional e internacional. Tendo a maior cidade das Américas durante muitos séculos, sua capital foi local dos nascimentos, a partir da influência africana, do samba de roda, seu filho samba, o lundu e outros tantos ritmos, movidos por atabaques, berimbaus, marimbas - espalhando-se pelo resto do Brasil, e ganhando o mundo.
Na Bahia nasceram expoentes brasileiros do samba, do pagode, do tropicalismo, do rock nacional, da bossa nova, axé e samba-reggae. Alguns dos principais nomes são Pitty, Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia, Daniela Mercury, Tom Zé, Novos Baianos, Raul Seixas, Marcelo Nova, João Gilberto, Carlinhos Brown, Ivete Sangalo, Luiz Caldas, Margareth Menezes, Dinho (do Mamonas Assassinas) etc.
Carnaval
A história começou em 1950, quando Dodô e Osmar inventaram o Trio Elétrico. O negro reconquista sua identidade e ganha força nos Filhos de Gandhi, o Olodum, e blocos como o Ilê Aiyê, que une música ao trabalho social. O Carnaval de Salvador é atualmente a maior festa popular do planeta e bate recordes contando com mais de 2 700 000 foliões em seis dias de festa. Durante o período do carnaval de Salvador, dezenas dos cantores mais famosos do Brasil desfilam nos trios elétricos como, Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Cláudia Leitte, Eliana e muitos outros.
Culinária
Do candomblé ou do tabuleiro da Baiana brotam o acarajé, o abará, o vatapá e tantos pratos temperados pelo azeite de dendê, festejando aos santos, como o caruru ou festejando a vida, como a moqueca e o quindim, a Bahia tem uma grande variedade de pratos típicos.
Dialeto
Diferentemente da satirização feita pelos grandes meios de comunicação, o dialeto falado na Bahia, segundo alguns linguistas, seria parte integrante do grupo sulista, sendo, portanto, um dialeto próprio, assim como os dialetos do nordeste. Entretanto, algumas gírias soam estranhas para outras regiões do país, como os famosos oxente, massa (no sentido de coisa boa) e aonde (utilizado para negar uma frase).
Cinema
O cinema na Bahia é promovido e incentivado pela Diretoria de Artes Visuais e Multimeios (DIMAS), além da Associação Baiana de Cinema e Vídeo (ABCV / ABD-BA), membro da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas.
Na Bahia, ocorrem vários festivais e encontros de cinema e cineclubismo, entre eles:
- Bahia Afro Film Festival, em Salvador;[45]
- Encontro Baiano de Animação, em Salvador.[46]
- Feira Mostra Filmes, em Feira de Santana;[47]
- Festival Brasilidades, em Feira de Santana;[48]
- Festival Nacional de Vídeo - A Imagem em 5 Minutos, em Salvador;[49]
- FIM! - Festival da Imagem em Movimento, em Salvador;[49]
- Jornada Internacional de Cinema da Bahia, em Salvador;[49]
- Mostra Cinema Conquista, em Vitória da Conquista;[50]
- Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual, em Salvador.[51]
- Vale Curtas - Festival Nacional de Curtas-Metragens do Vale do São Francisco, em Juazeiro e Petrolina;[52]
Também há várias produções cinematográficas nacionais que possuem como tema a Bahia ou algo a ela relacionado, a exemplo de Cidade Baixa e Ó Paí, Ó.
O estado também é berço de grandes nomes do cinema nacional, como os atores Lázaro Ramos e Wagner Moura e os cineastas Glauber Rocha e Roberto Pires.
Valorizando o cinema baiano, a TVE-BA exibe às sextas-feiras, a sessão de filmes Sextas Baianas.[53] E a DIMAS exibe a sessão Quartas Baianas, especialmente dedicada ao resgate e à valorização da produção local, com entrada franca, na Sala Walter da Silveira, às quartas-feiras, às 8h da noite.[54]
Pontos turísticos
Outra principal indústria é o turismo, ao longo da costa da Bahia, que é o estado brasileiro com o maior litoral, as bonitas praias e os tesouros culturais fazem-lhe um dos principais destinos turísticos do Brasil. Além da ilha de Itaparica e Morro de São Paulo, há um grande número de praias entre Ilhéus e Porto Seguro, na costa sudeste, o norte litoral da área de Salvador, esticando para a beira com Sergipe, transformou-se um destino turístico importante, o qual ficou conhecido como Linha Verde. A Costa do Sauípe contém um dos maiores hotéis-resorts do Brasil.
No ecoturismo, se destaca a Chapada Diamantina. Região apontada por entidades turísticas, brasileiras e estrangeiras, como melhor destino do País.
Segundo a pesquisa Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro 2009, realizada pelo Vox Populi em novembro de 2009, a Bahia é o destino turístico preferido dos brasileiros,[55] já que 21,4% dos turistas que pretendem viajar nos próximos dois anos optarão pelo estado. A vantagem é grande para os demais, Pernambuco, com 11,9%, e São Paulo, com 10,9%, estão, respectivamente, em segundo e terceiro lugares nas categorias pesquisadas.
Religião
O catolicismo é a religião dominante no estado, e também a primeira forma organizada de culto que se introduziu no país, desde a celebração da primeira missa no Brasil. Em Salvador foi erguida a primeira igreja em solo brasileiro, graças à Catarina Paraguaçu, onde hoje é o bairro da Graça. A capital baiana possui centenas de templos católicos, sendo a cidade a sede do governo católico no país, morada do Arcebispo Primaz. A padroeira do estado é Nossa Senhora da Conceição da Praia, cujo templo é alvo de culto. Apesar disso, o mais famoso é o culto ao Senhor do Bonfim, sendo considerado popularmente como padroeiro.[56] Possui ainda centro de peregrinação de Bom Jesus da Lapa, alvo de romarias anuais, além das igrejas seculares do Recôncavo com suas novenas. Possui a Arquidiocese de Vitória da Conquista,Arquidiocese de Feira de Santana entre outras. Ressalta dentro do catolicismo as figuras das freiras Joana Angélica, Irmã Dulce e Irmã Lindalva.
O sincretismo, entretanto, com as religiões de origem africana, que na Bahia mais que em qualquer outra parte do país se mantiveram vivas, veio a misturar o candomblé com o catolicismo (como a Irmandade da Boa Morte e a Irmandade dos Homens Pretos) e outras variantes cristãs. Surgiu ali, então, religiões mistas, como o Cabula e a Umbanda. Sobressai, neste campo, a figura cultuada de Mãe Menininha do Gantois, e os terreiros como o Opo Afonjá, além de toda uma cultura que permeia as crenças do povo baiano.
Desde o início do século XX, a Bahia é palco de missões evangélicas protestantes, que redundaram na capital na fundação do Colégio Dois de Julho e na presença de missionários como Henry John McCall. Hoje, todo o estado testemunha o crescimento das múltiplas denominações cristãs.
Feriados
Data | Nome | Observações |
---|---|---|
2 de julho | Independência da Bahia | Em comemoração ao fato histórico ocorrido nesta data. |
Personalidades
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Maio de 2011) |
Este artigo ou parte de seu texto pode não ser de natureza enciclopédica. |
Acelino Freitas (Popó). |
A Bahia é o berço de personalidades nacionais e internacionais, tais como:
- O diplomata e advogado Ruy Barbosa, importante jurista brasileiro;
- O jurista Augusto Teixeira de Freitas, responsável por um dos esboços do código civil brasileiro que influenciou os códigos civis da Argentina, do Paraguai e do Uruguai.
- O escritor Jorge Amado, que é um dos escritores com mais livros traduzidos no mundo.
- O poeta abolicionista Castro Alves, autor do poema O Navio Negreiro.
- O educador Anísio Teixeira, difusor dos pressupostos do movimento da Escola Nova.
- O cantor e compositor Dorival Caymmi.
Na pintura, destaca-se o famoso Mário Cravo com obras espalhadas pelo Brasil, além de Carybé, Sante Scaldaferri, Lucília Fraga, Prisciliano Silva e Mendonça Filho.
Na música, os exemplos mais conhecidos são João Gilberto (criador da Bossa Nova), Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa, Tom Zé, Assis Valente, Simone, na MPB; Margareth Menezes, Daniela Mercury, Ivete Sangalo no axé; Raul Seixas, Pitty,Pepeu Gomes, Marcelo Nova e Dinho, do Mamonas Assassinas, no rock; no brega, Anísio Silva e Waldick Soriano; era baiano Xisto Bahia, o primeiro cantor a ter sua obra gravada em disco no país, como também é da Bahia um dos maiores estudiosos de nossa música popular, Ricardo Cravo Albin.
Nos esportes, destacam-se Tony Kanaan (campeão da Fórmula Indy), Dida, o ex-goleiro da Seleção de Futebol, jogador de futebol da seleção brasileira e atualmente no Barcelona Daniel Alves , Popó, pugilista campeão mundial em duas categorias do boxe, o lutador de MMA Antônio Rodrigo Nogueira e seu irmão gemeo também lutador de MMA Rogério Nogueira ,Ricardo, formando dupla com Emanuel, conquistaram a inédita medalha de ouro nas Olimpíadas de Atenas-2004 no vôlei de praiae o ex-jogador de futebol da seleção brasileira tetra campão Bebeto.
Nas artes cênicas (teatro, cinema e televisão) estão importantes atores como Lázaro Ramos, Priscila Fantin, Wagner Moura, Regina Dourado,Zéu Britto, Giovanna Gold, Othon Bastos, Antonio Pitanga o humorista Claudio Manoel e o cineasta Glauber Rocha.
Dentre modelos, pode-se citar Adriana Lima,Ingra Liberato, esta última também atriz,e a eterna Miss Brasil Martha Rocha e a miss Universo 1968 Martha Vasconcellos .
Na política, desde os tempos do Império, diversos baianos se destacaram no cenário nacional, como o Marquês de Abrantes,Visconde do Rio Branco, Luís Viana, Cezar Zama, Hermes Lima, Antônio Carlos Magalhães,Antônio Carlos Magalhães Neto, Newton Cardoso e o ex-presidente Itamar Franco, dentre outros tantos.
Na literatura, é grande a contribuição cultural baiana, desde os inícios das letras no país, com Gregório de Matos e Frei Vicente do Salvador; Castro Alves, Jorge Amado,Afrânio Peixoto, Dias Gomes, Luís Gama, Adonias Filho, João Ubaldo Ribeiro, Emídio Brasileiro e muitos outros.
Na geografia, Teodoro Sampaio e Milton Santos são expoentes do estado.
Notas e referências
Notas
↑ Na variante europeia da língua portuguesa (destacando aí Portugal), a grafia também correta e usual é Baía; os dicionários portugueses como o da Porto Editora,[57][58][59] da Texto Editores e o da Academia de Ciências de Lisboa, que é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, definem a palavra baiano como alguém que é originário do estado brasileiro da Baía, não utilizando a grafia Bahia.
↑ A grafia Bahia não respeita as regras usuais da atual ortografia da língua portuguesa, mas estava consagrada como exceção no Formulário Ortográfico de 1943, ponto 42. O AO 1990 não discute o assunto: não confirma a exceção, nem explicitamente a anula.[60][61] Ainda que a grafia Bahia seja quase universalmente adotada pela população brasileira de falantes da língua, tal grafia continua a suscitar dúvidas aos gramáticos e lexicógrafos. Por exemplo, Evanildo Bechara, um dos mais reputados ortógrafos e lexicógrafos brasileiros, considera a grafia Bahia, «um capricho imposto à nação»[62] Napoleão Mendes de Almeida[63] qualifica a grafia Bahia como «espúria».
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Referências
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Ver também
Ligações externas
- «Governo da Bahia»
- «Bahia.com.br»
- «Bahiatursa». órgão oficial de turismo da Bahia.
- «Secretaria da Cultura e Turismo do estado da Bahia»
- «Tribunal de Justiça do estado da Bahia»
- «Página do IBGE sobre a Bahia»
- «Atlas digital da Bahia (PDF)». dados sobre municípios baianos, inclusive com mapas detalhados.
- «Dicionário de Baianês»