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Manaus: diferenças entre revisões

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Manaus legal


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Manaus
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Manaus
Bandeira
Brasão de armas de Manaus
Brasão de armas
Hino
Lema Nap dlise or armozen
"A metrópole da Amazônia"
Gentílico manauense; manauara
Localização
Localização de Manaus no Amazonas
Localização de Manaus no Amazonas
Localização de Manaus no Amazonas
País Brasil
Unidade federativa Amazonas
Região metropolitana Manaus
Municípios limítrofes Norte: Presidente Figueiredo; Sul: Careiro e Iranduba; Leste: Rio Preto da Eva e Itacoatiara; Oeste: Novo Airão.
Distância até a capital 3,390 km
História
Fundação 24 de outubro de 1669 (354 anos)
Administração
Prefeito(a) Amazonino Mendes (PTB)
Características geográficas
Área total 11,401,058 km²
População total (est. IBGE/2009[1]) 1,738,641 hab.
Densidade 149,9 hab./km²
Clima equatorial (Am)
Altitude 92 m
Fuso horário Hora do Amazonas (UTC-4)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[2]) 0,774 alto
PIB (IBGE/2007 [3]) R$ 34.403.671 mil
 • Posição BR: 6º
PIB per capita (IBGE/2007[3]) R$ 20 894,00
Outras informações
Ficha técnica
CEP 69000-000[4]
Padroeiro Nossa Senhora da COnceição
Vínculo diocesano Arquidiocese de Manaus
Vereadores 38
Eleitores 1.104.141 [5]
Comarca Manaus
País Brasil Brasil
Macrorregião Norte
Trabalhadores -
Unidades locais - empresas est. IBGE/2005[6]

Manaus (pronuncia-se AFI[mɐ̃ˈnaʊ̯s]) é um município brasileiro, capital do estado do Amazonas e o principal centro financeiro, corporativo e econômico da região norte do Brasil[7]. Situa-se na confluência dos rios Negro e Solimões. É a cidade mais populosa da Amazônia, de acordo com as estatísticas do IBGE, sendo uma das cidades brasileiras mais conhecidas mundialmente, principalmente pelo seu potencial turístico e ecoturismo, sendo o décimo maior destino de turistas no Brasil.[8] Manaus pertence à mesorregião do Centro Amazonense e a microrregião homônima. É localizada no extremo norte do país, a 3.490 quilômetros da capital federal, Brasília. [9]

Fundada em 1669 com o forte de São José do Rio Negro. Foi elevada a vila em 1832 com o nome de Manaus, que significa "mãe dos deuses", em homenagem à nação indígena dos Manaós, sendo legalmente transformada em cidade no dia 24 de outubro de 1848 com o nome de Cidade da Barra do Rio Negro. Somente em 4 de setembro de 1856 voltou a ter seu nome atual.

Ficou conhecida no começo do século XX, na época áurea da borracha.[8] Nessa época foi batizada como Coração da Amazônia e Cidade da Floresta. Atualmente seu principal motor econômico é o Polo Industrial de Manaus, em grande parte responsável pelo fato de a cidade deter o 7º maior PIB do país, atualmente.[10]

Sexta cidade mais rica do Brasil[11], a cidade possui a segunda maior região metropolitana do norte do país e a décima segunda do Brasil, com 2.006.870 habitantes (IBGE/2009).[1][12] Em Manaus residem atualmente (2009) 1,73 milhão de pessoas, sendo a oitava cidade mais populosa do Brasil de acordo com dados do IBGE. A cidade aumentou gradativamente a sua participação no PIB brasileiro nos últimos anos, passando a responder por 1,4% da economia do país. Uma evidência do desenvolvimento da cidade nos últimos tempos é o ranking da revista América Economía, no qual Manaus aparece como uma das 50 melhores cidades para fazer negócios da América Latina em 2009, ficando à frente de capitais de países como San Salvador, Caracas e La Paz[13]. O crescimento constante de Manaus tentando se estabelecer como uma das cidades mais importantes não foi despercebido. Em 2008, o World Cities Study Group and Network (GaWC) do Reino Unido, incluiu o nome da cidade em uma lista de cidades classificadas por sua economia, cultura, acontecimentos políticos e patrimônios históricos. A cidade foi classificada na mesma categoria de outras áreas metropolitanas do mundo de grande destaque, como Ancara, Salt Lake City, Gaborone, Tashkent, Marselha e Durban, sendo que a cidade ficou acima de outras como Tijuana, Sevilha, Libreville e Halifax.[14]

Abriga a universidade mais antiga do Brasil, a Universidade Federal do Amazonas fundada em 1909.[15] Representa sozinha 49,9% da população do Amazonas e 10,89% da população de toda a Região Norte do Brasil.[16]

Visão geral

Ficheiro:Manaus-Vista.jpg
Vista aérea de parte da cidade.

Geograficamente, as regiões mais próximas do centro em Manaus são em geral mais ricas e desenvolvidas, enquanto as regiões mais afastadas tendem a ser mais pobres e mais carentes de infraestrutura urbana e habitacional, exceto em algumas áreas das Zona norte e Zona leste.

Ficheiro:Manauscenter.jpg
Parte do centro da cidade com destaque para a Catedral Metropolitana de Manaus à esquerda.

Atualmente, é a trigésima cidade mais populosa da América, ficando atrás de cidades como Valência, Barranquilla, Toronto e Guaiaquil e superando Guadalajara, Córdova, Phoenix, Mérida e Montevidéu. Em âmbito nacional, é o oitavo município brasileiro mais populoso, abrigando quase metade da população do estado.[16] Manaus também está entre os cinco municípios com participação acima de 0,5% no PIB do país que mais crescem economicamente.[17] É um polo atrativo de toda a região. Contudo, esse aumento populacional acarretou inúmeros problemas, como déficit habitacional, nos serviços de saúde e a infraestrutura urbana da cidade.

No âmbito do turismo, Manaus durante todo o ano recebe grandes quantidades de navios de cruzeiro, pois há acesso para transatlânticos através do rio Amazonas. Seu potencial turístico porém, ainda pode ser melhor explorado, principalmente com relação ao ecoturismo.

Horizonte de Manaus.

Segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro (FGV/ RJ), em parceria com a revista Você S/A, analisando 127 cidades do País, a pesquisa concluiu que Manaus é a melhor cidade da Região Norte do Brasil para fazer carreira[18]. As demais cidades como Belém, Palmas, Porto Velho e Boa Vista aparecem nas quatro últimas posições no ranking da Região Norte. No ranking nacional da pesquisa, a capital do Amazonas aparece em 22º lugar. [19]

Manaus é servida pelo Aeroporto Internacional de Manaus, é o mais movimentado aeroporto do Norte do país e o terceiro do Brasil em movimentação de cargas;[20] números alcançados devido à criação da Zona Franca de Manaus, que continua a impulsionar a economia da cidade e de todo o estado, com altos índices de crescimento no faturamento, ano após ano. O faturamento do Polo Industrial de Manaus foi grandemente superado no ano de 2008, 20,19% a mais que no ano de 2007.[21]

Etimologia

Fundada em 1669 a partir do forte de São José da Barra do Rio Negro[22], a sede da Capitania e a sede da Província, estabelecida à margem esquerda do rio Negro.

A origem do nome da cidade, vem da tribo dos manaós[22], uma tribo da região dos rios Negro e Solimões. A grafia antiga da cidade preservava o "O" e acentuava a vogal precedente: "Manáos"[23]. Na linguagem indígena, Manaus significa Mãe dos Deuses. No Século XIX a cidade chamava-se Barra do Rio Negro.

Ainda no passado, a palavra Manau era atribuída a uma das muitas tribos que habitaram o rio Negro[23]. Os etnólogos afirmam que os índios Manau são de origem aruaque. Outras formas de se escrever o nome da cidade também foram utilizadas. Em 1862, na edição da tipografia escrita por Francisco José da Silva Ramos, o nome da cidade aparece com a grafia Manáus (acentuando a letra A e substituindo a letra O por U). Porém, na última página da tipografia, está grafado Manaos, nome comumente usado pelos habitantes da cidade e historiadores. [23] Em uma manchete denominada Notizie Interessanti sulla Província delle Amazzzoni – nel nord Del Brasile (em português:Notícias interessantes sobre a Província do Amazonas - Norte do Brasil), editada em Roma, em 1882, o nome da cidade está grafado Manaos repetidas vezes. [23] O nome atual da cidade, Manaus, só foi grafado pela primeira vez em 1908, na tipografia do escritor Bertino de Miranda. [23]

História

Ver artigo principal: História de Manaus

Primórdios

Mapa de 1562 da região do rio Amazonas.

O período de povoação da Amazônia inicia entre os anos de 1580 a 1640[24], época em que Portugal e Espanha permaneceram sob uma só coroa, tendo os portugueses penetrado no vale amazônico, sem desrespeito oficial aos interesses espanhóis. Devido aos interesses comerciais portugueses que não viam na região a facilidade em obter grandes lucros a curto prazo, pois a região era de difícil acesso e desconheciam a existência de riquezas (ouro e prata), a ocupação do lugar, onde se encontra hoje o município de Manaus, foi demorada.

Colonização europeia

A história da colonização europeia na região de Manaus começou em 1669, com um forte em pedra e barro, com quatro canhões guardando as cortinas. O Forte de São José da Barra do Rio Negro foi construído para garantir o domínio da coroa de Portugal na região, principalmente contra a invasão de holandeses, na época aquartelados onde hoje é o Suriname. O forte desempenhou sua missão durante 114 anos. Foi o seu 1º comandante o capitão Angélico de Barros. A região onde está Manaus nem sempre pertenceu por direito a Portugal. Era parte integrante da Espanha, nos primeiros anos que sucederam ao descobrimento da América, mas foi ocupada e colonizada pelos portugueses. A 3 de junho de 1542 o Rio Negro foi descoberto por Francisco Orellana que lhe pôs o nome.

Os primitivos habitantes dessa área, onde se encontrava o forte de São José da Barra do Rio Negro, foram as tribos: Manáos, Barés, Banibas e Passés, muitos dos quais ajudaram na construção do Forte, por influência dos religiosos portugueses e passaram a morar nas suas proximidades em palhoças humildes.

A tribo dos Manáos, considerada orgulhosa pelos portugueses, negava-se a ser dominada e servir de mão-de-obra escrava, entrava em confronto com os habitantes do Forte. Essas lutas só terminaram quando os militares portugueses começaram a ligar-se aos Manáos através de casamentos com as filhas dos Tuxauas, dando início assim, a intensa miscigenação na região e dando origem aos caboclos. Um dos líderes dos Manáos foi o indígena Ajuricaba que se opôs a colonização dos portugueses e que, no entanto, apoiava os holandeses: Ajuricaba foi aprisionado e enviado ao Pará. Sua morte ocorreu, em situação misteriosa, durante a viagem.

Catedral Metropolitana de Manaus, inaugurada em 1877.

Devido à colonização portuguesa, foi efetuado um trabalho de esquecimento ou tentativa de apagar os traços e obras históricas dos povos indígenas. Podemos notar isso pela destruição feita ao cemitério indígena, onde se encontra, atualmente a praça Praça Dom Pedro e o Palácio Rio Branco. Quando o governador Eduardo Ribeiro remodelou a praça e mandou nivelar as ruas que a contornavam, grande números de igaçabas foi encontrado e atualmente não existe nenhum marco indicando a sua existência.

A população cresceu tanto que para ajudar no Catecismo, em 1695 os missionários (carmelitas, jesuítas e franciscanos) resolveram erguer uma capela, próxima ao forte de Nossa Senhora da Conceição, a padroeira da cidade.

A Carta Régia de 3 de março de 1755, criou a Capitania de São José do Rio Negro, com sede em Mariuá (atual Barcelos), mas o governador Lobo D'Almada, temendo invasões espanholas, passou a sede novamente para o Lugar da Barra em 1791, por se localizar na confluência dos rios Negro e Amazonas, que era um ponto estratégico.

O Lugar da Barra perde seu "status" político-administrativo sob influência de D. Francisco de Souza Coutinho, Capitão-Geral do Grão Pará, que inicia campanha contra a mudança de sede, o que leva a ser desfeito o ato através da Carta Régia de 22 de agosto de 1798, e em maio de 1799, a sede volta a Barcelos. Em consequência da perda de seu "status", tornou-se inevitável a decadência do Lugar da Barra. Em outubro de 1807, o governador da Capitania, José Joaquim Victório da Costa, deixa Barcelos transferindo a administração da Capitania definitivamente ao Lugar da Barra.

Manaus em 1865.

A partir de 29 de março de 1808, o Lugar da Barra voltaria a ser sede da Capitania de São José do Rio Negro (após proposta de D. Marcos de Noronha Brito, ao penúltimo governador Capitão de mar-e-guerra José Joaquim Victório da Costa).

Através do decreto de 13 de novembro de 1832, o Lugar da Barra passou a categoria de Vila, já com a denominação de Vila de Manaus, nome que manteria até o dia 24 de outubro de 1848. Com a Lei 145 da Assembleia da Provincial Paraense adquiriu o nome de Cidade da Barra do Rio Negro, em vista da vila ter assumido foros de cidade, cidade de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro. A 5 de setembro de 1850 foi criada a Província do Amazonas pela Lei Imperial nº 1592, tornando-se a Vila da Barra do Rio Negro. Foi seu primeiro presidente o ilustre João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, nomeado em 27 de julho de 1851, que instalou oficialmente a nova unidade provincial a 1 de janeiro de 1852, cuja situação de atraso melhorou bastante. Foi criada a Biblioteca Pública. O 1º jornal foi fundado em 5 de setembro, mas sua primeira edição só circulou a 3 de maio de 1851 já com o nome de "Estrela do Amazonas", de propriedade do cidadão Manuel da Silva Ramos. Tornaram-se ambos, as bases do desenvolvimento da cultura local, junto ao teatro e escolas profissionais.

A 4 de setembro de 1856 pela Lei nº 68, já no decurso do 2º governo, que era Herculano Ferreira Pena, a Assembleia Privincial Amazonense dá-lhe o nome de Cidade de Manaus, em homenagem a valente nação indígena Manáos.

Cabanagem

Ver artigo principal: Cabanagem

A Cabanagem foi a revolta na qual negros, indígenas e mestiços se insurgiram contra a elite política e tomaram o poder no Pará. A entrada da Comarca do Alto Amazonas (hoje Manaus, a qual foi o berço do manifesto na Amazônia Ocidental) na Cabanagem foi fundamental para o nascimento do atual estado do Amazonas. Durante o período da revolução, os cabanos da Comarca do Alto Amazonas se desbravaram por todo o espaço do estado onde houvesse um povoado dentro dos limites para assim conseguir um número maior de adeptos ao movimento. Com isso ocorreu uma integração das populações circunvizinhas formando assim o estado, graças à Cabanagem.

O período áureo da borracha

Ver artigo principal: Ciclo da borracha e Bonde em Manaus

No Rio de Janeiro é proclamada a República Federativa do Brasil, em 15 de novembro de 1889, extinguindo-se o Império. A Província do Amazonas passa a ser Estado do Amazonas, tendo como capital a Cidade de Manáos. A borracha, matéria-prima das indústrias mundiais, é cada vez mais requisitada e o Amazonas, como principal produtor, orienta sua economia para atender à crescente demanda de mercado. Intensifica-se o processo de migração para Manaus de nordestinos e brasileiros de outras regiões, e a imigração de ingleses, franceses, judeus, gregos, portugueses, italianos e espanhóis.

Teatro Amazonas, um dos luxuosos edifícios construídos com as fortunas da borracha.

Começam a chegar à cidade migrantes do nordeste do país e estrangeiros, gerando um crescimento demográfico que obriga a cidade a passar por mudanças significativas.

Em 1892, inicia-se o governo de Eduardo Ribeiro, que tem um papel importante na transformação da cidade, através da elaboração e execução de um plano para coordenar o seu crescimento. Esse período (1890-1910) é conhecido como fase áurea da borracha. A cidade ganha o serviço de transporte coletivo de bondes elétricos, telefonia, eletricidade e água encanada, além de um porto flutuante, que passa a receber navios dos mais variados calados e de diversas bandeiras. A metrópole da borracha inicia os anos de 1900 com uma população em torno de 20 mil habitantes, com ruas retas e longas, calçadas com granito e pedras de liós importadas de Portugal, praças e jardins bem cuidados, belas fontes e monumentos, um teatro suntuoso, hotéis, cassinos, estabelecimentos bancários, palacetes e todos os requintes de uma cidade moderna.

Na fase áurea da borracha, a cidade foi referência internacional das discussões sobre doenças tropicais, saneamento e saúde pública. A cidade realizou grandes ações em parceria com cientistas internacionais, como foi o caso da erradicação da febre amarela, em 1913. No início do século XX, as ações de saneamento estiveram praticamente restritas à Manaus. A situação mudou após a criação do Serviço de Saneamento e Profilaxia Rural, que levou o saneamento para outras partes do Amazonas. A infraestrutura da época abrangia bases fixas de operação nas calhas dos principais rios e embarcações que percorriam as comunidades ribeirinhas. O auge do ciclo econômico transformou Manaus em uma cidade moderna, com as mesmas benfeitorias que chegavam ao Rio de Janeiro, a então capital federal. O desenvolvimento econômico proporcionou também grande circulação de ideias e permitiu o surgimento de um núcleo de médicos que estava a par das discussões científicas mais avançadas a respeito do combate das doenças tropicais. Atualmente, escolas de medicina tropical recém-criadas, como as de Londres e Liverpool, na Inglaterra, enviam missões frequentemente para Manaus.[25]

Em 1910, Manáos ainda vive a euforia dos preços altos da borracha, quando é surpreendida pela fortíssima concorrência da borracha natural, plantada e extraída dos seringais da Ásia, que invade vertiginosamente os mercados internacionais.

É o fim do domínio da exportação do produto dos seringais naturais da Amazônia (quase que exclusivamente gerada no Amazonas), deflagrando o início de uma lenta agonia econômica para a região.

O desempenho do comércio manauara torna-se crítico e as importações de artigos de luxo e supérfluos caem vertiginosamente. Manáos, abandonada por aqueles que podiam partir, mergulha em profundo marasmo. Os edifícios e os diferentes serviços públicos entram em estado de abandono.

Cronologia

  • 1669 - construção da Fortaleza de São José do Rio Negro, sob o comando de Francisco da Mota Falcão, por ordem do Governador-Geral do Pará. Nasce assim, o povoado de São José do Rio Negro, atual Manaus
  • 1755 - Criação da Capitania de São José do Rio Negro, com sede em Mariuá (Barcelos)
  • 1791 - O Governador português Lobo D'almada transfere a sede da Capitania de São José do Rio Negro para o Lugar da Barra (Manaus)
  • 1823 - Adesão do Amazonas à Independência do Brasil
  • 1832 - Elevação a categoria de vila o antiga forte, com o nome de Vila da Barra
  • 1848 - Elevação a categoria de cidade a antiga Vila da Barra, com o nome de Cidade da Barra. A cidade passa a ter ensino secundário
  • 1856 - A cidade da Barra do Rio Negro passa a denominar-se Cidade de Manáos, decorrência da Lei N° 68, de autoria do deputado João lgnácio Ribeiro do Carmo. A cidade tinha de 1.200 a 1.300 habitantes, enquanto a população de todo o município ultrapassa o número de 5 mil habitantes.

Geografia

Ficheiro:149228main image feature 577 amazonas.jpg
Imagem de satélite de Manaus.

Manaus está localizada na região central amazonense, situada à margem esquerda do Rio Negro.[26]

É a maior cidade da Região Norte do Brasil, ocupando uma área de 11.401,058 km², tendo uma densidade de 144,4 hab./km². Várias ilhas, arquipélagos e áreas ecológicas são encontrados próximos à cidade, tendo destaque para o arquipélago de Anavilhanas, situado nas divisas com o município de Novo Airão, e o Encontro das Águas, famoso cartão-postal da cidade. Limita-se com os municípios de Presidente Figueiredo, Careiro, Iranduba, Rio Preto da Eva, Itacoatiara e Novo Airão.

Relevo

Caracterizado por planícies, baixos planaltos e terras firmes[27], com uma altitude média inferior a 100 metros. As planícies são constituídas por sedimentos recentes da Era Antropozóica; tornam-se bastante visíveis nas proximidades dos rios. Alguns desses sedimentos continuam a ser trazidos pelas correntezas, o que significa que a planície Amazônica ainda está em formação.

Clima

O clima de Manaus é considerado equatorial (tipo Af segundo Köppen), com aumento de chuvas no verão e temperatura média anual de 33,9 °C, tendo uma umidade relativa elevada durante o ano, com médias mensais entre 76 e 89%.

Devido à proximidade da linha do equador, o calor é uma constante do clima local. São inexistentes os dias de frio no inverno, e raramente massas de ar polar muito intensas no centro-sul do país e sudoeste amazônico têm algum efeito sobre a cidade como foi em agosto de 1955. A proximidade com a floresta normalmente evita extremos de calor e torna a cidade úmida.


Dados climatológicos para Manaus (OMM: 82331)
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 37 36,1 36,2 35,4 34,7 35,1 37,1 38 39,3 40 38,5 37,3 40
Temperatura máxima média (°C) 31,3 31,1 31,2 31,3 31,5 31,9 32,5 33,6 34,1 34 33 32 32,3
Temperatura média compensada (°C) 26,6 26,6 26,6 26,7 27 27,3 27,5 28,2 28,6 28,5 28 27,2 27,4
Temperatura mínima média (°C) 23,6 23,6 23,7 23,7 23,9 23,8 23,7 24,1 24,5 24,6 24,4 24 24
Temperatura mínima recorde (°C) 18,5 18 19 18,5 19,5 19,2 17,8 18 20 19,4 19,3 19 17,8
Precipitação (mm) 305,6 296,8 320,9 331 233,3 117,2 67,1 56,1 79 113,9 188 253,5 2 362,4
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 19 18 19 18 16 10 7 6 6 8 10 15 152
Umidade relativa compensada (%) 84,8 85,1 85,8 85,6 84,4 80,8 77,4 74,6 74,6 76,1 79,3 83 81
Horas de sol 122,7 98 104,3 113,6 141,9 191 223,1 222,5 196,4 173,5 150,7 126,6 1 864,3
Fonte: INMET (normal climatológica de 1991-2020;[28] recordes de temperatura: 1931-presente)[29][30]

A precipitação média anual é de 2.194,9 mm, sendo agosto o mês mais seco, quando ocorrem apenas 55 mm Em março, o mês mais chuvoso, a média fica em 310,2 mm.[31]. As estações do ano são relativamente bem definidas no que diz respeito à chuva: o inverno é relativamente seco, e o verão chuvoso.

A menor temperatura já registrada oficialmente em Manaus foi de 17,2 °C, em agosto de 1955 na estação do Inmet. Já houve ocorrências pontuais de chuva de granizo na cidade, a única não-oficialmente registrada foi a 25 de junho de 1989. Há registros esporádicos não-oficiais que indicam precipitação de chuvas de granizo em anos anteriores. A máxima registrada foi de 38,0 °C, no dia 30 de setembro de 1965 também na estação do Inmet mas, durante o período chuvoso, já houve vários registros de tardes em que a temperatura sequer ultrapassou a marca dos 28 °C. Em 2009, a temperatura recorde da cidade ocorreu no dia 29 de setembro, quando foram registrados 40,9 °C, superando até mesmo os 36,1 °C registrados no dia 21 de agosto.[32]

No dia 26 de novembro de 2009, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou caso de chuva ácida em Manaus.[33] Segundo o Inmet, a poluição do ar, causada em grande parte pelo acúmulo de fumaça de queimadas, associadas aos gases de dióxido de carbono emitidos por carros, provocou chuva ácida na cidade. Apesar da incidência de chuva ácida ser comum em algumas capitais brasileiras onde há grande concentração de carros, em Manaus e em outras cidade do Amazonas a situação se agrava com o período prolongado de estiagem com a fumaça das queimadas.

Vegetação

Imagem de satélite do encontro do Rio Negro e Rio Amazonas.
Alguns banhistas na Praia da Ponta Negra (Rio Negro) ao final da tarde.

A vegetação da capital é densa, e tipicamente coberta pela floresta Amazônica[34]. Com uma flora diversificada, abriga vários tipos de plantas, além da vitória-régia, uma espécie aquática ornamental.

Existem plantas bem próximas umas das outras, o que torna a vegetação úmida e impenetrável. Há espécies com folhas permanentes, encarregadas de deixar a floresta com um verde intenso o ano todo.

Manaus é tida como a "Capital Ambiental do Brasil"[35], pelo seu extraordinário recurso natural, representando 20% da água doce do mundo[35]. Cerca de 98% dos 11.401,058 km² da área do município está intacta. [35]

Hidrografia

Os rios que passam por Manaus são o Negro e o Solimões, e, ao se encontrarem, formam o grande rio Amazonas.

Fauna e flora

Vitória-régia, a maior flor do mundo.

Toda a fauna da floresta tropical úmida presente na Amazônia também se encontra na cidade. Nas áreas rurais do município, há inúmeras espécies de plantas e pássaros, inúmeros anfíbios e milhões de insetos.

Desde os insetos até os grandes mamíferos da água como o Peixe-boi e o Boto, encontrado principalmente em regiões sem muita movimentação do Rio Negro, em lagos encontrados no bairro Tarumã e também em alguns reservatórios da cidade, como o Instituto Nacional de Proteção da Amazônia (INPA)[36]. Algumas árvores de origem amazônica, como a Andiroba e Mafumeira (também conhecida como Sumaúma), são encontradas em parques da cidade como o Parque do Mindu e Parque Estadual Sumaúma[37]. Este último recebe este nome em razão da grande quantidade de árvores mafumeiras que possui e atualmente é um parque estadual[38]. Répteis como tartarugas, caimões e víboras também ali habitam. Há pássaros e peixes de todas as espécies, plumagens e peles. Em algumas regiões ao longo do Rio Amazonas, floresce a planta Vitória-régia, cujas folhas circulares chegam a mais de um metro de diâmetro.

Parques e espaços públicos

A cidade conta com importantes parques e reservas ecológicas, como o Parque do Mindu, o Parque Estadual Sumaúma, o Parque Ponte dos Bilhares e o Jardim Botânico Adolpho Ducke - o maior jardim botânico do mundo[39] - entre outros.

Ficheiro:Mindu240x150.jpg
Parque do Mindu.
Área verde na Santa Etelvina, Zona Norte de Manaus.
  • O Parque do Mindu localiza-se na Zona Centro-Sul de Manaus, no bairro Parque 10 de Novembro. O parque é hoje um dos maiores e mais visitados parques municipais do Amazonas[40]. Foi criado em 1989, através de um manifesto popular iniciado pelos moradores do bairro Parque 10[40]. Com 33 hectares de biodiversidade, é uma das quatro Unidades de Conservação, vitrine das espécies de flora, fauna e outros elementos do ecossistema amazônico[40]. O objetivo do Parque é promover e desenvolver atividades ambientais e culturais com a finalidade de propiciar momentos de integração comunitária, permitindo despertar aos habitantes do entorno e os visitantes para questões sócio-ambientais e culturais no que diz respeito à valorização do meio ambiente. O Parque do Mindu abriga uma considerável população de Soim-de-coleira[41], um pequeno símio que existe apenas na região de Manaus[41]. O soim-de-coleira possui pêlos castanhos no corpo e pêlos brancos no pescoço, o que faz com que pareça usar uma coleira. Apesar de pequeno, o macaco possui garras extremamente afiadas, que o ajuda a subir e descer das árvores. O Parque do Mindu possui ainda um orquidário, um canteiro de ervas com propriedades terapêuticas e aromáticas e trilhas suspensas[41].
  • O Parque Ponte dos Bilhares localiza-se na Zona Centro-Sul de Manaus, no bairro da Chapada, na direção bairro-centro[42]. O parque é uma das atrações turísticas da cidade[42]. É uma das menores áreas verdes do espaço urbano do município, porém, é referência em sua estrutura. Possui bares, lanchonetes, anfiteatro, biblioteca, áreas desportivas e turísticas.
  • O Jardim Botânico Adolpho Ducke possui mais de 100 km² de sua reserva florestal em Manaus[43]. No parque há um monumento, que representa os diferentes tipos de madeira encontrados na Amazônia, e um viveiro de mudas, com as plantas nativas do lugar[43]. Há também uma biblioteca especializada em literatura sobre botânica e meio ambiente, além de um pavilhão para a realização de eventos e palestras sobre a natureza. [43]. As trilhas existentes no parque somam mais de três quilômetros. O parque abriga inúmeras espécies de animais em extinção, como araras, tucanos, tatus e onças-pintadas. [43]
  • O Parque Estadual Sumaúma foi criado através do decreto nº23.721 de 5 de setembro de 2003 com uma área de 51 hectares. O parque é a primeira Unidade de Conservação Estadual localizada na cidade de Manaus. Localiza-se no bairro Cidade nova, na zona norte da cidade. É o menor parque estadual do Amazonas e é aberto à visitações todos os dias, exceto aos domingos. Possui estrutura estável, sendo regido pela Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas em parceria com o Conselho do Parque Sumaúma, formado por associações comunitárias de bairros próximos e entidades da sociedade civil.

Poluição ambiental

A poluição do ar na cidade é intensa, devido principalmente à enorme quantidade de automóveis que circulam diariamente na cidade e as indústrias pertecentes ao Polo Industrial de Manaus.[45]

Além da poluição atmosférica a cidade sofre também com a poluição hídrica, aumentando em seus dois principais rios, o Rio Negro e o Rio Solimões, que estão com índices de poluição em aumentatividade. Atualmente o rio Negro passa por um programa de despoluição que dura alguns meses. Como já ressaltado nos itens anteriores, o processo de expansão urbana nas últimas décadas aliou especulação imobiliária, esvaziamento das áreas centrais e precariedade nos novos loteamentos: desta forma, devido à dificuldade de aceder à terra urbana qualificada em áreas centrais, milhares de famílias viram-se obrigadas a ocuparem regiões ambientalmente frágeis - como as de mananciais.

O problema do abastecimento equilibrado de água para a cidade - e para a metrópole, de uma forma geral - também se configura como questão preocupante: Apesar de possuir muitas fontes de água em seu próprio perímetro, Manaus sofre com a falta de água entre a população da zona leste.O problema da poluição da água também é agravado pela ocupação irregular das áreas de mananciais, ocasionada pela supracitada expansão urbana impulsionada pela dificuldade de acesso à terra e à moradia em áreas centrais por parte da população de baixa renda.

Demografia

Manaus
Crescimento populacional por ano
1800 10.000
1822 14.000
1872 38.998
1890 52.421
1900 73.647
1920 179.263
1940 272.232
1950 279.151
1960 321.125
1970 473.545
1980 922.477
1990 1.011.403
2000 1.402.590
2005 1.524.690
2006 1.688.524
2007 1.646.602
2008 1.709.010
2009 1.738.641

A população de Manaus é de 1.738.641 habitantes[1](conforme contagem realizada pelo IBGE em 2009), o que a coloca na posição de oitava cidade mais populosa brasileira, após São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Curitiba. Destes, 52,07% da população são mulheres e 47,93% são homens. O crescimento populacional de Manaus é superior à média das capitais brasileiras. A cidade cresce 10% acima da média das capitais do país. [16]

A maior parte da população encontra-se nas regiões norte e leste da cidade, sendo a Cidade Nova (norte) o bairro mais populoso, com mais de 300 mil moradores.

Com o início da industrialização na cidade, após a instalação do Polo Industrial de Manaus em 1967, o crescimento demográfico e populacional aumentou significativamente, tanto na cidade quanto em regiões e até outras cidades próximas. Segundo os resultados dos últimos censos, a população da cidade elevou-se de 343.038 habitantes, em 1960, para 622.733 habitantes em 1970. Daí até 1990 a população cresceu para 1.025.979 habitantes, elevando sua densidade para 90,0 hab./km². Em termos percentuais, o aumento populacional da cidade entre 1960 e 1970 foi de 40% enquanto que de 1970 a 1980 foi de 94%.

A cidade apresenta bons índices, constituindo-se um ótimo lugar para concentração de investimentos. O IDH-M é de 0,774 e o ICV é de 0,835 . A esperança de vida na cidade é superior a 63 anos. 76,9% dos domicílios são atendidos pela rede de distribuição de energia elétrica, 64,61% pela rede de esgoto e 86,54% são atendidos pela coleta de lixo. 68,61% contam com abastecimento de água.

Expansão demográfica

Até meados da década de 1970, os espaços urbanos e aglomerados estavam limitados às zonas administrativas sul, centro-sul, oeste e centro-oeste. A área portuária da cidade era intensamente povoada, com pouca densidade nas regiões norte e leste.[47]

Após a criação da Zona Franca de Manaus, a cidade recebeu inúmeras migrações, outras áreas e novos bairros na cidade foram surgindo. Muitos, surgiram através de ocupações irregulares[47], como é o caso do bairro Coroado, que ocupou parte da área verde pertencente à Universidade Federal do Amazonas na década de 1970. [47]

No início da década de 1980 iniciou-se um intenso processo de ocupação das áreas periféricas da cidade. A expansão para as zonas administrativas leste e norte, seja por ocupações regulares ou irregulares, marcaram o início do uso do solo estratificado e as novas ocupações que foram se formando na cidade já surgiram bem mais marcadas pelo nível de renda dos seus habitantes. Muitos dos maiores bairros que existem atualmente ba cidade surgiram nessa década. Entre eles, os bairros de São José Operário, Zumbi dos Palmares, Armando Mendes e Cidade Nova. A grande concentração populacional nas zonas leste e norte são responsáveis pelo agravamento de problemas relacionados à ocupação desordenada do solo, destruições da cobertura vegetal, poluição dos corpos d'água e deficiência do saneamento básico.

O crescimento urbano de Manaus foi o maior da região Norte [47]. Nos últimos dez anos, a cidade transformou-se em um dos municípios mais populosos do Brasil, o que apresentou a maior taxa média geométrica de crescimento anual. A taxa de crescimento urbano em Manaus tem sido maior que a taxa nacional [47], apesar de ter sofrido uma queda no último censo.

A intensa urbanização da cidade, muitas vezes de forma desordenada, ao longo das décadas de 1980 e 1990, contribuíram para que sua área urbana perdesse cerca de 65% de cobertura vegetal, sendo que cerca de 20% foram degradadas em menos de vinte anos, entre 1986 e 2004.

O crescimento urbano de Manaus concentra-se, sobretudo, na região norte da cidade [47]. Podemos afirmar que as regiões sul, centro-sul e centro-oeste estão consolidadas enquanto espaço urbano em toda sua extensão [47]. A região leste, apesar de possuir uma imensa área ainda não ocupada efetivamente, não dispõe mais de espaços, pois a área que pertence à Zona Franca de Manaus representa 45% do total da área da região [47].

Etnias

Manaus é uma cidade marcada pelos traços culturais, políticos e econômicos herdados dos portugueses, espanhóis e franceses. Manaus cresceu assim, viveu a fase da riqueza da borracha, mas voltando um pouco atrás na história, não se pode esquecer a importância dos ameríndios no quesito contribuição étnica. Foram os ameríndios que iniciaram a ocupação humana na Amazônia e seus descendentes caboclos desenvolveram-se em contato íntimo com o meio ambiente, adaptando-se às peculiaridades regionais e oportunidades oferecidas pela floresta.

Na sua formação histórica, a demografia de Manaus é o resultado da miscigenação das três etnias básicas que compõem a população brasileira: o índio, o europeu e o negro, formando assim, os mestiços da região (caboclos) Mais tarde, com a chegada dos imigrantes, especialmente japoneses, árabes e judeus, na sua maioria marroquinos, formou-se um caldo de cultura singular, que caracteriza a população da cidade, seus valores e modo de vida.

Pardos - caboclos, mulatos e cafuzos - (58%), brancos (34%), Afro-brasileiros (3%) , indígenas (4%) e amarelos (principalmente descendentes de japoneses) (0,1%).

Migrantes

Ver artigo principal: Migração nordestina

É possível notar um respeitável contingente de pessoas de outros estados, sobretudo nordestinos. Cearenses, paulistas, maranhenses e gaúchos fazem-se bastante presentes. No época do auge da borracha e a instalação da Zona Franca de Manaus, entre o séculos XIX e a década de 1960, passaram a migrar para a região Norte, especialmente para o Amazonas e Acre em busca de melhores condições de vida e trabalho. Com a melhoria estrutural de outras regiões do país, e os problemas resultantes da superpopulação nas grandes cidades, a migração nordestina diminuiu consideravelmente.

Religião

Igreja de São Sebastião.

Tal qual a variedade cultural verificável em Manaus, são diversas as manifestações religiosas presentes na cidade. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração — e ainda hoje a maioria dos manauenses se declara católica, é possível encontrar atualmente na cidade dezenas de denominações protestantes diferentes, assim como a prática do candomblé, do islamismo, do judaísmo, do espiritismo, entre outras. Nos últimos anos, o budismo, o mormonismo e as religiões orientais tem crescido bastante na cidade. Estima-se que encontram-se mais de mil seguidores budistas, seichonoitas e hinduístas pela cidade.

Na administração da Igreja Católica, o município é abrangido pela Arquidiocese de Manaus.[48] Nas suas origens, Manaus tem muita ligação com Nossa Senhora da Conceição. A cidade possui várias paróquias: Nossa Senhora da Imaculada Conceição, Dom Bosco, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora dos Remédios, Sagrado Coração de Jesus, São José Operário, São Sebastião, Nossa Senhora do Carmo, Santa Rita de Cássia, Santíssima Trindade, São Francisco de Assis, São José - Belo Horizonte, São Pedro Apóstolo, Nossa Senhora do Rosário, Santa Catarina de Sena, Sagrada Família, Coração Imaculado de Maria, Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Santa Luzia, São Francisco das Chagas, São Lázaro, Menino Jesus e Nossa Senhora dos Navegantes na zona sul da cidade; Menino Jesus de Praga, Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora das Mercês, Nossa Senhora de Nazaré, São Geraldo e São Lourenço na zona centro-sul; São Bento, Santa Clara, Santa Mônica, São Francisco e São Paulo Apóstolo na zona norte; Cristo Libertador, Nossa Senhora Mãe da Misericórdia, Nossa Senhora da Glória, São Raimundo Nonato, Santo Agostinho, Santo Antônio, Santa Luzia, São Jorge e São Vicente de Paulo na zona oeste; Nossa Senhora Auxiliadora, Cristo Redentor, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, Santa Cruz, Santa Teresinha, Santo Afonso Maria de Ligório e Ponta Negra na zona centro-oeste da cidade; as paróquias Divino Espírito Santo, Nossa Senhora Mãe dos Pobres, Nossa Senhora das Graças, São José Operário, Domingos Sávio e Santos Mártires na zona leste, além de diversas comunidades.[48]

Protestantes

A cidade possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Igreja Presbiteriana, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil Para Cristo, Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja de Deus Pentecostal do Brasil, Igreja Metodista, a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, os Santos dos Últimos Dias, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, a Igreja Batista, a Igreja Assembléia de Deus, a Comunidade Casa de Oração, o Ministério Internacional da Restauração, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Igreja Universal do Reino de Deus, as Testemunhas de Jeová dentre outras. Há um considerável avanço dessas Igrejas, principalmente na periferia da cidade.

O Templo de Manaus, o primeiro templo operado por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias na região Norte e o sexto no Brasil, está em construção desde 2007 [49]. Foi o primeiro templo Mórmon construído na Amazônia. O templo inclui um centro de visitantes aberto ao público. No Brasil, além de Manaus, apenas São Paulo, Recife, Campinas, Porto Alegre, Curitiba e Fortaleza possui um templo mórmon.

Política

Política de Manaus
Ficha técnica
Prefeito Amazonino Mendes (PTB).
Vice-prefeito Carlos Souza (PP)
Vereadores 38
Página governamental
Endereço http://www.manaus.am.gov.br

O poder executivo da cidade de Manaus é representado pelo prefeito e seu gabinete de secretários municipais, seguindo o modelo proposto pela Constituição Federal.

O poder legislativo é representado pela câmara municipal,[50] composta por 38 vereadores eleitos para cargos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição, que disciplina um número mínimo de 33 e máximo de 41 para municípios com mais de um milhão de habitantes e menos de cinco milhões).[51] Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o Orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias). Devido ao poder de veto do prefeito, em períodos de conflito entre o Executivo e o Legislativo, o processo de votação deste tipo de lei costuma gerar bastante polêmica.

Câmara Municipal

Ver artigo principal: Câmara Municipal de Manaus

O prefeito atual de Manaus é Amazonino Mendes (PTB). O presidente da câmara municipal é o vereador Luiz Alberto Carijó (PTB). Manaus possui atualmente, 38 vereadores na Câmara Municipal de Manaus.

Prefeitos

Relações internacionais

Consulados

América
Ásia
Europa

Cidades-irmãs

Cidades-irmãs é uma iniciativa do Núcleo das Relações Internacionais da Prefeitura de Manaus, que busca a integração entre a cidade e demais municípios nacionais e estrangeiros.

A integração entre os municípios é firmada por meio de convênios de cooperação, que têm o objetivo de assegurar a manutenção da paz entre os povos, baseada na fraternidade, felicidade, amizade e respeito recíproco entre as nações.

América
Ásia
Europa

Subdvisões

Subdivisões de Manaus
Ficha técnica
Região metropolitana Grande Manaus.
Regiões administrativas norte, sul, centro-sul, oeste, centro-oeste, leste e rural.
Bairros oficiais 67
Bairros não-oficiais 81
Distritos Integrados de Polícia 16
Distrito Integrado de Infraestrutura 12

Região metropolitana

Ver artigo principal: Região Metropolitana de Manaus
Imagem de satélite correspondente à Região Metropolitana de Manaus.

A Região Metropolitana de Manaus (RMM), que conta com 2.006.870 habitantes (conforme contagem populacional do IBGE em 2008),[1] é uma região metropolitana brasileira que reúne oito municípios do estado do Amazonas, porém sem conurbação. Em agosto de 2007 foi deflagrado o processo licitatório para as obras de construção da ponte sobre o rio Negro, que ligará a capital Manaus ao vizinho município de Iranduba (D.O.U., de 15.8.2007). A referida ponte permitirá uma maior integração entre os municípios que compõem a RMM. Entretanto, a Região Metropolitana de Manaus é a décima-segunda maior aglomeração urbana do Brasil e a segunda maior da Região Norte. A região metropolitana da cidade é o 222º maior aglomerado urbano do mundo.[76]

Regiões

Localização População Área
Zona est. de 2017 em km²
Centro-Oeste 175 353 18
Centro-Sul 180 577 35,5
Leste 529 543 155,68
Norte 592 325 98,76
Oeste 299 782 128,29
Sul 338 074 47,07
2 130 264 483
Fonte: SEDECTI[77]

Manaus divide-se em sete regiões: Norte, sul, centro-sul, leste, oeste, centro-oeste e a rural.

A região leste da cidade é a maior em extensão territorial e a mais populosa, com aproximadamente 600.000 habitantes (2007). Porém, é a região norte da cidade que possui o maior índice de crescimento populacional e habitacional nos últimos anos, além de possuir o maior bairro da cidade, a Cidade Nova.

A região centro-sul manauense é a de maior renda per capita, abrigando grande parte dos centros comerciais da cidade. Também é a menor região da cidade em extensão territorial.

Bairros

Ficheiro:Prediospontanegra.jpg
Ponta Negra, bairro nobre em Manaus, localizado na região oeste da cidade.

O primeiro bairro criado em Manaus foi o Educandos.[78] Somente a partir daí as demais áreas da cidade passaram a receber ocupação humana, com a chegada de migrantes e pessoas vindas de outras regiões do Brasil.

Manaus possui o maior bairro da região norte brasileira, o bairro Cidade Nova, que possui 264.449 habitantes, mas estima-se que sua população ultrapasse os 300.000 habitantes. A Cidade Nova é maior que todos os municípios do interior do Amazonas.[79]

Com a permanência e o fortalecimento da Zona Franca de Manaus, a cidade começou a receber investimentos e constantes migrações de pessoas de várias regiões do país. Assim, inúmeros bairros foram surgindo na cidade, muitos surgiram de invasões de terra.

Com a publicação da Lei n° 1.401/10, de 14 de janeiro de 2010, o mapa geográfico de Manaus ganhou sete nove bairros oficiais, resultado da divisão dos três maiores bairros da cidade em extensão territorial. O primeiro bairro criado através da lei foi o Distrito Industrial II, resultado da divisão do bairro Distrito Industrial. O Distrito Industrial II integra a zona leste da cidade. Outro bairro criado a partir da lei, é o Tarumã-Açú, originário da divisão do bairro Tarumã, que até então era o maior bairro da cidade. Com a modificação, o Tarumã passa a ser o quarto maior bairro em área territorial.

A Cidade Nova, o bairro mais populoso, também foi dividido e originou três novos bairros: o Nova Cidade, que ainda não era reconhecido como bairro oficial, e o Novo Aleixo e Gilberto Mestrinho, que receberam o status de bairro oficial. Sendo assim, a Cidade nova deixou de ser o terceiro maior bairro da cidade e perdeu uma área de mais de 3.705 hectares. Por fim, a comunidade Lagoa Azul, também foi reconhecida como bairro através da Lei.

Administrações regionais

Manaus é dividida em administrações regionais (administrações criadas pelas secretarias municipais, porém, tais administrações não possuem status de subprefeituras), que organizam os bairros da cidade. Essas divisões foram feitas principalmente nas duas regiões mais populosas da cidade, as zona norte e zona leste.

  • Nova Cidade, compreendendo 4 bairros da zona norte: Nova cidade, Santa Etelvina, Colônia Terra Nova e João paulo. A região tem se desenvolvido bastante ao longo dos anos, por se tratar da região com maior crescimento populacional da cidade. A população supera os 100.000 habitantes, por compreender que é atualmente a zona administrativa da cidade que possui o maior crescimento populacional.
  • Tarumã, compreende todo o bairro do Tarumã - maior bairro de Manaus em área territorial - e mais os bairros de São Pedro, Campos Sales, Parque Riachuelo e Jesus me Deu. É uma das maiores áreas da cidade, com grande parte de seu território em área verde. A subdivisão foi criada recentemente, através da Lei n° 1.401/10, de 14 de janeiro de 2010. Possui aproximadamente 20.000 habitantes, com destaque para o bairro Campos Sales, que possui 8.000 habitantes.

Principais ruas e avenidas



Av. Umberto Calderaro Filho


Economia

Ver artigo principal: Economia do Amazonas

Manaus é um dos maiores centros industriais do Brasil. As mais importantes indústrias da cidade são a fabricação na área de transportes e comunicações. A energia proveniente do gás natural da região possibilita à algumas áreas o crescimento no setor industrial , visando à exportação. Grande parte das indústrias está localizada próxima à fonte de matérias-primas como a extração de minerais e madeiras, com pequeno beneficiamento dos produtos. A cidade apresentou estabilidade econômica e industrial no último semestre de 2009 [80]. A cidade é responsável por 98% da economia do Amazonas[16], enquanto este responde por 55% da economia da Região Norte do Brasil. [16]

A maior parte das fábricas e indústrias estão localizadas no Distrito Industrial, ao sul da cidade.

Manaus é o maior centro industrial brasileiro de fabricação de eletrônicos, que inclui desde celulares até televisores e computadores modernos. Além da atuação de eletrônicos, outra indústria que vem ganhando destaque na cidade é a da construção. Outras indústrias na cidade são a produção de tecidos, produtos químicos e alimentícios.

O gasoduto Coari-Manaus, que leva o gás natural da província do Urucu em Coari, já opera comercialmente. O gasoduto tem 670 quilômetros de extensão e deverá transportar em sua primeira fase de operação, 4,7 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. A principal finalidade do insumo é a produção de energia elétrica em termelétricas, para atender a cidade e municípios vizinhos.[81]

O desenvolvimento rápido de Manaus para uma cidade de grande porte deu-se principalmente através da dispersão das indústrias na área industrial da cidade. Apesar de a indústria ainda responder por grande parte da economia da cidade e também do Amazonas, no entanto, a importância da indústria nos últimos anos, diminuiu significativamente. Responsável por isso é o crescimento de outras áreas econômicas, como a construção civil, turismo, desporto e serviços.

Zona Franca de Manaus

Ver artigo principal: Zona Franca de Manaus

A Zona Franca de Manaus (ZFM), também conhecida como Polo Industrial de Manaus, é um centro financeiro (o principal da região norte do Brasil) implantado pelo governo brasileiro objetivando viabilizar uma base econômica na Amazônia Ocidental, promover a melhor integração produtiva e social dessa região ao país, garantindo a soberania nacional sobre suas fronteiras. A mais bem-sucedida estratégia de desenvolvimento regional, o modelo leva à região de sua abrangência (estados da Amazônia Ocidental: Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima e as cidades de Macapá e Santana, no Amapá[82]) desenvolvimento econômico aliado à proteção ambiental, proporcionando melhor qualidade de vida às suas populações. Recentemente o Polo Industrial de Manaus garantiu parcerias com a República Checa.[83]

Centros comerciais

Millenium, um dos shoppings centers em Manaus.

Variedades de opções de entretenimento podem ser encontrados por Manaus. Além das clássicas conhecidas zonas comerciais, a cidade possui vários centros comerciais, algumas das quais são adjacentes às ruas. Teatros tradicionais, cinemas, bares com Karaokê, discotecas, pistas de boliche e uma abundância de opções de compras proporcionam lazer para os habitantes e turistas. A cidade possui um comércio bem diversificado, bastante influenciado pela Zona Franca de Manaus, com destaque para os produtos produzidos no PIM. Também é notável o artesanato de Manaus e região, com influência direta dos nativos indígenas e os caboclos[84]. A comercialização dos produtos artesanais é feita em praças do Centro Histórico da cidade, e também em hotéis de selva localizados na Grande Manaus. O comércio popular é muito comum em bairros de baixa renda sitados nas zonas leste e norte. A maior área de comércio popular localiza-se entre os bairros de São José Operário, Amazonino Mendes e Jorge Teixeira, especificamente na Feira do Produtor e Feira do Mutirão. A cidade também possui áreas de comércio mais luxuosas, situadas principalmente na zona centro-sul da cidade. Shoppings Centers na cidade também são uma das maiores opções de compras, com destaque para o Manauara Shopping e o Amazonas Shopping, sendo o Manauara Shopping o maior shopping center da região norte brasileira.

Na subúrbio da cidade também são encontradas diversas áreas comerciais de origem popular, com destaque para a feira do mutirão, feira do produtor e feira da panair.

Refinaria Isaac Sabbá

Ver artigo principal: Refinaria Isaac Sabbá

Localizada na área ribeirinha de Manaus, a refinaria pertence atualmente à Petrobras. Possui capacidade instalada para 46 mil barris/dia[85]. Com o nome de Companhia de Petróleo da Amazônia, a refinaria foi instalada às margens do Rio Negro por Isaac Benaion Sabbá em 6 de setembro de 1956, porém a sua inauguração oficial ocorreu apenas em 3 de janeiro de 1957, tendo sido inaugurada por Juscelino Kubitschek[85], visando estimular a região que ainda sentia os efeitos negativos da crise da época da borracha. Em 1971, a Petrobras assumiu o controle acionário da companhia[85], que passou a se chamar Refinaria de Manaus (Reman). Em homenagem ao pioneirismo de seu fundador, em 1997 a Petrobras rebatizou-a como Refinaria Isaac Sabbá - UN-Reman. Seus principais produtos e distribuídos são gás de cozinha, gasolina, querosene, querosene de aviação, diesel, óleos combustíveis, asfaltos e álcool.

Setor primário

O município de Manaus concentra quase toda a sua população na área urbana, tendo, portanto, uma reduzida atividade no setor primário. A pouca atividade agropecuária se concentra ao longo das rodovias BR-174 e AM-010.

Em relação à agricultura, têm crescido muito as plantações de soja. Além da soja, outras culturas muito comuns na região são o arroz, o guaraná, a mandioca, o cacau, o cupuaçu, o coco e o maracujá. O Extrativismo vegetal - uma atividade econômica ainda muito marcante na região - já foi mais expressiva na cidade, porém, perdeu importância econômica nos últimos anos, principalmente após a instalação do Polo Industrial de Manaus em 1967. Atualmente a madeira é o principal produto extrativo do município.

Turismo

Teatro Amazonas por outro ângulo.
Ponte de Ferro Benjamin Constant à noite.
Mercado Municipal Adolpho Lisboa.
Encontro das Águas.
Museu de Ciências Naturais da Amazônia: um dos marcos da população japonesa no Amazonas.

Manaus foi uma das primeiras cidades brasileiras a possuir o AmazonBus, veículo oferecido aos turistas que visitam à cidade aos moldes de veículos turísticos que já operam em cerca de setenta cidades turísticas do exterior. O AmazonBus percorre 40 pontos turísticos manauenses. Dentre os incluídos no roteiro, estão o Teatro Amazonas e a Praia da Ponta Negra.[86][87] A região recebeu o prêmio de melhor destino verde da América Latina, prêmio este concedido em votação feita pelo mercado mundial de turismo, durante a World Travel Market, ocorrido em Londres em 2009[88]. Um estudo realizado em 2010 pelo FECOMERCIO - Federação de Pesquisas Empresarias do Amazonas - revelou que aproximadamente 39,7% dos turistas nacionais que visitam Manaus desaprovam o transporte público oferecido na cidade[89]. Além do transporte público, outros problemas também foram apontados pelos turistas nacionais, como asfaltamento (38,7%) e telecomunicações (23,9%)[89]. O turismo estrangeiro apontou como principal fator negativo na cidade o asfaltamento, com 30,7%[89]. De maneira geral, o turismo em geral foi avaliado como satisfatório, com 92,4% entre os turistas nacionais e 94% entre os turistas estrangeiros. [89]

Estrutura urbana

Educação

Manaus tem uma série de instituições de ensino, incluindo algumas das maiores universidades do Norte do Brasil. A cidade também possui uma infinidade de escolas primárias e secundárias. A prefeitura da cidade, através da Secretaria Municipal de Educação, mantém 424 escolas no município[92]. Em 2009, Manaus foi uma das cidades brasileiras com maior número de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com 93.112 inscritos, perdendo apenas para o Rio de Janeiro (110.979), Salvador (131.468) e São Paulo (234.173).[93]

A cidade é um importante centro educacional de nível médio e superior do estado do Amazonas. A cidade é sede do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), que oferece cursos em diferentes níveis: ensino médio e ensino técnico. Concentra, ainda, a maior parte das faculdades públicas e particulares do estado. As principais são:

Universidade públicas
  • Universidade Federal do Amazonas (UFAM): instituição de referência de ensino superior, conta com 645 grupos de pesquisa em 65 cursos de graduação. A Universidade Federal do Amazonas é considerada a primeira universidade brasileira, pois originou-se da Escola Universitária Livre de Manáos, criada em 17 de janeiro de 1909[94]. Mesmo com a extinção da Escola, permaneceu a Faculdade de Direito, que deu continuidade ao modelo da atual UFAM. O fato foi registrado em 1995 no Guinness Book, o livro dos recordes. [94]
  • Universidade do Estado do Amazonas (UEA): é uma instituição pública estadual de ensino superior, que oferece mais de vinte cursos distribuídos em dezessete cidades amazonenses (Manaus, Parintins, Presidente Figueiredo, Itacoatiara, Carauari, Tabatinga, Tefé, Lábrea, Boca do Acre, Coari, Eirunepé, Humaitá, Manicoré, Manacapuru, Novo Aripuanã, Maués e São Gabriel da Cachoeira). Foi criada pela lei estadual n.º 2.637 de 12 de janeiro de 2001,.que proporcionou às fundações educacionais de ensino superior instituídas pelo estado.
  • Instituto Federal do Amazonas (IFAM): O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas foi criado mediante integração do Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas e das Escolas Agrotécnicas Federais de Manaus e de São Gabriel da Cachoeira. Sua Reitoria está instalada em Manaus.
Universidades privadas

Saúde

Ficheiro:VisaoAerea-FHAJ.JPG
Fundação Hospital Adriano Jorge.

Para garantir a prestação de serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde da população, Manaus conta com 9.299 servidores e ainda com uma rede composta por 1 maternidade, 1 central SAMU-192 com oito bases descentralizadas (18 ambulâncias de suporte básico, 05 de suporte avançado e duas ambulanchas de suporte avançado), um SOS social, dez serviços de pronto atendimento (SPAs), oito policlínicas, um centro de referência em saúde do trabalhador, um serviço de fisioterapia, três centros de especialidades odontológicas, dois centros de apoio diagnóstico distritais, um laboratório de citopatologia, um laboratório de vigilância em saúde, um centro de controle de zoonoses, uma central de medicamentos, 46 unidades básicas de saúde, três módulos de saúde da família, 20 postos de saúde rural e 158 unidades básicas de saúde da família, todas distribuídas nos distritos de saúde norte, sul, leste, oeste e rural.[95]

A cidade tem 24 hospitais[96]. O Ministério da Saúde investe cerca de R$ 100 milhões na região para combater os casos de malária[97]. A meta é reduzir em 50% os registros de malária nesses 47 municípios, que foram responsáveis pela transmissão de quase 70% dos casos da doença no Brasil em 2007. A região responde por 99% dos casos de malário do país[98]. A mortalidade infantil é de 22,7 por mil habitantes[16], enquanto a média nacional é de 29,2 por mil habitantes[16]. É referência na Região Norte do Brasil em tratamentos de câncer. Abaixo temos alguns hospitais de Manaus:[96]

  • FCECON - Centro de Controle de Oconlogia
  • FHEMOAM - Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas
  • Clínica Bom Jesus
  • Clínica Dr. Alindo Frota
  • Clínica São Lucas
  • CLINICOR - Clínica Cardiológica de Manaus
  • Hospital e Pronto socorro Dr. João Lúcio Pereira Machado
  • Hospital Adventista de Manaus
  • Hospital Check Up
  • Hospital da Polícia Militar
  • Hospital de Custódia
  • Policlínica Cardoso Fontes
  • Hospital Dr.Geraldo da Rocha
  • Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto
  • HUFM - Hospital Universitário dona Francisca Mendes
  • FHAJ - Fundação Hospital Adriano Jorge
  • Hospital Geral de Manaus - HGeM (Hospital do Exército)
  • Hospital Infantil Dr. Fajardo
  • Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro
  • Hospital Santa Júlia
  • Hospital São José
  • FMTAM - Fundação de Medicina Tropical do Amazonas
  • Hospital Universitário Getúlio Vargas - HUGV
  • SPA e Policlínica Danilo Corrêa
  • SPA e Hospital dr. Aristóteles Platão Bezerra de Araújo
  • SPA e Policlínica dr. José Lins
  • SPA do Coroado
  • SPA do São Raimundo
  • SPA, Hospital e Maternidade Chapot Prevost
  • SPA Joventina Dias
  • SPA Zona Sul
  • SPA Eliameme Rodrigues Mady
  • SPA Alvorada

O crescimento da taxa de incidência da Aids em Manaus foi de 149,1% de 1997 a 2007. Na lista das 39 cidades brasileiras com 500.000 habitantes ou mais que apresentaram crescimento na taxa, Manaus ficou na 5ª posição, ficando atrás de Belém (230%), Teresina (254%), São Luís (272,1%) e Ananindeua (380%).

Segundo o Ministério da Saúde, no ranking das capitais, Manaus apresenta a sexta maior taxa de incidência da aids, com 33,1 casos por grupo de 100.000 habitantes. Porto Alegre lidera o ranking, com uma taxa de 111,5, seguida de Florianópolis (57,4) e Porto Velho (38,1).

Comunicações

Manaus recebe sinais de televisão aberta de várias emissoras brasileiras, além de ser sede da Rede Amazônica, afiliada da Rede Globo. Foi fundada em 30 de setembro de 1968, sendo a mais antiga emissora afiliada da Região Norte do Brasil. [99].

A cidade também possui a Rede Calderaro de Comunicação, que veicula a TV A Crítica, afiliada da Rede Record; a TV Bandeirantes Manaus - antiga TV Rio Negro - emissora da própria Rede Bandeirantes; a TV Em Tempo, afiliada do SBT; TV Cultura do Amazonas, afiliada à TV Brasil; e TV Boas Novas Manaus, afiliada à Rede Boas Novas.


Segurança pública

Por força da Constituição Federal do Brasil, a Guarda Municipal de Manaus possui a função de proteger os bens, serviços e instalações públicas. Ainda, atendendo o interesse público e no exercício do seu poder de polícia, atua na prevenção e repressão de alguns crimes, especialmente contra bens e serviços públicos, podendo inclusive prender em flagrante delito os infratores e conduzi-los até a presença de um delegado de polícia, de acordo com o disposto na lei processual penal.

Criminalidade

Manaus ocupa a 2ª posição na lista das cidades mais violentas do Norte do Brasil. Entre as capitais, é a oitava menos violenta, registrando, em 2006, índices de homicídios superiores apenas aos de Boa Vista, Palmas, Natal, São Paulo, Goiânia, Rio Branco e São Luís[100][101] A taxa de homicídios na capital amazonense também é substancialmente menor que a de outras metrópoles como Recife (90,9), Curitiba (49,3) e Belo Horizonte (49,2),[100] e inferior à do Rio de Janeiro (37,7).[100] Índices de criminalidade, como o homicídio, têm diminuído continuamente por 8 anos.

Forças Armadas

Ver artigo principal: Comando Militar da Amazônia

O Exército Brasileiro, desde 1949, conta com aproximadamente 1000 homens no então Comando de Elementos de Fronteira [102]. Dispõe, hoje, no atual Comando Militar da Amazônia, criado em 1969[103] e desde então sediado em Manaus[103], de um efetivo aproximado de 22 mil homens que têm como missão principal guarnecer o arco amazônico de fronteiras, com 11.248 quilômetros, acrescidos de 1.670 quilômetros de litoral.[102]

Além das operações militares propriamente ditas, cabe ao Exército, na Amazônia, cooperar no desenvolvimento de núcleos populacionais mais carentes, na faixa de fronteira. Assim é que, em todos os pelotões de fronteira, funcionam normalmente escolas de primeiro grau e subordinadas ao Comando Militar de Tabatinga temos escolas de primeiro e segundo graus.

Transporte

Porto de Manaus.
Porto de Manaus visto sob um outro ângulo.
Barco no rio Amazonas. O transporte fluvial nessa região é muito comum, pois existem poucas estradas.

Manaus possui uma frota de mais de 400 mil veículos [104]. O congestionamento de veículos na cidade é recorrente, principalmente, mas não restrito, aos horários de pico. Desde 2008, a Prefeitura adota medidas paleativas para amenizar os problemas causados pelo trânsito, como a restrição de estacionamentos (Zona Azul) e de circulação de caminhões e veículos de carga. O recorde de congestionamento da cidade foi o de 6 km, em julho de 2007.

Hoje, como medidas para solucionar o problema do trânsito, estuda-se a construção do metrô de superfície, a construção de mais corredores de ônibus, o alargamento da Avenida Torquato Tapajós e da Alameda Cosme Ferreira. Em dezembro de 2009, foi inaugurado pela prefeitura da cidade o Viaduto Efigênio Sales. Em janeiro, foi inaugurado o Complexo Viário Gilberto Mestrinho, que interliga as zonas leste, sul e centro sul. Há ainda, a construção da Avenida das Torres, planejada para interligar as zonas norte, leste e sul da cidade.

A utilização de bicicletas como meio de transporte na cidade é bastante reduzida. O relevo acidentado e a falta de ciclovias inibem o crescimento do uso do transporte. As ciclovias só são encontradas em pontos estratégicos da cidade. O Parque Ponte dos Bilhares possui a maior rede de ciclovia do município, também sendo a mais frequentada pelos ciclistas. A Praia da Ponta Negra também possui uma considerável rede de ciclovia.

A cidade de Manaus sofre com um problema bem comum relativo às metrópoles brasileiras: o grande congestionamento de carros em seus principais logradouros.

O transporte coletivo, no entanto, ainda representa um papel fundamental no dia-a-dia da metrópole. Manaus possui uma grande estrutura de linhas de ônibus itinerários e coletivos. Para facilitar o transporte na cidade, a prefeitura permite a atuação de micro-ônibus, vans e lotações nas regiões norte e leste da cidade. Antes, as vans e lotações funcionavam clandestinamente, porém a prefeitura da cidade recadastrou-as e foram organizadas em cooperativas e associações. O transporte coletivo de passageiros em vans ou peruas é proibido em Manaus. A atuação de perueiros e vans clandestinas é mais intensa nas regiões norte, leste e oeste da cidade. Atualmente, estima-se que há apenas 7% de clandestinos circulando nessas regiões, principalmente nos horários de grande congestionamento, pela parte da manhã e noite. Na região leste, todos os bairros que pertecem à região são beneficiados com o transporte terceirizado, por se tratar de uma região com população superior aos 500 mil habitantes. Agora, na região norte de Manaus, apenas a Cidade Nova e alguns bairros próximos são beneficiados com o transporte alternativo de vans, por se tratar de um imenso bairro com população superior aos 300 mil habitantes.

O transporte fluvial na cidade é muito comum. A cidade conta com um grande e movimentado porto, que atende a quase toda a região Norte.O Porto de Manaus localiza-se na costa oeste do Rio Negro, na zona central da cidade de Manaus e atende os estados do Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Acre e áreas do Norte do Mato Grosso. O Porto de Manaus é um dos maiores portos fluviais do Brasil, o maior porto da Amazônia e o terceiro maior porto exportador do país. Desde 3 de dezembro de 2009, o Porto de Manaus está fechado por ordem da Marinha Brasileira, por questões de segurança e estrutura.[105]

O valor da passagem do transporte coletivo em Manaus é de R$ 2,10, sendo um dos maiores valores dentre as capitais brasileiras.[106] O Sistema de Transporte Coletivo por ônibus em Manaus transporta diariamente cerca de 700 a 800 mil pessoas e abrange quase 300 linhas itinerárias exploradas apenas por uma empresa, a TransManaus. Será construído em Manaus um Monotrilho. Terá 20 km de extensão quando pronto, de acordo com o seu projeto. Ainda de acordo com o projeto, o monotrilho terá como principal finalidade ligar a Zona Leste da cidade com o Centro Histórico, tendo como sua primeira etapa o bairro Jorge Teixeira e Cidade Nova[107]. As obras ainda não foram iniciadas. [107]

De acordo com o estudo "Espacialidade Urbana" feito pelas Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 50% da população manauense utiliza o transporte público, enquanto 30% utilizam o veículo particular e o restante faz uso da bicicleta e da caminhada para locomoção na cidade. Em contrapartida, 81% do espaço viário são ocupados por carros, contra 13% ocupados com ônibus.[108]

Aéreo

Ver artigo principal: Aeroporto Internacional de Manaus
Ficheiro:Eduardogomesairport.jpg
Aviões no pátio do Aeroporto.

O Aeroporto Internacional de Manaus - Eduardo Gomes, que serve Manaus, tem características que o equiparam em qualidade aos melhores e mais modernos aeroportos do mundo, sendo capaz de comportar qualquer tipo de avião comercial ou militar em operação ou em projeto, hoje e nos próximos anos. Pode-se dizer que o Aeroporto Internacional de Manaus - Eduardo Gomes representa para o Amazonas o elo de seu desenvolvimento e integração com o resto do Brasil e do mundo, devidamente administrado por uma organização destinada a proporcionar alto padrão de eficiência dos seus serviços e cobertura de seus custos operacionais. O aeroporto foi inaugurado no governo de Henoch da Silva Reis.[109]

Aeroporto Internacional Eduardo Gomes.

O aeroporto está situado a 14 quilômetros do centro da cidade de Manaus, possui uma pista para pouso e decolagem com 2.700m por 45m de largura (com duas cabeceiras de nºs 10 e nº 28), dois Terminais de Carga Aérea (sendo o Terminal de Carga Aérea I inaugurado em 1976, juntamente com o Aeroporto e o Terminal de Carga Aérea II inaugurado em 1980), seis pontes de embarque/desembarque (sendo cinco fixas e uma móvel), sete hangares, três salas de desembarque doméstico e uma de desembarque internacional, seis salas de pré-embarque doméstico e duas salas de pré-embarque internacional, dois terminais de passageiros (sendo um para aviação regular e outro para aviação geral), estacionamento com vagas para 341 veículos (distribuídas em onze corredores) e nove guaritas de segurança. O Aeroporto recebe cerca de 1,4 milhão de passageiros anualmente, é o maior e mais movimentado aeroporto da região Norte do Brasil, além de ser o terceiro no Brasil em movimentação de cargas segundo dados oficiais da Infraero para o ano de 2009.[20]

Rodoviário

Avenida Constantino Nery, o maior logradouro de ligação entre os bairros da Zona Norte e o Centro.

Existe uma rodoviária em Manaus, empresas de ônibus fazem rotas da capital para cidades do interior, e para as capitais Boa vista e Porto Velho. As principais rodovias são:

Com previsão para ser concluída em 2010, está em construção uma ponte sobre o Rio Negro, na rodovia AM-070, ligando Manaus a Iranduba. Será uma super ponte que terá comprimento de 3.505 metros, incluindo rampas de acesso e 73 vãos com aproximadamente 45 metros entre pilares. O trecho estaiado de 400 metros nos dois maiores vãos da ponte, terá 200 metros de comprimento. A largura total da ponte será de 20,70 metros com quatro faixas de tráfego e passeio para pedestres em ambos os lados da pista. [110]

Nos últimos dez anos, o transporte via ônibus perdeu usuários para demais meios, especialmente o transporte alternativo. Ainda assim, são cerca de 800 mil usuários/dia apenas nas linhas municipais,onde uma empresa apenas trabalha no setor, a Transmanaus Sociedade de Propósito Específico LTDA - uma sociedade formada por nove empresas.

A frota de Manaus era composta em 2008 por 285.895 automóveis e camionetes, 74.709 motocicletas, 8.764 ônibus e micro-ônibus e 30.886 caminhões [104] Chamado Executivo ou Alternativo, o transporte pelas vans só pode ser efetuado em determinadas regiões da cidade. Na região leste, os Executivos e Alternativos circulam livremente, sendo que o preço do Executivo é de R$ 3,00, enquanto nos Alternativos o passageiro paga R$ 2,10. Nas outras regiões da cidade, somente o Alternativo tem autorização para circular. Os veículos devem ser todos credenciados junto a prefeitura e os condutores devem portar o(s) contratos.

Os táxis são padronizados, de cor branca nas laterais e alguns detalhes em preto nos pára-choques. A cidade possui uma frota de grande de veículos, categorizados como comum, especial ou para deficientes. O órgão fiscalizador ainda é a prefeitura, sendo a Gerência de Táxi e transporte comercial o responsável pela operacionalidade do sistema.

A cidade tem uma razoável rede de ciclovias que, basicamente, interliga os parques e logradouros da cidade. No entanto, alguns críticos apontam que tal sistema é voltado unicamente para o lazer, não havendo um número suficiente de ciclovias para uso laboral, permitindo que trabalhadores e estudantes possam se deslocar de bicicleta e sujeitando-os a riscos por trafegarem nas pistas veiculares ou nas canaletas de ônibus expressos.

Ônibus

O sistema de ônibus de Manaus é operado pela empresa TransManaus, com quatro configurações primárias de ônibus disponívels servindo a área territorial da cidade. Manaus possui cinco grandes terminais expressos. Os grandes terminais de ônibus são:

Segregação socioespacial

Moradias a beira do rio, no bairro Educandos.

Segundo dados do Ministério das Cidades, o município apresentava até 2006 um déficit de aproximadamente 68.483 unidades habitacionais[111]. Isto equivaleria, segundo tais pesquisas, a aproximadamente 300 mil de cidadãos sem acesso à habitação formal ou em habitações precárias Erro de citação: Parâmetro inválido na etiqueta <ref>. A prefeitura mantém a desapropriação de moradias situadas à beira do igarapé do mindu[112]. A implantação de um Corredor Ecológico também está em construção no local, obra que ligará as norte e centro-sul à zona leste[112].

Invasão em uma das regiões de Manaus.

Além da dualidade centro-periferia que explicita em parte a desigualdade social na cidade, também notam-se pontos em que o contraste é visível e grupos de perfis de renda diversos convivem, como é o caso de bairros como Cidade Nova, Aleixo e São José, que apresenta conjuntos de habitação de alta renda localizados próximos a regiões de favela.

Mas outros especialistas lembram que a área da Avenida Torquato Tapajós era quase pouco habitada, devido ao terreno encharcado e insalubre daquela região próximo ao fim da área urbana. Sendo que a população construía suas moradias no bairro situado mais acima, a Santa Etelvina. A ocupação da avenida se processou após ocorrerem investimento imobiliários particulares que consistiam na construção de diversos condomínios e escritórios, que mudaram o perfil daquela região. O Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) firmaram um termo com o objetivo de viabilizar projetos de infraestrutura para Manaus, sobretudo para o programa de revitalização do Centro de Manaus.[113]

Devido a crescente degradação do centro da cidade, alguns projetos de reurbanização, requalificação e revitalização têm sido sugeridos. Bairros situados fora do centro expandido como Japiim que anos atrás abrigavam uma população pobre e operária, e nos quais há poucos anos havia falta de infra-estrutura básica, sofreram uma grande mudança econômica. Hoje tais bairros dispõem de equipamentos comerciais e de algum investimento infra-estrutural. Outros estudiosos creditam ao grande crescimento econômico ocorrido na década de 1970 (apelidado de "milagre econômico") e com a chegada de milhares de migrantes, nordestinos e paulistas em grande parte, à procura de melhores condições de vida a causa dos problemas de segregação.

Atualmente, Manaus possui apenas 80% de coleta e tratamento de esgoto sanitário[114]. Atualmente a cidade conta com 36 estações de tratamento de água e esgoto, dos quais 25 estão em operação, duas desativadas e nove sem funcionamento[114].

O abastecimento de água na cidade é realizado pela empresa Águas do Amazonas. A distribuição de energia elétrica é realizada pela empresa Amazonas Energia.

Cultura e sociedade

Teatro Amazonas, o principal símbolo cultural da capital amazonense.

A cultura do município, assim como a cultura do Amazonas, foi largamente influencidada pelos povos nativos da região e pelos diversos grupos de imigrantes e migrantes que ali se estabeleceram, principalmente espanhóis[115]. Manaus tornou-se uma cidade com ampla miscigenação cultural e diversificadas culturas. Os nordestinos que migraram para a Amazônia no fim do Século XIX e início do Século XX, atraídos pelo Ciclo da Borracha, também contrbuíram para a formação da cultura municipal[116]. Tudo isso, gerou em Manaus uma cultura mestiça, e com grande contribuição e permanência da cultura indígena[116]. Manaus possui uma ampla rede de teatros, casas de show e espetáculos. Instituições de ensino, museus e galerias de arte não raro empregam superlativos em suas descrições (sedia, por exemplo, o Teatro Amazonas - um dos mais belos teatros da América Latina - a Universidade Federal do Amazonas a primeira universidade criada no Brasil, no ano de 1909, antes chamada de Escola Universitária Livre de Manaós - o Museu do Homem do Norte - o maior museu do Norte do país que divulga a identidade étnica cabocla.[117]

Culinária manauara

Cupuaçu, fruta típica do Amazonas.

A culinária manauara é caracterizada pela utilização de uma grande variedade de peixes provenientes da própria bacia do rio Amazonas. Entre os destaques, podemos encontrar o "pirarucu de casaca"[118] feito com o peixe pirarucu e banana pacovã, o tambaqui grelhado, ou a famosa caldeirada de tambaqui, muito popular entre os habitantes[119]. Outros peixes como pacu, matrinchã, curimatá e jaraqui, também são de grande apreço da população. Manaus é uma das maiores cidades mundiais em consumo de proteína animal (peixe)[120]. Cerca de 14% de sua população consome proteína animal (peixe) por dia. [120]

A tapioca, tipo de crepe feito com goma de mandioca é altamente consumida em cafés regionais e pode ser consumida com queijo, tucumã, coco etc.

Ingredientes como coentro, cominho, óleo de dendê, tucupi, pimenta de cheiro, além da farinha de mandioca, também denominada de farinha d'água ou amarela, são frequentemente utilizados. Uma grande variedade de frutas da região também são bastante apreciadas na cidade, como a graviola, o cupuaçu, o açaí, o jenipapo, o bacuri, a pupunha, o abiu e o tucumã.

Música

Na música, os destaques da capital são: o boi-bumbá, o forró, o samba e a ópera.

  • O Boi-bumbá é um estilo musical proveniente de Parintins, cidade no interior do Amazonas, que conta com danças folclóricas com temática indígena e ribeirinha e com um Festival Folclórico no mês de junho; em Manaus ocorrem os ensaios dos bois Garantido e Caprichoso antes do Festival Folclórico de Parintins em junho, o Carnaboi logo antes do Carnaval e com o Boi Manaus no mês de outubro, quando se comemora oficialmente o aniversário da cidade (24 de outubro).
  • O forró é um estilo musical que foi trazido pelos nordestinos que vieram na época da borracha e depois dela. Em Manaus o forró recebeu uma nova roupagem com danças acrobáticas só encontradas nesta capital. Existem várias casas noturnas e bandas locais que são especializadas no estilo.
  • Manaus é tida como a segunda capital do samba, após o Rio de Janeiro.[121][122] No Carnaval há o Desfile das Escolas de Samba de Manaus e no final do ano há o maior evento de samba do Brasil, o Samba Manaus, com 18 atrações locais e nacionais. Os desfiles ocorrem no Centro de Convenções, o Sambódromo de Manaus, com capacidade para mais de 100 mil pessoas.
  • Durante os meses de abril e maio, Manaus é transformada na capital brasileira da ópera, devido sediar o maior evento do porte na época. O evento conta com a participação de celebridades internacionais.[84]
  • A cidade sedia o XI Festival Amazonas de Ópera.

Manaus conta ainda com uma das noites mais movimentadas do Brasil em termos de festas e eventos de todas as naturezas. Casas noturnas abrem as portas de segunda a segunda.

Há também a presença de várias bandas locais nas noite de Manaus.

Um espetáculo de tango, em meio a um desfile de Moda em Manaus, 2006.

Bandas que se destacam entre os jovens, são disputadas por donos de casas noturnas e tornam-se sucesso até mesmo em outros estados. Alguns exemplos são a JukeBox (rock-pop), Zona Tribal (rock alternativo), Soda Billy (jazz, blues, rock), Tulipa Negra (jazz, blues), Casulo (reggae), Jonhy Jack Mesclado (reggae), Belladona (rock em geral), Rádio Ativa (rock nacional), Glory Opera (power metal), Mortificy (Death metal), Snatch (Metal alternativo), entre outras.

Durante os meses de abril e maio acontece o Festival Amazonas de Ópera[123], com a montagem de obras famosas, envolvendo artistas renomados e com apresentações no Teatro Amazonas e no Largo de São Sebastião.

Artes cênicas

Teatro Amazonas visto por dentro.

Manaus é sede, todos os anos, do Amazonas Film Festival, promovido pelo governo do estado e com a participação de atores das Rede Globo, Record e atores de Hollywood[124]. O Amazonas Film Festival é um festival internacional que destaca filmes de aventura em todas as suas manifestações. Esses filmes retratam, em grande parte, a realidade amazônica, principalmente amazonense. Filmes produzidos que abordam várias temáticas em relação à Amazônia, principalmente no quesito desmatamento[124]

O Liceu de Artes e Ofício Cláudio Santoro e a Universidade do Estado do Amazonas são algumas das instituições de ensino público que oferecem cursos na área de artes cénicas.

Museus

A cidade possui grandes museus. Os principais são:

  • Museu do Índio: É o maior e mais amplo museu da história indígena no Brasil[125]. O museu tem em seu acervo cerca de três milhares de peças produzidas por tribos da Amazônia.
  • Museu do Homem do Norte: Fundado em 13 de março de 1985, o museu é mantido pela Fundação Joaquim Nabuco e possui um acervo dando ênfase a vida do homem na região norte do Brasil, focalizando o modo de vida, usos e costumes presentes na cultura e as atividades econômicas principais da Amazônia Legal, como a juta, borracha, castanha, pesca e guaraná, dando destaque para produtos típicos da região.[117]
  • Museu Amazônico da Universidade Federal do Amazonas: Atua com o objetivo de dar apoio à pesquisa, ao ensino e à extensão nas áreas fundamentais para o conhecimento da Amazônia e de suas culturas. Sua história remonta a 1975, quando foi criado através do artigo 8º do Estatuto da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).[126]
  • Museu de Ciências Naturais da Amazônia: É administrado pela Associação Naturalista do Amazonas. No acervo do Museu, há muitos animais da floresta amazônica empalhados e várias espécies de peixes. Entre eles, destacam-se os piraíbas, tucunarés e tambaquis.[127]
  • Museu de Numismática do Amazonas: Tem sua origem na coleção de moedas, cédulas e documentos históricos, organizada pelo comerciante amazonense Bernardo D'Azevedo da Silva Ramos. Estudioso e fascinado pela Numismática, Bernardo viajou por vários países, seguidas vezes, adquirindo peças para sua coleção particular. Em 1898 adquiriu a valiosa coleção e respectiva biblioteca especializada[128], do humanista pernambucano Cícero Peregrino Dias, enriquecendo ainda mais o seu acervo pessoal. O Governo do Amazonas, através da Lei nº296 de 6 de outubro de 1899, autorizou a compra da coleção numismática de Bernardo Ramos para o estado.[128]
  • Museu do Porto: Mantém em exposição cerca de 300 peças que contam a história do Porto de Manaus, da navegação e do comércio no período áureo da borracha.[129]
  • Museu Tiradentes: Situado na Praça Heliodoro Balbi, tem o objetivo de mostrar a história da Polícia Militar do Amazonas[130]. Conta com exposição de móveis, armaduras do século XVI, uniformes, armas, medalhas e fotografias.

Moda

O evento de moda de maior destaque em Manaus é o Estética & Moda[131], que é realizado anualmente. O evento tem por objetivo principal divulgar nacionalmente as marcas e modelos oriundos de Manaus[131] e outras cidades da Amazônia. É o maior evento de moda da Região Norte do Brasil[131] e recebe a presença de inúmeros artistas de diversas regiões brasileiras. O evento já contou com a participação de atores nacionalmente conhecidos como Malu Mader e Kayky Brito. Há também outros eventos de moda de menor destaque.

Também merece destaque a produção de jóias a partir de sementes da Amazônia e pedras semi-preciosas (ametistas, quartzo), famosa nacionalmente e internacionalmente. As jóias deste material produzidas em Manaus são facilmente encontradas na Praça Tenreiro Aranha, no Centro de Manaus. Também são encontradas no Tropical Hotel e no Museu Castelo Branco, no bairro Parque 10 de Novembro.

Eventos

Manaus realiza diversos eventos todos os anos. Alguns já são bem conhecidos pela população local. O Carnaval de Manaus é um dos maiores da Região Norte Brasileira. Desde 2002, Manaus realiza a Feira Internacional da Amazônia, evento que trata sobre problemas ambientais e que conta com a participação do governo federal, governos dos estados da Amazônia e representantes de diversos países. [132]

Esportes

Futebol

No futebol, os principais clubes de Manaus e do Amazonas são o Nacional Futebol Clube, tendo sido fundado no dia 13 de janeiro de 1913[136]. A sua sede por muito tempo ficou estabelecida na Rua Saldanha Marinho, no Centro Histórico de Manaus[136]. Décadas depois, houve a definitiva localização na rua São Luís, no bairro Adrianópolis. O Nacional fez a primeira partida Oficial do Primeiro Campeonato Amazonense de Futebol no dia 8 de fevereiro de 1914 contra o Manaós Sporting[136]. Conseguiu entre 1916 e 1920 um inédito pentacampeonato amazonense[137]. Anos mais tarde, o termo "Onde tem taça é do Naça" ganhou mais força com os inúmeros títulos regionais do clube de futebol.[137]. O "Naça" , assim como é comumente conhecido pelos amazonenses, tem como símbolo um "Leão azul". É o Clube com maior quantidade de títulos estaduais, tendo conquistado 40 títulos. Grande revelador de talentos, fez surgir uma gama de estrelas do futebol nortista, tais como Marcolino, Gatinho e Paulo Onety, na época do amadorismo da FADA (Federação Amazonense de Desportos atléticos)[137]. No final da Década de 1960, especificamente em 1969, o Nacional teve a primazia de fazer uma partida preliminar do jogo entre a Seleção Brasileira (que viria a ser tri-campeã mundial no México em 1970) e a Venezuela, em jogo válido pelas eliminatórias.[137]. Nesse jogo amistoso, o Nacional enfrentou o Maringá, onde venceu o time por 1 x 0[137].

Com a sua tradição de conquistas, na Década de 1970 conseguiu um inédito hexacampeonato (1976-1981). Jogadores como Alfredo Mostarda, Antenor (campeão brasileiro em 1977 com o São Paulo Futebol Clube) também fizeram parte do time. Em 1984 o Nacional fez uma excursão ao Marrocos no Norte da África, onde participou da Copa do Rei Fayhad, sagrando-se campeão. Antes porém, em 1980 foi campeão da Taça do Pacto Amazônico, que reuniu equipes como Fast Clube, Tuna Luso, Milionários (Colômbia), Alianza e Cristal (Peru), dentre outras equipes sulamericanas.

Temos ainda o São Raimundo Esporte Clube, fundado em 18 de novembro de 1918[138], participante da Série B do Campeonato Brasileiro de 2000 a 2006, quando foi rebaixado. O clube de futebol foi sete vezes campeão amazonense[139], três vezes campeão da Copa Norte[139], devido à sua ascensão teve um grande aumento de torcedores, sendo assim o segundo de maior torcida dentre os grandes do Amazonas, participar de uma Copa Conmebol e tendo assim seu nome lembrado fora do país.[138].

Existem ainda o Atlético Rio Negro Clube, também fundado em 1913, no mês de novembro, que é o segundo maior detentor de títulos estaduais; e o Nacional Fast Club, fundado no início dos anos 1930 a partir de uma dissidência do Nacional Futebol Clube[140], três vezes campeão da Copa Norte[140], que já conquistou seis campeonatos amazonenses, além de ter sido Campeão do Norte e vice-campeão do Norte-Nordeste em 1970[140]. Além do Estádio Ismael Benigno, conhecido como Estádio da Colina, que tem capacidade para 18 mil pessoas, (hoje em precário estado de conservação) o maior estádio do Amazonas é o Estádio Vivaldo Lima, que foi inaugurado em 1970 pela Seleção Brasileira, em seu último jogo no território nacional antes da conquista do tricampeonato mundial no México, e que pode receber até 38.000 torcedores.

No dia 31 de maio de 2009, Manaus foi escolhida como uma das 12 subsedes brasileiras da Copa do Mundo FIFA de 2014 e sediou nos dias 22, 23 e 24 de abril, o 1º Simpósio Internacional de Operações Especiais, que visa preparar o Brasil para a segurança da Copa do Mundo FIFA de 2014[141]

Manaus é uma das únicas cidades do Brasil a realizar a Copa Indígena, evento esportivo que tem como alvo os Povos Indígenas do Amazonas[142]. A cidade iniciou o evento em 2009, sendo a pioneira no Brasil na socialização indígena[142]. A Copa Indígena consiste na disputa de clubes de futebol formado apenas por índios que disputam entre si.

Feriados locais

Referências

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