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Fluminense Football Club: diferenças entre revisões

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== História ==
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Revisão das 21h55min de 1 de junho de 2013

 Nota: Se procura outros significados de Fluminense, veja Fluminense.
Fluminense
Ficheiro:Fluminense logo.png
Nome Fluminense Football Club
Alcunhas Flor
Tricolor
Flu
Fluzão
Nense
Tricolor das Laranjeiras
Máquina Tricolor
Time de Guerreiros
Pó-de-Arroz
Torcedor(a)/Adepto(a) Tricolor
Mascote Flor
Fundação 21 de julho de 1902 (122 anos)
Estádio Estádio das Laranjeiras (Sede Oficial)
Capacidade 8.000 pessoas
Localização Rio de Janeiro Rio de Janeiro RJ
 Brasil
Mando de jogo em Engenhão
Maracanã (em reformas)
Capacidade (mando) 46 931
78 838
Presidente Brasil Peter Siemsen
Treinador(a) Brasil Abel Braga
Material (d)esportivo Alemanha Adidas
Competição Campeonato Carioca
Brasil Campeonato Brasileiro


Copa Libertadores
Brasil Copa do Brasil

Basquetebol Brasil Super Copa Brasil de Basquete
Ranking nacional 1º lugar, 16208 pontos[1]
Website http://www.fluminense.com.br/
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
titular
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo
Temporada atual

Fluminense Football Club é uma agremiação polidesportiva e cultural sediada na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Foi fundado a 21 de julho de 1902. É uma sociedade civil de caráter desportivo que tem, como principal, mas não única, atividade, o futebol, sendo o primeiro colocado do Ranking da CBF 2013.

Quando Oscar Cox fundou o Fluminense Football Club em 21 de julho de 1902, numa casa localizada no número 51 da Rua Marquês de Abrantes, no bairro do Flamengo, não poderia imaginar que um clube marcado pela aristocracia logo cairia no gosto popular. Desde os seus primórdios, o "Tricolor" teve, entre seus sócios e frequentadores, representantes das famílias mais tradicionais do Rio de Janeiro. Há várias décadas, o clube se mantém entre as 12 maiores torcidas de um país com tamanho continental. A sua sede em estilo neoclássico, situada no bairro de Laranjeiras, é famosa.

O Fluminense foi a primeira associação fluminense que prosperou fundada para a prática do futebol, sendo também o decano dos grandes clubes brasileiros, inspirando a criação de vários clubes de futebol com o seu nome no Brasil e no exterior[2] tendo, em sua camisa, atualmente, as cores grená, verde e branco. As cores originais do time eram o branco e o cinza. Esse padrão inicial de cores durou apenas alguns anos, como será explicado a seguir.

Em 15 de julho de 1904, após leitura de carta de Oscar Cox e Mário Rocha, enviada da Inglaterra, na Assembleia Geral Extraordinária, o Fluminense trocou a camisa anterior, de cor cinza e branco, pela tricolor. Devido à impossibilidade de conseguir tecido na cor cinza, porque não existia no mercado, eles sugeriram as cores grená, branco e verde. A indicação foi posta em votação e aceita de imediato.

Apesar dos inúmeros serviços prestados ao esporte e à cultura do país, foram as grandes conquistas nos gramados que alçaram o Fluminense à lista de um dos clubes mais populares do Brasil. Quando o futebol ainda engatinhava no país, o clube consolidou sua condição de elite esportiva com o tetracampeonato estadual 1906-1909, alcançando o tricampeonato em 1917-1919, época em que o futebol do eixo Rio de Janeiro-São Paulo começava a levar públicos relevantes aos estádios.

O Fluminense se desprendeu da condição de ser um clube apenas da elite a partir da primeira metade da década de 1920, quando o futebol brasileiro finalmente penetrou na cultura das camadas mais populares da sociedade, tendo sido um dos baluartes na luta pela profissionalização dos jogadores em 1933, deixando de restringir a prática do futebol aos associados dos clubes ou aos falsos amadores de alguns clubes, que praticavam o então chamado "profissionalismo marrom".[3][4]

Ainda na década de 1920, o Fluminense foi considerado entidade de utilidade pública federal pelo Decreto 5 044, de 28 de outubro de 1926, conforme publicado no Diário Oficial da União de 10 de novembro de 1926, tendo conquistado a sua primeira taça internacional em 1928: a Taça Vulcain.

Destaca-se, entre as glórias tricolores, a conquista da Taça Olímpica, honraria atribuída pelo Comitê Olímpico Internacional ao Fluminense em 1949, por ser o clube um modelo de organização desportiva para todo o mundo. Somente o Fluminense, como clube polidesportivo, possui esse título, o que o torna único no cenário esportivo mundial neste quesito, dividindo esta honraria com países, federações esportivas e comitês olímpicos, entre outros.

Em 1952, quando a população ainda lamentava a perda da Copa do Mundo FIFA de 1950, o Fluminense elevou a autoestima do povo carioca conquistando, no Estádio Jornalista Mário Filho, a Copa Rio, embrião da Copa do Mundo de Clubes da FIFA. Com Castilho, Píndaro, Bigode, Telê e vários outros, com Zezé Moreira no comando, o tricolor passou por Sporting Clube de Portugal, Grasshoppers, Peñarol, Austria Vienna e, ao vencer, o Corinthians na final, conquistou essa importante taça para o Brasil.

Por ter sido o clube que mais conquistou títulos estaduais no estado do Rio de Janeiro no século XX, o Fluminense ostenta o título honorífico de Campeão Carioca do século XX.

Em 2005, o tricolor se tornou o primeiro clube do eixo Rio-São Paulo a conquistar 30 títulos estaduais, sem levar em consideração o título carioca extra de 1941.

Taças da Copa Rio e de três Campeonatos Brasileiros.

Entre suas maiores glórias no futebol estão a Copa Rio de 1952, competição mundial na época, as 4 conquistas nacionais,[5] 1970, 1984, 2010, 2012 e a Copa do Brasil de 2007, além dos Torneios Rio-São Paulo de 1957 e de 1960, na época em que estes eram os campeonatos mais competitivos do Brasil.

O Fluminense é o quinto clube que mais jogadores cedeu a Seleção Brasileira em Copas do Mundo, com trinta convocações, tendo tido um total de 92 jogadores convocados apenas considerando-se os que atuaram em jogos oficiais da Seleção Brasileira principal, ou 98 considerando os que atuaram em jogos contra clubes, combinados ou seleções regionais, isso sem considerar a destacada contribuição tricolor para as seleções olímpicas (23 jogadores nas competições olímpicas) ou pan-americanas (25 jogadores nas competições pan-americanas), números estes que não incluem outros jogadores que tenham participado de amistosos, torneios preparatórios ou competições seletivas por essas seleções.[6]

Foi o seu Estádio das Laranjeiras a primeira sede desta seleção, onde ela permaneceu invicta em 18 jogos disputados entre 1914 e 1932, e onde o Brasil conquistou os seus dois primeiros títulos relevantes no futebol, as edições da Copa América de 1919 e 1922.[7]

Também no primeiro título internacional relevante conquistado pela Seleção Brasileira no exterior, o Campeonato Pan-Americano de 1952 disputado no Chile, apenas dois anos após a traumática perda da Copa do Mundo de 1950, o Fluminense contribuiu com o seu técnico Zezé Moreira e com os jogadores Castilho, Pinheiro, Didi, titulares nas cinco partidas disputadas pela seleção canarinho, além de Bigode, no mesmo ano em que o Flu conquistaria a Copa Rio, tendo sido ainda representado por seus atletas em treze copas do mundo, fora os atletas e treinadores formados no Fluminense que serviram a Seleção após terem saído do Tricolor, entre os quais se destacam nomes como Telê Santana e Carlos Alberto Parreira, sem contar João Havelange, torcedor, ex-atleta e presidente de honra do Fluminense, que presidiria ainda a CBD e a FIFA.

Até o final da temporada de 2012, o time principal já tinha 2.754 vitórias, 1.227 empates, 1.323 derrotas, feito 10.711 e sofrido 6.546 gols em 5.304 jogos.[8] O Fluminense disputou um total de 376 partidas contra clubes, seleções ou combinados estrangeiros, com 202 vitórias, 85 empates, 89 derrotas, 786 gols pró e 481 gols contra[9] tendo sido vice-campeão da Copa Libertadores da América em 2008 e da Copa Sul-Americana em 2009.

A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro aprovou em 12 de maio de 2007 o Decreto Oficial que cria o Dia do Fluminense e dos Tricolores, que é comemorado no dia 21 de julho, data de aniversário do clube. No âmbito do estadual, no dia 12 de novembro é comemorado o Dia do Fluminense, pela Lei nº 5094 de 27 de setembro de 2007.[10]

O lema do Clube é Retumbante de Glórias, e desde 2011, é bordado na camisa e em toda a coleção da Adidas para esse ano.

História

Primeiros passos - nasce o Fluminense Football Club

Oscar Cox, fundador do Fluminense.

Corria o ano de 1901 e o jovem Oscar Alfredo Cox voltava da Suíça, onde estudou e aprendeu a gostar de futebol. Na chegada ao Brasil foi o principal responsável pela implantação do esporte no país. Em 1 de agosto de 1901, o primeiro time formado por Oscar Cox e seus companheiros partiu para Niterói para enfrentar uma equipe formada por ingleses. Sua principal realização, porém, aconteceu na data de 21 de julho de 1902, quando, junto com mais vinte integrantes, fundou o Fluminense Football Club, em uma reunião na Rua Marquês de Abrantes, 51 – então residência de Horácio da Costa Santos.

O nome Fluminense surgiu naturalmente, sem maiores debates ou discordâncias, apesar de a ideia inicial ter recaído sobre Rio Football Club. Acabou prevalecendo Fluminense, derivado do latim flūmen, que significa "rio". O termo também é usado para se referir aos nativos do estado do "Rio de Janeiro" (Flūmen Januarii, em latim).

Graças ao pioneirismo e espírito empreendedor de Oscar Cox, que implantou, difundiu e popularizou o futebol fundando o Fluminense Football Club, um dos primeiros clubes de futebol no Brasil, o esporte bretão se tornou uma paixão entre os brasileiros. Desde esta época, o Fluminense já cumpria o seu papel de protagonista no futebol brasileiro, promovendo o esporte com iniciativas pioneiras, como a promoção de partidas beneficentes.

O primeiro jogo do Fluminense Football Club foi disputado em 19 de outubro de 1902, contra o Rio Football Club, no campo do Payssandu, a primeira goleada: Fluminense 8 a 0. Em 6 de setembro de 1903, aconteceu a estreia em jogos interestaduais, com três jogos no campo do Velódromo, em São Paulo. O escrete carioca somou um empate e duas vitórias.

O público, sempre crescente, manifestava seu entusiasmo pelo futebol, o que contribuiu para o surgimento de novos clubes, fazendo, inclusive, com que em 1910 tivessem início os confrontos entre os combinados carioca e paulista. Anos mais tarde, graças à fidalguia e ao pioneirismo Tricolor, foi convocada a primeira Seleção Brasileira.

Oscar Cox, Mário Frias e C. Robinson assinavam os cartões de convocação aos interessados na reunião do dia 30 de novembro de 1901, que trataria da fundação do Rio Football Club, aquele que seria o primeiro clube da cidade exclusivo para a prática do esporte trazido da Inglaterra. Mas a ideia fracassou.

No ano seguinte, após um confronto entre os combinados do Rio e de São Paulo, na capital paulista, em que Oscar Cox deixou fora da equipe um inglês do Paissandu Atlético Clube, o barrado Mr. Makintosh, ao lado do brasileiro João Ferreira, apropriou-se do nome Rio FC e fundou o clube no dia 12 de julho.

Por isso, a convocação de Cox desta vez foi mais incisiva. O bilhete postal enviado por Álvaro Costa trazia o seguinte texto: "Fluminense Foot-Ball Club. Segunda-feira, 21 do corrente, às 8 1/2 horas da noite, haverá uma reunião na Rua Marquês de Abrantes nº 51, a fim de tratar-se da fundação deste club. Assinado: "A Comissão".

Os 20 participantes foram considerados sócios fundadores, "sem direito a regalias" e aclamaram Oscar Cox presidente. Assinaram a lista de presença, nesta ordem: Horácio Costa Santos (dono da casa), Mário Rocha, Walter Schuback, Félix Frias, Mário Frias, Heráclito de Vasconcellos, Oscar A. Cox, João Carlos de Mello, Domingos Moitinho, Louis da Nóbrega Júnior, Arthur Gibbons, Virgílio Leite, Manoel Rios, Américo da Silva Couto, Eurico de Moraes, Victor Etchegaray, A. C. Mascarenhas, Álvaro Drolhe da Costa, Júlio de Moraes e A. H. Roberts. A missão passara a ser encontrar um campo para jogar.

O Fluminense Football Club foi fundado na casa de Horácio da Costa Santos, na Rua Marquês de Abrantes, número 51, bairro do Flamengo no Rio de Janeiro. A sessão de fundação, realizada em 21 de julho de 1902, foi presidida por Manoel Rios e secretariada por Oscar Cox e Américo Couto. Oscar Cox foi escolhido o primeiro presidente do clube a partir da proposta de João Carlos de Mello e Virgílio Leite. Dessa maneira, Manoel Rios tornou-se secretário da entidade. Em 17 de outubro deste mesmo ano o clube já estava instalado em Laranjeiras, bairro nobre do Rio de Janeiro.

O Fluminense foi o primeiro clube a ser criado no futebol carioca, sendo o mais antigo entre os grandes clubes brasileiros, considerando a prática do futebol. Inicialmente, o time de futebol utilizava uniforme nas cores branco e cinza. Todos os seus fundadores eram cariocas, mas nos primeiros anos, entre os seus sócios, havia vários estrangeiros, em sua maioria britânicos e alemães.

Em 15 de julho de 1904, após Assembleia Geral Extraordinária, o Fluminense trocou a camisa anterior pela tricolor. Passou a adotar as três cores presentes no hino composto por Lamartine Babo: verde, branco e encarnado, que passaram a ser as cores oficiais do clube até hoje. A primeira camisa tricolor do Fluminense foi criada em 1905,[11] com o Flu tendo disputado a primeira partida com a sua tradicional camisa em 7 de maio de 1905, em um amistoso no qual venceu o Rio Cricket por 7 a 1.[12]

Sedes do clube

Vitrais franceses na sede do Fluminense.

O Fluminense Football Club obteve sua primeira sede no dia 17 de outubro de 1902. A instalação inicial do clube tinha como endereço a Rua Guanabara, a atual Pinheiro Machado, esquina com a Rua do Roso, a atual Coelho Netto, no bairro carioca de Laranjeiras. O Fluminense alugava o terreno do Banco da República por cem mil réis. Porém a primeira opção dos fundadores do Fluminense era um terreno na Rua Dona Mariana, mas a proposta foi recusada pelo proprietário.

Só um ano mais tarde o terreno foi nivelado. Na época, a máquina niveladora e a de cortar grama eram puxadas por um burro. Para preservar o trabalho já feito, o animal era sempre cuidadosamente calçado com luvas de veludo nas quatro patas. "Faísca" ficou então famoso e conhecido como o "burro mais elegante do Rio de Janeiro".

Mais tarde, o terreno foi comprado por Eduardo Guinle e imediatamente começaram as obras para a construção da sede. Antes ela era uma pequena casa branca que servia de moradia para o vigia. Após a instalação de água e banheiro, o Fluminense já pagava o dobro do aluguel.

Em 14 de agosto de 1904, foi realizado o primeiro jogo interestadual no campo da Rua Guanabara, contra o Paulistano. Este foi o jogo inaugural da nova praça de esportes no Rio de Janeiro e a diretoria do Fluminense mandou construir uma pequena arquibancada de madeira para acomodar o público, cobrando os primeiros ingressos para um jogo de futebol. Além dos sócios do Fluminense e convidados presentes, foram 806 cartões passados pelos sócios e 190 entradas vendidas a não-sócios na bilheteria, com o ingresso custando 2$000 e uma renda apurada de 1:992$000.

Em 1905, Eduardo Guinle construiu, por sua conta, a primeira arquibancada em campos de futebol do Rio de Janeiro. Concluído este melhoramento, o aluguel triplicou novamente. Neste mesmo ano, mediante empréstimo feito entre os sócios, foi demolida a primeira sede e construída a segunda.

A inauguração da terceira sede, em 27 de julho de 1915, foi muito comemorada, culminando com um baile no rinque de patinação, quando foi entoado o primeiro hino do Fluminense, de autoria de Paulo Coelho Netto.

Ainda em 1915, o presidente Cunha Freire construiu arquibancada privativa para os sócios e suas famílias. O plano de expansão foi completado com a construção de um novo rink, aquisição de mobiliários, instalação elétrica, aumento das arquibancadas e construção das gerais.

Em 1918, começam as reformas que vão dar origem à quarta sede do Fluminense. As obras terminaram em 1920, sob a presidência de Arnaldo Guinle, que contratou o arquiteto catalão Hyppolito Gustavo Pujol Júnior para projetar as dependências. Com vitrais franceses e lustres de cristal, o Salão Nobre se tornou palco de muitos shows, bailes, desfiles, óperas e balé. Ainda hoje, é muito utilizado para festas, reuniões e gravação de filmes e minisséries, como "Anos Dourados", "Dona Flor e seus dois maridos", "Villa-Lobos - Uma Vida de Paixão", telenovelas e comerciais. A sede é própria e, hoje, é tombada pelo patrimônio histórico.

Em 1961, a pedido da prefeitura e do Governo Estadual, parte de seu terreno foi desapropriado pela extinta Superintendência de Urbanização e Saneamento para ampliação da Rua Pinheiro Machado - uma área de 1 084 metros quadrados -, que culminou com a demolição de uma parte da arquibancada. O governo indenizou o clube pela perda de seu patrimônio e o Fluminense prestava novamente à cidade um serviço relevante, mesmo tendo um enorme prejuízo esportivo com esta medida.

1902-1911: pioneirismo

Representação do primeiro uniforme em 1903
Ficheiro:Uniforme fluminense 1900.gif
Representação do uniforme tricolor em 1910

Após introduzir o futebol no Rio de Janeiro de forma organizada, Oscar Cox[13] e mais dezenove entusiastas fundaram o Fluminense Football Club em 21 de julho de 1902. A primeira partida oficial realizou-se no campo do Paysandu Cricket Club, quando o Fluminense venceu o Rio Football Club por 8 a 0 em 19 de outubro de 1902.

Em setembro de 1903, o Fluminense fez a sua estreia em jogos interestaduais, disputando três jogos na capital paulista. Após enfrentar quatorze horas de viagem, dirigiu-se à campo para enfrentar o Sport Club Internacional, empatando de 0 a 0 no dia 6. Já descansado, no dia 8 daquele mês, derrotou o Club Athletico Paulistano por 2 a 1 no dia 7 e o São Paulo Athletic por 3 a 0.

No fim deste mesmo ano o Fluminense começou os esforços para fundar a Liga Carioca, o que se concretizou no dia 8 de junho de 1905.

O Fluminense promoveu a visita do Club Athletico Paulistano em julho de 1905, tendo disputado duas partidas, nos dias 14 e 16, vencendo o primeiro jogo por 2 a 0 e perdendo o segundo por 3 a 2, com cerca de 2.500 pessoas assistindo cada partida, contando inclusive com a presença do Presidente da República, Rodrigues Alves. Presidentes da República durante décadas compareceriam aos grandes eventos no Fluminense e alguns deles foram associados deste clube.

Em 22 de outubro de 1905, aconteceu a primeira partida entre Fluminense e Botafogo, data esta que marca o clássico de futebol mais antigo do Brasil, o Clássico Vovô. Nesta ocasião, o Fluminense venceu por 6 a 0.[14]

A primeira partida da história do Campeonato Carioca deu-se no dia 3 de maio de 1906, quando o Fluminense derrotou o Payssandu por 7 a 1 em Estádio das Laranjeiras, perante cerca de mil torcedores elegantemente trajados, seguindo o padrão desta época.

Entre 1906 e 1911, o Fluminense dominou amplamente o futebol carioca, vencendo 5 dos 6 primeiros campeonatos. Nestes seis primeiros campeonatos, o Fluminense obteve 43 vitórias, 5 empates e apenas 4 derrotas, com 217 gols pró e 49 contra. Em 1907, quando terminou o campeonato empatado em pontos com o Botafogo, tinha o melhor saldo de gols no campeonato e no confronto direto, tendo sido ainda campeão invicto em 1908, 1909 e 1911, neste último sem perder nenhum ponto.

Em 1911, Edwin Cox, um de seus principais jogadores, e seu cunhado, o alemão Bruno Schuback, deixaram o clube para defender o Grêmio, para onde levaram também elevados conceitos de organização, implantando algumas modificações no clube gaúcho. No final deste ano, mais nove de seus titulares saíram do clube após grave cisão, indo fundar o departamento de futebol do Flamengo.[15] Neste ano o Fluminense, torna-se o primeiro clube do Brasil, a contratar um técnico profissional por longo prazo, o inglês Charles Williams, recrutado em Londres, tendo sido Charles o técnico da Seleção Dinamarquesa de Futebol que conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Verão de 1908, nessa época a competição de futebol mais importante do mundo. Em 1907, o escocês Jock Hamilton havia sido contratado pelo Paulistano para treinar os seus times por apenas 3 meses, após o que retornou ao seu Fulham FC.

Em 1911, após a conquista do Campeonato Carioca, surgiu uma crise interna no Fluminense. A cisão, liderada por Alberto Borgerth, levou nove jogadores tricolores a criar uma seção de futebol no Clube de Regatas Flamengo, que não tinha em mente outro esporte que não fosse o remo.

Nos arquivos do clube estão registrados os seguintes fatos: tendo sido abertas duas vagas no Ground Committeé - comissão que avaliava a escalação da equipe que entraria em campo, em julho, com as demissões de Ernesto Paranhos e Haroldo Cox, ficou resolvido que Oswaldo Gomes e Alair Antunes seriam os candidatos.

Oswaldo Gomes já era, por escolha da diretoria, da qual Alberto Borgerth fazia parte, sub-capitão do 1º quadro, o que lhe tornava natural candidato a uma das vagas e mesmo, para capitão. Entretanto, Oswaldo Gomes preferiu candidatar-se ao Ground Committeé, porque Borgerth era o indicado para capitão.

No dia da reunião, surgiu um candidato da oposição - Joaquim Guimarães - e a votação terminou empatada: 15 votos para Oswaldo Gomes e 15 para Joaquim Guimarães. O presidente da Assembleia sugeriu, então, o critério de considerar eleito o candidato de mais idade e submeteu o seu ponto de vista à ratificação ou rejeição dos sócios presentes. Por 17 votos contra, a Assembleia aprovou a sugestão do presidente.

Oswaldo Gomes estava eleito, de acordo com a vontade da maioria, mas não aceitou por entender que a questão deveria ser resolvida em outra Assembleia. Em 7 de agosto, em carta enviada à diretoria, Gomes entregou o cargo de sub-capitão do 1º quadro.

Nas vésperas do jogo contra o Rio Cricket, o comitê se reuniu e escalou uma equipe. Borgerth, porém, sugeriu, com apoio da maioria, que os jogadores fossem consultados sobre essa escalação. Afonso de Castro, voto vencido, bateu-se contra a sugestão, ponderando que isso constituía mau precedente, pois iria transferir aos jogadores as atribuições do Ground Committeé.

Com exceção de Oswaldo Gomes e James Calvert, os demais jogadores se pronunciaram pela substituição de Oswaldo por Arnaldo Guimarães e Paranhos por Borgerth, mas o comitê manteve a escalação anterior, contra o voto de Borgerth que estava de acordo com a maioria dos jogadores. O quadro escolhido pelo comitê foi a campo e venceu o jogo por 5 a 0.

No dia 3 de outubro, entretanto, Borgerth, Othon Baena, Píndaro de Carvalho Rodrigues, Emmanuel Nery, Ernesto Amarante, Armando de Almeida (Galo), Orlando Mattos, Gustavo de Carvalho e Lawrence Andrews solicitaram desligamento do Fluminense.

De acordo com depoimentos, alguns rebelados tricolores, inclusive Borgerth, sugeriram uma simples adesão ao Botafogo, hipótese imediatamente afastada, pois o alvinegro, na época, era o inimigo número um, pois tinha se sagrado campeão carioca de 1910 e deveria ser o adversário a ser derrotado.

Antes do Flamengo, alguns aventaram a possibilidade de na cisão, irem reforçar o Paysandu, que a rigor só possuía dois bons jogadores, mas por ser um clube exclusivamente de ingleses, a hipótese foi vetada. "Vamos para o Flamengo", concluiu o próprio Borgerth.

A cisão ocorrida em 1911 dentro do Fluminense teve como um de seus pivôs, Borgerth. Somente a saída dos nove jogadores titulares do Flu para fundarem a seção terrestre do CRF não era suficiente.

Naquela época para que um clube de futebol vingar teria que fazer parte obrigatoriamente da Liga Metropolitana de Sports Athléticos e, para que isso ocorresse, dois obstáculos deveriam ser vencidos: o CRF teria que ter um campo de jogo e ainda deveria ser alterado o regulamento da Liga, que exigia para a disputa de qualquer campeonato pelo menos um ano no mínimo de filiação.

Em relato feito pelo próprio Borgerth, no Boletim do Fluminense de junho de 1952, ele cita que o primeiro obstáculo foi vencido quando o Fluminense arrendou por quantia irrisória seu campo ao CRF e o segundo foi conseguido com a grande influência de Mario Pollo na Liga, que conseguiu a alteração do regulamento, permitindo o Flamengo já disputar o Campeonato de 1912, vencido na versão da Liga pelo Paysandu e pelo Botafogo na Associação de Football do Rio de Janeiro.

Desta forma ocorreu a transferência definitiva de nove jogadores titulares tricolores - do time campeão de 1911 - para o rubro-negro. No primeiro Fla-Flu da história, que depois viria a se tornar o clássico mais tradicional do futebol brasileiro foi disputado no dia 7 de julho de 1912, nas Laranjeiras. De um lado, com a nova camisa do Flamengo, o time dias antes Campeão Carioca. Do outro, os reservas do Fluminense transformados em titulares com as exceções de Oswaldo Gomes e James Calvert, que já eram titulares anteriormente. O resultado não poderia ser diferente. A alegria e o delírio explodiram nas Laranjeiras com a comprovação em campo da supremacia de nosso clube: Fluminense 3 a 2 Flamengo. A vingança tricolor havia se concretizado e solidificava-se o mito de clube vencedor.

1912-1924: tricampeonato e demonstrações de patriotismo

Enfraquecido, o Fluminense ainda encontrou forças para vencer o primeiro Fla-Flu por 3 a 2,[16][17] mas já não tinha mais o forte elenco do período anterior, só voltando a conquistar um título expressivo em 1917.

No ano de 1914, o America, campeão carioca de 1913, sofreu uma crise em alguns pontos semelhantes à do Fluminense em 1911, pois setenta ex-americanos, entre jogadores e sócios, resolveram abandonar o clube, e escolheram o Fluminense como o clube a ser adotado. Neste mesmo ano, a Seleção Brasileira faz o primeiro jogo de sua história, no campo do Fluminense, derrotando o Exeter City, da Inglaterra por 2 a 0, com o tricolor Oswaldo Gomes fazendo o primeiro gol da história da Seleção, com cerca de 10 000 pessoas comparecendo ao campo do Fluminense, com a maioria assistindo ao jogo de pé.

Ainda em 1914, o Fluminense criou o Departamento de Futebol Infantil, com 30 meninos oriundos do Sport Club Curufaity, que antes disto tinham pertencido ao Club Athletico Guanabara, e que tinham entre 7 e 12 anos. Em 1917 permaneceram apenas 3 garotos do time campeão Infantil de Primeiros Quadros de 1916, por conta de terem estourado a idade limite, ano em que o Infantil do Fluminense tinha 110 jogadores em todas os seus quadros do Infantil. Campeões de primeiros-quadros em 1916 e do Torneio Início em 1916 e 1917, bicampeões de segundos-quadros em 1916 e 1917, tiveram as atividades encerradas em 1918, por conta da falta de campo para jogar, já que o Estádio das Laranjeiras encontrava-se em construção, interditando o antigo Campo da rua Guanabara, que ficava no mesmo local.

Em 1915, o Fluminense ampliou significativamente a sua sede, incluindo um aumento da capacidade de suas arquibancadas para 5 000 pessoas. O Clube Atlético Paulistano, cujos ideais eram iguais aos seus, passou a considerar como sócios-temporários os sócios do Fluminense de passagem por São Paulo.

O triênio de 1917 a 1919 foi repleto de acontecimentos significativos. Em 2 de outubro, a Confederação Sul-Americana de Futebol indicou o Brasil como sede do Campeonato Sul-Americano de Seleções de 1918. Como o governo brasileiro não tinha condições de realizar um evento de tal magnitude, recorreu ao Fluminense, que contraiu vultoso empréstimo junto ao Banco do Brasil, além de receber grandes contribuições de seus abastados sócios e de seus torcedores. Em função da epidemia de Gripe Espanhola em vários países da América do Sul, este campeonato acabou sendo transferido para o ano de 1919. Finalmente, no dia 11 de maio deste ano, o Estádio das Laranjeiras,[18] com capacidade prevista para 18.000 espectadores era inaugurado na vitória da Seleção do Brasil sobre a do Chile por 6 a 0, e logo no primeiro jogo a lotação atingiu a marca de 25.000 pessoas.

O Fluminense foi tricampeão carioca em 1917, 1918 e 1919 [19] tendo disputado 54 partidas nestes campeonatos, vencendo 44, empatando 5 e perdendo apenas 5, fazendo 178 gols e sofrendo 56, o mesmo número de gols marcados por seu artilheiro Henry Welfare neste período.

Segundo o historiador Thomaz Mazzoni, em seu livro História do futebol no Brasil, na parte referente ao ano de 1919, por conta das desavenças entre o Fluminense e o Paulistano, o primeiro declarado campeão da Taça Ioduran 1919 por desistência do Paulistano em enfrentar o Fluminense em razão de divergências entre as ligas carioca e paulista, com o Tricolor vencendo por W. O., em 27 de agosto,[20] e o segundo que se julgava no direito de ficar com ela por ter sido o campeão do ano anterior (a posse era transitória), a taça acabou indo para o Museu do Ipiranga, na cidade de São Paulo, como solução de conciliação.

Nos Jogos Olímpicos de 1920, o atleta tricolor Afrânio Antônio da Costa ganhou a primeira medalha olímpica da história para o Brasil, ao levar a medalha de prata na competição de tiro. Ainda neste dia, Afrânio e o também atleta tricolor, Guilherme Paraense, fizeram parte da equipe brasileira que conquistou a medalha de bronze por equipes na modalidade tiro-livre-pistola ou revólver, tendo ainda nesta Olimpíada Guilherme Paraense conquistado a primeira medalha de ouro para o Brasil.

Ainda em 1920, o Fluminense trouxe para o Brasil o técnico de basquete norte-americano, de Ohio, Fred Brown, de uma Associação Cristã de Moços daquele país, que criou um curso formador de técnicos e implantou bases para a organização deste esporte no Brasil, tendo sido inclusive o primeiro técnico da Seleção Brasileira de Basquete e conquistado o primeiro título disputado por esta seleção, os Jogos Olímpicos Latino-Americanos, tendo o Fluminense contribuído com cinco atletas nesta ocasião.

Em 1922, o Fluminense, sem contar com o apoio do governo brasileiro que prometeu dividir os custos das competições e sem que este tenha cumprido a sua promessa, promoveu o Campeonato Sul-Americano de Seleções e os Jogos Olímpicos Latino-Americanos, um dos jogos precursores dos Jogos Pan-Americanos, como os grandes eventos comemorativos do Centenário da Independência do Brasil. Os altos custos na adaptação de sua sede se refletiram nos resultados do futebol durante muitos anos, já que o Fluminense após ganhar o Campeonato Carioca de 1924 só iria conquistá-lo novamente em 1936. Na campanha vencedora de 1924, o tricolor obteve 12 vitórias, apenas um empate e uma derrota, fez 54 gols e sofreu 19, e com seu artilheiro Nilo marcando 28 vezes. Entre muitas outras melhorias realizadas no clube em 1922, o Estádio das Laranjeiras foi ampliado para receber 25.000 espectadores.

Praticado no Brasil desde a segunda metade da década de 1910, o voleibol começou a se organizar no Brasil em 1923, pela iniciativa do Fluminense em promover um torneio aberto reunindo os clubes filiados à Liga Metropolitana de Desportos Terrestres.[21]

1925-1935: as primeiras taças internacionais e o início da era profissional

Taça Vulcain.

Apesar de não conquistar tantos títulos relevantes no futebol neste período, numa época em que São Cristóvão e Bangu despontavam junto com America, Botafogo, Flamengo e Vasco, o Fluminense sagrou-se vice-campeão estadual em 1925, 1927 e 1935, além de conquistar o Torneio Início em 1924, 1925 e 1927 e o Torneio Aberto em 1935, manteve-se entre os melhores nesta época, quando a sua pior colocação foi o quinto lugar em 1934.

No dia 15 de julho de 1928, o Fluminense realizou amistoso (vitória tricolor por 4 a 1) em seu estádio contra o Sporting Club de Portugal. Os fatos relevantes desta partida, é que esta foi a primeira vez que este grande clube português usou a sua camisa com listras horizontais em verde e branco, que viria a ser seu uniforme tradicional nos anos seguintes, além do tricolor ter conquistado com esta vitória a sua primeira taça internacional, a Taça Vulcain (conquistaria a segunda novamente contra o Sporting Club de Portugal, 14 dias depois, agora na vitória por 3 a 2 em jogo com um pouco menos de público, por conta da chuva), com o Estádio das Laranjeiras completamente lotado, tendo o clube colocado mais 2.000 cadeiras na pista de atletismo para atender a enorme demanda de público, que queria assistir ao confronto do Tricolor contra um grande representante do país que até 106 anos atrás ainda era o colonizador do Brasil, partida esta que teve grandes demonstrações de patriotismo, que incluíram desfiles de bandas, notadamente as militares, além de homenagens recíprocas entre os clubes envolvidos.

No dia 9 de março de 1930, um grave acidente de trem ocorrido quando o Fluminense retornava de um amistoso contra a Seleção da cidade de Teresópolis (RJ), matou o zagueiro gaúcho Jorge Tavares Py quando este tentou acionar os freios do vagão em que se encontrava para tentar minimizar os efeitos do acidente e causando ferimentos em todos os outros jogadores do Fluminense. Ainda assim, honrando a sua camisa, o clube levou a termo os seus compromissos naquele ano mesmo tendo um desempenho apenas satisfatório em seus jogos.

Na Copa do Mundo de 1930, Preguinho, o primeiro capitão da Seleção Brasileira em Copas do Mundo, marcou também o primeiro gol brasileiro nesta competição.

Em 1933, o Fluminense foi o principal articulador do profissionalismo no futebol brasileiro, o que redundou em muitas reações fortes, com vários clubes se posicionando contra, o que ocasionou várias divisões de ligas entre profissionais e amadoras, em vários estados do Brasil, antes que esta tese vencesse e se implantasse definitivamente neste país.

No ano de 1935, o Fluminense contratou 11 jogadores da Seleção Paulista que era bicampeã do Campeonato Brasileiro de Seleções estaduais, a principal competição de futebol durante décadas no Brasil. Não satisfeito, durante os anos que se passaram, juntaram-se aos paulistas outros jogadores de diversas origens e futebol refinadíssimo, como Brant, Russo, Hércules, Pedro Amorim, Carreiro e o artilheiro argentino Rongo (que anteriormente defendera o River Plate), formando um dos melhores times de sua história.

Neste mesmo ano de 1935 o Fluminense conquistou o Torneio Aberto, competição que tinha este nome, pois além dos times profissionais, possibilitava a participação de times amadores, ao vencer o America na final por 3 a 1. Cabe lembrar que nesta época havia duas ligas no futebol do Rio, uma profissional, liderada pelo Fluminense e outra amadora, liderada pelo Botafogo, que sagrou-se tetracampeão carioca com 3 títulos conquistados nesta outra liga. O Torneio Aberto era uma oportunidade de times das duas ligas medirem forças e uma tentativa dos clubes profissionais atraírem os amadores, o que acabou acontecendo em 1937, com a pacificação do futebol carioca, o que acabou por interromper o Torneio Aberto deste ano, quando o Fluminense o liderava.

1936-1949: supremacia

Talvez nunca, em sua história, o Fluminense tenha tido uma supremacia tão grande sobre os seus adversários como entre 1936 e 1941,[22] quando com um time repleto de jogadores excepcionais,[23] conquistou cinco campeonatos cariocas e muito se destacou nos amistosos interestaduais e na campanha que o fez terminar o Torneio Rio-São Paulo de 1940 [24] na liderança, sem que este tenha sido concluído, por abandono dos clubes paulistas.

Entre 1936 e 1941, o Fluminense obteve 90 vitórias, 21 empates e 21 derrotas (8 em 1939), com 410 gols pró (106 em 1941, recorde na história do Campeonato Carioca) e 187 gols contra (44 em 1939). Em 1939, muitos creditaram a má campanha do time ao fato de ter sido base do Brasil na Copa do Mundo de 1938 e como não voltou com o título, perdido para a bicampeã Itália, os jogadores do Fluminense, que formaram a base deste selecionado, mesmo ajudando o Brasil a conquistar um honroso e inédito terceiro lugar teria voltado muito abalado emocionalmente, vindo a perder a motivação no ano seguinte também pelo fato de ser um time com grande número de ítalo-brasileiros, em plena Segunda Guerra Mundial, época em que imigrantes italianos e seus descendentes, assim como os alemães e japoneses, sofreram perseguições e discriminação em grande parte do Brasil.

Na campanha da conquista do Torneio Municipal de 1938, o Fluminense em 16 jogos obteve 11 vitórias, 1 empate e 4 derrotas, com 39 gols pró e 18 contra, sendo campeão na penúltima rodada ao vencer o Bonsucesso por 6 a 0, em Laranjeiras.

No Torneio Extra de 1941, o Fluminense foi campeão ao vencer o São Cristóvão por 2 a 1 no Estádio da rua Figueira de Melo, na penúltima rodada. Em 9 jogos o Fluminense obteve 8 vitórias e apenas 1 derrota (contra o America, por 2 a 1, na última rodada), com 40 gols pró (média de 4,4 gols por partida) e 13 contra.

O Fluminense formou uma Escola de Instrução Militar em outubro de 1937 que durante os anos de 1940 e 1941 conquistou o primeiro lugar em eficiência e disciplina de todo o então Distrito Federal e preparou um curso de enfermagem em 1942 para auxiliar os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira que mais tarde desembarcariam na Itália, formando 85 enfermeiras, além de doar um avião para a Força Aérea Brasileira.

Após esta fase excepcional, o Fluminense foi vice-campeão carioca em 1943 e 1949, terceiro em 1942 e quarto em 1944 e 1945.

Em 1946, conquistou o Campeonato Carioca após, ao final do torneio, quatro equipes terem terminado empatadas, sendo necessária uma fase final chamada de Supercampeonato para definir o título. Curiosamente o time tricolor não empatou uma vez sequer na fase inicial deste campeonato, obtendo 13 vitórias e 5 derrotas, com 74 gols pró e 36 contra. No Supercampeonato,[25] obteve 5 vitórias e 1 empate, 23 gols a favor e 9 contra. A grande estrela deste campeonato foi o grande artilheiro Ademir Menezes e o jogo final foi contra o Botafogo, com o Fluminense vencendo por 1 a 0 perante cerca de 35.000 espectadores presentes (27.094 pagantes) no Estádio São Januário, com gol de Ademir, tricolor desde a infância, em Recife, que ao terminar a carreira ainda bradava a sua paixão tricolor pelos microfones da Rádio Nacional.

A segunda conquista tricolor do Torneio Municipal aconteceu em 1948, sendo necessários 3 jogos para definir o campeão. Na primeira partida decisiva o Fluminense venceu o Vasco por 4 a 0 no Estádio de General Severiano, perdeu a segunda no Estádio da Gávea por 2 a 1 e ganhou a partida desempate por 1 a 0, com gol de Orlando Pingo de Ouro, de bicicleta, de novo no Estádio de General Severiano. Em 13 partidas o Fluminense obteve 8 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota, com 31 gols a favor e 14 contra.

O Fluminense conquistou também neste período três Torneios Início, em (1940, 1941 e 1943).

A Taça Olímpica

A Taça Olímpica[26] é o mais alto e cobiçado troféu do desporto mundial. Também chamada de "Taça de Honra", tem como finalidade reconhecer anualmente, aquele que, no juízo do Comitê Olímpico Internacional, mais fez em prol do olimpismo e do esporte. Este reconhecimento é considerado o Prêmio Nobel dos Esportes. A concessão do título é feita pelo COI após rigoroso e detalhado exame dos dossiês apresentados pelos candidatos.

Para receber a honraria, o pleiteador deve ser exemplo de organização administrativa e um vitorioso nos setores esportivos, sociais, artísticos e cívicos. Um complexo de perfeição durante um ano inteiro, e escolhido como o melhor dentre os demais clubes, instituições esportivas e mesmo países do mundo, através de suas federações. O Fluminense Football Club é o único clube de futebol no mundo e única instituição brasileira que já recebeu a Taça Olímpica.

A Taça Olímpica (Coupe Olympique) foi instituída em 1906 pelo Barão Pierre de Coubertin, o criador dos Jogos Olímpicos da era moderna e foi atribuída pela primeira vez, ainda em 1906, ao Touring Club da França.

O caminho até a Taça Olímpica

O Fluminense Football Club, já em 1924, conhecedor das condições exigidas aos candidatos, enviou ao COI farta documentação, inclusive sobre a realização dos Jogos Olímpicos Latino-Americanos de 1922, um dos eventos que foram precursores dos Jogos Olímpicos Pan-Americanos e que aconteceram em suas novas instalações especialmente ampliadas para esse fim, na gestão do presidente Arnaldo Guinle (hoje patrono do clube).

O Comitê encontrava-se reunido em Paris, quando o Ministro Paulo do Rio Branco, representante do Brasil na reunião, comunicou a candidatura do Fluminense à obtenção da Taça no período 1926/1927, em reconhecimento à excelente organização dos Jogos de 1922. Apesar do apoio do próprio barão Pierre de Coubertin, o tricolor não foi feliz em sua iniciativa.

Novamente em 1936, o clube voltou a pleitear inscrição e novo dossiê foi enviado ao COI, desta vez reunido em Berlim, sede da XI Olimpíada, mas o cobiçado troféu foi outorgado a outra agremiação. Com a guerra que se estendeu por todos os continentes, o Fluminense interrompeu o trabalho iniciado em 1924.

Em 1948, por ocasião dos XIV Jogos Olímpicos de Londres, nova inscrição foi solicitada. O Fluminense competia com a famosa instituição inglesa "The Central Council of Physical Recreation London", porém nosso delegado retirou a candidatura tricolor a fim de que, unanimemente, fosse concedido o prêmio aos anfitriões da Olimpíada, mas renovou a proposta do tricolor para o ano seguinte.

Finalmente, a 28 de abril de 1949 chegava a notícia da decisão tomada pelo Comitê Olímpico Internacional reunido em Roma: o Fluminense Football Club conquistara a Taça Olímpica de 1949, dando ao Brasil a sua mais consagradora vitória nos desportos mundiais. Na ocasião da entrega feita pelo COI, Jules Rimet disse: "O Fluminense é a organização esportiva mais perfeita do mundo."

O Fluminense é o único clube da América Latina a ter seu nome inscrito na Taça Olímpica até hoje. O Museu Olímpico em Lausanne (Suíça), onde a taça original se encontra em exposição permanente foi construído as margens do Lago de Genebra, por dois arquitetos - o mexicano Pedro Ramírez Vázquez e o francês Jean-Pierre Cohen.

1950-1960: início da Era Maracanã e a Copa Rio 1952

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Copa Rio
Troféu conquistado pelo Fluminense em 1952

Em 1950, o Fluminense fez um péssimo Campeonato Carioca, embora tenha ganhado todos os primeiros clássicos disputados no grande estádio,[27] exceto o disputado contra o America, terminando este campeonato em 6° lugar. No primeiro semestre o Flu fez uma vitoriosa excursão por países da América Latina e da América Central, tendo o tricolor Didi sido o primeiro jogador a marcar um gol no Maracanã, defendendo a Seleção Carioca de Futebol, no dia 16 de junho de 1950.

O Fluminense conquistou, logo no segundo ano do Estádio Jornalista Mário Filho, o título carioca, ao vencer o Bangu nos dois jogos extras. Os três últimos jogos do Maracanã (incluindo o pela última rodada do returno) contra o Bangu levaram nada menos do que 232 006 torcedores ao Maracanã,[28] em um campeonato com intensa presença de público, o que proporcionou novos parâmetros de arrecadação e investimento para o futebol carioca. Durante este campeonato de 1951, o Fluminense obteve 16 vitórias, 3 empates, 3 derrotas, 54 gols pró e 22 gols contra.[29]

Naquele ano, foi disputado o primeiro Fla-Flu no Maracanã que fez jus ao título de o Clássico das Multidões. Em 14 de outubro de 1951, o Fluminense venceu o Flamengo por 1 a 0 perante 109.212 espectadores registrados (94.558 pagantes), num jogo marcado por um grande derrame de ingressos falsos, que segundo a imprensa da época, pode ter colocado mais de 40 000 torcedores para dentro do estádio, além dos registrados.[29]

Ainda em 1951, o Fluminense realizou dois amistosos no Maracanã contra equipes inglesas em excursão, sendo elas o Arsenal Football Club, que o Fluminense venceu por 2 a 0 em 20 de maio de 1951 perante 43 746 espectadores (35 010 pagantes) e contra o Portsmouth Football Club em 3 de junho de 1951, quando o Fluminense venceu por 2 a 1 com um público presente de 45 244 torcedores, sendo 37 935 pagantes. Entre 1910 e 1951, o Fluminense realizou 44 jogos internacionais, com 17 vitórias, 12 empates e 15 derrotas, com 100 gols a favor e 103 contra. Já com relação a partidas interestaduais, no mesmo período acima o Fluminense disputou 298 partidas, com 159 vitórias, 58 empates e 81 derrotas, 821 gols pró e 513 contra.

Entre os dias 12 e 22 de setembro de 1951, realizou-se, no ginásio do Fluminense, o primeiro Campeonato Sul-Americano de Voleibol, com a Seleção Brasileira sagrando-se campeão no masculino e no feminino.

No dia 30 de março de 1952 o Fluminense chegou na condição de líder à última rodada do Torneio Rio-São Paulo, bastando vencer o Sport Club Corinthians Paulista em São Paulo para ser campeão sem depender de outros resultados. Com a derrota por 4 a 2, sagrou-se campeã a Associação Portuguesa de Desportos.

Em abril deste mesmo ano a Seleção Brasileira de Futebol conquistaria o primeiro título oficial fora de suas fronteiras ao conquistar o Campeonato Pan-Americano de Futebol no Chile. Nesta conquista o Fluminense colaborou com o técnico Zezé Moreira e com os jogadores Castilho, Pinheiro e Didi, todos titulares, além de Bigode, reserva.

Homenagem do Peñarol ao cinquentenário do Fluminense.

No mês de julho e com a partida final acontecendo em 2 de agosto, foi disputada por oito clubes, no Rio de Janeiro e em São Paulo, a segunda edição da Copa Rio, uma das competições precursoras do Campeonato Mundial de Clubes, tendo o Fluminense sagrado-se campeão ao empatar em 2 a 2 com o Corinthians, já que havia ganho o primeiro jogo das finais por 2 a 0. Nesta competição, o resultado mais expressivo foi a vitória por 3 a 0, com cerca de 65 000 torcedores no Maracanã,[30] sobre o Peñarol, base da Seleção Uruguaia de Futebol que havia conquistado a Copa do Mundo de 1950. Neste torneio, o Fluminense disputou 7 jogos, com 5 vitórias e 2 empates (no primeiro e no último jogo, contra Sporting e Corinthians respectivamente),[31] com 14 gols pró e apenas 4 gols contra. Marinho e Orlando Pingo-de-Ouro foram os artilheiros do Flu e também da competição, com 5 gols cada. Esta foi a primeira conquista expressiva de um clube carioca no Maracanã em torneio que envolvia clubes de fora do Rio de Janeiro.

Publicou, sobre o fim da Copa Rio, o Anuário do Esporte Ilustrado 1953: "Um detalhe que acabou marcando, de forma mais expressiva a II Copa Rio, é que ela foi a segunda e última. Em verdade, não se sabe bem porquê, cinco clubes do Rio e de São Paulo reuniram-se e resolveram forçar a Confederação Brasileira de Desportos a extinguir a Copa Rio. Deixaram a entidade máxima com um torneio internacional na mesma época, mas com outro nome e outro regulamento. Inclusive aumentando o número de concorrentes brasileiros, que agora serão quatro: dois do Rio e dois de São Paulo. E essa fórmula nova deverá começar a vigorar agora, neste ano de 1953".

No Torneio Rio-São Paulo de 1954, o Fluminense chegou à última rodada bastando vencer o Vasco (já sem chances de título) para ser campeão, pois tinha 1 ponto de vantagem sobre o Corinthians e o Palmeiras, que disputariam o Derby Paulista no Pacaembu. Com o Maracanã recebendo 42 031 pessoas (34 131 pagantes), o maior público desta edição do Torneio Rio-São Paulo[32], o Vasco fez 1 a 0 com um gol de Vavá e fechou-se atrás aguentando a pressão do Fluminense até o final, enquanto, em São Paulo, o Corinthians venceu o Palmeiras por 1 a 0, sagrando-se campeão.

O maior número de partidas do Fluminense por países da América Latina aconteceu em 1956, quando o time realizou 17 partidas na Argentina, Colômbia, Peru, Equador e Aruba, com 10 vitórias, 3 empates e 4 derrotas. O tricolor disputou, ainda neste ano, amistosos no Brasil. Bateu o Rosario Central da Argentina em Uberaba por 5 a 1 e, no Rio de Janeiro, fez 3 a 0 frente ao Porto com 101 745 pessoas presentes no Maracanã, naquele que seria o maior público do Fluminense em jogos internacionais, mesmo com os ingressos majorados em cerca de 50% em relação aos preços do Campeonato Carioca.

Neste período, o clube tricolor conquistou ainda o Campeonato Carioca em 1959, sendo vice em 1953, 1957 e 1960, o Torneio Rio-São Paulo em 1957 e 1960, torneio em que foi vice em 1954.

O Fluminense foi campeão invicto do Torneio Rio-São Paulo de 1957,[33] tendo conquistado o título na penúltima rodada em São Paulo, no Estádio do Pacaembu, ao vencer a Portuguesa por 3 a 1, com dois gols de Waldo Machado (artilheiro da competição com 13 gols) e um de Léo para o Flu, marcando Liminha para a "Lusa". O tricolor disputou 9 partidas, vencendo 7 e obteve 2 empates, fazendo 23 gols e sofrendo 11. A maior goleada do Flu neste torneio foi sobre o Palmeiras por 5 a 1, no Maracanã, em 4 de maio. O último jogo foi uma vitória sobre o São Paulo Futebol Clube por 2 a 1 no Maracanã, em 2 de junho.

Em 1959, a equipe disputou 22 partidas, com 17 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota (para o Bangu, no primeiro turno, por 1 a 0), com 45 gols pró e apenas 9 contra (3 no empate festivo pela última rodada, contra o Botafogo).[34] Foi campeã carioca na penúltima rodada, ao vencer o Madureira por 2 a 0. O maior artilheiro da história do Fluminense, Waldo Machado, marcou 14 gols nesta competição e foi um dos grandes destaques desta equipe, que também contava com nomes como Castilho, Pinheiro, Altair, Maurinho e Telê Santana.[35] Antes da derrota para o Bangu, o empate contra o Flamengo representou a perda de uma sequência de 21 vitórias consecutivas, recorde brasileiro no profissionalismo que só seria superado em 2011,[36] mas se não fosse a derrota para o Bangu por 1 a 0, o Fluminense teria chegado a uma invencibilidade de 43 jogos, pois só seria derrotado de novo em 14 de janeiro de 1960, na altitude da Cidade do México, para o Club de Fútbol América, por 1 a 0.[37]

O Fluminense conquistou o bicampeonato do Torneio Rio-São Paulo em 1960 ao vencer o Palmeiras no Maracanã em 17 de abril por 1 a 0, gol de Waldo aos 27 minutos do primeiro tempo, perante 53 738 espectadores pagantes.[38] Em 9 jogos disputados,[39] o time venceu 6, obteve 2 empates e teve apenas 1 derrota, no Fla-Flu, por 2 a 1. A vitória mais expressiva foi sobre o São Paulo, por 7 a 2 em 20 de março. O artilheiro da competição foi Waldo Machado com 11 gols.

Em maio de 1960, o clube realizou 19 jogos na Europa, em 9 países (Inglaterra, Portugal, Bélgica, Holanda, Suécia, Noruega, Hungria, Itália e Espanha), tendo tido 13 vitórias, 1 empate e 5 derrotas na sua mais extensa excursão ao continente europeu. As vitórias mais expressivas foram contra times suecos: 11 a 0 no Ystads IF, 10 a 0 no Östers IF e 9 a 0 no Combinado de Borlänge. Também fez 8 a 2 no Combinado norueguês de Lyn/Skeid. O tricolor derrotou ainda clubes tradicionais como o Brighton e o Middlesbrough, da Inglaterra, o Feyenoord, da Holanda, o Genoa, da Itália e o Valencia, da Espanha. A derrota mais expressiva foi para o Sporting em Lisboa, por 3 a 0, na primeira partida da excursão. O empate foi contra o Standard de Liège, na Bélgica, por 2 a 2.

O Fluminense foi ainda campeão da Zona Sul da Taça Brasil em 1960, tendo feito com o Grêmio os jogos finais, cujos resultados foram derrota por 1 a 0 no Estádio Olímpico (gol de Elton, para os gaúchos, perante um público de 30.000 espectadores), vitória por 4 a 2 no segundo jogo (com 2 gols de Waldo, Jair Francisco e Maurinho para o Flu e 2 de Gessi para o Grêmio, jogo realizado no Estádio das Laranjeiras com ingressos majorados e estádio lotado com cerca de 20.000 pessoas, pois o Maracanã estava em passando por reformas) e, com a vantagem de empate no jogo final, o 1 a 1 (gols de Jair Francisco e Elton, com o Maracanã sendo reaberto pouco mais de 24 horas antes apenas para esta partida, ainda assim recebendo cerca de 35.000 pessoas, sendo 26.631 pagantes) garantiu-lhe o título. Para chegar a esta final, o Fluminense eliminou o Fonseca, de Niterói, com vitórias por 3 a 0 e 8 a 0 (maior goleada da história da Taça Brasil), o Cruzeiro, de Belo Horizonte com um empate por 1 a 1 e uma vitória por 4 a 1.

Tendo ganho a disputa regional, classificou-se para as semifinais do torneio nacional vindo a ser desclassificado pelo Palmeiras, que terminaria campeã deste torneio, com um empate por 0 a 0 e uma derrota por 1 a 0 no Maracanã, perante cerca de 50.000 pessoas,[40] com o Flu tendo sentido muito a ausência de seu artilheiro Waldo nestes dois jogos, e mesmo pressionando o adversário, tomou o gol da desclassificação aos 44' e 30 segundos do segundo tempo. A partir de 1962, os clubes cariocas e paulistas passaram a entrar diretamente nas semifinais, sem passar pelos torneios regionais.[41]

1961-1974: vitórias no mundo, no Brasil e no estado

Em 1961, o Fluminense fez uma vitoriosa excursão pela Europa e pela África, pois em 10 jogos venceu 7, empatou 2 e perdeu apenas 1, para o Sporting, no primeiro jogo, por 2 a 0. As partidas foram contra o Nacional, no Cairo (Flu 2 a 1), Tanta, na cidade egípcia do mesmo nome (Flu 3 a 0), na Bulgária contra as seleções A e B deste país (1 a 0 e 1 a 1), na França contra o Olympique de Nice (7 a 2), na Itália, em Milão, contra a Inter (1 a 1), encerrando a excursão na Espanha, contra o Espanyol, em Barcelona (2 a 1), Málaga, em Málaga (6 a 0) e por último contra o Valencia, em Valência (3 a 2). Durante a excursão, Waldo Machado foi vendido para o Valencia, trazendo enormes prejuízos técnicos ao Fluminense. O maior artilheiro da história tricolor se transformou no segundo maior da história do Valencia e, após encerrar a carreira, radicou-se definitivamente na Espanha.

Em 1963, o Fla-Flu que decidiu o Campeonato Carioca por 0 a 0, sagrando o Flamengo campeão, bateu o recorde mundial de público de partidas entre clubes: 194.603 espectadores (177.656 pagantes). Neste mesmo ano o Flu chegou em terceiro lugar no Torneio Rio-São Paulo.

Assim com acontecera em 1951, Fluminense e Bangu terminaram o Campeonato Carioca de 1964[42] empatados com o mesmo número de pontos, sendo necessária uma melhor de três pontos (a vitória então ainda valia 2 pontos) para definir quem seria o campeão. O Flu venceu a primeira partida por 1 a 0 perante 64.014 pagantes com gol de Amoroso e o segundo e decisivo jogo por 3 a 1 perante 75.106 pagantes com gols de Joaquinzinho, Jorginho e Gilson Nunes para o tricolor, descontando Bianchini para o Bangu, sagrando-se assim campeão carioca. Na partida final, o técnico Tim mandou que o centroavante Amoroso voltasse para buscar o jogo, no que era acompanhado por seu marcador, abrindo espaço para outros jogadores do Fluminense aparecerem na área do Bangu, surpreendendo então o time adversário. Em 26 jogos, a equipe obteve 17 vitórias, 5 empates e apenas 4 derrotas, com 48 gols pró e 17 contra. Amoroso foi o artilheiro deste campeonato com 19 gols e então iniciava-se a carreira de Carlos Alberto Torres, recém saído do time juvenil (atual júnior), que viria a ser capitão do Brasil na Copa do Mundo de 1970.

Em 1966, o Fluminense foi campeão invicto da Taça Guanabara, ainda um torneio independente do Campeonato Carioca, ao bater o Flamengo na final por 3 a 1 perante 69.730 pagantes, com 2 gols de Mário e um de Amoroso para o Flu, descontando Silva para o rubro-negro.

Entre 1952 e 1968, o Fluminense realizou 128 jogos internacionais, vencendo 75, empatando 23 e perdendo 30, com 314 gols pró e 175 gols contra. Neste mesmo período, o tricolor disputou 321 jogos interestaduais, vencendo 181, empatando 57 e perdendo 84, com 743 gols pró e 409 contra.

O time montado pelo técnico Telê Santana em 1969 deu alegrias durante três anos aos tricolores, tendo conquistado, ainda em 1970, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, competição que seria o modelo do futuro Campeonato Brasileiro de Futebol, e sendo vice-campeão carioca no mesmo ano. No Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970, o Fluminense obteve 10 vitórias, 5 empates e apenas 4 derrotas. O jogo final deste Torneio foi no Maracanã contra o Atlético Mineiro terminou em 1 a 1, perante 112.403 torcedores pagantes.[43] Participaram também desta fase final Cruzeiro, que o Flu venceu por 1 a 0 no Mineirão) e o Palmeiras, derrotado pelo tricolor por 1 a 0 no Maracanã. O Torneio Roberto Gomes Pedrosa foi criado em 1967 pelas federações carioca e paulista de futebol e organizado e patrocinado pela CBD a partir de 1968.

Na partida decisiva contra o Clube Atlético Mineiro, a torcida do Fluminense colocou uma faixa com os dizeres "Pra frente, Máquina",[44] para homenagear este grande time tricolor, apelido que passaria a acompanhar os grandes times do Flu.

O Fluminense foi ainda campeão da Taça Guanabara em 1969, ao vencer o America por 1 a 0 perante 67 492 pagantes, e, em 1971, ao vencer o Flamengo por 3 a 1, com 3 gols de Mickey. Cabe lembrar que a Taça Guanabara, até 1972, foi um torneio disputado à parte do Campeonato Carioca.

Nestes anos, o Flu obteve 34 vitórias, 15 empates e 7 derrotas (4 em 1970), fazendo 90 gols e sofrendo 39 nos campeonatos cariocas, sendo que sua única derrota em 1971 foi por 1 a 0 para o Botafogo em 18 de Abril de 1971, na polêmica fase final do campeonato, com um gol de pênalti denunciado pela imprensa como irregular e que deu a vantagem do empate para o alvinegro no último jogo da fase final. Nesta partida, o tricolor derrotou o Botafogo por 1 a 0, com um gol igualmente reclamado pelos torcedores rivais como irregular.

Na Taça Libertadores da América de 1971, o Fluminense foi desclassificado ao perder no Maracanã para o Deportivo Itália da Venezuela por 1 a 0, time este que o Flu havia ganhado por 6 a 0 em seu país. Abatido com o resultado inesperado, que praticamente teria lhe dado a classificação para a próxima fase, o time perdeu também a última partida para o Palmeiras por 3 a 1 (em São Paulo, o Flu havia o derrotado por 2 a 0), perdendo com isto a classificação. Os outros dois jogos do Flu foram contra o Deportivo Galicia (Venezuela), a quem o Flu venceu por 3 a 1 fora e por 4 a 1 no Maracanã, terminando esta edição da Libertadores em sétimo lugar.

O Flu, vice-campeão carioca em 1972, voltaria a ser campeão no ano seguinte com um time com vários jovens recém saídos das categorias de base, como Carlos Alberto Pintinho, Kléber, Marquinho (que depois seria conhecido como Marco Aurélio) e Rubens Gálaxe, liderados pelo experiente armador Gérson, o Canhotinha de Ouro. O time tricolor, em 25 jogos, obteve 13 vitórias, 7 empates, e 5 derrotas, com 36 gols a favor e 16 contra, tendo derrotado o Flamengo na final por 4 a 2 em jogo disputado debaixo de muita chuva, perante 74.073 pagantes. Manfrini foi o maior goleador tricolor e segundo do campeonato, tendo feito 13 gols. Neste ano de 1973, o clube fez a sua maior excursão à África, disputando 8 partidas neste continente, com 7 vitórias, 1 empate e nenhuma derrota, com 28 gols pró e apenas 6 contra. A maior vitória foi contra o Benfica de Luanda, quando o Flu venceu por 7 a 0 e o único empate foi contra a Seleção de Zâmbia, por 2 a 2.

Em 1974, o time chegou invicto e com a vantagem do empate ao jogo decisivo da Taça Guanabara contra o America Football Club, tendo tido sua grande atuação neste ano na vitória contra o Vasco por 5 a 1 perante 72.368 pagantes, com três gols de Gil. Após a derrota por 1 a 0 que deu o título ao America perante 97.681 pagantes, o time caiu muito de produção e terminou o Campeonato Carioca em quinto lugar.

1975-1986: a Máquina Tricolor

No bicampeonato carioca em 1975/1976, o Fluminense armou dois times repletos de craques, liderados por Roberto Rivellino. A equipe, apelidada de a Máquina Tricolor, aventurava-se em se excursões pelo mundo, conquistando uma série de torneios amistosos de grande prestígio internacional. No time de 1976, o único jogador que não jogou pela Seleção Brasileira foi o atacante argentino Narciso Doval. O Fluminense teve times com campanhas melhores e elencos mais ganhadores do que os times de 1975 e de 1976, mas talvez nunca tenha tido times tão habilidosos, que lotavam estádios por onde passassem pois proporcionavam grandes espetáculos futebolísticos aos espectadores.

No Campeonato Carioca de 1975, o Fluminense classificou-se para as finais ao ganhar a Taça Guanabara contra o America com um gol de falta de Rivellino aos 13 minutos do 2º tempo da prorrogação, perante 96.035 pagantes.[45] Os adversários do tricolor na final foram o Botafogo, campeão do segundo turno e o Vasco, campeão do terceiro. No primeiro jogo das finais, o Fluminense venceu o Vasco por 4 a 1 perante 79.764 pagantes, no segundo, o Vasco venceu o Botafogo por 2 a 0 e, no terceiro, com 100.703 pagantes, o Fluminense administrou o resultado, perdendo por 1 a 0, e sagrando-se campeão carioca. A campanha tricolor teve 31 jogos, com 19 vitórias, 6 empates e 6 derrotas, 53 gols a favor e 22 contra. Os artilheiros tricolores neste campeonato foram Manfrini, com 16 gols e Gil e Rivellino, com 11 cada um.

Após a conquista da Taça Guanabara, para comemorar a contratação de Paulo César Lima que antes era o grande astro do Olympique de Marseille, o Fluminense realizou um amistoso contra o forte time do Bayern de Munique, base da Seleção Alemã de Futebol campeã mundial de 1974, que contava em seu elenco com jogadores como Sepp Maier, Franz Beckenbauer, Gerd Müller, Georg Schwarzenbeck, Jupp Kapellmann e a estrela nascente Karl-Heinz Rummenigge. O amistoso foi em 10 de junho, à noite, com 60.137 tricolores pagando ingressos e a administração do estádio tendo que mandar abrir os portões com o jogo já começado, pois não esperava o fluxo de público que compareceu ao Maracanã, liberando a entrada para milhares de pessoas que não pagaram ingressos. O Fluminense ganhou o jogo por 1 a 0, gol de Gerd Müller contra, resultado que não espelhou a enorme disparidade técnica do Fluminense sobre o seu oponente neste dia.[46]

Na campanha do bicampeonato em 1976, o Fluminense disputou 32 jogos, vencendo 23, empatando 7 e perdendo apenas 2, com 74 gols pró e 26 contra. O artilheiro e o vice deste campeonato foram tricolores, Doval com 20 gols e Gil com 19. O Flu classificou-se para as finais ao vencer o terceiro turno perante o Botafogo por 5 a 1 debaixo de uma enorme tempestade. Classificaram-se também para as finais o Vasco da Gama, campeão da Taça Guanabara, o Botafogo, campeão do segundo turno e o America, campeão da repescagem. Como Fluminense e Vasco terminaram empatados nesta fase final, foi necessário a realização de uma partida extra para decidir este título e o Fluminense venceu por 1 a 0, com gol de Doval aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação, perante 127.052 pagantes. Neste campeonato, o Fluminense aplicou 8 goleadas tendo feito 4 gols ou mais, a maior contra o Goytacaz, por 9 a 0 em 24 de abril.

Taça Teresa Herrera de 1977.

O clube disputou a Taça Teresa Herrera em 1977 contra o Real Madrid, o Feyenoord e o Dukla Praga, base da Seleção Tchecoslovaca de Futebol, campeão da Eurocopa. O Flu terminou campeão vencendo o Feyenoord por 2 a 0 e, na final, o Dukla, que havia eliminado o Real Madrid, por 4 a 1. Rivellino, que em 1978 deixaria o tricolor ao ser vendido para futebol árabe, foi eleito o grande nome do torneio.

O Flu chegaria em terceiro nos campeonatos cariocas de 1977 e de 1978, quarto em 1979 e seria vice-campeão do Campeonato Carioca Especial de 1979, um Torneio Extra como existiram outros na história do Campeonato Carioca.

Em 1980, o Flu voltaria a ganhar o Campeonato Carioca com um time praticamente formado nas Laranjeiras, pois apenas dois jogadores (Gilberto, formado pelo Atlético Goianiense e Cláudio Adão, formado pelo Santos) não passaram pelas categorias de base do tricolor. O Fluminense venceu o Vasco na final por 1 a 0 gol de Edinho de falta (com 108.957 pagantes), mesmo adversário que o Flu já havia batido na decisão do primeiro turno na disputa por pênaltis, quando 101.199 torcedores pagaram ingressos. A campanha da garotada tricolor, em 24 jogos, teve 12 vitórias, 8 empates e 4 derrotas, com 43 gols pró e 25 contra. O tricolor Cláudio Adão foi o artilheiro do campeonato com 20 gols.

O Fluminense teve ainda na década de 1980 grandes momentos de sua história, quando levantou seu primeiro título brasileiro[47] com este nome em 1984 ao bater o Vasco da Gama nos jogos finais, no Clássico dos Gigantes mais importante realizado até hoje. A campanha tricolor teve 26 jogos, com 15 vitórias, 9 empates e apenas 2 derrotas, com 37 gols pró e apenas 13 contra. Nos dois jogos finais, o Fluminense venceu o Vasco no primeiro jogo por 1 a 0, com gol do paraguaio Romerito e empatou por 0 a 0 no segundo, perante 128.381 pagantes. A maior goleada tricolor foi nas quartas-de-finais contra o Coritiba, no Maracanã, por 5 a 0, empolgando os 60.385 pagantes.

Em 1981 e 1982 o Flu não foi bem nos campeonatos cariocas, terminando-os em quinto lugar. No Campeonato Brasileiro de 1982 o time tricolor chegou em quinto lugar, perdendo a classificação para as semifinais com um gol incrível, de Tonho para o Grêmio em chute de longa distância perante 69.115 torcedores no Maracanã. No primeiro jogo empate por 1 a 1 no Estádio Olímpico e no segundo derrota do Flu por 2 a 1.

Após conquistar a Taça Guanabara de 1983 em um clássico contra o America em que venceu por 2 a 0 com dois gols de Assis, perante 79.275 pagantes, o Fluminense se classificou para as finais contra o Flamengo, campeão da Taça Rio e contra o Bangu, time que mais pontuou no campeonato. O Fluminense empatou com o Bangu por 1 a 1, venceu o rubro-negro por 1 a 0 com um gol de Assis[48] aos 45 minutos do segundo tempo em jogo disputado debaixo de muita chuva, perante 83.713 pagantes. Como o Flamengo ganhou do Bangu por 2 a 0, sagrou-se campeão carioca. A campanha tricolor teve 24 jogos, com 13 vitórias, 6 empates e 5 derrotas, com 31 gols pró e 13 contra. O artilheiro tricolor foi Assis, com 11 gols e o segundo o centroavante Washington, com 8, jogadores que formavam uma dupla pelo seu ótimo entendimento conhecida como o Casal 20, nome de um famoso seriado de televisão desta época - Hart to Hart.

No Campeonato Carioca de 1984, o Fluminense chegou ao bicampeonato após 24 partidas, com 16 vitórias, 5 empates e 3 derrotas, 40 gols pró e 16 contra, com Romerito sendo o artilheiro tricolor com 11 gols. O time tricolor classificou-se para as finais por ter sido o clube que mais pontuou durante o campeonato, contra o Flamengo, campeão da Taça Guanabara e o Vasco, campeão da Taça Rio. Nas finais o Fluminense venceu o Vasco por 2 a 0 perante 94.123 pagantes e o Flamengo por 1 a 0, perante 153.520, de novo, com gol de Assis, desta vez aos 30' do 2º tempo.

O Fluminense chegou ao seu terceiro tricampeonato estadual em uma final contra o Bangu em 1985, em que ganhou de 2 a 1 perante 88.162 pagantes, com gol de Marinho para Bangu aos 4 minutos do 1º tempo e no segundo, com gols de Romerito aos 18 minutos e Paulinho de falta, aos 31, conquistou o título. A campanha tricolor neste ano teve 24 jogos, com 15 vitórias, 7 empates e apenas 2 derrotas, com 32 gols pró e 12 contra. O Fluminense classificou-se para as finais ao vencer a Taça Guanabara[49] contra o America por 1 a 0, com gol de Romerito aos 38' do 2º tempo perante 47.160 espectadores, disputando depois o título máximo contra o Flamengo, campeão da Taça Rio e contra o Bangu, time que mais pontuou durante este campeonato. No primeiro jogo das finais, contra o Flamengo houve empate por 1 a 1 perante 95.049 pagantes e no segundo o Bangu ganhou do Flamengo por 2 a 1, levando a vantagem do empate para o grande jogo final contra o tricolor.

Na Taça Libertadores da América de 1985, o Flu não foi bem, terminado esta primeira fase em terceiro, quando classificava-se apenas o líder do grupo para a fase seguinte. Neste ano o Fluminense, disputou em jogos de ida e volta pelo Grupo 1 contra o também carioca Vasco e contra os argentinos Ferro Carril Oeste e Argentinos Juniors, que acabou campeão desta competição. O Flu, em campo, obteve 3 empates e 3 derrotas mas acabou ganhando os pontos do empate de 3 a 3 contra o Vasco, que escalou irregularmente o jogador Gersinho nesta partida, mesmo alertado antes do jogo para este risco.

A partir de 1985, tempos difíceis para o Fluminense seriam organizados fora de campo, pois ao assumir a presidência da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Vianna garantiu que acabaria com "o reinado dos coloridos", pois, até então, era a dupla Fla-Flu que conquistava a maioria dos títulos cariocas. Já em 1986, foi denunciado um escândalo de manipulação de arbitragens, intitulado pela imprensa de "Escândalo das papeletas amarelas", que visava impedir o Fluminense de conquistar o tetracampeonato estadual, o que foi conseguido. Além disso, por conta de uma epidemia de dengue em seu elenco o time não pode comparecer a um jogo contra o Americano em Campos dos Goytacazes, perdendo os pontos e a possibilidade de se sagrar campeão, mesmo com as dificuldades extra-campo.

Taças dos Torneios de Kiev 1989 (esquerda) e Paris 1976 (direita).

1987-1999: decadência e superação

O Flu conquistou, em 1987, a Copa Kirim, no Japão, em sua mais importante excursão à Ásia, disputando a final contra o Torino da Itália cuja grande estrela era o brasileiro Júnior. Perante cerca de 40.000 torcedores no Estádio Olímpico de Tóquio, o Flu venceu por 2 a 0 com gols de Washington e Tato. Nos outros jogos disputados, o Flu empatou com a Seleção do Japão por 0 a 0, empatou com o mesmo Torino da final por 1 a 1 e venceu a Seleção do Senegal por 7 a 0.

Já em 1989 conquistou o Torneio de Kiev. O Bangu foi convidado a última hora para substituir o Atlético de Madrid, com o Fluminense derrotando-o na decisão por pênaltis, por 4 a 2. Participaram também deste torneio, o Dínamo de Kiev e a A.S. Roma.

Em 1988 e 1991, o time tricolor chegou, mesmo com times fracos tecnicamente, embora bem organizados, às semifinais do Campeonato Brasileiro. No campeonato de 1988 foi desclassificado pelo Esporte Clube Bahia, após empatar por 0 a 0 no Maracanã e perder por 2 a 1 no Estádio da Fonte Nova, que neste dia recebeu o maior público de sua história (110.438 pagantes). Em 1991 o Flu foi desclassificado pelo Clube Atlético Bragantino, com uma derrota por 1 a 0 no Maracanã perante 74.781 tricolores pagantes, e já eliminado, um empate por 1 a 1 em Bragança Paulista. Curiosamente, o time do Bragantino era composto por muitos atletas formados no clube tricolor e que tinham participado da conquista da quinta Copa São Paulo de Juniores para o Fluminense em 1989, entre eles o atacante Franklin, que marcou os gols do Bragantino nestes dois jogos.

Em 1992 o Flu chegou à final da Copa do Brasil contra o Inter, ganhando a primeira partida por 2 a 1 no Estádio das Laranjeiras, vindo a perder o segundo jogo por 1 a 0 no Estádio Beira-Rio com um pênalti no mínimo polêmico, marcado aos 42 minutos do segundo tempo. Os jogadores tricolores retornariam para o Rio de Janeiro no mesmo voo do árbitro José Aparecido de Oliveira, mas causaram um tumulto que impediu que o mesmo embarcasse na mesma aeronave.

Ainda se classificou por três anos para disputar a Copa Conmebol, um dos torneios que antecederam a atual Copa Sul-Americana. Em 1992, quando após ganhar do Atlético Mineiro por 2 a 1, perdeu a segunda por 5 a 1, em 1993, quando ganhou do mesmo adversário do ano anterior por 2 a 0 com o mando de campo e foi derrotado pelo mesmo resultado em Belo Horizonte, perdendo a vaga nos pênaltis, e, em 1996, quando perdeu para o Guarani do Paraguai por 3 a 1 em Assunção e empatou, no Rio de Janeiro, por 2 a 2.

O tricolor só voltou a ganhar um título relevante em 1995 na inesquecível decisão do Campeonato Estadual em um Fla-Flu emocionante com 120.418 espectadores (109.204 pagantes), em que Renato Gaúcho (o "Rei do Rio") fez o gol da vitória por 3 a 2, com a barriga,[50] ano em que o Fluminense também chegou de novo às semifinais do Campeonato Brasileiro. Neste estadual de 1995, Fluminense disputou 27 jogos, com 17 vitórias, 7 empates, 3 derrotas, 48 gols pró e 18 contra, ano do centenário do Clube de Regatas do Flamengo como clube, não como time de futebol, e o rubro-negro investira muito para conquistar este campeonato, mas nos 4 Fla-Flus disputados o Fluminense venceu 3 e empatou 1. No Campeonato Brasileiro de 1995 o Flu terminou em quarto, desclassificado nas semifinais pelo Santos Futebol Clube (4 a 1 e 2 a 5, cabendo lembrar que nesta época não havia o critério de desempate em que gols fora de casa valem o dobro).

Entre 1996 e 1999, o Tricolor das Laranjeiras enfrentou os piores momentos de sua história. Em 1996, o Fluminense terminou o Campeonato Brasileiro em penúltimo lugar (na frente somente do Bragantino), mas um escândalo de arbitragem, conhecido como Caso Ivens Mendes, que envolvia outros dois clubes da Série A, Atlético-PR e Corinthians, cancelou os rebaixamentos de 1996, vindo a serem promovidos dois clubes da Série B para o Campeonato Brasileiro de 1997, que acabou disputado por 26 clubes. O Fluminense acabou novamente caindo em 1997 para o Campeonato Brasileiro Série B, e em 1998 o time foi mais uma vez rebaixado, agora para o Campeonato Brasileiro Série C.

No dia 01/12/1997 [51], aconteceu um jogo que entrou para história do futebol nacional. O Fluminense andava mal das pernas, tão mal que já estava no segundo rebaixamento seguido (tinha sido rebaixado para segunda divisão em 1996, aconteceu uma virada de mesa e ele voltou à primeira divisão, não satisfeito, foi rebaixado de novo em 1997). O Clube das Laranjeiras resolveu afogar suas magoas, e marcou um jogo amistoso"contra o seu patrocinador da época, a MTV. A MTV formou uma equipe com músicos e funcionários de sua televisão, por incrível que pareça, muitos apontavam o canal musical como favorito na disputa. Logo no inicio da partida, a MTV foi pra cima do Fluminense, os artistas não se fizeram de rogados. Thunderbird (apresentador do canal) fez um belo lançamento para o DJ do Gabriel Pensador, que entrou na área tricolor driblando "deus e o mundo", inclusive, deixou no chão os zagueiros Cesar e Lima do Fluminense. O DJ soltou uma bomba, mas o goleiro tricolor fez uma bela defesa, lance que levou à loucura a torcida da MTV.

Enquanto os fãs do canal de televisão abafavam a torcida tricolor[52], em Moça Bonita, o Fluminense fazia sua obrigação, metia um gol atrás do outro, como se estivesse jogando uma Libertadores, talvez pelo fato de alguns jogadores do Fluminense acharem que seria a última vez que fossem ser vistos na TV. Porém, a MTV tinha uma arma secreta, seu apresentador mais famoso iria consagrar o amistoso mais alternativo de todos os tempos. Seu nome? Cazé Peçanha ou simplesmente Cazé. No final do segundo tempo, quando o Fluminense estava esgotado na partida, Thunderbird (sempre ele) cruzou para a área tricolor, Cazé cabeceou sozinho e a bola morreu no fundo das redes coloridas. O jogo terminou 12 a 1 para o Fluminense, mas quem se importa?[53] O destaque do jogo foi o mito Cazé Peçanha. Existe o boato em que Cazé foi convidado a fazer um teste nas Laranjeiras, mas não foi por achar ter mais visibilidade na MTV, mas é claro, isso é só um boato

Após disputar a Série C contra uma maioria de clubes pequenos e em campos algumas vezes mal conservados, o time tricolor conquistou este título de forma honrosa, começando, a partir deste momento, a reestruturar-se para voltar a formar grandes craques e conquistar títulos de expressão. No final de 1998, o time já dava sinais de que o clube estava retomando o seu rumo, ao conquistar a Copa Rio, competição estadual que neste ano contou pela última vez com a presença dos grandes clubes cariocas, ao bater o São Cristóvão por 4 a 0 no jogo final. Em 9 jogos disputados, o Fluminense venceu todos, com 24 gols pró e apenas 4 contra.

O Fluminense conquistou a Série C em 1999 ao vencer o Clube Náutico Capibaribe no Estádio dos Aflitos por 2 a 1, com 2 gols de Roger para o Flu, descontando Rogério Capixaba para o alvirrubro pernambucano. A campanha do Fluminense teve 22 jogos, com 14 vitórias, 3 empates e 5 derrotas, 37 gols a favor e 21 contra e o artilheiro tricolor nesta competição foi Roni, com 6 gols. Neste ano, o Fluminense havia contratado o técnico Carlos Alberto Parreira e, com ele, além de ganhar o Campeonato Brasileiro Série C, criou o Vale das Laranjeiras,[54] centro de formação de jogadores de futebol das Categorias de Base no distrito de Xerém, em Duque de Caxias.

2000-2006: a volta por cima

Em 2000 um problema jurídico e político entre clubes da Série A denominado Caso Sandro Hiroshi impediu a realização do Campeonato Brasileiro, sendo criada a Copa João Havelange pelo Clube dos Treze. Na organização deste campeonato, optou-se pelo critério de convite aos clubes participantes, com o Tricolor de Laranjeiras, o Bahia e outros clubes que não estavam então na primeira divisão, incluídos entre os participantes. Por esse motivo que o Fluminense é tido como convidado, até os dias de hoje, na Série A, devendo retornar à 2a divisão a fim de quitar sua dívida.

A equipe teve uma boa participação e, após ficar em terceiro na primeira fase, caiu nas oitavas-de-final da competição contra o São Caetano, perante 56.504 tricolores, terminado este campeonato em nono lugar. Assim como o São Caetano, que disputou o campeonato na divisão inferior e teve a possibilidade de chegar até à final da disputa entre os clubes principais, o Fluminense e o Bahia permaneceram na primeira divisão no ano seguinte, numa virada de mesa comum no Século XX e que beneficiaram outros clubes no decorrer de sua história.[55] Na Copa do Brasil deste ano, o Fluminense terminou na quinta colocação.

No Torneio Rio-São Paulo de 2001, o Fluminense terminou em quarto lugar e no Campeonato Brasileiro deste ano em terceiro.

O Fluminense conquistou o Campeonato Carioca de 2002, apelidado de "Caixão" pela imprensa (numa referência ao apelido do então presidente da federação carioca, Eduardo Viana - o Caixa d'Água), que boicotou esse campeonato, ao vencer o Americano por 2 a 0 e por 3 a 1 nos jogos finais, o último assistido por 26.663 pagantes torcedores, em campeonato altamente desmotivado, disputado sem a cobertura da imprensa, com a fase final sendo realizada durante a Copa do Mundo de 2002 e com os grandes clubes utilizando seus elencos reservas nas fases iniciais pois disputavam o Torneio Rio-São Paulo. Tendo sido campeão carioca no dia 27 de junho, três dias antes da Seleção Brasileira ganhar a Copa do Mundo deste ano, a torcida tricolor aproveitou para fazer a festa do título carioca no ano do centenário do Fluminense justamente neste dia e em muitos lugares do Grande Rio de Janeiro, havia tantas camisas tricolores quanto brasileiras neste dia festivo. A campanha tricolor em 28 jogos teve 14 vitórias, 5 empates e 9 derrotas, com 45 gols a favor e 33 contra.

Neste ano de 2002, o Fluminense comemorou o seu centenário com grandes eventos praticamente o ano inteiro, com o selo alusivo ao centenário tricolor tendo sido eleito por votação popular promovida pela Empresa de Correios e Telégrafos o selo do ano de 2002, fato inédito envolvendo clubes de futebol até os dias atuais.[56][57] O grande presente para a torcida foi a contratação do jogador Romário, que, logo em sua estreia, brilhou no Campeonato Brasileiro contra o Cruzeiro, quando o Flu venceu por 5 a 1 com cerca de 70.000 tricolores em festa. O Fluminense terminou este campeonato em quarto lugar. Neste ano, Romário jogou bem e fez muitos gols, embora tenha se indisposto com o outro goleador do time, Magno Alves, que depois acabou saindo do clube para brilhar na Coreia do Sul e no Japão. Com o passar dos anos, Romário foi caindo de produção e, em 2003, já não esteve bem no Campeonato Brasileiro.

No ano de 2003, o tricolor disputou a Copa Sul-Americana pela primeira vez, vencendo o Corinthians por 2 a 0, o Atlético Mineiro também por 2 a 0 e veio a cair na segunda fase ao perder para o São Paulo por 1 a 0 no Morumbi e empatar, no Rio de Janeiro, por 1 a 1.

A melhor performance do Fluminense em 2004 foi no Campeonato Brasileiro, quando chegou em nono lugar.

O Fluminense teve grandes momentos durante o ano de 2005 e, após perder o primeiro jogo das finais para o Volta Redonda Futebol Clube por 4 a 3, conquistou o Campeonato Carioca com 70 830 tricolores (63 762 pagantes) comparecendo ao segundo jogo final em que o Flu ganhou por 3 a 1.[58] O Fluminense classificou-se para as finais contra o Volta Redonda, campeão da Taça Guanabara, ao vencer o Flamengo por 4 a 1 na decisão da Taça Rio perante 74 650 torcedores (65 672 pagantes) com uma grande atuação. Neste campeonato, em 15 jogos o Fluminense obteve 8 vitórias, 3 empates e 4 derrotas, com 40 gols pró e 22 contra.

Em 2005, o Fluminense também chegou à sua segunda final da Copa do Brasil, perdendo o título para o Paulista de Jundiaí ao empatar por 0 a 0, com o jogo sendo disputado no Estádio São Januário perante 25 000 torcedores, já que o Maracanã estava em reformas, assim como já acontecera em 1992, quando o Fluminense não teve a oportunidade de usar o Maracanã na Copa do Brasil, estádio onde manda a maioria de seus jogos. Desfalcado, o Fluminense havia entrado com vários reservas no primeiro jogo desta final, perdendo para o Paulista em Jundiaí por 2 a 0. No Campeonato Brasileiro, a equipe tricolor chegou em quinto lugar.

Na Copa Sul-Americana daquele ano, o Fluminense também fez boa campanha, só caindo nas quartas-de-finais para o Universidad Católica, a quem ganhou por 2 a 1 no Rio de Janeiro, perdendo por 2 a 0 em Santiago. Em 6 jogos nesta Copa Sul Americana, o Fluminense obteve 3 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, 8 gols pró e 7 contra.

No ano de 2006, apesar de ter um elenco forte tecnicamente, o Fluminense sofreu com graves erros de gestão, por conta de falta de um planejamento adequado, fazendo com que o clube trocasse seis vezes de técnico, o que levou o Fluminense a ter um rendimento insatisfatório no futebol profissional, muito parecido com o ano de 2003, quando, após as grandiosas comemorações de seu centenário no ano anterior, o Fluminense começou a sua preparação mais tarde do que os clubes que tiveram sucesso naquele ano e, por isto mesmo, teve inúmeros problemas de contusão em seu elenco profissional por preparação física inadequada e depois tentativas passionais em sua gestão visando tentar corrigir os erros anteriores.

Em 2006, na Copa Sul-Americana, disputou a primeira fase contra o Botafogo, vindo a se classificar nos pênaltis após dois empates por 1 a 1. Na fase seguinte o Fluminense acabou eliminado pelo Gimnasia y Esgrima de La Plata, da Argentina, ao empatar o primeiro jogo por 1 a 1 e perder o seguinte na casa do adversário por 2 a 0.

Nas 4 Copas Sul Americanas disputadas por clubes brasileiros entre 2003 e 2006, o Fluminense disputou 3, contabilizando 5 vitórias, 5 empates e 4 derrotas, 18 gols pró e 11 contra, sendo até então o quarto clube brasileiro que mais pontuou na história desta competição. A melhor campanha tricolor foi em 2005, quando caiu nas quartas-de-finais, terminando em quinto lugar. Até este último jogo da Copa Sul-Americana contra o Gimnasia, no período entre 1968 e 2006, o Fluminense disputou 149 partidas contra clubes ou Seleções estrangeiras (desconsiderando jogos contra clubes brasileiros no exterior ou em competições internacionais nestas estatísticas), com 76 vitórias, 37 empates, 34 derrotas, 291 gols a favor e 183 contra.

2007-2009: o título da Copa do Brasil e os vices na Libertadores da América e na Copa Sul-Americana

Troféu da Copa do Brasil de 2007.

O Fluminense refez o seu time em 2007 a após um péssimo Campeonato Carioca chegou à sua terceira final da Copa do Brasil, desta vez sendo campeão contra o Figueirense, ao vencer o segundo jogo da decisão por 1 a 0 em Florianópolis (com gol de Roger), após ter empatado o primeiro jogo decisivo por 1 a 1 no Rio de Janeiro, com todos os 64.669 ingressos colocados à venda no Maracanã tendo sido vendidos com antecedência de 48 horas, já que o grande estádio ainda está finalizando as obras para fazer parte do complexo esportivo dos Jogos Pan-americanos de 2007 e ainda não tinha condições para atender a sua capacidade máxima de cerca de 90.000 espectadores, como ocorreu após o fim das reformas. Para chegar ao título de campeão da Copa do Brasil, o Fluminense passou pela ADESG (2 a 1 e 6 a 0), América Futebol Clube (RN) (0 a 1 e 2 a 1), Bahia (1 a 1 e 2 a 2), Atlético Paranaense (1 a 1 e 1 a 0), Brasiliense (4 a 2 e 1 a 1) e Figueirense (1 a 1 e 1 a 0), com isto classificando-se para disputar a Taça Libertadores da América em 2008. Adriano Magrão e Alex Dias foram os artilheiros tricolores nesta competição, com 4 gols cada um.

Ao final da Copa do Brasil de 2007, o Fluminense totalizou 91 jogos na história desta competição, com 48 vitórias, 26 empates e 18 derrotas, 166 gols pró e 103 contra, tendo estado presente em 14 edições, sendo esta a sétima melhor performance entre os clubes que já disputaram o segundo torneio mais importante do Brasil até 2007. As maiores vitórias tricolores até então foram de 6 a 0 contra a Adesg na campanha de 2007 e de igual placar sobre o Maranhão Atlético Clube em 4 de Maio de 2000.

No dia 12 de Maio de 2007, a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro aprovou lei que declara o dia 21 de Julho como o Dia do Fluminense e dos Tricolores, não por acaso o dia da fundação do clube.[59]

No Campeonato Brasileiro de 2007 o Fluminense terminou em quarto lugar, sendo esta a nona vez que o Tricolor terminou entre os quatro primeiros colocados deste campeonato, a melhor performance de um clube do Estado do Rio de Janeiro neste quesito. Considerando-se o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, precursor deste campeonato, esta seria a décima vez. Thiago Neves, o seu camisa 10, ganhou a Bola de Ouro da revista Placar, como o melhor jogador desta edição, em que Thiago Silva também foi eleito, neste caso como um dos zagueiros para a seleção do campeonato.

Tendo terminado o Campeonato Carioca de 2008 em terceiro lugar, o Fluminense foi o clube que mais somou pontos entre todos os participantes da Copa Libertadores da América de 2008 na primeira fase desta competição, habilitando-se a disputar a segunda partida das demais fases eliminatórias, no Maracanã.

Na primeira fase o Fluminense superou a LDU (Equador, 0 a 0 e 1 a 0), o Arsenal de Sarandí (Argentina, 6 a 0 – maior goleada de um clube brasileiro sobre uma equipe argentina na história da Libertadores – e 0 a 2) e o Libertad (Paraguai, 2 a 1 e 2 a 0). Na segunda fase eliminou o Atlético Nacional (Colômbia, 2 a 1 e 1 a 0) e na terceira o São Paulo (Brasil, 0 a 1 e 3 a 1), quando um público de 72 910 pessoas compareceu ao Maracanã, sendo 68 191 pagantes) para ver o uma das partidas mais marcantes do torneio em que o Fluminense vencia por 2 a 1 placar que era favorável ao time paulista, Washington fez de cabeça aos 46 minutos do 2º tempo classificando assim o Flu. Na quarta fase, o Fluminense disputou as semifinais contra o Boca Juniors, da Argentina, obtendo empate por 2 a 2 na primeira partida em Buenos Aires, e vitória por 3 a 1 no jogo de volta no Maracanã, perante 84 632 torcedores (78 856 pagantes), classificando-se para a final contra a LDU, com quem já jogou na primeira fase desta competição, em um grupo que era chamado pela imprensa internacional de "Grupo da Morte", pela competitividade dos clubes participantes.

Equipe do Fluminense em 2007.

Na primeira partida da fase decisiva, no Estádio Casablanca, em Quito, a LDU venceu o Fluminense por 4 a 2. Enquanto aguardava-se a partida de 2 de julho no Maracanã, os 78.918 ingressos colocados à venda foram esgotados em poucas horas de venda ainda no dia 23 de junho, batendo o recorde brasileiro de renda em partidas entre clubes, tendo sido arrecadados 3 910 044 reais apenas com a venda de entradas. Após uma excelente partida, perante 86 027 torcedores presentes, o Fluminense derrotou o adversário por 3 a 1, com três gols de Thiago Neves (primeiro jogador a fazer três gols numa final de Libertadores), levando a decisão para os pênaltis, quando foi derrotado por 3 a 1.[60] Essa mesma final foi considerada a final com mais gols da história da Copa Libertadores da América; 10 gols anotados nas duas partidas, desconsiderando a disputa por pênaltis.

Apesar da derrota na final, o apoio dos torcedores ao time foi incondicional, vista a excelente campanha do time no campeonato mais importante para os clubes sul-americanos. Ressalta-se, portanto, que em 9 anos o Fluminense carioca passou da Série C para a final da Libertadores, resgatando o prestígio que o clube sempre teve, exceto na segunda metade da década de 1990, um período curto, mas difícil para os tricolores.

No Campeonato Brasileiro de 2008, tendo optado por disputar metade do campeonato com o time reserva para priorizar a disputa da Copa Libertadores da América, o time lutou contra o rebaixamento até a penúltima rodada, onde arrancou um empate com o São Paulo no Morumbi por 1 a 1, acabando com as possibilidades de rebaixamento.

Na última rodada, a torcida tricolor levou 51 172 torcedores presentes contra o Ipatinga (MG), para ver a despedida de Thiago Silva, carinhosamente chamado de "monstro" pelos torcedores, devido sua grandeza e garra em campo. Com o empate por 1 a 1 o Fluminense terminou o campeonato na 14ª posição classificando-se para a Copa Sul-Americana de 2009, e o seu atacante Washington terminou como artilheiro desta edição do Campeonato Brasileiro, tendo marcado 21 gols.

O seu zagueiro Thiago Silva foi eleito o melhor zagueiro-central do Campeonato Brasileiro de 2008 e ainda ganhou o "Craque da Galera" estabelecido pelo Globoesporte.com, como o melhor jogador deste campeonato, eleito por voto popular com 1 252 073 votos, cerca de 47% do total apurado.

Em 2009, com sucessivas trocas de técnicos e chegada constante de novos jogadores durante as competições, o Fluminense apresentou uma campanha bastante irregular, terminando o Campeonato Carioca em quarto, mas fazendo história na Copa do Brasil ao se tornar o oitavo clube a completar 100 jogos nesta competição (51 vitórias, 29 empates e 20 derrotas, 179 gols pró e 111 contra), no empate por 2 a 2 contra o Sport Club Corinthians Paulista, que seria o campeão desta competição, perante 68.158 torcedores presentes, vindo a terminar esta competição em sexto lugar.

2009-2012: de 99% rebaixado a 100% campeão - O Time de Guerreiros faz história

No Campeonato Brasileiro o time apresentava um desempenho sofrível com cerca de 99% da chance do rebaixamento,ate a 27º rodada ele estava em ultimo lugar,com apenas 21 pontos 14 derrotas 9 empates e apenas 4 vitorias,mesmo assim o time lutou até o fim,daí não perdeu mais,empate (1-1) contra o Corinthians,(2-1)contra o Santo André,(2-2) contra o Internacional,(2-2)contra Goiás,venceu o Atlético Mineiro por (2-1) ,virada histórica contra o Cruzeiro(3-2), chegando a levar 66.884 torcedores ao Maracanã na vitória sobre o Palmeiras por 1 a 0 em 8 de novembro, 55.030 na semana seguinte, na vitória de 2 a 1 contra o Clube Atlético Paranaense,na goleada por 3 a 0 no Sport, e 55.083 torcedores na vitória de 4 a 0 contra o Esporte Clube Vitória em 29 de novembro, quando conseguiu sair da zona de rebaixamento após 37 rodadas.Na última rodada só precisava de um empate para sair do risco do rebaixamento, e empatou com o Coritiba por 1 a 1 no Estádio Couto Pereira após manter-se invicto nos últimos 11 jogos por essa competição, o Flu escapou do rebaixamento, o que desencadeou violentas manifestações no estádio após o jogo, com dezenas de pessoas feridas, pelo rebaixamento deste clube paranaense,e assim o fluminense passou a ser chamado de "Time de Guerreiros" pela torcida.

Enquanto isso, pela Copa Sul-Americana o Fluminense completou 24 jogos de invencibilidade em competições da Conmebol com o mando de campo (a última derrota aconteceu contra o Argentinos Juniors em 5 de agosto de 1985,[61] clube que seria o campeão desta edição da Libertadores, ou 27 jogos, caso sejam considerados os jogos no Rio contra Vasco, Botafogo e Flamengo neste período, com o mando de campo dos adversários) após eliminar o Flamengo, golear o Alianza Atlético (Peru) por 4 a 1, em 1 de outubro, vencer o Universidad do Chile por 1 a 0, em 5 de novembro e o Cerro Porteño por 2 a 1 em 18 de novembro.

Nas semifinais, o Fluminense enfrentou o Cerro Porteño do Paraguai, tendo vencido a primeira partida em Assunção, por 1 a 0. Como acontecera na vitória sobre o Universidad de Chile, quando os torcedores locais atiraram objetos no time tricolor, os torcedores do Cerro atiraram pedras nos jogadores do Flu, vindo a ferir um policial local. Na partida de volta no Estádio do Maracanã, nova vitória, agora por 2 a 1, com os desesperados paraguaios arrumando briga ao final do jogo, que teve 41.816 espectadores presentes.[62]

Na final, o Fluminense enfrentou a LDU do Equador, mesmo adversário da decisão da Copa Libertadores da América de 2008, tendo perdido a primeira partida na altitude de Quito, por 5 a 1, precisando ganhar de 4 gols de diferença na partida de volta para levar a decisão para a prorrogação. Na partida do Maracanã, o Flu ganhou por 3 a 0 perante 69.565 torcedores presentes, tendo tido ainda um gol anulado em mais uma arbitragem de final continental polêmica, saindo de campo bastante aplaudido pela sua grande atuação,daí surgiu a alcunha: "Time de guerreiros". Pela segunda vez, a disputa entre as duas equipes acabou em outra final com mais gols na história da competição: 9 gols nas duas partidas.

A última partida do ano contra o Coritiba, na cidade de Curitiba, era um dos jogos decisivos para definir o rebaixamento, e foi um jogo dramático. Com a vitória do Botafogo sobre o Palmeiras, o empate assegurava ao Fluminense a permanência na primeira divisão de 2010, enquanto o Coritiba necessitava da vitória para se salvar. O Flu começou marcando com um gol legítimo de Fred, porém não validado pela arbitragem. Marquinho, de falta, abriu o placar para o tricolor, com o Coritiba conseguindo o empate, que decretou o resultado final de 1 a 1. Com o resultado, o Fluminense atingiu seu objetivo de permanecer na série A, consagrando uma das mais belas reações já vistas no futebol, visto que chegou a ter calculado pelos estatísticos 98,3% de possibilidades de cair e que, a 10 rodadas do fim do campeonato, estava com 22 pontos somados e a 9 pontos do primeiro time fora da zona de rebaixamento.

O Fluminense permaneceu invicto nas últimas 11 partidas disputadas pelo Campeonato Brasileiro de 2009, com 4 empates e 7 vitórias, sendo 6 delas consecutivas. Se considerarmos também a Copa Sul-Americana, foi uma invencibilidade total de 13 partidas, com 8 vitórias consecutivas. Das últimas 12 partidas do clube na temporada o Fluminense obteve 10 vitórias, 1 empate e 1 derrota.

Pela segunda vez consecutiva, agora em 2009, o Fluminense teve eleito por voto popular um jogador seu como o Craque da Galera do Campeonato Brasileiro de Futebol, desta vez o argentino Conca com mais de 9.000.000 de votos (cerca de 51% do total dos votos).[63]

No Campeonato Carioca 2010, o Fluminense terminou na terceira colocação, com 11 vitórias, 2 empates e apenas 2 derrotas, 36 gols a favor e 13 contra, enquanto na Copa do Brasil, após passar pelo Confiança, Uberaba e Portuguesa de Desportos, o Flu foi desclassificado nas quartas-de-finais contra o Grêmio, perdendo as duas partidas em que jogou desfalcado de seus dois principais atacantes (Fred e Allan, os dois com crises de apendicite que os levaram a serem operados), além de Conca no primeiro jogo e Mariano no segundo.

O Fluminense terminou a fase pré-Copa do Mundo de 2010 do Campeonato Brasileiro ao vencer o Avaí em Florianópolis por 3 a 0, em terceiro lugar, com 15 pontos, 2 atrás dos dois primeiros colocados, com 5 vitórias, 2 derrotas, 11 gols a favor e 5 contra. Dos 96 pontos disputados neste ano até essa partida, o time conquistou 67, com 21 vitórias, 4 empates, 7 derrotas, 62 gols a favor e 32 contra. O Avaí não perdia no Estádio da Ressacada há cerca de 9 meses (25 jogos).[64]

Por ter sido o campeão simbólico do primeiro turno do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2010, quando fez 38 pontos em 19 jogos (11 vitórias, 5 empates e 3 derrotas, 32 gols pró e 16 contra), tendo ainda ficado invicto por 15 rodadas nesse período, o Fluminense conquistou o Troféu Osmar Santos, oferecido pelo Jornal LANCE!.

Com uma sequência final de nove jogos invictos, o Fluminense sagrou-se campeão nacional pela terceira vez, sendo este o quarto título nacional do técnico Muricy Ramalho nesta década. O título de campeão brasileiro de 2010 foi o primeiro título relevante conquistado por um clube no Estádio do Engenhão, com o Cruzeiro, que venceu o Palmeiras, sagrando-se vice-campeão, já que o Corinthians apenas empatou com o Goiás. O Fluminense somou 71 pontos, com 20 vitórias, 11 empates e 7 derrotas, 62 gols pró e 36 gols contra, 62,3% de aproveitamento, tendo liderado o campeonato em 23 das 38 rodadas, com o argentino Conca tendo sido considerado o melhor jogador do campeonato pela CBF (júri e voto popular), jornal LANCE! e revista PLACAR, ele que jogou os 38 jogos, foi o artilheiro do time com 9 gols (Washington fez 10 gols no campeonato, mas 2 foram pelo São Paulo) e deu 19 assistências para gols tricolores. O lateral Mariano e o técnico Muricy foram outros destacados pela imprensa, assim como Émerson foi considerado o herói da partida decisiva.

Tendo perdido o seu treinador Muricy Ramalho no dia 13 de março, o Fluminense viveu momentos conturbados, mas ainda conseguiu terminar o Campeonato Carioca de 2011 como vice-campeão, tendo o seu atacante Fred terminado como artilheiro desta competição. Na disputa da Copa Libertadores da América de 2011, tendo disputado mais uma vez, aquele que era considerado pela imprensa como o grupo mais difícil da competição, conseguiu classificação para a segunda fase ao golear o Argentinos Juniors por 4 a 2 em Buenos Aires, quando tinha apenas 8% de possibilidades matemáticas de se classificar para a segunda fase segundo os estatísticos, com o time tendo sido recebido por cerca de 1.000 torcedores em festa ao chegar ao Aeroporto do Galeão em 22 de abril.[65]

Na primeira partida válida pelas oitavas de finais da competição de clubes mais importante do continente americano, ganhou do Club Libertad, do Paraguai, por 3 a 1 no Estádio do Engenhão, perante 25.378 torcedores presentes, vindo a ser eliminado por 3 a 0 na partida de volta, quando jogando cautelosamente para garantir o resultado que lhe favorecia, tomou dois gols nos últimos cinco minutos da partida.

No Campeonato Brasileiro de 2011 o time tricolor começou bastante irregular, terminando o primeiro turno em 11º lugar, com 25 pontos em 19 rodadas, passando a ter atuações bastante convincentes no segundo turno, quando com apenas 11 jogos, fez o mesmo número de pontos que havia feito em todo o primeiro turno. Ao vencer o time do Figueirense por 4 a 0 no Estádio Orlando Scarpelli, em 20 de novembro, em partida válida pela antepenúltima rodada, o Fluminense garantiu vaga para a Copa Libertadores da América de 2012, além de conquistar o título simbólico de campeão do segundo turno do Campeonato Brasileiro, ganhando o Troféu João Saldanha, pois o único clube que poderia alcançá-lo em número de pontos seria justamente o Figueirense, que seria derrotado pelo maior número de vitórias tricolores.[66] Ao fim deste campeonato, o Fluminense obteve a terceira colocação, com 63 pontos, 20 vitórias, 3 empates, 15 derrotas, 60 gols pró (ataque mais positivo do campeonato) e 51 contra. Fred terminou a competição como vice-artilheiro, com 22 gols, recorde de um jogador do Fluminense em uma única edição do Campeonato Brasileiro. Ainda com o Estádio do Maracanã fechado para obras, o recorde de público do Fluminense nesta competição foi de 40.232 presentes, na partida contra o América Mineiro, disputada em 12 de novembro.[67]

2012 foi um ano de quase invencibilidade para o Tricolor das Laranjeiras. Primeiramente, o Fluminense conquistou a Taça Guanabara, após vencer o Vasco por 3 a 1 no Estádio Olímpico João Havelange, com dois gols de Fred e um de Deco, perante 36.374 torcedores presentes, classificando-se para disputar a final do Campeonato Carioca contra o Botafogo, que ganharia posteriormente a Taça Rio. Na primeira partida decisiva, o Fluminense ganhou por 4 a 1, com dois gols de Rafael Sobis, completando Fred e Marcos Junior para o Fluminense, vindo a vencer o Botafogo de novo na segunda e decisiva partida por 1 a 0 com gol de Rafael Moura, sagrando-se campeão carioca.

Na primeira fase da Copa Libertadores da América de 2012, o Tricolor enfrentou em jogos de ida e volta os times do Arsenal de Sarandí, Boca Juniors e Zamora, tendo se tornado o quarto clube brasileiro e primeiro carioca a vencer o Boca Juniors em seu mítico La Bombonera, por 2 a 1, perante 47.769 pagantes, sendo cerca de 4.000 deles tricolores, tendo terminado a fase de grupos como o clube com a melhor campanha entre todos os competidores, assim como havia ocorrido em 2008.

Nas oitavas-de-final, o Fluminense eliminou o Internacional ao empatar por 0 a 0 em Porto Alegre,com um penalti defendido de Cavalieri, e ganhar por 2 a 1 o jogo de volta de virada com uma falta ensaiada cobrada por Thiago Neves onde Fred cabeciou pro gol, e novamente uma falta cobrada pelo mesmo mas dessa vez feito por Leandro Euzébio, classificando-se para enfrentar novamente o Boca Juniors, agora pelas quartas-de-finais. Na primeira partida, com uma arbitragem no mínimo polêmica, criticada pelas imprensas brasileira e argentina, o Boca derrotou o Fluminense por 1 a 0 em Buenos Aires, empatando a segunda partida no Engenhão por 1 a 1, com o Fluminense jogando sem 5 titulares, sendo eles, Deco, Fred, Carlinhos, Wellington Nem e Valencia. O jogo seguia com gol de Thiago Carleto para o Flu e a partida iria para os pênaltis, até que Santiago Silva aos 45' do segundo tempo do jogo fez o gol de empate para o clube argentino, decretando o resultado final perante 36.276 torcedores presentes, tendo o Tricolor terminado esta competição em quinto lugar, mesmo assim muito aplaudido pela torcida.

No Campeonato Brasileiro de Futebol de 2012, o Fluminense, teve que conciliar os jogos da competição nacional com os da fase final da Taça Libertadores.

O Fluminense, invicto até então, venceu o Flamengo por 1-0 com gol de Fred em 8 de julho, pela oitava rodada, no primeiro Fla-Flu realizado após o primeiro centenário do grande clássico, centenário que foi motivo de grandes comemorações e muita divulgação pela imprensa durante a semana que antecedeu ao confronto. Manteve-se invicto por 11 jogos até que foi derrotado pelo Grêmio pelo placar mínimo. Apesar da derrota, o time conseguiu se manter na briga para alcançar o líder do campeonato, que até então era o Atlético Mineiro.

Ao final do primeiro turno desta competição, o Fluminense ocupava o segundo lugar, com 42 pontos, recorde do clube em um único turno do Campeonato Brasileiro. Na goleada por 4 a 0 sobre o Bahia, o artilheiro Fred faz 2 gols de pênaltis e se tornou o maior goleador do Fluminense em campeonatos brasileiros, tendo em média nesse campeonato 0,70 gols. Na vigésima segunda rodada da competição, o Fluminense alcançou a liderança ao derrotar o Santos por 3-1 no estádio do Engenhão. Posição que não saiu desde então e com 3 rodadas de antecedência, após ganhar o Palmeiras por 2-3, jogando no estádio de Presidente Prudente com 3 gols de Fred e contando com o tropeço do Atlético Mineiro diante do Vasco da Gama(1-1), o tricolor garantiu-se TETRA CAMPEÃO BRASILEIRO DE 2012,motivo de muitas comemorações e trio elétrico na chegada do time às laranjeiras.

Este Campeonato Brasileiro que o Fluminense fez entrou para a história do clube, pois desde que a competição conta com a participação de vinte clubes, no sistema de pontos corridos, o clube das Laranjeiras teve uma das mais destacadas campanhas, mesmo se desinteressando pelas últimas três partidas, tendo disputado a última com o time reseva, exceto o lateral direito Bruno, o que evitou ultrapassar o recorde de pontos do São Paulo em 2006. Ao final deste campeonato ainda pode-se acrescentar a isso os marcos de ter a melhor defesa (33 gols), o segundo melhor ataque (61 gols), o menor número de derrotas (apenas 5), o maior número de vitórias (22) e o artilheiro do campeonato, Fred, com 20 gols, ele que recebeu também a premiação da CBF como o melhor jogador.

Na conquista da taça do Superclássico das Américas em 21 de novembro de 2012, o Fluminense esteve representado em campo por cinco jogadores, sendo eles, o seu goleiro Cavalieri, o lateral Carlinhos, os meias Jean e Thiago Neves, que participaram da cobrança de pênaltis, além do atacante Fred, autor do gol da Seleção Brasileira nesta partida, enquanto Edwin Valencia defendeu a Seleção Colombiana nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2014.

No Campeonato Carioca 2013, o clube optou por disputar quase todas as partidas com o time reserva ou misto, a fim de privilegiar a competição continental, ainda assim vindo a terminar este campeonato em terceiro lugar.

Classificado pela quarta vez em seis anos para disputar a Copa Libertadores da América (em 2009 disputou com brilho a Copa Sul-Americana), o Fluminense terminou a fase de grupos desta competição como o primeiro colocado de seu grupo, que tinha ainda o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense (RS), o Club Deportivo Huachipato (Chile) e o Caracas Fútbol Club (Venezuela), habilitando-se para disputar as Oitavas-de-final contra o Club Sport Emelec (Equador), quando perdeu a primeira partida com o mando do clube equatoriano por 2 a 1, tendo sido marcado um pênalti contestadíssimo que a deu vitória ao time oponente, com o Tricolor ganhando a partida de volta por 2 a 0.

Nas Quartas-de-final, o Fluminense enfrentou o Club Olimpia (Paraguai), empatando a primeira partida no Rio de Janeiro por 0 a 0, vindo a perder a partida de volta por 2 a 1, em um jogo marcado pela catimba do time paraguaio.

Uniformes

Uniformes titulares

  • 1º - Listras verticais em branco, verde e grená;
  • 2º - Branco com detalhes em grená e verde;
  • 3º - Grená com detalhes dourados. Este uniforme foi apresentado e inaugurado em 4 de agosto de 2011, em jogo pelo Campeonato Brasileiro contra o Internacional.[68][69]
  • 4º - Branco com a metade cinza e detalhes grenás. Este uniforme é uma homenagem aos 110 anos do Fluminense e foi lançado em 21 de julho de 2012, dia de seu aniversário de 110 anos[70].
  • A empresa Adidas, fornecedora do clube carioca faz um novo modelo de terceiro uniforme a cada dois anos.
Cores do Time
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1º Uniforme
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2º Uniforme
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3º Uniforme
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Comemorativo

Uniformes dos goleiros

  • Camisa azul marinho, calção e meias azuis-marinho;
  • Camisa dourada, calção e meias pretas.
Cores do Time
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Uniformes de treino

  • Camisa cinza, calção e meias cinzas;
  • Camisa azul, calção e meias azuis.
Cores do Time
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Patrocinadores [71]

O Fluminense mantém com seus patrocinadores as mais duradouras relações do futebol brasileiro, período em que a UNIMED RJ, entre 1999 e 2012, aumentou o número de segurados de 238.000 para 900.000.[72], saltando no mesmo período de quarto lugar entre as seguradoras de saúde do Brasil, para o de maior seguradora deste ramo.[73]

Material Esportivo
Período Fornecedor
19761980 Alemanha Adidas
Brasil Rainha
19811985 França Le Coq Sportif
19851994 Brasil Penalty
19941996 Inglaterra Reebok
1996 Alemanha Adidas
Patrocinador
Período Patrocinador
1984 Suíça Mondaine
Brasil Banco Nacional
Estados Unidos Kodak
1985 Brasil Tavares Roupas
Brasil Sul América Seguros
1986 Estados Unidos Heart Line
1987 Brasil 1001 Turismo
19871994 Estados Unidos Coca-Cola
19951996 Coreia do Sul Hyundai
1997 Brasil NET
19971998 Portugal Oceânica Seguros
Brasil SporTV
1999 Inglaterra Sonrisal
Estados Unidos MTV
1999 Brasil Unimed (Futebol e Polo aquático)
2010 Estados Unidos BNY Mellon (Polo aquático e Basquete)
Parceiros
Período Parceiros
2008 Brasil Estados Unidos Traffic [74]
2010 Alemanha Volkswagen [75]
2010 IPHAN / IPPP [76]
2010 Brasil AmBev [77]
2011 Itália TIM [78]

Sedes

Estádio das Laranjeiras

Primeiro Jogo da Seleção Brasileira contra o Exeter City Football Club disputado no estádio Estádio Manoel Schwartz.
Estádio das Laranjeiras em 1919.

Sua sede social no bairro de Laranjeiras faz parte da história da cidade do Rio de Janeiro pelos seus bailes, festas e eventos culturais que marcaram várias gerações, além de ser uma obra de arquitetura europeia de grande beleza, idealizada pelo arquiteto catalão Hypolito Pujol e adornada por elegantes vitrais belgas que se destacam em sua fachada.

No ano de 1904, o Fluminense mandou construir uma pequena arquibancada de madeira para acomodar o público e cobrou pela primeira vez pelas entradas do público em seus jogos.

Em 1907, o Fluminense inaugurou a sua primeira quadra de Tênis, em 1909 já possuía três e em 1911, quatro. Um grande destaque nos anos iniciais deste esporte foi Alberto Santos Dumont, que durante anos frequentou o Tricolor, seu clube de coração, sendo também árbitro em partidas amistosas.

Terceira sede do clube. Esse prédio não existe mais.

Em 1915, o Fluminense amplia significativamente a sua sede, incluindo um aumento da capacidade de suas arquibancadas para 5.000 pessoas, e o Clube Atlético Paulistano, cujos ideais eram iguais aos seus, considerada como sócios-temporários os sócios do Fluminense de passagem por São Paulo.

Foi em seu Estádio das Laranjeiras, inaugurado em 1919, que a Seleção Brasileira conquistou os seus primeiros títulos relevantes, tendo disputado um total de dezoito partidas, com quinze vitórias e três empates,[7] estádio que também foi palco de várias decisões de títulos, não só do Fluminense e da Seleção Brasileira, como também de outros clubes e seleções estaduais.[79]

Em 1919, também foram inaugurados o Parque Aquático e o Stand de Tiro.

Na tarde de 28 de maio de 1921, o Fluminense apresentou em seu Salão Nobre, o primeiro vesperal de Arte e Teatro nos moldes dos realizados nas grandes salas da Europa, o que se repetiria por muitos anos.

Em 1922, o Brasil comemorou o Centenário de sua Independência e mais uma vez o governo brasileiro recorreu ao Fluminense, cujas instalações já eram as mais modernas do continente americano, para assumir a responsabilidade pelo financiamento e organização do Campeonato Sul-Americano de Seleções e pelos Jogos Olímpicos Latino-Americanos, um dos jogos precursores dos Jogos Pan-Americanos.

O Fluminense respondeu ao governo brasileiro que não tinha condições de assumir tal responsabilidade, que demandava um custo muito alto para adaptar as suas instalações para comportar dois eventos de tal magnitude. Mas o governo brasileiro assumiu por escrito grande parte da responsabilidade e o Fluminense a aceitou, embora mais tarde os governantes de então não tenham cumprido a sua parte e o Fluminense tenha arcado sozinho com a organização destes dois grandes eventos.

Pelo menos o grande esforço patriótico do Fluminense deu resultado, pois as duas competições foram um sucesso, o Fluminense ampliou o seu estádio, construiu um ginásio e ampliou todas as suas instalações, tendo dado provavelmente a maior contribuição do país para os festejos desta importante data nacional e sido sede dos dois primeiros títulos relevantes da Seleção nacional.[80]

No ano de 1926, o tricolor inaugurou o Teatro Fluminense, palco de grandes artistas e espetáculos durante muitas décadas.

No ano de 1961, o Fluminense novamente daria outra grande demonstração de espírito público ao concordar com a desapropriação de parte de seu estádio para o alargamento da rua Pinheiro Machado, o que lhe trouxe um prejuízo técnico e financeiro incalculável com o passar dos anos, pois tornou o seu histórico estádio obsoleto, em troca da melhora do trânsito no bairro de Laranjeiras e em toda a cidade, pois desembocam pelo viaduto da rua Pinheiro Machado milhares de carros por dia, muitos vindo do Túnel Santa Bárbara, que liga o Centro à Zona Sul.

Parque Aquático Jorge Frias de Paula

Em 1919 inaugura-se o parque aquático, contando com quatro piscinas sendo duas olímpicas, uma de salto ornamental, e outra piscina de polo aquático, como forma uma forma de reconhecimento aos atletas do clube. Nessa época, o Fluminense era a base da Seleção olímpica.

Stand de tiro

O Stand de tiros do Fluminense, fundado em agosto de 1919, na gestão de Arnaldo Guinle, composto por 6 postos de 5 a 50 metros.

O clube foi um dos principais pioneiros do esporte no Brasil. Por ser um dos esportes mais tradicionais e respeitadas pelas principais entidades desportivas mundiais, o esporte era praticado pelas "elites" do Rio de Janeiro e militares por vários anos. No Brasil o tiro desportivo conta com mais de 100 anos de glória e existência, e que teve um dos seus alicerces apoiado pelo Fluminense Football Club.

Em 1934, devido a grande quantidade de praticantes, o clube tomou uma medida em aumentar o estande, tornando-o sede de competições nacionais e internacionais.

O Stand possibilita aos seus frequentadores, perfeito para a prático do tiro Esportivo, nas distância de 5 a 50 metros, com 20 postos modernos localizados em dois andares.

Quadra de tênis central Nélson Vaz Moreira

Inaugurado em 1907, trazendo adeptos do esporte branco, tradicionalmente aristocrático, o esporte cada vez mais atraiam praticantes, o que culminou com a construção de uma segunda quadra em 1908, contando com quatro quadras existentes desde 1911, colocando de vez o Fluminense no cenário Tenístico Nacional.

A evolução do Tênis no Fluminense atingiu sua fase áurea em 1929, com a construção da quadra central, para o 9º campeonato Sul-americano em disputa da Taça Miltre.

A partir de então, as quadras do Fluminense Football Club foram palcos das maiores partidas internacionais realizadas no Brasil.

Xerém, distrito da cidade de Duque de Caxias é o local onde treinam as categorias de base do Fluminense, em um espaço de 130.000 metros quadrados que será vizinho do novo Centro de Treinamento dos jogadores profissionais, ainda em construção.

Em 15 de junho de 2007, o Fluminense inaugurou o Hotel Telê Santana, primeiro passo para a instalação do futebol profissional neste novo Centro de Treinamento. O hotel Telê Santana tem 26 quartos, piscina, restaurante, bar, sala para preleções e extensa área verde em seu redor.[81]

Distribuídos no Centro de Treinamento Vale das Laranjeiras estão 6 campos para treinos e 1 campo para jogos. O campo principal (1) possui dimensões máximas oficiais (110x76 m) e normalmente é utilizado apenas em jogos oficiais das categorias de base. Este campo conta com uma arquibancada capaz de receber cerca de 2.000 torcedores.

Os outros seis campos são utilizados para a realização dos treinamentos técnicos das diversas categorias, sendo um deles, especialmente para o treinamento dos goleiros.

O Fluminense orgulha-se do trabalho desenvolvido em Xerém não só pela conquista de importantes títulos internacionais, difundindo pelo mundo a tradição tricolor, mas, principalmente, pelo desenvolvimento da formação e qualificação de atletas e cidadãos.

Segue a lista de alguns jogadores revelados em Xerém: Roger, Carlos Alberto, Roberto Brum, Arouca, Diego Souza, Thiago Silva, Jancarlos, Júnior César, Antônio Carlos, Rodolfo, Fernando Henrique, Toró, Marcelo, Lenny, Digão, Dalton, Tartá, Alan, Maicon, Wellington Nem, Fábio, Rafael, Marcos Júnior, Samuel e Lucas Patinho.[82]

Departamentos

O Fluminense inclui entre suas principais atividades polidesportivas o Polo aquático e o Showbol, além de ser um dos clubes que mais revelam talentos para o futebol, sendo um vitorioso em suas categorias de base, tanto em competições nacionais quanto em torneios internacionais e mundiais. Abaixo segue uma grade representativa dos departamentos abrangidos pelo Fluminense.

Departamentos ativos do Fluminense
Futebol Basquetebol (masculino) Basquetebol (feminino)
Futebol 7 Voleibol (masculino) Voleibol (feminino)
Futsal Polo aquático (masculino) Polo aquático (feminino)
Futebol de areia Futebol americano (masculino) Futebol americano (feminino)


Fluboutique

A Fluboutique foi inaugurada no dia 19 de junho de 1981, na sede das Laranjeiras, fundada pelos irmãos Remo Bruno e Pascoal Bruno. Filhos de italianos da região de Calábria, os dois são apaixonados pelo Tricolor, fazendo jus a tradição da colônia italiana no Rio de Janeiro de adotarem o Fluminense Football Club como o seu time de coração, colaborando com os seus trabalhos para aumentar ainda mais a popularidade do Fluminense.

Estádios

Estádio das Laranjeiras

Ver artigo principal: Estádio das Laranjeiras
Estádio das Laranjeiras, berço da Seleção Brasileira.

O Estádio Manuel Schwartz é mais conhecido como Estádio (do bairro) das Laranjeiras ou, também, Estádio Álvaro Chaves, devido ao nome da rua onde fica localizado. Foi o local onde o tricolor carioca mandou seus jogos durante décadas. Porém, por motivos de segurança, em função da grande demanda de público em seus jogos, não o faz mais, jogando atualmente no Maracanã.

Laranjeiras, todavia, continua como sede oficial do clube e é o campo onde o time de futebol do Fluminense realiza seus treinamentos.

Em 14 de agosto de 1904, foi realizado o primeiro jogo interestadual no Campo da Rua Guanabara, que ficava no mesmo local do Estádio das Laranjeiras, apenas com o gramado em posição diferente, contra o Paulistano. Havia uma distinção entre estruturas de estádios nas primeiras décadas do século XX, de modo que o Campo da Rua Guanabara, com as suas arquibancadas de madeira, ainda não era considerado um estádio, sendo o Estádio das Laranjeiras o primeiro a ser totalmente construído de cimento na América Latina.

Já a primeira partida do Fluminense no Estádio das Laranjeiras, foi na vitória por 4 a 1 sobre o Vila Isabel em 13 de julho de 1919, em partida válida pelo returno do Campeonato Carioca, com os gols tricolores tendo sido marcados por Henry Welfare (3) e Machado.

O tradicional estádio foi palco de grandes conquistas do Tricolor, de muitas decisões de campeonatos, com o Fluminense tendo conquistado 18 títulos em seu estádio (incluindo 6 torneios início), que também foi a primeira casa da Seleção Brasileira, onde a seleção canarinho ganhou os seus primeiros títulos oficiais relevantes e onde se tornou conhecida no mundo.

Inaugurado em 1919 com capacidade para 18.000 pessoas e tendo tido sua capacidade ampliada para 25.000 pessoas já a partir de 1922, em alguns jogos este estádio teve públicos estimados maiores que a sua capacidade, mas aparentemente o recorde de público pagante deste estádio foi na partida Fluminense 3 a 1 Flamengo, em 14 de junho de 1925, quando 25.718 espectadores pagaram ingressos, embora nos dias de hoje se desconheça o público da partida do Fluminense contra o Sporting Clube de Portugal, realizado em 15 de julho de 1928 na disputa da Taça Vulcain, com o estádio lotado e mais 2.000 cadeiras sendo colocadas na pista de atletismo para comportar o público presente.[83] Atualmente a capacidade do Estádio é de 8.000 pessoas, após a demolição de parte de suas arquibancadas em 1961 e medidas para garantir a segurança e o conforto de eventuais assistentes, já que o estádio está desativado para jogos oficiais.

Por conta disso, o Fluminense não manda seus compromissos futebolísticos no seu estádio, pois esse não tem mais condições de segurança para receber eventos de grande porte. Atualmente é usado apenas para treinos e pequenos eventos comemorativos.

O Fluminense disputou em Laranjeiras 839 partidas, com 531 vitórias, 158 empates e 150 derrotas, 2.206 gols pró e 1049 gols contra, até o último jogo disputado, em 26 de fevereiro de 2003, no empate de 3 a 3 contra o Americano Futebol Clube, pelo Campeonato Carioca.[84]

Estádio do Maracanã

Ver artigo principal: Estádio do Maracanã
Estádio Jornalista Mário Filho, onde o Fluminense tem o mando dos seus jogos.

O Estádio Jornalista Mário Filho, mais conhecido como Maracanã, se localiza na cidade do Rio de Janeiro e foi inaugurado em 1950 com capacidade para receber 200 mil pessoas, tendo sido utilizado na Copa do Mundo de Futebol daquele ano. Desde então, o Maracanã foi palco de grandes momentos do futebol brasileiro e mundial, como finais do Campeonato Carioca de Futebol, Torneio Rio-São Paulo, Campeonato Brasileiro, Taça Libertadores da América, Mundial de Clubes da FIFA e da Copa Rio, além de competições internacionais diversas entre seleções nacionais e partidas amistosas da Seleção Brasileira. O Maracanã foi também um dos locais de competição dos Jogos Pan-Americanos de 2007, recebendo as partidas de futebol, e as cerimônias de abertura e de encerramento deste grande evento.

Ao longo do tempo, no entanto, o estádio também passou a assumir caráter de espaço multiuso ao receber outros eventos como espetáculos e partidas de outros esportes, como o voleibol em uma oportunidade. Após diversas obras para modernização, conforto e segurança, a capacidade do estádio era de cerca de 86 mil espectadores antes da paralisação para as obras visando a Copa do Mundo de 2014, devendo, caso não haja modificações no projeto inicial, ser reduzida ainda mais, para 76.500 torcedores,[85] o que não lhe tirará o título de maior estádio do Brasil.

O Fluminense atualmente manda seus jogos no Maracanã, que mesmo não sendo de propriedade do clube, e sim do Governo do Estado do Rio de Janeiro, é a casa da torcida tricolor, tendo o Fluminense conquistado 37 títulos de campeão apenas considerando a categoria de profissionais, no grande e mítico estádio, além de outras tantas campanhas inesquecíveis disputadas nele, tais como as dos vice-campeonatos da Copa Libertadores da América e da Copa Sul-Americana, ou o desfile de craques da equipe conhecida como a Máquina Tricolor.[86][87]

O Fluminense disputou no Maracanã 1 581 partidas, com 771 vitórias, 402 empates e 408 derrotas, 2 609 gols pró e 1 709 gols contra, até o último jogo disputado, em 1 de setembro de 2010, no empate de 1 a 1 contra a Sociedade Esportiva Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro.[88]

Estádio Olímpico João Havelange

Desde 8 de setembro de 2010, quando o Maracanã foi fechado para obras, o Fluminense Football Club passou a realizar a maioria de seus jogos no Estádio Olímpico João Havelange, popularmente conhecido como Engenhão. O Engenhão, estádio construído pela Prefeitura do Rio de Janeiro, foi inaugurado em um Clássico Vovô, quando o Fluminense, que tinha o mando de campo, jogou contra o Botafogo em partida válida pelo Campeonato Brasileiro de Futebol de 2007, com o jogador Alex Dias, do Fluminense, tendo sido o autor do primeiro gol neste estádio, onde em 2010 o Tricolor foi Campeão Brasileiro - primeiro título relevante conquistado por um clube carioca neste novo palco.

Equipe principal

Última atualização: 02 de Novembro de 2024.[89][90][91]

Elenco atual do Fluminense Football Clubb
N.º Pos. Nome N.º Pos. Nome N.º Pos. Nome
1 G Brasil Fábio Capitão³ 14 A Argentina Germán Cano 32 A Brasil Isaac
2 LD Brasil Samuel Xavier 16 V Brasil Nonato 45 M Brasil Lima
3 Z Brasil Thiago Silva Capitão 18 A Brasil Lelê 46 LD Brasil Justen
4 Z Brasil Ignácio 19 A Brasil Kauã Elias 50 G Brasil Gustavo Ramalho
5 V Uruguai Facundo Bernal 20 V Brasil Victor Hugo 53 LE Brasil Esquerdinha
6 LE Brasil Diogo Barbosa 21 M Colômbia Jhon Arias 55 V Brasil Wallace Davi
7 M Brasil Renato Augusto 23 LD Brasil Guga 77 A Brasil Marquinhos
8 V Brasil Martinelli 25 Z Brasil Antônio Carlos 80 M Uruguai David Terans
9 A Brasil John Kennedy 26 Z Brasil Manoel 90 A Colômbia Kevin Serna
10 M Brasil Ganso Capitão² 29 Z Brasil Thiago Santos 98 G Brasil Vitor Eudes
11 A Brasil Keno 30 Z Brasil Felipe Melo
13 Z Brasil Felipe Andrade 31 LE Colômbia Gabriel Fuentes

Técnico: Brasil Mano Menezes

Categorias de base

Sub-23

Elenco atual

Goleiros
Jogador
Brasil Luis Cetin
Brasil Cleriston
Defensores
Jogador Pos.
Brasil Douglas Maia Z
Brasil Ricardo Z
Brasil Giovane LD
Brasil Mateus LD
Meio-campistas
Jogador Pos.
Brasil Caio V
Brasil Grafite V
Brasil William Rocha M
Brasil Dielton M
Atacantes
Jogador
Brasil Kasado
Brasil Neves
Brasil Cezar
Comissão técnica
Nome Pos.
Brasil Mário Marques T
Legenda
  • Capitão: Capitão
  • Lesionado: Jogador lesionado/contundido
  • +: Jogador em fase final de recuperação
  • +: Jogador que volta de lesão/contusão
  • Suspenso: Jogador suspenso

Transferências 2012

Legenda

Juniores

Elenco atual

  • Atualizado em 7 de agosto de 2012.[92][93]
Goleiros
Jogador
Brasil Francisco
Brasil Gustavo
Brasil Leanderson Luiz
Defensores
Jogador Pos.
Brasil Cassiano Z
Brasil Ighort Z
Brasil Léo Lelis Z
Brasil Lucas Trindade Z
Brasil Romário Z
Brasil Erick LE
Brasil Ronan LE
Meio-campistas
Jogador Pos.
Brasil Cyro V
Brasil Diego V
Brasil João Clériston V
Brasil Leonardo Henrique V
Brasil Luiz Fernando V
Brasil Luis Henrique V
Brasil Lucas Garcia V
Brasil Rudigullithi V
Brasil Willian V
Brasil Almir M
Brasil Ânderson Ribeiro M
Brasil Mateus Régis M
Brasil Caio M
Brasil Eduardo M
Brasil Emerson M
Brasil Gian M
Brasil Igor Julião M
Brasil Lucas Henrique M
Brasil Marcelo M
Brasil Rafael Assis M
Brasil Robert M
Atacantes
Jogador
Brasil Biro Biro
Brasil Charles
Brasil Felipe
Brasil Jefferson
Brasil Matheus Alves
Brasil Michael
Brasil Pablo
Brasil Rafael
Brasil Wellington
Brasil Darlan
Comissão técnica
Nome Pos.
Brasil Marcelo Veiga T
Brasil Edevaldo Freitas AS
Legenda
  • Capitão: Capitão
  • Lesionado: Jogador lesionado/contundido
  • +: Jogador em fase final de recuperação
  • +: Jogador que volta de lesão/contusão
  • Suspenso: Jogador suspenso

Transferências 2012

Legenda

Principais títulos

Honrarias
Competição Títulos Temporadas
Taça Olímpica(1) 1 1949
Campeão Carioca do Século XX(2) 1 19062000
Intercontinentais
Competição Títulos Temporadas
Copa Rio Internacional 1 1952
Nacionais
Competição Títulos Temporadas
Ficheiro:Cbf brazilian championship trophy.svg Ficheiro:Cbf brazilian championship trophy 02.svg Campeonato Brasileiro 4 1970(3), 1984, 2010 e 2012
Copa do Brasil 1 2007
Ficheiro:B Series Brazilian Championship Trophy.png Campeonato Brasileiro - Série C 1 1999
Interestaduais
Competição Títulos Temporadas
Ficheiro:Rio-SãoPaulo.png Torneio Rio-São Paulo 2 1957 e 1960
Taça Ioduran 1 1918
Zona Sul da Taça Brasil 1 1960
Estaduais
Competição Títulos Temporadas
Rio de Janeiro Campeonato Carioca 31 1906, 1907(4), 1908, 1909, 1911, 1917, 1918, 1919, 1924, 1936, 1937, 1938, 1940, 1941, 1946(5), 1951, 1959, 1964, 1969, 1971, 1973, 1975, 1976, 1980, 1983, 1984, 1985, 1995, 2002, 2005 e 2012
Rio de Janeiro Torneio Extra 1 1941
Rio de Janeiro Torneio Municipal do Rio de Janeiro 2 1938 e 1948
Rio de Janeiro Torneio Aberto do Rio de Janeiro 1 1935
Rio de Janeiro Torneio Início 9 1916, 1924, 1925, 1940, 1941, 1943, 1954, 1956 e 1965
Rio de Janeiro Copa Rio 1 1998
Rio de Janeiro Taça Guanabara 9 1966, 1969, 1971, 1975, 1983, 1985, 1991, 1993 e 2012
Rio de Janeiro Taça Rio 2 1990 e 2005

(1) O Fluminense Football Club é o único clube de futebol no mundo a ter conquistado a Taça Olímpica, além de ser a única instituição brasileira a ter seu nome inscrito nela.

(2) Por ter sido o clube carioca com maior número de títulos estaduais no século passado.

(3) Título reconhecido oficialmente em 2010 pela CBF, apesar de já ser listado pela antiga CBD como campeonato nacional em seus boletins oficiais entre 1971 e 1974.

(4) Co-campeão com o Botafogo.

(5) Esta edição da competição ficou conhecida como Supercampeonato Carioca.

Campeão invicto

Estatísticas

Temporadas

Últimas dez temporadas
Ano Campeonato Brasileiro Copa do Brasil América do Sul Campeonato Carioca
Div. Pos. J V E D GP GC Fase Máxima Competição Fase Máxima Taça GB Taça Rio Pos.
2004 A 46 18 13 15 65 68 Oitavas-de-final Final Final
2005 A 42 19 11 12 79 70 Final SA Quartas-de-final 1ª Fase Final
2006 A 15º 38 11 12 15 48 58 Semifinal SA Oitavas-de-final 1ª Fase 1ª Fase
2007 A 38 16 13 9 57 39 Final 1ª Fase 1ª Fase
2008 A 14º 38 11 12 15 49 48 CL Final Semifinal Final
2009 A 16º 38 11 13 14 49 56 Quartas-de-final SA Final Semifinal Semifinal
2010 A 38 20 11 7 62 36 Quartas-de-final Semifinal Semifinal
2011 A 38 20 2 15 60 51 CL Oitavas-de-final Semifinal Semifinal
2012 A 38 22 11 5 61 33 CL Quartas-de-final Final 1ª Fase
2013 A Em disputa Em agosto CL Quartas-de-final Semifinal Final


Legenda:
     Campeão
     Vice-campeão
     Classificado à Copa Libertadores da América
     Classificado à Copa Sul-Americana
     Rebaixado à Série B
     Acesso à Série A

Ídolos e grandes jogadores

Predefinição:Ídolos do Fluminense Football Club

Estatísticas e recordes

Jogadores com mais partidas

Jogador Jogos
Brasil Castilho 699
Brasil Pinheiro 603
Brasil Telê Santana 556
Brasil Altair 549
Brasil Escurinho 490
Brasil Rubens Galaxe 462
Brasil Denílson 433
Brasil Assis (zagueiro) 424
Brasil Waldo 403
10º Brasil Marcão (volante) 397

Maiores goleadores

Jogador Gols Período
Brasil Waldo 319 Gol marcado 1954-1961
Brasil Orlando Pingo de Ouro 188 Gol marcado 1945-1955
Brasil Telê Santana 165 Gol marcado 1950-1961
Brasil Hércules 164 Gol marcado 1935-1942
Inglaterra Welfare 163 Gol marcado 1913-1923
Afeganistão Russo 150 Gol marcado 1933-1944
Brasil Preguinho 129 Gol marcado 1925-1939
Brasil Washington 124 Gol marcado 1983-1989
Brasil Ézio 119 Gol marcado 1991-1995
10º Brasil Magno Alves 111 Gol marcado 1998-2002

Técnicos com o maior número de partidas

Técnico Jogos
Brasil Zezé Moreira 467
Uruguai Ondino Vieira 300
Brasil Abel Braga 204
Brasil Renato Gaúcho 178
Brasil Tim 166
Brasil Nelsinho Rosa 156
Brasil Carlos Alberto Parreira 146
Brasil Sylvio Pirillo 138
Brasil Luís Vinhaes 137
10º Brasil Paulo Emílio 126

Jogadores Estrangeiros

Partidas Históricas

Símbolos

Escudo

Com relação ao formato, o tipo de escudo do Fluminense segue o padrão suíço dos século XVIII e XIX, tendo Oscar Alfredo Cox estudado neste país no século XIX antes de voltar ao Brasil para introduzir o futebol de forma organizada no Rio de Janeiro, o que parece indicar de forma ainda mais segura, a origem da inspiração para a formação do escudo tricolor, que tem grafadas as iniciais do clube entrelaçadas em seu conteúdo[95]. O estilo das letras é gótico, tipo Old English, cuja origem remonta ao Norte dos Alpes, na região hoje com o nome de Alemanha, país que faz fronteira com a Suíça.[96]

As três estrelas

As três estrelas acima do escudo do Fluminense simbolizam os três tricampeonatos cariocas conquistados (1917/1918/1919, 1936/1937/1938 e 1983/1984/1985), não incluindo os três títulos conquistados na brilhante campanha do tetracampeonato (1906/1907/1908/1909).

Cores

A primeira bandeira do Fluminense em 1903
Atual bandeira Tricolor

Assim, o Estatuto do Fluminense descreve as cores oficiais do clube:

Art. 144 – As cores oficiais do FLUMINENSE são: encarnado, branco e verde, e obedecerão os padrões definidos nas classificações do Atlas de Hicktier, elaborado segundo a "Escala Europa", e o Atlas de Munsell.

a) De acordo com a Escala Europa, o encarnado é composto de:

- 50% de ciano (azul ciano) - 90% de magenta (vermelho púrpura) - 80% de amarelo - 20% de preto

De acordo com o Atlas de Munsell, a classificação é: 5R 2/8.

b) De acordo com a Escala Europa, o verde é composto de:

- 90% de ciano (azul ciano) - 50% de magenta (vermelho púrpura) - 80% de amarelo - 10% de preto

De acordo com o Atlas de Munsell, a classificação é: 5 BG 2/4.

§ 1º - Para impressão gráfica (CMYK), as definições das cores são:

a) Encarnado

C – 0 Y - 65 M – 100 K – 47

b) Verde

C – 100 Y - 83 M – 0 K - 47

Art. 145 - O pavilhão, a flâmula, os uniformes oficiais e os distintivos do FLUMINENSE terão as cores oficiais descritas no art. 144 e deverão estar de acordo com os modelos aprovados pelo Conselho Deliberativo, sendo permitida a inserção de propaganda comercial nos uniformes, independentemente de consulta ao Conselho Deliberativo.

§ 1º - O FLUMINENSE poderá criar uniformes não oficiais, com cores diferentes das oficiais, desde que os modelos, previamente apresentados, sejam aprovados pelo Conselho Deliberativo.

§ 2º - Os uniformes não oficiais somente poderão ser usados em jogos amistosos ou torneios não oficiais.

Art. 146 - O pavilhão do FLUMINENSE é constituído de duas partes iguais, encarnada a superior e verde a inferior, separadas por uma faixa branca e tendo no meio, traçados em branco, o escudo e o monograma do Clube.

Hinos[97]

O Fluminense possui um hino oficial e um popular. O primeiro Hino teve a letra composta por Coelho Neto sobre a música de Jack Judge e Harry Williams - It's a Long Way to Tipperary - e foi cantado pela primeira vez na solenidade de inauguração da 3ª sede do clube, a 23 de julho de 1915.

O hino oficial possui letra e música de Antônio Cardoso de Menezes Filho, tendo sido criado em 1916 para tomar o lugar do primeiro hino do clube, criado em 1915, e que estava sendo motivo de paródias.

O hino popular do Fluminense Football Club, intitulado de Marcha Popular, foi composto na década de 1940, por Lamartine Babo - um dos mais importantes compositores populares do Brasil. A letra foi composta pelo maestro Lyrio Panicali. Sem dúvida, dos três, é o mais conhecido e tem a particularidade de ser o único hino, dentre os de todos os grandes clubes brasileiros, em tom menor.

O primeiro hino

Letra: Coelho Neto

O Fluminense é um crisol
Onde apuramos a energia
Ao pleno ar, ao claro sol
Lutando em justas de alegria
O nosso esforço se congraça
Em torno do ideal viril
De avigorar a nova raça
Do nosso Brasil!

Corrige o corpo como artista
Vida imprime à estátua augusta
Faz da argila uma robusta
Peça de aço onde a alma assista
Na arena como na vida
Do forte é sempre a vitória
Do estádio foi que a Grécia acometida
Irrompeu para a glória

Ninguém no clube se pertence
A glória aqui não é pessoal
Quem vence em campo é o Fluminense
Que é, como a Pátria, um ser ideal
Assim nas justas se congraça
Em torno dum ideal viril
A gente moça, a nova raça
Do nosso Brasil!

Adestra a força e doma o impulso
Triunfa, mas sem alardo
O herói é bravo mas galhardo
Tão forte d'alma que de pulso
A força esplende em saúde
E abre o peito à bondade
A força é a expressão viva da virtude
E garbo da mocidade

Hino Oficial do Fluminense Football Club

Letra: Antônio Cardoso de Menezes Filho

Companheiros de luta e de glória
Na peleja incruenta e de paz
Disputamos no campo a vitória
Do mais forte, mais destro e sagaz!

Nossas liças de atletas são mansas
Como as querem os tempos de agora
Ressuscitam heróicas lembranças
Dos olímpicos jogos de outrora

Não nos cega o furor da batalha
Nem nos fere o rival, se é mais forte!
Nossas bolas são nossa metralha
Um bom goal, nosso tiro de morte

Fluminense, avante, ao combate
Nosso nome cerquemos de glória
Já se ouve tocar a rebate
Disputemos no campo a vitória.

Gravação original da Marcha (Hino Popular) do Fluminense

A gravação original, histórica, rara e preciosa, foi feita na década de 1940 pelo Trio Melodia que era formado por três tricolores famosos: Paulo Tapajós, Nuno Roland e Albertinho Fortuna, destaques da Rádio Nacional em sua época. O acompanhamento é da orquestra do maestro Lyrio Panicali.

Paulo Tapajós, figura das mais queridas do Flu em sua época, é Benemérito do clube e foi Vice-presidente Social nas gestões de vários presidentes.

A remasterização desta gravação e transformação para o formato MP3, resgata a letra correta da marcha, alterada em diversas gravações posteriores, e recupera a terceira estrofe, relativa ao "branco", abandonada em muitas dessas outras gravações.

Hino do Fluminense Football Club (Popular)

Letra: Lamartine Babo - Música: Lyrio Panicali

Sou tricolor de coração
Sou do clube tantas vezes campeão
Fascina pela sua disciplina
O Fluminense me domina
Eu tenho amor ao tricolor!

Salve o querido pavilhão
Das três cores que traduzem tradição
A paz, a esperança e o vigor
Unido e forte pelo esporte
Eu sou é tricolor!

Vence o Fluminense
Com o verde da esperança
Pois quem espera sempre alcança
Clube que orgulha o Brasil
Retumbante de glórias
E vitórias mil!

Vence o Fluminense
Com o sangue do encarnado
Com calor e com vigor
Faz a torcida querida
Vibrar de emoção o tricampeão!

Vence o Fluminense
Usando a fidalguia
Branco é paz e harmonia
Brilha com o sol
Da manhã
Com a luz de um refletor
Salve o Tricolor!

Mascote

O Tricolor das Laranjeiras sempre se caracterizou por possuir torcedores ilustres e famosos, presidentes, cantores e cantoras, artistas, personalidades ligadas a cúpula do futebol mundial e, desta forma, surgiu a ideia de um outro símbolo tricolor - O Cartola.

Idealizado pelo grande caricaturista argentino Lorenzo Mollas, o cartola surgiu elegante, de fraque e cartola com sua imponente piteira, passando a imagem da aristocracia tricolor. Por isso, o cartola simboliza os fundadores do clube: os aristocratas cariocas.

Padroeiros

A relação da torcida do Fluminense para com o Papa João Paulo II começou em 1980, quando o então pontífice visitou o Rio de Janeiro e recebeu uma camisa do clube das mãos de um garoto de 10 anos, passando a adotar essa música desde então, sendo ela um símbolo da conquista do Campeonato Carioca de Futebol de 1980.[99] Desde então, a claque tricolor entoa a música "A Benção, João de Deus" durante as partidas, sobretudo durante momentos difíceis nos jogos. Na final do Campeonato Carioca de Futebol de 2005, o gol do título saiu aos 47 minutos do segundo tempo, enquanto a torcida cantava essa canção.

Projetos sociais

Fluminense Social

O Fluminense Social faz visitas a instituições carentes além de fazer doações para diversas campanhas. As doações visam a melhorar a vida das pessoas e das comunidades que são visitadas.[100]

Flu Educação Esportiva

O programa Flu Educação esportiva representa um modelo de desenvolvimento esportivo, sendo implantado em todo o território nacional. Possui, como seu principal alicerce, a defesa de uma política sócio-esportivo, na qual o Fluminense se torna digno representante da cultura do esporte olímpico.

  • Projeto Escola de Esporte: Baseado no esporte e educacional, propõe a montagem de rede de escolas desportivas visando atender todas as classes sociais.
  • Projeto Flu Performance: Oferece uma continuidade aos prováveis atletas com talentos, proporcionando a consequente seleção e promoção de talentos esportivos, incluindo treinamento diferenciado e torneio preparatório, para ingressarem nas equipes de base do Fluminense Football Club.

Esportes olímpicos

Além do futebol, esporte mais popular do país, o Fluminense tem em suas raízes outras modalidades esportivas que fizeram parte da história do clube. Diversos atletas se destacaram no decorrer dos anos e suas conquistas foram traçadas desde o início nos campos e quadras do clube das Laranjeiras. Atletas de diversas modalidades se destacaram para o mundo dos esportes defendendo as cores do Fluminense. O clube obteve sucesso em muitas modalidades, inclusive o livro "Fluminense Football Club - Um Século de Vitrine Esportiva", do jornalista Ricardo Souza, lista 1.407 títulos do Fluminense no esporte amador até 2002.

A equipe de polo aquático masculina disputou 104 partidas estaduais, nacionais e internacionais sem derrotas entre 1951 e 1962, a de Basquetebol masculino foi campeã por 8 anos consecutivos entre 1920 e 1927, a de Basquetebol feminino foi campeã brasileira adulta em 1998 sob o comando de Hortência, a equipe de natação masculina foi campeã por 23 anos consecutivos entre 1941 e 1963 e a equipe feminina por 13 entre 1938 e 1950, a equipe de Saltos Ornamentais foi campeã por 13 anos consecutivos entre 1919 e 1931, a equipe de Tiro foi campeã por 7 anos consecutivos entre 1952 e 1958, a equipe de Esgrima tem 133 títulos, a de Tênis 145 e a de Tiro ao Alvo 200, entre os números que chamam maior atenção. Assim como no futebol, o Fluminense foi responsável pela introdução do vôlei no Rio de Janeiro. Graças à iniciativa do clube, foi organizado o primeiro campeonato oficial do estado em 1923, o Fluminense venceu nos anos de 1923, 1942, 1943, 1952, 1954, 1956 e 1958 com a equipe masculina, e em 1941, 1942, 1953, 1956, 1963, 1967 e 1968, no feminino.[101]

Foi no Stand de Tiro do Fluminense, que a equipe olímpica brasileira se preparou para conquistar as primeiras medalhas brasileiras em Olimpíadas, nos Jogos Olímpicos de Verão de 1920.

Polo aquático

Implantado no Fluminense em 1922, o esporte começou a se tornar referência quando o polo foi campeão durante nove anos consecutivos, de 1952 a 1961, disputando 104 partidas regionais e interestaduais sem derrota. O Tricolor venceu ainda em 1958, 60, 62, 64, 67 e 68. Entre os atletas tricolores que se destacaram estão João Havelange, Márvio Kelly dos Santos, além da equipe campeã brasileira em 1978, formada por Kiko Perrone, Aluízio, George, Álvaro, Jair, Eduardo, Luíz Ricardo e Schimidt. Em 2010 o Fluminense anunciou o patrocínio com o BNY Mellon, trazendo grandes craques não só do polo aquático como também da natação, vindo a conquistar diversos títulos, entre eles o de heptacampeão da Taça Brasil de Polo Aquático masculino em 2012, ou octa, se for considerado o título conquistado quando este campeonato chamava-se Copa Brasil, todos conquistados de forma consecutiva. O polo conta com grandes atletas: Gustavo / Leonardo Sottani / César / Kiko Perrone / Quito / Beto / Shalom / Iván Pérez / Jonas / Bernardo / Gabriel / Vladimir Vujasinović / Betinho / Heitor / Thye / Shea Buckner - Técnico: Carlos Carvalho / Assistente: George Chaia

Elenco atual

1 – Marcelo Chagas (goleiro) / 2 – Leonardo Sottani / 3 – César Queiróz (1) / 4 – Ricardo Kiko Perrone / 5 – Guilherme Almeida / 6 – Roberto Seabra Capitão / 7 – Jonas Crivella / 8 – Heitor Carrulo / 9 – Bernardo Reis / 10 – Gabriel Reis / 11 – Vladimir Vujasinović (1) / 12 – Roberto Betinho Marques / 13 – Thyê Mattos (goleiro) / Shea Buckner / Jeff Tyrrell // Técnico: Carlos Carvalho.

Grandes atletas

Basquete

No período de 1920 a 1927, o Fluminense foi octacampeão carioca de basquete. Na década de 1970, destacaram-se Luizinho, Marquinho, Alberto Bial e Fioravante. Entre 2001 e 2002, o tricolor contou com o atleta Marcelinho Machado, hoje no Flamengo.

Na conquista do Campeonato Brasileiro de basquetebol de 1998, comandada por Hortência, continha com um elenco com grandes estrelas como Marta, Silvinha, Vic Bullet, Vendrana e cia.

Desde 2010, a diretoria vem se esforçando para trazer novos títulos para o tricolor e, com isso, anunciou os patrocínios da Unimed e do BNY Mellon.

Em 2013, com a formação de uma nova equipe adulta masculina, clube inicia a disputa nas competições de acesso por uma vaga para voltar à elite do basquete nacional no Novo Basquete Brasil (NBB).[102] Ficou em segundo lugar na Copa Brasil Sudeste, garantindo a vaga para Supercopa Brasil de Basquete.[103] Sagrou-se campeão da Supercopa Brasil de Basquete e garantiu vaga para a disputa de um triangular que dará duas vagas para participar da temporada 2013/14 do NBB, desde que atendam a todos os pré-requisitos exigidos pela Liga Nacional de Basquete. [104]

Grandes atletas

Tênis

2006
  • Campeão em 22 etapas estaduais.
  • Campeão em 5 etapas nacionais.
2007
  • Campeão em 31 etapas estaduais.
  • Campeão em 8 etapas nacionais.
  • Campeonato Brasileiro.
Copa Gerdau (2008)
  • Campeão em 2 etapas estaduais.
  • Campeão em 3 etapas nacionais.
Ranking
  • 2 atletas entre os 15 do Brasil
  • 9 atletas top 10 do RJ
  • 4 atletas top 5 do RJ
  • 2 atletas número 1 do RJ

Outros esportes

Futebol de salão

Desde janeiro de 2012, o Imperial Futsal da cidade de Petrópolis anunciou uma parceria com o Fluminense[106], formando então o Imperial/Fluminense.

Elenco atual

Goleiros
Brasil Douglas
Brasil Igor
Brasil Moranga
Brasil Alesi
Fixos
Brasil Michel
Brasil Saulo
Brasil Vinícius
Brasil Araça
Brasil Edgar
Alas
Brasil Bananeira
Brasil Diego
Brasil João Cláudio
Brasil Paulinho
Brasil Ramon
Brasil Sacha
Brasil Sequinho
Brasil Rodriguinho
Pivôs
Brasil Guilherme
Brasil Sixel
Brasil Wilson
Comissão técnica
Brasil Paulo Mussalém T
Brasil Márcio Ferreira PF
Brasil Ricardo Herrera TG
Brasil Diego Venegas SF
Brasil Renato Garcia FT
Brasil Ivan Júnior MD

Presidentes

Treinadores

Torcida

Torcedores folclóricos e apelidos

O Fluminense Football Club é conhecido por possuir torcedores ilustres e famosos, entre eles presidentes, monarcas, artistas e grandes personalidades, mas possui também, torcedores em todas as raças e camadas sociais, dada a popularidade conquistada nos campos de futebol.[107][108] A torcida tricolor sempre foi conhecida por protagonizar grandes espetáculos, tanto que na ainda década de 1950 foi premiada em 1950, 1951 e 1952, ao vencer as então famosas Competições de Torcidas, organizadas pelo Jornal dos Sports. Ao longo dos anos a tradição foi mantida e em 2008, na final da Copa Libertadores da América, no Maracanã lotado por cerca de 90.000 pessoas, a torcida do Fluminense promoveu um espetáculo jamais visto em um estádio de futebol, emocionando até mesmo, torcedores de outros clubes.

Os torcedores do Fluminense têm como costume apontar o clube como “destruidor de centenários”. Foi assim com o Flamengo, em 1995, quando conquistou o estadual; com o Coritiba, em 2009, quando decretou o rebaixamento do adversário; e, por fim em 2010, levando a melhor na disputa contra o Corinthians pelo título do Brasileirão.

Encarnando um espírito empreendedor e inovador a torcida tricolor vem dando provas de amor incondicional ao clube e assinando verdadeiros shows, através dos Mosaicos Tricolores, que cobrem as arquibancadas do Maracanã e contam com a participação de todos os torcedores, sem distinção, unidos apenas pelo objetivo de incentivar o time e expor seu amor pelo Fluminense.

A torcida do Fluminense tem dois apelidos marcantes, sendo "Torcida Tricolor", a forma mais conhecida, por retratar o verde, grená e branco de sua bandeira e uniforme. O jargão "pó de arroz", durante tantos anos representado pela torcida na entrada da equipe em campo com a explosão de milhares de pacotes de talco, popularizou-se por conta da incorporação do jogador Carlos Alberto, no início do século XX.

Mosaico com sinalizadores no maracanã.

Em 1914, vindo do America para o Fluminense, o atleta teve receio de enfrentar algum preconceito dos aristocráticos tricolores por ser mestiço. Por isso, no jogo realizado em 13 de maio de 1914, Carlos Alberto tentou disfarçar sua cor, pulverizando pó de arroz no corpo. Durante o jogo, porém, o suor que lhe escorria pelo rosto o deixou com um aspecto malhado e, ao perceber o que acontecia, a torcida do America, que já o conhecia, por ter sido jogador do clube rubro, o saudou aos gritos de "pó de arroz", apelido absorvido pela torcida do Fluminense, que passou a saudar o time jogando este pó e talco na entrada do time, proporcionando uma das festas mais bonitas de um clube para saudar a entrada em campo de seu time. Estava decretado mais um apelido do clube, até hoje carinhosamente assim chamado.

Alguns torcedores tornaram-se personalidades folclóricas e inesquecíveis da torcida tricolor, devido ao amor, paixão e fidelidade ao time, ainda nas primeiras décadas do futebol carioca. Chico Guanabara, capoeirista, foi um desses inigualáveis tricolores, que não perdia um só jogo e estimulava o time berrando e reclamando com o juiz.

O famoso Barriga, também faz parte dessa galeria. Na vitória ou na derrota bebia: para comemorar ou chorar as mágoas. Mas sóbrio ou não, era um perfeito cavalheiro, respeitador, incapaz de falar palavras obscenas e não escondia que seu ídolo maior era o goleador inglês do Flu, Henry "Harry" Welfare.

Um terceiro personagem não pode ser esquecido: Batista, sargento da Marinha, negro de quase dois metros de altura e cerca de 100 kg, que tinha passe livre dentro do clube e intermediava os jogos do Fluminense com o Riachuelo Football Club.

Já os torcedores mais jovens se acostumaram a ver nas arquibancadas no Maracanã, Guilhermino dos Santos, o “Careca”, que seguia para o estádio com o corpo coberto por pó-de-arroz, bandeira tricolor amarrada às costas, como uma capa, e assistia aos jogos de pé, entre o primeiro degrau da arquibancada e o parapeito. Careca animava a torcida com seus cantos e "batismos" com pó de arroz, mas a cada ataque adversário que representasse perigo real, ele se abaixava atrás do guarda-corpo para não ser testemunha de um gol contra o seu tricolor.

Pasquale Amato, italiano que mantinha sua banca de jornais em frente ao prédio do Edifício Avenida Central, no Centro do Rio, de onde saíam as caravanas de torcedores do Fluminense para outros estados, era um digno representante da maioria da colônia italiana da cidade do Rio de Janeiro, assim como o oriundi Armando Giesta, fundador, antigo presidente e presidente de honra da Torcida Young Flu, até o seu falecimento em 2011, sendo esta a maior torcida organizada do Fluminense desde a década de 1980.

Cada tricolor deve lembrar de um torcedor como esses que não chegou a um ícone, mas nem por isso foi menos tricolor. Bom exemplo era o "Professor". O apelido foi dado pelos vizinhos que, como ele, sempre assistiam aos jogos no mesmo lugar, atrás do gol, no Estádio das Laranjeiras. Além de torcer para o time, o Professor era notório por corrigir os erros de português dos profissionais da imprensa, durante a transmissão das partidas, arrancando aplausos e gargalhadas dos tricolores entre um ataque e outro do Flu. Outros tantos se tornaram conhecidos por formar um grupo, como a Legião Tricolor, uma torcida que se prepõe a cantar os 90 minutos, incentivar sempre o time, criar novas músicas e resgatar a prática antiga de colorir as arquibancadas, agitando bandeiras tricolores durante todo o jogo.

Dentre artistas consagrados, chefes-de-estado, intelectuais e personalidades famosas, não são poucos os que torcem pelo Fluminense, mas a Torcida Tricolor é composta em sua maioria por uma multidão anônima, que põe a paixão pelas três cores acima de tudo, que acredita sempre, que canta o hino não só com a voz, mas com a alma, que reverencia seus ídolos do presente e do passado, que "não abandona o barco" jamais, que sente o coração bater descompassado ao ver o time entrar em campo, que eterniza esse amor desmedido através das novas gerações e que entoa nos estádios os versos que sintetizam o que é torcer pelo pó de arroz de Laranjeiras: “É por isso que eu canto, que visto esse manto, orgulho de ser tricolor”…

Pesquisas sobre torcedores

Segundo as pesquisas realizadas de torcidas já realizadas no Brasil,[109] a torcida do Fluminense oscila entre a 5ª e a 12ª colocação dependendo do Instituto de Pesquisa e da época em que foi realizada. Este tipo de levantamento, que começou a ser realizado em 1983 pelo Instituto Gallup e desde então é realizado pelos institutos Ibope e Datafolha, entre outros, aponta na maior parte delas a torcida do Flu oscilando entre a 10ª e a 12ª colocação, tendo sido apontada como a quinta maior em 1993.

O percentual de torcedores tricolores apontado nas últimas 9 pesquisas realizadas (entre 2006 e 2013), varia entre 1,3% e 3,7% da população brasileira.[110] Considerando a população do Brasil como cerca de 190.000.000 de indivíduos, o número de torcedores do Fluminense seria algo entre 2.470.000 e 7.030.000 de pessoas, tendo como média o número de 4.750.000.[111]

Os associados do Fluminense, baseados nas pesquisas separadas por estados da federação e nos dados de consumo de produtos e frequencia nos estádios, estimam a Torcida Tricolor como tendo algo entre 3.000.000 e 5.000.000 de torcedores.[112]

A mais abrangente pesquisa de torcidas já divulgada, com 21.049 entrevistados e baixa margem de erro (apenas 0,68%), permite mensurar a Torcida Tricolor, considerando a projeção do IBGE para o Brasil em 2012, com 193.946.886 de habitantes, entre 1,12% (2.172.205) e 2,48% (4.809.882), crescendo (1,8% - 3.491.044 torcedores identificados pela pesquisa - contra 1,6% em relação a pesquisa LANCE IBOPE 2006, a que até então tinha margem de erro mais baixa, 1,2%).[113]

Em trinta pesquisas já realizadas no Estado do Rio de Janeiro entre 1954 e 2012, a torcida do Fluminense foi apontada como a terceira maior na grande maioria, tendo sido apontada cinco vezes como a segunda e duas vezes como a quarta,[114] números parecidos com os apurados no limítrofe estado do Espírito Santo.[115]

A torcida do Fluminense é comumente apontada como uma torcida de elite, dado as mesmas pesquisas apontarem um maior número de fãs do clube nas classes A e B da sociedade (de maior poder aquisitivo e escolaridade)[116], sendo mais representativa geograficamente na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, com cerca de 25% dos moradores da região mais nobre da cidade torcendo pelo Tricolor, além de aparecer como a segunda maior torcida em algumas regiões da cidade e também do Estado do Rio de Janeiro.[117]

Na compra de pacotes de transmissões de jogos pela TV a cabo, a torcida do Fluminense aparece como décima colocada entre as torcidas brasileiras,[118] em 2008 o Tricolor aparecia como a quinta camisa de clube mais vendida,[119] além de ter o nono site de clube mais acessado do Brasil[120] e ser o nono clube brasileiro com mais seguidores no Facebook.[121]

No número total de apostas da Timemania em 2012 o Fluminense foi o nono clube mais apostado, com 3.326.534 apostas, 2,60% do total, o que pode indicar crescimento da Torcida Tricolor nas classes C e D, perfil presumível dos apostadores de loterias.[122]

Embora tenha criado a página oficial do clube no Facebook apenas em 2011, o Fluminense superou a marca de 500.000 seguidores em 26 de março de 2013, sendo o nono clube brasileiro mais curtido nesta rede social por ocasião da divulgação desta marca.[123]

Público nos estádios

Os jogos do Fluminense em sua história levaram por pelo menos 81 vezes públicos maiores do que 90.000 pessoas aos estádios, possivelmente por até 105 vezes, considerando-se as pendências de públicos presentes desconhecidos atualmente em jogos que tiveram públicos pagantes acima de 77.000, incluindo neste total partidas disputadas contra times pequenos ou de fora do Rio de Janeiro.

Considerando a base dados do site Fluzão.info, entre 1950 e 2010 os jogos do Fluminense no Estádio do Maracanã tiveram 47.167.794 ingressos vendidos, uma média de 30.024 espectadores pagantes por partida.[124]

O Campeonato Carioca em que o Flu levou mais torcedores aos estádios foi o de 1976, quando o somatório de 1.339.007 torcedores pagaram ingressos em 32 jogos para ver o time conhecido como a Máquina Tricolor.[125] Uma média de 41 843 torcedores por partida, ou 43 844 considerando apenas os 30 jogos no Maracanã. No ano anterior já havia levado 1 202 718 torcedores pagantes em 31 jogos, média de 38 958. No Campeonato Brasileiro de 1976, a Máquina Tricolor continuou arrastando grandes públicos aos estádios e 847 480 espectadores pagaram ingressos para assistirem os 22 jogos do Fluminense, uma média de 32 976 ou de 43 541 considerando apenas os 13 jogos em que o Flu jogou no Rio de Janeiro para 566 033 pagantes.

Nas principais conquistas tricolores, o público também foi muito elevado. Na Copa Rio de 1952, o Flu teve 341 583 torcedores presentes em 7 jogos, média de 48.797. No Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970, 631 297 pagantes em 19 jogos, ou média de 33 224, no Maracanã, 11 jogos com público total de 444.495, média de 40 408. e na conquista do Campeonato Brasileiro de 1984, 860 229 pagantes em 26 jogos, média de 33 085, ou 482 367 em 10 jogos no Maracanã, média de 48 236 no grande estádio. A maior média de público do Flu no Maracanã entretanto, foi no Campeonato Carioca de 1969, média de 66 835 pagantes (em 14 jogos, fora os não pagantes) e já no segundo Campeonato Carioca da Era Maracanã, em 1951, o Flu teve uma média de 69 812 espectadores (58 455 pags.) nos 12 jogos realizados neste estádio.

Na campanha do vice-campeonato da Copa Libertadores da América de 2008, a média de público do Fluminense no Maracanã foi de 52 801 torcedores presentes (49 011 pagantes).

No Brasil, só o Flamengo leva vantagem sobre o Fluminense na hora de se medir grandes públicos, com o Vasco há equilíbrio e o Botafogo fica bem para trás, mesmo sendo o quarto clube brasileiro neste quesito, com a torcida tricolor proporcionando frequentemente grandes espetáculos, com criatividade marcante. O Campeonato Carioca é a competição que estimula mais a presença de público dos cariocas, como pode-se ver entre os maiores públicos do Brasil, uma vez que as rivalidades locais ainda são muito fortes.

Médias de público em campeonatos brasileiros [126][127]
  • Públicos pagantes, jogos com mando de campo, que não incluem confrontos disputados no Maracanã com mandos de campo de outros clubes cariocas, em geral com grande presença da Torcida Tricolor, cabe ressaltar. Também considerados os públicos não pagantes nos jogos do Maracanã, as médias abaixo poderiam ser até cerca de 20% maiores, dado o grande número de gratuidades neste estádio.[128]
    • O Fluminense teve a melhor média de público do Campeonato Brasileiro em 1970, 2000 e 2002. [129]
Brasil Taça Brasil / Taça de Prata (Campeonato Brasileiro 1959-1970)
Ano 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969
Pos. 20.802 22.279 18.310 14.419 30.560
Ano 1970
Pos. 40.408


  • Campeonato Brasileiro Série A
  • Campeonato Brasileiro Série B
  • Campeonato Brasileiro Série C
Brasil Campeonato Brasileiro 1971-2010
Ano 71 72 73 74 75 76 77 78 79
Pos. 15.343 17.821 22.420 8.094 31.732 43.541 16.459 6.928 4.641
Ano 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89
Pos. 24.352 18.547 21.338 14.120 29.475 20.853 21.320 16.319 12.433 10.365
Ano 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99
Pos. 4.267 14.031 12.245 1.874 7.755 11.301 6.866 8.257 8.350 15.956 (*)
Ano 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09
Pos. 20.219 23.285 25.666 7.057 7.791 13.598 (*) 11.799 17.071 17.259 22.108
Ano 10 11 12
Pos. 22.993 (*) 14.642 (*) 12.948 (*)


  • Em Vermelho, o ano em que o Fluminense disputou o primeira divisão.
  • Em Verde, o ano em que o Fluminense disputou o segunda divisão.
  • Em Amarelo, o ano em que o Fluminense disputou o terceira divisão.
  • (*) Temporadas em que o Fluminense disputou o Campeonato Brasileiro com o Maracanã totalmente fechado (2005, 2011 e 2012), com a maior parte de sua capacidade interditada (1999) ou fechado na maior parte da temporada (2010, fechado em 10 das 19 rodadas com mando de campo).

Torcidas organizadas

Segundo o livro O clube como vontade e representação, de Bernardo Buarque de Hollanda, Carlos Guilherme Krüger, o Paulista, funda a TOF - Torcida Organizada do Fluminense, em 1946, a primeira torcida organizada tricolor, embora desde os primórdios do futebol carioca houvesse manifestações e mobilizações de torcedores, mas nada que pudesse ser enquadrado nas definições de torcida organizada que surgiriam na década de 1940. No final da década de 1960, a Torcida Organizada do Fluminense se uniria ao Movimento Jovem Flu, integrado por personalidades de destaque na vida cultural carioca, criando a Torcida Organizada Jovem Flu, dirigida por Sérgio Ayub, que durante a década de 1970 seria a maior torcida organizada do Fluminense.[130]

O Fluminense possui entre seus adeptos um grande número de torcidas organizadas. As mais representativas desde a década de 1980 são a Young Flu, e a Força Flu, do grupo de torcidas jovens de vários clubes que nasceriam com ideologias diferentes das torcidas organizadas anteriores,[131] ambas criadas em 1970. Além destas, marcam presença constantemente nas arquibancadas a Flunitor, Fiel Tricolor, Império Tricolor, Torcida Organizada Jovem Flu, Garra Tricolor, Flu Bar, Flu Mulher, Fluburgo, Macaé-Flu, Sampa-Flu, Axé- Flu, Fluruguay, Fluchile, Flu Tchê, Fluritiba, Flumenau e Flu Metal, entre as torcidas organizadas de maior expressão, visto existirem outros grupos menores.

Recentemente, assistiu-se ao nascimento de duas barras-bravas, coletivos que não são considerados torcidas organizadas, e que são notáveis por cantar o tempo inteiro: o Movimento Popular Legião Tricolor, que tem presença efetiva em todos os jogos do Fluminense desde sua criação em 2006,[132] e O Bravo Ano de 1952, cujo nome é uma alusão ao título mais importante da história do clube.

A torcida tricolor é o maior patrimônio do Fluminense, na vitória ou na derrota nunca deixa de acompanhar o time, com seu apoio e dedicação. Isto inspirou a criação de várias torcidas organizadas. A Força Flu, por exemplo, foi fundada em 25 de novembro de 1970, inspirando-se na "Forza Italia", torcida que acompanhava a seleção italiana na Copa do Mundo de 1970, no México. Seu lema é "Conosco quem quiser, contra nós quem puder". Já em dezembro deste mesmo ano surgia a Young Flu, a maior torcida organizada do Fluminense, cujo lema é "Poucos a viram nascer, muitos a viram crescer, ninguém há de vê-la morrer". A Flunitor ("O terremoto grená") foi fundada em 1973 por tricolores de Niterói. A Fiel Tricolor fundada em 1976 tem como lema a frase "A torcida que mais cresce". Alunos do Colégio São Vicente de Paula, em Laranjeiras, iniciaram a Garra Tricolor em 1995 com o lema "Verás que um filho teu não foge à luta".

A tecnologia da comunicação integrou tricolores de vários estados e nações. Na internet surgiram sites e listas de discussão, verdadeiros pontos de encontro de inúmeros tricolores. Assim nasceram páginas (sítios) como a de Luís Nova, as "Opiniões Tricolores", Sempreflu, Flumania, Torcida Tricolor, AxéFlu, Canal Fluminense, Jornalheiros, Panorama Tricolor, Fluminense & etc, Pó-de-Arroz e o Site Oficial do Clube. Dentre as listas de discussão destacam-se a Flusócio, Flunet, NIT, Sabedoria Tricolor e muitas outras. Blogs e inúmeras comunidades do Fluminense no Orkut também tornaram-se lugar de tricolores na Internet.

Essa massa humana de apaixonados é a força poderosa que mantém o Flu grandioso desde 1902, e assim será pela eternidade.

Clássicos do Fluminense

Segundo dados do arquivo do site fluzao.info, as médias de públicos pagantes dos principais clássicos do Fluminense disputados no Estádio Jornalista Mário Filho são de 60.107 contra o Flamengo, de 43.735 contra o Vasco, de 34.359 contra o Botafogo, de 25.127 contra o America e de 22.527 contra o Bangu, médias estas que, acrescidas dos públicos presentes, poderiam ser cerca de 20% maiores, dadas as questões da distribuição de gratuidades no Estádio do Maracanã.[134]

Fluminense versus Corinthians, o grande clássico interestadual do Fluminense

Considerando-se os confrontos interestaduais, clássico contra o Sport Club Corinthians Paulista é o mais representativo entre os diversos confrontos contra grandes clubes brasileiros disputados pelo Fluminense, dado o fato de estes clubes frequentemente se cruzarem em momentos decisivos de suas histórias, seja pela final da Copa Rio, pela disputa direta em diversos Torneios Rio-São Paulo, desde 1940, ou por fases eliminatórias do Campeonato Brasileiro ou da Copa do Brasil,[135][136][137] na grande disputa do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2010, quando os dois clubes disputaram o título desde o início deste campeonato, com o Corinthians tendo perdido o vice-campeonato para o Cruzeiro na última rodada, assim como ocorreu o inverso em 2011, quando o Corinthians foi o campeão e o Fluminense, campeão simbólico do segundo turno deste Brasileiro, o terceiro, com nove confrontos na história deste clássico proporcionando mais de 55.000 torcedores nos estádios do Maracanã ou do Morumbi, com uma média de público no Maracanã de 30.266 pagantes até agosto de 2009.[138] Até mesmo nas categorias de base, os dois clubes costumam se confrontar em momentos decisivos: sendo os dois maiores ganhadores da Copa São Paulo de Juniores, se enfrentaram em duas finais da competição de base mais tradicional do Brasil (em 1973 e 2012), com uma vitória para cada lado. A primeira partida, disputada no Estádio de Laranjeiras em 16 de abril de 1933 terminou empatatada por 4 a 4, o que parecia pronunciar a intensidade dos confrontos, desde então.[139]

Fluminense versus Boca Juniors, o grande clássico internacional do Fluminense

Fluminense e Boca Juniors se confrontam desde 1956,[140] mas as seguidas disputas pela Copa Libertadores da América entre 2008 e 2012 criaram um sentimento de rivalidade e jogos extremamente disputados quando estas equipes se confrontam.[141][142]

Na Copa Libertadores da América de 2008 o Fluminense desclassificou o Boca nas semifinais em um jogo eletrizante disputado no Estádio do Maracanã, quando venceu por 3 a 1 perante 84.632 torcedores presentes no maior público desse confronto.

Na primeira fase da Libertadores 2012 o Fluminense quebrou ma invencibilidade de 36 jogos do clube portenho em seu estádio perante 47.769 expectadores, entre eles cerca de 4.000 tricolores, com o Boca, após se encontrarem de novo nas oitavas de final ganhando a primeira partida com uma arbitragem contestada até pela imprensa argentina e empatando no último minuto a partida de volta no Rio de Janeiro, quebrando uma invencibilidade de 29 jogos e cerca de 27 anos do Fluminense com o mando de campo em competições oficiais da Conmebol.[143]

Recordes

Maiores públicos do Fluminense[144]


 
MAIORES PÚBLICOS - MARACANÃ
1. Rio de Janeiro Fluminense 0x0 Flamengo, 1963 194.603¹
2. Rio de Janeiro Fluminense 3x2 Flamengo, 1969 171.599
3. Rio de Janeiro Fluminense 1x0 Botafogo, 1971 160.000²
4. Rio de Janeiro Fluminense 0x0 Flamengo, 1976 155.116
5. Rio de Janeiro Fluminense 1x0 Flamengo, 1984 153.520
6. Brasil Fluminense 1x1 Corinthians, 1976 146.043
  • ¹: 177.656 pagantes, recorde de pessoas presentes no Maracanã entre clubes.
  • ²: 142.339 pagantes.
  • Quando não houver referencias aos públicos presente e pagante, a indicação é apenas do público pagante.

Maiores médias de público do Fluminense por competição

Maiores goleadas em jogos oficiais

# Data Jogo Placar Campeonato
1 05/07/1908 Fluminense - Riachuelo 11 - 0 Campeonato Carioca de 1908
2 09/09/1906 Fluminense - Football & Athletic 11 – 0 Campeonato Carioca de 1906
3 03/04/1936 Fluminense - Leopoldina Railway 11 – 1 Torneio Aberto de 1936
4 09/12/1917 Fluminense - Bangu 11 - 1 Campeonato Carioca de 1917
5 21/09/1946 Fluminense - Bangu 11 - 1 Campeonato Carioca de 1946
6 21/06/1936 Fluminense - Serrano 12 - 2 Torneio Aberto de 1936
7 27/09/1936 Fluminense - Portuguesa 10 - 0 Campeonato Carioca de 1936
8 13/06/1909 Fluminense - Haddock Lobo 10 - 0 Campeonato Carioca de 1909
9 23/05/1937 Fluminense - Oceano 11 - 1 Campeonato Carioca de 1937
10 24/04/1976 Fluminense - Goytacaz 9 - 0 Campeonato Carioca de 1976

Publicações sobre o Fluminense

Livros
  • História do Fluminense 1902/1952, por Coelho Netto (1952)
  • História do Fluminense 1902/1968, por Coelho Netto (1968)
  • História do Fluminense 1902/2002, por Paulo Coelho Netto (2003)
  • Mano, por Coelho Netto (1924)
  • O Fluminense na Intimidade, por Coelho Netto (1955)
  • O Fluminense na Intimidade, por Paulo Coelho Netto (1969 e 1975)
  • 1995: O Campeão do Centenário, por Paulo-Roberto Andel (2013)
  • Crônicas do Tetra, por Gustavo Albuquerque (2013)
  • Fluminense tetracampeão – O livro oficial da conquista, por Carlos Santoro, Dhaniel Cohen, Heitor D’Alincourt e João Boltshauser (2013)
  • Fluzão é Tetra - A saga dos quatro títulos inesquecíveis, por João Marcelo Garcez (2012)
  • Duas vezes no céu - os campeões do Rio e do Brasil, por Paulo-Roberto Andel (2012)
  • Waldo, o artilheiro, por Valterson Botelho (2012)
  • Perder é do Jogo - As Maiores Tragédias de Flamengo e Fluminense, por Alison Mattos e Danilo Quintal (2012)
  • 1952 - Fluminense Campeão do Mundo, por Eduardo Coelho (2012)
  • Fluminense, 110 jogos inesquecíveis - Guerreiros desde 1902, por Dhaniel Cohen, Carlos Santoro, Heitor D' Alincourt e João Bolthauser (2012)
  • A verdadeira Máquina Tricolor: A história do time que ganhou o Campeonato Brasileiro de 1984 e o tricampeonato carioca de 1983-84-85, por Sergio Trigo (2011)
  • Carioca de 1971: A verdadeira história da vitória do Fluminense sobre a Selefogo Alvinegra, por Eduardo Coelho (2011)
  • O dia em que me tornei Fluminense, por Beto Silva (2011)
  • Fluminense, memórias de uma paixão, por Tasso Castro (2011)
  • Do suave milagre à odisséia do Tri – A Espetacular Saga de um Time de Guerreiros, por João Marcelo Garcez (2011)
  • Do inferno ao céu: a história de um time de guerreiros, por Paulo-Roberto Andel (2010) [5]
  • Taça de Prata de 1970: O Campeonato Brasileiro mais difícil de todos os tempos, conquistado pelo Fluminense, por Roberto Sander (2010)
  • Cidadania Tricolor - Porque o Fluminense somos todos nós, por Dhaniel Cohen e equipe do Blog Flusócio (2010)
  • Torcida do Fluminense, a melhor e mais bonita torcida do mundo, por Heitor D'Alincourt e Carlos Ivan Miranda (2010)
  • Memórias Imortais - Glórias e Heróis da Mitologia Tricolor, por J. T. de Carvalho (2009)
  • O time de meu coração - Fluminense Football Club, por Alexandre Simões (2009)
  • O Fluminense me domina, por Heitor D'Alincourt (2009)
  • Sou do clube tantas vezes campeão, por Eduardo de Ávila (2009)
  • Libertadores 2008 - O Ano em que a Magia Tricolor Encantou o Mundo, por João Marcelo Garcez (2009)
  • Os 10 mais do Fluminense, por Roberto Sander (2009)
  • O Maquinista: Francisco Horta e sua inesquecível Máquina Tricolor, por Marcos Eduardo Neves (2009)
  • Fluminense (meu) Eterno Amor, por Marcelo Pitanga Silvares de Almeida (2009)
  • Epopeia Tricolor - A Conquista do Brasil e a Volta à América, por João Marcelo Garcez (2008)
  • 12º Passageiro - O diário de bordo de um assessor de imprensa, por Alexandre Bittencourt (2008)
  • O Berro impresso nas manchetes, crônicas de Nelson Rodrigues (2007)
  • Fluminense - As Conquistas Imemoriais, por Antônio Carlos Teixeira Rocha (2006)
  • Clássico Vovô, por Alexandre Mesquita e Jefferson Almeida (2006)
  • O Sábio de Chuteiras, por Carlos Alberto Pessôa (2006)
  • 30 Conquistas Inesquecíveis, coordenação de Ailton Dias e Eduardo Quadros (2005)
  • Fluminense A breve e gloriosa história de uma máquina de jogar bola, por Nélson Motta (2004)
  • Fluminense Football Club História, Conquistas e Glórias no Futebol, por Antônio Carlos Napoleão (2003)
  • Fluminense Football Club, Um século de uma vitrine esportiva, por Ricardo Souza (2003)
  • Os goleiros do Fluminense: de Marcos Carneiro de Mendonça a Fernando Henrique, por Antônio Carlos Teixeira Rocha (2003)
  • Castilho, por Antônio Carlos Teixeira Rocha (2003)
  • Livro Oficial do Centenário, por Pedro da Cunha e Menezes (2002)
  • As Laranjeiras Imortais, por Marcelo Meira (2002)
  • História do Fluminense em Cordel, por Cláudio Aragão (2002)
  • Nélson Rodrigues o Profeta Tricolor, Cem anos de Fluminense (2002)
  • Fluminense: 100 anos de futebol, por Antônio Carlos Teixeira Rocha (2001)
  • Eu sou é Tricolor!, por Antônio Carlos Teixeira Rocha (2000)
  • Fio de Esperança-Biografia de Telê Santana, por André Ribeiro (2000)
  • Fla-Flu- O jogo do Século, por Clóvis Martins e Roberto Assaf (1999)
  • O Clube, por G. B. Shalders (1999)
  • Tantas vezes campeão - De Oscar Cox à Vanguarda Tricolor, por Alfredo Claussen (1998)
  • À pátria em chuteiras, crônicas de Nelson Rodrigues, (1994)
  • À sombra das chuteiras imortais, crônicas de Nelson Rodrigues (1993)
  • Fla-Flu… e as multidões despertaram, crônicas de Nelson Rodrigues e Mário Filho (1987)
CD e DVD
  • Fluminense Football Club 1902-2002, por Aptocomunicação (CD, 2002)
  • Saudações Tricolores, O filme da torcida do Flu, por André Barcinski e Heitor D'Alincourt (DVD, 2002)
  • 30 Vezes Campeão, por Heitor D'Alincourt e Bernardo Belfort (DVD, 2005)
  • Copa do Brasil 2007, A Conquista, por Carlos Santoro, Pedro Carneiro, Nestor Bessa e Bernardo Belfort (DVD, 2007)
  • Flu Campeão - Copa do Brasil 2007, pela equipe do GLOBOESPORTE (DVD, 2007)
  • Fluminense - Campeão Brasileiro 2010, pela equipe do GLOBOESPORTE (DVD, 2011)
  • Waldo, o artilheiro, por Valterson Botelho (2012) - acompanha o livro -
  • Fluminense - Tetracampeão Brasileiro, pela equipe do GLOBOESPORTE (DVD, 2013)

Citações

[145]

Referências

  1. http://www.cbf.com.br/media/346814/of%20dco-ger%20306.11%20de%2014.12.11%20-%20rnc%202012%20(errata).pdf Site Oficial da CBF (13/12/2011)
  2. Clubes com o nome Fluminense pelo mundo
  3. Tese de Mestrado da FGV FLUMINENSE FOOTBALL CLUB A construção de uma identidade clubística no futebol carioca (1902-1933)
  4. Tese da USP A desmontagem das acusações de racismo partidas de falsos amadores
  5. CBD apontou o Fluminense como campeão brasileiro de 1970
  6. Jogadores do Fluminense na Seleção Brasileira
  7. a b Jogos da Seleção Brasileira no Estádio das Laranjeiras
  8. Informações gerais do Fluminense
  9. Livro Fluminense Football Club - O time de meu coração, somados os números aos jogos realizados até 2011
  10. Lei nº 5094 - Dia do Fluminense Football Club
  11. A primeira camisa tricolor do Fluminense, em 1905
  12. Retrospecto do Fluminense nas principais competições
  13. Oscar Cox no "Museu dos Esportes"
  14. História do Clássico Vovô
  15. Museu do Esportes - Jogadores do Fluminense criam o Flamengo
  16. História dos Fla-Flus
  17. O primeiro Fla-Flu
  18. Foto do Estádio das Laranjeiras em 1919
  19. O Fla-Flu de 1919
  20. Jogos do Fluminense em 1919
  21. Museu dos Esportes - Voleibol
  22. Crônica de Mário Filho sobre o Fla-Flu
  23. Ataque do Fluminense de 1937
  24. RSSSF Brasil - Torneio Rio-São Paulo de 1940
  25. Campeonato Carioca de 1946
  26. As informações sobre a Taça Olímpica foram retiradas da "Revista do Fluminense" e do livro "História do Fluminense", de Coelho Netto, tomo I.
  27. Flu 2 - 1 Fla em 1950
  28. Públicos do Fluminense no Campeonato Carioca de 1951
  29. a b Museu dos Esportes - Fluminense de 1951
  30. Vídeos de Jogos Internacionais
  31. Copa Rio Internacional de 1952
  32. Jornal dos Sports, do dia 11 de julho de 1954
  33. RSSSF Brasil - Torneio Rio-São Paulo de 1957
  34. Há 50 anos, a grande muralha Tricolor e um ataque irresistível!
  35. Ataque do Fluminense em 1959
  36. RSSSF Brasil Séries de vitórias consecutivas do futebol brasileiro
  37. Sequência recorde de vitórias do Fluminense só seria superada 52 anos depois
  38. Fichas técnicas de jogos que definiram títulos para o Fluminense
  39. RSSSF Brasil - Torneio Rio-São Paulo de 1960
  40. Jogos do Fluminense na Taça Brasil
  41. Histórico dos campeões da Taça Brasil Zona Sul-Oeste
  42. Vídeos de Campeonatos Estaduais
  43. Videos de Campeonatos Nacionais
  44. Revista Placar nº 41, de dezembro de 1970
  45. Museu dos Esportes - Matéria da Revista Placar sobre o jogo Fluminense vs. America em 1975
  46. Flumania Vídeo: Fluminense 1 - 0 Bayen München em 1975
  47. Museu dos Esportes - Final do Brasileirão de 1984
  48. Museu dos Esportes - Matéria do Jornal dos Sports sobre Fluminense em 1985
  49. Museu dos Esportes - Fluminense de 1985
  50. O Globo Online - Matéria sobre pesquisa sobre o gol mais importante dos Fla-Flus
  51. [1]
  52. [2]
  53. [3]
  54. Matéria sobre Xerém
  55. Clubes brasileiros beneficiados por viradas de mesa
  56. Comemoração do Centenário do clube - Parte 1
  57. Comemoração do Centenário do clube - Parte 2
  58. Fluminense conquista o Campeonato Carioca de 2005
  59. 21 de Julho - Dia do Fluminense e dos Tricolores
  60. Fluminense falha nos pênaltis e LDU é campeã da Taça Libertadores - GloboEsporte.com
  61. Flu invicto desde 1985 em competições da Conmebol
  62. Flu está na final da Copa Sul-Americana 2009
  63. Um dos ídolos da Torcida Tricolor, Conca foi eleito o Craque da Galera 2009
  64. Avaí não perdia na Ressacada há 9 meses
  65. Cerca de 1.000 torcedores fazem festa para receber o Fluminense após goleada sobre o Argentino Juniors pela Libertadores 2011 em Buenos Aires
  66. Site Globoesporte Classificação do Segundo Turno do Campeonato Brasileiro 2011
  67. Fichas técnicas do Fluminense em 2011
  68. Fluminense divulga nova terceira camisa, O Dia Online, 4/8/2011
  69. Fluminense lança uniforme na cor grená e com detalhes em dourado, Sítio oficial, 4/8/2011
  70. LanceNet. «Fluminense expõe camisa comemorativa dos 110 anos». Consultado em 22 de agosto de 2012 
  71. Patrocinadores do Fluminense
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  74. Análise da parceria com a Traffic.
  75. Flu ganha ônibus Volksbus para o transporte de jogadores.
  76. [4]
  77. Fluminense fecha acordo com companhia de bebidas.
  78. Unimed também patrocinará o Centro de Treinamento.
  79. Jogos que decidiram títulos no Estádio das Laranjeiras
  80. Título sul-americano do Brasil em 1919
  81. Reportagem do JS sobre a inauguração do hotel Telê Santana
  82. Sonho de Peter CT de Xerém em 2014
  83. Decisões de títulos no Estádio das Laranjeiras
  84. Site www.fluzao.info, em Estádio - Laranjeiras
  85. Reportagem do site Globoesporte - Maracanã ganha nova roupagem para a Copa do Mundo de 2014
  86. Jogos que decidiram títulos para o Fluminense no Estádio do Maracanã
  87. Jogos que decidiram títulos para o Fluminense em Torneios Início
  88. Site www.fluzao.info, em Estádio - Maracanã
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  94. LanceNet. «Enfim, atacante Biro-Biro acerta com Fluminense». Consultado em 22 de agosto de 2012 
  95. Livro Os distintivos de futebol mais curiosos do mundo, de Luiz Fernando Bindi e José Renato Sátiro Santiago Júnior, E. Panda Books, 2011, páginas 15 e 175
  96. Site InfoAmérica: Tipos Góticos
  97. Hinos do Fluminense Football Club - Site de Ubiratan Iorio
  98. Fluminense.com.br: Papa João Paulo II é o novo padroeiro do Fluminense
  99. GloboEsporte.com: Fluminense oficializa João Paulo II como seu padroeiro
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  101. Página oficial
  102. Novo Basquete Brasil Novo Basquete Brasil, acessado em 13 de maio de 2013
  103. Supercopa Brasil de Basquete Supercopa Brasil de Basquete, acessado em 13 de maio de 2013
  104. Liga Nacional de Basquete Liga Nacional de Basquete.com.br, acessado em 23 de janeiro de 2009
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  106. http://www.globoesporte.biz/futebol/fluminense/7602-imperial-futsal-fecha-parceria-com-o-fluminense-para-a-temporada-2012.html Imperial Futsal fecha parceria com o Fluminense para a temporada 2012
  107. Indio Osmar Tserewaihi Tsiróbó, comenta sobre amor de Xavantes ao Fluminense
  108. Vídeo da Petrobrás sobre a Torcida Tricolor
  109. Histórico de pesquisas sobre torcidas no Brasil
  110. Pesquisas de torcidas no Brasil
  111. Mestre em estatística analisa as pesquisas de torcidas
  112. O tamanho da Torcida Tricolor segundo o Flusócio
  113. Pesquisa de torcidas brasileiras PLURI Consultoria 2013
  114. Histórico de pesquisas sobre torcidas no Estado do Rio de Janeiro
  115. Histórico de pesquisas de torcidas no Estado do Espírito Santo
  116. Pesquisa de torcidas no RJ por condição sócio-econômica em 2008
  117. Pesquisa de torcidas GPP no Rio de Janeiro, divulgada no site GLOBOESPORTE
  118. PPV Pesquisas 2008
  119. Artigo do site UAI Camisas de clubes mais vendidas
  120. Audiência de sites de clubes brasileiros
  121. Site Futebol Finance Ranking mundial de seguidores de clubes de futebol no Facebook
  122. Resultado final da Timemania 2012
  123. Coluna de Ancelmo Gois no jornal O Globo, de 28 de março de 2013]
  124. em Públicos/Especiais/Média de público em estádio
  125. Somatório geral de públicos do Fluminense
  126. RSSSF Brasil Médias de público dos principais clubes no Campeonato Brasileiro
  127. em Especiais/Público/Média de público em campeonato
  128. Jornal LANCE reportagem em 2010 sobre gratuidades no Maracanã e no Pacaembu
  129. [Revista PLACAR GUIA DO BRASILEIRÃO 2013, páginas 177 e 187]
  130. Ver em Item V-10 Evolução dos recordes de público do Fluminense na Era Pré-Maracanã
  131. História de algumas Torcidas Organizadas
  132. Histórico da Legião Tricolor
  133. Livro “Fla-Flu… E as Multidões Despertaram”, de Nélson Rodrigues e Mário Filho (Edição Europa, 1987).
  134. em Especiais - Clássicos - Média de público de clássicos em estádio - Maracanã e no caso do America, em Especiais - Público - Média de público por adversário - America - Maracanã, site consultado em 29/06/2011
  135. Blog Flusócio - Idas e vindas de Fluminense versus Corinthians
  136. História de Fluminense versus Corinthians
  137. A verdade sobre a invasão corinthiana em 1976
  138. Site Fluzão.info
  139. Relação de todos os jogos entre Fluminense e Corinthians
  140. Retrospecto do Fluminense contra times argentinos
  141. Jornal O DIA: Para Abel, Flu e Boca é o maior clássico do futebol sul americano
  142. Flu x Boca já virou um clássico sul americano, diz Peter Siemsen
  143. Invencibilidade do Fluminense com o mando de campo em competições oficiais da Conmebol
  144. RSSSF - Os maiores públicos do Fluminense, com acréscimos
  145. Livro O profeta tricolor, cem anos de Fluminense, crônicas de Nélson Rodrigues, organização de Nélson Rodrigues Filho (2002)

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Palmeiras
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1952
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