|alcunhas=''Vascão''<br>''[[Expresso da Vitória]]''<br>''Gigante da Colina''<br>''Camisas Negras''<br>''O Time da Virada''<br>''Campeão de Terra e Mar''
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'''Club de Regatas Vasco da Gama''' <small>[[Ordem Militar de Cristo|ComC]] • [[Ordem do Mérito|MHM]]</small><ref name=Condecorações>{{citar web|url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=154&list=1|título=Cidadãos estrangeiros agraciados com ordens honoríficas portuguesas|língua2=pt|acessodata=29 de janeiro de 2013}}</ref> é uma agremiação sócio-[[desporto|poliesportiva]] [[brasil]]eira com sede na cidade do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]]. Foi fundado em [[21 de Agosto]] de [[1898]] por um grupo de remadores que, inspirados nas celebrações do quarto centenário da descoberta do caminho marítimo para as Índias, ocorrida em [[1498]], batizaram a nova agremiação com o nome do heroico [[Portugal|português]] que alcançara tal feito, o navegador [[Vasco da Gama]].
'''Club de Regatas Vice da Gama''' <small>[[Ordem Militar de Cristo|ComC]] • [[Ordem do Mérito|MHM]]</small><ref name=Condecorações>{{citar web|url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=154&list=1|título=Cidadãos estrangeiros agraciados com ordens honoríficas portuguesas|língua2=pt|acessodata=29 de janeiro de 2013}}</ref> é uma agremiação sócio-[[desporto|poliesportiva]] [[brasil]]eira com sede na cidade do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]]. Foi fundado em [[21 de Agosto]] de [[1898]] por um grupo de remadores que, inspirados nas celebrações do quarto centenário da descoberta do caminho marítimo para as Índias, ocorrida em [[1498]], batizaram a nova agremiação com o nome do heroico [[Portugal|português]] que alcançara tal feito, o navegador [[Vasco da Gama]].
O Vasco teve a ideia de ser o clube mais ''democrático'', usando o preto, o branco e o vermelho na cruz. São cores que se encaixam na ideia de uma comunhão de etnias (''já que foi o primeiro clube do Brasil a lutar contra preconceitos raciais e sociais''). É muito forte o aspecto religioso da cruz, porque a ''[[Cristo|Ordem Militar de Cristo]]'' era ao mesmo tempo religiosa e guerreira."<ref>{{citar web|url=http://www.semprevasco.com/conteudo/conteudo.php?id=125|título=A Ordem Militar de Cristo|língua2=pt|acessodata=07 de dezembro de 2011}}</ref>
O Vasco teve a ideia de ser o clube mais ''democrático'', usando o preto, o branco e o vermelho na cruz. São cores que se encaixam na ideia de uma comunhão de etnias (''já que foi o primeiro clube do Brasil a lutar contra preconceitos raciais e sociais''). É muito forte o aspecto religioso da cruz, porque a ''[[Cristo|Ordem Militar de Cristo]]'' era ao mesmo tempo religiosa e guerreira."<ref>{{citar web|url=http://www.semprevasco.com/conteudo/conteudo.php?id=125|título=A Ordem Militar de Cristo|língua2=pt|acessodata=07 de dezembro de 2011}}</ref>
Club de Regatas Vice da GamaComC • MHM[3] é uma agremiação sócio-poliesportivabrasileira com sede na cidade do Rio de Janeiro. Foi fundado em 21 de Agosto de 1898 por um grupo de remadores que, inspirados nas celebrações do quarto centenário da descoberta do caminho marítimo para as Índias, ocorrida em 1498, batizaram a nova agremiação com o nome do heroico português que alcançara tal feito, o navegador Vasco da Gama.
O Vasco teve a ideia de ser o clube mais democrático, usando o preto, o branco e o vermelho na cruz. São cores que se encaixam na ideia de uma comunhão de etnias (já que foi o primeiro clube do Brasil a lutar contra preconceitos raciais e sociais). É muito forte o aspecto religioso da cruz, porque a Ordem Militar de Cristo era ao mesmo tempo religiosa e guerreira."[4]
Apesar de ter sido fundado como um "Clube de Regatas", consagrando-se no Remo um dos maiores campeões do país, o Vasco da Gama ainda abrange outros esportes nas modalidades feminina e masculina, como atletismo, vôlei de praia, basquete, futebol de areia, dentre outros, tendo como esporte mais tradicional atualmente, o futebol.
Foi o primeiro na história dos clubes esportivos do Brasil a ter elegido um presidente "não-branco" (em 1904, numa época em que o racismo era prática comum no esporte, os vascaínos tiveram a honra de conduzir o mulato Cândido José de Araújo ao degrau mais alto do clube[24]).
O Vasco da Gama ainda detém dentre o seu plantel de ídolos, os maiores artilheiros do Campeonato Brasileiro de futebol de todos os tempos, tendo como Roberto Dinamite (atual presidente do Vasco) o maior, com a marca de 190 gols, seguidos de Romário e Edmundo, com 154 e 153 gols respectivamente[25].
Em 2 de Julho de 2007, o governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho sancionou o projeto de lei nº 5.052, que criou o Dia do Vasco, data comemorativa que homenageia a fundação do clube.
Segundo estudo feito pela Pluri Stochos Pesquisas e Licenciamento Esportivo em 2013, o Vasco possui a quarta maior torcida do Brasil, com 5% dos entrevistados. A vantagem do Vasco, de 0,1 ponto percentual, é apenas numérica; como está dentro da margem de erro de 0,68 p.p., Vasco e Palmeiras estão, na verdade, empatados tecnicamente em 4º lugar entre as torcidas.[26]
A 21 de Agosto de 1898, um grupo de 63 rapazes, imigrantes portugueses e luso-descendentes, reuniu-se numa sala da Sociedade Dramática Filhos de Talma, localizado no bairro da Saúde, e fundou um clube de remo.[27][28] O nome escolhido foi Club de Regatas Vasco da Gama, pois justo naquele ano eram comemorados os 400 anos da viagem do célebre almirante à Índia.[28][27][29]
Com dois meses de existência o clube já contava com 300 sócios, o suficiente para solicitar para disputa dos campeonatos de remo. Assim, no dia 7 de novembro, o Vasco solicitava a sua inscrição oficial na União de Regatas Fluminense e, ao mesmo tempo, apresentava as cores do seu uniforme: camisa preta cruzada por uma faixa branca e a Cruz de Cristo sobre o coração.[30] A Cruz, a mesma que levou a bênção cristã aos povos da Índia, a faixa branca simbolizando o estandarte que Vasco da Gama recebeu de D. Manuel, o Venturoso, e a camisa negra representando os mares obscuros navegados pelas caravelas do navegador.
Já filiado à União de Regatas, a estreia do Vasco em competições oficiais ocorreu a 4 de junho de 1899, na enseada de Botafogo. Ali, a baleeira "Volúvel", de seis remos, venceu o 1º páreo na categoria júnior, a primeira vitória do Vasco no remo.[27] Em 24 de novembro de 1905, o clube conquistou o primeiro Campeonato Carioca de Remo, numa competição que contou com o presidente Rodrigues Alves entre os assistentes. Já no ano seguinte o Vasco sagrou-se bicampeão.[27] Até 2012, o clube venceu o campeonato de remo um total de 46 vezes.[31]
A estrutura dos clubes desportivos brasileiros da época se caracteriza pelo elitismo, uma vez que seus sócios eram geralmente oriundos da elite da zona sul carioca. O Vasco da Gama diferenciava-se destes clubes porque sua base era em grande parte formada por comerciantes e assalariados portugueses.[28] Nesse contexto, é também destacável que em 1904 os sócios do Vasco, numa atitude inédita até então, elegeram um mulato para a presidência, Cândido José de Araújo, que foi reeleito para o cargo em 1905.[27][28] Foi durante a presidência de Araújo que o clube conquistou seu primeiro campeonato de remo.[27]
Inícios no futebol
A decisão de incorporar o futebol como esporte do clube esteve relacionada à chegada ao Rio, em 1913, de uma seleção de jogadores de times de Lisboa. Essa equipe enfrentou o Botafogo Football Club, num partido que os visitantes ganharam por 1 x 0.[29][27][28] A vitória impulsou a colônia lusitana da cidade a fundar clubes dedicados ao futebol, como o Centro Esportivo Português, o Lusitano e o Lusitânia Futebol Clube.[28]
O Lusitânia era um clube restritivo, que só aceitava portugueses como sócios, o que o impedia de ser incorporado à Liga Metropolitana de Sports Athléticos.[28] O Vasco, por outro lado, aceitava tanto portugueses como brasileiros como sócios. Um acordo entre os clubes celebrado a 26 de novembro de 1915 levou à fusão dos dois, dando origem ao departamento de futebol do Vasco da Gama, apesar da oposição dos remadores vascaínos.[28][27] O Vasco estreiou a 3 de maio de 1916, na terceira divisão, perdendo por 10 x 1 contra o Paladino Foot-Ball Club.[28][27]
O clube incorporava aos seus quadros jogadores de qualquer origem étnica, com a condição que soubessem jogar futebol.[28][29] Em 1922, o Vasco conseguiu o primeiro título ao ganhar a série B da Primeira Divisão, o que lhe abriu a possibilidade de jogar na Primeira Divisão da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT).[27] A campanha do clube foi excelente, com 11 vitórias, dois empates e uma derrota, sagrando-se assim campeão do Campeonato Carioca de Futebol de 1923 no seu ano de estreia.[27] O time vascaíno era composto por jogadores de várias origens, como negros, mulatos, portugueses e brancos pobres da classe operária.[27][28] Apesar de que havia times com jogadores destas características (por exemplo o Bangu), essa era a primeira vez que os times mais elitistas da cidade eram incomodados por um time da periferia.[28] De fato, a equipe campeã de 1923 era integrada por vários jogadores negros, como o chofer de táxi Nelson da Conceição, o estivador Nicolino, o pintor de parede Ceci e o motorista de caminhão Bolão, além de quatro brancos analfabetos.[32]
Os clubes da "elite" não suportaram ver seus times sendo derrotados por um time formado por negros e pobres, e que nem estádio possuía. Vieram as acusações de falta de profissionalismo e a alegação de que analfabetos não poderiam atuar. Assim, o Vasco pagava a professores para ensinar seus jogadores a assinar a súmula das partidas.
Mesmo lutando contra os clubes unidos contra ele, o Vasco venceu o América e o Fluminense, conquistando o campeonato, em seu ano de estreia na primeira divisão, no dia 12 de agosto de 1923, deixando o Clube de Regatas Flamengo, na vice colocação, o que acabou marcando significativamente a história do clube, do Rio de Janeiro e do Brasil, por ser o primeiro do Clube em uma campanha com integrantes afro-descendentes, pobres e operários a ser campeão. De acordo Rui Proença, português de nascimento e radicado no Rio, identifica o fato como uma verdadeira revolução, enfatizando os preconceitos e dificuldades inicialmente encontrados pelo Vasco, associando-se ao fato de o Flamengo, o Fluminense e o Botafogo não permitirem a entrada de negros em seus clubes. O autor conclui que o clube representaria o congraçamento entre negros e portugueses, grupos discriminados que, unidos, fizeram o Vasco[33].
As derrotas sofridas para o Vasco ao longo da competição eram inadmissíveis para os adversários, que logo começaram a alegar que o quadro de atletas cruzmaltinos era formado por pessoas de "profissão duvidosa" e que o clube não possuía um estádio a fim de excluí-lo do campeonato. Na época o campinho do Vasco, localizado à rua Moraes e Silva, 261, na Tijuca, só servia para treinos.
Os camisas pretas - apelidado dado aos jogadores vascaínos por causa do seu uniforme, foram ganhando partida por partida, sempre virando o placar no segundo tempo, devido ao ótimo preparo físico dos jogadores, até ganhar o campeonato.
Após a tentativa fracassada de ver o Vasco da Gama fora da competição em 1923, os clubes da zona sul (área de elite da cidade do Rio de Janeiro), Botafogo, Flamengo, Fluminense e alguns outros clubes encontraram a solução para se verem livres dos vascaínos no ano seguinte. Assim, se uniram, abandonaram a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT) e fundaram a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA), deixando de fora o Vasco, que só poderia se filiar à nova entidade caso dispensasse doze de seus atletas (todos negros) sob a acusação de que teriam "profissão duvidosa". Diante da situação imposta, em 1924, o presidente do Club de Regatas Vasco da Gama, José Augusto Prestes, enviou uma carta à AMEA, que veio a ser conhecida como a "resposta histórica", recusando a se submeter à condição imposta e desistindo de filiar-se à AMEA. A carta entrou para a história como marco da luta contra o racismo no futebol.
M.D. Presidente da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos
As resoluções divulgadas hoje pela imprensa, tomadas em reunião de ontem pelos altos poderes da Associação a que V.Exa tão dignamente preside, colocam o Club de Regatas Vasco da Gama numa tal situação de inferioridade, que absolutamente não pode ser justificada nem pela deficiência do nosso campo, nem pela simplicidade da nossa sede, nem pela condição modesta de grande número dos nossos associados.
Os privilégios concedidos aos cinco clubes fundadores da AMEA e a forma por que será exercido o direito de discussão e voto, e feitas as futuras classificações, obrigam-nos a lavrar o nosso protesto contra as citadas resoluções.
Quanto à condição de eliminarmos doze (12) dos nossos jogadores das nossas equipes, resolve por unanimidade a diretoria do Club de Regatas Vasco da Gama não a dever aceitar, por não se conformar com o processo por que foi feita a investigação das posições sociais desses nossos consócios, investigações levadas a um tribunal onde não tiveram nem representação nem defesa.
Estamos certos que V.Exa. será o primeiro a reconhecer que seria um ato pouco digno da nossa parte sacrificar ao desejo de filiar-se à AMEA alguns dos que lutaram para que tivéssemos entre outras vitórias a do campeonato de futebol da cidade do Rio de Janeiro de 1923.
São esses doze jogadores jovens, quase todos brasileiros, no começo de sua carreira e o ato público que os pode macular nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que eles, com tanta galhardia, cobriram de glórias.
Nestes termos, sentimos ter que comunicar a V.Exa. que desistimos de fazer parte da AMEA.
Queira V.Exa. aceitar os protestos de consideração e estima de quem tem a honra de se subscrever, de V.Exa. At. Vnr. Obrigado.
Desta forma em 1924 foram disputados dois campeonatos em paralelo sendo o da LMDT vencido de forma invicta pelo Vasco, conquistando assim o bicampeonato estadual.
No ano seguinte, o clube venceu as resistências da AMEA, conseguiu integrar-se à entidade e voltou a disputar o campeonato contra os grandes times sob a condição de disputar seus jogos no campo do Andarahy. Apesar disso, o Vasco decidiu construir o seu próprio estádio, para acabar com qualquer exigência. O local escolhido para a construção foi a chácara de São Januário, que fora um presente de Dom Pedro I à Marquesa de Santos.
Em 21 de abril de 1927, o Vasco da Gama inaugurava o então maior estádio do Brasil, o Estádio de São Januário, construído em dez meses e com dinheiro arrecadado por uma campanha de recolhimento de donativos de torcedores de toda a cidade. Dois anos depois seria inaugurada a sua iluminação, passando a ser o único clube do país com um estádio em condições de sediar jogos noturnos.
Em 1931, o Vasco se tornou o segundo clube brasileiro a ser convidado para uma excursão internacional depois do Paulistano e conquista pela terceira vez o Torneio Início. Neste mesmo ano, o Vasco aplicou uma goleada histórica de 7 a 0 no seu arquirrival Flamengo, sendo esta, a maior goleada entre as duas equipes em todos os tempos.
Em 1933 se torna o único clube a conquistar 4 anos seguidos o Torneio Início.
Em 1934, contando com craques como Leônidas da Silva, Domingos da Guia, Russinho, Fausto e outros, o Gigante da Colina conquistou o Campeonato Carioca, sendo que naquele ano o campeonato foi disputado em duas ligas. O Vasco, assim, ganhou o direito de disputar a Taça dos Campeões Estaduais que era interestadual evolvendo os campeões do Rio de Janeiro e São Paulo, empatando na final com o Palestra Itália. Ainda neste ano, o Vasco ingressa na Confederação Brasileira de Desportos após esta aceitar o regime profissional e ainda em 1934 o Vasco da Gama seria campeão estadual de remo, tendo adquirido o título de Campeão de Terra e Mar de 1934.[35]
Em 1936 o Campeonato Carioca também foi disputado em duas ligas. O organizado pela Federação Metropolitana de Desportos (FMD) foi vencido pelo Vasco da Gama e novamente ganhando o direito de disputar a Taça dos Campeões Estaduais que só aconteceu em 1937 e nesta oportunidade vencendo, o até então, Palestra Itália e se consagrando campeão.
Em 1938, viria a ser convidado pelo Flamengo para participar do jogo inaugural do novo estádio daquele clube carioca em um amistoso, na Gávea. Surpreendentemente, o time Cruz-Maltino não jogou leve e venceu os donos da casa por 2x0, no dia 4 de setembro do mesmo ano.
O Vasco então voltou a conseguir resultados expressivos. Em 1944 venceu o Torneio Relâmpago, superando os outros quatro grandes da época (Flamengo, Fluminense, Botafogo e América) e aplicando uma goleada de 5 a 2 na última rodada sobre seu futuro rival, o Flamengo. Em seguida, ganhou o Torneio Municipal, contra os mesmo clubes e outros do Rio de Janeiro, empatando com o Flamengo na última rodada e se sagrando campeão. Voltando a vencer este mesmo Torneio nos três anos seguintes, se tornando o único tetracampeão da competição carioca. Vencendo ainda, também, o
Foram dois títulos cariocas invictos, em 1945 e 1947. Este último rendeu ao clube o convite para disputar o Campeonato Sul-Americano de Campeões, competição precursora da Copa Libertadores da América e reconhecida pela CONMEBOL[36] como de igual valor em 1996/1997[37][38][39][40][41][42] e 2013.[43]
Além do Vasco, estavam lá grandes potências da época, como o temido River Plate de Di Stéfano, apelidado na Argentina de La Maquina (A Máquina) e favorito ao título, além de Nacional de Montevidéu do Uruguai e Colo-Colo do Chile. Após quatro vitórias e um empate, o Vasco jogava contra o River Plate pelo empate. Em partida nervosa, com direito a um gol legítimo do Vasco anulado no primeiro tempo e pênalti defendido por Barbosa no final do jogo, o 0 a 0 foi o suficiente para dar ao Vasco o seu primeiro título no futebol continental e fazer história no Brasil como o primeiro Campeão da América do Sul.
Em 1949, o clube cruzmaltino ainda conquistaria mais um título carioca invicto, com uma goleada sobre o rival Flamengo em plena Gávea por 5 a 2, após estar perdendo por 2 a 0. Neste título o Vasco contava com a estrela de Heleno de Freitas.
Década de 50
A base convocada para representar o Brasil na Copa do Mundo de 1950 era do poderoso "Expresso da Vitória". O goleiro Barbosa, o polivalente Alfredo II, o zagueiro Augusto, os médios Eli do Amparo e Danilo Alvim, além dos eficientes atacantes, Maneca, Ademir Menezes e Chico, formavam a base do grupo dirigido por Flávio Costa, também técnico do Vasco. Para afirmar ainda mais a marca do Gigante da Colina na Seleção Brasileira, até o massagista Mário Américo pertencia ao clube. Ao final do torneio, em que o Brasil conquistou a segunda posição, o cruzmaltino Ademir Menezes sagrou-se artilheiro da Copa, com nove gols.
Nessa mesma época, logo após o encerramento da Copa do Mundo, o Campeonato Carioca, se iniciou. O Vasco ganhou a competição, sagrando-se, assim, bicampeão carioca. E mais uma vez fez História, ao ser o primeiro campeão carioca da Era Maracanã, maior estádio do mundo à época.
Em 1952 o Vasco voltou a ganhar o Campeonato Carioca, deixando o arqui-rival Flamengo na vice colocação, encerrando aquela que foi uma das fases mais vitoriosas do clube. Terminava assim o Expresso da Vitória.
Em 1953, era hora de renovação, e craques como Vavá (desde 1952), Bellini, Sabará e Pinga foram incorporados ao elenco vencedor. O ano não poderia começar melhor, com a conquista invicta do Quadrangular Internacional do Rio de Janeiro, onde no último jogo golearam pelo placar de 5 a 2 o grande rival Flamengo dando ao Vasco mais um título Sul-Americano. Em abril, o Gigante da Colina conquista seu terceiro torneio internacional invicto, o Torneio Internacional de Santiago, vencendo o time colombiano Milionários por 2 a 1 e o chileno Colo-Colo por 2 a 0. E em julho veio mais um título internacional invicto, a Copa Internacional Rivadávia, que foi disputada entre 7 de junho e 4 de julho em São Paulo e no Rio de Janeiro, competição que sucedeu a Copa Rio Internacional de Clubes de 1952 que ganhou novo nome (Torneio Octogonal Rivadavia Corrêa Meyer), em homenagem ao presidente da Confederação Brasileira de Desportos e que teve o Gigante da Colina novamente campeão internacional. Tal era a importância da competição, que ela foi organizada em caráter oficial pela CBD, tendo uma Comissão Técnica, os árbitros eram todos do quadro da FIFA, e os 4 grandes clubes cariocas tentaram participar da mesma: Vasco e Botafogo se classificaram à competição através de suas posições no Torneio Rio-São Paulo de 1953,e quando o Nacional de Montevidéu (Uruguai) anunciou que não viria mais participar (em virtude de uma proibição da Associação Uruguaia de Futebol), Flamengo e Fluminense solicitaram a vaga à CBD, que em reunião, decidiu dar vaga ao Fluminense. Assim, em 1953, o Vasco da Gama já havia conquistado dois títulos Sul-Americanos e um Mundial em 1953.
Em 1956, veio então o Campeonato Carioca, e o time vascaíno vinha motivado a não dar o prazer ao grande rival Flamengo de conseguir o inédito tetra. Na penúltima rodada, um jogo crucial contra o Bangu, que contava com Zizinho entre suas estrelas. O jogador, porém, foi expulso por ofensas ao juiz, e o Vasco ganhou o jogo por 2 a 1. Na última rodada bastou um empate com o Olaria para garantir o título.
Em 14 de junho de 1957, o Vasco da Gama escreveu uma página inesquecível em sua história: a equipe de São Januário voltou a abrir novos caminhos ao derrotar o Real Madrid, por 4 a 3 na final e levantou a taça da primeira edição do Torneio Internacional de Paris (França), com uma apresentação perante o Real Madrid com a qual o Vasco encantou o público e imprensa franceses[44][45] e prestigiou a si e ao futebol brasileiro perante o público europeu.[46] Os gols foram marcados por Válter, Vavá, Livinho e Sabará. Di Stefano, Mateos e Kopa fizeram para o Real. O Real Madrid era considerado simplesmente o melhor time do mundo por ter vencido as duas edições da Liga dos Campeões da UEFA que já haviam ocorrido (1955/1956 e 1956/1957). Uma máquina, que tinha o "péssimo" hábito de golear seus adversários. Se a defesa era uma muralha, o ataque era avassalador, com destaque para o francês Raymond Kopa, o espanhol Paco Gento e sobretudo para o hispano-argentino Alfredo Di Stéfano. Não era à toa que o Real, bicampeão europeu àquela altura, seguiria vencendo a Copa dos Campeões europeus seguidamente até 1960. Vale a pena reler o que escreveu no dia seguinte Jacques Ferran no jornal L'Équipe:
"E então, bruscamente o Real desapareceu literalmente. Seriam as camisas de um vermelho pálido ou os calções de um azul triste que enfraqueciam a soberba equipe espanhola? Não; é que, antes, apareceram subitamente do outro lado os corpos maravilhosos, apertados nas camisas brancas com a faixa preta, de onze atletas de futebol, de onze diabos negros que tomaram conta da bola e não a largaram mais.
Durante a meia hora seguinte a impressão incrível, prodigiosa, que se teve é que o grande Real Madrid campeão da Europa, o intocável Real vencedor de todas as constelações europeias estava aprendendo a jogar futebol".
Com a vitória sobre o Real Madrid no Torneio de Paris de 1957, o Vasco voltava novamente a demonstrar seu pioneirismo, que já havia demonstrado ao se tornar o primeiro campeão sul-americano em 1948: na final do Torneio de Paris em 1957, o Vasco se tornou o primeiro clube não-europeu a derrotar um campeão continental europeu (campeão da Copa dos Campeões da Europa), e único não-europeu a ter alcançado tal feito antes da realização da edição inaugural da Copa Intercontinental (1960), competição cuja criação foi anunciada em 08 de outubro de 1958 e que a partir de 1960 seria realizada como o título intercontinental europeu-sul-americano de clubes.[47][48][49] Além disso, a vitória do Vasco no Torneio de Paris de 1957 representou o primeiro título do futebol brasileiro (incluindo clubes e Seleção) em solo europeu.[50] Tal era a importância do Torneio de Paris à época, que foi o único torneio intercontinental (com clubes de mais de um continentes) ao qual o Real Madrid disse sim desde que se tornou campeão europeu (13/06/1956) até a criação da Copa Intercontinental (1960),[51][52] e o Real só não disputou a edição de 1958 do Torneio (21-23/05/1958) para poder se preparar para final da Copa dos Campeões da Europa daquele ano (28/05/1958).[53][54]
Algumas fontes sustentam que Vasco da Gama e Flamengo participaram do Torneio de Paris de 1957 e 1958 como representantes do futebol sul-americano[55][56][57], fato que, aliado à participação do Real Madrid (campeão europeu de 1955/1956 quando foi convidado ao torneio e que seria bicampeão 1955/56-1956/57 dez dias depois de ser convidado ao Torneio de Paris)[58][59], teria feito do Torneio de Paris de 1957 a primeira competição em que clubes teriam atuado como representantes de seus continentes, não de seus países, antes mesmo da criação da Copa Intercontinental.
Ademais, a imprensa européia registrou que a derrota do Real Madrid para o Vasco elevava o nome do futebol brasileiro na Europa[60], mostrava que "o Real Madrid não era invencível",[61] e que o Vasco, "que representava o futebol sul-americano"[62] naquele torneio, era uma prova de que o futuro do futebol não era a Europa mas sim a América do Sul.[63] As palavras da imprensa européia sobre aquela partida entre Vasco e Real Madrid foram proféticas: 8 meses depois, em 15 de fevereiro de 1958, a imprensa espanhola já dava como certa a criação de um torneio sul-americano de clubes, semelhante ao existente na Europa,[64] em 08 de outubro de 1958, foi anunciada a criação da Copa Libertadores e da Copa Intercontinental.[65]
Em 1961, o torneio foi considerado pela imprensa francesa como um autêntico título intercontinental extra-oficial, em um ano em que a final do torneio teve similaridade à final vencida pelo Vasco em 1957 (em ambos os anos, foi uma final entre o campeão europeu e a equipe considerada a melhor da América do Sul).[66][67]
Em 1958 o Vasco tornava a vencer o Campeonato Carioca (especial naquele ano) tendo novamente o Flamengo como vice, e o Torneio Rio-São Paulo na última rodada, tendo como 2º colocado novamente o grande rival Flamengo.
Os anos 1960 marcaram uma profunda crise política no clube, que culminou em 1969, com a cassação do então presidente do Vasco.
Sem os craques do Expresso da Vitória, os grandes destaques da década foram os atacantes Célio e Saulzinho, o zagueiro Brito e o volante Alcir Portela.
Década de 70 e o 1º Brasileirão
A década foi marcada pelo surgimento do grande ídolo Roberto Dinamite e pelo goleiro argentino Andrada.
Nos anos 1970 o Vasco começou a se recuperar, ainda que de forma tímida, conquistando o Campeonato Carioca.
A maior conquista da década foi o Brasileiro de 1974, com Roberto Dinamite sagrando-se artilheiro e o Vasco da Gama sendo o primeiro time do Rio de Janeiro a conquistar tal competição. Na final, enfrentariam o Cruzeiro e venceriam pelo placar de 2 a 1 em pleno Maracanã, com um público de mais de 115 mil torcedores.
Conquistou ainda o Campeonato Carioca de 1977, com destaque para o meia Dirceu, numa campanha memorável onde se sagraria campeão sobre seu maior rival, o Flamengo.
No entanto, perdeu as finais do estadual em 1978 e 1979 para seu rival, assim como o Campeonato Brasileiro de 79 para o Internacional de Porto Alegre. Ainda em 1979 o Vasco recebeu uma triste notícia: Roberto Dinamite estava sendo transferido para o FC Barcelona (Espanha).
A política do clube tornou-se movimentada. Com o desgaste natural pelos vários anos de mandato e pelas perdas consecutivas em finais importantes, o presidente Agathyrno Silva Gomes foi derrotado pela chapa de Alberto Pires Ribeiro, que contava com uma união de grandes nomes do Vasco, nas eleições de 1979.
O Vasco foi campeão derrotando o São Paulo em pleno Morumbi, por 1 a 0, gol de Sorato de cabeça, diante de um número impressionante de 25 mil torcedores vascaínos no estádio adversário.
Vale notar também que em 1985 o clube revelou um baixinho, com fama de marrento e uma incrível facilidade em marcar gols: Romário.
O clube completava, em 1998, 100 anos. O Centenário do clube foi o tema do carnaval da Unidos da Tijuca, que compôs um samba-enredo, imortalizado pelos torcedores vascaínos antes mesmo do desfile daquele ano e que, até os dias atuais, é entoado pela torcida vascaína. Mas essa era a primeira das muitas comemorações que viriam naquele ano. O clube ainda se tornaria o campeão do Campeonato Carioca e da Copa Libertadores da América, sendo esta última conquistada no dia 26 de agosto, apenas cinco dias após o aniversário do Clube.
Ao vencer a Copa Libertadores da América de 1998, o Vasco se tornou o primeiro, e até agora o único, clube carioca bicampeão sul-americano; o próprio Vasco venceria a Copa Mercosul em 2000, e outros clubes cariocas ganhariam outros títulos sul-americanos como a Copa Conmebol e a Copa Ouro Sul-Americana, porém o Vasco é até hoje o único clube carioca a ter vencido duas edições de competições sul-americanas principais (ou seja, competições disputadas com o objetivo de indicar o campeão da América do Sul): Campeonato Sul-Americano de Campeões de 1948 e Copa Libertadores de 1998.
As conquistas não paravam e naquele início de década, no ano de 2000, apesar de ficar com o vice-campeonato do 1º Mundial de Clubes da FIFA, o Vasco conquistou o tetracampeonato brasileiro e a Copa Mercosul após a histórica partida contra o Palmeiras, na qual, em pleno estádio adversário, a time chegaria a vitória por 4 a 3 após terminar o primeiro tempo sendo derrotado por 3 a 0 e com um jogador a menos expulso aos 32 minutos do 2º tempo.
Durante os anos seguintes a 2000 o Vasco conquistou a Taça Guanabara e o Carioca de 2003. Oficialmente, o milésimo gol da carreira de Romário aconteceu no dia 20 de maio de 2007, aos 02 minutos do segundo tempo em um jogo do Vasco, sob comando do técnico Celso Roth, contra o Sport, no estádio de São Januário. O jogo foi válido pela 2a rodada do Campeonato Brasileiro de 2007. O gol foi de pênalti: após o cruzamento de Thiago Maciel, o zagueiro Durval cortou a bola com a mão e o árbitro Giuliano Bozzano assinalou a penalidade máxima. Magrão sofreu o gol. Romário foi homenageado pelo Vasco após o milésimo com a inauguração de sua estátua em São Januário atrás das balizas onde o milésimo foi marcado, além da imortalização de sua camisa 11 no clube. No ano seguinte ainda sofreu o golpe mais duro de sua história com o rebaixamento, pela primeira vez em sua história para a Segunda Divisão, após terminar o Campeonato Brasileiro de 2008 em 18º lugar.
O purgatório durou exatos 11 meses. Após a vitória por 2 a 1 sobre Juventude diante de 81.904 pessoas no Maracanã, o acesso do clube para a elite do futebol estava garantido com 4 rodadas de antecedência. O clube ainda conquistaria o título.
Década de 2010
O começo da temporada foi marcado por uma boa campanha na Taça Guanabara, durante a qual obteve resultados expressivos como uma goleada histórica sobre o rival Botafogo por 6 a 0. O time alcançaria a final do turno de maneira invicta, anotando 19 gols em 8 jogos e sofrendo apenas 3. Porém, na decisão do turno contra o mesmo Botafogo a quem goleara algumas semanas antes, o Vasco jogou de forma apática e perdeu por 2x0.
Marcado pela perda traumática no primeiro turno da competição, o Vasco começou de forma irregular a Taça Rio e chegou a perder três partidas consecutivas (para o arquirrival Flamengo e os fracos Olaria e Americano), porém, alcançou sua classificação para as semi-finais, e foi eliminado após nova derrota por 2x1 para o Flamengo.
Na Copa do Brasil, o time novamente teve atuações fracas mas acabou alcançando as quartas-de-final, quando enfrentou o Vitória. Após uma derrota por 2 a 0 no Barradão e uma vitória por 3 a 1 em São Januário, o time foi eliminado da competição pelo critério de gols marcados fora de casa.
Em 2010, foi ainda campeão de um torneio amistoso, a Copa da Hora.
No ano de 2011, o Vasco começou o ano tendo pior inicio de temporada de sua história mesmo com Felipe e Carlos Alberto, que estavam jogando muito mal. O time de São Januário perdeu para Resende, Nova Iguaçu e Boa Vista. Ao fim do jogo contra o Boa Vista, o presidente Roberto Dinamite foi ao vestiário cobrar mais empenho da equipe. Ainda no vestiário, os líderes do grupo Felipe e Carlos Alberto não gostaram e responderam as críticas do presidente, e acabaram sendo afastados do clube. Carlos Alberto acabou sendo emprestado ao Grêmio. Já Felipe, foi reintegrado, já que PC foi demitido após a derrota para o Boa Vista e Ricardo Gomes, técnico contratado para o lugar de PC, decidiu reintegrar o craque. Com a chegada do novo treinador, Felipe voltou a jogar bem, e as chegadas de Diego Souza, Alecsandro, Bernardo e a volta de Elton; o time começou a apresentar um ótimo futebol.
Surgia o Trem Bala da Colina. O time, após excelente campanha, chega a final do 2º turno do Carioca, contra seu maior rival, Flamengo. Após empate em 0x0 nos 90 minutos, o time desperdiça 3 pênaltis e vê o título ir para o arquirrival.
Após isso, o time concentra suas forças na Copa do Brasil. Jogando bem, o time chega a final contra o Coritiba. No primeiro jogo, em São Januário, o Vasco vence por 1x0, gol de Alecsandro, e poderia até empatar no 2º jogo, em Curitiba, que sairia campeão. No dia 8 de junho de 2011, mesmo perdendo pelo placar de 3x2, com gols de Alecsandro e Éder Luís a seu favor, o Vasco sagra-se campeão da Copa do Brasil, pelo critério de gols fora, e garante vaga na Copa Libertadores da América de 2012. Mesmo após ter garantido vaga na Copa Libertadores da América de 2012 o time não se contentou e continuou lutando até a última rodada pelo título de Campeão Brasileiro de 2011 e chegando até as semi-finais da Copa Sul-Americana. Apesar de não ter conquistado os títulos, a torcida vascaína fica muito orgulhosa da temporada que fez o time, voltando à elite do futebol brasileiro e disputando as principais competições. Após a conquista inédita da Copa do Brasil o clube licencia a publicação do Livro Paixão da Gama - A Maravilhosa História do Vasco, de autoria do torcedor potiguar Jorge Luiz Alves Bezerra, pela editora da Fundação Vingt-Un Rosado, através da Coleção Mossoroense, que conta em detalhes toda a história centenária do Gigante da Colina até aquela conquista, tornando-se na obra mais completa do clube desde sua fundação em 1898. Assim, o ano de 2011 fica marcado como "o ano da redenção vascaína".
Em 2012 o Vasco chegou as duas finais do turno do Campeonato Carioca, após vencer por duas vezes o arquirrival Flamengo nas semi finais.[69] Mas o time não conseguiu ser campeão em nenhum dos turnos. A principal competição do Vasco no ano era a Copa Libertadores da América de 2012. O time teve boa campanha mas foi eliminado nas quartas-de-final pelo Corinthians com um gol sofrido aos 43 minutos do 2º tempo. [70] No Campeonato Brasileiro o time estabeleceu um novo recorde: 54 rodadas seguidas no G4 (contando Brasileirão de 2011 e 2012) mas no fim da competição teve uma queda de rendimento e não conseguiu se classificar para a Copa Libertadores da América de 2013.[71]
Considerado na França título intercontinental extra-oficial pela final ter sido o jogo "campeão europeu X melhor equipe da América do Sul".[82][83][84][85]
São Januário é como é conhecido o estádio do Club de Regatas Vasco da Gama, inaugurado em 21 de Abril de 1927. Seu nome oficial é Estádio Vasco da Gama. Ficou conhecido como São Januário por ter parte dele na rua São Januário. É o maior estádio privado do Rio de Janeiro.
Situado às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, o prédio foi inaugurado em 18 de agosto de 1950.[93] Foi construído devido à necessidade do clube de ter uma sede para abrigar os esportes náuticos quando as regatas passaram da Baía de Guanabara para a Lagoa Rodrigo de Freitas. O local conta com 2.700m² de área construída, com três pavimentos, um subsolo e um terraço. Além do salão de festas, a sede é também garagem dos barcos usados nos treinos e competições de remo. Em suas paredes externas, há uma composição de azulejos de Burle Marx.[94]
A Sede Náutica é tombada desde 2002, por decreto do governo do então prefeito César Maia, assinado no dia 19 de abril.[95]
Calabouço
Antiga sede náutica do clube, quando as regatas eram disputadas na Baía de Guanabara, hoje é destinada ao lazer dos associados, contando com piscina, duas saunas, quadras esportivas, área de recreação infantil, salão de festas, departamento médico, administração de esportes marinhos e olímpicos e um restaurante.[96] Situa-se às margens da Baía da Guanabara na ponta do Calabouço, no centro do Rio de Janeiro, próximo ao Aeroporto Santos Dumont e ao Museu de Arte Moderna.
Centro de Formação de Atletas
O Centro de Formação de Atletas Jovens Gigantes da Colina, também conhecido como CFA ou JGC, oferece infraestrutura para a formação das categorias de base do clube que incluem o juvenil e júnior (sub-17 e sub-20). Para isso conta com uma área total de 220 mil metros quadrados e é rodeado de sítios e chácaras para manter a tranquilidade e a concentração dos jovens que lá estão.
Para suprir a necessidade de quase cem atletas, o CFA conta com cinco campos — um deles com grama sintética, outro de de areia e outro de showbol — com drenagem e irrigação computadorizadas; quatro alojamentos para até 95 jovens; refeitório com cozinha industrial; sede administrativa da base; sala de monitoramento; piscina; oficina de manutenção; quiosques; quatro vestiários; consultório médico; odontológico; podologia; estacionamento; ginásio coberto; quadras poliesportivas e um hotel para jogadores vindos do exterior.
Centro de Treinamento Almirante Heleno de Barros Nunes
O nome do centro foi uma homenagem ao Almirante Heleno Nunes, torcedor do clube e ex-presidente da antiga CBD, que foi uma pessoa importante no projeto do terreno.
O terreno de cerca de 130.000 m² foi concedido ao clube pelo presidente da república Ernesto Geisel em 1974, mas durante trinta anos existiu uma briga judicial com a União que entendia que poderia fazer melhor uso dele. Em 1995 o clube perdeu sua concessão, voltando mais tarde a ter o direito de uso por meio de decreto assinado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, depois de uma decisão da Justiça.
Terreno situado às margens da Rodovia Washington Luís, onde o clube projeta e inicia a construção de seu centro de treinamento, que terá diversos campos de futebol, 2 ginásios e um hotel-concentração. O centro de treinamento, ainda em desenvolvimento, conta com a ajuda da prefeitura de Duque de Caxias.
Parte do terreno é área de preservação ambiental, devido às suas características naturais. Será destinado ao time principal.
CT de Itaguaí
Localizado em Itaguaí – Rio de Janeiro, o Centro de Treinamento irá abrigar todas as divisões de base do Vasco. O CT possui um terreno de área total igual a 146.000,00 m²; que compreende em 6 campos de futebol com medidas oficiais, sendo 4 deles dentro das exigências da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (FFERJ) para disputas de campeonatos oficiais.
O CT ainda conta com vestiários, cozinha industrial, auditório, piscina, quadra de vôlei de praia – areia, 2 quadras de tênis, secretaria, lavanderia, salas de reunião, fisioterapia e musculação.
Memorial do Vasco
O memorial do Vasco estar sendo construído no objetivo de traçar em imagens toda a história do clube. Vai contar com vários fatos e curiosidades do clube, como todas as taças e lembranças das conquistas, telões que passam os jogos mais importantes e momentos marcantes da história do clube, filmes com os gols e as narrações das conquistas de todos os títulos fotos de equipes vascaínas, desde sua fundação em 1898, ano a ano, até os dias atuais, uma réplica de vestiário antigo com objetos reais, como chuteiras, camisetas, etc.
Também vai possuir 42 painéis individuais, em tamanhos naturais, com fotos de jogadores históricos como Roberto Dinamite, Edmundo, Romário, Geovani, Juninho Pernambucano, Zanata, Barbosa, Bellini, Carlos Germano, Brito, Vavá, Pedrinho, Felipe,Mauro Galvão, Leônidas da Silva, entre outros, além de caricaturas autografadas e um painel com informações sobre os mesmos.
Ao final, uma sala de cinema, com um vídeo destacando os melhores momentos de mais 100 anos de história do clube.
O Vasco da Gama, que apesar de mestiço era chamado de time dos portugueses, entrava em campo usando uma camisa preta com a Cruz de Cristo em vermelho no peito, por proposta de um dos fundadores, José Lopes de Freitas, o clube jamais mudaria as suas cores - preto, branco e vermelho -, presentes na cruz das embarcações portuguesas. O preto e o branco representariam a ideia de que podiam competir pelo clube pessoas de todas as raças e origens sociais, portugueses e brasileiros, em igualdade e sem discriminação.
A primeira camisa, criada no ano de fundação, foi usada inicialmente pelo departamento de remo do clube. O modelo era uma camisa preta com uma faixa branca na diagonal partindo do ombro direito (o inverso do modelo atual) e a Cruz de Cristo em vermelho no centro da camisa.
Por influência do Lusitânia Futebol Clube, clube que se fundiu com o Vasco em 1915, a primeira camisa do futebol era toda negra, com gola e punhos brancos, sem a faixa diagonal e a Cruz de Cristo em vermelho havia sido deslocada para o lado esquerdo do peito, junto ao coração, que por sua vez era inspirado no uniforme do combinado português que jogou uma série de amistosos no Brasil em 1913.
A partir dos anos 1930, foi adotado o novo desenho com a volta da faixa diagonal, porém agora esta partia do ombro esquerdo, sendo ainda utilizada a Cruz de Cristo vermelha posicionada sobre a faixa na altura do coração.
No dia 16 de janeiro de 1938 o Vasco adotou o padrão de uniforme que viria a usar até hoje, com a camisa branca passando a ser a principal e a preta a secundária. A estreia ocorreu contra o Bonsucesso, pelo segundo turno do Campeonato Carioca de 1937.[97] Tal data derruba a versão tradicional de que esse uniforme teria sido adotado por sugestão do então treinador de futebol, o uruguaio Ondino Vieira.
Nos anos 1970, a Cruz de Cristo foi substituída pela Cruz Pátea, que permanece até hoje.
Ao longo dos anos, até 1988 não houve mudanças significativas no uniforme. Algumas vezes eram modificados os tipos de gola, a faixa diagonal era alargada ou diminuída, e os números eram colocados de forma diferente.
Em 1988 foi adotada uma mudança no uniforme do clube, sendo retirada a faixa diagonal nas costas da camisa, ficando esse lado apenas com o número e a marca do patrocinador.
Em 1991 foi feita uma nova mudança: a faixa diagonal foi um pouco alargada, sobre a Cruz Pátea foram colocadas as três estrelas presentes tradicionalmente na bandeira do clube, e foi colocada uma faixa em cada manga (retiradas depois, em 1993). Os números também passaram a ser pintados em preto e branco, ao invés do vermelho que era usado até então. Em 1994 o escudo do clube passou a ser colocado também nas mangas.
1898
1915
1930
1943
1945
1958
1974
1984
1989
1994
1997
1998
Já em 1996 o uniforme sofreu uma grande reformulação, com a volta da faixa nas costas, a inclusão dos números em destaque em um círculo, que também servia para dar destaque ao nome da empresa que patrocinava o clube, e as mangas com destaque para o fornecedor de material do clube.
Em 1998 a camisa foi novamente modificada, sendo então feita com gola olímpica com botão, furinhos nas laterais e o escudos nas mangas: de um lado o de campeão brasileiro, e do outro o do centenário do clube. Mais uma vez a faixa nas costas foi retirada, permanecendo apenas o número, mas sem o círculo em torno dele.
Em 2002, a camisa toda preta com a Cruz Pátea sobre o coração foi retomada e passou a ser considerada o terceiro uniforme oficial do clube. A partir de 2003 a faixa diagonal nas costas passou a ser utilizada novamente, assim como os números em vermelho.
A atual fornecedora do material esportivo do Vasco é a empresa brasileira Penalty.
Material esportivo e patrocinadores
O material esportivo do Vasco já foi fornecido por diversas empresas. Abaixo encontra-se a lista com todas elas. Nos anos de 2001 e 2002, o Vasco não contava com uma empresa fornecedora e produzia seus próprios uniformes através da VG Licenciamento.
Desde a fundação do clube, houve sempre a intenção de prestar homenagem ao navegador Vasco da Gama e às grandes navegações portuguesas. Assim, o clube teve sempre em sua história o símbolo de uma caravela, representando as naus portuguesas.
"A cruz de malta é o meu pendão … ", diz o hino popular do clube. No entanto, não há nenhuma relação do Vasco com a Cruz de Malta e nem da cruz estampada no símbolo do clube com a usada nas caravelas portuguesas das grandes navegações.
A cruz usada pelos navegadores, inclusive Vasco da Gama, é a Cruz de Cristo, instituída pelo Rei D. Dinis no século XIV, foi o símbolo que representava o Cristianismo levado pelos navegadores para os povos pagãos. Esta Cruz, símbolo da histórica Ordem de Cristo (também chamada Ordem dos Cavaleiros de Cristo) de Portugal, desde então tornou-se um símbolo intrínseco a Portugal. Além de ser estampada nas velas das naus do tempo dos Descobrimentos, ainda é usada pela Força Aérea Portuguesa, na bandeira da Região Autónoma da Madeira e no brasão de Tomar juntamente com a Cruz Templária. Já no século XIX, passou a representar a Ordem Militar de Cristo em Portugal. No Brasil, foi estampada na Bandeira Imperial e usada pela Imperial Ordem de Cristo do Brasil. Esta Cruz Templária da Ordem de Cristo ainda figura em Brasões e Bandeiras de Cidades e Municípios do Brasil.
A cruz estampada na camisa e no escudo do Vasco se chama Cruz Pátea, que é diferente da cruz de malta, que na verdade possui outro formato, no qual cada um dos braços é bifurcado.
No entanto, como se pode verificar em muitos símbolos expostos no clube (ao contrário do que se vê na camisa atual), inclusive nas arquibancadas do estádio São Januário, não é utilizada a cruz Pátea e sim uma cruz com o desenho muito semelhante ao da Cruz de Cristo.
Embora atualmente a cruz desenhada na camisa do clube seja a Cruz Pátea (sem as retas intermediárias das pontas ao centro), durante muitos anos foi usada a Cruz de Cristo, ou muito semelhante, como podemos ver em fotos antigas, especialmente dos times dos anos de 1923, 1948 e 1956.
Seja como for, a torcida vascaína consagrou o símbolo do clube ao longo do tempo, e, erroneamente ou não, adotou o nome "cruz de malta" para designá-la.
Escudo
O primeiro escudo do Vasco foi criado na administração do presidente Alberto Carvalho, em 1903. Era redondo, fundo negro com a caravela ao centro. Em volta do fundo negro, um círculo com as iniciais C.R. e Vasco Da Gama, separados por seis cruzes de Cristo em vermelho.
Nas velas da embarcação está estampada uma cruz, símbolo que era realmente usado nas navegações portuguesas. O escudo do clube foi modificado ao longo do tempo, permanecendo a caravela com a cruz, até surgir a forma definitiva, com o fundo preto representando os mares desconhecidos do Oriente, a faixa branca representando a rota descoberta por Vasco da Gama, e a caravela com a cruz de malta (cruz pátea).
Foi a partir da década de 1920 que o clube adotou o escudo que mantém até hoje, de fundo negro, com a caravela ao centro e a faixa diagonal branca (só introduzida em 1945, por sugestão do técnico uruguaio Ondino Vieira), tendo o nome do clube representado pelas iniciais CR e VG entrelaçadas ao lado e abaixo da caravela.
Mascote
No início dos anos 40, o mascote do Vasco era o Almirante, em homenagem ao navegador português Vasco da Gama. Essa foi uma criação do cartunista uruguaio Lorenzo Molas. Nos anos 1950 foi criada a figura bem-humorada de um comerciante português barrigudo e bigodudo e de tamancos com a camisa do clube, representando os comerciantes portugueses. Nos anos 1960, o cartunista Henfil, no Jornal dos Sports, criou o apelido Bacalhau, que também teve aceitação entre os torcedores.
Primeiro título oficial no futebol, no Campeonato Carioca dos segundos times da Segunda Divisão.
VASCO: Miguel Cavalier; Ernani Van Erven e Carlos Pinto da Silva; Antonio Borges, Eudino Wubert e Djalma Alves de Sousa; Aquiles Pederneiras, Torterolli, Carlos Gomes Faria, Adão Antônio e Alfredo Godoy. Técnico: ?
Com quatro gols e uma atuação espetacular de Russinho, o Vasco aplicou a maior goleada da história do Clássico dos Milhões.
VASCO: Jaguaré; Brilhante e Itália; Tinoco, Mola, Fausto (Nesi); Baiano, Oitenta-e-Quatro, Russinho, Mário Mattos e Sant´Anna. Técnico: "Harry" Welfare.
O empate sem gols com a equipe argentina sagrou o Vasco o primeiro clube campeão Sul-Americano.
VASCO: Barbosa; Augusto e Wilson (Rafagnelli); Eli do Amparo, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé), Friaça (Dimas), Ismael e Chico. Técnico: Flávio Costa.
O Vasco derrotou a poderosa equipe londrina em um São Januário lotado com mais de 60 mil pagantes.
VASCO: Barbosa; Augusto e Sampaio; Eli do Amparo, Danilo e Jorge; Nestor, Maneca, Ademir Menezes, Ipojucan (Heleno de Freitas) e Tuta (Mário). Técnico: Flávio Costa.
Após começar perdendo por 2 a 0, a equipe vascaína virou para 5 a 2 e manteve a escrita de não perder para o rival. O Vasco contou com uma ótima atuação de Maneca.
VASCO: Barbosa; Augusto e Sampaio; Eli do Amparo, Danilo e Jorge; Nestor, Maneca, Ademir Menezes, Ipojucan e Mário. Técnico: Flávio Costa.
Ao derrotar o América com dois gols de Ademir Menezes, o Vasco se sagrou campeão do primeiro Campeonato Carioca realizado no Maracanã.
VASCO: Barbosa; Augusto e Laerte; Eli do Amparo, Danilo e Jorge; Alfredo II, Ademir Menezes, Ipojucan, Maneca e Dejair. Técnico: Flávio Costa.
Após de derrotar o São Paulo no primeiro jogo, o Vasco volta a vencer no jogo de volta, no Maracanã, e sagra-se campeão da Copa Rivadávia, o Mundial de Clubes organizado pela CBD na década de 50.
VASCO: Ernâni; Augusto e Haroldo; Eli do Amparo, Danilo e Jorge; Sabará, Maneca, Ipojucan, Pinga e Dejair. Treinador: Flávio Costa.
No encontro entre o campeão sul-americano e o bicampeão europeu, o Vasco venceu no Estádio Parc des Princes. Na época a competição tinha dimensões de um Mundial de clubes.
VASCO: Carlos Alberto; Dario, Viana, Orlando Peçanha e Ortunho; Laerte e Válter Marciano; Sabará, Livinho, Pinga e Vavá. Técnico: Martim Francisco.
A equipe vascaína massacrou o Barcelona em pleno Camp Nou.
VASCO: Carlos Alberto; Dario, Viana, Orlando Peçanha e Ortunho; Laerte e Válter Marciano; Sabará, Livinho, Pinga e Vavá (Wilson Moreira). Técnico: Martim Francisco.
Ao vencer a favorita equipe mineira, o Gigante da Colina chegou ao inédito Campeonato Nacional.
VASCO: Andrada; Fidélis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir Portela, Zanata e Ademir; Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luis Carlos. Técnico: Mário Travaglini.
Vasco 0 x 0 Flamengo ( VAS 5 x 4 FLA - nos pênaltis) (28 de Setembro de 1977)
Após um jogo truncado e cheio de faltas, o placar não saiu do 0 x 0. Nos pênaltis, Mazarópi defendeu a cobrança de Tita e Dinamite converteu a penalidade que valeu o título Estadual.
VASCO: Mazarópi; Orlando Lelé, Abel Braga, Geraldo e Marco Antônio; Zé Mário, Zanata (Helinho) e Dirceu; Wilsinho (Zandonaide), Roberto Dinamite e Paulinho. Técnico: Orlando Fantoni.
Após uma passagem apagada pelo Barcelona, o ídolo Roberto Dinamite retornou ao Vasco e marcou os 5 gols da goleada.
VASCO: Mazarópi; Paulinho Pereira, Juan (Ivan), Léo e Paulo César; Carlos Alberto Pintinho, Guina e Dudu; Wilsinho (João Luís), Roberto Dinamite e Catinha. Técnico: Orlando Fantoni
Após barrar mais da metade dos titulares e encarar os astros do Flamengo, Marquinho, um baixinho de 1,60m marcou o gol do título do Campeonato Carioca.
VASCO: Acácio; Galvão, Celso, Ivã e Pedrinho Vincençote; Serginho, Ernâni e Dudu (Marquinho); Pedrinho Gaúcho (Rosemiro), Roberto Dinamite e Jérson. Técnico: Antônio Lopes.
Vasco conquista o título estadual com gol histórico de Cocada. O lateral entrou aos 41 minutos do segundo tempo, marcou o gol aos 44 e foi expulso aos 45.
VASCO: Acácio; Paulo Roberto, Donato, Fernando e Mazinho; Zé do Carmo, Geovani e Henrique; Vivinho (Cocada), Bismark e Romário. Técnico: Sebastião Lazaroni.
O Vasco optou por jogar no Morumbi e venceu a equipe paulista com gol de Sorato, conquistando o bicampeonato brasileiro.
VASCO: Acácio; Luís Carlos Winck, Quiñónez, Marco Aurélio e Mazinho; Zé do Carmo, Marco Antônio Boiadeiro e William; Bismarck, Bebeto e Sorato. Técnico: Nelsinho Rosa.
O maior ídolo da história do Vasco se despedia dos gramados em amistoso disputado no Maracanã contra a equipe espanhola. A despedida de Roberto Dinamite contou com a presença de Zico.
VASCO: Carlos Germano; Pimentel, Jorge Luís, Tinho e Cássio; Luisinho, Leandro Ávila, Zico (Geovani) e Roberto Dinamite (Valdir); Bismarck e William. Técnico: Joel Santana.
Após empatar o primeiro jogo em São Paulo, o Vasco conseguiu manter o empate no placar e conquistar o tricampeonato brasileiro em um Maracanã com quase 90 mil presentes.
VASCO: Carlos Germano; Válber, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luisinho, Nasa, Juninho Pernambucano (Pedrinho) e Ramon; Edmundo e Evair (Nélson). Técnico: Antônio Lopes.
Depois de vencer o primeiro jogo em São Januário, o Vasco foi ao Estádio Monumental de Núñez e com um gol de Juninho, em cobrança de falta, garantiu a classificação para a final da Libertadores. Fato curioso é que o gol do Reizinho é cantando até hoje pela torcida vascaína na música "Vasco Monumental".
VASCO: Carlos Germano; Válber, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luisinho, Nasa, Ramon (Alex Pinho) e Pedrinho (Vágner); Donizete e Luizão (Juninho Pernambucano). Técnico: Antônio Lopes.
A vitória sobre a equipe equatoriano selou o título da Libertadores no ano do centenário do clube.
VASCO: Carlos Germano; Vágner, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luisinho (Vítor), Nasa, Juninho Pernambucano e Pedrinho (Ramon); Donizete e Luizão (Alex Pinho). Técnico: Antonio Lopes.
A fácil vitória sobre o atual campeão da Liga dos Campeões da UEFA, marcou uma das melhores atuações da dupla Edmundo e Romário com a camisa vascaína.
VASCO: Hélton; Jorginho (Paulo Miranda), Júnior Baiano, Mauro Galvão e Gilberto; Amaral, Juninho Pernambucano (Alex Oliveira), Felipe e Ramon (Nasa); Edmundo e Romário. Técnico: Antônio Lopes.
A equipe palmeirense venceu a primeira etapa por 3 x 0. Com um jogador a menos, o Vasco da Gama virou para 4 x 3, em pleno Parque Antártica, e conquistou a Copa Mercosul.
VASCO: Helton; Clébson, Odvan, Júnior Baiano e Jorginho Paulista; Jorginho (Paulo Miranda), Nasa (Viola), Juninho Pernambucano e Juninho Paulista; Euller (Mauro Galvão) e Romário. Técnico: Joel Santana.
O Vasco venceu a equipe do ABC paulista e conquistou seu 4º Campeonato Brasileiro.
VASCO: Hélton; Clébson, Odvan, Júnior Baiano e Jorginho Paulista; Jorginho (Henrique), Nasa, Juninho Pernambucano (Paulo Miranda) e Juninho Paulista (Pedrinho); Euller e Romário. Técnico: Joel Santana.
Após vencer a equipe gaúcha, o Vasco retornou à elite do futebol nacional.
VASCO: Fernando Prass; Paulo Sérgio, Fernando, Titi e Ramon; Nilton, Souza (Alex Teixeira), Allan e Carlos Alberto (Magno); Adriano e Élton (Aloísio Chulapa). Técnico: Dorival Júnior
Mesmo com a derrota, a equipe cruz-maltina se sagrou campeã da Copa do Brasil, saindo de um jejum de 8 anos sem títulos. Os gols vascaínos foram marcados por Alecsandro e Éder Luís.
VASCO: Fernando Prass; Allan, Dedé, Anderson Martins e Ramon; Rômulo, Eduardo Costa, Felipe (Jumar) e Diego Souza (Bernardo); Éder Luis e Alecsandro. Técnico: Ricardo Gomes.
Com um gol de Bernardo aos 45 minutos do segundo tempo,Vasco vence o Flu por 2 a 1 no Engenhão e mantém o vasco na briga pelo título brasileiro de 2011.
Vasco: Fernando Prass; Dedé, Renato Silva, Fagner, Jumar, Diego Souza, Rômulo, Juninho Pernambucano (Fellipe Bastos), Felipe (Alecsandro), Allan, Elton (Bernardo). Técnico: Cristóvão Borges.
O amistoso marcou a despedida de Edmundo com a camisa vascaína. Um dos maiores ídolos da história do clube, teve em seu último jogo, São Januário lotado (21.247 torcedores presentes) e uma atuação de gala, tendo marcado 2 gols.
VASCO: Fernando Prass (Alessandro); Fagner (Allan), Dedé (Fabrício), Renato Silva e Thiago Feltri (Dieyson); Rômulo (Nilton), Felipe, Juninho Pernambucano (Abelairas) e Edmundo (William Barbio); Éder Luis (Fellipe Bastos) e Alecsandro (Diego Souza). Técnico: Cristóvão Borges.
O confronto contra a equipe holandesa, marcou a despedida de um dos grandes ídolos da história do Vasco: Pedrinho.
VASCO: Alessandro (Michel Alves); Elsinho, Dedé (André Ribeiro), Douglas e Wendel (Dieyson); Abuda (Pedrinho), Jhon Cley (Guilherme Costa), Pedrinho (Fillipe Soutto), Bernardo (Romário) e Carlos Alberto (Dakson); Thiaguinho (Marlone). Técnico: Gaúcho.
(2)Francisco Marques da Silva foi eleito em 11 de dezembro de 1919, mas a Assembléia tinha menos sócios do que o estatuto obrigava. Foi então realizada um nova votação em 2 de fevereiro de 1920, onde foi eleito Marcílio Telles.
(3)Reunciou no mês de março para regressar a Portugal.
(4)Raul da Silva Campos foi eleito em 11 de dezembro de 1922, mas não aceitou o cargo. Em 17 de janeiro de 1923 foi indicado pelo Conselho, Antonio da Silva Campos.
(5)Entre 2007 e 2008 seu mandato encontrava-se sob-judice na justiça.[102]
1953: Ernâni (Osvaldo), Mirim e Bellini, Eli, Danilo e Jorge, Maneca (Alfredo), Ademir (Maneca), Ipojucan, Pinga e Djair. Técnico: Zezé Moreira e Flávio Costa.
Torneio Internacional de Paris:
1957: Carlos Alberto; Dario, Viana, Orlando Peçanha e Ortunho; Laerte e Válter Marciano; Sabará, Livinho, Pinga e Vavá. Técnico: Martim Francisco.
Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões:
1948: Barbosa; Augusto e Wilson; Eli do Amparo, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Friaça, Ismael e Chico. Técnico: Flávio Costa.
Copa Libertadores da América:
1998: Carlos Germano; Vágner, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luisinho, Nasa, Juninho Pernambucano e Pedrinho; Donizete e Luizão. Técnico: Antônio Lopes.
Copa Mercosul:
2000: Hélton; Clébson, Odvan, Junior Baiano e Jorginho Paulista; Nasa, Jorginho, Juninho Pernambucano e Juninho Paulista; Euller e Romário. Técnico: Oswaldo de Oliveira (Joel Santana).
Campeonato Brasileiro:
1974: Andrada; Fidélis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir Portela, Zanata e Ademir; Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luiz Carlos. Técnico: Mário Travaglini.
1989: Acácio; Luís Carlos Winck, Marco Aurélio, Quiñones e Mazinho; Zé do Carmo, Marco Antônio Boiadeiro e William; Bebeto, Bismarck e Sorato. Técnico: Nelsinho Rosa.
1997: Carlos Germano; Válber, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luisinho, Nasa, Juninho Pernambucano e Ramón; Evair e Edmundo. Técnico: Antônio Lopes.
2000: Hélton; Clébson, Odvan, Junior Baiano e Jorginho Paulista; Nasa, Jorginho, Juninho Pernambucano e Juninho Paulista; Euller e Romário. Técnico: Oswaldo de Oliveira (Joel Santana).
Copa do Brasil:
2011: Fernando Prass; Allan (Fágner), Dedé, Anderson Martins e Ramon; Rômulo, Eduardo Costa, Felipe e Diego Souza; Eder Luís e Alecsandro. Técnico: Ricardo Gomes.
Torneio Rio-São Paulo:
1958: Barbosa; Dario, Bellini, Orlando Peçanha e Coronel; Écio e Rubens; Sabará, Almir Pernambuquinho, Pinga e Vavá. Técnico: Gradim.
1966: Amauri; Joel, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo; Zezinho, Célio, Picolé e Tião. Técnico: Zezé Moreira.
1999: Carlos Germano; Zé Maria, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Nasa, Paulo Miranda, Juninho Pernambucano e Ramón; Donizete e Guilherme. Técnico: Antônio Lopes.
Campeonato Carioca:
1923: Nélson; Leitão e Mingote; Nicolino, Bolão e Arthur; Paschoal, Torterolli, Arlindo, Ceci e Negrito. Técnico: Ramón Platero.
1929: Jaguaré; Brilhante e Itália; Tinoco, Mola e Fausto; Paschoal, Oitenta-e-Quatro, Russinho, Mário Mattos e Sant'Ana. Técnico: Harry Welfare.
1934: Rei; Domingos da Guia e Itália; Gringo, Mola e Fausto; Orlando, Almir, Gradim, Nena e D'Alessandro. Técnico: Harry Welfare.
1936: Rei; Poroto e Itália; Oscarino, Zarzur e Calocero; Orlando, Luiz Carvalho, Feitiço, Kuko e Luna. Técnico: Harry Welfare.
1945: Rodrigues; Augusto e Rafagnelli; Berascochéa, Eli do Amparo e Argemiro; Djalma, Lelé, Isaías, Jair Rosa Pinto e Chico. Técnico: Ondino Viera.
1947: Barbosa; Augusto e Rafagnelli; Eli do Amparo, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Dimas, Lelé e Chico. Técnico: Flávio Costa.
1949: Barbosa; Augusto e Sampaio; Eli do Amparo, Danilo e Alfredo II; Nestor, Ademir Menezes, Heleno de Freitas, Maneca e Chico. Técnico: Flávio Costa.
1950: Barbosa; Augusto e Laerte; Eli do Amparo, Danilo e Jorge; Alfredo II, Ipojucan, Ademir Menezes, Maneca e Dejair. Técnico: Flávio Costa.
1952: Barbosa; Augusto e Haroldo; Eli do Amparo, Danilo e Jorge; Sabará, Ipojucan, Ademir Menezes, Maneca e Chico. Técnico: Gentil Cardoso.
1956: Carlos Alberto; Paulinho de Almeida, Bellini, Orlando Peçanha e Coronel; Laerte e Válter Marciano; Sabará, Livinho, Pinga e Vavá. Técnico: Martim Francisco.
1958: Miguel; Paulinho de Almeida, Bellini, Orlando Peçanha e Coronel; Écio e Valdemar; Sabará, Almir Pernambuquinho, Roberto Pinto e Pinga. Técnico: Gradim.
1970: Andrada; Fidélis, Moacir, Renê e Eberval; Alcir e Buglê; Luiz Carlos, Valfrido, Silva e Gilson Nunes. Técnico: Tim.
1977: Mazarópi; Orlando, Abel Braga, Geraldo e Marco Antônio; Zé Mário, Zanata e Dirceu; Wilsinho, Roberto Dinamite e Ramón. Técnico: Orlando Fantoni.
1982: Acácio; Galvão, Ivan, Celso e Pedrinho; Serginho, Dudu e Ernani; Pedrinho Gaúcho, Roberto e Jérson. Técnico: Antônio Lopes.
1987: Acácio; Paulo Roberto, Donato, Fernando e Mazinho; Dunga, Geovani e Tita; Mauricinho, Romário e Roberto Dinamite. Técnicos: Joel Santana (Sebastião Lazaroni).
1988: Acácio; Paulo Roberto, Donato, Fernando e Mazinho; Zé do Carmo, Geovani e Henrique; Vivinho, Bismarck e Romário. Técnico: Sebastião Lazaroni.
1992: Carlos Germano; Luís Carlos Winck, Jorge Luís, Alexandre Torres e Cássio; Luisinho, Leandro Ávila, Carlos Alberto Dias e Bismarck; Edmundo e Roberto Dinamite. Técnico: Joel Santana.
1993: Carlos Germano; Pimentel, Jorge Luís, Alexandre Torres e Cássio; Luisinho, Leandro Ávila, Geovani e Carlos Alberto Dias; Bismarck e Valdir. Técnico: Joel Santana.
1994: Carlos Germano; Pimentel, Ricardo Rocha, Alexandre Torres e Cássio; Luisinho, Leandro Ávila, William e Yan; Dener e Valdir. Técnico: Jair Pereira.
1998: Carlos Germano; Vítor, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luisinho, Nasa, Pedrinho e Vágner; Donizete e Luizão. Técnico: Antônio Lopes.
2003: Fábio; Russo, Alex, Wellington Paulo e Edinho; Henrique, Bruno Lazaroni, Marcelinho Carioca e Léo Lima; Marques e Valdir. Técnico: Antônio Lopes.
Jogadores cedidos à Seleção Brasileira em Copas do Mundo
Jogadores que, durante sua passagem pelo Vasco, disputaram a Copas do Mundo.
O primeiro título veio em 1999 com o I Campeonato Estadual de Futebol de Areia, disputado na Praia do Flamengo.
Na disputa, o Vasco atropelou seus adversários, entre eles os tradicionais Fluminense, América e Juventus (time de Júnior, símbolo do futebol de areia). Na final, disputada contra o Botafogo, o Gigante da Colina virou o placar para 5 x 4 depois de estar perdendo por 3 x 0. E provou que a lógica do gramado também se aplica na areia: o Vasco é o time da virada.
Esse timaço vascaíno contava com o talento de jogadores de seleção brasileira como Junior Negão, Jorginho e Benjamim.
Em 2003 veio o bi, com uma equipe que tinha como base os primeiros campeões. Dessa vez a vítima foi o Copa, equipe tradicional das areias cariocas.
Em 2010, com uma nova equipe, com caras novas como: Bruno Xavier, Rafinha e Maguinho, mas ainda contando com os experientes Buru e Jorginho o Vasco conquistou o título do Torneio Rio-São Paulo em cima da grande equipe do Corinthians que tinha André, Souza e o goleiro Mão em seu time. Além disso, neste ano começou o projeto do Vasco de criar uma equipe feminina de beach soccer.
O maior de todos esses títulos chegou em 2011: de maneira espetacular, o Vasco passou por excelentes equipes favoritas como Boca Juniors-(ARG), Flamengo(2x), Corinthians e Sporting-(POR) e conquistou o primeiro Mundial de clubes da FIFA de futebol de areia.
Já em 2012 ainda viria o título da Copa Brasil de Futebol de Areia, vencendo a equipe de Sampaio Corrêa-MA na final pelo placar de 5 x 2. No feminino, o Vasco começou a colher os frutos, conquistou a I Taça Brasil de beach soccer feminino e o I Campeonato Carioca da categoria no feminino.
A torcida do Vasco é uma das maiores do Brasil. Segundo as pesquisas atuais, o time oscila entre a terceira e a quinta maior torcida do país, junto com São Paulo e Palmeiras. O Vasco pode ser considerado um clube popular em todo país, em função de marcos históricos como ser um dos primeiros clubes a ter no elenco um jogador negro. O Gigante da Colina também possui diversas torcidas organizadas com membros em todo o Brasil e até fora do país. A torcida organizada vascaína que mais possui membros é a Força Jovem Vasco.
O grito de guerra da torcida do Vasco é mais antigo que o estádio de São Januário. Mas a origem é controversa. Há duas versões conhecidas para o grito:
Segundo o sr. Feliciano Peixoto, o "Ramona", ex-remador do Vasco e integrante da turma da Fuzarca:
Na década de 1920, alguns clubes que disputavam os campeonatos de regatas - Internacional de Regatas, Boqueirão e Vasco da Gama - ainda não possuíam sede própria. Seus atletas se reuniam na rua. Como não tinham local para se encontrar, os atletas de remo e natação da época eram identificados como grupos. Cada grupo recebia uma denominação. Assim é que o Internacional de Regatas criou o Grupo dos Lindos. Para não ficar atrás, o Boqueirão denominou sua turma de Grupo das Garrafas e no Vasco surgiu o Grupo dos Supimpas.
Os integrantes do Grupo dos Supimpas, como todos os outros, jovens, começaram a promever reuniões festivas que se chamavam "reco-reco" e seus participantes ficaram conhecidos como turma da Fuzarca. Fuzarca significa simplesmente farra.
A turma da Fuzarca foi crescendo, se ampliando e ganhando vida própria. Os Sumpimpas resolveram criar concursos de natação, remo e polo aquático, além de outras festinhas para reunir o pessoal. Foi construída uma quadra de vôlei, em um terreno localizado na rua México, no Centro, onde passou a se reunir a nata do remo, da natação e do pólo aquático do Rio.
Sempre, após os treinos, lá iam eles para quadra de vôlei, onde praticavam esse esporte e se divertiam. Tornaram-se tão amigos todos eles, que muitos foram se transferido para o Vasco, após a construção de São Januário.
Havia um outro motivo que os reunia, além do remo, da natação e do pólo aquático: as lindas praias da época, como o Calabouço e, principalmente, a praia das Virtudes, a mais concorrida.
Na praia do Calabouço, o Vasco e os clubes reuniam seus atletas para competir. Na praia das Virtudes, que ficava em frente à Santa Casa de Misericórdia e à Igreja Santa Luzia, se concentravam jovens do Centro, da Cidade Nova, da Lapa, de Santa Tereza e adjacências.
Havia um animador que ficava na beira da praia e era um verdadeiro sucesso entre os jovens. Era Claudionor Provenzano, que realizava entre outras promoções banhos de mar a fantasia.
O grupo aquático Os Supimpas se fazia presente sempre. Seus integrantes desfilavam com o corpo todo pintado. A turma da Fuzarca, já em grande número, se divertia muito, enquanto o bloco dos Supimpas ia dançando e cantando. Essas festas se arrastavam pelo ano, mesmo fora de épocas como a do Carnaval.
Os Supimpas desfilavam da quadra de vôlei na México até a Praia das Virtudes. Ali, foi introduzido o Casaca para fazer rima com Fuzarca, exatamente na quadra de vôlei, cantado pelos remadores. Os próprios atletas divulgavam o grito das animadas festas da praia.
Dos dias de carnaval para as competições, o grito de guerra de um grupo de atletas do Vasco foi tomando conta de todos os locais onde o Vasco disputava competições.
Passou a acompanhar as competições e os jogos de futebol. Inicialmente, o grito de Casaca era puxado por Francisco Vieira Salinas, o "Bambu", acompanhado pelos três outros sócios da turma da Fuzarca: Carlos Martins dos Santos, o "Carlinhos", Mário Muto, o "Cocó", e o próprio "Ramona", ou Feliciano Peixoto.
Bambu iniciou e outros atletas foram seguindo, além dos sócios da turma da Fuzarca. Ao terminar as festas, encerradas as músicas, os cantos e as danças, todos puxavam o Casaca, que passou a ser uma espécie de hino às vitórias. Dos quatro sócios iniciais, a turma da Fuzarca foi ganhando participação maciça dos atletas e torcedores.
O futebol começava a dar largas passadas rumo ao sucesso e ao crescimento como esporte de massa. Ganhava adeptos dentro e fora do campo. Logo os vascaínos se encarregaram de transportar o Casaca da rua e das competições de esporte amador para os estádios.
Segundo o sr. Mario Lamosa:
Os remadores do Vasco eram jovens que gostavam de frequentar festas. Um belo dia numa festa com traje a rigor, os atletas, depois de terem bebido muito, começaram a tirar seus paletós (casacas) e gritar "casaca". Logo os vascaínos da turma da fuzarca emendaram casaca com turma da fuzarca, e o grito foi se formando. A partir daí tornou-se o grito das vitórias do Vasco nos campeonatos de remo, e depois em todas as modalidades.
"AO VASCO TUDO OU NADA?
TUDO!!!
ENTÃO COMO É QUE É? QUE É? QUE É?
CASACA! CASACA!
CASACA, ZACA, ZACA!
A TURMA É BOA!
É MESMO DA FUZARCA!
VASCO! VASCO! VASCO!"
Note-se que este grito é, em alguns aspectos, semelhante ao grito acadêmico usado em muitas universidades portuguesas ("E para "X" não vai nada, nada, nada? Tudo! Não vai mesmo, nada, nada? Tudo … ").
O Vasco é o time da virada
Grito surgido nos anos 1980, a partir do samba-enredo da escola de sambaGRES Beija-flor de Nilópolis no carnaval de 1978, "A Criação do Mundo na Tradição Nagô", cujo refrão foi adaptado pela torcida[103] pelo fato de o Vasco ser um time que tradicionalmente consegue virar seus jogos, ou seja, obtém a vitória mesmo quando inicia a partida perdendo.
"ÊÊÊ ÊÊÊ ÊÊÊ
Ô Ô ÔÔ
O VASCO É O TIME DA VIRADA
O VASCO É O TIME DO AMOR"
Graças a Deus eu sou Vascão
Grito surgido nos anos 1970/80, baseado na canção popular brasileira Asa Branca.
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O milésimo gol vascaíno ocorreu no dia 28 de novembro de 2000, num jogo contra o Bahia, marcado por Juninho Paulista. A marca, porém, pegou o Brasil inteiro de surpresa. Tudo por causa da revista Placar. Em 1996 ela publicou uma edição especial que trazia todos os jogos do Brasileiro desde 1971 a 1995. O que ocorreu é que houve um erro no placar de um dos jogos do Vasco.
A partida era Joinville vs. Vasco, disputada em 18 de março de 1984. O time do Joinville havia ganho o jogo por um único gol, mas na edição especial do Placar o placar estava invertido, dando o gol e a vitória para o Vasco. A publicação acabou enganando até a Rede Globo até que o erro fosse descoberto.
Fábrica de artilheiros
O Vasco é a equipe que mais teve artilheiros de Campeonatos brasileiros desde 1971: foram 8 no total (Roberto Dinamite em 1974 e 1984; Paulinho em 1978; Bebeto em 1992; Edmundo em 1997; e Romário em 2000, 2001 e 2005).
O Sapo de Arubinha
Em 30 de dezembro de 1937, havia sido marcada pelo Campeonato Carioca uma partida entre o Vasco e o time do Andarahy. Naquele dia, logo de manhã, começou a chover forte. A chuva não parou, e continuou noite adentro. Normalmente, nessas condições, trocar-se-ia o dia do jogo. Mas não houve transferência. Era um jogo sem importância - todos sabiam que o Vasco iria ganhar.
Às nove horas, então, no campo do Fluminense, o Andaraí foi para o jogo. Mas o time do Vasco não aparecia. E os jogadores do Andaraí ficaram ali, no meio do campo, pegando chuva, esperando pelo Vasco, até que, impacientes e encharcados, foram interpelar o juiz, Haroldo Dias da Motta. Mas nada do Vasco. O juiz, então, deu duas alternativas aos jogadores do Andaraí: eles poderiam esperar o Vasco, ou ganharem de W.O.
Os jogadores do Andaraí se reuniram, e houve debate. Uns achavam que o time tinha que aproveitar, ganhar pontos que pareciam perdidos; outros já achavam tudo aquilo uma tremenda injustiça com o Vasco. Até que descobriu-se o motivo do atraso: tinha havido uma acidente com o time vascaíno, e muitos jogadores estavam no pronto-socorro. Um caminhão da limpeza tinha batido no carro que levava os jogadores do Vasco, e todo o time titular estava no hospital.
Solidários com os colegas, o Andaraí resolveu esperar os reservas, que tinham escapado do acidente. Como diriam naquela noite: "O Andaraí sabe que vai perder, mas não faz questão de pontos. Faz questão é da amizade do Vasco".
Um jogador então intrometeu-se na conversa. Era o Arubinha, ponta esquerda do Andaraí. Ele fez um singelo pedido: que o Vasco não abusasse. Afinal, o Andaraí estava há tempos lá no campo, pegando chuva, por causa do Vasco. Não merecia ser goleado por aquele gesto de solidariedade.
A maioria dos outros jogadores discordava. Era o time reserva do Vasco, e ainda por cima abalado pelo acidente. Daria Andaraí, é claro. Finalmente o Vasco chegou. E não parecia ter havido acidente nenhum: terminado o primeiro tempo, o placar registrava 5 a 0 para os camisas pretas. E o Vasco continuou a chuva de gols no segundo tempo, totalizando 12 a 0.
Arubinha, então, irritadissimo por ter pegado tanta chuva apenas para ser humilhado pelo time reserva vascaíno, ajoelhou-se e pediu, bem alto, para que, se houvesse algum Deus no céu, o Vasco passasse doze anos sem ser campeão. Dizem que Arubinha não se contentou só com isso. Foi a São Januário e lá enterrou um sapo com a boca costurada, para fortalecer a praga.[104] Os anos então se passaram, e nada do Vasco ser campeão. O campo todo de São Januário foi revirado, mas não se encontrou sapo nenhum. Chegaram a oferecer dinheiro para Arubinha revelar onde enterrara o sapo e desfazer a praga, mas ele se recusava. E afirmava não ter enterrado sapo nenhum.
Verdade ou não, o Vasco só viria a ser campeão novamente 8 anos depois, em 1945.
Pó-de-mico
Num jogo válido pelo Carioca de 1979, ao entrar no campo do Estádio de Moça Bonita o goleiro Emerson Leão subitamente saiu correndo aos vestiários se coçando todo, seguido pelos os outros jogadores, todos se coçando.
Édson Izidoro, torcedor do Bangu, tinha jogado pó-de-mico nos jogadores vascaínos. Édson foi preso por perturbação da ordem. Não obstante o golpe baixo, o Vasco ganhou o jogo por 3 a 0.
Umas das maiores goleadas do futebol profissional do Rio de Janeiro. O Canto do Rio ainda tentou evitar a derrota, trocando de goleiro no intervalo, quando o placar era de "apenas" 5 a 0.
O jogo foi realizado em São Januário, no dia 6 de setembro de 1947. O Vasco atuou com: Barbosa, Augusto e Rafanelli; Eli, Danilo e Jorge; Nestor, Maneca, Dimas, Ismael e Chico. T: Flávio Costa. O Canto do Rio atuou com: Odair (Raimundo), Borracha e Lamparina; Carango, Bonifácio e Canelinha; Heitor, Waldemar, Raimundo, Didi e Noronha.
Em 26 de abril de 1931 o Vasco derrotou o rival com um placar de 7 a 0. Foi pelo Campeonato Estadual, com gols de Russinho (4), Mário Mattos (2) e Sant'Anna (1).
Neste mesmo ano, o Vasco se tornou o segundo clube brasileiro e o primeiro carioca a ser convidado para uma excursão à Europa, mais precisamente a Portugal e Espanha. O primeiro clube foi o Paulistano, de São Paulo.
Em 28 de março de 1928, em um amistoso contra o uruguaio Wanderers, o Vasco inaugurou os refletores e a arquibancada atrás de um dos gols.
Com um gol feito de cobrança de escanteio, que entrou direto no gol uruguaio, o Vasco venceu por 1 a 0. Como os uruguaios eram os campeões olímpicos da época, nasceu, do córner cobrado pelo jogador Santana, o gol olímpico.
Sobre o feito, o extinto Jornal "A Noite" escreveu: "O que o Vasco acabou conseguindo nessa memorável noite não se mede nem se descreve e foi simplesmente assombroso.
Di-lo o público presente ao estádio, calculado em mais de 60 mil pessoas."[105]
Gandula era jogador vascaíno
Bernardo Gandulla foi um jogador argentino que atuou no Vasco como meia-esquerda, em 1939, contratado ao Boca Juniors, fazendo ala com outro argentino, o ponta-esquerda Emeal. Gandulla tinha a característica de buscar a bola que saía de campo para entregá-la ao jogador que faria a cobrança, mesmo que fosse do time adversário. Quando a função passou a ser desempenhada por garotos durante as partidas, o público os apelidou com o nome do ex-craque vascaíno.
Um vascaíno nordestino na II Guerra Mundial
A Major Elza Cansanção, com 38 medalhas no peito, é chefe da preservação do acervo da memória da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no Palácio Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, e foi primeira enfermeira voluntária da FEB e uma das cinco primeiras a desembarcar, em agosto de 1944, no teatro de operações da Itália. Na Segunda Guerra Mundial, Elza fez parte de um grupo de 73 enfermeiras brasileiras que foram à Itália. Em entrevista ao site Uol, a Major Elza Cansanção contou uma das passagens mais curiosas do período em que esteve em solo europeu durante a Segunda Guerra Mundial: "Certa vez, um nordestino foi servir de isca, para descobrir onde estavam os alemães. Todo mundo voltou do combate e nada de ele chegar. Até que, mais tarde, o soldado apareceu com um alemão levando um fuzil a sua frente. Todo mundo ficou doido, os superiores começaram a gritar que tinha um alemão armado, e o nordestino acalmou todo mundo: "Ele não está armado, não. Eu o desarmei. Esse aí é o meu fuzil, que mandei ele carregar porque eu estava cansado". Para completar, contou que quase matou o alemão. "Quando eu ia enfiar a peixeira nele, vi que o cabra é do meu time." Ninguém entendeu nada, então ele apontou a Cruz de Ferro no peito do alemão e concluiu: "Vocês não estão vendo que ele é Vasco?".
Rivalidades
O grande rival do Vasco é o Flamengo. O clássico é chamado de Clássico dos Milhões e pode ser considerado um dos maiores duelos do Brasil. A rivalidade está presente desde 1910 nas competições de Remo mas com a ascensão à primeira divisão do time de futebol do Vasco na década de 1920 o duelo passou a ser mais forte nessa modalidade desportiva. Ainda no campo do futebol, sendo pesquisa realizada pelo IBOPE em 2004, o confronto é o clássico que reúne o maior número de torcedores no país, com um número estimado em 59 milhões.
O Vasco ainda faz um clássico, de forma mais amena, dada a sua grande vantagem de vitórias e menos encontros em decisões de campeonatos, com outro clube popular do Rio de Janeiro, o Botafogo. O Botafogo versus Vasco é realizado desde 1923, quando o Vasco ganhou do rival por 3 a 1. Em termos de decisões em finais o Vasco leva desvantagem tendo perdido mais que ganho diante do Botafogo. A maior goleada no clássico ocorreu em 2001, quando o Vasco venceu por 7 a 0 no Maracanã, tendo sido neste clássico que Roberto Dinamite fez um gol antológico, quando deu um "chapéu" no zagueiro botafoguense Osmar, matou no peito e fuzilou as redes do adversário.
Além desses três clássicos o Vasco rivaliza historicamente também com o America, num clássico chamado de Clássico da Paz, pois foi o primeiro clássico disputado após a pacificação das 2 ligas até então existentes no Rio de Janeiro, em 1937, por divergências políticas entre os clubes cariocas. A principal partida entre esses dois clubes foi a final do campeonato carioca de 1950, o primeiro da era Maracanã com vitória vascaína.
Em clássicos interestaduais, o grande destaque fica com o confronto com o Corinthians, pois ambos já se enfrentaram em grandes decisões, entre Campeonatos Brasileiros, Copa do Brasil e pelo antigo torneio Rio São Paulo. Já chegaram até a se enfrentar pela Copa Sul Americana. Mas o confronto de mais destaque e o que definitivamente marcou a história do clássico foi a decisão do Mundial de Clubes da Fifa.
Guia de jogos
Preliminar Vasco
Preliminar Vasco é uma revista tipo match guides (em português: guias de jogos) do Club de Regatas Vasco da Gama, editada e entregue nos jogos do clube quando estes ocorrem em seu estádio. O conteúdo deste periódico é referente aos detalhes do confronto, do adversário, do campeonato em questão e estatísticas e curiosidades[107].
↑«A Ordem Militar de Cristo». Consultado em 07 de dezembro de 2011A referência emprega parâmetros obsoletos |língua2= (ajuda); Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
↑Jornal do Brasil, Caderno 3 , Capa, 15 de junho de 1957. ONTEM, EM PARIS: VASCO, 4 X REAL MADRID, 3. O C.R. VASCO DA GAMA GANHOU O TORNEIO INTERNACIONAL DO JUBILEU DO RANCING DE PARIS DERROTANDO O CAMPEÃO DA EUROPA, O REAL MADRID
↑«RSSSF Torneio de Paris de 1957» (em espanhol). Consultado em 07 de abril de 2013A referência emprega parâmetros obsoletos |língua2= (ajuda); Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
↑ abcElisa Muller. A organização sociocomunitária portuguesa no Rio de Janeiro. in Os Lusíadas na aventura do Rio Moderno. Carlos Lessa, organizador. Editora Record, 2002, Rio de Janeiro. ISBN 85-01-06356-8
↑«Após a final do Torneio de Paris de 1957, o Real Madrid só viria a ser derrotado novamente por uma equipe não-européia em 14 de junho de 1961, em um amistoso contra o River Plate, posteriormente à regularização anual dos confrontos entre os clubes campeões europeus e sul-americanos com a criação da Copa Intercontinental em 1960. O Real Madrid teve assim um período de invencibilidade perante equipes não-européias de exatos 4 anos (14/06/1957-14/06/1961), não tendo sido neste período derrotado nem mesmo pelo Santos F.C. de Pelé. O histórico de Santos X Real Madrid está disponível no site Acervo Santista.» 🔗. Consultado em 07 de setembro de 2011A referência emprega parâmetros obsoletos |língua2= (ajuda); Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
↑[www.netvasco.com.br/news/noticias10/22011.shtml «Netvasco: Conheça azulejos de Burle Max na Sede da Lagoa»] Verifique valor |url= (ajuda). Consultado em 31 de janeiro de 2009
↑[www.netvasco.com.br/news/noticias03/6110.shtml «Netvasco: Sede Náutica da Lagoa é tombada por César Maia»] Verifique valor |url= (ajuda). Consultado em 31 de janeiro de 2009
↑[www.netvasco.com.br/news/noticias14/48432.shtml «Há 70 anos o Vasco estreava a camisa branca com a faixa diagonal preta»] Verifique valor |url= (ajuda). Consultado em 16 de janeiro de 2008
↑«Lancenet: Samba inspirou história vascaina». Consultado em 28 de maio de 2008 Nota: a matéria incorretamente afirma que a alcunha 'time da virada' se originou da adaptação do samba, quando na verdade já existia desde a década de 1920.
↑FILHO, Mario - O Sapo de Arubinha; pp. 176 (Companhia das Letras, 1994) - ISBN 85-7164-386-5
↑Lance!, Série Grandes Clubes - Um século de paixão, Vasco da Gama, A História do clube da Cruz de Malta; 1998