Dilma Rousseff: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Dilma e Lula no PAC.jpg|thumb|Dilma e Lula durante cerimônia de lançamento do PAC da Habitação.]]
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Em junho de 2008, a ex-diretora da [[Anac]] (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu afirmou em entrevista ao jornal ''O Estado de S. Paulo'', que a Casa Civil favoreceu a venda da [[VarigLog]] e da [[Varig]] ao fundo norte-americano Matlin Patterson e aos três sócios brasileiros.<ref>{{Citar jornal|url=http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080604/not_imp183512,0.php|titulo="Dilma disse que era muito difícil provar origem do dinheiro"|primeiro=Mariana | ultimo=Barbosa |coautores Ricardo Grinbaum|jornal=[[O Estado de S. Paulo]]|data=4 de junho de 2008|lingua=português}}</ref>
Em junho de 2008, a ex-diretora da [[Anac]] (Agência Nacional de Aviação Civil) e atual pré-candidata à presidência,<ref>[http://www.pen51.org.br/ler-noticia.php?id=878#.U3gTFhLc-1t PEN51] - O PEN51 TERÁ CANDIDATO (A) A PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Página visitada em 17/05/2014.</ref> [[Denise Abreu]], afirmou em entrevista ao jornal ''O Estado de S. Paulo'', que a Casa Civil favoreceu a venda da [[VarigLog]] e da [[Varig]] ao fundo norte-americano Matlin Patterson e aos três sócios brasileiros.<ref>{{Citar jornal|url=http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080604/not_imp183512,0.php|titulo="Dilma disse que era muito difícil provar origem do dinheiro"|primeiro=Mariana | ultimo=Barbosa |coautores Ricardo Grinbaum|jornal=[[O Estado de S. Paulo]]|data=4 de junho de 2008|lingua=português}}</ref>


Abreu, que deixou o cargo em agosto de 2007, sob acusações feitas durante a [[CPI do Apagão Aéreo]], relatou que a ministra Dilma Rousseff e a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, a pressionaram a tomar decisões favoráveis à venda da VarigLog e da Varig. Segundo ela, Dilma a desestimulou a pedir documentos que comprovassem a capacidade financeira dos três sócios (Marco Antônio Audi, Luís Eduardo Gallo e Marcos Haftel) para comprar a empresa, já que a lei proíbe estrangeiros de possuir mais de 20% do capital das companhias aéreas.<ref>{{Citar jornal | url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u410344.shtml | titulo=Procurador discutiu caso Varig com Dilma | jornal=[[Folha Online]]|data=9 de junho de 2008}}</ref>
Abreu, que deixou o cargo em agosto de 2007, sob acusações feitas durante a [[CPI do Apagão Aéreo]], relatou que a ministra Dilma Rousseff e a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, a pressionaram a tomar decisões favoráveis à venda da VarigLog e da Varig. Segundo ela, Dilma a desestimulou a pedir documentos que comprovassem a capacidade financeira dos três sócios (Marco Antônio Audi, Luís Eduardo Gallo e Marcos Haftel) para comprar a empresa, já que a lei proíbe estrangeiros de possuir mais de 20% do capital das companhias aéreas.<ref>{{Citar jornal | url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u410344.shtml | titulo=Procurador discutiu caso Varig com Dilma | jornal=[[Folha Online]]|data=9 de junho de 2008}}</ref>

Revisão das 02h35min de 18 de maio de 2014

Dilma Rousseff
Dilma Rousseff
Foto oficial de Dilma Rousseff.
36Presidente do Brasil
Período 1 de janeiro de 2011
a atualidade
Vice-presidente Michel Temer
Antecessor(a) Luiz Inácio Lula da Silva
Ministra-chefe da Casa Civil do Brasil Brasil
Período 21 de junho de 2005
a 31 de março de 2010
Antecessor(a) José Dirceu
Sucessor(a) Erenice Guerra
Ministra de Minas e Energia do Brasil Brasil
Período 1 de janeiro de 2003
a 21 de junho de 2005
Antecessor(a) Francisco Luiz Sibut Gomide
Sucessor(a) Silas Rondeau
Secretária de Minas, Energia e Comunicações do Rio Grande do Sul Rio Grande do Sul
Período 1999
a 2002
Secretária de Minas, Energia e Comunicações do Rio Grande do Sul Rio Grande do Sul
Período 1993
a 1994
Secretária Municipal da Fazenda de Porto Alegre
Período 1985
a 1988
Dados pessoais
Nome completo Dilma Vana Rousseff
Nascimento 14 de dezembro de 1947 (76 anos)
Belo Horizonte, Minas Gerais
Nacionalidade brasileira
Alma mater Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Cônjuge Cláudio Galeno de Magalhães Linhares (1967-1969)
Carlos Franklin Paixão de Araújo (1969-2000)
Filhos(as) Paula Rousseff
Partido Partido dos Trabalhadores
Religião Católica romana[1]
Profissão Economista
Assinatura Assinatura de Dilma Rousseff
Website Presidência da República Federativa do Brasil

Dilma Vana Rousseff[2] (Belo Horizonte, 14 de dezembro de 1947) é uma economista e política brasileira, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), e a atual presidente[3] da República Federativa do Brasil.[4][5] Durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu a chefia do Ministério de Minas e Energia, e posteriormente, da Casa Civil. Em 2010, foi escolhida pelo PT para se candidatar à Presidência da República na eleição presidencial,[6][7] sendo que o resultado de segundo turno, em 31 de outubro, tornou Dilma a primeira mulher a ser eleita para o posto de chefe de Estado e de governo, em toda a história do Brasil.[a][8]

Nascida em família de classe média alta, interessou-se pelos ideais socialistas durante a juventude, logo após o Golpe Militar de 1964. Iniciando na militância de esquerda, integrou organizações que defendiam a luta armada contra o regime militar, como o Comando de Libertação Nacional (COLINA) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Passou quase três anos presa entre 1970 e 1972 pela ditadura militar brasileira, primeiramente durante a Operação Bandeirante (Oban), onde passou por sessões de tortura, e, posteriormente, no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).[2][7]

Reconstruiu sua vida no Rio Grande do Sul, onde, junto a Carlos Araújo, seu companheiro por mais de trinta anos, ajudou na fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e participou ativamente de diversas campanhas eleitorais. Exerceu o cargo de secretária municipal da Fazenda de Porto Alegre de 1985 a 1988, no governo Alceu Collares. De 1991 a 1993, foi presidente da Fundação de Economia e Estatística e, mais tarde, foi secretária estadual de Minas e Energia, de 1999 a 2002, tanto no governo de Alceu Collares como no de Olívio Dutra, no meio do qual se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT) em 2001.[7][9] Em 2002, participou da equipe que formulou o plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva para a área energética. Posteriormente, nesse mesmo ano, foi escolhida para ocupar o Ministério de Minas e Energia.

Em 2005, Rousseff foi nomeada ministra-chefe da Casa Civil, em substituição a José Dirceu, que renunciara ao cargo após o chamado Escândalo do Mensalão. Dilma foi a primeira mulher secretária de Fazenda de sua cidade, a primeira ministra de Minas e Energia, a primeira chefe da Casa Civil, além de ser primeira presidente da história brasileira.[10]

Biografia

Família, infância e primeiros anos

A família Rousseff (da esquerda para a direita): o filho mais velho, Igor, a mãe, Dilma Jane Coimbra Silva, as filhas Dilma Vana e Zana Lúcia, e o pai Pedro (Pétar) Rousseff.

Dilma é filha do advogado e empreendedor búlgaro naturalizado brasileiro Pedro Rousseff (em búlgaro Петър Русев, Pétar Rússev)[11][12] e da dona-de-casa Dilma Jane Coimbra Silva. Seu pai, parente distante do escritor Ran Bosilek,[13] manteve estreita amizade com a poetisa búlgara Elisaveta Bagriana, foi filiado ao Partido Comunista da Bulgária[9] e frequentava os círculos literários na década de 1920.[14] Chegou ao Brasil no fim da década de 1930. Deixara sua esposa, dona de casa Evdokia Yankova,[15] esperando um filho em sua terra natal,[16] Luben, morto em 2007, mas mudou-se para Buenos Aires e, anos após, voltou ao Brasil, fixou-se em São Paulo, e prosperou. Em uma viagem a Uberaba conheceu Dilma Jane Coimbra Silva, moça fluminense de Nova Friburgo, professora de vinte anos, criada no interior de Minas Gerais, onde seus pais eram pecuaristas. Casaram-se e fixaram residência em Belo Horizonte, onde tiveram três filhos: Igor, Dilma Vana e Zana Lúcia (morta em 1976).[2][9][17]

Pedro Roussef trabalhou para a siderúrgica Mannesmann, além de trabalhar com construções e com venda de imóveis.[18] Vencida a resistência inicial da sociedade local contra os estrangeiros, passaram a frequentar os clubes e as escolas mais tradicionais.[19] Incentivada pelo pai, Dilma adquiriu cedo o gosto pela leitura. Falecido em 1962,[2] Pedro Roussef deixou de herança por volta de 15 imóveis de valor.[9]

De 1952 a 1954, cursou a pré-escola no colégio Izabela Hendrix e a partir de 1955 iniciou o ensino fundamental no Colégio Nossa Senhora de Sion (atual Colégio Santa Dorotéia), em Belo Horizonte.[2] Em 1964 prestou concurso e ingressou no Colégio Estadual Central (atual Escola Estadual Governador Milton Campos), ingressando na primeira série do clássico[2] (ensino médio). Nessa escola pública o movimento estudantil era ativo, especialmente por conta do recente golpe militar.[9] De acordo com ela, foi nesta escola que ficou "bem subversiva" e que percebeu que o mundo não era para "debutante",[19] iniciando sua educação política. Ainda em 1964,[2] ingressou na Política Operária (POLOP), uma organização fundada em 1961, oriunda do Partido Socialista Brasileiro, onde militou ao lado de José Aníbal.[2] Seus militantes logo viram-se divididos em relação ao método a ser utilizado para a implantação do socialismo: enquanto alguns defendiam a luta pela convocação de uma assembleia constituinte, outros preferiam a luta armada. Dilma ficou com o segundo grupo, que deu origem ao Comando de Libertação Nacional (COLINA).[7] Para Apolo Heringer, que foi dirigente do COLINA em 1968 e havia sido professor de Dilma na escola secundária, a jovem fez opção pela luta armada depois que leu Revolução na Revolução, de Régis Debray, um francês que havia se mudado para Cuba e ficara amigo de Fidel Castro. Segundo Heringer, "O livro incendiou todo mundo, inclusive a Dilma".[9]

Foi nessa época que conheceu Cláudio Galeno de Magalhães Linhares, cinco anos mais velho, que também defendia a luta armada. Galeno ingressara na POLOP em 1962, havia servido no Exército, participara da sublevação dos marinheiros por ocasião do golpe militar e fora preso na Ilha das Cobras. Casaram-se em 1967, apenas no civil, depois de um ano de namoro.[2][9]

Atuação no COLINA

Segundo companheiros de militância, Dilma teria desenvoltura e grande capacidade de liderança, impondo-se perante homens acostumados a mandar. Não teria participado diretamente das ações armadas, pois era conhecida por sua atuação pública, contatos com sindicatos, aulas de marxismo e responsabilidade pelo jornal O Piquete. Apesar disso, aprendeu a lidar com armamentos e a enfrentar a polícia.[9]

No início de 1969, o COLINA em Minas Gerais resumia-se a algumas dezenas de militantes, com pouco dinheiro e com poucas armas. Suas ações haviam-se resumido a quatro assaltos a bancos, alguns furtos de carros e dois atentados a bomba, que não fizeram vítimas. Em 14 de janeiro, com a prisão de alguns militantes após um assalto a banco, outros reuniram-se para discutir como libertá-los. Ao amanhecer, eles foram surpreendidos com a ação da polícia na casa onde estavam e reagiram, usando uma metralhadora do grupo para matar dois policiais e ferir um terceiro.[9]

Dilma e Galeno passaram a dormir cada noite em um local diferente, já que o apartamento em que moravam era também frequentado por um dos líderes da organização que fora preso. Precisaram, pois, voltar ao apartamento escondidos, para destruir documentos da organização. Permaneceram algumas semanas em Belo Horizonte, tentando reorganizar o que sobrara do grupo. Cientes de que as casas de seus pais eram vigiadas (a família não conhecia o grau de envolvimento de Dilma com essas atividades), Galeno ainda precisou passar por mudança física, pois um retrato falado seu como sendo um dos participantes do assalto ao banco (por ele negado) fora divulgado. Em março, o apartamento foi invadido, mas nenhum documento interno da organização foi encontrado. Perseguidos na cidade, a organização ordenou que fossem para o Rio de Janeiro. Dilma tinha 21 anos e concluíra o segundo ano de Economia.[9]

Era grande a quantidade de mineiros da organização no Rio (inclusive Fernando Pimentel, que tinha 18 anos quando a perseguição foi iniciada, e recusou-se a obedecer as ordens de seu pai para entregar-se ao Exército, entrando, pois, na clandestinidade), sem que houvesse infraestrutura para abrigar a todos. Dilma e Galeno ficaram um período na casa de uma tia de Dilma, que imaginava que o casal estava de férias. Mais tarde, ficaram num pequeno hotel e, a seguir, num apartamento, até Galeno ser enviado pela organização a Porto Alegre. Dilma permaneceu no Rio, onde ajudava a organização, participando de reuniões, bem como no transporte de armas e dinheiro. Nessas reuniões, conheceu o advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo, então com 31 anos, por quem se apaixonou e com quem viria a viver por cerca de 30 anos. Araújo era chefe da dissidência do Partido Comunista Brasileiro (PCB, na época também conhecido como o "Partidão"), e abrigara Galeno em Porto Alegre. A separação de Galeno e Dilma foi pacífica. Como afirmou Galeno, "naquela situação difícil, nós não tínhamos nenhuma perspectiva de formar um casal normal".[9]

Araújo era filho de um renomado advogado trabalhista e havia começado cedo na militância, no PCB. Tinha viajado pela América Latina (inclusive conhecendo Fidel Castro e Che Guevara) e já havia sido preso por alguns meses em 1964. Com a edição do AI-5, em 1968, ingressou na luta armada. No início de 1969 passou a tratar da fusão de seu grupo com o COLINA e a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), liderada por Carlos Lamarca. Dilma participou de algumas reuniões sobre a fusão, que acabou formalizada em duas conferências em Mongaguá, originando a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Dilma e Araújo estiveram presentes, e Lamarca, que teria tido impressão de ser Dilma "metida a intelectual". Ela teria defendido trabalho político pelas bases, criticando a visão militarista característica da VPR.[9]

Na VAR-Palmares

Carlos Araújo foi escolhido como um dos seis dirigentes da VAR-Palmares, que se autointitulava "uma organização político-militar de caráter partidário, marxista-leninista, que se propõe a cumprir todas as tarefas da guerra revolucionária e da construção do Partido da Classe Operária, com o objetivo de tomar o poder e construir o socialismo".[9]

De acordo com Maurício Lopes Lima, um integrante de buscas da Operação Bandeirante (Oban), estrutura que integrava o serviço de inteligência das Forças Armadas (onde teriam sido realizados atos de tortura), Dilma era a grande líder da organização clandestina VAR-Palmares. Usando vários codinomes, como Estela, Luísa, Maria Lúcia, Marina, Patrícia e Wanda,[21] teria recebido epítetos superlativos dos relatórios da repressão, definindo-a como "um dos cérebros" dos esquemas revolucionários. O delegado Newton Fernandes, que investigou a organização clandestina em São Paulo e traçou o perfil de dezenas de integrantes, afirma que Dilma era uma das molas mestras dos esquemas revolucionários. O promotor que denunciou a organização chamou-a "Joana d’Arc da subversão", a chefiar greves e assessorar assaltos a bancos,[22] que Dilma contesta, dizendo nada lembrar das tantas ações que lhe atribuem.[23] O militante Darcy Rodrigues, braço direito de Carlos Lamarca, diz que ela era ligação entre os comandos nacional e regionais.[21]

Companheiro de Dilma na VAR Palmares, Carlos Minc sustenta que ela não tinha papel de destaque na organização, versão contestada por outros.

A revista Veja divulgou em reportagem que Dilma teria sido a organizadora, na época, do roubo de um cofre pertencente ao ex-governador de São Paulo Ademar de Barros, reputado pela guerrilha como símbolo da corrupção[24] em 18 de junho de 1969, na cidade do Rio de Janeiro, de onde foram subtraídos 2,5 milhões de dólares[25].Carlos Minc, que foi seu colega na organização clandestina VAR-Palmares e estava entre os militantes que invadiram a casa da suposta amante do ex-governador, nega a participação de Dilma, afirmando, ainda, que é exagerada a versão de que Dilma fosse a líder da organização, sendo, então, apenas uma participante sem destaque especial. Em pelo menos três ocasiões, Dilma também negou participação no evento.[26][27] Depoimentos e relatórios policiais indicavam que coube a Dilma administrar o dinheiro, pagar salários de militantes, encontrar abrigo para o grupo e comprar um Fusca. Dilma afirma lembra-se apenas do automóvel, mas nega que tenha sido a responsável pela administração do dinheiro.[23][28]

A VAR-Palmares teria também planejado em 1969 o sequestro de Delfim Neto, símbolo do milagre econômico e, à época, o civil mais poderoso do governo federal. O suposto sequestro, que deveria ter sido em dezembro daquele ano, já havia sido referido no livro "Os Carbonários", de Alfredo Sirkis, em 1981. Antonio Roberto Espinosa, ex-comandante da Vanguarda Popular Revolucionária e da VAR-Palmares, reconheceu haver coordenado o plano, que seria de conhecimento de cinco membros da cúpula da organização, e Dilma seria um daqueles integrantes de cúpula. O sequestro não se teria consumado devido ao fato de os membros daquele grupo começarem a ser capturados semanas antes. Dilma nega peremptoriamente tivesse qualquer conhecimento do plano e duvida que alguém disso realmente se lembre, declarando que Espinosa teria fantasiado sobre o assunto.[23][28] Ao tomar conhecimento das declarações que lhe foram atribuídas, entretanto, Espinosa contestou aquela informação, dizendo que nunca afirmara que Dilma teve conhecimento do plano, o que, se ocorreu, foi em termos rápidos e vagos. Afirmou, pois, que Dilma nunca participou de ações ou de planejamento de ações militares, sempre tendo uma militância somente política.[29][30][31]

Mesmo com grande quantidade de dinheiro, a organização não conseguiu manter a unidade. Em um congresso em Teresópolis, entre agosto e setembro de 1969, teria havido grande divisão entre os "militaristas", focados na luta armada, e os "basistas", que defendiam um trabalho de massas. Dilma estava com o segundo grupo. Enquanto os primeiros se agruparam na VPR militarista, liderados por Lamarca, Dilma ficou no segundo grupo, a VAR-Palmares basista. Teria havido disputa pelo dinheiro do grande assalto e pelas armas.[9]

Após a divisão, Dilma foi enviada a São Paulo, onde esteve encarregada de manter em segurança as armas que couberam a seu grupo. Evitando mantê-las em apartamentos sem a segurança necessária, ela e a amiga Maria Celeste Martins (décadas mais tarde, sua assessora na Casa Civil) mudaram-se para uma pensão simples na zona leste urbana, com banheiro coletivo, escondendo o arsenal debaixo da cama.[9]

Prisão

Ficheiro:Dilma mugshot.jpg
Foto da ficha de Dilma Rousseff no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo, registrada em janeiro de 1970.

Uma série de prisões de militantes conseguiu capturar José Olavo Leite Ribeiro, que encontrava-se três vezes por semana com Dilma. Conforme o relato de Ribeiro, após um dia de tortura, revelou o lugar onde se encontraria com outro militante, em um bar na Rua Augusta. Em 16 de janeiro de 1970, obrigado a ir ao local acompanhado de policiais disfarçados, seu colega também foi capturado e, quando já se preparavam para deixar o local, Dilma, que não estava sendo esperada, logo chegou. Percebendo que algo estava errado, Dilma tentou sair do local sem ser notada. Desconfiados, os policiais a abordaram e encontraram-na armada. "Se não fosse a arma, é possível que conseguisse escapar", ressalta Ribeiro.[9]

Foi, então, levada para a Operação Bandeirante (Oban), no mesmo local onde cinco anos depois Vladimir Herzog perderia a vida. Foi torturada por vinte e dois dias[32] com palmatória, socos, pau-de-arara, choques elétricos. Relatou Maria Luísa Belloque, uma companheira de cela:

No meio militar, há quem veja o relato de Dilma com ironia e descrédito, especialmente quanto à possibilidade de alguém sobreviver a vinte e dois dias de tortura.[33] Posteriormente, Dilma denunciou as torturas em processos judiciais, inclusive dando nome de militares que participaram dos atos, como o capitão do Exército Benoni de Arruda Albernaz, referido por diversas outras pessoas. Ainda que tenha revelado o nome de alguns militantes, conseguiu preservar Carlos Araújo (que só viria a ser preso vários meses depois) e sua ajudante no recolhimento das armas, Maria Celeste Martins.[9] Seu nome estava numa lista, encontrada na casa de Carlos Lamarca, com presos a que se daria prioridade para serem trocados por sequestrados, mas nunca foi trocada e cumpriu a pena regularmente.[34]

Portal do presídio Tiradentes, onde Dilma cumpriu sua pena. Ao ser demolido, preservou-se o portal, que foi tombado "pelo valor simbólico que representa na luta contra o arbítrio e a violência institucionalizadas em nosso país em passado recente".[35]

Carlos Araújo foi preso em 12 de agosto de 1970. Durante o período em que Dilma esteve presa, Araújo teve um rápido romance com a atriz e então simpatizante da organização Bete Mendes. Ao ser preso, encontrou-se com Dilma em algumas ocasiões, nos deslocamentos relativos aos processos militares que ambos respondiam. Ficaram alguns meses no mesmo presídio Tiradentes, em São Paulo, inclusive com visitas íntimas, onde se reconciliaram, planejando reatarem a vida conjugal após a prisão.[9]

Em dezembro de 2006, a Comissão Especial de Reparação da Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro aprovou pedido de indenização por parte de Dilma e de outras dezoito pessoas, presas em dependências de órgãos policiais do governo estadual paulista na década de 1970.[36] Em seu processo, foi fundamental o depoimento de Vânia Abrantes, que esteve com ela na mesma viatura policial em uma viagem de São Paulo para o Rio de Janeiro (Vânia era a companheira de Carlos Araújo quando ele e Dilma começaram seu relacionamento).[9] Pediu ainda indenização nos estados de São Paulo e Minas Gerais, pois além de ter sido presa em São Paulo, fora levada a interrogatório em Juiz de Fora e no Rio de Janeiro. Também pediu indenização ao governo federal. Nos três estados, as indenizações fixadas em lei, somadas, podem chegar a 72 mil reais. Conforme a assessoria de Dilma, os pedidos tem um caráter simbólico, além do que teria solicitado que os processos só fossem julgados após seu afastamento dos cargos públicos.[37]

No dia 5 de abril de 2009, a Folha de São Paulo publicou, ao lado de uma reportagem sobre o suposto plano da VAR-Palmares para sequestrar o então ministro Antonio Delfim Netto, uma falsa ficha criminal de Dilma Rousseff, que o jornal alegou ter obtido junto ao arquivo do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Diante da contestação de Dilma, que apresentou inclusive perícias comprovando a fraude, o jornal admitiu, então, não ter obtido a ficha da parte do DOPS, mas via e-mail, declarando, pois, simplesmente "não poder atestar sua veracidade". A ficha está disponível no site Ternuma.[23][38][39][40][41][42]

Dilma foi condenada em primeira instância a seis anos de prisão. Havendo cumprido três anos, o Superior Tribunal Militar reduziu, então, a condenação a dois anos e um mês. Teve também seus direitos políticos cassados por dezoito anos.[37]

Mudança para Porto Alegre

Foi em Porto Alegre que Dilma iniciou sua carreira pública, cidade em que se radicou para acompanhar Carlos Araújo, três vezes eleito deputado estadual.

Dilma saiu do Presídio Tiradentes no fim de 1972, com 57 kg, dez quilos mais magra e com uma disfunção na tireoide.[44] Havia sido condenada em alguns processos e absolvida em outros. Passou um período com sua família, em Minas Gerais, para se recuperar, algum tempo com uma tia, em São Paulo, e mudou-se para Porto Alegre, onde Carlos Araújo cumpria os últimos meses de sua pena. Ficou na casa dos sogros, de onde avistava o presídio onde estava Araújo. Dilma visitava-o com frequência, levando jornais e até livros políticos, disfarçados de romances. Desativado o Presídio da ilha das Pedras Brancas, Araújo cumpriu o restante da pena no Presídio Central. O prestigiado advogado Afrânio Araújo, pai de Carlos, faleceu em junho de 1974, o que levou amigos juristas a pressionarem solução para a prisão de Carlos, que acabou libertado uma semana depois[9][44]

Ficou grávida em 1975 enquanto cursava a graduação e em março de 1976 nasceu sua única filha, Paula Rousseff Araújo. Sua primeira atividade remunerada, após sair da prisão, foi a de estagiária na Fundação de Economia e Estatística (FEE), vinculada ao governo do Rio Grande do Sul.[44]

A sua militância política, desta vez dentro da legalidade, foi reiniciada no Instituto de Estudos Políticos e Sociais (IEPES), ligado ao então único partido legalizado de oposição, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Mesmo não tendo se filiado ao partido, Dilma organizava debates no instituto, que recebia palestras de intelectuais como Francisco de Oliveira, Fernando Henrique Cardoso e Francisco Weffort. Em 1976, Araújo e Dilma trabalharam na campanha a vereador de Glênio Peres, pelo MDB. Embora eleito, Peres foi cassado por denunciar torturas em um discurso. Em novembro de 1977, o nome de Dilma foi divulgado no jornal O Estado de São Paulo como sendo um dos 97 subversivos infiltrados na máquina pública. A relação havia sido elaborada pelo então demissionário Ministro do Exército, Sílvio Frota, que havia resumido os antecedentes políticos dos listados. Dilma, qualificada como militante da VAR-Palmares e do COLINA e "amasiada com o subversivo" Carlos Araújo, foi, em consequência, exonerada da FEE, sendo, contudo, anistiada mais tarde.[44]

Formação acadêmica

Punida por subversão, de acordo com o Decreto-lei 477 (considerado o "AI-5 das universidades"), ela havia sido expulsa da Universidade Federal de Minas Gerais e impedida de retomar seus estudos naquela universidade em 1973,[45] o que levou Dilma a prestar vestibular para Economia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Graduou-se em 1977, não tendo participado ativamente do movimento estudantil.

A partir de 1978 Dilma passou a frequentar a Universidade Estadual de Campinas, com intenção de cursar mestrado. Nessa época, participava de um grupo de discussão em São Paulo com outros ex-integrantes da VAR-Palmares, dentre os quais Rui Falcão, Antonio Roberto Espinosa, seu companheiro de prisão e, eventualmente, Carlos Araújo. Com reuniões trimestrais, o grupo durou cerca de dois anos, lendo obras de Marx, Poulantzas e Althusser, discutindo o melhor momento de retomar a atividade política. Sobre a polêmica a respeito de sua titulação, Dilma declarou que "Fiz o curso de mestrado, mas não o concluí e não fiz dissertação. Foi por isso que voltei à universidade para fazer o doutorado. E aí eu virei ministra e não concluí o doutorado." A universidade informa que ela nunca se matriculou oficialmente no mestrado.[44]

Titulação

O sítio oficial da Casa Civil informava erroneamente que Dilma era mestre em teoria econômica pela Unicamp e, também, doutoranda em economia monetária e financeira pela mesma universidade. Na Plataforma Lattes, Dilma estava identificada como mestra, com título obtido em 1979, e doutoranda em ciências sociais aplicadas desde 1998. Conforme as informações da Unicamp, Dilma cumpriu os créditos (cursara as disciplinas e demais requisitos) referentes aos cursos, mas não defendeu as teses, não obtendo assim os títulos.[46] A assessoria de imprensa da Casa Civil reconheceu que havia informado errado a titulação da ministra, corrigindo-a, primeiro, para "cursou mestrado e doutorado pela Unicamp" e, após, para "foi aluna de mestrado e doutorado em ciências econômicas pela Unicamp, onde concluiu os respectivos créditos".

A assessoria de imprensa informa que Dilma foi, realmente, aluna do curso de pós-graduação stricto sensu (mestrado) em ciências econômicas naquela instituição entre março de 1978 e julho de 1983, havendo cumprido os créditos exigidos, mas não tendo defendido a dissertação, pois assumira a Secretaria Municipal da Fazenda de Porto Alegre. O doutorado também não teria sido concluído por ter ela assumido outro cargo político (ocupou a Secretaria de Minas, Energia e Comunicações do Rio Grande do Sul de 1999 a 2002 e em seguida foi nomeada Ministra de Minas e Energia).[47]

Carreira política

Dilma Rousseff e Leonel Brizola.

Com o fim do bipartidarismo, participou junto com Carlos Araújo dos esforços de Leonel Brizola para a recriação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Após a perda da sigla para o grupo de Ivete Vargas, participou da fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT).[44] Araújo foi eleito deputado estadual em 1982, 1986 e 1990. Foi, também, por duas vezes, candidato a prefeito de Porto Alegre, perdendo para os petistas Olívio Dutra, em 1988, e Tarso Genro, em 1992. Dilma conseguiu seu segundo emprego na primeira metade dos anos 1980 como assessora da bancada do PDT na assembleia legislativa do Rio Grande do Sul.[44]

Secretária Municipal da Fazenda

Araújo e Dilma dedicaram-se com afinco na campanha de Alceu Collares à prefeitura de Porto Alegre, em 1985, sendo que em sua casa foi preparada grande parte da campanha e do programa de governo. Eleito prefeito, Collares a nomeou titular da Secretaria Municipal da Fazenda, seu primeiro cargo executivo. Collares reconhece a influência de Araújo na indicação, mas ressalta que, para isso, certamente também contribuiu a competência de Dilma.[44]

Na campanha do pedetista Aldo Pinto para o governo do estado em 1986, Dilma participou da assessoria. O candidato a vice na chapa era Nelson Marchezan, um dos mais destacados civis apoiadores da ditadura militar. Mesmo que tenham sido amplamente derrotados pelo candidato do PMDB, Pedro Simon, vinte anos depois, Dilma ainda assim justifica a polêmica aliança: "Marchezan foi líder da ditadura, mas nunca foi um 'enragé'. A ala Marchezan era a ala da pequena propriedade radicalizada. E ele era um cara ético".[44]

Dilma permaneceu à frente da Secretaria Municipal da Fazenda até 1988, quando se afastou para se dedicar à campanha de Araújo à prefeitura de Porto Alegre. Foi substituída por Políbio Braga, que conta que Dilma tentara convencê-lo a não assumir o cargo, aconselhando-o, então: "Não assume não, que isso pode manchar a tua biografia. Eu não consigo controlar esses loucos e estou saindo antes que manche a minha." Enquanto Collares lembra da gestão de Dilma como exemplo de competência e transparência, Políbio Braga discorda, lembrando que "ela não deixou sequer um relatório, e a secretaria era um caos".[44]

A derrota de Araújo na candidatura a prefeito alijou o PDT dos cargos executivos. Em 1989, contudo, Dilma foi nomeada diretora-geral da Câmara Municipal de Porto Alegre, mas acabou sendo demitida do cargo pelo presidente da casa, vereador Valdir Fraga, porque chegava tarde ao trabalho. Conforme Fraga, "eu a exonerei porque houve um problema com o relógio de ponto".[44]

Secretária Estadual de Energia, Minas e Comunicações

Em 1990, Alceu Collares foi eleito governador, indicando Dilma para presidente da Fundação de Economia e Estatística (FEE), na qual ela estagiara na década de 1970. Permaneceu ali até fim de 1993, quando foi nomeada Secretária de Energia, Minas e Comunicações, sustentada pela influência de Carlos Araújo e seu grupo político.[44] Permaneceu no cargo até final de 1994, época em que seu relacionamento com Araújo chegou ao fim, abalado pela descoberta da gravidez da mãe de Rodrigo, nascido em 1995. Depois reconciliaram-se e permaneceram juntos até 2000, quando Dilma foi morar só em um apartamento alugado.[44]

Em 1995, terminado o mandato de Alceu Collares, Dilma afastou-se dos cargos políticos e retornou à FEE, passando a ser editora da revista Indicadores Econômicos. Foi nesse intervalo que ela se matriculou oficialmente no curso de doutorado da Unicamp, em 1998.[44] Em 1998, o petista Olívio Dutra ganhou as eleições para o governo gaúcho com o apoio do PDT no segundo turno, e Dilma retornou à Secretaria de Minas e Energia. Conforme Olívio, "Eu já a conhecia e respeitava. E a nomeei também porque ela estava numa posição mais à esquerda no PDT, menos populista".[44]

O PDT ganhara alguns cargos no primeiro escalão, mas Leonel Brizola entendia que seu partido tinha pouco espaço no governo, administrando parcela ínfima do orçamento. Por não conseguirem mais espaço, os pedetistas foram pressionados a entregar seus cargos. A composição da chapa para a prefeitura de Porto Alegre nas eleições de 2000 acentuou a briga entre os dois partidos, pois o PDT indicava Alceu Collares e o PT, Tarso Genro. Dilma defendeu a manutenção da aliança que elegera Olívio Dutra e apoiou a candidatura de Tarso Genro, por não aceitar "alianças neoliberais e de direita", mesmo já tendo defendido a aliança com Marchezan, da ditadura militar, na eleição de 1986. Genro venceu Collares no segundo turno e Dilma filiou-se ao PT. Brizola acusou de traidores os egressos: "Venderam-se por um prato de lentilhas".[44]

Na sua gestão na Secretaria de Minas e Energia do governo Dutra, a capacidade de atendimento do setor elétrico subiu 46%,[44] com um programa emergencial de obras que reuniu estatais e empresas privadas. Em janeiro de 1999, Dilma viaja a Brasília e alerta as autoridades do setor elétrico de que, sem investimentos em geração e transmissão de energia, os cortes que o Rio Grande do Sul enfrentara no início de sua gestão ocorreriam no resto do país.[48] Na crise do apagão elétrico no final do governo Fernando Henrique Cardoso, os três estados da Região Sul não foram atingidos, não sendo imposto qualquer racionamento, pois não houve estiagem na região. Ainda assim, houve economia voluntária de energia e Dilma tentou obter compensação, como se concedia nas demais regiões. O governo federal não cedeu e Dilma conseguiu contemporizar junto à iniciativa privada gaúcha. Conforme Pedro Parente, chefe da Casa Civil no governo FHC, "Ela era pragmática, objetiva e demonstrou que tinha um diálogo fluido com o setor empresarial".[44]

Ministra de Minas e Energia

Dilma Rousseff concede entrevista coletiva no Palácio do Planalto, 2006.

Os assuntos relacionados à área de minas e energia na plataforma do candidato Lula eram discutidos em reuniões coordenadas pelo físico e engenheiro nuclear Luiz Pinguelli Rosa. Este, como Ildo Sauer, outro destaque do grupo, era totalmente contrário às privatizações no setor, que, em sua visão, eram as responsáveis pelos problemas energéticos que o país passava. Convidada por Pinguelli a participar do grupo em junho de 2001, Dilma chegou tímida para integrar uma equipe com vários professores, mas logo se sobressaiu com sua objetividade e bom conhecimento do setor. Para todos no grupo, contudo, era evidente que Pinguelli seria o ministro de Minas e Energia, caso Lula vencesse a eleição em 2002.[44]

Foi grande a surpresa quando Lula, eleito, escolheu Dilma para titular da pasta. Declarou: "Já próximo de 2002, aparece por lá uma companheira com um computadorzinho na mão. Começamos a discutir e percebi que ela tinha um diferencial dos demais que estavam ali porque ela vinha com a praticidade do exercício da Secretaria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul. Aí eu fiquei pensando: acho que já encontrei a minha ministra aqui."[44] Teria pesado muito a simpatia que Antonio Palocci nutria por Dilma, reconhecendo que teria trânsito muito mais fácil junto ao setor privado do que Pinguelli, além de ter apoiado a Carta aos Brasileiros, concordando com as mudanças no partido. Olívio Dutra diz que também foi consultado e elogiou os méritos técnicos de sua secretária de Minas e Energia. "Posso ter pesado um pouco na balança naquele momento, mas, da transição para frente, o mérito é todo da Dilma." Já ministra, aproximou-se muito de José Dirceu, então chefe da Casa Civil.[44]

Sua gestão no ministério foi marcada pelo respeito aos contratos da gestão anterior, como pelos esforços em evitar novo apagão e pela implantação de um modelo elétrico menos concentrado nas mãos do Estado, diferentemente do que queriam Luiz Pinguelli Rosa e Ildo Sauer. Quanto ao mercado livre de energia, Dilma não só o manteve como o ampliou. José Luiz Alquéres, presidente da Light, elogia o modelo implantado por Dilma, que está ajudando o segmento, criticando apenas a demora, que na sua visão é culpa da máquina governamental.[44] Convicta de que investimentos urgentes em geração de energia elétrica deveriam ser feitos para que o país não sofresse um apagão já em 2009, Dilma travou um sério embate com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que defendia o embargo a várias obras, preocupada com o desequilíbrio ecológico que poderiam causar. José Dirceu, então ministro-chefe da Casa Civil, teve que criar uma equipe de mediadores entre as ministras para tentar resolver as disputas.[49]

Amigo de Lula, Pinguelli foi nomeado presidente da Eletrobras e protagonizou grandes divergências com a ministra, chegando a colocar o cargo à disposição. Ironizava as oscilações de humor de Dilma: "Essa moça formata o disquete a cada semana." Pinguelli por fim deixou o governo. Mauricio Tolmasquim, que na equipe de transição tinha uma visão do setor mais próxima a de Dilma, foi convidado por ela para ser o secretário-executivo do ministério. Declarou que à medida que foram se conhecendo melhor, Dilma passou a gritar de vez em quando com ele: "É o jeito dela. Não é pessoal. E em cinco minutos fica tudo bem." Ildo Sauer também desentendeu-se com a ministra, que rechaçara suas ideias sobre um modelo estatizante. Com efeito, ao assumir a direção de gás e energia da Petrobras, divergiu, assim como o presidente da empresa, Sergio Gabrielli, várias vezes da ministra, sendo necessário até mesmo a intervenção de Lula. Sauer deixou a empresa em 2007. Ainda sobre questões de energia, também teve desentendimentos com a ministra o ex-deputado federal Luciano Zica. Para ele, "a Dilma é a pessoa mais democrática do mundo, desde que se concorde 100% com ela".[44]

Ao assumir o ministério, Dilma defendeu uma nova política industrial para o governo, fazendo com que as compras de plataformas pela Petrobras tivessem um conteúdo nacional mínimo, com o que poderiam gerar cerca de 30 mil novos empregos no país. Argumentou que não era possível que uma obra de 1 bilhão de reais não fosse feita no Brasil.[50] As licitações para as plataformas P-51 e P-52 foram, assim, as primeiras no país a exigir um conteúdo nacional mínimo.[51] Houve críticas à exigência, sob o fundamento de que isso aumentaria os custos da Petrobrás,[52] mas Dilma defendeu a capacidade do país de produzir navios e plataformas, afirmando que a nacionalização, que variava entre 15 e 18%, subira a mais de 60%.[53] Lula reconheceu que, visto apenas sob a óptica da empresa, o custo foi maior, entretanto não se deveria mirar apenas o custo imediato, mas também o fortalecimento da ciência e tecnologia nacionais.[54] Assim, em 2008, a indústria naval passou a empregar 40 mil pessoas, marca extraordinariamente superior comparada às 500 pessoas empregadas em meados da década de 1990, fato que seria decorrente da exigência de nacionalização,[54] e que levou a indústria naval à condição de sexta maior do mundo em 2009.[55]

Luz Para Todos

Ver artigo principal: Luz para Todos

Dilma propôs acelerar as metas de universalização do acesso à energia elétrica, que tinha como prazo final 2015, de modo que mais 1,4 milhão de domicílios rurais viessem a ser iluminados até 2006. Argumentou que a universalização era uma meta de inclusão social, devendo fazer parte de programas como o Fome Zero, não sendo possível supor que seja um programa que dê retorno financeiro.[56] No governo anterior, havia sido lançado o programa "Luz no Campo", com o objetivo de incentivar o agronegócio e prevendo o custeio pelo beneficiário, sendo que o programa governamental propunha-se a financiar o custo. A meta daquele programa anterior era atender um milhão de famílias, mas, até o início de 2003, pouco mais da metade haviam sido atendidas.[57] Conforme Dilma, o programa anterior só obteve resultados nos estados onde os governos locais subsidiaram a população.[58] Defendeu, então, um programa altamente subsidiado pelo governo, que não deveria apenas financiar, mas custear e suportar efetivamente tal universalização.[59] O subsidio em questão deveria ser expressa e unicamente para o consumidor final, destinatário do programa, e não para as empresas[58].

O programa foi lançado em novembro de 2003, com o nome "Luz Para Todos",[60] concentrado em beneficiar regiões de baixo índice de desenvolvimento humano e famílias com renda até três salários mínimos.[57] A meta do programa era atender, até 2008, dois milhões de famílias[60]. Em abril de 2008, o governo ampliou o programa para até 2010, de modo a beneficiar mais 1,17 milhão de famílias.[61] Em outubro de 2008, Dilma reconheceu que o governo não conseguiria cumprir a meta em tempo, e ainda restariam 100 mil famílias para serem atendidas em 2009.[62] A Região Nordeste concentrou 49% das ligações do programa, que representou, de janeiro de 2005 a maio de 2008, 37,8% de todas as novas ligações elétricas na região, fazendo com que o Nordeste pela primeira vez ultrapassasse a Região Sul no consumo de energia elétrica.[63]

Ministra-Chefe da Casa Civil

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, apresenta plano de habitação às centrais sindicais.

Como ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff tinha o apoio de dois dos principais ministros do governo Lula: Antonio Palocci e José Dirceu. Quando Dirceu saiu do ministério devido ao escândalo do mensalão, ao invés de ela ficar enfraquecida, novamente Lula surpreendeu escolhendo-a para a chefia da Casa Civil. Gilberto Carvalho, secretário particular do presidente, diz que Dilma chamou a atenção de Lula pela coragem de encarar situações difíceis e pela capacidade técnica. Franklin Martins, ex-guerrilheiro a se tornar ministro, afirmou que Lula teria ficado muito impressionado com a gestão de Dilma nas Minas e Energia, evitando um outro apagão: "Lula percebeu que ela fazia as coisas andarem." E evitaria a disputa entre Palocci e Dirceu para sucedê-lo, já que Dilma não tinha essa ambição, era nova no partido e, por não pertencer a nenhuma ala, transitava por todas. Dilma revelou a Gilberto Carvalho que a indicação para a Casa Civil foi surpresa muito maior do que quando fora indicada para a pasta de Minas e Energia.[44] O senador Pedro Simon (PMDB-RS), disse que, desde que Dilma assumiu o ministério, "a seriedade está se impondo" na Casa Civil.[64]

O Consulado dos EUA em São Paulo encaminhou ao Departamento de Estado, logo após a posse de Dilma na Casa Civil, dossiê detalhado, traçando seu perfil, o passado de guerrilheira, gostos e hábitos pessoais e características profissionais, descrevendo-a como técnica prestigiada e detalhista, com fama de workaholic e com grande capacidade de ouvir, mas com falta de tato político, dirigindo-se às vezes, conforme relato de assessor graduado, diretamente aos técnicos, em lugar de aos seus superiores.[65][66]

Dossiê da Casa Civil

Dilma em entrevista em 2009, ainda como Ministra-Chefe da Casa Civil.

Em virtude do escândalo dos cartões corporativos, surgido em janeiro de 2008, atingindo o governo federal e causando a demissão da ministra de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, a oposição entrou com pedido para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigações mais aprofundadas.

Em 22 de março de 2008, uma reportagem da revista Veja afirmou que o Palácio do Planalto montara dossiê detalhando gastos da família Fernando Henrique Cardoso. A matéria diz que os documentos estariam sendo usados para intimidar a oposição na CPI dos Cartões Corporativos. A Casa Civil negou a existência de um tal dossiê, apresentando, no intervalo de quinze dias, três versões diferentes sobre o assunto, todas depois desmentidas pela imprensa.[67] Em 28 de março, o jornal Folha de São Paulo publicou uma reportagem afirmando que a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Alves Guerra, dera a ordem para a organização do dossiê. Em entrevista coletiva de 4 de abril, Dilma reconheceu a feitura do banco de dados, mas descartou qualquer conotação política pertinente. Disse que o vazamento de informações e papéis federais é crime e que uma comissão de inquérito interna iria apurar o fato. Em 7 de abril, a Polícia Federal (PF) decidiu investigar o caso.

Em 7 de maio, em audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, respondeu questões relativas ao "dossiê".[68]

As investigações da PF concluíram que o responsável pelo vazamento foi o funcionário da Casa Civil José Aparecido Nunes, então subordinado de Erenice Guerra, então secretária-executiva de Dilma Rousseff e posteriormente sua sucessora na Casa Civil.[69] Ele enviou passagens do dossiê para o assessor do senador Álvaro Dias, André Fernandes,[70] confirmando que o dossiê existiu.

Caso Varig

Dilma e Lula durante cerimônia de lançamento do PAC da Habitação.

Em junho de 2008, a ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e atual pré-candidata à presidência,[71] Denise Abreu, afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que a Casa Civil favoreceu a venda da VarigLog e da Varig ao fundo norte-americano Matlin Patterson e aos três sócios brasileiros.[72]

Abreu, que deixou o cargo em agosto de 2007, sob acusações feitas durante a CPI do Apagão Aéreo, relatou que a ministra Dilma Rousseff e a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, a pressionaram a tomar decisões favoráveis à venda da VarigLog e da Varig. Segundo ela, Dilma a desestimulou a pedir documentos que comprovassem a capacidade financeira dos três sócios (Marco Antônio Audi, Luís Eduardo Gallo e Marcos Haftel) para comprar a empresa, já que a lei proíbe estrangeiros de possuir mais de 20% do capital das companhias aéreas.[73]

Dilma negou as acusações e Denise Abreu não apresentou nenhum documento ou prova que sustentasse suas acusações.[74]

Programa de Aceleração do Crescimento

Dilma Rousseff é considerada pelo governo a gerente do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). Lula também a chamou de "mãe" do PAC, designando-a responsável pelo programa em todo o país e informando que a população deve cobrar dela o andamento das obras .[75][76] Quanto ao ritmo das obras, Dilma alegou que o país não tem o elevado grau de eficiência da Suíça, mas tem conseguido acelerar os maiores projetos.[77]

Candidata às eleições de 2010

Dilma no início da campanha à Presidência da República em Porto Alegre, em julho de 2010.

Em abril de 2007, Dilma já era apontada como possível candidata à presidência da República.[78] No mês seguinte, Dilma afirmou que era simpática à ideia.[79] Em outubro do mesmo ano, jornais estrangeiros, como o argentino La Nación e o espanhol El País, já indicavam que ela era um nome forte à sucessão de Lula.[80][81] Lula passou a fazer uma superexposição de Dilma para testar seu potencial como candidata.[82] Em abril de 2008, a The Economist indicava que sua candidatura não parecia ainda viável, pois era pouco conhecida, ainda que fosse a ministra mais poderosa de Lula.[83]

Em dezembro de 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que jamais conversara com Dilma Rousseff sobre sua possível candidatura para as eleições presidenciais de 2010, dizendo ter apenas insinuado. Para Lula, Dilma é a "pessoa mais gabaritada" para sucedê-lo.[84] Em outubro de 2009, Dilma e Lula foram acusados pela oposição de estarem fazendo propaganda eleitoral antes do prazo[85] durante visitas feitas pelo Presidente às obras de Transposição do Rio São Francisco. O episódio ganhou mais notoriedade quando o então Presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, comentou o caso.[86]

Sua candidatura foi oficializada em 13 de junho de 2010, em convenção nacional do Partido dos Trabalhadores realizada em Brasília-DF. Foi também referendado o nome do então presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP) como seu vice. Participaram da mesa, entre outros, o ex-ministro José Dirceu, o líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), e o secretário-geral da legenda, José Eduardo Cardozo.[87] Sua candidatura foi apoiada por figuras famosas como Chico Buarque, Beth Carvalho, Alceu Valença, Elba Ramalho, Emir Sader, Oscar Niemeyer, Leonardo Boff, e Marilena Chauí.[88]

Suposto dossiê

O delegado Onézimo das Graças Sousa, aposentado do Departamento de Polícia Federal, segundo reportagem da Folha de S.Paulo alega ter participado de um encontro com os coordenadores da campanha eleitoral de Dilma Rousseff para a criação de um dossiê contra o também candidato José Serra.[89] Onésimo diz que recusou-se a fazer o que lhe foi pedido e denunciou os fatos para a imprensa. Em depoimento no dia 17 de junho de 2010 para a Comissão de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional Brasileiro, afirmou ter sofrido ameaça de morte por revelar esse plano para a confecção do dossiê.[90]

Em uma segunda matéria publicada em 19 de junho de 2010, a Folha de S. Paulo afirmou que dados da declaração de imposto de renda do presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, oriundos do sistema da Receita Federal, haviam sido levantados por um "grupo de inteligência" da pré-campanha de Dilma Rousseff. Os papéis também integrariam o suposto dossiê supracitado que, segundo a Folha, teria sido montado com o aval de uma ala da pré-campanha presidencial petista.[91][92]

Dilma Rousseff em entrevista para o Jornal Nacional, ao lado do jornalista William Bonner, em 2011.

Dois dias após a publicação da reportagem, a direção nacional do PT divulgou nota negando qualquer participação do partido no episódio. No dia 13 de julho de 2010, em depoimento à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado onde foi convocado a se explicar sobre o caso, o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, confirmou o acesso aos dados fiscais protegidos por sigilo do vice-presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge, mas se recusou a apontar o nome dos responsáveis, mesmo se a sessão fosse transformada em secreta.[92][93] Após o depoimento de Cartaxo, o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) informou que ingressaria com representação no Ministério Público Federal (MPF) contra o secretário da Receita Federal, por crime de prevaricação. O deputado acusou o PT de utilizar o aparato do governo federal para atacar a oposição – "Primeiro foi o caso do caseiro Francenildo Costa. Agora, a Receita Federal está envolvida em outro escândalo. A transparência é fundamental nessa investigação".[94]

Reportagem publicada pela revista Carta Capital em junho de 2006 afirma que o suposto dossiê seria, na verdade, um livro, intitulado A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, acerca de supostos escândalos envolvendo privatizações e desvio de dinheiro público em gestões do PSDB. Ainda segundo a Carta Capital, Onésimo, especialista em contraespionagem, teria oferecido ao PT serviços de vigilância e rastreamento de escutas telefônicas, mas foi descartado[95]. Amaury foi indiciado por quatro crimes pela Polícia Federal em 25 de outubro do mesmo ano[96]. Em entrevista ao programa Roda Viva, Dilma afirmou, sobre as alegações da Folha quanto à existência do suposto dossiê, que o jornal "não tem fé pública" e que enquanto o jornal não demonstrar provas, trata-se de uma "uma acusação infundada". Também afirmou que só não processou a Folha de S. Paulo porque "respeita a liberdade de imprensa". O PT entrou com ação na justiça contra José Serra, pelo fato do candidato tê-la acusado de ser responsável pelo suposto dossiê.[97]

Em 21 de julho, surgiu o nome de Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva como possível responsável pelo vazamento. Antonia é analista da Receita Federal e foi exonerada do cargo em comissão que ocupava no dia oito de julho, uma semana após as denúncias surgirem na imprensa e a Receita ter aberto sindicância. Para o Fisco, foi com a senha de acesso de Antonia que os dados foram consultados e impressos sem justificativa legal. Casada com um auditor fiscal, Antonia também já participou da diretoria do sindicato dos servidores da receita na região do ABC. Segundo o sindicalista Helio Bernardes, atual presidente do Sindireceita, a servidora nega ter acessado os dados.[98][99]

Repercussão internacional

Dilma Rousseff na Convenção Nacional do Partido dos Trabalhadores.

Para o jornal britânico The Independent, em matéria publicada sobre a candidata,[100] a sua eleição "marca o desmantelamento final do 'Estado de segurança nacional', um arranjo que os governos conservadores nos Estados Unidos e na Europa já viram como seu melhor artifício para manter um status quo podre, que manteve uma vasta maioria na América Latina na pobreza, enquanto favorecia seus amigos ricos", sendo ela uma candidata que "não se constrange com o passado de guerrilha urbana, que incluiu o combate a generais e a temporada na prisão como prisioneira política". Disse também que, caso eleita, tornar-se-á "a mulher mais poderosa do mundo".[101]

O jornal espanhol El País caracterizou Dilma como "uma grande gestora, mulher mais de ação do que de pensamento"[102] e posteriormente, ao estimar que o candidato do PSDB José Serra pode sofrer uma "derrota humilhante" nas urnas,[103][104] pôs em questão o aparecimento de escândalos levantados por outros candidatos às vésperas das eleições: "milhares de brasileiros sonhavam com uma campanha eleitoral sem sobressaltos e centrada nas propostas dos candidatos, mas mais uma vez o jogo sujo está eclipsando o debate político".[105]

A candidata, que é descendente de búlgaros, recebeu uma reportagem de duas páginas do mais importante periódico da Bulgária, o Trud, e vários jornalistas de meios de comunicação do país comentam com empolgação a possibilidade uma filha de búlgaro ser eleita presidente do Brasil.[106] Durante sua campanha o país experimentou uma espécie de "febre" e interesse por Dilma.[107][108]

Programa de governo

Segundo informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, o programa de governo de Dilma Rousseff registrado no TSE em 6 de julho de 2010, uma formalidade exigida pela legislação, contemplou duas versões em questão de algumas horas. Inicialmente o partido registrou um papelório com dezenove páginas, todas rubricadas pela candidata, com temas controversos como controle da mídia, aborto e invasão de terras. Horas depois, uma segunda versão, sem os temas mais controversos – classificados como radicais por diversos meios de comunicação, como a Folha de S. Paulo, o jornal O Globo e a revista Veja,[109][110][111] – foi enviada para substituir o primeiro, esse assinado por advogados procuradores do PT.[112][113] Ainda segundo o jornal, a assessoria da candidata teria afirmado que tanto ela quanto José Eduardo Dutra (presidente do partido) assinaram a versão sem ler o que estava escrito.[114] Indagada, Dilma respondeu que "Nós não concordamos com a posição expressa (sobre controle da mídia, aborto e invasão de terras)". "Tem coisas do PT com as quais concordamos, coisas com as quais não concordamos, e assim nos outros partidos também".[112]

Multas eleitorais

Dilma foi a primeira candidata a presidência a receber multa eleitoral por propaganda irregular na eleição de 2010. A primeira multa, de cinco mil reais, foi em 13 de maio de 2010, após o TSE analisar o programa partidário veiculado pelo PT em dezembro de 2009 e considerar que houve propaganda antecipada em favor de Dilma. A segunda infração ocorreu dia 10 de abril de 2010, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos.[115] A terceira multa, também no valor de cinco mil reais, foi aplicada no dia 8 de julho de 2010.[116]

No dia 13 de julho, a ministra do Tribunal Superior Eleitoral Nancy Andrighi multou mais uma vez a candidata em seis mil reais.[117] No dia 20 de julho uma representação impetrada pelo Ministério Público Eleitoral foi acatada pelo ministro Henrique Neves, e outra multa de cinco mil reais foi aplicada à presidenciável.[118] No mesmo dia, outra multa de 5 mil reais foi aplicada à candidata.[119] A sétima punição foi dada no dia 22 de julho e teve o valor de 4 mil reais.[120]

Por propaganda antecipada, Dilma já contabiliza sete multas, totalizando trinta e três mil reais de débito com a justiça.[121]

Vitória

Dilma é eleita a primeira mulher presidente do Brasil, 31 de outubro.

No dia 31 de outubro de 2010, Dilma Rousseff foi eleita presidente do Brasil, cargo a ser ocupado pela primeira vez na história do país por uma mulher. Obteve 55.752.529 votos, que contabilizaram 56,05% do total de votos válidos.[8]

Dilma Rousseff escolheu a Rede Record para conceder sua primeira entrevista após a vitória das urnas. Ela respondeu às perguntas das jornalistas Ana Paula Padrão e Adriana Araújo em Brasília, edição que elogiou por ter sido entrevistada justamente por mulheres. A presidente também foi a primeira eleita democraticamente, desde o fim do regime militar no Brasil, a dar uma entrevista que não fosse para a Rede Globo. E, durante a conversa, Dilma ainda anunciou que a Record seria a primeira a noticiar o novo ministério escolhido pela presidente.[122]

Em seu pronunciamento tratou de diversos temas, tais quais a valorização da democracia, a liberdade de imprensa, a liberdade religiosa e sobretudo as mulheres. Disse ainda que seu governo iria manter a inflação sob controle, melhorar os gastos públicos, simplificar a tributação e melhorar os serviços públicos para a população.[123] Sobre o envolvimento de seu governo no combate a pobreza no país disse:[124]

Presidência da República

Ver artigo principal: Governo Dilma Rousseff

Diplomação

Dilma Rousseff recebe a faixa presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva em 1 de janeiro de 2011

A presidente eleita e seu vice-presidente, Michel Temer, foram diplomados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em solenidade realizada no dia 17 de dezembro de 2010, às 17 horas, na sede do TSE, em Brasília, com a presença de 250 convidados, entre parentes e políticos. Dilma disse que irá "honrar as mulheres, cuidar dos mais frágeis e governar para todos". Os diplomas foram confeccionados na Casa da Moeda do Brasil.[125]

Este é o teor da diplomação:[126]

Posse

Ver artigo principal: Posse de Dilma Rousseff
Dilma Rousseff discursa no Congresso Nacional do Brasil como presidente.

Dilma Rousseff tomou posse como Presidente do Brasil em 1 de janeiro de 2011. O evento - que foi organizado pela sua equipe de transição, pelos Ministérios das Relações Exteriores e Defesa e pela Presidência da República[127] - foi aguardado com alguma expectativa, visto que ela se tornou a primeira mulher a presidir o país. Figuras femininas importantes na história do Brasil foram homenageadas com painéis espalhados por todo o Eixo Monumental.[128] De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, em torno de 30 mil pessoas compareceram ao evento.[129]

Até 21 de dezembro de 2010, a editora do Senado tinha impresso 1.229 convites para a posse de Dilma Rousseff.[130] O Congresso Nacional recebeu um total de 2 mil convidados para a cerimônia.[130] Conforme relatado pela imprensa, entre 14 e 17 chefes de Estado e de governo confirmaram a sua presença.[131][132] Entre eles estavam José Sócrates,[133] Juan Manuel Santos, Mauricio Funes, Alan García, José Mujica, Hugo Chávez, Álvaro Colom, Alpha Condé, Sebastián Piñera, Evo Morales[131] (mas não pôde comparecer devido a protestos de última hora em seu país) e Boyko Borisov. O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou a Secretária de Estado, Hillary Rodham Clinton, para representá-lo.[131][134] o ex- primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, também participou da cerimônia.[131]

Além da cerimônia formal, a posse de Dilma Rousseff também contou com apresentações de cinco cantoras brasileiras: Elba Ramalho, Fernanda Takai, Zélia Duncan, Mart'nália e Gaby Amarantos.[135] O Ministério da Cultura organizou a parte cultural do evento, com um orçamento estimado em 1,5 milhão de reais.[135] Os concertos começaram às 10h00 e terminaram às 2:00 horas, com o início da cerimônia oficial. As apresentações continuaram entre 6:00-21:00. Rousseff não participou, já que ela realizou uma recepção no Palácio do Itamaraty para as autoridades estrangeiras que participaram da cerimônia de posse. Cada autoridade estrangeira teve a oportunidade de falar com ela por 30 segundos.[136]

Conselho de ministros

Ver artigo principal: Ministérios do Brasil
Dilma Rousseff com o conselho de ministros de 2010.

Em 17 de dezembro de 2010, Dilma Rousseff recebeu do Tribunal Superior Eleitoral um diploma atestando sua vitória na eleição presidencial de 2010, tornando-se a primeira mulher na história do Brasil a ocupar tal cargo[137] Rousseff não conseguiu nomear todos os membros de seu gabinete (ou conselho de ministros) até essa cerimônia, como tinha desejado.[138] Ela completou a nomeação de todos os 37 membros do seu gabinete em 22 de dezembro de 2010.[139] Apesar de ter previsto que 30% do seu gabinete seria composto por mulheres,[140][141] elas compõe 24% de sua equipe ministerial. Membros do Partido dos Trabalhadores (PT), do qual a presidente faz parte, compõe 43% de seu gabinete, com 16 membros, enquanto outros 12 ministérios foram entregues a seis em cada dez partidos políticos que formaram a coligação eleitoral vencedora. Os restantes 9 ministérios do gabinete, entre os quais estavam os cargos importantes, como a presidência do Banco Central do Brasil, do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério do Meio Ambiente, foram entregues a pessoas técnicas, não ligadas a partidos.[139]

Desde que tomou posse, Dilma Rousseff mudou os membros dos membros seu gabinete quatro vezes.[142] Ela tornou-se a presidente que mais promoveu mudanças em sua equipe de ministros nos primeiros seis meses de governo.[142] Em 7 de junho de 2011, o então Ministro-Chefe da Casa Civil do governo Rousseff e um dos líderes mais influentes do PT, Antonio Palocci, renunciou ao cargo devido a um escândalo envolvendo uma suposta evolução desproporcional de sua riqueza pessoal.[142] No mesmo dia, a senadora paranaense Gleisi Hoffmann (também do PT) substituiu-o.[142] Três dias depois, Ideli Salvatti, uma ex-senadora do PT por Santa Catarina e Ministra da Pesca e Aquicultura até então, passou a ser a Ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, cargo até então ocupado por Luiz Sérgio, ex-prefeito do município de Angra dos Reis e deputado federal licenciado do PT pelo Rio de Janeiro.[142] Em 6 de julho, Alfredo Nascimento, então ministro dos Transportes, deixou o cargo após denúncias de que obras públicas que estavam sendo superfaturadas.[142] Em 4 de agosto, Nelson Jobim deixou o Ministério da Defesa depois de uma entrevista que ele deu a revista Piauí criticando Hoffmann e Salvatti.[143] Rousseff nomeou Celso Amorim para substituí-lo.[143] Jobim já havia declarado ter votado em José Serra para presidente.[143] Com essas mudanças a presença feminina no gabinete aumentou para 26%, enquanto que a presença do PT aumentou para quase 45%.[143]

A logomarca do governo da presidente Dilma Rousseff possui desenho inspirado nas cores da Bandeira do Brasill, fundo amarelo destaca[144] o dístico Brasil em letras verdes sendo que a letra A está encimada com o losango do pavilhão nacional. Na parte superior tem a grafia Governo Federal e em baixo o slogan, País rico é país sem pobreza. O Palácio do Planalto divulgou em janeiro de 2011 que a logomarca foi criada pelo marqueteiro João Santana e pelo diretor de arte Marcelo Kértz.[145]

Principais diretrizes e desempenho de seu governo

A presidente iniciou seu governo declaradamente num espírito de continuidade com o de seu antecessor, Lula,[146] e até chegou-se a temer que ela ficaria dominada pela sua influência. No entanto, ela logo impôs um estilo pessoal de governar e ideias próprias, embora Lula permaneça naturalmente como um importante conselheiro até hoje. Apesar da crise inicial com seus ministros, o governo não foi profundamente abalado por isso. As maiores dificuldades apareceram pela mudança no contexto internacional, diluindo o ambiente favorável ao crescimento que Lula encontrara, e trazendo desafios inesperados aos planos originais, fazendo baixar as expectativas.[147][148]

Estudo sobre seu primeiro ano de governo, elaborado pelo Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores em parceria com o Instituto Humanitas da Unisinos, considerou que os princípios que nortearam sua atuação inicial derivam de um modelo desenvolvimentista, em que o Estado tem importante papel na regulação e fomento do crescimento econômico, bem como na definição das estratégias para o crescimento. As suas primeiras medidas de impacto foram a elevação da taxa de juros de 10,75 para 11,25%, a definição do salário mínimo em R$ 545,00 e um grande corte no orçamento, que teriam o objetivo de disciplinar a rápida expansão da economia e conter a inflação, que já dava mostras de se elevar.[147][149][150] Outros grandes interesses do governo eram os juros, o câmbio, o ajuste fiscal, a política industrial e a relação comercial com a China.[147] Suas ações logo desencadearam polêmica. Para uns foram uma boa novidade, para outros elas significavam claramente a continuidade em relação ao governo anterior, dado interpretado tanto contra ela como a seu favor. Os críticos do governo Lula a viam como a perpetuação dos problemas que apontavam antes, mas para outros a meta de manter em alta o crescimento era uma justificativa suficiente para a continuidade de um modelo que consideravam de sucesso. Muitos louvaram a ênfase nos aspectos técnicos e o pragmatismo de sua administração.[147][151]

As medidas adotadas controlaram a inflação, embora não tanto como o governo havia planejado, encerrando o ano de 2011 com uma taxa acumulada de 6,50%, no teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.[152] Mesmo enfrentando dificuldades, em junho de 2011 o IBGE apresentou resultados positivos das políticas, indicando um crescimento de 1,3% no primeiro trimestre do ano.[153] O desempenho positivo colocou o país na posição de sexta maior economia do mundo.[154] Ao longo de todo o seu governo as expectativas oficiais de crescimento seriam em geral frustradas, com índices abaixo do previsto, mas, não obstante, o crescimento tem sido positivo. O primeiro ano de seu mandato resultou num crescimento de 2,7%, em 2012 a economia cresceu 0,9%, e em 2013 o PIB cresceu 2,3%.[155][156][157] Em 2013 o país ficou em terceiro lugar em taxa de crescimento entre as 13 principais economias mundiais.[158]

O presidente Lula anunciando em 2007 o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). Ao lado, a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que em sua gestão presidencial deu seguimento ao programa.

Ao mesmo tempo, seu governo tem declarado sua forte preocupação com a elevação da qualidade de vida das classes desfavorecidas. Várias medidas foram adotadas para atingir o objetivo. A partir de janeiro de 2012 o salário mínimo foi reajustado para R$ 622, [159] o que, de acordo com estudo do Dieese, fez com que o poder de compra do trabalhador alcançasse o nível mais alto em mais de 30 anos, podendo comprar 2,25 cestas básicas, a maior quantidade desde 1979.[160] Também foram feitos muitos investimentos em obras sociais e de infra-estrutura básica, embutidos no Plano de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), uma atualização de iniciativa do governo anterior que é um dos principais eixos de estruturação de seu programa de governo, e que prevê investimentos de R$ 958,9 bilhões entre 2011 e 2014 em áreas sensíveis através de vários projetos subsidiários.[161] Destaca-se o programa Minha Casa, Minha Vida 2, que teve o objetivo de disponibilizar dois milhões de habitações até 2014, 60% delas para famílias de baixa renda.[162] Segundo fontes oficiais, o programa já contratou 3,2 milhões de unidades habitacionais até março de 2014, com investimentos de R$ 205 bilhões.[163] No saneamento já foram investidos R$ 37,8 bilhões.[164] Outro programa importante é o Brasil sem Miséria, contribuindo para tirar muitas famílias da pobreza extrema, definida pelo governo como uma renda de até R$ 77 mensais por pessoa.[165] Segundo Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o programa foi um sucesso, levando 22 milhões de brasileiros para cima da linha da miséria:

"Foi o fim da miséria, do ponto de vista da renda, para o público do Bolsa Família. [...] Esse novo projeto político aliviou a pobreza, empoderou as mulheres, melhorou as condições de vida no Nordeste, levou as crianças para a escola e impactou positivamente na saúde das crianças e das gestantes. [...] A renda dos mais pobres cresceu 6,4% com relação à dos mais ricos, o salário mínimo teve um aumento de 72% acima da inflação e foram criados mais de 20 milhões de empregos formais nesses 10 anos".[166]

Francisco Diniz Bezerra, especialista do Banco do Nordeste, disse que "os beneficiários tendem a consumir bens produzidos nacionalmente, ajudando a fortalecer o setor produtivo do país, estimulando o mercado interno e criando um mercado consumidor de massas".[166] O Brasil sem Miséria tem vários projetos associados para atender a áreas específicas, como o citado Bolsa Família, que concede aos beneficiários de R$ 77,01 a R$ 154, conforme o número de dependentes e o grau de pobreza. O programa desde sua implementação pelo governo Lula tem recebido apoio de autoridades internacionais, incluindo o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento.[165][167][168] O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego oferece cursos gratuitos de qualificação profissional.[166] O Programa Microempreendedor Individual é destinado a fomentar pequenos mercados e a dar assistência técnica e gerencial a microempresas, já presente em 4 mil municípios e, segundo o ministro da Educação, Henrique Paim, contemplando até março de 2014 mais de 6 milhões de pessoas;[169] O programa Água para Todos tem a meta até 2014 de construir 750 mil cisternas e 6 mil sistemas coletivos de abastecimento para o consumo, especialmente no semiárido. Em relação à produção agropecuária, está programada a criação de 20 mil cisternas de produção, 20 mil pequenos sistemas de irrigação e 3 mil barragens para captação da chuva.[170] Na área da saúde estão previstos investimentos de R$ 82,6 milhões em 2014, com um crescimento de mais de 7 milhões em relação ao ano anterior,[171] e merece nota o polêmico programa Mais Médicos, que pretende aprimorar a infra-estrutura sanitária e tem trazido médicos estrangeiros para suprir carências crônicas em áreas desfavorecidas.[172][173] Há muitos outros programas em atividade. Segundo Marcelo Neri, ministro da Secretaria Geral de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, "o Brasil está ficando mais próspero e mais igual, menos desigual".[174] Na análise do Banco Mundial, o Brasil tem se revelado relativamente estável diante da crise mundial, e apesar da existência ainda de grandes desigualdades e da desaceleração do seu crescimento, que teve um impacto desproporcional sobre as indústrias, deve em geral se beneficiar da diminuição da pobreza, de uma economia forte e de uma inflação sob controle.[175][167] Para Aloísio Mercadante, ex-ministro da Ciência e Tecnologia e hoje à frente do Ministério da Educação,

"Na última década nós construímos a estabilidade macroeconômica, com 350 bilhões de dólares em reservas cambiais, reduzimos a dívida pública de 65% para 35% do PIB, estabilizamos a democracia, a divisão dos poderes, a liberdade de imprensa e somos um país que há 140 anos não tem conflito com vizinhos. O Brasil chega na posição de sexta economia do mundo com uma série de valores que o mundo admira. O grande diferencial foi ter incluído 40 milhões de pessoas no mercado de consumo e isso é fundamental porque, nesta crise, não há como crescer para fora por causa da situação da Zona do Euro, a dificuldade da economia americana de retomar o crescimento mais acelerado e, principalmente, a desaceleração asiática. A nossa âncora é o crescimento do mercado interno e isso significa emprego e salário. O Brasil vai ter que fazer um ajuste para aumentar sua competitividade, e a presidenta Dilma está fazendo um conjunto de medidas para elevar a eficiência sistêmica da economia brasileira".[176]
Plataforma petrolífera P-20, da Petrobras: a exploração de petróleo em águas profundas tornou a empresa uma referência mundial.
Inauguração do Pavilhão Brasil na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, com a presidente Dilma Rousseff.

O governo tem estimulado também o setor energético, dando incentivos à pesquisa e produção de petróleo e carvão mineral, à construção de hidrelétricas e ao desenvolvimento de fontes alternativas de energia, como o biodiesel e o álcool da cana. Em vários programas o Brasil conquistou projeção internacional, como na pesquisa de petróleo em águas profundas e na produção de álcool.[177][178][179][180] Liga-se a este setor a questão ambiental e agrária. O Brasil tem sido cronicamente pouco efetivo no combate às ameaças ao seu ambiente, mas o governo Dilma tem dado atenção ao assunto, como o já citado apoio aos combustíveis renováveis. Mas há outras linhas de ação, e tem despertado especial preocupação as ligações do Brasil com o problema do aquecimento global. Lançando um grande programa multianual voltado ao ambiente, as metas definidas para o período até 2020 incluem reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia em relação aos números de 1996-2005, melhorar a eficiência energética, expandir em 3 milhões de hectares o reflorestamento, investir no gerenciamento de resíduos, recompor 15 milhões de hectares de pastagens degradadas, expandir para mais 4 milhões de hectares os sistemas de produção integrada agricultura-pecuária-silvicultura, expandir para mais 8 milhões de hectares a prática do plantio direto, expandir para mais 5,5 milhões de hectares a prática do uso de fixadores biológicos de nitrogênio em vez do uso de fertilizantes químicos, e incentivar o uso do carvão de madeira renovável.[181] O Brasil, de fato, conquistou projeção internacional nas negociações das políticas sobre o aquecimento, propondo metas voluntárias de redução de emissões de gases estufa, e foi elogiado pela ONU pela redução nas taxas históricas de desmatamento, mas os resultados das políticas ambientais recentes têm sido muito controversos.[182][183][184][185] O agronegócio tem sido um dos pontos fortes do seu governo, contribuindo com 100 bilhões de dólares em exportações, e é um setor de grande influência política, com forte presença no Congresso como base aliada da presidente (a chamada bancada ruralista). Contudo, o setor tem interesses que com frequência divergem dos ambientalistas, surgindo dali uma série de conflitos, por vezes violentos, que o governo tem tido dificuldade de administrar, e que são engrossados por reivindicações de outras seções da sociedade, como os sem-terra e os povos indígenas.[186][187][188]

O programa Mais Educação visa estimular o ensino em período integral, com prioridade nas regiões mais pobres.[166] Aloizio Mercadante disse que os problemas maiores estão no ensino médio, mas "nos últimos 15 anos trouxemos cerca de 5 milhões de estudantes a mais. A inclusão é fantástica".[189] [...] "O país se conscientizou de que a educação é algo estratégico". A alfabetização básica, o ensino superior e a pesquisa científica também são objetos de atenção do governo, com uma série de projetos a eles dedicados.[176] Na cultura também tem sido focada com especial interesse a classe trabalhadora. Foi implantado o Vale Cultura, que, segundo o Ministério da Cultura, tem potencial para alcançar 42 milhões de trabalhadores. Até o início de abril de 2014 500 mil foram contemplados. O programa paga R$ 50 mensais para o funcionário de empresa devidamente cadastrado que tenha seus direitos regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e ganhe até cinco salários mínimos. O recurso pode ser usado, por exemplo, para ir a shows e museus, e para aquisição de CDs, livros e revistas.[190] O governo também tem vários programas de incentivo ao teatro, cinema, museus, artes visuais, folclore, tem entre suas prioridades o fomento da leitura e tem investido no turismo cultural e na preservação e valorização do patrimônio histórico. Muitos desses projetos têm forte marca social, apoiando o multiculturalismo, protegendo comunidades e expressões culturais tradicionais e promovendo a criação de pontos de cultura em áreas carentes.[191][192][193]

Reconhecimento internacional

Rousseff ao receber o Woodrow Wilson Awards em Nova Iorque em 21 de setembro de 2011.

Em 2009, foi incluída entre os 100 brasileiros mais influentes do ano, pela revista Época[194] e, em novembro do ano seguinte, a revista Forbes classificou-a como a 16ª pessoa mais poderosa do mundo.[195] Em 2011 estava incluida na lista das 100 personalidades mais influentes do planeta pela revista Time, como a terceira mulher mais poderosa do planeta e 22ª pessoa mais poderosa do mundo pela Forbes.[196][197][198] Ainda, recebeu o Woodrow Wilson Award, dedicados a líderes de governos dedicados a melhorar a qualidade de vida de seu país e ao redor do mundo.[199] Em 2011, Rousseff foi a primeira mulher a abrir a Assembleia-Geral das Nações Unidas em toda a história da ONU.[200] No final de 2013, o jornal espanhol El País classificou Rousseff como uma das 11 personalidades ibero-americanas "que deixaram sua marca no ano".[10][201]

Em 20 de setembro , ela recebeu o prêmio Woodrow Wilson Public Service, no Hotel Pierre em Nova Iorque, Estados Unidos, uma distinção que também foi dada ao seu antecessor, em 2009. No dia seguinte, ela se tornou a primeira mulher a abrir uma sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.[202] Rousseff também foi destaque na capa da revista Newsweek em 26 de setembro de 2011. Durante a sua visita de Estado à Bulgária, em 5 de outubro de 2011, Dilma foi premiada com a maior honraria do governo búlgaro, a Ordem de Stara Planina.[203]

Popularidade

Rousseff manteve um alto índice de aprovação nos dois primeiros anos de seu mandato. Desde março de 2011 os que consideravam o governo como ótimo ou bom nunca foram menos do que 48%, estando em ascensão contínua entre julho de 2011 e março de 2013. No final de março de 2013, seu governo era aprovado por 63% dos brasileiros, enquanto seu índice de aprovação pessoal era de 79%. Mas desde então enfrenta uma forte queda em popularidade.[204][205] A popularidade de Dilma nos dois primeiros anos foi atribuída a medidas populares de seu governo, como a redução do imposto federal na conta de energia elétrica e a isenção de impostos federais nos produtos da cesta básica (carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, açúcar, pó de café, óleo de cozinha, manteiga, bananas e maçãs).[206] A redução dos juros da taxa selic conduzida pelo Banco Central do Brasil também é mencionada como uma das causas da alta popularidade de Dilma.[207]

Pesquisa recente do CNI-Ibope revelou que a popularidade do governo em março de 2014 caíra para 36%. Segundo notícia do Globo,

"A confiança na presidente Dilma também diminuiu. A parcela da população que confia na presidente caiu de 52% para 48%. O governo teve uma piora na avaliação em todas as nove áreas pesquisadas. O descontentamento é maior principalmente quanto á condução da política econômica, com preocupações em relação à inflação e ao desemprego. [...] Na área de Educação: a desaprovação subiu para 65%, contra 58% na pesquisa anterior. Na área de Saúde, a insatisfação subiu para 77%, contra 72% na pesquisa anterior; Na área da Segurança Pública, o descontentamento chegou a 76%. [...] A pesquisa mostrou que 77% desaprovam a política econômica de forma geral. No caso específico da inflação, a insatisfação é de 71%. Na área de meio ambiente, descontentamento é de 54%".[205]

O Ministro da Casa Civil, Aloísio Mercadante, reconheceu a validade da pesquisa e a interpretou como um estímulo para o governo trabalhar duro para apresentar melhores resultados, mas o vice-presidente do PT, Alberto Cantalice, e a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, minimizaram a importância dos resultados, considerando-os circunstanciais.[208]

Críticas

Internamente seu governo tem recebido críticas de muitos setores da sociedade. No início do mandato, vários dos ministros do governo Rousseff foram acusados de corrupção política,[209][210][211][212] o que levou a presidente a retirá-los de seus cargos, episódio que ficou conhecido na imprensa do país como "faxina no governo".[213] Centenas de militares da reserva, incluindo mais de 60 generais e muitas outras autoridades, num abaixo-assinado de 2012, criticaram a presidente, entendendo que ela se afastou de suas promessas iniciais e esqueceu que governa para todos os brasileiros e não apenas para certos grupos. Segundo notícia, o governo, incomodado, através do ministro da Defesa, Celso Amorim, teria pressionado para a retirada do abaixo-assinado do ar, o que de fato veio a acontecer. Com isso, o apoio ao movimento cresceu, sendo divulgada uma nota de repúdio à atitude do governo.[214]

A condução do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), apesar de alguns pontos positivos, é considerada por vários críticos como eleitoreira, ineficiente e inconsistente,[215][216][217][218] com apenas 12% das obras previstas no programa concluídas nos três primeiros anos de governo.[219] Nas palavras de Jorge Oliveira, escrevendo para o Diário do Poder,

"A presidente quer parecer que administra o país. Para tanto não mede as consequências dos seus atos intempestivos e irresponsáveis. Quer acelerar as obras do PAC, paralisadas em todos os cantos, por decreto ou bazófias. Quer ganhar no grito o que não conseguiu nos últimos três anos: administrar o país com competência. A um ano das eleições, Dilma percorre os estados anunciando projetos lunares e inaugurando obras de vereador. Promete bilhões e bilhões de reais para projetos que simplesmente não saem do papel, mas que são divulgados pela imprensa como factíveis a menos de um ano de acabar o governo".[215]

A política econômica do governo Rousseff também tem sido alvo de críticas, principalmente devido ao nível de inflação, que chegou próximo ao teto da meta anual de 6,5% estipulada pelo governo, aos déficits da balança comercial brasileira, ao crescimento da desvalorização cambial e ao nível relativamente baixo de crescimento do produto interno bruto (PIB) em relação a outros países emergentes.[220] Para Michael Reid, editor da destacada revista The Economist, Dilma merece aplauso "por ser uma democrata, por ter realizado ações no início do governo contra a corrupção e por ter respeitado a liberdade de expressão", mas se tornou uma decepção para muitos porque "o governo federal continua crescendo como um aparato burocrático e tem uma base de apoio imensa, que cobra cargos e verbas. E não parece que ela tem uma visão de como reformar o Estado para que ele faça melhor as coisas que os brasileiros querem".[218] Para vários analistas, nos últimos anos a confiança no Brasil dos investidores estrangeiros vem declinando.[221][222][223] Paulo Bilyk, fundador da Rio Bravo Investimentos, atribui isso à instabilidade institucional, produzida, entre vários motivos, por contas públicas desajustadas e aumento da inflação.[222] Segundo avaliação da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, na América Latina o país só perde para a Argentina em carga tributária, e o FMI projetou uma queda no crescimento de 3,2% para 2,8% ao longo de 2014, com os problemas piores registrados na infraestrutura.[223] O importante jornal Financial Times fez duras críticas à sua administração e pediu um "choque de credibilidade" no Brasil, dizendo: "Os preparativos atrasados para a Copa do Mundo já envergonham o País, enquanto o trabalho para os Jogos Olímpicos de 2016 é classificado como 'o pior' que o Comitê Internacional já viu. A economia também está em queda. O Brasil, uma vez o queridinho do mercado, vê investidores caindo fora".[221] O editorial considerou que se a presidente não mudar seu hábito de mais falar do que ouvir sua reeleição pode ficar comprometida, mas admite que há sinais de algumas mudanças positivas, afirmando:

""Saber se a senhora Rousseff, que parece Merkel (Angela Merkel, chanceler da Alemanha), mas resulta nos Irmãos Marx, é realmente a pessoa certa para colocar o Brasil de volta aos trilhos é outra questão. Afinal de contas, sua primeira administração foi uma decepção. Mas, pelo menos, há sinais de que os mercados do País estão trabalhando como deveriam através da transmissão de uma preocupação generalizada e crescente. Estes estão agora começando a empurrar o debate político em uma direção favorável aos investidores. Isso só pode ser uma coisa boa".[221]

Até mesmo seu conselheiro e apoiador constante, o ex-presidente Lula, num almoço com empresários e políticos promovido pelo banco Merrill Lynch, criticou sua pouca disposição ao diálogo e sua tendência de concentrar em si o poder, devendo aprender a delegar e a "ser mais líder e menos general".[224] Reinaldo Azevedo, escrevendo para a Veja, disse que o governo Dilma teria se saído melhor se tivesse encontrado uma conjuntura mais favorável, como a que Lula encontrou:

"Acontece que esses eventos não vão se repetir. Dilma está pegando a fase final das 'virtudes' do modelo lulista, ancorado no consumo. O déficit de US$ 11,591 bilhões nas contas externas em janeiro começou a ser fabricado no governo Lula. O rombo certo na balança comercial em 2014 — o primeiro em 13 anos — também começou a ser fabricado no lulismo. O papel cada vez mais modesto da indústria no PIB e um déficit de US$ 110 bilhões do setor no ano passado têm a digital indelével de... Lula! [...] O governo Dilma é, sim, a meu juízo, muito ruim — mas não é pior do que era o de Lula. O que mudou de modo importante foi a conjuntura internacional, e o PT não estava preparado para isso".[148]

A abordagem da grave problemática ambiental contemporânea tem sido considerada pelos ambientalistas brasileiros como a pior das últimas décadas, favorecendo retrocessos, estabelecendo políticas contraditórias e oportunistas e dando grande incentivo ao uso de combustíveis fósseis, altamente poluidores. Apesar de a ministra do ambiente Izabella Teixeira ter recebido distinção da ONU em 2013 pela redução nas taxas históricas, segundo a FAO o Brasil até 2010 continuava sendo o campeão mundial em desmatamento, grande parte dele ilegal, e ainda em 2013 as taxas voltaram a se elevar rapidamente. Este retrocesso se deve, na opinião de cientistas e ambientalistas, muito porque o governo Dilma não vetou tudo o que podia nas mudanças do Novo Código Florestal Brasileiro, que foi aprovado por forte pressão da bancada ruralista do Congresso, parte da base aliada do governo, e porque os poderes fiscalizadores do Ibama, o administrador da política ambiental, foram reduzidos nesta gestão, sofrendo ainda de crônica insuficiência de recursos. Todos os biomas nacionais estão seriamente ameaçados, as reservas protegidas são poucas, o controle é pouco eficiente, e o Ibama tem sido incapaz de atender a todas as demandas e combater a ilegalidade.[225][226][227][228][229][230][231][232][233][234] O Brasil tem dado contribuição significativa ao aumento nos níveis do aquecimento global, e suas taxas de emissão de gases estufa estão crescendo, especialmente no setor energético.[235][236][237][238][239]

Manifestantes em conflito com a polícia em Brasília sobre área considerada indígena mas reivindicada por uma construtora, 2011.
Manifestantes no teto do Congresso Nacional, protestando contra gastos na Copa, corrupção e por melhorias no transporte, na saúde e educação, em 18 de junho.

Outros setores com grandes problemas também estão relacionados ao meio ambiente, ao uso da terra e dos recursos naturais, com importantes repercussões sociais: o seu governo tem sido criticado por não dar à questão agrária a atenção que o problema merece,[240][241] em 2012 o Incra, órgão governamental responsável pela reforma agrária, foi acusado pelo Ministério Público como o maior desmatador da Amazônia,[242] e a política indigenista do governo é considerada um fracasso por vasto número de observadores, com os problemas piores ligados à questão das terras indígenas e ao uso dos seus recursos, deixando os índios do Brasil em uma condição de crônica desassistência que favorece a continuidade do genocídio histórico que esses povos sofreram pela ação dos colonizadores. A base aliada do governo no Congresso tem sido responsável pela aprovação de múltiplos projetos de lei que prejudicam os interesses indígenas. Esses problemas têm gerado conflitos violentos, com muitas perdas de vidas e sofrimento, com denúncias que chegaram a fóruns internacionais como a ONU e a OIT, sem qualquer efeito.[243][244][245][246][247][248] Questionado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, braço da OEA, sobre violações de direitos humanos no caso da construção da usina de Belo Monte, um dos mais polêmicos, o governo se recusou a comparecer à audiência, chamou seu embaixador de volta e ameaçou cortar fundos de apoio à organização.[249]

Em 2013, como corolário da grande insatisfação nacional, foram organizadas múltiplas manifestações populares em todo o Brasil protestando contra o descaso histórico do governo brasileiro, do parlamento, das instituições públicas e de outros setores oficiais em relação a questões vitais para a sociedade brasileira, como a educação e a saúde pública, a economia, gastos públicos indevidos, corrupção e o respeito às minorias.[250] A presidente considerou as manifestações legítimas e respondeu à sociedade com um pronunciamento público e a proposta de um pacto nacional para a melhoria dos serviços públicos, que incluía um plebiscito, propostas que ainda estão sendo debatidas.[251][252][253][254][255] Uma pesquisa realizada pelo Instituto MDA em parceria com a Confederação Nacional dos Transportes indicou em novembro de 2013 que 81,7% da população brasileira apoiava os protestos, mas 93,4% não concordava com a violência como forma de protesto.[256] Com a expectativa de novos protestos e o temor de vandalismos, o ministro do esporte, Aldo Rebelo, afirmou que o governo não irá tolerar manifestações que atrapalhem ou tentem impedir os jogos da Copa de 2014.[257][258]

A condução dos trabalhos da Copa, aliás, evento do qual governo e a presidente pessoalmente têm sido ferrenhos defensores, tem gerado grande quantidade de protestos, que se concentram nos excessivos gastos públicos, na completa sujeição do governo às imposições da FIFA, e na violação de direitos humanos. O governo diz que os gastos públicos foram pequenos, em geral empréstimos que deverão ser pagos de volta, e que as obras reverterão em benefícios permanentes para a população, mas os críticos dizem que, contando vias indiretas, de 80 a 90% dos investimentos foram públicos, chegando à ordem de 30 bilhões de reais, incluindo isenção de impostos e inúmeras facilidades excepcionais para os empresários, desviando indevidamente recursos de áreas emergenciais como a educação e a saúde.[259][260][261][262][263][264] Segundo pesquisa da empresa KPMG, o Brasil tem metade dos 20 estádios mais caros do mundo.[265] Também têm sido duramente condenadas as múltiplas remoções forçadas de comunidades que tinham suas moradias no caminho das obras, registrando-se muitos confrontos violentos, com demolições iniciando com habitantes ainda dentro de suas casas e batalhas de rua com a polícia, amplamente documentadas pela imprensa. Cerca de 170 mil famílias em todo o Brasil perderam suas casas em função de obras da Copa. Essas práticas têm despertado protestos de rua e nas redes sociais, foram denunciadas ao Conselho de Direitos Humanos da ONU e foram condenadas pela Anistia Internacional, que lançou uma campanha em protesto.[265][266][267][268] Para esses críticos, como o livre-docente da USP Jorge Luiz Souto Maior, o suposto "legado da Copa" é mais uma miragem do que uma realidade:

"[...] alguns estádios fantasmas e obras inacabadas, nos próprios estádios e em aeroportos e avenidas, além da indignação de saber que os grandes estádios e as obras em aeroportos custaram milhões aos cofres públicos, mas que, de fato, pouca serventia terão para a maior parte da classe operária, que raramente viaja de avião e que tem sido afastada das partidas de futebol, em razão do processo notório de elitização incrementado neste esporte. [...] No caso do estádio Mané Garrincha, em Brasília, por exemplo, com custo final estimado em R$1,9 bilhões, levando-se em consideração o resultado operacional com jogos e eventos obtidos em um ano após a conclusão da obra, qual seja, R$1.137 milhões, serão precisos 1.167 anos para recuperar o que se gastou, o que é um absurdo do tamanho do estádio, ainda que o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e o secretário executivo da pasta, Luis Fernandes, tenham considerado o resultado, respectivamente, 'um êxito' e 'um exemplo contra o derrotismo' ".[265]

Com a aproximação das eleições, seus adversários têm lançado à presidente uma série de críticas. Dilma prometeu não se calar diante das acusações, e espera-se que nos próximos meses a controvérsia política se intensifique.[269][270][271][272]

Presidenta

Desde primeiro de janeiro de 2011, o Brasil é o primeiro país de língua portuguesa e ter uma mulher eleita na presidência. Guiné-Bissau teve Carmen Pereira interinamente na presidência de 14 a 16 de maio de 1984. A norma culta da língua Portuguesa acata as duas formas como corretas e aceitáveis. Já em 1889, o Novo Dicionário da Língua Portuguesa de Cândido de Figueiredo utiliza o termo "Presidenta" significando mulher que preside[273] e outros dicionários também o seguem, por exemplo, de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, “presidenta” é o feminino de presidente, embora seja menos usual. Já o Dicionário Aurélio[274] diz que a palavra pode ser usada no masculino e feminino, apontando “presidenta” como “esposa do presidente” ou “mulher que preside”. O Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa e o Dicionário Brasileiro Globo[275] também dão a mesma significação do Aurélio.

Vida pessoal

O primeiro marido de Rousseff foi o jornalista mineiro Cláudio Galeno de Magalhães Linhares. Com a separação durante o período em que estiveram na clandestinidade, iniciou um relacionamento com o ex-guerrilheiro e ex-deputado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo, com quem teve sua única filha, Paula, nascida em 27 de março de 1976.[2] Preso em São Paulo, Araújo foi transferido para seu estado natal para completar a pena. Dilma deu aulas a presidiários para ver Araújo.[276]

Carlos Araújo e Dilma se separaram em 1994, mas em 1996 se reconciliaram e voltaram a viver juntos. Porém, depois de mais 30 anos de relacionamento, Dilma e Carlos Araújo separam-se definitivamente em 2000.[2]

Dilma declara gostar de história e interessar-se por ópera. No início da década de 1990 matriculou-se no curso de teatro grego do dramaturgo Ivo Bender. A mitologia grega tornou-se uma obsessão para Dilma, que, influenciada por Penélope, resolveu aprender a bordar.[276] Ela é leitora assídua de Machado de Assis, Guimarães Rosa, Cecília Meireles, e Adélia Prado.[277]

Dilma havia passado a usar o sobrenome Linhares após seu casamento com Cláudio Galeno, em 1967. A separação se deu quando estavam na clandestinidade e o divórcio amigável ocorreu apenas em 1981.[2] Dilma, contudo, continuou usando o sobrenome do primeiro marido até 1999, quando voltou a usar seu nome de solteira, Dilma Vana Rousseff.[2]

Acredita que sua avó materna, de origem portuguesa, com o sobrenome "Coimbra", seria uma cristã-nova (judia convertida ao cristianismo), devido às suas características físicas.[278]

Paula Rousseff

Dilma Rousseff (esquerda) durante o batismo de seu neto em Porto Alegre, com a filha Paula Rousseff (centro), e Rafael Covolo – marido de Paula (direita).

Nascida em 27 de março de 1976, em Porto Alegre, Paula Rousseff é a única filha de Dilma e de seu ex-marido, Carlos Araújo. Paula graduou-se em direito e é funcionária pública federal concursada ocupando o cargo de Procuradora do Trabalho em sua cidade natal.[279] Ela é casada, desde 2008, com o administrador de empresas Rafael Covolo.[280]

Em 9 de setembro de 2010, Paula deu à luz o primeiro neto de Dilma, Gabriel Rousseff Covolo, nascido em Porto Alegre, enquanto a avó já estava em campanha presidencial.[281][282] No primeiro turno, após o último debate entre os quatro principais candidatos, em 30 de setembro, na cidade do Rio de Janeiro, Dilma viajou para Porto Alegre para o batismo de Gabriel em 1 de outubro de 2010.[283]

Temperamento

Considerada dona de um temperamento explosivo, é acusada por parte da imprensa de ter destratado colegas de sua pasta, nomeadamente o ministro Paulo Bernardo, na frente dos governadores tucanos José Serra e Aécio Neves. É acusada de "ter feito chorar" o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, depois de uma reprimenda via telefone. Segundo o jornal O Globo, o secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, Luiz Antonio Eira, teria pedido demissão devido a um desentendimento com ela, em que teria se sentido humilhado;[47][284] Dilma, porém, nega que o tenha destratado.[285]

Dilma Rousseff Sou uma mulher dura cercada por ministros meigos. Dilma Rousseff

— Dilma Rousseff.[284]

As supostas atitudes agressivas de Dilma, porém, garantiriam seu prestígio diante de Lula, que pondera que seu comportamento mais ajuda do que atrapalha: seu temperamento se convertia na eficiência para resolver problemas sem soluções, inclusive alguns vindos da gestão de José Dirceu.[284] O vice-presidente da República, José Alencar, considerava o temperamento da ministra "dedicado" e "sério", assim como "bravo". Para ele, o eleitor veria nesse temperamento qualidades "excepcionais" para o comando do país.[286]

Sobre seu temperamento, Dilma afirma: "O difícil não é meu temperamento, mas minha função. Eu tenho de resolver problemas e conflitos. Não tenho descanso. Não sou criticada porque sou dura, mas porque sou mulher. Sou uma mulher dura cercada por ministros meigos".[284]

Saúde

Em abril de 2009, Dilma revelou que estava se submetendo a um tratamento contra um linfoma, câncer no sistema linfático, que havia descoberto a partir de um nódulo na axila esquerda, em um exame de rotina, em fase inicial. O tratamento incluía sessões de quimioterapia. Tratava-se do tipo mais agressivo, mas as chances de cura eram de 90%.[288][289] Em meados de maio, foi internada no Hospital Sírio Libanês com fortes dores nas pernas, sendo diagnosticada uma miopatia, inflamação muscular decorrente do tratamento contra o câncer. No início de setembro do mesmo ano, revelou ter concluído tratamento de radioterapia, dizendo-se curada,[290][291] o que foi confirmado pelos médicos daquele hospital no final do mesmo mês.[292] Raspou o cabelo antes que ele começasse a cair, devido às sessões de quimioterapia, o que a fez usar peruca durante sete meses, até dezembro de 2009.[293][294]

Outras atividades profissionais

Entre 1995 e 1996, quando estava afastada de suas atividades em cargos públicos, Dilma teve uma curta experiência como micro-empresária. Vendia produtos variados a baixos preços tabelados (os populares um e noventa e nove) numa lojinha chamada Pão e Circo.[295]

Posições políticas

Dilma se considera pró-vida, e apoia o aborto apenas em gestações que põem em risco a vida da mãe ou são o resultado de estupro, casos em que a legislação brasileira atual permite às mulheres interromper a gravidez.[296] Seus atuais pontos de vista têm sido criticados por setores da Igreja Católica brasileira e de outros grupos evangélicos, devido ao seu passado para apoiar a legalização do aborto. Foi alvo de críticas por parte da revista Veja, que destacou numa de suas reportagens a mudança das posições de Dilma em relação ao aborto.

Quando perguntada sobre o processo penal do goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza, acusado de assassinar sua ex-namorada Eliza Samudio, Rousseff declarou que era contra a pena de morte.[297] De acordo com ela, se a pena de morte fosse realmente útil, não haveria mais crimes hediondos nos Estados Unidos,[297] onde alguns estados apoiam a pena.

Dilma opõe-se ao casamento gay, mas apoia a união civil entre pessoas do mesmo sexo.[298] Segundo ela, "o casamento é uma questão religiosa. Eu, como indivídua, nunca diria o que uma religião deve fazer ou não. Temos que respeitá-los."[298] Sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo, Dilma Rousseff disse que a base dos direitos civis deve ser reconhecida de uma maneira civil.[298] Ela também se opõe à legalização das drogas ilegais, afirmando que "o Brasil hoje é incapaz de propor a descriminalização de qualquer droga."[299]

De origem trabalhista, como antiga militante do PDT, e no papel de atual membra do Partido dos Trabalhadores, um partido que se diz social-democrata e que se opõe à política da terceira via, Rousseff é a favor de privatizações.[300] Ela também se comprometeu a aprofundar os programas sociais popularizados ou inaugurados com o governo Lula, dizendo que, sob seu governo, "o Brasil continuará a crescer, com inclusão social e mobilidade".[301]

Posições políticas de Dilma Rousseff
Sim[298] União de pessoas do mesmo sexo Sim[300] Privatização[302] Sim[303]Imprensa livre Sim[304]Liberdade religiosa Não[297] Pena de morte Sim[305] Reforma tributária Não[296] Aborto (como escolha)
Sim[306] Democracia Sim[307] Cotas raciais Não[299] Legalização de drogas Sim[308] Reforma agrária Sim[309] Reforma política Sim[310] Apoio ao software livre

Notas

a. ^ Dilma afirmou preferir ser tratada pelo feminino da palavra presidente,[311] mas desde sua eleição não houve posicionamento oficial sobre o assunto, o que gerou certa confusão. Os meios de comunicação não estabeleceram qualquer padronização, mas, a despeito da manifestação de Dilma, a maior parte dos jornais, revistas e blogs tem preferido utilizar o termo biforme presidente,[312] aplicável a homens e mulheres.

Cronologia sumária

Ver também

Referências

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